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AULA 6
Nesta aula, estudaremos assuntos bem abrangentes, envolvendo alguns materiais como pedras e
vidros para Design de Móveis para Interiores. Também mostraremos exemplos de três projetos
diferentes nos últimos três temas, sendo que dois desses projetos são exemplos reais de projetos de
mármore e granito;
vidro;
exemplo de projeto de móveis sob medida;
CONTEXTUALIZANDO
Arquitetura e Design de Móveis para Interiores. Sendo assim, estudamos metodologia de projeto, os
reconstituídas, madeiras naturais, encaixes, materiais metálicos, acabamentos, ferragens, entre outros
assuntos. Ainda aprenderemos sobre pedras e vidros. Dessa forma, do tema 3 em diante, iremos
analisar de maneira mais avançada três projetos de móveis para interiores, dos quais dois são casos
reais de clientes. Dessa maneira, unindo a teoria com os exemplos práticos, você poderá se aproximar
de pisos e escadas, seja para paredes ou mobiliário. Também podem ser comercializadas em chapas
de grandes dimensões, o que melhora muito o acabamento final do ambiente, pois são cortadas no
tamanho desejado e, assim, reduzem a quantidade de emendas. Mas quando se fala em mármore e
granito, uma dúvida costuma surgir: qual é a diferença entre essas duas pedras?
A primeira grande diferença entre cada uma delas está em seu aspecto visual, pois, devido à
constituição e distribuição interna de minerais, o granito possui um padrão de cor mesclado, como se
existissem várias “pedrinhas” de cores variadas internamente (figura 1). A outra grande diferença é
Crédito: StudioDin/Shutterstock.
O granito é uma rocha magmática composta principalmente por três minerais: feldspato, quartzo
e mica, que proporcionam um visual único para este material, além de grande resistência a riscos
(Soares, 2013). Sua dureza em Mohs[1] é considerada alta, entre 6 e 7. Também apresenta baixa
porosidade e, consequentemente, absorve pouca água, reduzindo, assim, os riscos de manchas. Por
todos esses atributos, o granito é indicado para áreas externas e internas de uso intenso, como
bancadas de áreas de serviço e cozinhas (Rossi, 2021).
Os padrões de granitos são definidos pelas cores existentes, sendo que a variação de
pigmentação e tons ocorre em função dos minerais presentes. No mercado, encontramos granitos em
tons bege, cinza, amarelo, rosa, vermelho, marrom, verde, preto, entre outros (figura 2). Os padrões
de granito que possuem tons mais uniformes – como “Preto Absoluto” – são mais raros e, por isso,
Outros nomes conhecidos de granito são: Verde Ubatuba, Preto São Gabriel, Cinza Andorinha,
Crédito: Artazum/Shutterstock.
O mármore, por sua vez, é uma rocha metamórfica, ou seja, criada pela mutação de outras rochas
uma coloração mais uniforme, muitas vezes com desenhos de veios bem definidos (figura 3).
Figura 3 – Foto com amostras de mármore
O mármore é mais poroso e menos resistente que o granito, assim, é mais propenso à formação
de manchas e à absorção de gordura. Sendo assim, o mármore deve ser empregado em ambientes
internos, em áreas que não apresentam uso intenso, pois desgasta-se com mais facilidade. Sua dureza
Figura 4 – Foto mostrando banheiro com revestimento de paredes e piso em Mármore Carrara
Crédito: Karnavalfoto/Shutterstock.
Outra modalidade de pedra para uso em projetos de Interiores são as Rochas Artificiais, ou seja,
produtos executados por meio da mistura de uma grande porcentagem de partículas naturais com
uma pequena quantidade de polímero. Essas Rochas Artificiais, também conhecidas como Mármores
Artificiais, apresentam melhores propriedades mecânicas que as pedras naturais, pois suas taxas de
porosidade são mais baixas e, dessa forma, absorvem menos água que o mármore ou o granito.
Por conta de todas essas vantagens, o Mármore Artificial é cada vez mais empregado em
projetos de interiores, podendo inclusive ser utilizado em ambientes e locais de uso mais intenso,
como bancadas de cozinhas, pois a absorção de água do Mármore Artificial é inferior a 0,06%,
também um enorme produtor de resíduos dessas pedras. Grande parte destes resíduos são criados
durante a extração e a produção das chapas de pedra, e, muitas vezes, acabam poluindo o meio
ambiente. Sendo assim, o Mármore Artificial, além de ser muito atrativo esteticamente pela sua
uniformidade de cor, é mais impermeável que as pedras naturais e é amigo do meio ambiente, pois
Os Granitos Naturais ou Mármores Artificiais são uma ótima alternativa para emprego em tampos
de cozinha, pois podem ter acabamentos engrossados na parte frontal, dando uma impressão de
maior espessura, uma vez que as pedras para tampos são encontradas normalmente na espessura de
2 cm.
Também é usual a execução de um rebaixo de 2 cm no tampo em torno da cuba para conter a
água no momento de uso da torneira, bem como para apoiar escorredores de louça. Tais rebaixos são
conhecidos como guarnições. Quando a bancada está encostada em alguma parede e possui tampo
de pedra, é importante também fazermos um acabamento que chamamos de Rodapia ou Frontão,
que normalmente tem entre 7 e 10 cm de altura, porém outras medidas podem ser empregadas.
Para execução de tampos de cozinha, uma dica interessante é montar primeiro os móveis e
somente após essa etapa fazer as medições finais para execução dos tampos pela empresa que irá
não é uma regra, pois existem situações em que há pouco tempo para execução e montagem do
ambiente.
Nesses casos, móveis e tampos precisam ser executados e montados ao mesmo tempo, o que
exige um rigor maior nas medições e projeto, prevendo possíveis ajustes, tanto no móvel como na
pedra.
Normalmente, os tampos de pedra ficam apoiados sobre os móveis, e, por serem muito pesados,
o mobiliário precisa estar perfeitamente instalado e estável em sua posição. Em alguns casos, os
tampos são instalados antes dos móveis, dessa forma, normalmente ficam apoiados em estruturas
metálicas reforçadas, conhecidas como mãos francesas. Uma opção muito interessante para cubas de
cozinhas ou banheiros é executá-las com a mesma pedra em que foi executado o tampo, pois isso
transmite uma sensação de unidade, como se a cuba tivesse sido esculpida no próprio tampo,
Crédito: Karnavalfoto/Shutterstock.
TEMA 2 – VIDRO
De uma maneira simplificada, podemos dizer que o vidro é um material inorgânico de fusão,
sílica, em uma porcentagem de 74%, e sódio, com 12%, entre outros elementos, sendo que a sílica é
Antes de o vidro ser produzido pelo homem, ele já existia na natureza resultante da união de
elementos da crosta terrestre. E, dessa forma, os vidros podem ser de origem natural ou sintética
(Souza, 2021).
Vidro natural: formado por meio de rochas vulcânicas, também conhecido como rocha vítrea.
Relatos indicam que a rocha vítrea já era utilizada pelos homens pré-históricos em amuletos e
Vidro Sintético: acredita-se que foi descoberto por acaso por volta de 4000 a.C., por meio de
transformaram em vidro pela ação do calor do fogo. Na Idade Média, o vidro já era amplamente
Crédito: mmstudiomk/Shutterstock.
Sendo assim, o vidro é um material que pode ser liso e com ótima transparência, de alta
durabilidade e dureza, impermeável e com alta resistência à grande parte de solventes e ácidos, além
de ser ótimo isolante elétrico. Outra vantagem do vidro é que ele pode ser reciclado facilmente,
embora isso não seja possível para todos os tipos de vidros, como é o caso dos vidros planos e de
O mercado oferece hoje uma gama enorme de tipos de vidro, principalmente para Arquitetura e
Design de Interiores, sendo: vidros planos lisos ou com texturas, vidros impressos, vidros antirreflexo,
vidros refletivos, vidros laminados, vidros temperados, vidros aramados, vidros coloridos, vidros
curvos, além dos espelhos, que são fabricados com vidros comuns. É possível também encontrar uma
grande variedade de vidros com texturas em diversos modelos, conforme pode ser visto na figura 10,
Com relação a vidros de segurança, podemos citar três tipos muito empregados para Design de
aquecido em um forno a altas temperaturas e, na sequência, passa por um rápido resfriamento, o que
causa um significativo aumento de sua resistência devido à compactação das camadas superficiais.
Esse aumento da resistência pode chegar a cinco vezes mais que os vidros comuns.
Outra vantagem do Vidro Temperado é que se acontecer de quebrar, forma cacos pequenos e
não cortantes. É muito empregado em tampos de trabalho e mesas, grandes portas com vidro e em
box para banheiros. Como desvantagem, podemos dizer que, após o vidro passar pela etapa
de têmpera, não poderá mais ser recortado, furado ou receber acabamento de lapidação em suas
bordas.
O Vidro de segurança Laminado possui camadas alternadas de lâminas de vidro com lâminas
plásticas.
situações. Caso o Vidro Laminado venha a se romper, as lâminas alternadas de plástico mantêm os
O terceiro modelo de Vidro de segurança, o Aramado, possui uma malha metálica quadriculada
incorporada à placa de vidro. Ele é translúcido, e, caso haja rompimento da chapa de vidro, a malha
segura os cacos de vidro, reduzindo os riscos de corte, além de manter o vão protegido pela malha
metálica que se mantém presa à esquadria (figura 11). Esse tipo de vidro é muito empregado em
escadas de emergência, pois, em caso de incêndio, se os vidros quebrarem com o calor, não irão
projetar cacos de vidro no espaço. Em Design de Interiores, pode ser uma opção de uso para portas
Os vidros comuns podem, ainda, ser beneficiados ou decorados com bisotês, furos, jateamento,
pintura, entre outros. O bisotê é um acabamento estético executado por meio de um sistema de
usinagem que faz um rebaixamento chanfrado nas bordas do vidro, muito empregado em espelhos e
pequenos vidros de portas quadriculadas. Os vidros também podem ser furados para diversas
situações, como para a fixação em paredes ou mobiliário, por meio de parafusos e ferragens de
acabamento. Porém, existem algumas regras para execução desses furos, sendo que o diâmetro dos
furos precisa ser igual ou maior que a espessura do vidro. Para furos muito próximos de cantos e
bordas, recomenda-se que a distância da borda do vidro até os furos seja igual ou maior que seis
O jateamento de vidros pode ser feito por meio de uma técnica de lançamento de grãos de areia
em alta velocidade contra o vidro, deixando-o com um efeito opaco e fosco. Por isso leva o nome de
jateamento. Pode ser feito também por meio de produtos químicos, porém hoje está cada vez mais
sendo substituído por adesivos que imitam o efeito jateado dos vidros, podendo inclusive ter recortes
No caso de adesivos, se houver algum recorte interno, pode ser executado em empresas que
possuam plotters de recorte. O seu uso é interessante para lugares onde se necessita de privacidade,
sem impedir a entrada de luz, como divisórias de ambientes, janelas de banheiro etc. Também é
interessante em portas de vidro, como faixas de indicação de que ali existe um vidro, buscando evitar
acidentes.
Figura 13 – Foto mostrando vidro com adesivo padrão jateado com recorte vazado internamente
Crédito: Life and Times/Shutterstock.
Os vidros planos podem ser encontrados no mercado normalmente nas espessuras entre 2 e 25
mm. Outras espessuras maiores podem ser encontradas para construção civil, porém não são tão
comuns. Os vidros podem vir coloridos de fábrica, o que pode ser feito de várias formas, como pela
adição de alguns elementos antes da fundição, pintados com tintas especiais, ou então pode ser o
vidro laminado, que, além da opção incolor, pode ser colorido (figura 14).
Neste caso, as cores dos vidros são obtidas por meio da camada de material plástico existente
internamente. O mercado oferece uma gama enorme de cores que podem ser transparentes ou
translúcidas. Outra vantagem dos vidros laminados é que são melhores isolantes térmicos e acústicos
Além dos inúmeros tipos de vidro, o mercado oferece também uma variedade enorme de
ferragens para fixação de vidro em paredes ou mobiliário, podendo ser com o vidro furado ou não. As
opções são de suportes, mãos francesas, pitões, espaçadores, acabamentos para parafusos ou então
perfis de alumínio para fixação de vidros e execução de portas e armários. Em caso de espelhos,
podem também ser fixos por meio de cola em paredes ou móveis. Na figura 15, é possível ver foto de
vidro fixado em parede por meio de suporte metálico sem necessidade de furos no vidro.
Agora que já estudamos metodologia de projeto, os tipos de processos produtivos para móveis,
pedras, vidros, acabamentos, ferragens, entre outros assuntos, já podemos analisar de maneira mais
avançada o método para se executar um projeto de interiores. Sendo assim, iremos fazer isso
demonstrando um caso real de um cliente que solicitou o projeto de uma sala integrada com cozinha,
identificar as necessidade do cliente. No caso que iremos estudar, o cliente pediu uma integração
total de vários ambientes, sendo: cozinha, sacada com churrasqueira, sala de estar e jantar em um
único espaço. O cliente também precisava que esse espaço tivesse fogão de quatro bocas tipo
cooktop com exaustor, uma geladeira grande, micro-ondas e forno, mesa para seis pessoas, sofá de
quatro lugares, espaço para TV, aparelhos de internet e TV a cabo, além de lugares para guardar toda
Alguns equipamentos foram adquiridos novos, e, devido a isso, suas dimensões foram levantadas
por meio de manuais técnicos dos produtos. Fotos do espaço foram efetuadas também para sanar
futuras dúvidas, além das dimensões de pontos de elétrica e de hidráulica que foram anotadas. Feito
tudo isso, partiu-se para a geração de alternativas (etapa 3) por meio da execução de Planta Baixa
(Vista Superior) do espaço e estudo de layout dos móveis, conforme mostra a figura 16.
Observe que todas as paredes foram desenhadas em linha grossa, e os móveis com linhas finas,
colocadas as cotas com as principais dimensões dos móveis e também dos espaços de circulação.
Sendo assim, foi acrescentado de forma harmônica no ambiente todos os itens que o cliente solicitou.
Optou-se por uma mesa redonda, pois esse formato melhora a circulação no espaço. Também foi
sugerido um balcão em “L” de forma a servir tanto como apoio para a mesa de jantar como para a
sala de estar, com local para a TV.
Fonte: Acervo de Cristiana Miranda, projeto desenvolvido com o software Auto Cad.
Uma vez apresentado ao cliente, percebeu-se que não seria necessário executar outras
alterativas, pois ele já havia gostado bastante da primeira opção.
Sendo assim, partiu-se para a etapa 4, que é a seleção da alternativa (neste caso, só havia uma
suspensos com acabamento amadeirado e outros soltos de produção seriada (figuras 17 e 18).
Uma vez apresentado e aprovado pelo cliente a Planta Baixa (representação 2D) e as perspectivas
(representações 3D), parte-se para a próxima etapa (5), que é o desenvolvimento, contendo os
detalhamentos técnicos para a produção, com desenhos de conjunto, projeções com dimensões,
cortes e detalhes ampliados. Lembrando que para projeto executivo de interiores, não é necessário
desenhar peça por peça, e sim as vistas dos ambientes contendo os móveis montados.
Nesta etapa, o cliente solicitou apenas uma alteração, que foi a troca de posição do micro-ondas,
que saiu do armário superior e foi colocado embaixo do fogão (tipo cooktop), conforme poderá ser
com o projeto analisado e aprovado pelo cliente antes de passar para as etapas seguintes. A Planta
Baixa (Vista Superior) com o layout dos móveis faz parte também do detalhamento técnico, porém,
essa etapa precisa ser mais elaborada que a primeira, pois precisa apresentar informações
Observe que na Planta Baixa do detalhamento técnico foram indicadas as Vistas (Elevações) A, B,
C e D, conforme é possível verificar nos desenhos a seguir. Na sequência, a Elevação C (figura 20)
contém a vista frontal da churrasqueira e do forno. Uma perspectiva foi acrescentada à prancha de
desenho de forma a melhorar o entendimento do projeto pela marcenaria e marmoraria.
A Elevação D a seguir (figura 21) apresenta a vista frontal e superior dos armários da cozinha.
Observe que foram indicados alguns materiais, como a rodapia em granito e o material e acabamento
dos móveis.
Também foram indicados os puxadores e o recorte na lateral do armário para respiro do micro-
Na figura 22, segue detalhamento do balcão em “L”. Observe que ele possui um corte e um
Por fim, a parte mais gratificante de um projeto: a conclusão do ambiente e a entrega final para o
cliente. Como você pode perceber, o resultado ficou muito parecido com as perspectivas (figura 23).
Na figura 26, vemos a gaveta com corrediça telescópica planejada para receber parte da louça.
outros tipos de acessos para a parte elétrica, sendo assim, é importante que cada informação dos
projetos apresentados aqui seja analisada. Dessa forma, será possível entender bem como executar
um projeto de móveis para interiores.
Outro detalhe importante desse projeto é que o detalhamento técnico executivo possui móveis
em madeira e outras peças em granito, como tampos, rodapia e laterais de balcão ao lado do forno.
Então, um projeto para interiores precisa contemplar todas as peças que fazem parte do móvel no
ambiente, seja um tampo em pedra, prateleiras de vidro ou estofados.
No próximo tema, apresentamos uma sugestão de como conduzir um projeto, porém isso pode
variar em função da experiência e estilo de trabalho de cada profissional. Inclusive, sobre a geração de
alternativas, pode ser apresentada uma ou mais sugestões para o cliente escolher, o que depende
Arquiteto quer conduzir o trabalho. De qualquer forma, é importantíssimo sempre fazer os ajustes
solicitados pelos clientes e não passar para uma etapa seguinte sem que a anterior esteja totalmente
Chegou o momento de analisarmos um ambiente comercial contendo mobiliário com dois tipos
de materiais, sendo de madeira reconstituída e de metal. Trata-se também de um caso real de uma
sala de aula para um Curso de Especialização Odontológica, contendo várias mesas, cada uma para
dois alunos, pois o objetivo do ambiente é proporcionar estudo em grupo. Além dessa mesa, o
ambiente contém outros móveis: uma mesa em “L” para o professor, armário, estante, gaveteiros,
entre outros. Como já estudamos a execução do projeto de um ambiente inteiro no tema anterior,
neste momento iremos explanar um item do ambiente, que, no caso, será a mesa do aluno. O
objetivo deste tema é que você aprenda a executar um projeto de mobiliário com madeira e metal
Na figura 27, podemos visualizar a Mesa do Aluno com dois lugares, contendo estrutura metálica,
Na figura 28, segue uma Perspectiva Explodida da mesa para que você entenda de forma mais
precisa como é estruturado todo o mobiliário.
desenhar cada peça do móvel, porém precisamos fazer as Vistas do ambiente com os móveis
montados e de alguns detalhes importantes para o bom entendimento dos profissionais que irão
executar esse ambiente. Neste caso, como trata-se de um produto solto, ou seja, que não está
embutido no espaço, foi executado Vistas da Mesa do Aluno e de alguns detalhes desse produto,
conforme veremos na sequência.
Sendo assim, a figura 29 contêm a Vista Lateral Direita e Posterior da Mesa. Não houve a
necessidade da Vista Superior e Frontal, pois já é possível compreender bem o produto com as duas
projeções apresentadas.
Como se trata de um móvel executado em madeira e metal, além de detalhar as peças que irão
para a marcenaria, precisamos detalhar também as partes que serão executadas pela serralheria, além
do desenho de conjunto, (figuras 27, 28 e 29), para que seja possível entender as partes e o todo do
produto. Na figura 30, temos uma perspectiva da estrutura metálica, apontando materiais, furação e
Na figura 31, temos a Vista Frontal e Lateral Esquerda da estrutura da mesa, agora contendo
todas as dimensões, indicação de furos e materiais. Observe que nesse produto foi empregado
metalon (30 x 50 mm) e barra chata de aço carbono, sendo possível fazer uma relação com o
conteúdo aprendido em outra ocasião. A escolha de qual Vista executar vai depender de cada
figura 29, optou-se por uma Vista Posterior, porque era importante mostrar as gavetas, e, na figura
31, optou-se pela Vista Frontal para mostrar melhor a posição das travessas.
Algumas peças devem ser detalhadas à parte para que os profissionais que irão executar os
móveis entendam como solucionar alguns encaixes e detalhes, como é o caso do Painel Lateral da
Neste tema, demonstraremos um móvel para ser executado em madeira natural e com sistema
de encaixes, conforme explanado em outra ocasião. Para esse produto, serão empregados como
ferragem apenas quatro parafusos para fixação de todo o conjunto. Sendo assim, na figura 35,
mostramos a Perspectiva do móvel que será estudado neste tema. Trata-se de um banco que foi
batizado pelo nome CA (Comfortable Assembly). Observe que o Banco está como uma proposta para
execução em três tonalidades diferentes, podendo ser feito de três madeiras diferentes, porém da
mesma região e compatibilidade, ou com a mesma madeira, com tingimento em três tons diferentes.
Na sequência (figura 36), as Vistas do Banco CA com as dimensões. Neste caso, como se trata de
um móvel solto e executado totalmente com peças encaixadas, foram colocadas apenas as medidas
externas do produto montado, pois será detalhado peça por peça posteriormente, em que cada parte
Podemos ver na Perspectiva Explodida da figura 37 que o móvel foi projetado com apenas quatro
tipos de peças, sendo: Colunas, Travessas, Longarinas e Pinos, além dos parafusos. As travessas se
dividem em dois modelos, cada qual com uma pequena diferença. A Travessa Externa do Banco CA
possui dois furos na borda superior para fixação dos parafusos, e a Travessa Interna, dois furos laterais
Como se trata do projeto de um móvel exclusivo envolvendo encaixes de madeira com algumas
soluções específicas desse produto, é importante executar o detalhamento completo, peça por peça,
conforme pode ser visto na figura 38. Aqui, estamos demonstrando o detalhamento de apenas uma
peça, no caso, a coluna, para que você entenda como proceder em um móvel desse padrão. Porém,
TROCANDO IDEIAS
Nesta aula, apresentamos, entre outros assuntos, o caso real de um projeto de interiores para
uma sala de estar/jantar integrada com cozinha e churrasqueira. Agora, vamos trocar ideias com os
colegas (via fórum on-line) sobre detalhes que você percebeu no projeto e que foram ou não
comentados no transcorrer desta aula. Comente sobre o que achou ou não interessante no projeto. O
que você teria feito igual ou diferente se você tivesse feito o projeto desse ambiente?
NA PRÁTICA
Pratique o que aprendeu nesta aula fazendo um estudo da cozinha onde mora ou de algum
amigo ou parente. Inicie com o levantamento dimensional e fotos do espaço. Na sequência, monte a
Planta Baixa (Vista Superior) e faça um estudo de layout dos móveis contendo todas as Vistas. Não
esqueça de medir também os eletrodomésticos que serão empregados no ambiente ou de verificar as
desenhar (Travessas, Longarinas e Pinos). Você pode usar como referências as medidas apresentadas
no quinto tema e adaptar algumas dimensões conforme achar interessante. O importante é que no
final do projeto todas as peças se encaixem.
FINALIZANDO
Ao longo dos nossos estudos, abordamos uma gama enorme de assuntos que contemplaram
várias áreas de Arquitetura e Design de Móveis para Interiores. Nesta aula, especificamente,
estudamos Mármores, Granitos e Vidros, bem como dois casos reais de projetos, sendo um deles com
madeira e o outro com metal. Por fim, mostramos o exemplo de um móvel todo feito em madeira
natural com sistema de encaixes. Esperamos que você tenha gostado e acreditamos que com os
REFERÊNCIAS
2017.
ROSSI, F. Diferença entre Granito e Mármore, Passo a Passo! 2021. Disponível em:
<https://pedreirao.com.br/diferenca-entre-granito-e-marmore-passo-a-passo-aprenda-agora/>.
<https://www.rsrmarmoresegranitos.com.br/marmoraria-em-sao-paulo/dicas-e-acabamentos.html>.
Acesso em: 11 dez. 2021.
[1] Escala Mohs: quantifica a dureza de minerais, ou seja, a resistência que um mineral oferece a
riscos.
[2] Os acabamentos em Bisotê podem ser com cantos arredondados, como na figura 11, ou com
cantos retos.