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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS

UNIDADE UNIVERSITÁRIA DE PORANGATU


CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

JUNIOR CUNHA COSTA

GRANITO

PORANGATU/GO
2023
JUNIOR CUNHA COSTA

GRANITO

Trabalho apresentado à Geologia no Curso de


Licenciatura em Geografia/ Universidade Estadual de
Goiás – UEG/Campus Norte/ Unidade Universitária de
Porangatu, como forma de obtenção de nota na
disciplina.

Professora: Cássia Monalisa

PORANGATU/GO
2023
LISTA DE IMAGENS

Figura 1: Aglomerado compacto de grãos com volume de vazios


reduzido.................5
Figura 2: Cores de
Granito...........................................................................................6
Figura 3: Consumo interno brasileiro de rochas ornamentais em
2010........................7
Figura 4: Vista da frente de uma
lavra..........................................................................8
SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.............................................................................................................4
1 GRANITO..................................................................................................................5
CONSIDERAÇÕES FINAIS.........................................................................................9
REFERÊNCIAS..........................................................................................................10
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INTRODUÇÃO

O granito é uma rocha formada por um conjunto de minerais originado do


resfriamento lento do magma derretido, ou seja, uma rocha ígnea. O granito é
utilizado largamente na construção civil, na decoração e ornamentação de interiores,
sendo encontrado na natureza em diferentes cores. Em algumas situações o granito
pode ser confundido com o mármore, porém, é menos poroso, mais resistente, a
coloração é menos uniforme e é mais duro devido à sua composição conter três
tipos de minerais diferentes (BARROS FILHO s/d).
Diante do exposto, a pesquisa objetiva apresentar as principais características
do granito, tais como: densidade, origem e formação, coloração, localização,
radioatividade natural e valor econômico.
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1 GRANITO

A partir do ano 2.560 a.C já existe registro do uso do Granito, essa pedra
natural foi utilizada primeiro pelos Egípcios, na construção de túmulos faraônicos e
monumentos. Os romanos também utilizaram o granito em suas construções. Na
Idade média, as condições de transformações do granito eram melhores, portanto,
foi amplamente utilizado nos interiores de igrejas, casas e pisos. De acordo com
Starck (2018) o uso de rochas ornamentais no Brasil foi introduzido pelos
portugueses durante a colonização. Segundo Barros Filho (s/d) o uso do granito
como acabamento decorativo foi possível a partir da década de 50 com a chegada
das serras diamantadas motorizadas.
O granito é uma rocha ígnea ou magmática, formada pela solidificação do
magma na camada subterrânea, sendo uma rocha dura e de muita resistência,
comum na natureza. Quanto à composição Librelotto e Ferroli (2023) afirmam que o
granito é composto por quartzo, feldspato e mica, possui textura cristalina, de grãos
médios ou finos (figura 1). O fato de ser comumente encontrada na natureza faz com
que essa rocha não possua um custo elevado, dessa forma é utilizada nas
construções.

Figura 1: Aglomerado compacto de grãos com volume de vazios reduzido


6

Fonte: https://paginas.fe.up.pt/~geng/ge/apontamentos/Cap_3_GE.pdf
É considerado uma rocha ornamental, ou seja, “após serragem, polimento e
lustração, ressaltam características intrínsecas (textura, estrutura, trama dos
minerais etc.) conferindo-lhes grande beleza e permitindo seu uso em revestimentos,
pisos e ornamentação” (ROCHA e SOUSA, 2010, p. 04).
Segundo Giaconi (1998) o termo granito se refere a rochas não-carbonáticas,
suscetíveis a polimento. Por outro lado, Barros Filho (s/d) cita entre as
características do granito a alta condutividade térmica, a resistência a choques e
intempéries, porosidade (quando não polida), escorregadia (quando polida) e dureza
5 a 6 na escala Mohs1.
O granito possui coloração escura devido ao seu caráter pluriminerálico, em
geral, são ricos em minerais como ferro e magnésio, enquanto as de cor clara têm
predominância de alumínio e silício (Figura 2).

Figura 2: Cores de granito

1
A escala Mohs ordena a dureza dos minerais com base em sua capacidade de riscar ou ser riscado
(seguindo o princípio de que os minerais de dureza mais elevada riscam os de menor dureza)
(CARDOSO e SILVA, S/D).
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Fonte: https://api.aecweb.com.br/cls/catalogos/lider/Lider_Marmores_e_Granitos.pdf
A densidade é o cálculo da massa total de uma substância pelo volume total
ocupado. No padrão do Sistema Internacional (SI), o quilograma por metro cúbico
(Kg/m3) é a unidade padrão adotada. Dessa forma, a densidade do granito é 2750
kg/m3 (BARBOSA, 2020).
Segundo Salas et al. (2003, p 68), o granito é um tipo de rocha que possui
radiação natural proveniente do urânio e do tório “contidos na monazita, alanita e
zircâo e, secundariamente, na titanita, apatita, como inclusões dos produtos das
possíveis alterações da uraninita ou pecheblenda e também proveniente do
resultado da desintegração do potássio”.
A partir do decaimento do urânio é formado o gás radão, um gás radioativo
que pode ser encontrado em construções com rochas graníticas. O radão é insípido,
incolor, inodoro e é uma fonte natural de exposição à radiação ionizante. Pode estar
presente em pedras de lareira ou bancadas de cozinha e está associado à leucemia
em crianças (MADEIRA e TORRES, 2023).
Em relação ao valor econômico, Seixas (2011) afirma que o setor brasileiro de
rochas ornamentais movimenta cerca de US$ 2,1 bilhões/ano, gerando
aproximadamente 105 mil empregos diretos.
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Figura 3: Consumo interno brasileiro de rochas ornamentais em 2010

Fonte: Seixas (2011)

A maior concentração dos polos de produção e consumo regional se encontro


no Sudeste do Brasil. Do total produzido, as rochas classificadas como granito
correspondem a 50%.

Figura 4: Vista da frente de uma lavra

Fonte: Seixas (2011)

De acordo com Seixas (2011) os principais polos de lavra do Brasil são Minas
Gerais e Espírito Santo.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS

Diante do aporte teórico que norteou essa pesquisa foi possível compreender
que o granito é um tipo de rocha de grande interesse econômico, utilizado em vários
segmentos da construção civil. Trata-se de uma rocha ígnea originada através do
resfriamento do magma, composta por três tipos de minerais quartzo, mica e
feldspato.
Devido à sua composição, é uma rocha comum na natureza que possui alta
resistência à temperatura, choques e intempéries. A baixa porosidade facilita sua
aplicação e limpeza. Além disso, ela pode ser encontrada em várias cores, essas
cores variam devido a incorporação de outros tipos de minerais como ferro e
magnésio (em rochas mais escuras), alumínio e silício (em rochas mais claras). Vale
destacar que o granito é uma fonte natural de radiação ionizante, associada a
problemas de saúde, como a leucemia em crianças.
Foi possível constatar que, devido à abundância do granito na natureza, essa
rocha não possui custo muito elevado e, devido a suas características é uma rocha
ornamental muito utilizada. No Brasil, os locais de maior produção são na região
Sudeste de modo que, o granito representa 50% do total produzido.
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REFERÊNCIAS

AQUINO, Reginaldo Ribeiro de. Avaliação da radioatividade natural em


mármores e granitos comerciais do estado do Espírito Santo. 2015. Tese de
Doutorado. Universidade de São Paulo. Disponível em:
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/85/85131/tde-25042016-145921/en.php
Acesso em 01 de out. de 2023

BARBOSA, Karla Suellen Lino et al. Efeito da adição do resíduo de mármore e


granito com fibras de sisal nas propriedades de compósitos poliméricos. Brazilian
Journal of Development, v. 6, n. 2, p. 7653-7667, 2020. Disponível em:
https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/6940 Acesso em
01 de out. de 2023

BARROS FILHO, Roberto Monteiro de. Rochas, Mármore e Granito, Basalto e


gabro. Faculdade INAP. S/D. Disponível em:
http://faculdadeinap.edu.br/materiais_didaticos_disciplinas/materiais%20e
%20tecnologia/rochas_marmores_e_granitos.pdf Acesso em 02 de out. de 2023

GIACONI, W. J. Perfil atual da indústria de rochas ornamentais no município de


Cachoeiro de Itapemirim (ES). Dissertação de Mestrado na Área de Administração
e Políticas de Recursos Minerais. Campinas: USP, 1998. Disponível em:
https://repositorio.unicamp.br/acervo/detalhe/131937 Acesso em 02 de out. de 2023

LIBRELOTTO, Lisiane Ilha; FERROLI, Paulo César Machado. Mármore e Granito.


2023. Disponível em: https://materioteca.páginas.ufsc.br/marmore-e-granito/ Acesso
em 02 de out. de 2023

MADEIRA, Beatriz Maia Aliot; TORRES, Rita Lopes. Radão – Um gás Radioativo e
Perigoso. Disponível em:https://jra.abae.pt/plataforma/artigo/radao-um-gas-
radioativo-e-perigoso/ Acesso em 01 de out. de 2023

ROCHA, Cezar Henrique; SOUSA, José. Análise ambiental do processo de extração


e beneficiamento de rochas ornamentais com vistas a uma produção mais limpa:
aplicação Cachoeiro de Itapemirim-Es. Enciclopédia Biosfera, v. 6, n. 09, 2010.
Disponível em: https://www.conhecer.org.br/enciclop/2010/analise%20ambiental.pdf
Acesso em 01 de out. de 2023

SALAS, Humberto Terrazas; NALINI JUNIOR, Hermínio Arias; MENDES, Júlio César.
Radioatividade em rochas graníticas ornamentais do Brasil. Disponível em:
http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/cetem/1461/1/9-
IV_simposio_de_rochas_ornamentais_do_nordeste.pdf Acesso em 02 de out. de
2023

SEIXAS, Victor Machado. Análise Econômica do granito ornamental: mineração


córrego da onça (Cambuci-RJ). 2011. Disponível em:
https://pantheon.ufrj.br/handle/11422/4589 Acesso em 01 de out. de 2023
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STARCK, Lenita. O mármore e o granito na história. Revista Rocha de Qualidade.


2018. Disponível em: https://revistarochas.blogspot.com/2013/06/o-marmore-e-o-
granito-na-historia.html Acesso em 02 de out. de 2023

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