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O S I M PA CTOS A M BI EN TAI S P R O V EN I ENTES D A Mateus Santos Martins – 0030

EX TR A ÇÃ O E BEN EF I C I A MEN TO D E G R A N I TO Turma: V05 IFES - Colatina


PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO GRANITO
▪ RECONHECIMENTO DA JAZIDA: A etapa inicial do
processo de extração do granito se dá no reconhecimento
da área, levantando-se uma pesquisa do solo, bem como
do potencial e qualidade das rochas. É possível aqui que
o profissional técnico dimensione dados relevantes à
extração como: cálculo da estimativa da reserva, perdas
e ganhos, viabilidade da lavra, forma de extração a ser
empregada, etc. Fig. 01

▪ DOCUMENTAÇÃO: Após o levantamento de dados


inicial, busca-se providenciar autorizações de órgãos
governamentais e de preservação ambiental para que se
ocorra a exploração da área.
PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO GRANITO
▪ MÉTODOS DE LAVRA: Uma vez garantidas a licenças, parte-se para a extração
propriamente dita, para tanto existem alguns métodos diferentes:
a) Lavra por desabamento: método com o uso de explosivos, porém gera peças
fragmentadas e irregulares;
b) Lavra de matações: matações são porções definidas de um maciço rochoso,
individualizada pela atuação interpérica nas fraturas e destacadas por erosão, as
rochas são marcadas com furos para o encaixe e uso de explosivos;
c) Lavra por bancadas: ocorrem de duas formas: bancadas baixas e altas (tal
designação indica se a rocha terá uma de suas dimensões igual à da lâmina
comercializável – bancada baixa, ou com uma dimensão múltipla deste número –
bancada alta);
d) Lavra subterrânea: ocorre de forma subterrânea, como nome diz, gerando meor
volume de poluentes, porém com alto risco de instabilidade.
PROCESSO DE EXTRAÇÃO DO GRANITO
▪ TRATAMENTO DAS ROCHAS: Após extraídas as rochas, estas passam por um tratamento de
corte e finalização, também chamado beneficiamento. Quanto ao corte temos a possibilidade
de se trabalhar com tais maquinários:

a) Corte por fio diamantado;


b) Waterjet;
c) Correia diamantada.

Já os métodos de finalização podem ser de três tipos:

a) Polido (com brilho);


b) Levigado (sem brilho);
c) Escovado (sem brilho). Fig. 02
PROBLEMAS GERADOS PELA EXTRAÇÃO DE
GRANITO
▪ DESMATAMENTO E REMOÇÃO DO SOLO: A execução dos
trabalhos em jazidas prevê o desmatamento da área, bem como
a remoção do solo, o que causa o primeiro impacto na fauna e
flora pertencentes a região. Há um aumento da capacidade
erosiva, bem como alteração da vegetação local e supressão do
ecossistema.
Fig. 03
▪ DISPERÇÃO DE PARTÍCULAS: Tanto no processo de retirada das
rochas quanto no beneficiamento do granito ocorre dispersão de
partículas, o que causa poluição no ar, no solo e na água, e
consequentemente risco à saúde dos trabalhadores e moradores
da região.
▪ POLUÍÇÃO SONORA: Todo o processo de retirada das rochas e
beneficiamento utiliza de maquinários com alto teor de ruídos.
PROBLEMAS GERADOS PELA EXTRAÇÃO DE
GRANITO
▪ ALTA PRODUÇÃO DE REJEITOS: Na etapa de
beneficiamento do granito é necessário que se faça
diversos cortes na rocha, para tanto o maquinário
utilizado, conhecido como tear precisa que suas lâminas
diamantadas passem por esfriamento constante quando Fig. 04
trabalhando em cortes, para tanto é utilizada uma
substância à base de água, granalha de aço (elemento
abrasivo) e cal (para se evitar oxidação). Ao final tal
composto se mistura às partículas de rocha provenientes
do corte, gerando uma lama tóxica que muitas vezes é
depositada de forma errada e clandestina,
contaminando o solo e lençóis de água da região. Fig. 05
Quando próximo à rios e lagos, pode acarretar em
contaminação dos peixes e redução da biodiversidade.
PROPOSTAS DE MINIMIZAÇÃO DE DOS IMPACTOS
AMBIENTAIS NA EXTRAÇÃO DO GRANITO
Uma vez que a possibilidade de se reduzir o consumo de
pedras ornamentais através da conscientização quanto
aos danos ambientais causados por sua extração não é
amplamente difundida, outras medidas passaram a ser
visadas na busca de uma produção mais sustentável.
A exemplo vê-se a reciclagem de determinados resíduos
para aplicação de texturas em paredes e muros de
arrimo. Quando triturados ainda existe a possibilidade Fig. 06
de serem aplicados como britas em pátios, jardins e pisos.
Quanto aos rejeitos em forma de lâmina, estudos vem
sendo levantados para se utilizar do material na
produção de cerâmicas vermelhas, composição de tintas,
vidros ou incorporação de massas argilosas.
INDICAÇÃO DE ESTUDOS SOBRE O REAPROVEITAMENTO
DOS REJEITOS DE ROCHAS ORNAMENTAIS
ESTUDO: REAPROVEITAMENTO DE REJEITO DE CORTE DE
GRANITO COM ADIÇÃO DE CONCRETO PARA
CONFECÇÃO DE COBOGÓS E PISOS TÁTEIS
O estudo se propõe a apresentar o uso dos rejeitos
gerados na etapa de beneficiamento do granito para a
produção de cobogós e pisos, visando uma economia
produtiva, a possibilidade de geração de empregos,
bem como a sustentabilidade ambiental.

LINK PARA ACESSO


INDICAÇÃO DE ESTUDOS SOBRE O REAPROVEITAMENTO
DOS REJEITOS DE ROCHAS ORNAMENTAIS
ESTUDO: ESTUDO DO REAPROVEITAMENTO DOS
REJEITOS/RESÍDUOS DO GRANITO AZUL SUCURU,
PARAÍBA, BRASIL
O estudo se propõe a apresentar uma análise das
capacidades físicas e de granulometria dos rejeitos da
extração de rochas para a confecção de britas e
argamassas a serem empregados na construção civil.
Verificando a viabilidade econômica e sustentável
empregada no processo.
LINK PARA ACESSO
PLANO DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA -
PRAD
Uma vez que a atividade de
extração do granito gera
modificações no ambiente, é
necessário que haja um Plano de
Recuperação da Área Degrada
(previsto na Constituição de 1988),
a fim de se garantir um conjunto
de métodos, instruções e práticas
que prevejam um retorno da área
à uma determinada forma de uso
do solo. Vejamos os tipos de Fig. 07
recuperação em esquema:
PLANO DE RECUPERAÇÃO DA ÁREA DEGRADADA -
PRAD
▪ RECUPERAÇÃO: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre
degradada a uma condição não degradada, que pode ser diferente de sua
condição original, conforme Lei nº 9.985 de 2000;
▪ RESTAURAÇÃO: restituição de um ecossistema ou de uma população silvestre
degradada o mais próximo possível da sua condição original, conforme Lei nº 9.985
de 2000;
▪ REABILITAÇÃO: define-se por um conjunto de procedimentos que propiciam o
retorno da atividade produtiva a um uso futuro, considerando as aptidões do local, a
intenção de uso as condições do meio físico e biótico (NBR ABNT 13.030:1999);
REFERÊNCIAS
LEGENDA IMAGENS:
Fig. 01 Jazida de granito. FONTE: WEB (GTMGRANITOS, ACESSO: 2021)

Fig. 02 Lâminas de granito. FONTE: WEB (Canteras&Marmoles, ACESSO: 2021)

Fig. 03 Crateras formadas pela extração de granito. FONTE: SOUZA et. al. (2015)

Fig. 04 Tear. FONTE: CEFET-ES/ 2005

Fig. 05 Cortes de blocos de granito com auxílio de lama abrasiva. FONTE: CEFET-ES/ 2005

Fig. 06 Reutilização de peças de granito no preenchimento de pisos. FONTE: UFSC-SC/ 2020

Fig. 07 Etapas da recuperação de áreas degradadas. FONTE: (Bitar & Braga, 1995)
REFERÊNCIAS
▪ ALEKSANDROVA, A Yu; TIMOFEEVA, Ss. Ecological risks observed during extracting semi-precious, facing and
ornamental stones in Irkutsk region. Iop Conference Series: Earth and Environmental Science, [S.L.], v. 194, p.
092001, 15 nov. 2018. IOP Publishing. http://dx.doi.org/10.1088/1755-1315/194/9/092001.

▪ MOURA, De Dalvino Jose. RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS PELA MINERAÇÃO. Orientador: Prof. Paulo
André Barbosa Hollanda Cavalcanti. Universidade Estadual de Goiás, Unidade Niquelândia 2015 (Relatório
Monográfico).

▪ SOUSA, José Gonçalves de. ANÁLISE AMBIENTAL DO PROCESSO DE EXTRAÇÃO E BENEFICIAMENTO DE


ROCHAS ORNAMENTAIS COM VISTAS A UMA PRODUÇÃO MAIS LIMPA: APLICAÇÃO EM CACHOEIRO DE
ITAPEMIRIM - ES. 2007. 42 f. TCC (Graduação) - Curso de Especialização em Análise Ambiental, Universidade Federal
de Juiz de Fora, Juiz de Fora, 2007.

▪ VENTUROTI, Graciele Petarli; BOLDRINI-FRANÇA, Johara; KIFFER, Walace Pandolpho; FRANCISCO, Aline Priscila;
GOMES, Aline Silva; GOMES, Levy Carvalho. Toxic effects of ornamental stone processing waste effluents on
Geophagus brasiliensis (Teleostei: cichlidae). Environmental Toxicology And Pharmacology, [S.L.], v. 72, p.
103268, nov. 2019. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.etap.2019.103268.

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