Você está na página 1de 11

12.º Congresso da Água / 16.

º ENASB / XVI SILUBESA

PRODUÇÃO DE PISO INTERTRAVADO DE CONCRETO UTILIZANDO


RESÍDUO DE ESTAÇÃO DE TRATAMENTO DE ÁGUA
Flávio C. ARAÚJO1; Paulo S. SCALIZE2

RESUMO

As estações de tratamento de água (ETA’s) geram resíduos em processo de tratamento da


água bruta. No Brasil, o destino, bastante comum para o descarte desses resíduos são os
corpos hídricos mais próximos às ETA's. Essa prática realizada é prejudicial ao meio
ambiente, pois quando o resíduo de estação de tratamento de água (RETA) é lançado “in
natura” nos mananciais, provoca sua deterioração. A legislação e normas vigentes no Brasil
o classificam como resíduos sólidos, devendo ser tratado e disposto adequadamente. Dessa
forma, o presente trabalho procede a caracterização do RETA e o aplica na produção de
pisos intertravados (Pavers), com o intuito de fornecer subsídios e alternativas para a
disposição do RETA de maneira a reduzir o impacto ao meio ambiente. Os resultados dos
testes de resistência à compressão demostram um potencial para o uso nos pavers com o
percentual entre 5% e 10% de RETA em substituição à areia. Foi observado ainda que o
acréscimo do RETA aumenta consideravelmente a absorção de água pelos pisos, atingindo
13,8% após 14 dias de sua fabricação.

Palavras-chave: ETA, lama, paver, piso intertravado, resíduo, RETA.

1 Arquiteto, Especialista em Gestão e Educação Ambiental, Coordenador de Projetos na


Saneamento de Goiás, Endereço: Av. Fued José Sebba, N°1245, Setor Jardim Goiás, CEP
74.805-100 – Goiânia, GO – Brasil. Telefone: 5562-3243-3546, Email:
fcaraujo40@gmail.com
2
Engenheiro Civil, Doutor em Saneamento, Professor Adjunto na Escola de Engenharia Civil
da Universidade Federal de Goiás, Endereço: Av. Universitária, 1488 - Quadra 86 - Lote
Área, Setor Universitário, CEP 74.605-220 - Goiânia, GO - Brasil. Telefone: 5562-3209-6257,
Email: pscalize.ufg@gmail.com
12.º Congresso da Água / 16.º ENASB / XVI SILUBESA

INTRODUÇÃO

A universalização do serviço de abastecimento de água é uma meta no Brasil e também


uma tendência mundial. Apesar dos recentes investimentos em programas de Saneamento,
que visam o aumento de localidades com tratamento de água e esgoto, existem regiões
onde a carência por infraestrutura ainda se faz presente, não sendo satisfatória do ponto de
vista coletivo. Além disso, a busca para suprir a crescente demanda exige um controle da
qualidade da água tratada em função do volume necessário. Para, assim, atender as
normativas e leis vigentes.
Quando analisamos às ETA’s percebemos que a legislação ambiental vem tornando-se
exigente, pois seus processos geram grandes quantidades de resíduos e estes necessitam
de tratamento adequado e uma destino final que não prejudique o ambiente. Segundo a
NBR 10.004 (ABNT, 2004), esses resíduos são classificados como resíduos sólidos, sendo
que apesar da legislação ambiental, tendo como referência a Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS) (Brasil, 2010), definir como crime ambiental o lançamento desses resíduos
em cursos d’água, bem como outras formas de destinação em desarmonia com o meio
ambiente. Essa prática indevida ainda ocorre em várias ETA’s de todo o país.
Em Goiás existem cerca de 180 ETA’s, onde um percentual majoritário opera utilizando-se o
método convencional de tratamento da água bruta, ou seja: coagulação, floculação,
decantação e filtração (sendo essas duas últimas as maiores geradoras de RETA) para
clarificação da água e em seguida faz-se a desinfecção e fluoretação. Os coagulantes
utilizados são escolhidos após ensaios de tratabilidade da água, onde geralmente são
definidos o sulfato de alumínio ou o cloreto férrico. Apenas três ETA’s operam com um
sistema de tratamento do RETA, sendo que a empresa de Saneamento de Goiás (Saneago)
vem investindo em projetos e em obras para promover a destinação adequada dos RETAs.
Estima-se que sejam produzidos 10 toneladas/ano de massa seca de RETA somente na
ETA Engº Rodolfo José Costa e Silva.
São diversas as alternativas de aplicação do RETA, entre as quais temos sua utilização na
produção de materiais de construção. Estudos realizados por HOPPEN et al. (2006), que
aplicaram o RETA em matriz de concreto, obtiveram uma faixa de aplicação entre 4 e 8%,
resultando em resistência superior à 27 MPa. TEIXEIRA et al. (2006) utilizando até 10% de
RETA proveniente do uso com sulfato de alumínio, e até 20% do RETA com cloreto férrico,
obtiveram resultados dentro da norma quando incorporado em materiais cerâmicos
estruturais.
Frente a esse problema e a possibilidade de sua utilização como material construtivo, o
objetivo do trabalho foi produzir Pavers (tipo de piso intertravado de concreto), utilizando
RETA em diferentes porcentagens em substituição da areia na composição do traço.

METODOLOGIA
Área de estudo
O estudo foi realizado com o resíduo gerado na ETA Engenheiro Rodolfo José da Costa e
Silva, localizada na cidade de Goiânia, capital do Estado de Goiás, Brasil. A água utilizada
no tratamento é captada no rio Meia Ponte, atendendo aproximadamente 50% da população
de Goiânia e região metropolitana. Na Figura 1 pode ser observada sua localização na área
territorial brasileira e na Figura 2 um descarte de RETA diretamente em um curso d’água.
12.º Congresso da Água / 16.º ENASB / XVI SILUBESA

a b
Figura 2 – (a) Localização do Estado de Goiás no território brasileiro, (b) Localização da ETA Eng.
Rodolfo J. Costa e Silva em função da cidade de Goiânia.
Fonte: Google Earth (2014)

Figura 2 – Descarte do RETA diretamente no curso d’água.


Fonte: próprio autor (2013)

Materiais
O RETA utilizado no presente experimento foi obtido na lagoa de secagem número 2
da ETA Eng° Rodolfo J. Costa e Silva, ilustrada na Figura 3, a qual encontra-se em fase de
secagem tendo recebido a água de lavagem dos filtros e das descargas dos decantadores.
O coagulante utilizado no tratamento da água é o sulfato de alumínio, não sendo empregado
outro produto tal como alcalinizante ou carvão ativado.
12.º Congresso da Água / 16.º ENASB / XVI SILUBESA

Figura 3 – Localização da ETA Eng°. Rodolfo J. Costa e Silva e das lagoas de secagem de RETA.
Fonte: imagem de satélite do Google Earth (2013), editada pelos autores.

O resíduo obtido na ETA foi triturado em máquina de trituração compacta do tipo


triturador de pedra moinho. Na Figura 4 é possível observar o lodo “in loco” na Lagoa de
secagem bem como as fases de trituração do RETA, de onde foi obtido 100 kg desse
material com granulometria igual ou inferior a 2,4 mm.

a b c
Figura 4 – (a) Fotografia da lagoa de secagem, (b) Foto do triturador do resíduo, (c) RETA triturado.
Fonte: próprios autores.

O RETA foi submetido a análise granulométrica, realizada no laboratório de solos da


Escola de Engenharia Civil da Universidade Federal de Goiás (EEC-UFG), sendo utilizado
12.º Congresso da Água / 16.º ENASB / XVI SILUBESA

um equipamento de granulometria a laser, sem o uso de ultrassom, para determinar as


dimensões das partículas, sem nenhuma interferência. E em seguida efetuou-se a análise
com o ultrassom, que funciona como um defloculante caso as partículas estivessem
aglomeradas, de maneira a separá-las.
Posteriormente realizou-se ensaio de granulometria de sedimentação com
defloculante. Nesse procedimento, foi usada amostra contendo 2000 gramas de RETA e
verificou-se o percentual de umidade material. Em seguida, procedeu-se a análise, com o
peneiramento da amostra de RETA em peneiras com aberturas de malhas de 2,4 mm para
peneiramento graúdo e 1,200mm até 0,075mm para peneiramento miúdo, de acordo com a
definição da NM 52 (ABNT, 2009), com propósito de separar e classificar por tamanho os
grânulos do RETA. Foi ainda realizada a análise granulométrica da areia utilizada na
produção dos Pavers.

Corpos de Prova
O piso intertravado, Paver, tipo I, de dimensões regulares e foi produzido conforme
definições da NBR 9781 (ABNT, 2013), com medidas nominais de 60x100x200mm o que
gera um peso de 2,5Kg por peça. Em uma fábrica de produção de artefatos de concreto
(Goiarte Artefatos de Cimento), foi incluído na sua linha de produção a confeccção dos
Pavers, de acordo com a sequência de ilustrada na Figura 5. O RETA foi inserido como
agregado miúdo, em percentuais de 0; 5; 10; 15; 20 e 25%, com variação da granulometria
entre 0,075mm a 2,4mm em substituição à areia da composição dos traços. Como
parâmetros para verificar a qualidade dos Pavers, foram realizados, nos laboratórios da
EEC-UFG, os ensaios de resistência à compressão e o de absorção de água, conforme os
parâmetros estabelecidos na NBR 9781 (ABNT, 2013).

a b

c d
Figura 5 – Sequência da produção dos Pavers. Em (a) o misturador dos insumos com RETA, (b)
carregamento das fôrmas, (c) prensagem dos pavers, (d) pavers prontos.
Fonte: próprios autores.
12.º Congresso da Água / 16.º ENASB / XVI SILUBESA

A composição dos traços para a produção dos pisos intertravados foi feita com traço 1:5 (1
parte de cimento e 5 de agregados), onde os agregados formados por areia média (3,75),
RETA em substituição à areia e pedrisco (1,25). O RETA possui granulometria compatível
com a areia, sendo que o pedrisco tem granulometria superior.
O consumo dos materiais está relacionado na Tabela 1, que relaciona a quantidade aplicada
de cada elemento de composição no seu respectivo traço.

Quantidade de Cimento RETA Areia Pedrisco Consumo de


Lote
RETA (%) (Kg) (Kg) (Kg) (Kg) água (L)
1 0 29,36 0,00 110,45 36,36 3,0
2 5 29,36 8,81 101,64 36,36 4,0
3 10 29,36 17,62 92,83 36,36 6,5
4 15 29,36 26,43 84,02 36,36 8,0
5 20 29,36 35,24 75,21 36,36 10,0
6 25 29,36 44,05 66,40 36,36 12,0
Tabela 1 – Consumo de insumos por lote produzido.

O consumo de água, para a composição de cada lote, está inserido na Figura 6, onde por
ser observado uma necessidade maior de água para atingir a umidade ótima em função do
aumento do RETA nos traços da sequência. Proporcionalmente o acréscimo de água de lote
para lote foi significativo: do lote 1 para o 2 aumentou-se 33,33% de água; do lote 2 para o 3
a adição foi de 62,5%; do lote 3 para o 4 o acréscimo foi de 23,07%; do lote 4 para o 5
consumiu-se 25% a mais de água e do lote 4 para o 5 o aumento foi de 20%. Observando-
se o consumo do lote 1 para o lote 6, que possui 25% de RETA o aumento foi de 300%.

Figura 6 – Variação do consumo de água em cada um dos lotes produzidos com e sem utilização de
RETA.
12.º Congresso da Água / 16.º ENASB / XVI SILUBESA

RESULTADOS E DISCUSSÕES

Granulometria do RETA

O resultado da análise da granulometria a laser no RETA, sem o uso de ultrassom,


possibilitou observar uma variação dos diâmetros dos grânulos entre 1,944 µm (0,0019 mm)
e 2000 µm (2,0 mm). No ensaio de granulometria de sedimentação com defloculante, na
amostra de 2000 gramas de RETA, obteve-se 25,90% de umidade e determinou-se a
amostra seca com 1588,60 gramas.
A granulometria ficou definida, para a faixa de peneiramento graúdo, conforme Tabela 2,
obtendo-se por esse método, granulometria com diâmetro máximo de 2,0 mm e módulo de
finura 0,72.

Tipo de Peneira Diâmetro da Peneira (mm) Material retido na Peneira (%)


9,50 0,00
Graúda 4,80 0,00 2,98
2,40 2,98
1,20 2,80
0,60 4,72
0,42 2,43
0,30 2,52
Miúda 97,2
0,25 1,40
0,16 3,87
0,075 3,53
< 0,075 75,72
Tabela 2- Distribuição granulométrica do RETA utilizado na fabricação dos Pavers.

Verificou-se que existe percentual majoritário de matéria fina na composição granulométrica


do RETA, 75,72% de elementos com diâmetro menor que 0,075mm e 21,48% de matéria
com diâmetros variando entre 0,075 e 1,20mm e na faixa de agregados graúdos o
percentual é pequeno com relação à miúda, sendo apenas 2,98% de matéria.
No ensaio com emprego de ultrassom, verificou-se variação dos diâmetros de 1,375 µm
(0,00137 mm) a 73,99 µm (0,07 mm). Esse resultado reforça a conclusão do peneiramento:
a presença de maior percentual de matéria fina.
Na Figura 7 é possível observar o aumento progressivo da faixa de RETA com diâmetros
entre 0,075mm e <0,075mm.

Granulometria da areia
O ensaio granulométrico da areia foi realizado com o método de peneiramento e os
resultados encontram-se na Tabela 3, podendo ser observado que na faixa dos miúdos
existe grande percentual de matéria fina, onde foi encontrado 3,24% de material com
diâmetro menor que 0,075mm e 89,16% de grãos com variação de diâmetro entre 0,075 e
1,20mm. Dessa forma, o módulo de finura foi de 2,69 e diâmetro máximo de 4,80mm.
Comparando-se a granulometria da areia com a distribuição granulométrica do RETA
12.º Congresso da Água / 16.º ENASB / XVI SILUBESA

observa-se que a quantidade de matéria fina é muito maior no RETA, para grãos menores
que 0,075mm em termos percentuais. Para o diâmetro na faixa de 0,075mm a areia possui
quantidade superior ao RETA, bem como com os diâmetros 0,16 e 0,42mm.

Figura 7 – Curva granulometria do RETA utilizado na fabricação dos Pavers.

Tipo de Peneira Diâmetro da Peneira (mm) Material retido na Peneira (%)


9,5 0,00
Graúda 4,8 2,70 7,6
2,4 4,90
1,2 9,20
0,6 5,60
0,42 10,90
0,3 3,20
Miúda 92,4
0,25 1,93
0,16 18,37
0,075 39,96
< 0,075 3,24
Tabela 03 – Distribuição da granulométrica da areia utilizada na fabricação dos Pavers.

Na Figura 8 pode ser observada a quantidade de grãos com diâmetros de 0,42, 0,16 e
0,075mm, percentuais que são verificados em menor quantidade no RETA. Uma análise
comparativas dos resultados apresentados nas Figuras 7 e 8, possibilita visualizar que o
RETA possui granulometria compatível com a areia e percentual elevado de agregados
miúdos, porém o RETA possui quantidade superior de matéria com diâmetro inferior à
0,075mm com relação à areia, sendo que o pedrisco possui granulometria maior que a areia
e o RETA. Provavelmente, essa variação granulométrica e o acréscimo de grãos finos do
resíduo, auxilie para uma melhor coesão, fechando os espaços entre os grãos maiores, de
forma a ajudar o cimento a fixar os grãos de maneira mais eficiente.
12.º Congresso da Água / 16.º ENASB / XVI SILUBESA

Figura 8 – Gráfico da granulometria da areia utilizada na fabricação dos Pavers.

Ensaios à compressão
Nos ensaios à compressão após 7 dias de produção, percebeu-se que a inserção do RETA
nos pisos intertravados diminuiu a resistência mecânica à ruptura em função do aumento da
quantidade de RETA adicionado, com exceção do lote com 5% de RETA, onde a resistência
aumentou quando comparado ao 0%, ou seja, aquele que não recebeu RETA. Essa
evolução pode ser observada na Figura 9, onde evidencia-se o ganho de resistência e
também o declínio da tensão para os lotes com 10, 15, 20 e 25% de RETA em relação aos
lotes com 0 e 5%. Essa mesma tendência foi observada no ensaio com as peças no 14º dia
após sua produção. Quando comparado o aumento da resistência nesse intervalo de tempo,
foi observado um ganho superior nas peças que receberam RETA em relação ao 0%,
valores estes superiores aos relatados por HOPPEN et al. (2005) que encontraram aumento
de resistência superior a 15% nesse mesmo intervalo de tempo, quando empregado o RETA
em matriz de concreto.

Figura 9 – Tensão de ruptura dos Pavers aos 7 e 14 dias de fabricação em função da quantidade de
RETA adicionada em substituição a areia.
12.º Congresso da Água / 16.º ENASB / XVI SILUBESA

Ensaio de absorção de água

A NBR 9781 (ABNT, 2013) estabelece que as peças de piso intertravado não podem possuir
índice de absorção superior a 6%. Pelo gráfico da Figura 10, pode ser observado que
nenhum dos lotes do experimento atingiu o percentual ideal de absorção. Sendo que a
menor absorção foi obtida no lote com 0 e 5% de RETA, sendo 7,9 e 8,0% de absorção,
respectivamente. Ocorreu o aumento de absorção de água à medida que aumentou-se o
percentual de RETA como agregado, atingindo 13,80% de absorção no lote com 25% de
RETA em substituição da areia. Essa absorção de água pode ser menor após 28 dias de
sua produção.

Figura 10 – Porcentagem de absorção de água pelos pavers em função da quantidade de RETA


adicionada após 14 dias de sua fabricação.

CONCLUSÕES
O presente trabalho permitiu concluir que o RETA, retirado da lagoa de secagem em estado
seco, e posteriormente triturado e peneirado, possui granulometria compatível com
agregado miúdo, podendo, destarte, ser empregado como agregado para artefatos de
concreto. De maneira geral o RETA influencia negativamente na qualidade do material
produzido, porém, percebeu-se que o lote com 5% de RETA condicionou uma significativa
melhora no ensaio de resistência mecânica, com aumento de 39,92%, em relação ao lote
sem o resíduo, até o 14° dia após a produção. Esse acréscimo se deve, talvez, pela
quantidade de partículas finas do RETA, em relação à areia, que possui 75,72% de
partículas com tamanho menor que 0,075mm. Essas partículas preenchem os espaços
vazios da peça curada, o que promove o aumento da tensão de ruptura. Concluímos ainda
que, nenhuma das composições com RETA atingiram a tensão de ruptura mínima exigida
pela norma até o 14º após sua produção, bem como a taxa máxima de absorção de água
que é de 6%, não podendo ser empregado em pavimentações que tenha tráfego de
veículos. Porém a norma permite o uso de aditivos que possam vir a melhorar a resistência
e a absorção dos pisos. Pode-se afirmar que o paver contendo 5% de RETA, poderia ser
usado para pavimentação de passeios para pedestres, a qual necessita menor resistência à
12.º Congresso da Água / 16.º ENASB / XVI SILUBESA

compressão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT (2004): ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10004: Resíduos


Sólidos - Classificação. Rio de Janeiro.
ABNT (2009): ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NM 52: Agregado
miúdo - Determinação de massa específica e massa específica aparente. Rio de Janeiro.
ABNT (2013): ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 9781: Peças de
concreto para pavimentação – Especificação e métodos de ensaio. Rio de Janeiro.
ABNT (2009): ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7211: Agregados
para concreto - Especificação. Rio de Janeiro.
BRASIL. Lei Federal N° 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de
Resíduos sólidos; altera a Lei n/ 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras
providências.
HOPPEN, Cinthya et al. (2006). Uso de lodo de estação de tratamento de água centrifugado
em matriz de concreto de cimento portland para reduzir o impacto ambiental. Quím. Nova,
São Paulo , v. 29, n. 1, Feb.
HOPPEN, et al. (2005). Co-disposição de lodo centrifugado de Estação de Tratamento de
Água (ETA) em matriz de concreto: método alternativo de preservação ambiental. Revista
Cerâmica, São Paulo, v. 51, n. 318, June.
TEIXEIRA, S. R. et al. (2006) Efeito da adição de lodo de estação de tratamento de água
(ETA) nas propriedades de material cerâmico estrutural. Revista Cerâmica, São Paulo, v.
52, n. 323, Sept.

Você também pode gostar