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Capítulo 5
De acordo com a NBR 9935, que determina a terminologia dos agregados, o termo
“agregado” é definido como material sem forma ou volume definido, geralmente inerte,
de dimensões e propriedades adequadas para produção de argamassa e concreto.
Já WOODS (1960) define agregado como sendo uma mistura de pedregulho, areia,
pedra britada, escória ou outros materiais minerais, usada em combinação com um
ligante para formar um concreto, uma argamassa, etc.
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Areias quartzosas de formação eólica são bastante puras (mais de 90% de teor de
sílica), porém exibem granulometria uniforme e fina. Areias quartzosas de origem fluvial
não são tão puras (80 a 85% de sílica), mas apresentam em geral granulometria
adequada aos trabalhos de pavimentação rodoviária. As areias de depósitos
residuários apresentam boa granulometria, porém seu grau de pureza está na faixa de
70%.
Segundo MARTINS (1995) grande parte das rochas duras exploradas para a indústria
de construção encontra-se em áreas de alto valor paisagístico ou em áreas de
preservação ambiental, sendo necessário um planejamento cuidadoso para minimizar
perturbações ambientais e danos á paisagem. Não há escassez previsível de recursos
de rocha para produção de brita no Brasil, a despeito da extração anual (estimada)
superar 100 milhões de metros cúbicos e do consumo per capita ser muito baixo,
denotando uma enorme demanda reprimida.
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pela eliminação das camadas mais fracas da rocha e pelo efeito da britagem na forma
de partícula e graduação do agregado.
Em quase toda pedreira existe uma camada de solo sobrejacente que deve ser
removido antes que a rocha sã seja encontrada. Esta parte superficial e não
aproveitável na produção de britas é designada por “estéril”.
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A maioria dos agregados silicosos tais como arenito, quartzo e cascalho tornam-se
negativamente carregados na presença de água, enquanto materiais calcários
conduzem carga positiva na presença de água.
Muitos agregados contêm ambos tipos de carga porque eles são compostos de
minerais tais como sílica com carga negativa e também cálcio, magnésio, alumínio ou
ferro com carga positiva. Agregados típicos que conduzem cargas misturadas incluem
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Minerais
Rochas ígneas
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Rochas sedimentares
Rochas metamórficas
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Plagioclásios
Sílicas
Quartzo
Calcedônia
Opala
Feldspatóides
Nefelina
Zeólitas
Analcita
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minerais que podem dar às rochas uma tendência maior ou menor ao polimento
quando usada como agregados para fins rodoviários.
A NBR 7389 trata da “Apreciação Petrográfica de Materiais Naturais para Utilização
como Agregado em Concreto” e descreve procedimento semelha nte ao anterior, porém
a finalidade é o uso para concreto de cimento Portland. Com esta finalidade existe
também a NM 54.
Para entendimento dos constituintes mineralógicos dos agregados deve ser consultada
a TER 198/87 (Terminologia) do DNER ou a NBRNM 66 (antiga NBR 9942) que é
adotada pelo DNER pelo processo de referência.
O outro fator que afeta a utilização dos agregados em misturas betuminosas, até certo
grau relacionado à Mineralogia, é a presença de coberturas superficiais e outras
substâncias deletérias. Estas substâncias deletérias podem incluir argila, xisto argiloso,
silte, óxidos de ferro, gesso, sais dissolvidos e outras partículas frágeis que afetam a
ligação com o asfalto. Também podem aumentar a susceptibilidade à umidade de uma
mistura asfáltica e não devem ser usados a menos que a quantidade de matéria
estranha seja reduzida por lavagem ou por outros meios.
Apesar da ligação do cimento asfáltico não ser boa em relação a determinados tipos de
agregados, esta ligação pode ser melhorada através da adição de determinadas
substâncias tais como cal, pó calcário ou os agentes melhoradores de adesividade,
também chamados “dopes”. Estes materiais associados aos agregados fazem com que
a ligação do cimento asfáltico seja aumentada, possibilitando misturas asfálticas
melhores.
Agregados para misturas asfálticas são usualmente classificados pelo tamanho como
agregados graúdos, miúdos e fileres mineral. A ASTM C294 “Nomenclatura descritiva
dos constituintes dos agregados minerais naturais” define agregado graúdo como
partículas retidas na peneira n° 4 (4,8mm), agregado fino como aquele que passa na
peneira n° 4 e filer mineral como o material com um mínimo de 70% passante na
peneira n° 200 (0,075mm). As especificações americanas SUPERPAVE do programa
SHRP definem o material passante na peneira nº 200 (0,075mm) como “dust”, podendo
ser traduzido como “pó” para diferenciar de termo filer. Outras agências usam a peneira
n° 8 (2,36mm) como o Instituto de Asfalto ou a peneira n° 10 (2,0mm) como a linha que
divide os agregados graúdos dos miúdos.
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Para o DNER considera-se agregado graúdo aquele cujas partículas ficam retidas na
peneira de 2,0 mm (n° 10), agregado miúdo aquele cujas partículas ficam retidas entre
as peneiras de 2,0 mm (n° 10) e 0,075 mm (n°200). O filer ou material de enchimento é
aquele que deve ter pelo menos 65% passante na peneira de 0,075 mm (n° 200). A
Especificação de Material EM 367/97 “Material de enchimento para misturas
betuminosas” do DNER determina uma faixa granulométrica para o filer, onde o
material deve ser 100% passante na peneira de 0,42 mm (n° 40), ter entre 95 e 100%
de material passante na peneira de 0,18 mm (n° 80) e entre 65 e 100% passante na
peneira de 0,075 mm (n° 200). Cita como exemplos de filer o cimento Portland, o pó
calcário e a cal hidratada.
Agregado para misturas asfálticas geralmente deve ser: duro, tenaz, forte, durável
(são), bem graduado, ser constituído de partículas cúbicas com baixa porosidade e
com superfícies limpas, rugosas e hidrofóbicas. A adequação de agregados para uso
em misturas asfálticas é determinada pela avaliação das seguintes características:
1 – Tenacidade
2- Resistência Abrasiva
3- Dureza
4- Durabilidade
5- Sanidade
6- Forma da Partícula (lamelaridade e angulosidade)
7- Textura Superficial
8- Limpeza / Materiais Deletérios
9- Afinidade ao asfalto
10- Porosidade e Absorção
11- Características expansivas
12- Polimento e Características Friccionais
13- Tamanho e graduação
14- Densidade Específica / Massa Específica
Todas estas características também são abordadas de alguma forma pelas normas
brasileiras, através de vários métodos de ensaios, instruções de ensaios,
especificações de serviço e materiais e procedimentos de órgãos rodoviários como o
DNER ou pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).
KANDHAL et al (1997) afirmam que muitos dos ensaios de agregados correntes foram
desenvolvidos para caracterizar as propriedades dos agregados empiricamente sem,
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necessariamente, ter relações fortes com o desempenho do produto final (tais como
misturas asfálticas) que incorpore agregado.
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A tabela a seguir apresenta para estes métodos de ensaios para agregados mais
recentemente padronizados no Brasil os valores limites que foram estabelecidos em
recente pesquisa do DNER (IPR, 1998).
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Para uso em misturas asfálticas as partículas de agregados devem ser mais cúbicas
que planas (chatas), finas ou alongadas. Em misturas compactadas, as partículas de
forma angular exibem um maior intertravamento e atrito interno, resultando
consequentemente em uma maior estabilidade mecânica que partículas arredondadas.
Por outro lado, misturas que contém partículas arredondadas, tais como a maioria dos
cascalhos naturais e areias, tem uma melhor trabalhabilidade e requerem menor
esforço de compactação para se obter a densidade requerida. Esta facilidade de
compactar não constitui necessariamente uma vantagem, visto que as misturas que
são mais fáceis de compactar durante a construção podem continuar a densificar sob
ação do tráfego, levando à deformações permanentes devido aos baixos índices de
vazios e fluxo plástico (ROBERTS et al, 1996).
No Brasil, os ensaios que são utilizados para avaliar a forma de partícula e textura
superficial de agregado graúdo são os seguintes:
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Além da análise petrográfica, já citada, outros ensaios podem ser usados para
identificar e medir a quantidade de materiais deletérios.
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A presença de finos plásticos na porção fina dos agregados de misturas asfálticas pode
induzir descolamento na mistura quando exposta à água ou umidade.
Existe também a hipótese de que algum material argiloso muito fino possa causar
deslocamento pela emulsificação do cimento asfáltico na presença de água. Finos
plásticos em excesso também podem enrijecer o cimento asfáltico, e
conseqüentemente levar a mistura asfáltica a trincamento por fadiga.
O DNER ME 079/94 é uma norma que descreve método para determinar adesividade
de agregado a ligante betuminoso. É aplicado para agregado passante na peneira com
0,59 mm de abertura. Neste ensaio a adesividade é avaliada pelo não deslocamento da
película betuminosa que recobre o agregado, quando a mistura agregado-ligante é
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O pêndulo britânico é um equipamento tipo impacto dinâmico usado para medir a perda
de energia quando uma ponta de borracha é propelida sobre uma superfície de teste. O
equipamento é apropriado tanto para laboratório quanto para ensaios em campo sobre
superfícies planas e para amostras obtidas de ensaios com rodas de polimento
acelerado.
Segundo PINTO (2000) as relações entre quantidade de matéria (massa) e volume são
denominadas massas específicas, e expressas geralmente em ton/m3, kg/dm3 ou g/cm3
e as relações entre pesos e volumes são denominados pesos específicos e expressos
geralmente em KN / m3 .
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O termo Densidade e Massa Específica são freqüentemente usados, o que sugere que
eles tenham o mesmo significado, embora isto seja tecnicamente incorreto.
Como no sistema métrico o peso unitário da água é 1g por ml, então temos:
Densidade Relativa = Peso .
Volume
Deste modo a Densidade relativa seria então adimensional.
O termo “massa específica”, usual no Brasil, é definido pelo Sistema Internacional (S.I.)
como “density”. Já o termo “densidade” é definido pelo S.I. por “mass density”. Em
ambos, as unidades são Kg/m3 , g/m3, etc. e são designados por “ρ”.
O termo “peso específico” usado no Brasil é definido por “weight density” pelo S.I. É
designado por “η” e a unidade é N/m3 . O termo “specific Weight” é incorreto segundo o
S.I.
Densidade Específica Real (Gsa): É a razão entre o peso seco em estufa, ao ar, de
uma unidade de volume de um material impermeável a uma temperatura fixa e o peso
de um volume igual de água destilada livre de gás a uma temperatura fixa. Gsa é
normalmente usada para cálculos (transformação) de peso para volume dos fileres
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minerais somente, visto que os valores do Gsa desta fração são muito difíceis de
obter.
Densidade Específica Aparente, Seca (Gsb): A razão entre o peso seco em estufa,
ao ar, de um volume unitário de um material permeável (incluindo tanto vazios
permeáveis quanto impermeáveis para o material) a uma temperatura fixa e o peso de
um volume igual de água destilada livre de gás a uma temperatura fixa.
- Para Agregados Graúdos as normas americanas que tratam do assunto (ASTM C127
e AASHTO T85) sugerem as seguintes expressões para determinação da densidade
relativa de agregados graúdos:
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Ou seja, é a mesma que o DNER define como “Densidade Aparente do Grão” e que as
normas americanas chamam de Gsb.
Esta expressão é a mesma empregada pela ASTM C127 na definição do termo GsbSSD
(Bulk Specific Gravity Saturated Surface Dry)
DT = P2 - P1 x γat1
γat1 . (P4 - P1) - ( P3 - P2) γat
γat2
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Quando se trabalha com mistura de 2 ou mais frações (ou 2 ou mais agregados) pode-
se computar um valor para a densidade relativa média através de um valor médio
ponderado das várias frações (agregados) que constituem a mistura, pela seguinte
equação:
G = P1 + P2 + ... + Pn (7)
P1 + P2 + ... + Pn
G1 G2 Gn
onde:
G = Densidade relativa média (aparente ou global)
G1, G2, ... , Gn = Valores das densidades relativas para as frações (agregado)
1, 2, ... , n (aparente ou real)
P1, P2, ... , Pn = Porcentagem em peso das frações (agregado) 1, 2, ... , n.
Em relação aos valores de G1, G2,...,Gn usados na equação (7), PINTO (1996)
recomenda que estes valores sejam obtidos pela média entre a densidade real e a
aparente para agregados graúdos e miúdos e pelo valor da densidade real para o
filer mineral usado. Segundo o ASPHALT INSTITUTE (1995) estes valores devem ser
tomados pelo Gsb (densidade aparente) dos constituintes da mistura.
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Têm sido propostas numerosas graduações ideais para densidade máxima. Uma das
mais conhecidas é aquela proposta por Fuller e Thompson em 1907, conhecida por
Curva de Fuller na qual a equação para a densidade máxima é a seguinte: P = (d/D)n x
100 onde “d” é o diâmetro da peneira em questão, P é a porcentagem total passante ou
mais fina que a peneira, “D” é o tamanho máximo do agregado e “n” é um coeficiente
variável. Para se obter a densidade máxima de um agregado o coeficiente “n” deve ser
igual a 0,5.
No início dos anos 60, a FHWA (Federal Highway Administration) introduziu um gráfico
de graduação de agregados que é baseado na Curva de Fuller mas usa o expoente
0,45 na equação. Este gráfico é muito conveniente para determinar a linha de
densidade máxima e para ajustar a graduação do agregado. Usado este gráfico a linha
de densidade máxima pode ser obtida facilmente ligando através de uma reta a origem
do gráfico (canto inferior esquerdo) até o ponto da porcentagem total do tamanho
nominal máximo. O tamanho nominal máximo é definido como o maior tamanho de
peneira, acima do qual nenhum material é retido. A FHWA recomenda que este gráfico
seja usado como parte do processo de dosagem de misturas asfálticas.
Exemplos desta forma de apresentação da granulometria pode ser vista nas figuras
27 e 28.
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partículas graúdas de agregado, deve ser feita a análise por peneiramento com
lavagem.
Segundo a NBR 7211 - Agregado para concreto, define-se como agregado miúdo o
material cujos grãos passam pela peneira de 4,8 mm (nº 4) e ficam retidos na peneira
de 0,075 mm (nº 200) e agregado graúdo aquele cujos grãos ficam retidos na peneira
de 4,8 mm. Esta mesma norma determina que a granulometria dos agregados miúdos
seja dividida em 4 zonas (1, 2, 3, e 4 ) e a dos agregados graúdos em 5 graduações (0,
1, 2, 3 e 4).
Segundo o Prof. Murilo Lopes de Souza, assim como no caso dos solos, existe uma
escala granulométrica para os agregados. Esta classificação, normalmente seguida nos
serviços de pavimentação, fixa como agregado graúdo a fração retida na peneira de
2,00 mm (nº 10), designada fração pedregulho e como agregado miúdo a fração que
passa na peneira de 2,00 mm e fica retido na peneira de 0,075 mm (nº 200), designada
fração areia. A fração que passa na peneira de 0,075 mm é chamada de filer ou
material de enchimento.
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Peneiras para ensaio, a série normal e intermediária são assim constituídas, de acordo
com o tamanho nominal das aberturas (em mm):
Série Normal: 76 - 38 - 19 - 9,5 - 4,8 - 2,4 - 1,2 - 0,6 - 0,3 - 0,15
Série Intermediária: 64 - 50 - 32 - 25 - 12,5 - 6,3
Curvas de graduação densa (fechada): São aqueles que contém de forma adequada
todas as frações granulométricas (curva 1) e satisfazem a equação de Fuller-Talbot :
P = 100 (d/D)n
onde:
Para valores de “n” abaixo de 0,4 , há excesso de finos (curva 5) e acima de 0,6 há
deficiência de finos (curva 2). Misturas densas apresentam pequena percentagem de
vazios e boa estabilidade.
Curvas de graduação aberta: são aquelas onde existe uma deficiência de finos,
sobretudo de material que passa na # 200. Satisfazem a equação de F.T. para n > 0,6.
(curva 2)
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Cc = ( D30)2
D10 x D60
Onde :
Cc : coeficiente de curvatura
D30 : tamanho correspondente a porcentagem passante de 30%
D10 : tamanho correspondente a porcentagem passante de 10%
D60 : tamanho correspondente a porcentagem passante de 60%
Os exemplos citados neste item estão expostos no Quadro a seguir e na Figura 29.
Exemplos Numéricos
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100
90
80
70
% Passante
60
50
40
30
20
10
0
0,01 0,1 1 10 100
Abertura (mm)
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