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Aprendendo Álgebra com o Cubo

Mágico

Waldeck Schützer
www.dm.ufscar.br/˜waldeck/

V Semana da Matemática da UFU


FAMAT, 25 a 28 de Outubro de 2005
Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.1/32
Resumo

1. Conhecendo melhor o Cubo Mágico


2. Permutações, grupos e as configurações do Cubo
3. Aplicação da Teoria de Grupos ao Cubo

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.2/32


Aula 3

Aplicação da Teoria de Grupos ao Cubo

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.3/32


Objetivos
Os principais objetivos desta aula são:
Aprender mais sobre a teoria de grupos.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.4/32


Objetivos
Os principais objetivos desta aula são:
Aprender mais sobre a teoria de grupos.
Usar a teoria de grupos para resolver o cubo.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.4/32


Objetivos
Os principais objetivos desta aula são:
Aprender mais sobre a teoria de grupos.
Usar a teoria de grupos para resolver o cubo.
Por simplicidade, vamos trabalhar com um subgrupo
F de R chamado grupo das fatias.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.4/32


Objetivos
Os principais objetivos desta aula são:
Aprender mais sobre a teoria de grupos.
Usar a teoria de grupos para resolver o cubo.
Por simplicidade, vamos trabalhar com um subgrupo
F de R chamado grupo das fatias.
Vamos determinar completamente F e usá-lo para
resolver o cubo.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.4/32


Objetivos
Os principais objetivos desta aula são:
Aprender mais sobre a teoria de grupos.
Usar a teoria de grupos para resolver o cubo.
Por simplicidade, vamos trabalhar com um subgrupo
F de R chamado grupo das fatias.
Vamos determinar completamente F e usá-lo para
resolver o cubo.
Para isso precisaremos dos seguintes ingredientes:

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.4/32


Os grupos Zn
Vimos anteriormente que:
O conjunto Zn = {0, 1, . . . , n − 1} forma um grupo
comutativo se definirmos a operação + assim: a + b
é o resto da divisão de (a +Z b) por n.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.5/32


Os grupos Zn
Vimos anteriormente que:
O conjunto Zn = {0, 1, . . . , n − 1} forma um grupo
comutativo se definirmos a operação + assim: a + b
é o resto da divisão de (a +Z b) por n.
Quando G é comutativo e g ∈ G preferimos escrever
n · g ao invés de g n . Assim n · g = g + g + · · · + g
(n-vezes).

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.5/32


Os grupos Zn
Vimos anteriormente que:
O conjunto Zn = {0, 1, . . . , n − 1} forma um grupo
comutativo se definirmos a operação + assim: a + b
é o resto da divisão de (a +Z b) por n.
Quando G é comutativo e g ∈ G preferimos escrever
n · g ao invés de g n . Assim n · g = g + g + · · · + g
(n-vezes).
Zn é um grupo cíclico pois seus elementos são da
forma:
0 · 1 = 0, 1 · 1 = 1, 2 · 1 = 2, . . . , (n − 1) · 1 = (n − 1).
É claro que n · 1 = 0, (n + 1) · 1 = 1, etc.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.5/32


Os grupos Sn e An
O grupo simétrico Sn é o grupo de todas as
permutações do conjunto {1, 2, . . . , n}.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.6/32


Os grupos Sn e An
O grupo simétrico Sn é o grupo de todas as
permutações do conjunto {1, 2, . . . , n}.
Esse grupo se divide em permutações pares e
ímpares.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.6/32


Os grupos Sn e An
O grupo simétrico Sn é o grupo de todas as
permutações do conjunto {1, 2, . . . , n}.
Esse grupo se divide em permutações pares e
ímpares.
O grupo alternante An é o conjunto de todas as
permutações pares em Sn .

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.6/32


Os grupos Sn e An
O grupo simétrico Sn é o grupo de todas as
permutações do conjunto {1, 2, . . . , n}.
Esse grupo se divide em permutações pares e
ímpares.
O grupo alternante An é o conjunto de todas as
permutações pares em Sn .
Se |G| denota o número de elementos no grupo G,
também chamado ordem de G, então sabemos que
n!
|Sn | = n! e |An | =
2

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.6/32


Subgrupo gerado
Sejam g1 , g2 , . . . , gk , elementos de um grupo G.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.7/32


Subgrupo gerado
Sejam g1 , g2 , . . . , gk , elementos de um grupo G.
O subgrupo gerado por g1 , g2 , . . . , gk é o menor
subgrupo H de G contendo g1 , g2 , . . . , gk .

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.7/32


Subgrupo gerado
Sejam g1 , g2 , . . . , gk , elementos de um grupo G.
O subgrupo gerado por g1 , g2 , . . . , gk é o menor
subgrupo H de G contendo g1 , g2 , . . . , gk .
Ele é escrito H = hg1 , g2 , . . . , gk i.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.7/32


Subgrupo gerado
Sejam g1 , g2 , . . . , gk , elementos de um grupo G.
O subgrupo gerado por g1 , g2 , . . . , gk é o menor
subgrupo H de G contendo g1 , g2 , . . . , gk .
Ele é escrito H = hg1 , g2 , . . . , gk i.
Em S4 , temos A4 = h(1 2 3), (1 2 4)i. Em geral, se
n ≥ 3, então An é gerado por 3-ciclos.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.7/32


Homomorfismo de Grupos
Seja G um grupo com operação ∗, e H outro grupo
com operação ◦.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.8/32


Homomorfismo de Grupos
Seja G um grupo com operação ∗, e H outro grupo
com operação ◦.
Uma função ϕ : G → H é um homomorfismo de
grupos se ϕ(1) = 1 e para todo g, h ∈ G,
ϕ(g ∗ h) = ϕ(g) ◦ ϕ(h).

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.8/32


Homomorfismo de Grupos
Seja G um grupo com operação ∗, e H outro grupo
com operação ◦.
Uma função ϕ : G → H é um homomorfismo de
grupos se ϕ(1) = 1 e para todo g, h ∈ G,
ϕ(g ∗ h) = ϕ(g) ◦ ϕ(h).
Se ϕ é bijetora (isto é injetora e sobrejetora),
dizemos que ϕ é uma isomorfismo de grupos. Nesse
caso, G e H são ditos isomorfos, e escrevemos
G∼ = H.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.8/32


Homomorfismo de Grupos
Seja G um grupo com operação ∗, e H outro grupo
com operação ◦.
Uma função ϕ : G → H é um homomorfismo de
grupos se ϕ(1) = 1 e para todo g, h ∈ G,
ϕ(g ∗ h) = ϕ(g) ◦ ϕ(h).
Se ϕ é bijetora (isto é injetora e sobrejetora),
dizemos que ϕ é uma isomorfismo de grupos. Nesse
caso, G e H são ditos isomorfos, e escrevemos
G∼ = H.
ϕ : Z6 → R definida por ϕ(k) = (F F LL)k é um
homomorfismo injetor de grupos. Sua imagem é o
subgrupo H = hF 2 L2 i, logo H ∼ = Z6 .
Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.8/32
Isomorfismos em R
ψ : Z4 → R definida por ψ(k) = F k é um
isomorfismo entre Z4 e hF i ⊂ R.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.9/32


Isomorfismos em R
ψ : Z4 → R definida por ψ(k) = F k é um
isomorfismo entre Z4 e hF i ⊂ R.
Sejam S = L−1 U RU −1 LU R−1 U −1 e
T = F −1 U BU −1 F U B −1 U −1 . Em notação de
ciclos, S = (ULF ULB URB) e
T = (ULF ULB UFR).

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.9/32


Isomorfismos em R
ψ : Z4 → R definida por ψ(k) = F k é um
isomorfismo entre Z4 e hF i ⊂ R.
Sejam S = L−1 U RU −1 LU R−1 U −1 e
T = F −1 U BU −1 F U B −1 U −1 . Em notação de
ciclos, S = (ULF ULB URB) e
T = (ULF ULB UFR).
Definindo ρ : A4 → R por ρ(1 2 3) = S e
ρ(1 2 4) = T , temos um isomorfismo entre A4 e
hS, T i, ou seja R contém (muitas) cópias de A4 .

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.9/32


Isomorfismos em R
ψ : Z4 → R definida por ψ(k) = F k é um
isomorfismo entre Z4 e hF i ⊂ R.
Sejam S = L−1 U RU −1 LU R−1 U −1 e
T = F −1 U BU −1 F U B −1 U −1 . Em notação de
ciclos, S = (ULF ULB URB) e
T = (ULF ULB UFR).
Definindo ρ : A4 → R por ρ(1 2 3) = S e
ρ(1 2 4) = T , temos um isomorfismo entre A4 e
hS, T i, ou seja R contém (muitas) cópias de A4 .
Podemos usar isso para resolver o cubo!

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.9/32


Resolvendo o cubo com A4
Vamos numerar os cantos superiores do cubo
conforme a figura.
3
2
4
1

Com isto, temos S = (1 2 3) e T = (1 2 4).


Qualquer que seja a posição dos cantos superiores,
ela tem que ser uma permutação par de {1, 2, 3, 4},
ou seja, tem que corresponder a um elemento de A4 !

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.10/32


Resolvendo o cubo com A4
Suponhamos que os cantos superiores estejam como
na figura:
4
1
3
2

ou seja, ele está na posição (1 2)(3 4).


Da tabela de multiplicação de A4 , temos
(1 2)(3 4) = (1 2 3)(1 2 4)2 (1 2 3) = ST 2 S, e essa
permutação tem ordem 2, logo basta aplicar a macro
(ST 2 S)−1 = ST 2 S para resolver o cubo!
Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.10/32
Resolvendo o cubo com A4
O programa Rubik nos diz que
F −1 R−1 F −1 LF RF U F 2 U −1 L−1 U F 2 U −1 (16q)
faz a mesma coisa.
Mas note que
[S, T ] = ST S −1 T −1 = ST S 2 T 2 = ST 2 S (32q)
é um comutador, e é mais fácil de memorizar.
4 3
1 2
3 4
2 1
[S,T ]
−→

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.10/32


Núcleo e Imagem de homomorfismos
O núcleo de um homomorfismo ϕ : G → H é o
conjunto ker ϕ = {g ∈ G|ϕ(g) = 1} é um subgrupo
de G.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.11/32


Núcleo e Imagem de homomorfismos
O núcleo de um homomorfismo ϕ : G → H é o
conjunto ker ϕ = {g ∈ G|ϕ(g) = 1} é um subgrupo
de G.
A imagem de ϕ, denotada ϕ(G) é o conjunto
{ϕ(g)|∀g ∈ G} é um subgrupo de H.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.11/32


Núcleo e Imagem de homomorfismos
O núcleo de um homomorfismo ϕ : G → H é o
conjunto ker ϕ = {g ∈ G|ϕ(g) = 1} é um subgrupo
de G.
A imagem de ϕ, denotada ϕ(G) é o conjunto
{ϕ(g)|∀g ∈ G} é um subgrupo de H.
Teorema: ϕ é injetora se, e somente se, ker ϕ = {1}.
De fato se ϕ é injetora então é óbvio que
ϕ(g) = 1 = ϕ(1) implica g = 1, logo ker ϕ = {1}.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.11/32


Núcleo e Imagem de homomorfismos
O núcleo de um homomorfismo ϕ : G → H é o
conjunto ker ϕ = {g ∈ G|ϕ(g) = 1} é um subgrupo
de G.
A imagem de ϕ, denotada ϕ(G) é o conjunto
{ϕ(g)|∀g ∈ G} é um subgrupo de H.
Teorema: ϕ é injetora se, e somente se, ker ϕ = {1}.
De fato se ϕ é injetora então é óbvio que
ϕ(g) = 1 = ϕ(1) implica g = 1, logo ker ϕ = {1}.
Por outro lado, se ker ϕ = {1}, então ϕ(x) = ϕ(y)
implica que ϕ(xy −1 ) = 1, logo xy −1 ∈ ker ϕ. Mas
daí, xy −1 = 1 e x = y, ou seja ϕ é injetora.
Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.11/32
O Teorema do Núcleo e da Imagem
Teorema. Seja ϕ : G → H um homomorfismo de
grupos. Então
|G| = | ker ϕ| · |ϕ(G)|,
ou seja a ordem de G é igual à ordem do núcleo vezes a
ordem da imagem de ϕ.

Este resultado é muito útil quando queremos descobrir a


ordem de G.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.12/32


As fatias do Cubo
As fatias do cubo consistem dos cubinhos coloridos
apresentados na figura abaixo:
F*

R*

D*

Elas recebem os respectivos nomes F ∗ , D∗ , e R∗ .

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.13/32


Movimentos das fatias
Assim como fizemos antes, F ∗ indica girar essa fatia de
um quarto de volta em sentido horário.
F∗
−→

Isso parece destruir a posição dos cubinhos centrais, mas


note que também podemos escrever F ∗ como F −1 B,
F∗
−→

bastando girar de volta o cubo inteiro, logo F ∗ ∈ R.


Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.14/32
Observação
Apesar dos movimentos F ∗ , D∗ e R∗ destruírem a
posição dos cubinhos centrais, observe que os cubinhos
de canto nunca saem do lugar.

D ∗ F ∗ R∗
−→

Podemos usar esses cubinhos como referência ao invés


dos cubinhos centrais.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.15/32


O grupo das fatias F
O grupo das fatias F é o subgrupo de R gerado
pelos movimentos F ∗ , D∗ e R∗ , ou seja
F = hF ∗ , D∗ , R∗ i

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.16/32


O grupo das fatias F
O grupo das fatias F é o subgrupo de R gerado
pelos movimentos F ∗ , D∗ e R∗ , ou seja
F = hF ∗ , D∗ , R∗ i
A estrutura de F não parece muito evidente.
Quantos elementos ele tem? Quais as configurações
que ele permite atingir?

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.16/32


O grupo das fatias F
O grupo das fatias F é o subgrupo de R gerado
pelos movimentos F ∗ , D∗ e R∗ , ou seja
F = hF ∗ , D∗ , R∗ i
A estrutura de F não parece muito evidente.
Quantos elementos ele tem? Quais as configurações
que ele permite atingir?
Para responder a essas perguntas, vamos construir
um isomorfismo entre F e um grupo conhecido G, a
ser determinado.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.16/32


Subconjuntos fechados
O grupo F altera as configurações de 30 facetas do
Cubo (incluindo as facetas centrais), isto é, F é um
grupo de permutações do conjunto X dessas facetas
(mas F não é S30 !)

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.17/32


Subconjuntos fechados
O grupo F altera as configurações de 30 facetas do
Cubo (incluindo as facetas centrais), isto é, F é um
grupo de permutações do conjunto X dessas facetas
(mas F não é S30 !)
Seja C o subconjunto de X consistindo de todas as
facetas pertencentes aos cubinhos de aresta.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.17/32


Subconjuntos fechados
O grupo F altera as configurações de 30 facetas do
Cubo (incluindo as facetas centrais), isto é, F é um
grupo de permutações do conjunto X dessas facetas
(mas F não é S30 !)
Seja C o subconjunto de X consistindo de todas as
facetas pertencentes aos cubinhos de aresta.
Esse conjunto é sempre o mesmo sob a “ação” de F.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.17/32


Subconjuntos fechados
O grupo F altera as configurações de 30 facetas do
Cubo (incluindo as facetas centrais), isto é, F é um
grupo de permutações do conjunto X dessas facetas
(mas F não é S30 !)
Seja C o subconjunto de X consistindo de todas as
facetas pertencentes aos cubinhos de aresta.
Esse conjunto é sempre o mesmo sob a “ação” de F.
Isto é, se x ∈ C e S ∈ F, então S(x) ∈ C.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.17/32


Subconjuntos fechados
O grupo F altera as configurações de 30 facetas do
Cubo (incluindo as facetas centrais), isto é, F é um
grupo de permutações do conjunto X dessas facetas
(mas F não é S30 !)
Seja C o subconjunto de X consistindo de todas as
facetas pertencentes aos cubinhos de aresta.
Esse conjunto é sempre o mesmo sob a “ação” de F.
Isto é, se x ∈ C e S ∈ F, então S(x) ∈ C.
Dizemos que C é fechado sob a ação de F.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.17/32


Um fato sobre conjuntos fechados
Teorema. Seja C um subconjunto fechado de um
conjunto X sob a ação de um grupo F. Então existe um
homomorfismo ϕ : F → Sym(C).

Aqui Sym(C) é o grupo de todas as permutações do


conjunto C.

O teorema é útil, pois nos permite ver F como um grupo


de permutações de C, esquecendo o que F faz com o
restante dos elementos.

No caso do Cubo, F é o grupo das fatias e C é o conjunto


das 24 facetas de aresta (mas F não é S24 !).
Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.18/32
Conjuntos fechados de cubinhos
No Cubo, sob a ação do grupo das fatias F, temos os
seguintes conjuntos fechados de cubinhos:
Cantos: os cubinhos de cantos não são afetados por
F, logo F age sobre esse conjunto como identidade.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.19/32


Conjuntos fechados de cubinhos
No Cubo, sob a ação do grupo das fatias F, temos os
seguintes conjuntos fechados de cubinhos:
Cantos: os cubinhos de cantos não são afetados por
F, logo F age sobre esse conjunto como identidade.
Centros: os 6 cubinhos de centro são permutados
por F. O teorema nos dá um homomorfismo
τ : F → S6 .

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.19/32


Conjuntos fechados de cubinhos
No Cubo, sob a ação do grupo das fatias F, temos os
seguintes conjuntos fechados de cubinhos:
Cantos: os cubinhos de cantos não são afetados por
F, logo F age sobre esse conjunto como identidade.
Centros: os 6 cubinhos de centro são permutados
por F. O teorema nos dá um homomorfismo
τ : F → S6 .
Arestas: os cubinhos de aresta formam 3 conjuntos
fechados disjuntos sob a ação de F, chamados EF ,
ED e ER , com 4 cubinhos cada um. O teorema nos
dá homomorfismos ϕF : F → Sym(EF ),
ϕD : F → Sym(ED ) e ϕR : F → Sym(ER )
Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.19/32
O homomorfismo τ
O subgrupo τ (F) de S6 “enxerga” só os cubinhos
centrais. Portanto, τ (F) é isomorfo a um subgrupo
T dos movimentos rígidos do cubo inteiro.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.20/32


O homomorfismo τ
O subgrupo τ (F) de S6 “enxerga” só os cubinhos
centrais. Portanto, τ (F) é isomorfo a um subgrupo
T dos movimentos rígidos do cubo inteiro.
Temos τ (F ∗ ) = CF , τ (D∗ ) = CD e τ (R∗ ) = CR ,
que são giros do cubo inteiro segundo a respectiva
face.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.20/32


O homomorfismo τ
O subgrupo τ (F) de S6 “enxerga” só os cubinhos
centrais. Portanto, τ (F) é isomorfo a um subgrupo
T dos movimentos rígidos do cubo inteiro.
Temos τ (F ∗ ) = CF , τ (D∗ ) = CD e τ (R∗ ) = CR ,
que são giros do cubo inteiro segundo a respectiva
face.
Estes geram todos os movimentos rígidos, logo τ é
sobrejetora.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.20/32


O homomorfismo τ
O subgrupo τ (F) de S6 “enxerga” só os cubinhos
centrais. Portanto, τ (F) é isomorfo a um subgrupo
T dos movimentos rígidos do cubo inteiro.
Temos τ (F ∗ ) = CF , τ (D∗ ) = CD e τ (R∗ ) = CR ,
que são giros do cubo inteiro segundo a respectiva
face.
Estes geram todos os movimentos rígidos, logo τ é
sobrejetora.
Notando a ação de T sobre o conjunto das 4
diagonais do Cubo, pode ser mostrado que ele as
permuta completamente, logo τ (F) ∼ =T ∼ = S4 .

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.20/32


Os homomorfismos ϕF , ϕD e ϕR
A ação de ϕF (F ∗ ) é a do 4-ciclo (UF UB BD FD).

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.21/32


Os homomorfismos ϕF , ϕD e ϕR
A ação de ϕF (F ∗ ) é a do 4-ciclo (UF UB BD FD).
Já ϕF (D∗ ) e ϕF (R∗ ) não fazem nada com EF , logo
são ambos iguais a I em Sym(EF ).

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.21/32


Os homomorfismos ϕF , ϕD e ϕR
A ação de ϕF (F ∗ ) é a do 4-ciclo (UF UB BD FD).
Já ϕF (D∗ ) e ϕF (R∗ ) não fazem nada com EF , logo
são ambos iguais a I em Sym(EF ).
Claramente, ϕF (F) é gerado por ϕF (F ∗ ), logo
temos que ϕF é sobrejetora e ϕF (F) é isomorfo ao
grupo cíclico Z4 .

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.21/32


Os homomorfismos ϕF , ϕD e ϕR
A ação de ϕF (F ∗ ) é a do 4-ciclo (UF UB BD FD).
Já ϕF (D∗ ) e ϕF (R∗ ) não fazem nada com EF , logo
são ambos iguais a I em Sym(EF ).
Claramente, ϕF (F) é gerado por ϕF (F ∗ ), logo
temos que ϕF é sobrejetora e ϕF (F) é isomorfo ao
grupo cíclico Z4 .
O mesmo vale para os grupos ϕD (F) e ϕR (F).

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.21/32


Começando a descobrir F
Considere o conjunto S4 × Z4 × Z4 × Z4 . Este é um
grupo com a operação coordenada-a-coordenada. A
identidade nesse grupo é (1, 0, 0, 0).

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.22/32


Começando a descobrir F
Considere o conjunto S4 × Z4 × Z4 × Z4 . Este é um
grupo com a operação coordenada-a-coordenada. A
identidade nesse grupo é (1, 0, 0, 0).
Considere o homomorfismo
φ : F → S4 × Z4 × Z4 × Z4 , definido por
φ(S) = (τ (S), ϕF (S), ϕD (S), ϕR (S)).

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.22/32


Começando a descobrir F
Considere o conjunto S4 × Z4 × Z4 × Z4 . Este é um
grupo com a operação coordenada-a-coordenada. A
identidade nesse grupo é (1, 0, 0, 0).
Considere o homomorfismo
φ : F → S4 × Z4 × Z4 × Z4 , definido por
φ(S) = (τ (S), ϕF (S), ϕD (S), ϕR (S)).
O núcleo de φ consiste das macros S ∈ F tais que
φ(S) = (1, 0, 0, 0), isto é, que fixam os centros e os
cubinhos de EF , ED , e ER .

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.22/32


Começando a descobrir F
Considere o conjunto S4 × Z4 × Z4 × Z4 . Este é um
grupo com a operação coordenada-a-coordenada. A
identidade nesse grupo é (1, 0, 0, 0).
Considere o homomorfismo
φ : F → S4 × Z4 × Z4 × Z4 , definido por
φ(S) = (τ (S), ϕF (S), ϕD (S), ϕR (S)).
O núcleo de φ consiste das macros S ∈ F tais que
φ(S) = (1, 0, 0, 0), isto é, que fixam os centros e os
cubinhos de EF , ED , e ER .
Claramente, só pode ser ker φ = {I} e φ é injetora.
Com isto, podemos ver F como um subgrupo de
S4 × Z 4 × Z 4 × Z 4 .
Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.22/32
Paridade e os elementos de φ(F)
Lembrando que ϕF (F ∗ ) age como um 4-ciclo sobre
EF , vemos que sua paridade é impar em Sym(EF )

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.23/32


Paridade e os elementos de φ(F)
Lembrando que ϕF (F ∗ ) age como um 4-ciclo sobre
EF , vemos que sua paridade é impar em Sym(EF )
A ação de ϕD (F ∗ ) sobre ED e a de ϕR (F ∗ ) sobre e
ER é como identidade, logo aqui a paridade é par.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.23/32


Paridade e os elementos de φ(F)
Lembrando que ϕF (F ∗ ) age como um 4-ciclo sobre
EF , vemos que sua paridade é impar em Sym(EF )
A ação de ϕD (F ∗ ) sobre ED e a de ϕR (F ∗ ) sobre e
ER é como identidade, logo aqui a paridade é par.
A ação de τ (F ∗ ) nos centros é a do 4-ciclo
(U R D L), logo sua paridade é ímpar em S4 .

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.23/32


Paridade e os elementos de φ(F)
Lembrando que ϕF (F ∗ ) age como um 4-ciclo sobre
EF , vemos que sua paridade é impar em Sym(EF )
A ação de ϕD (F ∗ ) sobre ED e a de ϕR (F ∗ ) sobre e
ER é como identidade, logo aqui a paridade é par.
A ação de τ (F ∗ ) nos centros é a do 4-ciclo
(U R D L), logo sua paridade é ímpar em S4 .
Olhando para S4 × Z4 × Z4 × Z4 como um sub-
grupo de S18 (o grupo das permutações de todos os
cubinhos envolvidos), vemos que a paridade total de
φ(F ∗ ) é par.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.23/32


Paridade e os elementos de φ(F)
Lembrando que ϕF (F ∗ ) age como um 4-ciclo sobre
EF , vemos que sua paridade é impar em Sym(EF )
A ação de ϕD (F ∗ ) sobre ED e a de ϕR (F ∗ ) sobre e
ER é como identidade, logo aqui a paridade é par.
A ação de τ (F ∗ ) nos centros é a do 4-ciclo
(U R D L), logo sua paridade é ímpar em S4 .
Olhando para S4 × Z4 × Z4 × Z4 como um sub-
grupo de S18 (o grupo das permutações de todos os
cubinhos envolvidos), vemos que a paridade total de
φ(F ∗ ) é par.
Conclusão F ∼ = φ(F) consiste apenas de
permutações pares.
Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.23/32
Vendo τ como projeção
Vamos mostrar que F contém todas as permutações
pares de S4 × Z4 × Z4 × Z4 .

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.24/32


Vendo τ como projeção
Vamos mostrar que F contém todas as permutações
pares de S4 × Z4 × Z4 × Z4 .
Olhando para τ como uma projeção sobre a primeira
coordenada, vemos que seu núcleo contém apenas os
elementos da forma (1, a, b, c), com a + b + c par.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.24/32


Vendo τ como projeção
Vamos mostrar que F contém todas as permutações
pares de S4 × Z4 × Z4 × Z4 .
Olhando para τ como uma projeção sobre a primeira
coordenada, vemos que seu núcleo contém apenas
os elementos da forma (1, a, b, c), com a + b + c par.
É fácil ver que os seguintes elementos:

geram ker τ . Basta resolver o “sistema linear”


X x Y y Z z = (1, a, b, c).
Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.24/32
Vendo τ como projeção
Vamos mostrar que F contém todas as permutações
pares de S4 × Z4 × Z4 × Z4 .
Olhando para τ como uma projeção sobre a primeira
coordenada, vemos que seu núcleo contém apenas
os elementos da forma (1, a, b, c), com a + b + c par.
É fácil ver que os seguintes elementos:
X = R∗ F ∗−1 D∗ F ∗ = (1, 0, 1, 1)

geram ker τ . Basta resolver o “sistema linear”


X x Y y Z z = (1, a, b, c).
Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.24/32
Vendo τ como projeção
Vamos mostrar que F contém todas as permutações
pares de S4 × Z4 × Z4 × Z4 .
Olhando para τ como uma projeção sobre a primeira
coordenada, vemos que seu núcleo contém apenas
os elementos da forma (1, a, b, c), com a + b + c par.
É fácil ver que os seguintes elementos:
X = R∗ F ∗−1 D∗ F ∗ = (1, 0, 1, 1)
Y = R∗ D∗ F ∗ D∗−1 = (1, 1, 0, 1)

geram ker τ . Basta resolver o “sistema linear”


X x Y y Z z = (1, a, b, c).
Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.24/32
Vendo τ como projeção
Vamos mostrar que F contém todas as permutações
pares de S4 × Z4 × Z4 × Z4 .
Olhando para τ como uma projeção sobre a primeira
coordenada, vemos que seu núcleo contém apenas
os elementos da forma (1, a, b, c), com a + b + c par.
É fácil ver que os seguintes elementos:
X = R∗ F ∗−1 D∗ F ∗ = (1, 0, 1, 1)
Y = R∗ D∗ F ∗ D∗−1 = (1, 1, 0, 1)
Z = F ∗ R∗ D∗ R∗−1 = (1, 1, 1, 0)
geram ker τ . Basta resolver o “sistema linear”
X x Y y Z z = (1, a, b, c).
Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.24/32
O sistema linear X xY y Z z = (1, a, b, c)
Lembrando que em S4 × Z4 × Z4 × Z4 ,
(1, x, y, z)(1, x0 , y 0 , z 0 ) = (1 · 1, x + x0 , y + y 0 , z + z 0 ),
X x Y y Z z = (1, 0, x, x)(1, y, 0, y)(1, z, z, 0) = (1, a, b, c)
donde 
 y + z = a
x + z = b
x + y = c

que tem solução pois a + b + c é par:


−a + b + c a+b−c a−b+c
x= , y= , z= .
2 2 2

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.25/32


O grupo F
Mostramos que
ker τ = {(1, a, b, c)|a + b + c é par}.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.26/32


O grupo F
Mostramos que ker τ = {(1, a, b, c)|a + b + c é par}.
Portanto | ker τ | = (4 · 4 · 4)/2 = 32.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.26/32


O grupo F
Mostramos que ker τ = {(1, a, b, c)|a + b + c é par}.
Portanto | ker τ | = (4 · 4 · 4)/2 = 32.
Como τ (F) ∼ = S4 , temos |τ (F)| = 4! = 24.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.26/32


O grupo F
Mostramos que ker τ = {(1, a, b, c)|a + b + c é par}.
Portanto | ker τ | = (4 · 4 · 4)/2 = 32.
Como τ (F) ∼ = S4 , temos |τ (F)| = 4! = 24.
Concluímos que
|F| = | ker τ | · |τ (F)| = 24 · 32 = 768.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.26/32


O grupo F
Mostramos que ker τ = {(1, a, b, c)|a + b + c é par}.
Portanto | ker τ | = (4 · 4 · 4)/2 = 32.
Como τ (F) ∼ = S4 , temos |τ (F)| = 4! = 24.
Concluímos que
|F| = | ker τ | · |τ (F)| = 24 · 32 = 768.
Por outro lado, S4 × Z4 × Z4 × Z4 contém
precisamente (4! · 4 · 4 · 4)/2 = 768 permutações
pares.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.26/32


O grupo F
Mostramos que ker τ = {(1, a, b, c)|a + b + c é par}.
Portanto | ker τ | = (4 · 4 · 4)/2 = 32.
Como τ (F) ∼ = S4 , temos |τ (F)| = 4! = 24.
Concluímos que
|F| = | ker τ | · |τ (F)| = 24 · 32 = 768.
Por outro lado, S4 × Z4 × Z4 × Z4 contém
precisamente (4! · 4 · 4 · 4)/2 = 768 permutações
pares.
Conclusão: F é precisamente o conjunto de todas as
permutações pares em S4 × Z4 × Z4 × Z4 .

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.26/32


Resolvendo o Cubo
Tomemos um cubo embaralhado por F ∗ , D∗ , e R∗ , e
observemos o seguinte:
Apenas dois movimentos bastam para acertar os
centros, de modo que o Cubo fica na posição
(1, a, b, c).

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.27/32


Resolvendo o Cubo
Tomemos um cubo embaralhado por F ∗ , D∗ , e R∗ , e
observemos o seguinte:
Apenas dois movimentos bastam para acertar os
centros, de modo que o Cubo fica na posição
(1, a, b, c).
Para resolver o cubo, basta calcular
(1, a, b, c)−1 = (1, −a, −b, −c).

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.27/32


Resolvendo o Cubo
Tomemos um cubo embaralhado por F ∗ , D∗ , e R∗ , e
observemos o seguinte:
Apenas dois movimentos bastam para acertar os
centros, de modo que o Cubo fica na posição
(1, a, b, c).
Para resolver o cubo, basta calcular
(1, a, b, c)−1 = (1, −a, −b, −c).
Depois escrevemos esse elemento em termos de X,
Y e Z usando a solução do sistema dada acima.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.27/32


Resolvendo o Cubo
Tomemos um cubo embaralhado por F ∗ , D∗ , e R∗ , e
observemos o seguinte:
Apenas dois movimentos bastam para acertar os
centros, de modo que o Cubo fica na posição
(1, a, b, c).
Para resolver o cubo, basta calcular
(1, a, b, c)−1 = (1, −a, −b, −c).
Depois escrevemos esse elemento em termos de X,
Y e Z usando a solução do sistema dada acima.
Finalmente, basta executar o movimento X x Y y Z z .

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.27/32


Um exemplo
Suponhamos o cubinho na posição (1, 2, 1, 1). Então
(1, 2, 1, 1)−1 = (1, −2, −1, −1) = (1, 2, 3, 3). Então

−2 + 3 + 3 −2 + 4
x = = = 2,
2 2
2+3−3 2
y = = = 1,
2 2
2−3+3 2
z = = = 1.
2 2
Portanto basta fazer X 2 Y Z ou seja
(R∗ F ∗−1 D∗ F ∗ )2 R∗ D∗ F ∗ D∗−1 F ∗ R∗ D∗ R∗−1 , para
resolver o cubo. Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.28/32
Conclusão
O método empregado aqui foi o de encontrar uma
seqüência
F ⊃ ker τ ⊃ {1}
para alguma projeção τ : F → H, onde H é um
subgrupo o maior possível. Se pudermos achar
facilmente movimentos que levem o cubo para dentro de
ker τ , como este é relativamente pequeno, poderemos
fazer as contas e achar a solução.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.29/32


Referências
Tom Davis, Group Theory via Rubik’s Cube, draft,
http://www.geometer.org/rubik.
Nathan Jacobson, Basic Abstract Algebra, 2nd Ed.,
W. H. Freeman and Co., 1996.
David Hecker & Ranan Banerji, The Slice Group in
Rubik’s Cube, Mathematics Magazine, Vol. 58, No.
4, 1985.
Edward C. Turner & Karen F. Gold, Rubik’s Groups,
The American Mathematical Monthly, Vol. 92, No.
9, 1985.

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.30/32


Mais informações
Para mais informações, freqüente um curso de Estruturas
Algébricas, ou consulte seu livro preferido de Álgebra.

Veja também o site


www.dm.ufscar.br/˜waldeck/rubik/

O programa Rubik pode ser baixado a partir do site

www.geometer.org/rubik/

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.31/32


Fim da aula 3

Aplicação da Teoria de Grupos ao Cubo


www.dm.ufscar.br/˜waldeck/rubik/

Aprendendo Álgebra com o Cubo Mágico – p.32/32

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