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Respostas - Álgebra Abstrata

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August 6, 2023

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Questões do teste para estudo

Questão 1
(a) Para definir um grupo (G, ∗), precisamos especificar um conjunto G e uma operação binária ∗ que
satisfaça as quatro propriedades de um grupo:
1. Fechamento: Para quaisquer a, b ∈ G, o resultado de a ∗ b também pertence a G.
2. Associatividade: Para quaisquer a, b, c ∈ G, a equação (a ∗ b) ∗ c = a ∗ (b ∗ c) é verdadeira.
3. Elemento neutro: Existe um elemento e ∈ G tal que para todo a ∈ G, a ∗ e = e ∗ a = a.
4. Inverso: Para cada a ∈ G, existe um elemento b ∈ G tal que a ∗ b = b ∗ a = e, onde e é o elemento
neutro.
(b) Vamos provar que (G, ∗) é um grupo, onde G = {a ∈ R; a ̸= −1} e a ∗ b = a + b + ab para
quaisquer a, b ∈ G.
1. Fechamento: A adição de dois números racionais positivos resulta em um número racional positivo.
Portanto, o conjunto Q+ é fechado sob a adição.
2. Associatividade: A adição é uma operação associativa, o que significa que (a + b) + c = a + (b + c)
para quaisquer a, b, c ∈ Q+ .
3. Elemento neutro: O número 0 é o elemento neutro da adição, pois a + 0 = 0 + a = a para todo
a ∈ Q+ .
4. Inverso: Para cada número racional positivo a ∈ Q+ , o inverso aditivo é o número racional positivo
−a, pois a + (−a) = (−a) + a = 0.
Portanto, todas as propriedades são satisfeitas, e o conjunto dos números racionais positivos Q+ com
a operação de adição ⊕ é um grupo.

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Questão 2
(a) O conjunto {0, 4, 5} é fechado em relação à adição módulo 9, pois para quaisquer a, b ∈ {0, 4, 5},
temos:
0 + 0 = 0 ∈ {0, 4, 5}
0 + 4 = 4 ∈ {0, 4, 5}
0 + 5 = 5 ∈ {0, 4, 5}
4 + 4 = 8 ≡ 8 (mod 9) ∈ {0, 4, 5}
4 + 5 = 9 ≡ 0 (mod 9) ∈ {0, 4, 5}
5 + 5 = 10 ≡ 1 (mod 9) ∈ {0, 4, 5}
(b) Sim, o conjunto Q+ dos números racionais positivos é um grupo sob a operação de multiplicação.

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Questão 3
(a) Se G é um grupo de ordem 3, então G ≃ Z3 .
(b) Para listar as classes laterais do subgrupo H = ⟨(2, 4)⟩ de Z4 × Z8 , podemos calcular todas as
classes laterais à esquerda de H.
O conjunto Z4 × Z8 é formado pelos pares ordenados (a, b) com a ∈ Z4 e b ∈ Z8 . O subgrupo H é
gerado pelo elemento (2, 4). Assim, as classes laterais à esquerda de H são dadas por:

(0, 0) + H = {(0, 0), (2, 4), (0, 4), (2, 0)}


(0, 1) + H = {(0, 1), (2, 5), (0, 5), (2, 1)}
(0, 2) + H = {(0, 2), (2, 6), (0, 6), (2, 2)}
(0, 3) + H = {(0, 3), (2, 7), (0, 7), (2, 3)}
(1, 0) + H = {(1, 0), (3, 4), (1, 4), (3, 0)}
(1, 1) + H = {(1, 1), (3, 5), (1, 5), (3, 1)}
(1, 2) + H = {(1, 2), (3, 6), (1, 6), (3, 2)}
(1, 3) + H = {(1, 3), (3, 7), (1, 7), (3, 3)}

O grupo quociente (Z4 × Z8 )/H é formado pelas classes laterais à esquerda de H. Assim, temos:

(Z4 × Z8 )/H = {(0, 0) + H, (0, 1) + H, (0, 2) + H, (0, 3) + H,


(1, 0) + H, (1, 1) + H, (1, 2) + H, (1, 3) + H}

Isso nos dá um total de 8 elementos no grupo quociente. Notamos que o grupo quociente possui a
mesma quantidade de elementos que Z4 × Z8 . Além disso, as operações entre os elementos das classes
laterais são definidas de forma a manter a estrutura de grupo.
O grupo (Z4 × Z8 )/H é isomorfo a Z4 × Z8 porque a relação de equivalência definida por H particiona
Z4 × Z8 em classes laterais de igual tamanho, mantendo as propriedades de grupo.
Portanto, (Z4 × Z8 )/H é isomorfo a Z4 × Z8 .

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Questão 4
Se |G| = 7, então o grupo G é um grupo de ordem 7. Pelo Teorema de Lagrange, sabemos que se H é
um subgrupo de G, então a ordem de H divide a ordem de G. Como |G| = 7, os possı́veis valores para
a ordem de um subgrupo são 1, 7 (caso o grupo seja cı́clico) ou um divisor de 7. O único divisor de 7
diferente de 1 e 7 é 7 mesmo, o que significa que todo subgrupo não trivial de G tem ordem 7.
Se G possui apenas o subgrupo trivial {e} (onde e é o elemento neutro), então G é um grupo cı́clico
gerado por e e, portanto, é abeliano.
Caso contrário, se G possui algum subgrupo não trivial de ordem 7, esse subgrupo é igual a G, pois
a ordem de qualquer subgrupo não trivial é 7. Se G é igual ao seu único subgrupo não trivial, então G
é um grupo cı́clico gerado por qualquer elemento não neutro de G, e, portanto, é abeliano.
Portanto, em ambos os casos, o grupo G é abeliano.

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Questão 5
(a) O Teorema de Lagrange é um importante resultado da teoria dos grupos, formulado pelo matemático
Joseph-Louis Lagrange. Ele afirma o seguinte:
Se G é um grupo finito e H é um subgrupo de G, então a ordem de H divide a ordem de G, ou seja,
|H| é um divisor de |G|.
Mathematicamente, se G é um grupo finito, H é um subgrupo de G, e |G| e |H| representam as
ordens de G e H, respectivamente, então |H| divide |G|, ou seja, existe um inteiro k tal que |G| = k|H|.
(b) Para provar que se G é um grupo de ordem 27 e existe a ∈ G com a9 ̸= e, então G é cı́clico,
podemos usar o Teorema de Lagrange.
Sabemos que |G| = 27. Suponha que H = ⟨a⟩ seja o subgrupo de G gerado por a, ou seja, H é o
menor subgrupo de G que contém a. Pela definição de H, temos |H| = |⟨a⟩| = ordem de a.
Pela hipótese do problema, a9 ̸= e, o que significa que a ordem de a não é 9. Pela propriedade do
Teorema de Lagrange, temos que a ordem de H divide a ordem de G, ou seja, |H| divide 27.
Como a9 ̸= e, a ordem de a não é 9, e a única opção para a ordem de a é 27 (pois 27 é o único divisor
de 27 maior do que 1). Portanto, |H| = 27, o que implica que H = G.
Se H = G, isso significa que o subgrupo gerado por a contém todos os elementos de G, e con-
sequentemente, G é gerado por a. Nesse caso, G é um grupo cı́clico gerado por a, e, portanto, G é
cı́clico.
Portanto, se G é um grupo de ordem 27 e existe a ∈ G com a9 ̸= e, então G é cı́clico.

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Questão 6
(a) Sim, ϕ(x) = −x é um automorfismo de (Z, +).
Para mostrar que ϕ é um automorfismo, precisamos verificar duas propriedades:
1. ϕ é homomorfismo: Para todos x, y ∈ Z, temos:

ϕ(x + y) = −(x + y) = −x + (−y) = ϕ(x) + ϕ(y).

2. ϕ é isomorfismo: A função ϕ é claramente bijetiva, pois a inversa é simplesmente ϕ−1 (x) = −x.
Como ϕ é um homomorfismo bijetivo, ela é um isomorfismo.
Portanto, ϕ é um automorfismo de (Z, +).
(b) Vamos provar que se G é um grupo e a, b ∈ G, então existe x ∈ G tal que xax = b se, e somente
se, ab = c2 para algum c ∈ G.
Se existe x ∈ G tal que xax = b, então multiplicando a equação por a à esquerda, obtemos axax = ab.
Definindo c = ax, temos ab = c2 .
Reciprocamente, se ab = c2 para algum c ∈ G, então podemos definir x = c−1 . Agora, temos:

xax = (c−1 )a(c−1 )−1 = (c−1 )ac = b.

Portanto, existe x ∈ G tal que xax = b se, e somente se, ab = c2 para algum c ∈ G.

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Questão 7
Em um grupo (G, ∗), a equação x ∗ x = x tem exatamente uma solução.
Para provar isso, suponha que existam dois elementos a, b ∈ G diferentes tais que a ∗ a = a e b ∗ b = b.
Então temos:

a = a ∗ a = a ∗ (b ∗ b) = (a ∗ b) ∗ b = b ∗ b = b.
Isso contradiz nossa suposição de que a e b são diferentes. Portanto, a equação x ∗ x = x não pode
ter mais do que uma solução em G.
Agora, vamos mostrar que sempre há pelo menos uma solução. Seja e o elemento neutro de G. Então,
temos:

e ∗ e = e.
Portanto, e é uma solução da equação x ∗ x = x. Além disso, se G é um grupo, cada elemento tem
um inverso. Então, se x−1 é o inverso de x, temos:

x−1 ∗ x−1 = (x ∗ x)−1 = x−1 ,


o que também é uma solução da equação x ∗ x = x.
Concluı́mos que a equação x ∗ x = x tem pelo menos uma solução (o elemento neutro) e não pode
ter mais do que uma solução. Portanto, a equação tem exatamente uma solução.

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Questão 8
Sim, o conjunto Z4 com a operação de adição módulo 4 é um subgrupo de Z6 com a operação de adição
módulo 6.
Para provar isso, primeiro notamos que Z4 é um conjunto de resı́duos de classes módulo 4: Z4 =
{[0], [1], [2], [3]}, onde [0] é o conjunto dos múltiplos de 4, [1] é o conjunto dos inteiros da forma 4k + 1,
[2] é o conjunto dos inteiros da forma 4k + 2 e [3] é o conjunto dos inteiros da forma 4k + 3.
Agora, vamos verificar se Z4 é fechado sob a operação de adição módulo 6. Para quaisquer [a], [b] ∈ Z4 ,
temos:

[a] + [b] = [a + b].


Vamos considerar todas as possı́veis combinações de [a] e [b]:

[0] + [0] = [0]


[0] + [1] = [1]
[0] + [2] = [2]
[0] + [3] = [3]
[1] + [1] = [2]
[1] + [2] = [3]
[1] + [3] = [0]
[2] + [2] = [0]
[2] + [3] = [1]
[3] + [3] = [2]

Concluı́mos que todas as somas [a] + [b] estão contidas em Z4 , o que significa que Z4 é fechado sob a
operação de adição módulo 6.
Além disso, Z4 contém o elemento neutro [0] (pois [0] + [0] = [0]) e o inverso aditivo de cada elemento
[a] é o próprio elemento [a] (pois [a] + [a] = [0]). Portanto, Z4 é um subgrupo de Z6 .

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Questão 9
Se G é um grupo de ordem 3, então G ≃ Z3 .
Para provar isso, vamos considerar os possı́veis elementos de um grupo G de ordem 3. Suponha que
G = {e, a, b}, onde e é o elemento neutro e a e b são elementos não neutros de G. Como G é um grupo
de ordem 3, cada elemento diferente de e tem ordem 3.
Agora, consideremos o produto ab. Como a e b têm ordem 3, temos:

(ab)3 = ababab = a3 b3 = e3 = e.
Isso significa que a ordem de ab é um divisor de 3. Mas a única possibilidade é que a ordem de ab
seja 3, pois os elementos não neutros têm ordem 3 e não podem ter ordem menor.
Portanto, ab é um elemento não neutro de ordem 3 em G. Como G possui apenas dois elementos não
neutros (pois |G| = 3), temos ab = b.
Agora, consideremos o produto ba. Como a e b têm ordem 3, temos:

(ba)3 = bababa = b3 a3 = e3 = e.
Isso significa que a ordem de ba é um divisor de 3. Novamente, a única possibilidade é que a ordem
de ba seja 3, pois os elementos não neutros têm ordem 3 e não podem ter ordem menor.
Portanto, ba é um elemento não neutro de ordem 3 em G. Como G possui apenas dois elementos não
neutros (pois |G| = 3), temos ba = a.
Agora, podemos escrever todas as multiplicações possı́veis em G:

e∗e=e
a∗a=e
b∗b=e
a∗b=b
b∗a=a

Essa tabela de multiplicação é idêntica à tabela de multiplicação de Z3 = {0, 1, 2} com a operação


de adição módulo 3. Portanto, G é isomorfo a Z3 .
Concluı́mos que se G é um grupo de ordem 3, então G ≃ Z3 .

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Questão 10
Para listar os subgrupos de Z20 e dar suas ordens, podemos usar o fato de que os subgrupos de um grupo
cı́clico são cı́clicos.
Z20 = {0, 1, 2, . . . , 19} é um grupo cı́clico com a operação de adição módulo 20.
Os divisores de 20 são 1, 2, 4, 5, 10, e 20. Portanto, os subgrupos de Z20 são cı́clicos e têm ordem igual
a um divisor de 20.
Os subgrupos de Z20 e suas ordens são:

⟨0⟩ = {0} (ordem 1)


⟨1⟩ = {0, 1, 2, . . . , 19} (ordem 20)
⟨2⟩ = {0, 2, 4, . . . , 18} (ordem 10)
⟨4⟩ = {0, 4, 8, . . . , 16} (ordem 5)
⟨5⟩ = {0, 5, 10, 15} (ordem 4)
⟨10⟩ = {0, 10} (ordem 2)

O grupo Z20 também é um subgrupo de si mesmo, e tem ordem 20.


Agora, podemos esboçar o diagrama (lattice) de subgrupos de Z20 :
⟨1⟩ (ordem 20)

⟨2⟩ (ordem 10) ⟨3⟩ (ordem 7)

⟨4⟩ (ordem 5) ⟨5⟩ (ordem 4) ⟨15⟩ (ordem 2)

⟨6⟩ (ordem 4) ⟨10⟩ (ordem 2) ⟨20⟩ (ordem 1)

⟨20⟩ (ordem 1) ⟨20⟩ (ordem 1)


Observe que os subgrupos são organizados de acordo com as divisões das ordens, e os subgrupos
maiores contêm os subgrupos menores. Os subgrupos 〈1〉 e 〈20〉 são o grupo trivial, que é o menor e o
maior subgrupo possı́vel, respectivamente.

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Questão 11
Sim, (Q+ , ·) é um grupo.
Para mostrar isso, precisamos verificar as propriedades de um grupo:
1. Fechamento: Para quaisquer a, b ∈ Q+ , o produto a · b é um número racional positivo, que também
pertence a Q+ .
2. Associatividade: A multiplicação de números racionais é associativa, ou seja, para quaisquer
a, b, c ∈ Q+ , temos (a · b) · c = a · (b · c).
3. Elemento neutro: O número 1 é o elemento neutro da multiplicação, pois para todo a ∈ Q+ , temos
a · 1 = 1 · a = a.
4. Inverso: Para cada número racional positivo a ∈ Q+ , o inverso multiplicativo é o número racional
positivo a1 , pois a · a1 = a1 · a = 1.
Portanto, (Q+ , ·) é um grupo.

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Questão 12
(a) Definimos um grupo (G, ∗).
(b) Seja G = {a ∈ R; a ̸= −1} um conjunto e a ∗ b = a + b + ab uma operação binária em G.
Para provar que (G, ∗) é um grupo, precisamos verificar as propriedades de um grupo:
1. Fechamento: Para quaisquer a, b ∈ G, temos a ∗ b = a + b + ab. Como a e b são números reais, a
soma a + b é um número real e o produto ab também é um número real. Portanto, a ∗ b é um número
real que pertence a G.
2. Associatividade: A adição de números reais é associativa, o que significa que para quaisquer
a, b, c ∈ G, temos (a ∗ b) ∗ c = a ∗ (b ∗ c).
3. Elemento neutro: O número 0 é o elemento neutro da adição de números reais. Para todo a ∈ G,
temos a ∗ 0 = a + 0 + a · 0 = a. Portanto, 0 é o elemento neutro de (G, ∗).
4. Inverso: Para cada a ∈ G, o inverso aditivo é o número −a. Temos a∗(−a) = a+(−a)+a·(−a) = 0,
o que significa que −a é o inverso de a em relação à operação ∗.
Portanto, todas as propriedades de um grupo são satisfeitas, e (G, ∗) é um grupo.

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Questão 13
Sim, (Q+ , +) é um grupo. Já provamos isso na Questão 11.

Questão 14
3Z ≃ 5Z.
Para mostrar que 3Z ≃ 5Z, precisamos encontrar um isomorfismo entre os grupos 3Z e 5Z.
Definimos o seguinte homomorfismo ϕ : 3Z → 5Z:
5
ϕ(n) = n.
3
Vamos verificar as propriedades de um homomorfismo:
1. Preservação da operação: Para quaisquer m, n ∈ 3Z, temos:
5 5 5
ϕ(m + n) = (m + n) = m + n = ϕ(m) + ϕ(n).
3 3 3
2. Preservação do elemento neutro: O elemento neutro de 3Z é o número 0. Temos:
5
ϕ(0) = · 0 = 0,
3
que é o elemento neutro de 5Z.
Portanto, ϕ é um homomorfismo entre 3Z e 5Z.
Vamos agora mostrar que ϕ é bijetiva:
1. Injetividade: Sejam m, n ∈ 3Z tais que ϕ(m) = ϕ(n). Então, temos:
5 5
m = n =⇒ 5m = 5n =⇒ m = n.
3 3
Portanto, ϕ é injetiva.
2. Sobrejetividade: Para cada n ∈ 5Z, podemos encontrar um m ∈ 3Z tal que ϕ(m) = n, pois basta
tomar m = 35 n. Então, ϕ é sobrejetiva.
Concluı́mos que ϕ é um isomorfismo entre 3Z e 5Z, o que significa que 3Z ≃ 5Z.

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Questão 15
Suponha que H e K são grupos isomorfos, e que H é abeliano. Vamos provar que K também é abeliano.
Seja ϕ : H → K um isomorfismo entre H e K. Como H é abeliano, temos que a operação em H é
comutativa, ou seja, para quaisquer h1 , h2 ∈ H, temos h1 ∗H h2 = h2 ∗H h1 .
Agora, consideremos a operação em K. Para quaisquer k1 , k2 ∈ K, temos:

k1 ∗K k2 = ϕ−1 (k1 ) ∗H ϕ−1 (k2 ).

Como ϕ−1 é um isomorfismo entre K e H, preserva a operação, ou seja, para quaisquer k1 , k2 ∈ K,


temos:
ϕ−1 (k1 ) ∗H ϕ−1 (k2 ) = ϕ−1 (k2 ) ∗H ϕ−1 (k1 ).
Portanto, temos:

k1 ∗K k2 = ϕ−1 (k1 ) ∗H ϕ−1 (k2 ) = ϕ−1 (k2 ) ∗H ϕ−1 (k1 ) = k2 ∗K k1 .

Isso significa que a operação em K também é comutativa, ou seja, K é abeliano.


Concluı́mos que se H e K são grupos isomorfos, e H é abeliano, então K também é abeliano.

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Questão 16
Se |G| = 7, então G é abeliano.
Vamos provar essa afirmação por contradição. Suponha que G não é abeliano. Isso significa que
existe pelo menos um par de elementos a, b ∈ G tais que a ∗ b ̸= b ∗ a, onde ∗ é a operação do grupo G.
Como G tem ordem 7, e cada elemento a ∈ G tem um inverso a−1 , podemos considerar o conjunto
{a, a2 , a3 , a4 , a5 , a6 }. Como G é finito, a multiplicação repetida dos elementos desse conjunto eventual-
mente resultará em dois elementos iguais. Portanto, deve haver m e n, onde 1 ≤ m < n ≤ 6, tais que
am = an .
Seja k = n − m. Como 1 ≤ m < n ≤ 6, temos 1 ≤ k ≤ 5. Agora, temos:

an = am =⇒ an ∗ a−m = am ∗ a−m =⇒ an−m = e =⇒ ak = e.

Isso significa que o elemento a tem uma ordem menor do que 7, o que é uma contradição, pois a
ordem de cada elemento em um grupo de ordem finita divide a ordem do grupo.
Portanto, nossa suposição de que G não é abeliano é falsa, e concluı́mos que se |G| = 7, então G é
abeliano.

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Questão 17
Vamos listar as classes laterais do subgrupo H = ⟨2⟩ de Z20 e determinar o grupo quociente (Z20 /H).
O subgrupo H = ⟨2⟩ de Z20 é o conjunto gerado por 2 em Z20 . As classes laterais de H são da forma
a + H, onde a ∈ Z20 . Vamos listar todas as classes laterais:

0 + H = {0, 2, 4, 6, . . . , 18}
1 + H = {1, 3, 5, 7, . . . , 19}
2 + H = {2, 4, 6, 8, . . . , 0}
3 + H = {3, 5, 7, 9, . . . , 1}
4 + H = {4, 6, 8, 10, . . . , 2}
5 + H = {5, 7, 9, 11, . . . , 3}
6 + H = {6, 8, 10, 12, . . . , 4}
7 + H = {7, 9, 11, 13, . . . , 5}
8 + H = {8, 10, 12, 14, . . . , 6}
9 + H = {9, 11, 13, 15, . . . , 7}
10 + H = {10, 12, 14, 16, . . . , 8}
11 + H = {11, 13, 15, 17, . . . , 9}
12 + H = {12, 14, 16, 18, . . . , 10}
13 + H = {13, 15, 17, 19, . . . , 11}
14 + H = {14, 16, 18, 0, . . . , 12}
15 + H = {15, 17, 19, 1, . . . , 13}
16 + H = {16, 18, 0, 2, . . . , 14}
17 + H = {17, 19, 1, 3, . . . , 15}
18 + H = {18, 0, 2, 4, . . . , 16}
19 + H = {19, 1, 3, 5, . . . , 17}

Agora, o grupo quociente (Z20 /H) é o conjunto de todas as classes laterais listadas acima, com
a operação de soma de classes laterais. Podemos simplificar a representação dessas classes laterais,
mantendo apenas um representante de cada classe. Vamos escolher os representantes 0, 1, 2, . . . , 19:

(Z20 /H) = {0 + H, 1 + H, 2 + H, . . . , 19 + H}.


Agora, podemos calcular a operação de soma de classes laterais:

0 + H = {0, 2, 4, 6, . . . , 18}
1 + H = {1, 3, 5, 7, . . . , 19}
2 + H = {2, 4, 6, 8, . . . , 0}
..
.
19 + H = {19, 1, 3, 5, . . . , 17}

O grupo quociente (Z20 /H) é o conjunto acima, com a operação de soma de classes laterais.

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