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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO – UFMT

Discente: Amanda Magalhães da Costa, aluna do segundo semestre de jornalismo.

MATÉRIA: SEMIOSE DO TEXTO JORNALISTICO

CUIABÁ - 2023
ANÁLISE SEMIOTICA DAS OBRAS DA ARTISTA DALVA
BARROS.
O originário da palavra “cultura” vem do latim, que significa colere, que significa
cuidar, cultivar e crescer. Tanto a palavra quando a sua própria materialização se ressignifica
ao longo da história, como se tivesse vida. Um exemplo disso é a cultura brasileira, que é
conhecida por sua grande mistura de povos, as grandes festas como o carnaval, a diversidade
musical e até mesmo pelo bom futebol. E toda essa chamada “cultura”, que o próprio
significado simbolicamente relacionado a cultivo e a agricultura, é construída ao longo dos
séculos e reformulada a partir de uma rede mutua de vivencias que crescem cada vez mais.

É impossível falar de CULTURA e não falar de ARTE, cuja palavra o significado também
é oriundo do latim que significa “talento”, “saber fazer”; e com essas palavras em mente se
torna incontestável não lembrar da figura artística do estado mato-grossense chamada “Dalva
de Barros” que desde os meados de 1960, sua criatividade transcendeu as fronteiras
geográficas e vai além de Mato Grosso e Cuiabá, tão bem retratado em suas pinturas.

A linguagem fragmenta o nosso sentir e lhe atribui significados distintos e


interpretativos, e através das obras da artista Dalva Barros, é visto o cotidiano brasileiro, ou
seja, a cultura dentro de suas pinceladas relevando conceitos da rotina dos brasileiros, o
“familiar”. Um exemplo perfeito é o “Almoço dos Garis”, obra de 1994. Em uma entrevista
dada em um podcast, ela revela que achou muito bonito o fato de os trabalhadores estarem ali
almoçando juntos, com refrigerante e simplicidade. Merecia uma tela daquela cena. E também
é observável que as cores escolhidas poderiam representar um sentimentalismo mutuo a
respeito de cenas que mato-grossenses viram ou viveram. A pintura “Salgadeira” de 1994
expressa muito esse componente na escolha das cores vividas, e outro exemplo a altura seria
“Copa de 1994” de 1994.

Em questão da linguagem imagética presente em a maioria de suas obras, as


caricaturas humanas apresentam uma impressão de “memoria” ou “sonho”, visto que não são
surpreendentemente realísticas, mas ao mesmo tempo representam rostos familiares. É
notório que a artista não poupou esforços para traduzir para a tela tudo que sua mente
conseguia se lembrar de um determinado momento. “A caipirinhas” de 1998 é um belíssimo
exemplo, já que a artista estava pintando duas garotinhas do sitio onde estava naquela tarde.
Traduzindo para a linguagem poética, a interpretação das obras da artista Dalva Barros
demonstra em sua estrutura o existir mato-grossense, a vivencia mato-grossense. “Eu vivo, eu
faço parte disso, eu existo e minha existência é arte.” Um perfeito exemplo é a obra
“Lavadeiras do Rio Cuiabá” de 1996.

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