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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro

Geometria Plana – Exercı́cios Propostos da Aula 2


Dicas e Algumas Soluções

Prezado(a) aluno(a),
estamos disponibilizando dicas e o gabarito de alguns exercı́cios da Aula 2: Congruências de demons-
tração que estão nas páginas 57, 58 e 59.

Exercı́cio 2: Prove que, se um triângulo tem dois ângulos congruentes, então ele é isósceles.

Solução:

b = m(ACB)
Considere o triângulo ABC, onde m(ABC) b (1)

conforme enunciado, ou seja, dois ângulos congruentes.

Vamos mostrar que o triângulo ABC é isósceles.

Trace a altura AH relativa ao lado BC.

Temos que ΔAHB ∼ ΔAHC (2)



 AH (lado comum)
pois b
m(AHB) b
= m(AHC) = 90◦
 b b
m(ABH) = m(ACH), por hipótese (1)

De (2) temos que AB = AC. Portanto o triângulo ABC é isósceles, da definição de triângulos
isósceles. Veja Aula 1 página 30.

Tarefa: Demonstre esse exercı́cio agora utilizando ao invés de altura AH, a bissetriz AP , rela-
tiva ao lado BC.

Pergunta: É possı́vel demonstrar esses exercı́cio utilizando ao invés de altura AH, a medoana
AM , relativa ao lado BC?

Exercı́cio 3: Prove que, se um triângulo tem os três ângulos congruentes entre si, então ele é
equilátero.
Dica : Use o resultado do exercı́cio 2( acima) para demonstrar essa questão.
Geometria Plana – Dicas e algumas soluções dos exercı́cios propostos da Aula 2 2

Exercı́cio 4 : Considere o triângulo isósceles ABC da figura.


Seja os segmentos BD e CE sobre a base BC congruentes entre si.

Prove que o triângulo ADE é isósceles.

Solução:
Do enunciado temos o triângulo ABC isósceles e da figura

BD = CE (1)

Vamos provar que o triângulo ADE é isósceles.

Como ΔABC é isósceles vem que AB = AC (1) e b = m(ACB)


m(ABC) b (2)

Além disso, por hipótese, BD = CE (3)

Usando ângulos suplementares, temos que

m(DBA) b
b = 180◦ − m(ABC) (4)

m(ACE) b
b = 180◦ − m(ACB) (5)
De (2), (4) e (5) temos que
b = m(ACE)
m(DBA) b (6)

 DB = CE ,de (3)
LAL
Como b = m(ACE)
m(DBA) b ,de (6) =⇒ ΔABD = ΔACE (7)

AB = AC, de (1)
De (7) vem que AD = AE, logo podemos concluir que o triângulo ADE é isósceles.

Exercı́cio 5: Sobre os lados de um triângulo equilátero,

tomam-se três pontos D, E e F conforme figura, onde o triângulo

ABC é equilátero.

Sendo AD ≡ BE ≡ CF , prove que o triângulo DEF é equilátero.

Dica :
Mostre que os triângulos ADF, BED e CF E são congruentes.
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Exercı́cio 8: Prove que a bissetriz relativa à base de um triângulo isósceles é também mediana e
altura.
Solução: Seja o triângulo isósceles ABC de base BC. Trace a bissetriz AD relativa à base BC,
conforme enunciado.
Temos que m(AB) = m(AC) e m(ABC) b = m(ACB).b

ΔABD ≡ ΔACD (1)



 AD lado comum
pois b = m(ACB)
m(ABC) b ( de bissetriz) ,(LAL)

AB = AC (definição de triângulo isósceles)
Logo de (1) vem que

b
m(ADB) b
= m(ADC) (2) e m(BD) = m(DC) (3)

b e ADC
Como os ângulos ADB b são suplementares então m(ADB)
b + m(ADC)
b = 180◦ .

De (2) vem que

b + m(ADC)
m(ADB) b = 180◦ ⇒ b
2m(ADB) = 180◦ ⇒ b
m(ADB) = 90◦ (4)

De (3) e (4) concluimos que AD é mediana e altura relativa à base BC, respectivamente.

b = m(FDE)
Exercı́cio 10: Na figura, sendo BF = CD, m(ABC) b e m(BAC)
b = m(DEF),
b prove que
AC = EF .

Solução:

Do enunciado temos :

m(BF ) = m(CD) (1) b = m(F DE)


m(ABC) b (2) e b = m(DEF
m(B AC) b ) (3)

Temos ainda

m(BC) = m(BF ) + m(F C) (4) e m(F D) = m(F C) + m(CD) (5)

Podemos concluir que ΔABC ≡ ΔEDF (6)



 m(BC) = m(DF ), de (1), (4) e (5)
pois b = m(E DF
m(ABC) b ) (hipótese, (2)) ,pelo critério(LAAo)
 b = m(DEF b ) (hipótese, (3) )
m(B AC)
De (6) temos que m(AC) = m(EF ).
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Exercı́cio 11: Prove o caso ALA.


Dica: Veja a demonstração do caso LAAo. Ou seja, para provar ALA, use o caso LAL.
Solução: Para provar o caso ALA:
Se dois triângulos tem, ordenadamente congruentes um lado e dos dois ângulos a ele adjacentes,
então estes triângulos são congruentes.

Considere os triângulos ABC e A0 B 0 C 0 .


Hipótese:

b 0 c0 0
(1)
 m(ABC) = m(A B C )




m(BC) = m(B 0 C 0 ) (2)




 b = m(B 0 Cc0 A0 )
m(B CA) (3)
Tese : ΔABC ≡ ΔA0 B 0 C 0 .
Vamos provar que m(BA) = m(B 0 A0 ), pois com isso vamos recair ao caso LAL.
Prova: −−→
Pelo postulado do transporte de segmentos, obtemos na semirreta A0 B 0 um ponto X tal que

m(B 0 X) = m(BA) (4)


 0 0
 m(BC) = m(B C ), de (2)
Como m(ABC)b = m(A0 Bc0 C 0 ), de (1) , pelo critério LAL, temos que ΔABC ≡ ΔXB 0 C (5)
 0 0
m(BA) = m(B X ), de (4)
b = m(B 0 C
Então de (5) temos que m(B CA) c0 X) (6)
b = m(B C
Da hipótese (3), m(B CA) 0 cA ), com (6) e o Postulado de transporte de ângulos vem que o
0 0
 0 0
 BA ≡ B A
ponto X coincide com o ponto A0 , logo de (4) temos B 0 A0 ≡ BA. Então temos m(ABC)b = m(A0 B c0 C 0 )
 0 0
BC ≡ B C
0 0 0
Portanto pelo caso LAL vem que ΔABC ≡ ΔA B C .

Exercı́cio 12: Prove o caso especial de congruência.

Dica: Use os casos LAL e LAAo para provar o caso especial.


Caso especial:
Se dois triângulos retângulos tem, ordenadamente congruentes um cateto e a hipotenusa, então estes
triângulos são congruentes.

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