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AULA 01

Objetivo: Realizar os ensaios de granulometria, Limite de Liquidez (LL), Limite de


Plasticidade (LP) e determinar o Índice de Plasticidade (IP) para duas amostras de solo.

1. GRANULOMETRIA SIMPLES

A determinação granulométrica simples de um solo é obtida através de peneiramento


do solo seco e posterior pesagem do material retido em cada peneira de abertura de malha
conhecida.

1.1. Ensaio:

Foi determinada a umidade do solo;


O ensaio de granulometria foi realizado utilizando-se três peneiras de malhas
distintas, #10 (malha de 2,00 mm de abertura), #40 (malha de 0,42 mm) e #200 (malha de
0,074 mm).
Os materiais retidos em cada peneira 200 foram levados para dois dispersores
diferentes, com aproximadamente 150 ml de solução normalizada de defloculante e 100
ml de água destilada, as duas misturas permaneceram entre 10 a 15 minutos nos
dispersores separados. Após esse período, foram lavadas em água destilada na peneira
#200 com a finalidade de reter material de diâmetro superior a 0,074 mm. As amostras
foram secas em estufa por um período de 24h e com isso procedeu-se ao peneiramento
nas peneiras #40 e #200, sendo as massas retidas determinadas por pesagem.

Determinação do Teor de Umidade, w%:

𝑀𝑤
𝑤= × 100
𝑀𝑠

Onde:
Mw: Massa de Água
Ms: Massa de solo seco

Tabela 1 - Teor de Umidade e Granulometria - SP 215 Abaixo L.S.


PROCEDÊNCIA: SP 215 - Abaixo L.S. A:
OPERADOR: DATA: 12/03/2015 F:
UNIDADE
Cápsula nº G31
Amostra + Tara + Água 107,67
Amostra + Tara 104,26
Água 3,41
Tara 30,20
Amostra Seca 74,06
Umidade, w % 4,60
Fator de Conversão Fc = 100/(100+w) 0,96
GRANULOMETRIA
Material Ret. E Material Porcentagem Solo Úmido
Peneiras 100
Acum. Passado Passada (Mh) (g)
#10-2,00 mm 0,00 100,00 100,00%
Solo Seco =
#40-0,42 mm 4,12 95,88 95,88% 95,60
MhxFc (g)
#200-0,074 mm 27,10 68,78 68,78%
Tabela 2 - Teor de Umidade e Granulometria - Linhão do Broa
PROCEDÊNCIA: Linhão do Broa A:
OPERADOR: DATA: 12/03/2015 F:
UNIDADE
Cápsula nº G67
Amostra + Tara + Água 103,8
Amostra + Tara 102,91
Água 0,89
Tara 27,37
Amostra Seca 75,54
Umidade, w % 1,18
Fator de Conversão Fc = 100/(100+w) 0,99
GRANULOMETRIA
Material Ret. E Material Porcentagem Solo Úmido
Peneiras 100,35
Acum. Passado Passada (Mh) (g)
2,00 mm 0,00 100,35 100,00%
Solo Seco =
0,42 mm 7,70 92,65 92,33% 98,84
MhxFc (g)
0,074 mm 69,84 22,81 22,73%

2. ENSAIOS DE CONSISTÊNCIA

2.1. LIMITE DE LIQUIDEZ (LL)

O Limite de Liquidez é definido como a umidade abaixo da qual o solo possui


comportamento plástico.

2.1.1. Ensaio:

O Limite de Liquidez corresponde ao teor de umidade com o qual se unem as bordas


inferiores de certa ranhura feita numa massa de solo, sob o impacto de 25 golpes, colocada
no Aparelho de Casagrande. O procedimento para realização do ensaio é padronizado no
Brasil pelo Método NBR 6459.

Figura 1 - Aparelho de Casagrande


Para realização do ensaio:

Coloca-se uma massa de solo, seco ao ar, que passa na peneira 0,42mm num
recipiente de porcelana e aos poucos se adiciona água até a homogeneização da massa;
Passa-se para a concha do aparelho de Casagrande certa quantidade dessa massa
aplainando-a com a espátula, de tal forma que a parte central fique com 1 cm de
espessura;
Faz-se com o cinzel uma ranhura no meio da massa, no sentido do maior
comprimento do aparelho;
Gira-se a manivela à razão de duas voltas por segundo, contando o número de
golpes até que se constate o fechamento da ranhura num comprimento de 1,2cm quando
se deve parar a operação;
Retira-se uma pequena quantidade do material no local onde as bordas da ranhura
se tocaram para a determinação da umidade.

Foram feitas as determinações do número de golpes para que a ranhura se feche


com teores de umidade crescentes e obtidos os valores apresentados na Tabela 1 e Tabela
2.

Determinação do Teor de Umidade, w%:

𝑀𝑤
𝑤= × 100
𝑀𝑠

Onde:
Mw: Massa de Água
Ms: Massa de solo seco

2.1.2. Resultados:

Tabela 3 - Teor de Umidade e Número de Golpes – SOLO SP 215 ABAIXO L.S.


Cápsula N° 200 246 564 578
Amostra + Tara + Água 18,75 24,41 19,75 21,60
Amostra + Tara 16,33 19,61 16,16 17,60
Água 2,42 4,80 3,59 4,00
Tara 11,95 11,14 10,17 11,28
Amostra Seca 4,38 8,47 5,99 6,32
Umidade, w % 55,25 56,67 59,93 63,29
Número de Golpes 45 32 22 15
Limite de Liquidez - SP 215 ABAIXO L.S.
64

62
Teor de Unidade

60

58

56

54
10 50
Número de Golpes

𝐿𝐿𝑆𝑃 2015 𝐴𝐵𝐴𝐼𝑋𝑂 𝐿.𝑆. = 59%

Tabela 4 - Número de Golpes e Teor de Umidade - LINHÃO DO BROA


Cápsula N° 225 261 536 580
Amostra + Tara + Água 20,03 20,48 18,93 18,88
Amostra + Tara 18,22 18,73 17,22 17,06
Água 1,81 1,75 1,71 1,82
Tara 10,93 12,05 11,37 11,52
Amostra Seca 7,29 6,68 5,85 5,54
Umidade, w % 24,83 26,20 29,23 32,85
Número de Golpes 40 29 22 14

Limite de Liquidez - LINHÃO DO BROA


34

32

30
Teor de Umidade

28

26

24

22

20
10
Número de Golpes

𝐿𝐿𝐿𝐼𝑁𝐻Ã𝑂 𝐷𝑂 𝐵𝑅𝑂𝐴 = 28%


2.2. LIMITE DE PLASTICIDADE (LP)

O Limite de Plasticidade é definido como o teor de umidade abaixo do qual o solo não
pode mais ser moldado e passa a ser quebradiço. É o teor de umidade abaixo do qual o
solo passa do estado plástico para o estado semissólido.

2.2.1. Ensaio:

O Limite de Plasticidade corresponde ao menor teor de umidade com o qual se


consegue rolar um cilindro com 3mm de diâmetro, rolando-se uma massa de solo com a
palma da mão. O procedimento para realização do ensaio é padronizado no Brasil pelo
Método NBR 7180.

Tabela 5 - Limite de Plasticidade - SP 215 Abaixo L.S.


LIMITE DE PLASTICIDADE
Cápsula N° 24 26 509 527 603
Amostra + Tara + Água 13,69 12,00 13,30 12,09 11,19
Amostra + Tara 12,93 11,73 12,57 11,66 10,34
Água 0,76 0,27 0,73 0,43 0,85
Tara 11,02 11,11 10,73 10,42 10,10
Amostra Seca 1,91 0,62 1,84 1,24 0,24
Umidade, w % 39,79 43,55 39,67 34,68 354,17
OBS: Média = 39,42 ± 5% Limite de Liquidez LL= 59,00%
Limite de Plasticidade LP= 39,42%

Tabela 6 - Limite de Plasticidade - Linhão do Broa


LIMITE DE PLASTICIDADE
Cápsula N° 31 37 41 99 205
Amostra + Tara + Água 13,41 12,36 11,69 12,82 14,16
Amostra + Tara 13,06 11,94 11,46 12,47 13,75
Água 0,35 0,42 0,23 0,35 0,41
Tara 10,55 9,00 9,76 9,88 11,14
Amostra Seca 2,51 2,94 1,70 2,59 2,61
Umidade, w % 12,24 12,50 11,92 11,90 13,58
OBS: Média = 12,43 ± 5% Limite de Liquidez LL= 28,00%
Descartar amostra 205 Limite de Plasticidade LP= 12,14%

2.3. ÍNDICE PLASTICIDADE (IP)

A diferença entre o Limite de Liquidez (LL) e o Limite de Plasticidade (LP) indica a


faixa de valores em que o solo se encontra no estado plástico e é definida como Índice de
Plasticidade.

𝐼𝑃𝑆𝑃 215 𝐴𝐵𝐴𝐼𝑋𝑂 𝐿.𝑆. = 𝐿𝐿 − 𝐿𝑃 = 59 − 39,42 = 19,58 %


𝐼𝑃𝐿𝐼𝑁𝐻Ã𝑂 𝐷𝑂 𝐵𝑅𝑂𝐴 = 𝐿𝐿 − 𝐿𝑃 = 28 − 12,14 = 15,86 %

3. CLASSIFICAÇÃO

3.1. CLASSIFICAÇÃO UNIFICADA


Figura 2- Carta de Plasticidade

Figura 3 - Esquema para classificação pelo Sistema Unificado

SOLO 1
PROCEDÊNCIA: SP 215 ABAIXO LINHA DE SEIXO

1) Porcentagem de Finos (material passante na peneira 200): 68,78%

Solo de granulação fina: M, C ou O.

2) IP = 19,58%
LL = 59,00%

Solo: MH ou OH

3) O Solo pode ser classificado como Silte Inorgânico ou Argila Orgânica de


média ou alta plasticidade.
SOLO 2
PROCEDÊNCIA: LINHÃO DO BROA

1) Porcentagem de Finos (material passante na peneira nº 200): 22,81%

Solo de granulação grossa: G.

2) Passante na peneira nº 10: 100%

Areias: SW, SP, SF ou SC

3) D60 = 0,15
D10 = 0,05
D30 = 0,09

D60 0,15
CNU = = =3
D10 0,05

(D30 )² (0,09)²
CC = = = 1,08
D10 . D60 0,15.0,05

4) % Passante na #200 > 12%

IP = 15,86%
LL = 28,00%

5) Solo SC: O Solo pode ser classificado como Areia Argilosa.

Granulometria - Linhão do Broa


100

80
Porcentagem passada

60

40

20

0
0.01 0.1 1 10
Diâmetro dos Grãos (mm)
3.2. CLASSIFICAÇÃO HRB

Solos com menos de 35% passando na #200: A-1, A-2 e A-3.


A-1a – Solos grossos, com menos de 50% passando na peneira 10 (2mm), menos
de 30% passando na peneira nº 40 (0,42mm) e menos de 15% passando na peneira nº
200. O IP dos finos deve ser menor do que 6.
A-1b – Solos grossos, com menos de 50% passando na peneira nº 40 e menos de
25% na peneira nº 200, também com IP menor que 6.
A-3 – Areias finas com mais de 50% passando na peneira nº 40 e menos de 10%
passando na peneira de nº 200.
A-2 – São areias em que os finos presentes constituem características secundárias.
São subdivididos em A-2-4, A-2-5, A-2-6 e A-2-7 em função dos índices de consistência.

Solos com mais de 35% passando na #200: A-4, A-5, A-6 e A-7.
Estes solos são subdivididos somente em função dos índices.

SOLO 1
PROCEDÊNCIA: SP 215 ABAIXO LINHA DE SEIXO

#200: 68,78%

% passante #200 > 35%

IP = 19,58%
LL = 59,00%

Solo A 7-5

SOLO 2
PROCEDÊNCIA: LINHÃO DO BROA

#200: 22,73%
#40: 92,33%
#10: 100%

% passante #200 < 35%


% passante #10 > 50%

Solo A-2

IP = 15,86%
LL = 28,00%

Solo A-2-6

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