Você está na página 1de 7

Centro de Ciências e Tecnologias

Departamento de Química

Campus I – Campina Grande

Curso de Licenciatura Plena em Química

Componente Curricular: Físico Química Experimental

Docente: Welma Thaise Silva Vilar

Discente: Anderson Sales Nascimento

DETERMINAÇÃO DA DENSIDADEDE LÍQUIDOS POR


PICNOMETRIA E DESINMETRIA
Realizado em 02 de maio de 2022

Campina Grande-PB, 09 de maio de 2022


Introdução

Densidade se trata da relação de uma massa e o seu volume que se tem na matéria, tendo
a densidade absoluta, onde envolve a massa sobre o volume daquele corpo, já a relativa,
permite fazer comparações com outras substâncias. Tendo a importância na aproximação
de valores aos pesos dos gases, chegar aos pesos atômicos e moleculares das substâncias
sob forma de cristal.

A densidade absoluta é também uma propriedade específica, isto é, cada substância


pura tem uma densidade própria, que a identifica e a diferencia das outras substâncias.
(CÉSAR; PAOLI; ANDRADE, 2004). (1)

As densidades dos líquidos puros, ou em soluções, como já dito, podem ser determinas
pelas medidas das suas massas que ocupam volumes conhecidos. Para a determinação
da densidade, utilizou-se picnômetro e o densímetro.

Objetivo

Conscientizar-se com duas técnicas de cálculo de densidade, sendo elas: Picnômetria e


densímetria, utilizando soluções etanólicas nas concentrações (20,40,60 e 80% em v/v)
e sacarose (40% em m/v).

Procedimento experimental

Materiais utilizados:

 Balança analítica;
 Picnômetros de 25ml;
 Becker de 100ml;
 Proveta;
 Densímetro;
 Termômetro;
 Pisseta; Considerações a serem feitas: Não se utilizou balões
volumétricos e pipeta.

Logo de início, mediu-se a temperatura do ambiente com um termômetro, depois pegou-


se o picnômetro de 25ml, tarou-se a balança analítica e o colocou na mesma para analisar
sua massa com a vidraria vazia, logo após encheu-se a vidraria com água destilada, com
auxílio da pisseta, secou-se a sua parte externa e novamente levou-se a balança analítica
com um papel, sem tocar diretamente na vidraria, obtendo a massa cheio de água, após
de pesado, descartou-se o líquido na pia. Depois do procedimento, pegou-se um béquer
de 100ml o adicionou álcool 20% e transferiu-se para o picnômetro uma pequena
quantidade para rinsar a vidraria, logo depois do descarte, adicionou-se o mesmo a
vidraria até que entornasse, onde levou-se novamente para a balança analítica, pesou-se
e adquiriu o valor cheio de solução, em seguida foi devolvido o álcool ao seu determinado
recipiente. Ao concluir o experimento com o álcool 20%, adicionou-se álcool 40% no
picnômetro até que entornasse, limpou-se novamente a parte externa da vidraria, levando-
o para a balança e pesando-o, obtendo novamente o valor cheio de solução. Foi-se
utilizado o mesmo picnômetro para o procedimento dos álcoois de 60 e 80%, não tendo
modificações na massa vazia, cheia de água, massa da água e o volume. Com essas
informações se obteve os cálculos e as informações: cheia de solução, massa da solução
e densidade absoluta.
Partindo para a sacarose, foi-se trabalhado com um outro picnômetro, onde fez-se o
mesmo procedimento dos álcoois, pesando-o a vidraria vazia e cheia de água, logo em
seguida, após o descarte da água, adicionou-se uma pequena quantidade de sacarose 40%
e rinsou a vidraria, depois do descarte transferiu-se uma quantidade até que trasbordasse,
secou-se a parte externa e levou-se novamente para a balança analítica, obtendo o valor
cheio de solução, com essas informações foi possível calcular as pretensões similares aos
valores pretendidos a tabela dos álcoois.
No processo de densimetria, pegou-se uma proveta e adicionou álcool 96%, mediu-se a
temperatura com um termômetro. Em seguida, pegou-se o densímetro e o mergulhou no
álcool, dando um giro rápido no mesmo, foi aguardado que o densímetro atingisse o
equilíbrio, obtendo a densidade absoluta.

Resultados e Discussão

 Para o álcool:

o Picnômetro

No decorrer do experimento, ao tarar a balança e pesar o picnômetro vazio, obteve-se


13,0379g, logo após ao passar para a vidraria a água destilada, pesou-se novamente e
adquiriu-se 22,6180g. Depois, ao descartar a água e adicionar álcool no picnômetro de
diferentes concentrações, observou-se que para:

 Álcool 20% = 22,3599g cheio de solução


 Álcool 40% = 22,1278g cheio de solução
 Álcool 60% = 21,7212g cheio de solução
 Álcool 80% = 21,2205g cheio de solução

Pelo fato de se utilizar o mesmo picnômetro, os cálculos não interferiram também na


massa em água (g) e no volume (ml), conseguindo auferir os seguintes resultados:

1. Massa da água (g) = Cheio de água (g) - Vazio (g)


= 22,6180g – 13,0379g
= 9,5801g

Ao ser verificado a temperatura do ambiente e analisada que estava a 27ºC, pegou-se o


valor convertido na tabela da massa específica da água, onde a mesma equivalia a
0,996512 g/cm3, podendo assim calcular o volume:

2. Volume (ml) = mH2O/ pH2O em Tº C


= 9,5801g/0,996512 em g/cm3
= 9,6136ml

Partindo assim, para a massa das soluções, obtida por:

3. Massa de solução (g) = Cheio de solução (g) - Vazio (g)


 Álcool 20% = 22,3599g – 13,0379g => 9,3220g
 Álcool 40% = 22,1278g – 13,0379g => 9,0899g
 Álcool 60% = 21,7212g – 13,0379g => 8,6833g
 Álcool 80% = 21,2205g – 13,0379g => 8,1826g

Dando seguida as informações necessárias no experimento, com os resultados anteriores


foi possível calcular a densidade absoluta (g/cm3) no método do picnômetro, sendo:

4. Densidade absoluta (g/cm3) = msolução/ Vpicnômetro


 Álcool 20% = 9,3220g / 9,6136ml => 0,9696 g/cm3
 Álcool 40% = 9,0899g / 9,6136ml => 0,9455 g/cm3
 Álcool 60% = 8,6833g / 9,6136ml => 0,9032 g/cm3
 Álcool 80% = 8,1826g / 9,6136ml => 0,8511 g/cm3

Assim podemos ver uma variação na densidade das soluções, sendo uma mais densa que
a outra, como por exemplo o clorofórmio (CHCL3) que dado a um determinado volume,
há mais matéria que em uma mesma quantidade de diclorometano (CH2CL2), isso se dá
pelo fato de possuir um átomo de cloro a mais em relação ao diclorometano, tendo maior
peso molecular, o tornando mais denso que o diclorometano.

Onde a massa específica tem sua importância na aproximação de valores aos pesos dos
gases, chegar aos pesos atômicos e moleculares das substâncias sob forma de cristal,
podendo identificar e diferenciar das outras substâncias.

Podendo também, se calcular a sua densidade relativa:

5. prelativa= p álcool/p água


 Álcool 20% = 0,9696 g.cm-3 / 0,996512 g.cm-3 => 0,9729 g/cm3
 Álcool 40% = 0,9455 g.cm-3 / 0,996512 g.cm-3 => 0,9488 g/cm3
 Álcool 60% = 0,9032 g.cm-3 / 0,996512 g.cm-3 => 0,9063 g/cm3
 Álcool 80% = 0,8511 g.cm-3 / 0,996512 g.cm-3 => 0,8540 g/cm3

Exposto na tabela 1 a obtenção ao final do experimento pelo picnômetro, os seguintes


resultados para os álcoois de diferentes concentrações:

TABELA 1

Massa
Conc. De Cheio de Massa Densidade
Cheio de Volume da
Picn. álcool Vazio (g) solução de água absoluta
água (g) (ml) solução
(%) (g) (g) (g.cm-3)
(g)
P1 20 13,0379 22,618 22,3599 9,5801 9,6136 9,322 0,969668
P2 40 13,0379 22,618 22,12,78 9,5801 9,6136 9,0899 0,945525
P3 60 13,0379 22,618 21,7112 9,5801 9,6136 8,6833 0,903231
P4 80 13,0379 22,618 21,2205 9,5801 9,6136 8,1826 0,851148
Solução etanólica O gráfico 1 mostra a
(Método do picnômetro)
densidade dos álcoois de
1 0,96966797 diferentes concentrações
Densi. absoluta (g.cm-3)

0,98
0,945525089
0,96 calculadas no experimento, e
0,94
0,92 0,90323084 sua linha de tendência.
0,9 y = -0,002x + 1,0169 Entendendo-se que há uma
0,88 R² = 0,9755 0,851148373
0,86 margem de erro dos valores
0,84 obtidos, podendo serem
0 20 40 60 80 100
calculados.
Conc. de álcool (%)

GRÁFICO 1

Visto na tabela 2, na temperatura ambiente de 27°C, para o álcool


na concentração de 20%, temos a seguinte densidade teórica: TABELA 2
(Álcool 20%)
∆𝑦 ∆𝑝
6. 𝑎= =∆ Densidade Temperatura
∆𝑥 𝜋 (g/cm³) (°C)
0,96639 - x / 27-25 = x - 0,96395 / 30-27 0,96639 25
3 (0,96639 - x) = 2 (x - 0,96395) X 27
0,96395 30
2,89917- 3x = 2x – 1,9279

X = 4,82707 / 5 => X = 0,965414 g/cm³


𝜈𝑇 −𝑣ⅇ
7. Utilizando a fórmula %𝐸 = | | × 100, obtemos:
𝑣𝑇
0,9654−0,9696
%𝐸 = | | × 100
0,9654
TABELA 3

%E = 0,43 % para o álcool 20%

Visto na tabela 3, seguindo o mesmo modelo, calculando a


densidade teórica e o erro experimental, podemos calcular
para os demais, nas concentrações diferentes, adquirindo-se:

o Densímetro

No processo do densímetro, ao pegar a proveta e adicionar álcool 96%, foi medida a


temperatura com um termômetro, adquiriu-se o valor de 26°C. Em seguida, ao pegar o
densímetro e o mergulhar no álcool, dando um giro rápido no mesmo, foi aguardado que
o densímetro atingisse o equilíbrio, obtendo a densidade absoluta, com o resultado de
1,015g/cm3. Depois de obtido o valor experimental, ao ser analisado a tabela, poderia ser
feita a comparação e o cálculo da diferença. Embora dito na teoria que o método do
picnômetro, apesar de todas as etapas é um processo mais preciso, ficou entendido que o
método mais preciso é o método do
densímetro, devido que sua vidraria
é calibrada, já a vidraria do
Solução etanólica
picnômetro não é. (Método do densímetro)
1,2 1,015

Densi. absoluta (g.cm-3)


1
O gráfico 2 mostra a densidade do 0,8
0,6
álcool (g/cm3) na concentração de 0,4
96%, calculada no experimento: 0,2
0
0 0,2 0,4 0,6 0,8 1 1,2
Conc. de álcool %)

 Para a Sacarose: GRÁFICO 2

o Picnômetro

Dessa vez, pegou-se um outro picnômetro vazio, fez-se o mesmo procedimento de


pesagem e obteve-se 13,4884g, logo após ao passar para a vidraria a água destilada,
pesou-se novamente e adquiriu-se 23,2829g cheio de água. Depois, ao descartar a água e
adicionar sacarose de 40% no picnômetro, observou-se que para:

 Sacarose 40% = 24,7626g cheio de solução

Em seguida, calculou-se a massa em água (g) e ao consultar a tabela, pegou-se o valor


convertido na tabela da massa específica da água, onde a mesma equivalia a 0,996512
g/cm3, podendo assim calcular o volume (ml), conseguindo aferir os seguintes resultados:

8. Massa da água (g) = Cheio de água (g) - Vazio (g)


= 23,2829g – 13,4884g
= 9,7945g

9. Volume (ml) = mH2O/ H2O em Tº C


= 9,7945g /0,996512 em g/cm3
= 9,8287ml

Em seguida, partiu-se para a massa da solução, obtida por:

10. Massa de solução (g) = Cheio de solução (g) - Vazio (g)


 Sacarose 40% = 24,7626g – 13,4884g => 11,2742g

Dando seguida as informações necessárias no experimento, com os resultados anteriores


foi possível calcular a densidade absoluta (g/cm3) no método do picnômetro, sendo:

11. Densidade absoluta (g/cm3) = msolução/ Vpicnômetro


 Sacarose 40% = 11,2742g / 9,8287ml => 1,1470 g/cm3
Podendo, se calcular também sua densidade relativa:

12. prelativa= psacarose/págua


 Sacarose 40% = 1,1470 g.cm-3 / 0,996512 g.cm-3 => 1,1510 g/cm3

Exposto na 4 tabela a obtenção ao final do experimento pelo picnômetro, os seguintes


resultados para a sacarose:

TABELA 4

Massa
Conc. De Cheio de Cheio de Massa da Densidade
Picn. Vazio (g)
Sacarose(%) água (g) solução de água Volume solução absoluta
(g) (g) (ml) (g) (g.cm-3)
P4 40 13,4884 23,2829 24,7626 9,7945 9,8287 11,2742 1,147069

Solução de sacarose
(Método do picnômetro)
1,4 1,147069297
Densi. absoluta (g.cm-3)

O gráfico 3 mostra a densidade da 1,2


sacarose (g/cm3) na concentração de 1
0,8
40%, calculada no experimento: 0,6
0,4
0,2
0
0 10 20 30 40 50
Conc. de sacarose (%)

GRÁFICO 3
Conclusão

Ao fim do experimento, ficou entendido que embora que a teoria diga que o método do
picnômetro, apesar de todas as suas etapas, é mais preciso que o método do densímetro,
onde o método do densímetro é um processo mais direto e utilizado. Ficou entendido que
o método do densímetro que é o mais preciso, pois sua vidraria é calibrada, diferente do
picnômetro.
Depois de aprender todas as práticas de determinação de densidade previstas, tendo em
vista, ter sido obtido o produto final que era esperado e desejado, em relação ao
conhecimento adquirido, o valor apanhado mostrou-se bastante satisfatório, denotando
desta forma o caráter efetivo do experimento realizado, com isso podemos declara o
sucesso da experiência.

Referência

1. CÉSAR, Janaína, PAOLI, Marco-Aurélio, ANDRADE, João Carlos. A Determinação da


Densidade de Sólidos e Líquidos. C h e m k e y s – L i b e r d a d e p a r a a p r e n d e r,
Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Química, p. (1,8), Julho, 2004.

Você também pode gostar