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MÓDULO 1 – BIOQUÍMICA
TURMA C - GRUPO 1
UBERLÂNDIA
2022
2
SUMÁRIO
1 Prática I: Determinação de Parâmetros Cinéticos de Reação Enzimática............. 3
1.4 Conclusão.................................................................................................................... 13
2.4 Conclusão.................................................................................................................... 21
3.4 Conclusão.................................................................................................................... 30
Simbologia ......................................................................................................................... 30
1.1 Objetivos
Foram preparadas diferentes soluções de sacarose (10, 20, 30, 50, 70 e 90 g/L) com
solução tampão de ácido acético de pH igual a 4,5.
Foram colocados 40 ml de amostra (solução de sacarose) e 1 ml de água destilada ao reator
quando a temperatura atingiu 30 °C. Após, foi retirado 0,5 ml de amostra do reator e colocado
em um tubo de Follin-Wu, no qual já havia 1 ml de DNS (BRANCO). Foi realizado o descarte
da solução e limpeza do reator.
Foram adicionados 40 ml de amostra (solução de sacarose) e 1 ml da solução de enzima
INVERTASE ao reator quando a temperatura atingiu 30 °C. Após, foi retirado 0,5 ml de solução
do reator e transferido ao tubo de Follin-Wu, no qual já existiam 1 ml de DNS, o mesmo
4
procedimento foi realizado nos intervalos de tempos de 3,6,9 e 12 minutos, de forma contínua.
Todas as amostras foram colocadas para ebulição por 5 min e depois resfriadas em água fria.
Os tubos foram completados em até 12,5 ml e homogeneizados. Em seguida, fez-se a leitura de
cada amostra no espectrofotômetro, obtendo assim os valores de absorbância para as amostras
de cinética de reação enzimática para a concentração de 10 g/L de sacarose. Esse mesmo
procedimento foi realizado para diferentes concentrações de solução de sacarose: 10, 20, 30,
50, 70 e 90 g/L.
A partir dos resultados da Tabela 1 foi obtida a Equação 1, através da regressão linear,
que representa a variação da concentração de açúcar redutor em função da absorbância:
Equação 1
y = 3,292x + 0,0228 (1)
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo (min)
2,5
Concentração de AR (g/L)
1,5
0,5
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo (min)
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo (min)
7
y = 0,1529x + 0,0511
Concentração de 50 g/L sacarose R² = 0,9949
2
1,8
Concentração de AR (g/L)
1,6
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo (min)
1,6
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo (min)
1,5
0,5
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo (min)
9
A partir dos gráficos obtidos para as diferentes concentrações analisadas, foi possível
seguir a análise para determinação da influência da concentração em relação ao tempo.
Primeiramente, obteve-se a derivada de cada curva no tempo inicial, que corresponde à
velocidade e foi construído o gráfico de velocidade da reação que foram transformados de g/L
para g/mol (derivadas iniciais pela concentração inicial de sacarose), estes dados estão
representados abaixo na Tabela 8.
Tabela 8 - Dados de velocidade para cada concentração de Sacarose nos tempos iniciais.
S (g/L) v (g/L.min)
0,00000 0
10,00000 0,0933
30,00000 0,1042
50,00000 0,1529
70,00000 0,1407
90,00000 0,1345
0,18
Velocidade da reação (g/L.min)
0,16
0,14
0,12
0,1
0,08
0,06
0,04
0,02
0
0,00000 20,00000 40,00000 60,00000 80,00000 100,00000
Concentração de substrato (g/L)
praticamente linear, como esperado. Dessa forma, nomeamos a primeira região de cinética de
primeira ordem.
Com o aumento da concentração do substrato, [𝑺] > 100 km, a velocidade é praticamente
independente da concentração do substrato, nomeando a região de cinética de Ordem Zero.
Dessa forma, foi possível realizar o ajuste no software Statistica onde foram
determinados os parâmetros cinéticos (Vmax e Km) de acordo com o modelo de Michaelis &
Menten:
Tabela 9 - Resultados obtidos por modelo não-linear utilizando o Statistica.
Vmáx(g/min) Km (g) R²
0,1527 7,2 0,9481
1 𝐾𝑚 1 1
= . + (3)
𝑣 𝑉𝑚á𝑥 𝑆 𝑉𝑚á𝑥
1/v 1/S
10,7181 0,1000
9,5969 0,0333
6,5402 0,0200
7,1073 0,0143
7,4349 0,0111
Plotando os valores encontrados e traçando uma linha de tendência foi possível plotar o
Gráfico 10.
11,0000
10,5000
10,0000
9,5000
1/v (L.min/g)
9,0000
8,5000
8,0000
7,5000
7,0000
y = 41,627x + 6,7915
6,5000
R² = 0,7381
6,0000
0,0100 0,0200 0,0300 0,0400 0,0500 0,0600 0,0700 0,0800 0,0900 0,1000
S (g-1)
Com isso, podemos comparar os dados de Km e Vmáx encontrados pelos métodos linear
13
e não linear. Percebe-se que ambos tiveram resultados bem próximos, embora o método não
linear tenha um R² melhor, indicando maior confiabilidade, ambos os resultados foram
satisfatórios.
A relação entre os métodos linear e não linear apresentaram resultados com divergências
mínimas, sendo a diferença entre as constantes de afinidade de 14,8% . A velocidade máxima
apresentou resultados ainda mais satisfatórias para análise comparativa, tendo um
distanciamento de resultados de 3,5%.
1.4 Conclusão
2.1 Objetivos
Preparou-se uma solução de sacarose com uma concentração de 50 g/L, com solução
tampão de citrato-fostato de pH igual a 3. Foram colocados 40 ml de amostra (solução de
sacarose) e 1 ml de água destilada ao reator quando a temperatura atingiu 30 °C. Após, foi
retirado 0,5 ml de amostra do reator e colocado em um tubo de Follin-Wu, no qual já havia 1
ml de DNS (BRANCO). Foi realizado o devido descarte da solução e limpeza do reator.
ph 3
2,5
Concentração de AR (g/L)
1,5
0,5
0
0 5 10 15 20
tempo(min)
ph 4
3
Concentração de AR (g/L)
2,5
1,5
0,5
0
0 2 4 6 8 10 12 14
-0,5
tempo (min)
ph 4,5
3
2,5
Concentração de AR (g/L)
1,5
0,5
0
0 2 4 6 8 10 12 14
-0,5
tempo(min)
17
ph 5
2,5
Concentração de AR (g/L)
1,5
0,5
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo(min)
ph 6
1,8
Concentração de AR (g/L)
1,6
1,4
1,2
1
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo(min)
ph 7
0,6
Concentração de AR (g/L)
0,5
0,4
0,3
0,2
0,1
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo(min)
19
Com isso, construiu-se uma nova tabela, relacionando os pH’s com as respectivas
velocidades de reação. Porém, os valores de velocidade foram convertidos para a base molar,
utilizando-se da massa molar da açúcar redutor, igual a 180,156 g/mol. O que permitiu traçar o
gráfico de velocidade de reação vs pH, como explicitado a seguir.
4 0,1728
4,5 0,1684
5 0,1445
6 0,1066
7 0,0342
Velocidade x pH
0,2
Velocidade da reação (mol/L.min)
0,18
0,16
0,14
0,12
0,1
0,08
0,06
0,04
y = -0,016x2 + 0,1317x - 0,1048
0,02
R² = 0,987
0
0 1 2 3 4 5 6 7 8
pH
apresentada de se estimar o pH ótimo, é possível também utilizar um modelo não linear teórico.
Para tal, utiliza-se formulações baseadas em conceitos bioquímicos e o Software Statistica.
Quanto as fórmulas utilizadas, temos:
𝑘[𝐸0 ]
𝑉𝑚𝑎𝑥 = 𝑘[𝐸0 ]𝑦 − =
[𝐻 + ] 𝑘
1+ + 2+ (4)
𝑘1 [𝐻 ]
Assim, para se obter o valor de pH ótimo, foi preciso inserir no Statistica uma coluna
de variável Velocidade e de [H+], esta última obtida por pH=-log[H+], e além disso informar a
equação que os valores informados seguem, no caso, a equação 3. Com isso, o software foi
capaz de fornecer uma estimativa para as constantes K1, K2 e K3, bem como informar o R2 da
operação. Como resultado, foram recebidos os dados da tabela abaixo:Tabela 19 – Resultados
obtidos utilizando o Software Statistica
Parâmetros Calculados
O que fornece um valor de pH ótimo igual a 4,2143. Com base nos dois valores obtidos
para pH ótimo da enzima invertase utilizada no experimento, primeiramente analisa-se se estão
coerentes entre si, ou se para os dois métodos os valores obtidos foram muito discrepantes,
indicando talvez um possível erro de execução. Nesse caso, os dois valores (4,2143 e 4,1)
pertencem a uma faixa estreita de pH, portanto podendo validar as duas formas de estimativa
de pH ótimo.
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2.4 Conclusão
3.1 Objetivos
Preparou-se uma solução de sacarose com uma concentração de 50 g/L, com solução
tampão de pH igual a 4,5. Foram colocados 40 ml de amostra (solução de sacarose) e 1 ml de
água destilada ao reator quando a temperatura atingiu 20 °C. Após, foi retirado 0,5 ml de
amostra do reator e colocado em um tubo de Follin-Wu, no qual já havia 1 ml de DNS
(BRANCO). Foi realizado o devido descarte da solução e limpeza do reator.
Após a limpeza, foram adicionados 40 ml de amostra (solução de sacarose) e 1 ml da
solução de enzima INVERTASE ao reator quando a temperatura atingiu 20 °C. Após, foi
retirado 0,5 ml de solução do reator e transferido ao tubo de Follin-Wu, no qual já existiam 1
ml de DNS, o mesmo procedimento foi realizado nos intervalos de tempos de 3, 6, 9 e 12
minutos, de forma contínua. Todas as amostras foram colocadas para ebulição por 5 min e
depois resfriadas em água fria. Os tubos foram completados em até 12,5 ml e homogeneizados.
Em seguida, fez-se a leitura de cada amostra no espectrofotômetro, obtendo assim os valores
de absorbância para as amostras de cinética de reação enzimática para a temperatura de 20 °C.
Esse mesmo procedimento foi realizado para diferentes valores de temperatura: 20, 30, 40, 50,
60, 63, 66 °C.
Para a temperatura de 70 °C o procedimento é similar, exceto que 0,5 ml da amostra foi
retirada do reator nos intervalos de tempos de 1, 2, 3, 4 e 5 minutos, de forma contínua.
e assim obteve-se a curva que representa a velocidade de formação de açúcar redutor para cada
temperatura representadas pelos gráficos abaixo.
Tabela 20 – Dados para Temperatura 20°C.
Concentração de
Tempo (min) Absorbância
açúcar redutor (g/L)
0 0 0,0228
3 0,085 0,3026
6 0,157 0,5396
9 0,309 1,0400
12 0,357 1,1980
1,4
Concentração de açúcar redutor (g/L)
1,2
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo (min) y = 0,1029x + 0,003
R² = 0,9786
3,5
2,5
2
(g/L)
1,5
0,5
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo (min) y = 0,2367x + 0,0188
R² = 0,9981
Figura 20– Variação da concentração de açúcar redutor em função do tempo para temperatura de
50°C.
5
Concentração de açúcar redutor (g/L)
4,5
4
3,5
3
2,5
2
1,5
1
0,5
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo (min) y = 0,3419x + 0,1927
R² = 0,9882
25
4,5
Concentração de açúcar redutor
4
3,5
3
2,5
(g/L)
2
1,5
1
0,5
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo (min) y = 0,3223x + 0,0965
R² = 0,9958
3,5
2,5
2
(g/L)
1,5
0,5
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo (min) y = 0,2207x + 0,2388
R² = 0,9698
1,8
Concentração de açúcar redutor
1,6
1,4
1,2
1
(g/L)
0,8
0,6
0,4
0,2
0
0 2 4 6 8 10 12 14
tempo (min) y = 0,1245x + 0,1413
R² = 0,9746
27
0,35
Concentração de açúcar redutor
0,3
0,25
0,2
(g/L)
0,15
0,1
0,05
0
0 1 2 3 4 5 6
tempo (min) y = 0,0445x + 0,08
R² = 0,8206
0,350000
0,300000
0,250000
0,200000
0,150000
0,100000
0,050000
0,000000
290 300 310 320 330 340 350
ln v 1/T (K-1)
-2,27400 0,00341
-1,44096 0,00319
-1,07324 0,00309
-1,13227 0,00300
-1,51095 0,00297
-2,08345 0,00295
-3,11227 0,00291
0,00000
0,00280 0,00290 0,00300 0,00310 0,00320 0,00330 0,00340 0,00350
-0,50000
-1,00000
-1,50000
-2,00000 Ativação
Inativação
-2,50000
-3,00000
Pelo Gráfico 26, percebe-se que a inclinação negativa representa a ativação da enzima
e a reta de inclinação positiva representa a desativação da enzima. A ativação e desativação da
enzima obtidas através da linearização dadas pela Equação 7 e Equação 8, respectivamente:
Dos ajustes dos dados da Tabela 28 e pela equação linearizada de Arrhenius, obteve-se
os parâmetros K0 e Ea, K0i e Ei, apresentados na Tabela 30 a seguir:
3.4 Conclusão
Simbologia
v – taxa ou velocidade da reação [M.L-3.T-1] [H+] – concentração de íons hidrogênio [mol.L-3] [Eo] –
fração total de enzima presente.
y - - fração ativa
T - temperatura [T]
Referências Bibliográficas
NOVAKI, Lexandra et al. Produção de invertase por fermentação em estado sólido a partir de
farelo de soja. Engevista, v. 12, n. 2, 2010