Relatório 6 - Grupo 1

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA
FACULDADE DE ENGENHARIA QUÍMICA
RELATÓRIO DE LEQ II
PRÁTICA 6 – FILTRAÇÃO
Data de realização da prática: 21/06/2022
GRUPO G1
Jayc Castro Leal, 11721EQU027, jayc.castroleal@gmail.com

Marcos Vinícios Silvestre, 11721EQU019, marcos-silvestre@outlook.com
Vinícius Francisco da Silva, 11721EQU036, vinifs1997@gmail.com
UBERLÂNDIA – MG
2022
Av. João Naves de Ávila, 2.121, Sala 1K 217, Bloco 1K, campus Santa Mônica, Uberlândia – MG, CEP: 38400-902
www.feq.ufu.br – e-mail: malagoni@ufu.br – Tel. 34 3230-9534
RESUMO – Vista a alta aplicação da etapa de filtração em processamentos industriais, se faz

de suma importância o estudo dos filtros, tempo de filtração, resistividade do meio filtrante e
da torta. Dessa forma, o objetivo desta prática é determinar a resistividade média da torta (<𝛼>)
e a resistência do meio filtrante (𝑅𝑚). A partir dos dados experimentais, encontrou-se uma
resistividade média da torta de 2,07E+11 cm/g e uma resistividade do meio filtrante de 8,95E+9
cm-1, com um R² foi de 0,9979.
PALAVRAS-CHAVE: filtros, suspensão sólido-líquido, resistividade.
Uberlândia, 27 de junho de 2022 Nota:
1. INTRODUÇÃO
A teoria simplificada de filtração é a base para o projeto e análise de desempenho de

filtros. (MASSARANI, 2001). É uma operação unitária que tem como objetivo a separação
mecânica através do escoamento de um fluido e um sólido, seja este fluido líquido ou gás. O
meio poroso pelo qual o fluido passa recebe o nome de filtro ou meio filtrante, enquanto o fluido
que o abandona é chamado de filtrado.
A filtração é largamente encontrada em diversos tipos de processamentos industriais
como: indústrias de papel, cervejeiras e sucroalcooleiras.
A depender das características da suspensão a ser processada, a fase particulada poderá
acumular-se sobre o filtro, atuando também como meio filtrante, e recebendo a denominação
torta de filtração. A fase particulada característica da torta apresentará gradiente de
concentração de partículas e o meio, assim constituído, é deformável (CREMASCO, 2012).
Podendo ser filtração plana como esquematizada na figura 1.
Av. João Naves de Ávila, 2121, Sala 1K217, Bloco 1K, campus Santa Mônica, Uberlândia – MG, CEP: 38400-902
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Figura 1 - Filtração plana com formação de torta.
Os filtros podem ser de superfície como papel de filtro analítico e membranas ou de

profundidade como o papel plissado. Pode-se classificá-los também como sendo de pressão ou
a vácuo. Os filtros de pressão geralmente operam em batelada ou de modo contínuo. Podem ser
operados fechados como: placas horizontais, folhas verticais, velas e cartuchos, ou podem ser
operados abertos como filtro prensa. Mas de forma geral, o material granular é disposto de
maneira estratificada para que o particulado repouse sobre a grade de suporte. Os filtros a vácuo
podem ser do tipo tambor ou a disco.
Figura 2 - Filtro rotativo a vácuo.
2
2. MATERIAIS E MÉTODOS
Os materiais utilizados nesta prática foram:
● Papel filtro – Quanty JP41 – Ø11cm
● Carbonato de cálcio - Vetec
● Azul de metileno 1%;
● Cronômetro.
● Becker - Nalgon
● Balão volumétrico de fundo chato 1000 mL – Fortlabor
● Balança Semi Analítica – Marte
● Sistema de filtração à vácuo UpControl, contendo o tanque de alimentação com
agitador, filtro, recipiente de filtrado, tanque de armazenamento do filtrado,
bomba de vácuo e bomba peristáltica.
Preparou-se uma solução de 20g/L de carbonato de cálcio utilizando 2 litros de água com
20 gramas do soluto. Após ser adicionada no tanque, colocou-se algumas gotas de azul de
metileno 1% durante a agitação. Para montar o filtro, adicionou-se água com azul de metileno
até a altura de 4cm e posteriormente foi fechado com a tampa de acrílico com perfurações e o
papel filtro. Após esse procedimento, a bomba peristáltica foi ligada em sua vazão máxima, e
manteve-se a pressão da bomba à vácuo a 500 mgHg.
Após preparar o sistema realizou-se o experimento fazendo medidas de altura de
suspensão filtrada ao longo do tempo.
3
Figura 3 – Carbonato de Cálcio
Figura 4 – Balança Semi analítica
4
Figura 5 – Balão de fundo chato
Figura 6 – Becker
5
Figura 7 – Azul de metileno 1%
Figura 8 – Sistema de filtração
6
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Por meio do experimento realizado, foram coletadas 10 medidas de tempo e altura,

partindo-se quando o flutuador atingisse a posição de 4 cm, obtendo-se os seguintes valores
indicados na Tabela (1) e então calculado por meio do diâmetro do tubo de 6,4 cm o volume do
filtrado. A fim de se obter a resistividade média da torta e a resistência do meio filtrante,
realizou-se uma linearização conforme indicado na Figura (9):
Tabela 1 – Dados experimentais do volume de filtrado em função do tempo.
Altura t/V
t [s] V [cm3]
[cm] [s/cm3]
0 4 128,6796 0,0000
8,018 5 160,8495 0,0498
28,005 6 193,0195 0,1451
56,055 7 225,1894 0,2489
87,006 8 257,3593 0,3381
125,006 9 289,5292 0,4318
170 10 321,6991 0,5284
224,001 11 353,869 0,6330
282,02 12 386,0389 0,7305
348,042 13 418,2088 0,8322
422,02 14 450,3787 0,9370
1,0000
0,8000
y = 0,003x - 0,4183
R² = 0,9979
0,6000
t/V
0,4000
0,2000
0,0000
0 100 200 300 400 500
-0,2000
V
Figura 9 – Gráfico do tempo sobre volume vs volume.
7
Dessa forma, foi obtido o coeficiente angular e linear de 0,003 e 0,4183

respectivamente. Nota-se que o valor de R2 foi de 0,9979 indicando que os dados se adequam
bem a uma reta. Recorrendo à equação (1) é possível determinar a resistividade média da torta
e a resistência do meio filtrante por meio dos coeficientes obtidos, sendo a Equação (2) e (3)
representando o coeficiente angular e linear respectivamente.
𝑡 𝜇 ⟨𝛼⟩𝜌𝑉𝐶 (1)
= [ + 𝑅𝑚 ]
𝑉 𝐴𝛥𝑃 2𝐴
𝜇 ⟨𝛼⟩𝜌𝐶 (2)
𝑎=
2𝐴2 𝛥𝑃
𝜇𝑅𝑚 (3)
𝑏=
𝐴𝛥𝑃
Sendo, ⟨𝛼⟩ é a resistividade média da torta e 𝑅𝑚 é a resistência do meio filtrante, assim

utilizando o coeficiente angular foi encontrado um valor de 2,07E+11 cm/g para a resistividade
média da torta, já para a resistência do meio filtrante, encontrou-se um valor de 8,95E+9 cm-1
por meio do coeficiente linear. Para os cálculos foram utilizados os seguintes dados conforme
indicado na Tabela (2).
Tabela 2 – Dados experimentais.
Dados fornecidos para o experimento

Viscosidade da água [P] 1,002*10-3
Massa específica da água [g/cm3] 1
Concentração mássica de sólidos [g/cm3] 0,02
Diâmetro [cm] 6,4
Queda de pressão [dina/cm2] 666612
8
4. CONCLUSÃO
Foi possível concluir que os dados estão bem ajustados visto que R² foi de 0,9979.
Através dos cálculos foi possível determinar a resistividade da torta ⟨𝛼⟩ = 2,07E+11 cm/g e a
resistência do meio filtrante Rm = 8,95E+9 cm-1, por fim podemos concluir que o experimento
foi como o esperado.
REFERÊNCIAS
CREMASCO, M, A. OPERAÇÕES UNITÁRIAS EM SISTEMAS PARTICULADOS E
FLUIDODINÂMICOS. ED. BLUCHER, 2012
MASSARANI, GIULIO. FLUIDODINÂMICA EM SISTEMAS PARTICULADOS. EDITORA E-PAPERS,

1997. PROGRAMA DE ENGENHARIA QUÍMICA COPPE/UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE
JANEIRO, 2º EDIÇÃO, 2001.
MCCABE, W. L., SMITH, J. L. AND HARRIOT, P. (1993) OPERATIONS OF CHEMICAL

ENGINEERING. 5TH EDN. MCGRAW-HILL BOOK CO.
9

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Jayc Castro Leal, 11721EQU027, jayc.castroleal@gmail.com

RESUMO – Vista a alta aplicação da etapa de filtração em processamentos industriais, se faz

PALAVRAS-CHAVE: filtros, suspensão sólido-líquido, resistividade.

Uberlândia, 27 de junho de 2022 Nota:

A teoria simplificada de filtração é a base para o projeto e análise de desempenho de

Figura 1 - Filtração plana com formação de torta.

Os filtros podem ser de superfície como papel de filtro analítico e membranas ou de

Figura 2 - Filtro rotativo a vácuo.

Figura 3 – Carbonato de Cálcio

Figura 4 – Balança Semi analítica

Figura 5 – Balão de fundo chato

Figura 7 – Azul de metileno 1%

Figura 8 – Sistema de filtração

Por meio do experimento realizado, foram coletadas 10 medidas de tempo e altura,

Tabela 1 – Dados experimentais do volume de filtrado em função do tempo.

Figura 9 – Gráfico do tempo sobre volume vs volume.

Dessa forma, foi obtido o coeficiente angular e linear de 0,003 e 0,4183

Sendo, ⟨𝛼⟩ é a resistividade média da torta e 𝑅𝑚 é a resistência do meio filtrante, assim

Tabela 2 – Dados experimentais.

Dados fornecidos para o experimento

FLUIDODINÂMICOS. ED. BLUCHER, 2012

MASSARANI, GIULIO. FLUIDODINÂMICA EM SISTEMAS PARTICULADOS. EDITORA E-PAPERS,

JANEIRO, 2º EDIÇÃO, 2001.

MCCABE, W. L., SMITH, J. L. AND HARRIOT, P. (1993) OPERATIONS OF CHEMICAL

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