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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO CEARÁ -

CAMPUS CAMOCIM

LICENCIATURA EM QUÍMICA

DISCIPLINA: LABORÁTORIO DE QUÍMICA ANALÍTICA

PROFESSOR: LUCAS FONTENELE AMORIM

JOSÉ LUCAS NICOLAU DE OLIVEIRA

DETERMINAÇÃO DO TEOR ÁCIDO DO VINAGRE E DO ÁCIDO


MURIÁTICO

CAMOCIM/CE

2019
SUMÁRIO
1.INTRODUÇÃO 3
2. OBJETIVO 4
3. METODOLOGIA 5
3.1 VIDRARIAS E MATERIAIS 5
3.2 EQUIPAMENTOS 5
3.3 REAGENTES 5
3.4 PRÉ-LABORÁTORIO 5
3.5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 7
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO 8
5. CONCLUSÃO 13
6. REFERÊNCIAS 14

1.INTRODUÇÃO
O ácido clorídrico é muito usado na limpeza e galvanização de metais,
no curtimento de couros, na obtenção de vários produtos. Ele pode ser encontrado
também em nosso próprio organismo, estando presente no suco gástrico do
estomago, cuja ação é ajudar na digestão dos alimentos. Ele é secretado pelo
estomago num volume aproximado de 100 mL. Algumas pessoas sofrem de refluxo
gastresofágico, que é o retorno do conteúdo do ácido clorídrico do estomago. Ele
provoca queimação, rouquidão e dor torácica.

O vinagre é uma solução aquosa de acido acético (CH 3COOH), muito utilizado
como condimento em saldas. A acidez volátil corresponde ao teor de ácido acético
que é o componente mais importante do vinagre.  O Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA) estabelece em sua instrução normativa nº6 que o
teor ácido acético para vinagre deve estar entre 4 a 6% (BRASIL, 2012). As
principais perdas de ácido acético, no processo de acetificação, são devidas ao
consumo elevado de álcool pelas bactérias, à evaporação natural dos constituintes
voláteis (álcool, ácido acético) e a problemas industriais (MENEGUZZO; RIZZON,
2006).

Existem muitas teorias sobre o conceito ácido-base. Seguindo o conceito de


Arrhenius, ácidos são substâncias que liberam íons H+ em solução aquosa,
enquanto bases são substâncias que liberam íons OH-. Embasados nestes
conhecimentos, surge à metodologia de titulação ácido base. Trata-se da execução
de uma reação de neutralização por meio da adição de uma solução titulante a uma
solução titulada, com concentrações e quantidades conhecidas (SIMÕES, 2012).

2. OBJETIVO
● Determinar o teor ácido acético no vinagre e do ácido clorídrico no ácido
muriático comercial;
● Comparar resultados de acordo com o rotulo dos produtos.
3. METODOLOGIA

3.1 VIDRARIAS E MATERIAIS


● Erlenmeyer 125mL;
● Balão Volumétrico 100mL;
● Béquer 50mL;
● Pipeta graduada 5mL;
● Pipeta de Pasteur 3mL;
● Pera;
● Bureta 25mL;
● Balão volumétrico 50mL;

3.2 EQUIPAMENTOS
● Balança Analítica;

3.3 REAGENTES
● Vinagre;
● Água destilada;
● Ácido muriático;
● Fenolftaleína 1% (m/v);
● Hidroxido de sódio (NaOH) 0,0800 M

3.4 PRÉ-LABORÁTORIO
⮚ ÁCIDO ACÉTICO

Sabendo-se que: M(NaOH) = 0,0800mol L-1; NaOH + CH3COOH= 4%(m/m); NaOH


+ HCl = 90 g L-1.

Calculou-se o valor de gramas necessário de vinagre para o experimento, sabendo-


se que:

N(NaOH) = N(CH3COOH)

N(CH3COOH) = V(NaOH).M(NaOH)

N(CH3COOH) = 5. 0,0800

N(CH3COOH) = 0,4 m mol

Após isto, calculou-se a massa do CH3COOH:

M(CH3COOH) = n.MM

M(CH3COOH) = 0,4. 60

M(CH3COOH) = 24 mg

Considerando que o teor % de NaOH + CH3COOH= 4%(m/m), temos:

m1
Teor%(m/m) = .100
mT

24
4= . 100
mT

mT = 600mg ou 0,6000 g de vinagre

⮚ ÁCIDO CLORIDRICO
Calculou-se o volume necessário de ácido muriático para o preparo da solução,
sabendo-se que:

N(HCl) = N(NaOH)

N(HCl) = V(NaOH).M(NaOH)

N(HCl) = 5. 0,0800

N(HCl) = 0,4 m mol

Após isto, calculou-se a massa do HCl:

M(HCl) = n.MM

M(HCl) = 0,4. 36,5

M(HCl) = 14,6 mg

Considerando que NaOH + HCl = 90 g L-1, temos:


−3
m 14,6. 10
C= ¿ → 90= → V ( L ) =1,6.10−4
V 9L¿ V ( L)

Transformou-se o volume para mL que resultou em: V(mL) = 1,6 mL .

3.5 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL


1ºPROCEDIMENTO: DETERMINAÇÃO DO TEOR%(m/m) DE ÁCIDO ACÉTICO NO
VINAGRE COMERCIAL

⮚ Zerou-se a bureta com a solução de hidróxido de sódio já padronizada na


prática anterior;
⮚ Pesou-se a massa de vinagre calculada no pré-laborátorio (aprox. 0,6000g)
dentro do erlenmeyer, com o auxilio de uma pipeta de Pastreur;
⮚ Adicionou-se um pouco de água destilada no erlenmeyer,junto ao vinagre;
⮚ Colocou-se uma gota do indicador fenolftaleína 1%(m/v) no erlenmeyer;
⮚ Titulou-se com a solução padronizada de NaOH até que a coloração rosa
persistisse, indicando o ponto final da titulação;
⮚ Anotou-se o volume escoado de NaOH;
⮚ Fez-se a triplicata e anotou-se os resultados dos escoamentos.

2ºPROCEDIMENTO: DETERMINAÇÃO DO TEOR (g L -1) DE ÁCIDO MURIÁTICO


COMERCIAL

⮚ Zerou-se a bureta com a solução de hidróxido de sódio padronizado na da


aula anterior;
⮚ Pipetou-se 5,0mL do ácido muriático comercial e transferiu-se para um balão
volumétrico de 50 mL e aferiu-se com água destilada até o menisco;
⮚ Pipetou-se 1,6 da solução de ácido muriático comercial para o erlenmeyer;
⮚ Adicionou-se água destilada no erlenmeyer;
⮚ Colocou-se uma gota do indicador fenolftaleína 1%(m/v) no erlenmeyer;
⮚ Titulou-se com a solução padronizada de NaOH até que a coloração rosa
persistisse, indicando o ponto final da titulação;
⮚ Anotou-se o volume escoado de NaOH;
⮚ Fez-se a triplicata e anotou-se os resultados dos escoamentos.

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
1ºPROCEDIMENTO: DETERMINAÇÃO DO TEOR%(m/m) DE ÁCIDO ACÉTICO NO
VINAGRE COMERCIAL

Para realização do experimento, calculou-se a massa necessária de vinagre,


obteve-se como resultado da massa para o experimento 0,6 g de vinagre. Mostrado
no calculo seguir:

N(NaOH) = N(CH3COOH) N(CH3COOH) = 5. 0,0800

N(CH3COOH) = V(NaOH).M(NaOH) N(CH3COOH) = 0,4 m mol


M(CH3COOH) = 0,4. 60

M(CH3COOH) = n.MM M(CH3COOH) = 24 mg

m1
Teor%(m/m) = .100
mT

24
4= . 100
mT

mT = 600mg ou 0,6000 g de vinagre

Após ter sido calculado a massa necessária de vinagre, pesou-se 0,5898g de


vinagre na balança dentro de um erlenmeyer, isso se deu devido ao erro do
operador na precisão da pesagem. Repetiu-se a pesagem de acordo com a
titulação, e anotou-se os valores na Tabela 1.

Logo em seguida adicionou-se um pouco de água destilada para movimento.


Adicionou-se uma gota de fenolftaleína 1% (m/v), observou-se uma coloração
incolor. Preencheu-se a bureta com solução padronizada de NaOH 0,8000M. Após,
isto, deu-se inicio ao gotejamento de NaOH e analisado o valor do escoamento até
a mudança de coloração esperada(rosa). Anotou-se na Tabela 1 ao lado de cada
pesagem.

Tabela1: Valores da pesagem do vinagre e escoamento do NaOH

Experimentos Pesagem Escoamento

1 0,5898 mg 5,1 mL

2 0,6020 mg 5,0 mL

3 0,6054 mg 5,1 mL

Após toda a titulação calculou-se o teor % para cada pesagem, sabendo-se


que:
H3CCOOH + NaOH → NaH3CCOO + H2O

● 1º PESAGEM:

N(H3CCOOH) = N(NaOH)

N(H3CCOOH) = M(NaOH).V(NaOH) M(H3CCOOH) = N(H3CCOOH).MM

N(H3CCOOH) = 0,0800 . 5,1 M(H3CCOOH) = 0,4080 . 60

M(H3CCOOH) = 24,48 mg ou 24,48.10-3 g


N(H3CCOOH) = 0,4080 m mol

Em seguida calculou-se o teor (m/m)

m1 24,4 .10
−3
%(m/m) = . 100→ . 100→%(m/m) = 4,15
mg 0,5898

● 2º PESAGEM

N(H3CCOOH) = N(NaOH)
M(H3CCOOH) = N(H3CCOOH).MM
N(H3CCOOH) = M(NaOH).V(NaOH)
M(H3CCOOH) = 0,4000 . 60
N(H3CCOOH) = 0,0800 . 5,0
M(H3CCOOH) = 24 mg ou 24.10-3 g
N(H3CCOOH) = 0,4000 m mol

Em seguida calculou-se o teor (m/m):

m1 24 .10
−3
%(m/m) = . 100→ .100 → %(m/m) = 3,99
mg 0,6020

● 3º PESAGEM:

N(H3CCOOH) = N(NaOH)

N(H3CCOOH) = M(NaOH).V(NaOH) M(H3CCOOH) = N(H3CCOOH).MM

N(H3CCOOH) = 0,0800 . 5,1 M(H3CCOOH) = 0,4080 . 60

M(H3CCOOH) = 24,48 mg ou 24,48.10-3 g


N(H3CCOOH) = 0,4080 m mol
Em seguida calculou-se o teor (m/m)

m1 24,4 .10
−3
%(m/m) = . 100→ . 100→%(m/m) = 4,05
mg 0,6054

Com todos os resultados organizou-se da seguinte forma:

Experimento Pesagem VNaOH %teor

1 0,5898g 5,1mL 4,15

2 0,6020g 5,0mL 3,99

3 0,6054g 5,1mL 4,05

Calculou-se a média aritmética dos teores encontrados, como mostra a seguir:

4,15+3,99+ 4,05
Média Aritmética = → Média Aritmetica=4,06 %
3

Concluiu-se que o acido acético presente no vinagre foi igual a 4,06%. Fez-se a
analise dos teores em relação às outras duplas, como mostra os dados a seguir:

%Teor(m/m)
4.6
4.4
4.2 %Teor(m/m)
4
3.8
3.6
Silvana e Henrique e Neto e Alan e João
Lucas Herilânio Gabriel Vitor

Silvana e Lucas: 4,06% Neto e Gabriel: 3,94%

Henrique e Herilanio: 4,41% Alan e João: 4,07%


Através do experimento, concluiu-se que o teor encontrado por três duplas está de
acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que estabelece
de 4% a 6% o permitido de ácido acético.

2ºPROCEDIMENTO: DETERMINAÇÃO DO TEOR (g L -1) DE ÁCIDO MURIÁTICO


COMERCIAL

Para realização do experimento, calculou-se a volume necessária de ácido


muriático, obteve-se como resultado do volume para o experimento 1,6 g. Mostrado
no calculo seguir:

N(HCl) = N(NaOH)

N(HCl) = V(NaOH).M(NaOH)

N(HCl) = 5. 0,0800

N(HCl) = 0,4 m mol

Após isto, calculou-se a massa do HCl:

M(HCl) = n.MM

M(HCl) = 0,4. 36,5

M(HCl) = 14,6 mg

Considerando que NaOH + HCl = 90 g L-1, temos:


−3
m 14,6. 10 −4
C= ¿ → 90= → V ( L ) =1,6.10
V 9L¿ V ( L)

Transformou-se o volume para mL que resultou em: V(mL) = 1,6 mL .

Após calculado, transferiu-se para um balão volumétrico de 50 mL e aferi-se


ate o menisco com água destilada. Pipetou-se 1,6 mL da solução preparada e
transferiu-se para um erlenmeyer. Logo em seguida adicionou-se um pouco de água
destilada para movimento. Adicionou-se uma gota de fenolftaleína 1% (m/v),
observou-se uma coloração incolor. Preencheu-se a bureta com solução
padronizada de NaOH 0,8000M. Após, isto, deu-se inicio ao gotejamento de NaOH
e analisado o valor do escoamento até a mudança de coloração esperada(rosa). Ao
fazer-se o experimento três vezes e anotar-se os volumes de NaOH consumido,
como mostra a tabela 2:

Tabela 2: Valores utilizados de volume do NaOH


Experimentos Valores do NaOH(mL)

1 3,4

2 3,3

3 3,4

Calculou-se a media aritmética do volume de NaOH:

3,4+3,3+ 3,4
Média= =3,4 mL
3

Após isto, calculou-se o numero de mols do HCl, ultilizando a concentração de


0,0800 de NaOH:

N HCl=N NAOH .V NaOH → N HCl=0,0800.3,4 → N HCl=0,272m mol

Assim, temos:

−3
M HCl =N HCl . MM HCl → M HCl=0,2720.36,5→ M HCl =9,93 mg ou 9,93.10 g

Sabendo-se que a equação da reação é HCl+ NaOH → NaCl+ H 2 O, e a massa é de


−3
9,93. 10 g . Calculou-se a concentração de ácido clorídrico:

m 9,93.10−3 −1
C= ¿ → C= −3
→C=6,206 g L Diluída
V 9L¿ 1,6.10

Tendo-se encontrado a concentração diluída multiplica-se 10x o valor para obter-se


a concentrada. Assim conclui-se que CCON.= 62,06 g L. fez-se a análise das
concentrações da outras duplas que estão no quadro a seguir:

DUPLAS CONCENTRAÇÃO DO ÁCIDO


CLORIDRICO

Silvana e Lucas 62,1 g L

Henrique e Herilânio 90 g L

Neto e Gabriel 62,4 g L

João e Alan 63,1 g L


Concluiu-se que todas as concentrações são satisfatórias. Pois em sua forma
comercial é vendido em concentrações de no mínimo 33%, porém diante os
resultados a concentração está entre 62,1🡨🡪63,1.

5. CONCLUSÃO
O objetivo deste relatório consistia em determinar a concentração existe
numa solução por meio de uma titulação. Tal objetivo foi alcançado uma vez que
várias titulações uma vez que varias titulações foram realizadas com essa finalidade.
Nesta pratica ficaram explícitos os principais erros que podem ocorrer numa analise
química. Isto nos fez adquirir uma maior cautela ao fazermos uma titulação.

Outro aspecto importante foi a determinação de ácido acético no vinagre, que


no experimento foi de 4,06% e do ácido clorídrico no ácido muriático, que no
experimento foi de 62,1. Considerando que o vinagre para consumo deve ter entre
4% e 6% (m/v) do referido ácido e a legislação brasileira estabelece em 4% o teor
mínimo de ácido acético para o vinagre comercial. E do ácido clorídrico não houve
uma concentração concreta, pois tem uma escassez de informações no rótulo do
ácido muriático. Tornado importante também às analise dos dados entre as duplas.

DUPLAS %TEOR DO ÁCIDO CONCENTRAÇÃO DO


ACÉTICO ÁCIDO CLORIDRICO

Silvana e Lucas 4,06 62,1

Henrique e Herilânio 4,41 90

Neto e Gabriel 3,94 62,4

João e Alan 4,07 63,1


6. REFERÊNCIAS

BRASIL. Ministério de Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução normativa


nº6. Brasilia: 03 abr. 2012.

FOGAÇA, Jennifer Rocha Vargas. “Ácido Cloridrico”; Brasil Escola. Disponivel em


https://brasilescola.uol.com.br/quimica/Acido-cloridrioco.htm. Acesso em 09 de
dezembro de 2019.

MENEGUZZO, J.; RIZZON, L. A. Sistema de produção de vinagre. Sistemas de


Produção (Embrapa Uva e Vinho), Bento Gonçalves, n. 13, ago. 2006. Disponível
em: <http://www.cnpuv.embrapa.br/publica/sprod/Vinagre/>. Acesso em: 08 de
Dezembro de 2019.

SCHMOELLER, R.; BALBI, M. Caracterização e controle de qualidade de vinagres


comercializados na região metropolitana de Curitiba/PR. Visão Acadêmica, Curitiba,
v. 11,n. 2, p. 80-92, jul./dez. 2010. Disponível em:
<http://ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/index.php/academica/article/view/21372/14092>. Acesso
em: 08 de Dezembro de 2019.

SIMÕES, Teresa Sobrinho, et al. Técnicas Laboratoriais de Química - Bloco II. Porto
Editora, Porto. 2003.

VOGEL, Arthur. Química Analítica Qualitativa. Tradução por Antonio Gimeno. 5ª Ed.
rev.por G. Svehla. – São Paulo: Mestre Jou, 1981.

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