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ASPECTOS PRATICOS LIGADOS
,
A
-
FORMAÇAO DE PASTAGENS
MI"'I<;T~l'lln nd dGRICULTURA - MA
ra de Pesquisa Ag ro pecuária - EMBRAPA
tsQu isa da Gado de Co r te - CN PGC
ISSN 0100-7750
CIRCULAR T~CNICA N9 12
MINISTÉRIO DA AGRICULTURA - MA
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária-EMBRAPA
Centro Nacional de Pesquisa de Gado de Corte - CNPGC
Campo Grande, MS
EMBRAPA-CNPGC
Exemplares dest& publicação podem ser diri g idos ao
CNPGC
Rodovia BR 262, km 4
Telefone: (067) 38 2- 3001
Telex: (067) 2153
Caixa Postal 154
79100 - Campo Grande, MS
COMITÊ DE PUBLICAÇÕES
João Camilo Milagres - Pr esi dent e
Fernando Paim Costa - Secretário Exec uti vo
Antonio do Nascimento Rosa
Arthur da Silva Mariante
Jairo Mendes Vieira
José Marques da Silva
Jurandir Pereira de Oliveira
Maria Regina Jorge Soares
Raul Henrique Kessler
EDITORAÇÃO
Coordenação: Arthur da Silva Mariante
Datilografia: Eurípedes Valério Bittencourt
Desenho: Paulo Roberto Duarte Paes
Primeira edição 1983
Primeira reimpressão 1986
Segunda reimpressão 1987
pág.
INTRODUçAo . .. . .. .. . .. .. .. . . .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. .. . .. .. . .. . .. .. . .. .. . . 5
_ _ 1
Ad vm l r H\I) ~O Zlllllll c r
Do rival ~1t,nl (,iro Pil",- ntt' ll
Cac ild a Barg~ s do Va ll e !
Ne l s on Fr e d e ri c o Se i (fe rt 1
INTRODUÇÃO
2 QUALIDADE DA SEMENTE
5
or~gens das sementes utilizadas, e comum encontrar seme n-
tes com excesso de resíduos vegetais, solo ou ai nda mIS-
tura de sementes de outras forrage ir as ou invasoras.
É prática comum a comercialização de sementes s em ana-
lise laboratorial e, ainda, que as informaç6es dadas por
alguns comerciantes nem sempre sejam cor reta s . Corre - se ,
então, o risco de não se semear a quantidade ideal de se -
mentes viá ve is por unid'ade de área, o que ê comum porq ue ,
em geral, as re come nd aç6es de de nsid ades de semeadura não
levam em co nt a a pureza e ge rlninação, ou seja, seu valor
cul tura L
Para superar esse problema, o próprio produtor pod e rá
fazer, com relativo sucesso, uma aná li se simp lifi cada da
semente de certas espêcies. O procedimento .c onsiste em a-
panhar diversas amostras em diferentes sacos de uma par-
tida de sementes, mistur ar es tas amostras em 'um recipien-
te e, desta mistura, retirar 100 g de ond e , ma nualm e nte,
pode ser feita a sepa r ação de impurezas e seme nte s, ob -
tendo-se a percentagem de sementes puras. A partir das
sementes puras pod e ser feito o teste de ge rmin ação ,plan-
tando-se 100 sementes em uma caixa com areia ou colocan-
do-as sobre uma camada de algodão mantida úmida d entro de
um prato. Em um período de quinze dia s para g r a mín eas e
sete a dez dias para le gum inosas, obtem-se uma razoável
avaliação da percentagem de germinação, pela contagem das
sementes germinadas. Para g ramíneas este teste pode ap re-
sentar problema, pois certas espêcies apresentam d onnê n-
cia, como ê o caso de BY'a ellioY' io de cwnbens , cuja maioria
das sementes só ge rminam alguns meses após a colheita, ou
seja, só na estação chuvosa seguinte após a colheita. Pa-
ra leguminosas deve-Sé observar a per ce nta gem de sementes
duras (que durante o teste não germinaram) que cont in'J é!m
com aspecto normal após o teste. Para fazer esta observa-
ção, basta peneirar a mistura areia e sementes e separá-
las, ou observá-las diretamente na camada de algodão. Se
houver um grande número de sementes duras, e n ecess3 ria
a escarificação das mesmas. Este teste ê muito simp]~s e
de prefer~ncia deve ser feito antes do plantio para cor-
rigir a quantidade de sementes a ser empregada, pois dá
uma estimativa razoável da pureza e poder germinativo e,
conscfjijentemente, d o valor cultural da semente.
6
3 PREPARO DA SEMENTE
Após a colheita 12 27
Após um ano 64 71
7
carificação. A escarificação com ácido sulfúri c o é efici-
ente (Tabela 2), mas o ácido é um produt o de difícil ma-
nuseio e nao encontrado facilmente no mercado. Já a imer-
são em água por 24 horas, d e fácil reali zação , me lh o r ou
sensivelmente as condições da s e me nte (Tabela 2), e mbora
seja menos eficiente. Também o trat a me nto com água qu e nt e
pode ser eficiente e é uma práti ca simpl es , b e m como o
tratamento com soda cáustica comercial é muito ef i c i e nt e
para certas leguminosas e é um pr oduto facilm e nt e e nco n-
trado no mercado.
Abaixo estão os pro ce dim e ntos qu e podem se r sc guidu s
para escarificação de l eg umin osas c om ácido sulfúrico c o n-
centrado, solução de soda cáusti ca come rci a l a 20% e i gua
qu e nte, segundo Seiff e rt ( 1982 ).
P e r ce nt;q~!, e m de
Tratamento"!>
Cerm ina ç.1o
- escarific ada
A - nao 26 , 6
. - em agua
B - lmersao - po r 24 ho r as 38 , 2
C escarifi c ação mec anicd 59 , 8
O - escarificação em H2 S0 4 65 , 4
9
r \RI!..\ .3 . '"h~t l'~OS Jc eSC3r i fic ,l\: ::i o JL' s ~mL" .ntt: =:> Jc l C,-!U r.l i nos .l s fo rr :1. s, l' 1 r 3 $
tr o pL(Jis.
i: ~-g-u-m--,~ ~; - - ~ -- - - - - -.\I-é-t-o-d-o-d-e--e-s-c-J-r- '-·-f-i-C-"-ç-5-0-- -- - - - -- - Ú r: ~
C
?ç ,I .1 o
10
3.2 Tr a ta me nto com soda c aust i ca comercial-soluç~o a 20 ~
11
-
3.3 Tratamento com agua quente
12
e poca ma I s fa v ur~ v e l, r eco me nda-se e s ca rifi ca r s ome nte a
metad e da s sem(' nt es , o u esca rifi cá- Ia s por um prll(t'sso
mais brando, j á que uma ce rt a pr o po rçào d e st' me nt es dura s
pode r á ge rminar posteriprmente, e m períodos mais f a vorá-
Vf' l S,
13
TABELA 4. Quantidades e tipos de inoculantes para diferentes leguminosas forra-
geiras.
Sementes
Nome tratadas por Tipo de
I:.spécies Comum pa cote de inoculante
inocu l a nte 1
(kg)
15
TABELA 5. Volume de seme n te, adesivo e veíc u lo para peletização .
péletes leves
Pequena 6,8 284 3,4
Pequena e média 10, 2 284 3,4
cr-.
Média 13,6 284 3,4
Grande 27,2 284 3,4
péletes pesados
Pequena 6,8 1136 6 ,8
Peque na e média 10, 2 1136 4,0
Média 13,6 1136 9,0
Grande 27,2 1136 9,0
4 PREPARO DO SOLO
o pr epa r o do solo deve se r feito d e mo do a proplclar um
b om esta b e l e c i mento d as f o rrageiras, co m os eq uipamentos
ap r o pri a d os e e m ~poca o portuna, d e modo a reduzir os cus-
tos, j ~ qu e o d es matam e nto e preparo do solo sio os fato-
r e s qu e mai s co ntribu e m para elevar os custos de formaçio
de pastagens.
Nas r eg iões de ma ta, normalmente faz-se a derrubada,se-
g uida d e qu e ima, sendo logo apó s feito o plantio a lanço
na superfície ou e m covas . Na primeira estação, deixa-se
as plantas crescer e m até a maturaçio das sementes, para
que estas r esse meiem. Desta forma, possibilitar-se-á a
cobertura de t od os os espaços vazios.
Em ár ea s de cer r ado a derrubada é feita com correntões,
seguida do e nleiramento do material vegetal. Entio, pre-
para-s e o solo co m arado ou g rade, ou com ambos os im-
plenlentos, sendo posteriormente feito o plantio da pasta-
gem. Em certas situações, para reduzir os custos de for-
mJção da pasta gem , os produtores preferem fazer uma ou
duas culturas anuais e a seguir estabelecer a pastagem,
sendo comum o plantio da forrageira juntamente com a cul-
tura do arroz. Este processo de plantio conjunto, arroZ-
pasta gem, tem apresentado problemas. Usando-se pouca se-
mente da forrageira, a pastagem demora a se formar; com
altas quantidades da semente da forrageira, esta compete
com a cultura, reduzindo a produçio da lavoura.
A correção das deficiências minerais e da acidez do so-
lo sio fundamentais para um bom estabelecimento e forma-
ção de pastagens. Maiores cuidados quanto à correção do
solo devem ser tomados quando se trata do estabelecimento
de leguminosas. Isto deve-se ao fato de que certas legu-
minosas tropicais, como calopogonio e estilosantes, res-
pondem negativamente a calagem, ou seja, são plantas a-
daptadas a solos ácidos e produzem mais nestas condições.
Normalmente a aplicação de 500 a 1000 kg/ha de calcário é
suficiente, pois este material entra apenas como fornece-
dor de cálcio e magnésio. Também o uso de fosfatos natu-
rais é desejável na adubação de pastagens, por serem es-
tes mais baratos e apresentarem baixa solubilidade e, con-
17
sequentemente, ficarem disp oní ve is no s o lo por ma iS t empo .
Uma boa adubação f o sfatad a para pas t age n s pode co nt e r 2/3
de fosfato natural (baixa solubilid a de ) e 1/3 de fosfa t o
solúvel para atender os requerimentos ma iS i me di a t o s da
planta.
~ conveniente fa ze r anilise do s o l o pa r a ve rifi ca r a
necessidad e de a plicar al guns mic r onutri e nt es , po i s es t es
são importantes para as forra ge ira s, prin c i pa lme nt e l e gu-
minosas. De um modo ge r a l, é nec e ss i rio ad i ci ona r ao s o-
lo: zinco, cobre, boro, enx ofre ( es te é e nc ontr a d o n o s u-
perfosfato simples) e mo libd ê ni o . Es t e último , po r se r
necessariO em doses muito pe quen a s, po de s e r mi s tur a d o ao
veículo na peletiza ç ão, como pode ser ob s erv a do na Ta b e l a
6. Isto pode ser obtido pela mistura d e 5 a 10 % d e mo li b-
dato de sódio ou de amonia ao veícul o .
18
A fo rm él dt, ;Jp I i Cill,":1U e o tipo d e ;J JUb ll sao imp o rt a nt es
par a a ge rmin aç ã o e o es t a be l e c ime nt o das f o rr ag e ira s . A
a I' I i Caçãl) de adubll s de a I t a h i gros c op i c idad e a lançc' e
-
p1l s l e ri o l' e nl e rri l' co m arado o u g r a de , nurllJa lm e nt e n ao
C'rl u sa rn prühl("lll a s à (· me r gê n c ia e ao es tab e le c ime nt o d e fnr-
r.J ge ir as . Por outro l a d o , a apl i caçãu desse s adubos em
s ul c os , es pec i a lm e n t e se ficarem muit o pr óximos das se-
l11e nt es (co mo e m mi s Lur a s de seme nt es com adubos), poderá
r es ult ar e m r e du çbcs na germinação, de vido à alta hi g ros-
c o p i c i cl.:ld c d e s se s .Jd llh os qu e ahsorvem a á gua em torno da
seme nt e , e pode m pr o voc ar qu e imaduras no tecido das mes-
mas . Isto se acentua mais se houver pouca umidade no solo.
Qua nd o se faz a mi s tura da semente com o adubo, ela deve
s,'r pl :lT1t ;IJ a l ogo e TII seg uid a , pa ra qu e o adubo não pre-
jllJiClu e s ua ge rmin açiio .
1-1 a c: c h i ( 1974 ) o b s e rv o u qu e semenles de colonião ( Pani -
, ' /U I / ' I/II ., --i ll /! UIi .Iac q.), misturadas com superfosfato e se me a-
das 110 dia e m que foi feita a mistura, tiveram uma germi-
nação de 63 %; quand o armazenadas 20 dias, a germinação foi
r eduz ida pa r a 13% e qu a ndo armaz e nadas 30 dias, a germi -
11 aç ii o f o i de a pe nas 3% (Tabela 7). O mesmo autor observou
q ue () pl a l1ti o com ou sem superfosfato não afetou a germi-
naçao do co lonião. A relação semente-adubo foi de 1:25.
Armazenagem Armazenagem
Di as d e sem superfosfato com superfosfato
Armazenag e m Plantio Plantio Plantio Plantio
sem super com super sem super com super
-
% gcrminaçao
O 64 63 64 63
20 67 69 12 15
30 66 65 4 3
19
Certos adubos, devido ao seu pH baixo, pod e m prejudicar
a nodulação de leguminosas, se a semente ficar em contato
com eles. Por outro lado, certos corretivos, se ficarem
próximos ou em contato com a semente, poderão ser b e néfi-
cos ao estabelecimento da mesma. Isto ocorre com a pele-
tização de leguminosas com calcário ou fosfato natural.
Estes produtos, além de protegerem o inoculante, elevam o
pH próximo à semente e ainda fornecem nutrientes à plãn-
tula. Pode-se, ainda, usar a semente como veículo para a
aplicação de certos micronutrientes, sendo muito comum a
adição de molibdênio na peletização de leguminosas. Esta
prática é tão eficiente ou melhor do que a adubação no so-
lo, conforme pode ser observado na Tabela 6.
A deficiência ou excesso de algum elemento no solo di-
ficilmente impede a germinação, mas pode provocar a morte
ou afetar o crescimento de plantas novas, o que dificulta
o estabelecimento da pastagem. Também poderão ocorrer pro-
blemas no estabelecimento de leguminosas, principalme nte
devido ao fato destas espécies serem, na maioria dos ca-
sos, estabelecidas em consorciações com gramíneas, sendo
que as ~ltimas são mais eficientes na extração de alguns
nutrientes do solo, especialmente o potássio. Se·o potas -
sio não estiver presente no solo em níveis sufici e nt es pa-
ra atender a gramínea e a leguminosa, esta ~ltinla será a
primeira a ser prejudicada, devido a sua baixa ef i c i~n c ia
na extração deste elemento por necessitar dele em t ~or cs
mais elevados nos seus tecidos do que as gramíneas. De
qualquer forma, a análise de solo é a melhor indi caç ão pa-
ra corrigir as deficiências nutricionais do solo.
5 tPOCA DE PLANTIO
20
lIIa l s ~J(J e qu;Jd ;J . Muit a s veZ0 S, a falta d C' e quipamentos
o u Ill ão -el (' - obr;J ps t j a s soc i a da ao d es l'nvolvinwnto d e ~)u-
r. r ;ls a ti v id a d es n;J S fa zend as . Muito s I.H (ldut ,) re s , a l l:' OI da
cr i éll;ãn de bo vinos, se dedi c am à agri c ultur a , utili zando
1I lIl:J ljuirl á riu pa r a
( I pl a nt iu da s l av ollra s na ~'po c a auequa-
d ~1 éI L's ta s , u qUI ' co in c id E' com a uas pa s Lag t> lls . O plantio
d a s fo rr age ir :J s é f e ito, então, antes ou após o das la-
vo u ras , me smo nã u s e ndo esL.1s as é po c as mais a de quadas.
Uutr os l e va m em c onta tanili é m sua prefer~ncia ou a exp e ri-
~ n c i a pesso al uu de outros produt o r e s. Como exempl o dis s o,
t e m- se us pl a ntios baseados e m observa ç bes s o bre Jara g uá,
qu e t o l e r a uma ampl a faixa d e plantio, d e a gos t o a março,
mas i s t o não é vá lido para todas as espé c ies.
!\ (: p O C I d e pl a nt i a é imp Orlant e e u e ve Se r " o nsid e rada,
p ; 1 ri l 1111 1< 1 IH );.! ge rminal;ãl\ ua s eme nte L' ráp ida formaçã o da
p;l s t <lge lll. J) C'ss a fonll él , uc orrem menores perda s de solo por
l' r o s iio (' ut i I i za ção mais rápida da pa stagem. Outra me dida
Il s:J u a pa r a r e du z ir a erosão é o plantio no final das c hu-
vas , o bt e nd o-se ap e nas um c res c imento inicial da pastagem
qll C' c ompl e t a rá a sua formação no iní c io ela e s tação chovo-
s a s eg uint e , c obrindo rapidamente o solo e evitando assim
a e r o sa o .
Poucos experimentos t~m sido conduzidos no sentido de
d e t e rminar époc a s de plantio para f o rrageiras no Brasil
Tr o pical. Para a região de Campo Grande-MS, foram estuda-
d a s é poc a s d e pl a ntio d e s e tembro a março, por um perí odo
de três anos, para Brachia r ia dccwnbc ns cv. Basilisk, B.
Y' u?i z icn s i.s , B. hZAJTlidico la , Pa nicwn maxi mwn var. Tricho-
g lum e (Cr ee n panic), Hy panhc nia r u f a (Jaraguá) (Empresa
Bra s ileira de Pesquisa Agropecuária, prelo).
Es tes e studos indicam a B. decwnh c l1 s como a mais versá-
til das tr~s braquiárias estudadas, adaptando-se bem a
s e me a duras r e alizadas entre meados de olltubro e início de
f e v e r e iro. Dentro deste período, esta espécie estabele-
c e u- se rapidamente (em torno de 60 dias), cobrindo 30 a
45 7. da ár ea , c om c e rca de doze a vinte plantas por m 2 e
pr odu z ind o d e 3 a 5,5 tlha de mat~ria seca aos 90 dias a-
pôs fi se mea dura (Fi g s. 1 e 2). Para a B . r lAzi z1: e nsis , o
pe rí odu mais favorâvel de plantio ocorreu entre o 'início
de nov embro e meados de fevereiro, estabelecendo-se tam-
21
13 0
B decumbens
120
~
B ruzizlens i s
90
Green Ponic
-=>-- J o roguó / \ / \
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ATIVIDADES
JAN FEV \01 A R ABR MAl JUN JUL AGO SET OU T N O V DEZ O BSER VAÇOES
1
a partir d e 4 m eses de
FEBRE AFTOSA
1 1 Id ade Apli car Via
subc ut ânea - 5 m l.
Vacinar as fêmeas de 3 a
I I 8 meses de Idade.
BRUCELOSE
t t Esta vacina deve ser feita
com Intervalo d e 21 dias
d as outras va cinas .
t
I
PNEUMO ENTERITE
1 bezerros aos 15 e 30 dias
de idade.
Doses: - Vacas - 5 m l
Bezerros - 2 ml
- - --
- indicados.
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01109 15109 OI/lO 15/10 OI / li 15 / 11 01/12 15/12 OI/OI 15/01 01 / 02 15/02 OI/O'
Épocas de semeadura
Tratamento l
Espé c ie SIm' kg / h. SIm' kg/h. S/ re' kg / h. S/oI' kg / h. S/oI' k,/h. 51 .. ' Ir.g / h. SI .. ' k,/h. S I.' 1r., / h.
P. nnn........... 40 0,56 60 0,85 80 1,13 100 1,41 120 1,69 140 1,98 200 2,82 )00 4,24
N9 p / ra' 10,7 18,3 17,7 2),7 2),3 26,3 23,7 49,7
MS (t/ha) 1,5 2,2 2,1 2,3 2,2 2,4 2,4 2,7
HIV ( X) )7 ,O )1,0 28,0 29,0 ) 1,0 23,0 24,0 22,0
S. l!11Cep8 40 0,)2 80 0,6) 100 0,79 150 1,19 200 1,59 250 1,98 300 2,38 400 3, 17
~9 p/ra' 10,) 14 ,3 19,7 33,0 35,7 36, ) 42,7 49,7
MS (tlh.) 0,6 1,1 1 ,3 1,5 3,3 1,5 1 ,5 1,6
IHV (X) 57 ,O 35,0 39,0 27,0 33,0 15,0 27,0 21,0
D.n.id.du d ....... dura ... I'ü..ro d ••• .,.nt .. viáv.i. por.' (5/ .. ') • "s/ha.
Font.: Empr .. a Br .. i 11 ira d. Puquiu Agropecuária (1982)
TA BE LA 9. Ta xa s de semeadura de g r am ín eas e l eg umin osas.
Se t~ria 3- 5 1.800.000 6 32 - 54
Green Panic 2 4 2 .000.000 14 56 - 1 12
Braquiária 2 4 270 .000 5 3 - 5
Siratro 2 3 80.000 68 11 - 16
C",ntrosema 3 4 40 .000 47 6 - 8
Estilosantes 2 4 350.000 39 27 - 54
7 PROFUNDIDADE DE PLANTIO
~ crença gener a lizada que os plantios de forrageiras d e -
vem ser feitQs na camada superficial. Esta cr e nça prova-
velmente se origina do fato de qu e , realmente, algum3s es-
pécies como jaraguá, braquiária, colonião, g ordura etc.
estabelecem-se bem em plantios sup e rficiais.
Outro motivo que tem levado a esta preferência pelo
plantio superficial, são os próprios resultados de pesqu~
sa, já que os experimentos de profundidade de plantio,
na sua maioria, foram realizados em casas de vegeração,
com controle de radiação, temperatura e umidade do ar e
do solo. Nestas condições ótimas, os plantios superfici-
~is são melhores (Tabela 10). As sementes de tamanho mé-
dio, como as de Glyci ne wightii e Galactia striata, apre-
taram germinação idêntica nos plantios na superfície, a
2,5 ou 5,0 cm de profundidade; já o Panicwn max imwn e
Brachiaria decumbens foram favorecidas pelo plantio su-
perficial. A exceção foi o Macroptilium lablab, com se-
mentes grandes, que germinaram melhor com plantio mais
profundo. O que ocorre a campo pode ser bem diferente. A
deficiência hídrica do solo, por exemplo, principalmente
nas camadas mais superficiais, que após algumas horas de
insolação já estão ressequidas, impede a fixação das raí-
zes da plintula. A temperatura do solo que freq~entemente
30
ultr a passa os 50 0 C, ~ um out r o fa t o r negativo. Estas al-
ta s t e mp e r a turas, muitas vezes são fatais para as seme n-
t e s e m iní c i o de ge rminaçào, principalmente se sào acom-
panha d a s d e d e ficiência hídrica. Para l egumi nosas , o pr o-
bl e ma de al t a s t e mp e raturas se ac e ntu a, pois o Rh iz obium
~ mais s e nsív e l a a lt as temp erat ura s do que a pr6pria se-
me nte.
Em test e s r e alizados no CNPCC (Emp r esa Brasileira de
Pes quisa Ag rop ec uária 1982) , obs e rv ou -se que t a n~o a pr o-
fu nd idade quanto a é poca de semead ura afetaram a emergên-
,c ia de esp éc i e s forra g eiras como braquiária (8. d e cumbens
cv . Basi 1 isk) , jarag uá ( H. rufa ) , setária (5 . anc e ps cv.
Kazu n gu l a)(Tabela 11 ), ca l o~ogõ n io ( Calopo g o n ium mucunoi -
l l, ' ~ ) , cc n t r ose llla ( Ce n t r os ma pub e sce ns ), es t i los a n t es ( 5ty-
7cn:o /l Lh2 fJ c u p / t at a ) (T(lbela 12) , and ropo go n (A. gaya nu s ),
bri z anta ( 8 . hri;:, a n t ha ) e colo ni ào ( P. maximum K 187 B)
(Ta be la 13) .
TABELA 10. N~lne r o de pl a ntas ger minadas de tr es le gumino-
sas e du as gr a míneas semeadas a tres profundi-
dad es .
Pro fundidade N9 plantas
Es péc i e
Sl'rne.l.Uura (em) ge rminadas
0,0 58
2,5 92
5,0 92
Clyó ne LJiglt t i i 0,0 27
2,5 26
5,0 23
O,D 74
2,5 73
5,0 68
['!I n / , ' /AfI / mn. :' U7/l U:1 0,0 9
2,5 7
5,0 6
Rr'm:' h i uY' io dec /ffl/h p n s 0,0 3
2,5 1
5,0 1
Fonte: Al câ ntar a et a1. (1977)
31
TABELA 11. Número de plantas por metro quadrado (NP) e eficiência em relação ao
plantio superficial (ER) de . três gramíneas plantadas a quatro dife-
rentes profundidades.
vJ
Ca lopo gônio 14 A 4 1,0 100 25,0 100 25,0 75 18,7
w B 10 1,0 84 8,4 57 5,7 33 3,3
35
tas, normalmente, são mistur a d a s com a r e I a ou r es ídu o s d a
própria colheita da seme nte pa r a q ue possam se r s e mea da s
com semeadeiras conv e n c i on a is. Es t es ma t e ri a i s , a l ~ m de
facilmente obstruírem a s a íd a nor ma l d a se me nt e , ou d e s-
gast a r a má quina, como ~ o cas o da a r e i a , a ind a não pe r-
mitem uma distribuiç ão unifor me da seme nt e , d e vid o ~ di-
f e rença de densidade entre a s e me nt e e o e n c h i me n to . A
máquina, após ter circul ad o uma ce rt a di s t ã nc i a , devi do
aos solavancos, separa a s e me nt e da a r e i a ou pa lh a . Outr a
prática utiliz a da pa r a pl a nt a r qu a nt i da des pe qu e n as de
se me nte por unid a de d e á r ea ~ o p l a nti o da [ o r r a 3c i r a ,
juntame nte com uma cultura anual, como ~ o caso d a Brv-
c hiaria decwnbens com arroz.
Devido a quase que ine xistênci a d e bon s e quip a me nt o s de
plantio de forra geira, c a be a o s ór gão s d e pes quis a e à
indGstria desenvol ver em equip allle nt os apro p riado s pa ra a-
tenderem as ne ce ssidad e s c a d a vez ma i o r es·dos pr odut o r e s.
No CNPG C (Empr e sa Brasil e ira d e Pesqu i sa Ag r o pec uá ri a
1982) testaram-se v ários m~todos d e pl a nti o d e B. decwll-
bens cv. Basilisk em um La tossolo Roxo Áli co fa se Ce rra-
do. O prepaFo do solo con s t ou de ullla a i- aç ão e uma g rad a-
gem em outubro e outra g rada gem no dia de pl a ntio. Os
m~todos de plantio foram: seme a dura a l a nço na superfí-
cie, o mesmo mais rolo compactador; semeadura a lanço e
cobertura da semente com a grade de discos na se gunda gra-
dagem, o mesmo mais rolo compactador; plantio com pl a nta-
deira de cereais Masse y-Fergusson F 34 ± 3 cm de profun-
didade, o mesmo mais rolo compactador; plantio Com plan-
tadeira a ± 6 cm e o me smo mais rolo comp a ctador. A are a
experimental foi adubada com 200 k g /ha de sup e r f o sfato
simples incorporado pela segunda gr a da gem e, nos plan-
tios com a plantadeira, o adubo foi colocado junto com a
semente. A densidade de s emeadura utilizada foi de 1,9
kg/ha de sementes viáveis, o que corresponde a cerca de
40 sementes viáveis 1m • 2
36
TA BEL A 14. Ois tribui ç50 das s ement e s de braqui i ria no perfil do solo em diferen-
t e s profundidades de ent e rrio ~m funç~o de m~todos de pl a ntio, 20
dias após a semeadura.
------------------------ %
w
Superf íe i é 80 14 3 3
'-J
Superf íe ie + !."olo 78 22
Grade 20 24 23 18 5 12
Grade + rolo 11 15 37 37 12 6
Plantadeira a 3 em 18 28 23 17 12 2
Plantadeira a 3 em + rolo 19 22 34 17 8
Plantadeira a 6 em 5 17 26 16 19 16
Plantad e ira a 6 em + rblo 8 7 17 23 22 23
do solo, o que, devido às melhor es co ndi ç ões d ~ umidade,
tamb~m proporcionaram uma g ermina ç~o mais r~pida e um me-
lhor estabelecimento, cobrind o ma is r a pid a nl e nte o sol o
(Tabela 15) e proporcionando maior e s produções de mat~ria
seca (Tabela 16). Verificou-se qu e os planti o s superfi-
ciais deixam a semente na faixa d e 0, 5 a 2 ,5 e m de pro-
fundidade, o que ~ um s~rio ris co , principalmente se h o u-
ver falta de chuvas lo g o após o início do proc e sso de
germinação, pois esta camada se c a muito rapidamente. J~
com os outros m~todos, c om a distribuição da semente no
perfil do solo, ou seja de 0,5 a 6,0 cm, uma parte das
sementes poder~ germinar, pois fatalmente algumas delas
estarão em contato com a umidade. Se faltar chuva, as
mais profundas e talvez parte das superficiais, poderão
germinar; se houver um excesso de chuva, germinarão as
mais superficiais e parte das localizadas nas ca~adas
mais profundas do perfil do solo.
Os resultados tamb~m indicam que a cobertura das semen-
tes com srade foi tão eficiente quanto o plantio com a
plantadeira, uma vez que foi feita uma gradagem mais leve
e com a grade mais aberta. Portanto, esta ~ uma pratica
acessível e de custos reduzidos, já que a semente foi jo-
gada antes da se8unda gradagem de preparo do solo, redu-
zindo o número de operações. Tamb~m foi verificado que a
compactação, de um modo geral, favoreceu o estabelecimen-
to da forrageira.
8 MANEJO DE FORMAÇAo
38
TABELA 15. Nümero de plantas por metro quadrado de Brachiaria decwnbens cv. Ba-
silisk, cobertura do solo pela gramínea e invasoras e solo descober-
to aos 50 dias após a seme adura em oito diferentes métodos de plantio.
Solo
Cob e rtur a
desco
N9 de (%)
t-tétodo de Plantio berto
fll a ntas/m 2 Bra- Inva
(%)
quiária sar a s
Superfície 7,0 13,8 14,0 72 ,2
w Superfície + rolo 10,0
>.D 17,2 15,7 67,1
Grade 9,1 29,3 9,2 61,5
Grade + rolo 10,7 28,1 11 ,7 60,2
Plantadeira a 3 C FI 7,9 23,6 16,0 60,4
Plantadeira a 3 cm + rolo 9,6 25,3 16,2 58,5
Plantadeira a 6 cm 7,1 19,7 24,6 55,7
Plantadeira a 6 cm + l"olo 11 ,2 24,4 26,3 49,3
TABELA 16. Produção de matéria seca de BrachicY'ia decwnbens cv. Basilisk, e ln-
vasoras e respectivas percentagens na composição botânica aos 84
dias após a semeadura em oito métodos de plantió.
10 REFERtNCIAS BIBLIOGRAFICAS
41
~ ~TTOS, H.B . de. Efeito de escarificação em sementes de
Phas eo lus a iropurpuY>eus cv. S i r a t ro. B.lndustr.Anim. ,
27/28 (único):379-82, 1970/71.
42