A intelectualização exagerada oculta os modelos da mulher selvagem e a
natureza instintiva das mulheres.
Então, para promover nosso relacionamento de intimidade com a natureza
instintiva, seria de grande ajuda e se compreendêssemos as histórias como se estivéssemos dentro delas, em vez de encararmos como se elas fossem alheias a nós.
Penetramos numa história pela porta da escuta interior...
A história falada toca no nervo auditivo, que atravessa a base do crânio
até chegar ao bulbo do cérebro logo abaixo da ponte de Varólio.
Ali, os impulsos auditivos são transmitidos para cima, para o consciente,
ou, segundo dizem, para a alma...
Dependendo da atitude de quem ouve.
Antigos anatomistas falavam de o nervo auditivo dividir-se em três ou mais
caminhos nas profundezas do cérebro.
Eles concluíram que o ouvido devia, portanto, funcionar em três níveis.
Um deles seria o das conversas rotineiras da vida.
Um segundo seria dedicado à aprendizagem e à arte.
E o terceiro existiria para que a própria alma pudesse ouvir orientações e
adquirir conhecimentos enquanto estivesse aqui na terra.
Ouçam, portanto, com a escuta da alma agora, pois é essa a missão das histórias.