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CAPÍTULO I: O uivo: A ressurreição da Mulher Selvagem

PRIMEIRO CONTO: A Loba

A HISTÓRIA: A autora recebeu dos antigos lavradores espanhóis e dos


povos indígenas do sudeste dos Estados Unidos.

O MITO: A Mulher Lobo

O ARQUÉTIPO: A Velha

O SIMBOLO: Os ossos

O MISTÉRIO: A Ressurreição pela recomposição dos ossos

A MAGIA: Rito de Ressurreição - Quando a velha impõe sobre os ossos as


suas mãos e entoa o seu canto. O som da vida vem dos ovários. A Velha
imerge da fissura onde a mente e o espírito se misturam, numa verdadeira
alquimia do feminino.

O PODER: O útero.

O PREDADOR: A opressão

OS ELEMENTOS MARCANTES: O deserto, a caverna, o fogo, a canção (o


canto e o hino da criação), um raio de sol ou de luar

A MENSAGEM: Tudo que tiver valor psíquico, mesmo depois de morto,


pode ressuscitar. A sabedoria da semente.

AS PERGUNTAS: Deseja correr nesse deserto à procura daquilo que quer


encontrar? Quais são os ossos enterrados na minha vida? O que
aconteceu com a voz da minha alma? Como está o meu
relacionamento com o meu Self instintivo? Quando foi a última vez que
corri livremente? O que posso fazer para que a vida volte a ser vida? Para
onde foi a Loba?
A LIÇÃO: A exuberância e a vida selvagem se encontram no mundo do
espírito.

CAPÍTULO II: A tocaia e o intruso: o princípio da iniciação.

SEGUNDO CONTO: O Barba Azul.

A HISTÓRIA: A história foi contada por sua tia Kathé. É contada na


América do Norte, França e Alemanhã.

O MITO: A Mulher Selvagem

O ARQUÉTIPO: A Jovem - A Mulher Ingênua

O SIMBOLO: A Chave (do conhecimento – o lugar “proibido da psique da


mulher)

O MISTÉRIO: A Iniciação pela destruição.

A MAGIA: Planejar a destruição do predador, ou seja, ser a dona do seu


tempo.

O PODER: O sangue.

O PREDADOR: O Noivo animal/marido (padrão destrutível do instinto)

OS ELEMENTOS MARCANTES: A mãe e as irmãs mais velhas, o cortejo e o


casamento; o castelo de 3 andares e 100 portas em cada andar
totalizando 1.200 portas; os ossos das outras mulheres; o armário e os
vestidos manchados do sangue que jorrava sem parar e nada conseguia
deter; o pedido de tempo para se preparar para morrer; a chamada dos
irmãos e a morte do predador; a espada; o redemoinho de areia.

A MENSAGEM: As irmãs ousaram abrir a porta; as trevas é apenas uma


passagem;

AS PERGUNTAS: Reconhece o predador ou os predadores da sua psique?


Quem é a mulher ingênua e o noivo animal dentro de ti? O que distrai a
mulher para que ela atraia o predador? Quais são as chaves que abrem
as portas da psique? O que fazer para suportar o que ver atrás da porta?
O que sei no fundo de mim que preferia não saber? Que parte está morta
ou agonizando em mim? Quem são os irmãos psíquicos da mulher e em
que momento o grito (o pedido de ajuda) é eficaz? O que é a
purificação? Por que os restos mortais do predador é deixado para que
seja devorado? Qual a função dos sonhos?

AS LIÇÕES: Saber farejar (o predador terá sempre um defeito); saber


entrar e saber sair sem ter medo. Em toda escuridão há um predador.
Somos propensas a reconhecer apenas aquilo que está às claras;
desobedecer às ordens; o predador inato concorda com a violência e a
opressão; essa busca é eterna. Os símbolos do calabouço, da masmorra
e da caverna são ambientes iniciáticos; peça tempo para se recompor;
ainda que a mulher esteja cansada, exausta, ela precisa planejar a sua
fuga; entre os animais existe uma misteriosa dança psíquica entre o
prestador e a presa; aprender a recuar e dar a volta; tomar o mundo nas
mãos e agir com ele de um modo inspirador e fortalecedor; preste
atenção a sua intuição e na sua voz interior; faça perguntas; seja curiosa;
veja o que estiver vendo e ouça o que estiver ouvindo; haja com o que
sabe ser verdade. A essência da mulher pelo determinada inconsciente
selvagem; a Mulher Selvagem e o predador se conhecem há muito
tempo, onde ele estiver, ela estará.
CAPÍTULO III: Farejando os fatos: O resgate da intuição

TERCEIRO CONTO: Vasalissa

A HISTÓRIA: A autora recebeu essa história da tia Kathé. É contada na


Rússia, Romênia, Iuguslávia, Polônia e em todos os países bálticos.

O MITO: A Mulher Bruxa (Megera Selvagem – a ideação da mulher como


demônio) – Baba Yaga

O ARQUÉTIPO: A filha submissa

SIMBOLO: O Caldeirão Voador

O MISTÉRIO: A Purificação pela Caveira Incandescente, que destrói, com


o fogo criador da mulher (a luz da caveira representa o poder destruidor),
todo o poder destruidor da madrasta e das irmãs. A caveira é a
invocação do espírito. O conhecimento está nos ossos da morte. O
recebimento da caveira é o rito – o legado matrilinear do conhecimento
que permanece íntegro e vicejante nas grutas e desfiladeiros da psique.

A MAGIA: A extração do óleo de milho da semente de papoula pelas


mãos desconhecidas – ciclos da vida – morte – vida.

O PODER: Os ovários

O PREDADOR: A madrasta e as irmãs (o predador está sempre muito perto


da mulher).

ELEMENTOS MARCANTES: A mãe protetora demais; os cavaleiros e os


cavalos em cores que representam o tempo; a boneca; as roupas; a
casa sobre os pés de galinha; a madrasta e as irmãs; a comida que
alimenta a boneca e a Bruxa, a roupa e as costuras, a floresta sombria; o
avental branco, o fogo, o pão; a luz dançante; as mãos avulsas;

MENSAGEM: Existe coisas que ninguém pode saber, só a Deus pertence;


o conhecimento está nos ossos da morte; dar importância aos sonhos
(raio da intuição); está atenta ao poder das plantas; Vasalissa serve a
bruxa na cama e ela tem muita fome; Vasalissa é uma história de
transmissão de bênçãos do poder da intuição; Vasalissa também
abandona a mãe boa demais, isso representa a limpeza necessária.

AS PERGUNTAS: Qual a diferença entre a inocência e a ingenuidade? O


que é a fome da boneca que Vasalissa precisa alimentar? Qual a função
da boneca na história? O que representa as cores dos cavalos? Porque
Vasalissa precisa da benção da mãe? Quando tempo Vasalissa levou
para atravessar a floresta? Já se deu conta de carregar uma tocha?

AS LIÇOES: Saber demais envelhece a pessoa antes do tempo (sabedoria


para conter-se nas perguntas); deixar morrer o que precisa morrer; a
mulher sábia mantém o seu ambiente psíquico organizado; quando
estamos ligadas ao self instintivo, sempre temos, pelo menos, 4 escolhas.
A natureza não pede licença.
CAPÍTULO IV: O parceiro e a união com o outro: um hino para o homem
selvagem: Manawee

TERCEIRO CONTO: Manawee

A HISTÓRIA: A autora recebeu da Senhorita V.B Washington – versão de


uma lenda afro-americana.

O MITO: A Mulher Dual (civilizada e a selvagem)

O ARQUÉTIPO: As irmã gêmeas

SIMBOLO: O cachorrinho – mensageiro do mundo interior e o mundo das


trevas – octoniana: aquela que provém das regiões mais escuras e mais
remotas da psique – do mundo subterrâneo.

O MISTÉRIO: A frustação do ego (o cãozinho rejeitou a caça pequena


vislumbrada no caminho

A MAGIA: A estabilidade/equilíbrio - saber distinguir uma mulher da outra


(a civilizada e a selvagem) e reconhecer qual o limite em que uma deixa
de ser a outra (saber em que ponto as ondas do mar fazem o seu recuo)

O PODER: O Nome

O PREDADOR: O estranho negro – os apetites ladrões do tempo e da


libido.

ELEMENTOS MARCANTES: A choupana, o pai, leão, o osso, nos moscada,


torta de laranja, óleo, o casamento,

MENSAGEM: A dualidade é o universo do caos/ordem (natural);


reconhecer as inúmeras possibilidades do Eu; a Mulher Selvagem é um
ser exterior e interior; viver uma vida equilibrada; a mulher tem enormes
poderes; ela admite que tem um self civilizado e outro selvagem e a
perda dos poderes psicológicos, emocionais e espirituais das mulheres
tem origem na separação dessas duas naturezas e a simulação de que
uma delas não mais exista; saber o seu verdadeiro nome representa
conhecer a trajetória de vida e os atributos da alma da pessoa; proteger
o nome; quem procura descobrir a dualidade feminina não pode estar
com o ego inflamado de tentações e desejos, as distrações dos
caprichos atrapalham o processo básico; as vezes é difícil lembrarmos
que estamos guardando a alegria e a luz; a psique desperta quando a
mulher está consciente da sua jornada; há sempre algo na psique que
procura nos privar dos nomes, no mundo objetivo existem muitos ladrões
de nomes; a morte é uma bifurcação magnética do lado selvagem

AS PERGUNTAS: O que realmente deseja uma mulher? Reconheço em


mim esses aspectos duais? Quem são os meus ladrões de nomes do
mundo exterior e psíquico? Como revelar ao parceiro (a) o segredo da
dualidade da mulher? O que deseja seu self mais profundo?

AS LIÇOES: Somente o homem selvagem consegue desvendar a


identidade de cada uma das jovens, para isso ele precisa ser educado –
saber usar a linguagem (falar algo do conhecimento profundo da
mulher); o homem só ouve a natureza selvagem da mulher (os profundos
mistérios da psique feminina) com a sua audição de cão; não se desviar
do caminho; quando a natureza primitiva da mulher emerge das
profundezas e começa a se afirmar, é frequente que ela tenha interesses,
sentimentos e ideias muito diferentes dos que manifestam antes; só existe
uma força que alimenta a raiz da dor, ela é a recusa a aprender além
do momento presente; o(a) companheiro (a) certo para a mulher
selvagem

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