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de rosto em exibição em duas páginas
pontifícia universidade católica de goiás
maria julia gomes moraes
dezembro, 2020
2
expansão da vivencia
feminina nos
espaços públicos

3
Memorial TCC 2020-1
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Arquitetura e Urbanismo

Coordenador do Curso de Arquitetura e Urbanismo


Prof. Me. Frederico André Rabelo

Diretor da Escola de Artes e Arquitetura


Prof. Me. Marcelo Granato de Araújo

Coordenação de TCC
Ênio Nery Oliveira

Orientador de TCC
Isabel Barea Pastore

Autor do TCC
Maria Julia Gomes Moraes

Autora das Imagens Renderizadas


Ana Barbosa e Laura Rodrigues

4
sumário
introdução 10
segurança pública 12
o cidadão 14
a cidadã 15
a integração de genero 16
o centro 18
a área 22
análise feminina 28
espansão urbanística 36
espansão urbano-arquitetonica 56
expansão arquitetonica 80
referências 13
fontes de imagem 14
anexos 15

5
6
EXPANSÃO DA VIVENCIA FEMININA
NOS ESPAÇOS PÚBLICOS

A partir dessa página, apresento-lhes


como centenas de anos de repressão
contra a mulher influenciam na vivencia
delas pela cidade e como a arquitetura
e urbanismo podem servir como uma
das ferramentas de inclusão social para
a mulher urbana.
Como arquiteta, me sinto no dever de
usar a minhagraduação para melhorar
a vida do ser humano em todos os am-
bientes possíveis e em específico neste
trabalho, o ser humano escolhido foi a
mulher

AQUI, O SER HUMANO ESCOLHIDO FOI A MULHER.

Eu, como mulher, arquiteta, urbanísta


e feminista, me sinto no dever de criar
essa mudança. Dedico este trabalho a
minha familia, amigos e futuros profis-
sionais na área, e a todos os profes-
Maria Julia Gomes Moraes
Orientadora: Isabel Barea Pastore
sores que passaram pela minha rota
Contato: mjgm.arqurb@gmail.com academica.
8
9
intro
A expansão da vivencia feminina nos es- Depois de expor a relaidade da mulher, a es-
paço públicos é o nome e a principal intenção cala de alcance desses fatos vão passar para a
deste projeto. Um projeto urbano com anexos Região Metropolitana de Goiãnia, consideran-
arquitetonicos que serão propostos dentro de do relatos e vivencias de usuárias goianas.
uma área no Centro de Goiania com o propósi- Por fim, um local será escolhido para
to de integrar a mulher dentros dos ambiente sofrer a devida intervenção e propostas urbanas
urbano, além de facilitar a vida dela. e arquitetonicas - que poderão ser reproduzidas
Para que o projeto possa ser perfeita- por todo o meio urbano - serão feitas.
mente coeso e compreendido, este trabalho A intenção de melhorar a vida da mul-
incialmente deixará explícito a verdadeira real- her dentro da cidade é uma ferramente contem-
idade das mulheres dentro do meio urbano e porÂnea para a melhoria da qualidade de vida
como a repressão que ela sofre a centenas de dentro das cidades do século XXI.
10 anos ainda influencia.
te convido a conhecer sobre
o feminismo e entender o
olhar feminino da cidade

11
segurança pública
A mulher vem ganhando espaço den-
tro das relações sociais que existem ao redor
do mundo mas ainda é evidente, pelo menos
para as mulheres, a diferença que existe entre
um homem e ela. Apesar da questão de genero
ser bem maior que a concepçãoo homem-mul-
her, a mulher é a referencia de sofrimento, re-
pressão e luta para toda a sociedade.
Dentro do meio público-urbano, a mul-
her não é imune a todas a essas questões so-
ciais já destacadas. Juntando com a falta de
segurança pública causada por falta de edu-
cação pública, excesso de policiamento e falta
de políticas de integração social, a mulher se
torna cada vez mais vulnerável aos problemas.
A migração para espaços privados é
uma solução que o cidadão brasileiro é acos-
tumado a usar, e com a mulher não seria difer-
ente. A sensação de segurança que um espaço
privado fornece é a sensação que o homem cis
branco tem normalmente mas não reconhece
como um privilégio.
Apesar de causar essa sensação de se-
gurança, o correto é termos a sensação e a vida
mais segura nos espaços públicos, para que o
privado não seja necessário. Por tanto, o proje-
to em questão se foca em trazer a mulher para
o espaço público e torne este um amboente
confortável para ela.

para a vida na cidade


acontecer, é necessário os
olhos na rua, isto é, lojas
e janelas de edifícios virados
para as calçadas que é o
componente da cidade
que está sempre em movimento.

Jane Jacobs
12

figura 3
figura 1

figura 2

13
o cidadão
A construção social de gênero implantou
características adequadas para as duas posições
existentes na sociedade: o homem e a mulher.
O homem acabou se tornando ideal e neutro a
partir de ideais sociológicos, enquanto a mul-
her se tornou uma particularização do homem,
precisando se adaptar com o que ele precisa.
A particularização pode ser vista em diversos
planos sociais que o ser humano vive. Na língua por-
tuguesa, existe o uso de substantivos e adjetivos em
feminino e masculino no singular, enquanto no plu-
ral, o feminino desaparece. Na arquitetura, vemos
medidas ideais de proporção e harmonia a partir do
corpo do homem como parâmetro universal, ten-
do não só as mulheres tendo que se adaptar a este
parâmetro como qualquer outro ser humano que
não se encaixa no corpo do homem eurocêntrico.
No início do século XX, o Estado e a igreja
Católica criaram o casamento e a ideia de família
ideal (pai, mãe e dois filhos) como forma de mo-
tivar o homem a se tornar o provedor financeiro
e protetor da sua família. Essa motivação acar-
retaria a procura de empregos pelos homens nas
grandes industrias pós Revolução Industrial, tornan-
do o homem, um cidadão. A partir do momento
em que ele começasse a trabalhar nas industrias a figura 4
sua vivência se tornaria ativa nos espaços públicos.
Na década de 20 e 30, as cidades começar-
am a sofrer um impacto significativo por causa do êx-
odo rural que acontecia principalmente pela atração
dos ideais de vida perfeita que eram colocados. As figura 5
cidades começaram a ser analisadas e soluções
para tais problemas começaram a iniciar a ideia
de urbanismo e planejamento urbano. O principal
problema foi a participação marjoritária de homens
na ideia de urbanismo colocando em evidência ap-
enas o que o homem sofria nos espaços públicos.
Mais uma vez criando a ideia de particularização
onde a cidade é feita para o homem ideal, e quem
se afastar desse parâmetro, deverá se adaptar a ele.

14
a cidadã
Tais expressão foram respndidas em um
questionário inicialmente feito com mulheres
da RMG sobre as suas vivencias pelas ruas
da cidade de Goiania. As expressões foram
respondidas ao perguntá-las como elas se
sentem ao andar pelas calçadas e transportes
públicos da metrópole. Para quem não é mul-
her, essas respostas podem assustar, mas pra
qualquer mulher isso é considerado o "normal".
O "normal" com aspas pois não deve ser dita-
do assim, por isso é preciso políticas públicas
para melhorar a qualidade de vida dentro da
cidade.
Essas expressões podem ser justificadas
pelo número de casos de estupros, roubos,
assédios físicos e verbais que são relatados
ano após anos por mulheres. Esses casos ac-
ontecem tanto no ambiente privado quanto no
público, mas neste intensificado pela falta de
segurança dada pelo governo, o responsável
pela vida nos espaços públicos.

ENOJADA
UM LIXO
MEDO
IMPOTENTE
CULPADA
SUJA
DESESPERADA
CONSTRANGIDA
ASSUSTADA
ME SENTI UM OBJETO
DESDE ENTÃO SOFRO DE ANSIEDADE
ME SENTI ERRADA

15
a integração
de genero

A expansão da vivência feminina é,


além do nome desse trabalho, a principal in-
tenção que as futuras intervenções vão provo-
car. A mulher deve se sentir confortável para
usar o espaço público e ansiar pelo momen-
to que terá com a cidade. Para que isso ac-
onteça, será usado a integração de gêne-
ro nos âmbitos da arquitetura e urbanismo.
A integração de gênero é um método de
se projetar usando a mulher como o foco dos
benefícios causados pelos projetos. É através de
planejamento urbano, projetos urbanos, mo-
biliários urbanos e/ou projetos arquitetônicos
com foco no dia-a-dia da mulher que esse méto-
do de integração é implantado ao longo dos úl-
timos anos em países como Áustria, Espanha e
Argentina, referências em projetos de integração.
A principal consequência acarreta-
da ao projetar com a ideia de integração é o
benefício que vai além da mulher, chegando em
outros grupos sociais não privilegiados, como
idosos, crianças, deficientes físicos, classe so-
cial baixa, entre outros que existem na cidade
contemporânea. Isso acontece pela intenção
do projeto de fazer o mínimo necessário que
a cidadã precisa. Iluminação pública, acessib-
ilidade, mobiliários urbanos, arborização, etc.
são alguns dos pontos em que qualquer projeto
urbano deve abordar e este não seria diferente.
O apoio público para a mulher urbana
ajuda a mulher através de instituições como
Centro de Apoio, Delegacias, Casa para Abrigo,
entre outras. O objetivo da integração é diminuir
o risco da mulher dentro da cidade através de
projetos urbano-arquitetônicos para que a mul-
her se sinta mais segura pelas ruas da cidade
e não precisem usufruir de tais instituições.

figura 6
16
Tanto projetos de arquitetura quanto ur-
banos são bem vindos dentro desse conceito
de integração. A intenção é melhorar a vida da
cidade para as mulheres e de quem faz parte
da vida delas de perto, como filhos e idosos.
Assim, essa expansão passará por um processo
de estudo para chegar nas intervenções propos-
tas, em que estas serão feitas a partir do que as
mulheres urbanas pedirem.
Para iniciar o projeto, a definição da
área de intervenção é o principal ponto de par-
tida. A escolha foi feita a partir de relatos de
mulheres sobre assédio e vivência pelas ruas de
Goiânia através de um formulário (E1 –anexo)
feito pela internet. Cerca de 75 mulheres por
todas as regiões da capital, inclusive Aparecida
de Goiânia e Senador Canedo, responderam
o formulário e todas relataram algum caso de
assédio na capital. Consequência de tais as-
sédios foram as notas de repúdio destacadas:
Para iniciar a implantação de projetos
de integração de genero em Goiania, foi feito
um formulário online onde 75 mulheres respon-
deram sobre suas vidas pela cidade Goiania,
relatando suas vivencias. Não se teve uma que
não relatou algum assédio físico e/ou verbal.
Assim, concluímos que a cidade é um
dos focos da repressão da mulher,e segunda as
mulheres, o local da cidade que elas se sentem
mais seguras são: periferia e o a região cen-
tral de Goiania. A região central é a com mais
fluxos de pessoas e fluxos além de ser um cen-
tro comércial e atrativo, portanto qualquer pes-
soa da metrópole acessa uma vez na vida essa
região.
Assim, a região central composta por
quase 10 bairros foi a escolhida pra ter a inter-
venção com integração de genero;

17
18

figura 7
19
o centro
Estabelecido a região central como foco
da expansão, a análise passou para a escala
dos bairros. Os bairros da região central com
N
maior influencia na metrópole são: PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
Linha de Transmissao

153
BR
RDV

Setor Leste Universitário Linha de Transmissao

Setor Central

080
GO
RDV
ver que segue
o meio fio...

qr128

qr127

Setor Aeroporto
MUSEU

59

Subesta‡ao Goi_nia Leste

462
RDV GO
Linha de Transmissao

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


Cidade Jardim Linha de Transmissao

Setor Campinas
Linha de Transmissao

Linha de Transmissao

Subesta‡ao Atl_ntico

Linha de Transmissao

Setor Coimbra
Subesta‡ao Real

Linha de Transmissao

Linha de Transmissao

Linha de Transmissao

Linha de Transmissao

782.00

704.00

Adutora

Linha de Transmissao

804.00

788.00

Reservatorio Curitiba

857.00

746.00

841.00 869.00

854.00

Adutora

856.00
848.00

699.00

837.00

717.00

849.00

762.00

698.00

698.00

Dentre eles, o que mais ganhou


705.00

874.00

703.00

866.00
701.00
728.00
707.00

803.00
889.00

827.00

811.00
698.00

857.00

704.00

829.00

RDV
GO
010

827.00

706.00

834.00

Subesta‡ao Anhanguera

898.00

787.00 Subesta‡ao Bandeirantes

784.00

796.00

774.00

764.00
744.00

749.00 712.00
768.00

708.00

754.00

712.00

871.00

733.00

712.00 692.00

741.00
881.00
865.00 706.00

746.00

destaque no formulário e que influencia além


752.00

Adutora

Linha de Transmissao

842.00
751.00

842.00

Est de Capta‡ao Joao Leite

848.00

842.00

Adutora

Adutora
769.00

846.00

729.00

794.00

Linha de Transmissao

Jaime Camara

771.00

683.00

688.00

828.00

775.00

da metrópole, a RMG (Região Metropolitana de


821.00
Adutora
Reservatorio Mendanha

Reservatorio Ipiranga

Adutora

833.00

778.00

823.00

844.00
Adutora

828.00

813.00

831.00

914.00 888.00

894.00

801.00

817.00

799.00
807.00

844.00

816.00

762.00
776.00
841.00

788.00

762.00

764.00
797.00
767.00
819.00

Adutora

812.00

758.00
832.00

842.00

751.00
743.00

744.00

Goiania), é o Setor Central. O centro tem uma


735.00

811.00
722.00

788.00

Adutora

Vila Adalia

Adutora

842.00

762.00

824.00
753.00 Adutora

754.00
Aruana

757.00

754.00

752.00

789.00

Reservatorio Cascalho

766.00

788.00

786.00

717.00

grande influencia por abrigar o centro admin-


787.00

843.00

764.00

776.00

837.00

774.00

806.00

782.00

769.00

777.00
778.00

782.00

767.00 776.00

797.00

781.00

769.00

794.00

istrativo da metrópole; acolher uma tradição


Reservatorio Serrinha

812.00

699.00

841.00

847.00

812.00

818.00

808.00
788.00
784.00 704.00
824.00

682.00
Parque Atheneu

818.00

842.00

819.00

804.00

Adutora

778.00

Reservatorio Atlantico

786.00

756.00

cultural através de serviços, lazer e comércio;


862.00

782.00

856.00

Adutora
Reservatorio Parque Atheneu

896.00

RMG
787.00

892.00
898.00

886.00

892.00

898.00

e, acesso as principais vias da metrópole; pelo


898.00

898.00
892.00

denso comércio trazendo consumidores e tra-

RDV BR 153
balhadores de toda a RMG.
O centro foi o partido do projeto da ci-
040
GO
RDV

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


dade de Goiania na década de 30 pelo Atílio
Correa Lima. A cidade se destrinchou a par-
tir dele formando a história, pessoas e cultura
goiana. Pontos de referencia como o art decó,
centro administrativo e mercado central são ref-
erencias para um goiano nato.
O centro pode ser dividido em 4 grandes
áreas ao analisar o uso do solo (mapa 4). A
área mista é composta por usos residenciais,
comerciais, serviço e insituicionais, além de
agregar varios pontos de lazer urbano/arquite-
tonico e público/privado.
Ela compõe o verdadeiro ar do centro,
onde pontos de referencia da tradição goiana,
sistema viário e lazer são encontrados, como
por exemplo o Mercado Central, Avenida An-
hanguera e a Vila Cultural Cora Coralina, re-
spectivamente. Além de agregar diversos tipos
de vias (pedestrais, vielas, arteriais, locais).
Por sua influencia metropolitana atrati-
va para a população e as vias de acesso, foi administrativo
escolhida a área mista para a intervção. Ape- comercial
sar de já ter demilitado uma área menor que misto
a do bairro, os futuros projetos de expansão residencial
da vida da mulher precisam ser mais específi SETOR CENTTRAL

20
cos, por tanto uma área menor precisa ser de-
militada pra sofrer a intervenção que poderá
repercutir pelo resto do bairro e da cidade.
Após uma análise das vielas, centros
culturais e principais, foi demilitado a área
abaixo para intervenção. Essa área apresenta
as principais características do centro como
a viela para acessar o camelodromo do cen-
tro, a rua de pedestres na rua 7; a praça no
meio de uma quadra com muros nos seus
limites; avenida anhanguera com seus comér-
cios ativos; vias locais, rua 6, 7 e 17; vias
arteriais, av. araguaia, rua 4 e av. Goiás.
Essa demilitação foi feita e entrará em
uma análise através de entrevistas e vivencias
para descobrir como a mulher se sente nes-
sa área e o que normalmente acontece com
figura 8 elas para que um programa de projetos seja
© 2020 Google 100 m feito focando na necessidades das usuárias.
© 2020 Google
RUA 7

RUA 17

AV. ANHANGUERA PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


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C¢rre
go Botaf
ogo

Córrego
Botafogo
RUA 6

planta ÁREA DE INTERVENÇÃO PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

21
ESC 1:1000
22
N

23
a área
No setor central existe algumas peculiaridades
comparada ao resto da metrópole. Vielas,
vias pedonais e praças no miolo das quadras
compõe o trajeto urbano

figura 9

SISTEMA VIÁRIO
Rua 6 - via local
Rua 7 - via coletora
Rua 17 - via local figura 10
Avenida Anhanguera - via arterial

gabarito
- média: 3 pavimentos
- mais próximos da avenida anhanguera e goiás
(ambas arteriais) com edíficios de até 15 pavimen-
tos

uso do solo
Rua 6 - comércio e serviço
Rua 7 - comércio, serviço e residencial
Rua 17 - comércio
Avenida Anhanguera - comércio e serviço figura 11

acessibilidade
- faixa de pedestres em quase todos os cruzamen-
tos
- piso tátil inadequado e degradado
- acesso a cadeirantes em poucos cruzamentos

mobiliário urbano
- lixeiras: degradadas mas em quantidade
adequada
- postes com fios de eletricidade expostos figura 12
- iluminação pública baixa

24
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MAPA I - Uso de solo/Gabarito/Vias


Residencial
Comercial
Serviço
Misto
Inativo

Estacionamento

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Arterial
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Coletora de pista única


Local
Rua pedestral

1 pavimento
2 pavimentos
3 pavimentos
4 ou mais pavimentos
Sentido das vias

Diagnóstico

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MAPA III - Mobiliário Urbano


Bancos
Luminária
Lixeira
Ponto de ônibus

Terminal
Ponto de táxi
Quiosque ativo
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Equipamentos para ginástica


Comércio ambulante
Caçamba de lixo

Ciclovias
Linhas de ônibus
Faixa de pedestre

25
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SISTEMA VIÁRIO
era
rua ngu
7 A nha
Av.
rua
6

17
ru a

estação eixo
anhanguera

TRIA
LUME
VO

edifício parthenon

viela 4b

camelódromo de goiânia
N

26
27
análise
femin ina ru
a
7

ru
a
6

17
r ua

r a
g ue
n
ha
an

área de
i nt e rv e n ç ã o

28
N

p r o b l e m át ic a s

1 DIREITOS BÁSICOS DA CIDADÃ 2 inclusão social


Não só dentro da área, mas também na A viela 4B é uma via atualmente pro-
cidade de Goiania, locais que colocam a un- jetada para veículos, porém utilizada como
ião da mulher a tona não existem. Muitas das estacionamento e acesso dos pedestres para o
mulheres relataram ver bares pela cidade que camelódromo e uma galeria (Vila Anhanguera)
reunem homens mas não atraem as mulheres. que liga até a Avenida Anhanguera. Por dar tais
Um exemplo dentro da área é na Praça José acessos aos pedestres e a calçada da viela ser
Ximenes que contém 2 bares que funcionam até estreira, a rua é mais utilizada por pessoas do
a noite e atrai apenas homens para as suas me- que por veículos. Além disso, relatos foram feitos
sas de sinuca. acusando de ter acúmulo de homens durante o
Esse problema é uma realidade da dia que, inclusive, ficam olhando e assediando
metrópole e pode ser solucionado através de mulheres que passam por ali. Essas atitudes e a
projetos que focam na mulher. aglomeração de homens em um local causam
uma intensificação da repressão contra a mul-
her. Para solucionar esse problema, o local teria
Algumas entrevistadas relataram que que ser um atrativo mais intenso para as mul-
a falta de iluminação pública durante a noite heres do que para os homens.
causa grande insegurança e desconforto para
elas, principalmente mulheres que trabalham
dentro da área. Mesmo que a quantidade de 3 TRANSPORTE coletivo
postes de iluminação seja o adequado, muito Nos formulários, diversos relatos de as-
deles não funcionam, segundo as entrevistadas, sédios dentro de onibus e ponto de onibus fo-
a muito tempo. ram feitos, deixando claro que é um local em
A falta de I.P. causa tamanho desconforto que a mulher se sente insegura de estar. Dentro
a ponto de impedir que a vida noturna floresça da área em estudo, uma estação de onibus do
e criando um impensílio para as pessoas usar- eixo Anhanguera, mais conhecido como "Eix-
em as vias fora do horário comercial. A falta ão", existe e apresenta relatos de insegurança,
de pessoas em locais públicos causa violencia e até de homens, na internet. Durante as entrevis-
crimes. tas, alguma mulheres relataram que se sentem
inseguras de pegar onibus de noite já que a es-
tação não é segura o suficiente
29
análise
femin ina
A partir das análises de dados e sociais,
as seguintes proposta foram projetadas: ru
a
7

ru
a
6
3
17
r ua

e ra
n gu
a
a nh

1
INTERVENÇÃO URB.
INTEGRADA
DIREITOS BÁSICOS DA CIDADÃ

A primeira proposta de intervenção é a in-


tervenção urbana que consta em melhorar as vias
dentro da área, focando na cidadã que usa o centro
da cidade. Cada via terá uma deve sofrer uma in-
terferencia diferente e coerente com o uso e influen-
cia.
Esse projeto tem como principal ponto, mel-
horar a vida de qualquer cidadão que a cidade
abriga e atrai. As melhorias do urbanismo de inte-
gração de genero influencia alem da mulher, mel-
horando o dia a dia de qualquer pessoa que use
o espaço público. Esse projeto eme específico terá
o foco de melhorar a vida geral, criando especi-
fidades urbanas que podem ser reproduzidas por
30 toda a cidade para melhorar a cidade.
3 estação sororidade
N
INTERVENÇÃO arquitetÔnica
transporte coletivo
A intervenção arquitetonica vai ser na Aveni-

1
da Anhanguera que suporta o eixo Leste-Oeste de
Goiania, ligando a GO-060 E GO-070 na BR-153
e com o Eixo Anhanguera, via expressa de transporte
público. A intervenção será na estação da Rua 7 que
terá a intenção de melhorar a experiencia do trans-
porte público mais confortável para a mulher, visto
que diversos relatos de assédios foram feitos durante
os formulários e entrevistas.

2
CONJUNTO MULHER URBANA
intervenção urbano arquitetonica
INCLUSÃO SOCIAL

A segunda intervenção será um conjunto de


projeto urbano e arquitetonico na Viela 4-B. Atual-
mente a viela tem porte para veículos porém é usa-
da muito mais por pessoas que utilizam a rua como
grandes calçadas. Essa viela dá acesso para o camel-
odromo do Centro e a uma galeria térrea que cha-
ma Vila Anhanguera, que dá acesso através de um
corredor central com as vitrines das lojas direcionadas
para ele, ligando a viela a Avenida Anhanguera.
A intenção do projeto é tornar a Viela em uma
via pedestral, sofrendo uma requalificação urbana,
e a galeria Vila Anhanguera em uma galeria vertical
para que o acesso a Avenida Anhanguera seja mais
confortável e explícito.

31
32

figura 13
33
análise
femin ina
ru
a
6

r a
u e
g
h an
a n

área de
i nt e rv e n ç ã o
34
1
DIREITOS BÁSICOS
DA CIDADÃ
intervenção urbana integrada

ru
a
7

N
17
u a
r

3 TRANSPORTE coletivo
INTERVENÇÃO arquitetÔnica

2
TRANSPORTE coletivo
INTERVENÇÃO URBANO E ARQUITETÔNICA
CONJUNTO viela galeria

35
1
DIREITOS BÁSICOS
DA CIDADÃ
intervenção urbana integrada

36
37
1
DIREITOS BÁSICOS
DA CIDADÃ
intervenção urbana integrada

problemática projeto urbano

Dentro da área em estudo, alguns prob- As problemáticas apontadas serão solucion-


lemas de infraestrutura básica foram percebidos adas através de projetos específicos para cada um e
que entrará como problemáticas para a inter- as vias de intervenção serão replanejadas de forma
venção urbana integrada proposta. Abaixo estão a deixar a cidade melhor para a cidadã e qualquer
as problemáticas:que serão solucinadas: pessoa que a acompanhe. As problemáticas solu-
cionadas serão implantadas nos projetos de cada
1. iluminação pública via, deixando um padrão a ser seguido e podendo,
2. mobiliários urbanos também, ser reproduzidos em outros projetos da ci-
3. acessibilidade; dade.
4. arborização
5. invasão de calçadas;

vias de intervenção
rua 6 - local
rua 7 - local
rua 17 - local
av. anhanguera - arterial

38
N

ru a
8

17 av.
go
rua iás
a3
ru

rua
7
a
er
gu
h an
av. a

. an rua
av rua 6
6
r agu
a ia

4
a
ru

© 2020 Google 100 m

figura 14
© 2020 Google

39
referencia projetual
VIENA, ÁUSTRIA

A cidade de Viena, na Áustria, foi a maior


referencia para este trabalho de conclusão. O con-
ceito da integração de genero nos projetos urbanos
e arquitetonicos tem a cidade de Viena como pio-
neira. Desde a década de 70, ativistas do ramo do
urbanismo vem estudando sobre a possibilidade de
fazer projetos públicos que visama melhoria da vida
da mulher, e, após alguns projetos serem realizados
na década de 90, foi confirmado a eficiencia de
projetos de integração de genero. Desde a década
de 90, diversos projetos urbanos e arquiettonicos,
de caráter público ou privado, estão sendo feitos na
cidade.
A melhoria na vida de todos os cidadões da
cidade foi evidente, deixando os reprimidos mais a
vontade com a cidade que mora.
Um dos primeiros projetos realizados foi o
complexo Frauen-Work-Stadt, com blocos residen-
ciais de 4 pavimentos com foco na mulher urbana
que precisa de um programa que facilite seu dia a
dia na cidade, como:
figura 15
Lavanderia pública para os mora-
dores;

Pontos de onibus e estação de metro


próximos;

Acessibilidade;

Brinquedoteca pública;

Ar fresco e área verde;

Creches e escolas próximas;

Percebe-se a preocupação da implantação deste


projeto, aproximando a mulher de alguns pontos
essenciais da vida de qualquer cidadão.
Vários projetos foram realizados depois
desse, inclusive este conjunto já está no terceiro
projeto concretizado. Assim, Viena é e continuará
sendo uma cidade que pensa na mulher para a
melhoria de todos. Inclusive, sua referencia é usada
em diversos locais do mundo: Espanha, Portugal,
Argentina e neste trabalho de conclusão de curso.
Viena influencia neste TCC como um influ-
enciador e motivador ao uso da integração de gene-
ro na arquitetura e urbanismo. Apesar do projeto
destacado não ser residencial e não se encaixar no
TCC, ele é o reflexo de um estímulo governamental
na implantação da integração. A intervenção urba-
na também tem o caráter de estimular futuros proje-
tos como este. figura 16

40
figura 17

figura 18

41
iluminação pública
em todas as vias, a iluminação pública é
inadequada com poucos postes de iluminação
ou postes com defeitos.
arborização
para solução foi projetado postes com design
pela baixa arborização em todas as vias iguais da lixeira. esses postes terão 2 tamanhos
dentro da área, canteiros com árvores de diferentes: um de 5m para os canteiros centrais
pequeno, médio e grande porte foramim- e laterais e um de 3m para o as calçadas da
plantados em todas as vias de interferÊn- avenida anhanguera
cia

invasão da calçada acessibilidade


Na avenida anhanguera, os comércios e A acessibilidade será composta de 3 elemen-
comerciantes ambulantes usufruem da calça- tos: faixa de pedestres, piso tátil e calçadas.
da como área de exposição intensificando
a dificuldade de circulação de pessoas pela Faixa de pedestres serão implantadas em to-
calçadas. dos os cruzamentos.

como solução, a calçada será planejada e Piso tátil adequado para todos as vias.
organizada para que os comerciantes con-
tinuam usufruindo da calçada, já que não é Calçadas adequadas.
possível controlar, e as pessoas continuam
circulando com conforto

42
mobiliários urbanos
devido a falta de mobiliários ur-
banos que facilitam a vida da cidadã,
foi planejado os mobiliários de poste
de iluminação e lixeiras a partir do
desenho da flor de expansão do
projeto. bancos dinÂmicos foram projeta-
dos também.

43
PRODUCED BY AN AUTOD

RUA 4

RUA 7
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

RUA 17

AV. ANHANG
AVENIDA GOIÁS

RUA 6

RUA 3

planta URBANA TOTALIDADE


ESC 1:500
44

ESK STUDENT VERSION


DESK STUDENT VERSION

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


744,00

745,00

GUERA

746,00
IA
UA
AG
AR
IDA
EN
AV

747,00

748,00
749,00

45

PRODUCED BY AN AUTO
A rua 6 é composta por comércios e
serviços, e tem uma grande circulaçao de pessoas
no trecho que está sendo estudado já que propo-
ciona dois acessos, da Rua 3 e 4, para a Avenida
Anhanguera. A via é composta de 3 caixas, duas
de estacionamento e uma de circulaçãoa, não
apresenta fluxo de transporte público e de au-
tomóveis de grande porte. As calçadas são largas
e suficientes para o fluxo de pessoas (figura ao
lado). Os fios de eletricidade são exposto, a aces-
sibilidade é considerada média e a arborização é
boa.
A proposta projetual modificará as caix-
as, aumentando a calçada e criando um espaço
para que os vendedores ambulantes da Aveni-
da Anhanguera possam migrar, se quiser. Será
rua 6
composta por 3 canteiros para aumentar a ar
borização e proteger os pedestres da caixa de au-
tomóveis e ciclovia. A ciclovia implantada dimen-
sionada para que tenha os dois fluxos possíveis
dentro dela.

figura 19

46
CORTE ATUAL RUA 6
ESC 1:30

CORTE RUA 6
ESC 1:30

47
rua 7

A Rua 7 atualmente é composta por duas


caixas para estacionamento e uma para passagem
de veículos. As calçadas são estreitas e a iluminação
é média. Os pontes de eletricidade são expostos, a
acessibilidade é precária e a arborização é baixa.
A proposta para a Rua 7 será composta
de uma caixa para fluxo de carros e duas para
estacionamento. Pelo fato da rua 6 e a Avenida
Anhanguera estarem sem os estacionamentos, a
necessidade nessa via será maior. Além disso, as
calçadas vão continuar tendo a mesma dimensão
para que canteiros possam ser implantados e mais
sombras e qualidade de vida sejam intensificados.

figura 20

48
CORTE ATUAL RUA 7
ESC 1:30

CORTE RUA 7
ESC 1:30

49
rua 17

A rua 17 é, atualmente, compostos por


duas caixas de estaccionamento e uma de fluxo
para automóveis. A rua comporta o Parthenon
Center de um lado e do outro algumas lojas e
imóveis abandonados. A rua tem a extensão de
uma quadra, limitada entre a rua 6 e a 7. Sentido
único, sem arborização e fios de eletricidade ex-
posto, é o verdadeiro cimento queimado no cen-
tro de Goiania.
A proposta de intervenção transformará
a via com apenas uma caixa de estacionamento
e uma de passagem, acrescentará dois canteiros
para a arborização necessária e aumentar a lar-
gura das calçadas.

figura 21

50
CORTE ATUAL RUA 7
ESC 1:30

CORTE RUA 17
ESC 1:30

51
A Avenida Anhanguera é a vida arterial
com maior fluxo de pessoas e veículos da área. A
arborização é baixa porém os fios de eletricidade
já são subterraneos. Composta por 2 caixas para
onibus, duas para veículos e duas para estaciona-
mento e calçadas já largas mas insuficientes para
os vendedores ambulantes e as pessoas que pas- av. anhanguera
sam por ali.
A proposta foca em melhorar
a passagem dos pedestres pela via, portanto a
calçada vai aumentar, dando mais espaços para
os vendedores ambulantes. Canteiros nas calça-
das e entres as faixas vão ser implantados para
melhorar a sensação térmica. A retirada das caix-
as de estacionamento serão direcionadas para o
estacionamento do Parthenon Center que, atual-
mente, não é usado.

CORTE RUA 7
ESC 1:35

52
CORTE ATUAL RUA 7
ESC 1:75

figura 22

53
54
55
2
con junto mulher urbana
INTERVENÇÃO URBANO E ARQUITETÔNICA
inclusão social

56
57
2
con junto mulher urbana
INTERVENÇÃO URBANO E ARQUITETÔNICA
inclusão social

problemática
A viela 4B é uma via projetada para
fluxo de carros, porém os usos implantados na
viela atrai mais pedestres do que veículos. As-
sim, a rua fica tomada por pessoas circulando,
vendedores ambulantes e alguns carros estac-
ionamos.
A entrada da viela é limitada por duas
lojas da rua 4 e ao entrar, a viela dá acesso ao
camelódromo e a uma galeria chamada Vila
Anhanguera. Tanto o camelódromo quanto a
galeria tem acesso também pela Av. Anhangu- figura 23
era, porém a galeria liga esses dois acessos
através de um corredor reto.
O grande problema da viela é a falta de
um local agradável e atrativo para as mulheres,
ainda mais por ser um local que aglomera
vendedores do camel[odromo e alguns ambu-
lantes. O potencial da viela não é aproveitado
já que é um "corta-caminho" desagradável, sem
arborização, aglomeração de apenas homens,
fios de eltricidade exposto, falta de mobiliári ur- PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

bano e via local usada como pedestral.

N figura 24

RUA 4
222.18

48/86/88 90 92 94 96 98 100 102 104 106 108 110 112


PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

114 79/81/117/118
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

44 IX 77

52
VIELA 4-B ÁREA 75
94.78

CAMELÔDROMO
40;42
73
0
2.5
10

71
AIA
RUA 6

GU

91/93;95/97
14/36/38/85 87 99 101 103 105 69/107
A
AR
IDA
EN
AV

168.54
AVENIDA ANHANGUERA

58 PLANTA IMPLANTAÇÃO CONJUNTO


ESC 1:1000
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
SOLUÇÃO
A solução encontrada foi tranformar a
N RUA 4 RUA 4 e estende-la até a Avenida
viela em pedestral
Anhanguera, mantendo a ideia de Rua Pedes-
8,56 tral já comum 8,56no setor central. Para que essa
extensão aconteça, é necessário que a galeria
seja deslocada para os lotes da extremidades
30,41

30,41
e/ou verticalizado. Por tanto, a galeria e a vie-
la continuaram mas sofrerão uma fusão, crian-
do-se assim um conjunto, Conjunto Sororidade.

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

11,26 A 11,26
galeria terá um propósito diferente do
que é proposto atualmente, será um ponto de
encontro para as mulheres urbanas, por isso o
32,25

32,25
nome será Galeria Mulher-Urbana. A galeria
será um local para facilitar a vivencia da mulher
dentro da área, com um programa feito para as
12,54 15,33 mulheres,
12,54 assim como o Frauen Work Stady em
15,33
Viena.
38,00

38,00

47,69 47,69

AV. ANHANGUERA AV. ANHANGUERA

implantação ampliada PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

ESC 1:750

59
galeria nova brandão
referencia projetual

A galeria Nova Brandão situa-se no centro


histórico de Sã Paulo e é conhecida regionalmente
por nã ser só uma galeria mas também um edifício
multifuncional tanto no programa de necessidades.
A galeria é composta por duas torres, uma resiecial,
outra com escritórios e ambas com térreo e 1º pavi-
mento comerciais, e uma rua para pedestre entre
as duas trres. Essa rua, nominada Nova Brandão
é uma bela opção para os cidadões que queiram
cortar um caminho e presenciar um ambiente novo
e confortável.
Esse projeto influencia no programa da
Galeria Mulher-Urbana por se tratar de uma via
privada inserida dentro de um edifício mas quetraz
uma sensação de privado.

figura 26

figura 25

figura 27
60
referencia projetual
the commons galery

A The Commons Galery, situada em Ban-


gok, TailÂndia e projetada por Department of Archi-
tecture, foi estudada como referencia arquitetonica
da Galeria Mulher Urbana por causa da sua forma.
A galeria é composto por 3 principais blocos com
diferentes níveis, tamanhos e designs, criando uma
composição de cheios e vazis através dos deslo-
camentos desses blocos que causa um conforto e
atração para quem passa pela rua.

figura 28

figura 29
61
partido arquitetÔnico
galeria mulher urbana
A galeria será um local com serviços e
comércios que focam na mulher como consum-
idora principal. Por tanto o programa de necessi-
dade conta com salas para alguel, brinquedote-
ca, café, ala administrativa e de serviço.
O programa foi implantado a partir da
forma proposta, feita a partir da composição e
deslocamento de sólidos rígidos, como pode ser
visto ao lado. O meio do lote será destinado para
o fluxo de pedestres da viela mulher urbana.

62
SALA COMERCIAL

BRINQUEDOTECA

GALERIA MULHER URBANA CAFÉ

ADMINISTRAÇÃO

SERVIÇO

63
partido arquitetÔnico
galeria mulher urbana
Primeiramente destaca-se a mudança de tipo de
via que a viela sofrerá, tornando-se adequada para o
fluxo de pessoas. Será um local com alta arborização viela
e diversos tipos de mobiliários urbanos para que as
mulheres possam usufruir do espaço como forma de
descanso, passagem e interação.
A viela é o acesso da rua 4 para a galeria mulhe
urbana e alguns outros comércios como o camelódro-
mo do centro de goiania. Portanto ela será projetada
como um complemento do conjunto para que a vivÊn-
cia da mulher seja completa.
Além disso, um ponto de apoio a mulher será
projetado para que mulheres que sofrerem abuso ou
assédios pela redondeza possam ganhar orientações
adequadas sobre o que fazer e também ddenunciar.

viela pedonal
64
rua 4
PROGRAMA
VIELA MULHER URBANA
corredor de acesso
área de expansão galeria mulher urbana
ponto de apoio
AVENIDA ANHANGUERA
65
PRODUCED BY AN AUTODESK STU
PRODUCED BY AN AUTODE
N
R

1
1
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

2
2

PROJEÇÃO 1º PAV.
PROJEÇÃO 1º PAV.

PLANTA BAIXA VIELA 4B PLANTA


viela corre
66 esc 1:250

N AUTODESK STUDENT VERSION


UDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

RUA 4
RUA 4

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION
PLANTA CONJUNTO
SEM ESCALA
3

3
quiosque
1

PROJEÇÃO 1º PAV.

mesas e bancos

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION 1

PROJEÇÃO 1º PAV.

PLANTA BAIXA viela


P sem escala
2

A BAIXA VIELA 4B PROJEÇÃO 1º PAV.

edor de acesso
arquibancada 67
esc 1:250
PRODUCED BY
A
12

13 2

14
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

PROJEÇÃO COBERTURA
10
PR
O
JE
Ç
ÃO

PA
V.

10
C 11 2

10
s

23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1
PROJEÇÃO 1º PAV.

PR
O
JE
Ç
ÃO

PA
V.

68
A ESK STUDENT VERSION
B

3
N

5 6 7
9

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


4
8

10

7 6 5 4
8 3
9 2
10 1
11
12
13
14

7 6 5 4
8 3
9 2

C
10 1
11

10
12
13
14

PLANTA térreo galeria


esc 1:2oo

LEGENDA TÉRREO

1. calçada 283,63m²
2. área de expansão 153,4m²
3. brinquedoteca 128,11m²
4. espera 17,36m²
2 5. recepção 9,26m²
6. banheiro funcionário 4,24m²
7. banheiro infantil 5,52m²
8. administação brinquedoteca 10,15m²
9. sala de descanso 17,68m²
10. lojas 90,00m²
11. circulação 153,4m²
12. banheiro feminino 28,77m²
13. banheiro masculino 28,2m²
14. dml 17,79m²

PLANTA térreo- GALERIA


B
PRODUCED BY AN AUTO
esc 1:150 69
PRODUCED BY AN AUTO

2
6
VAZIO

3
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

45
44
43
42
41
40
39
38
37
36
35
34
33
32

31
30
29
28
27
26
25

5
24
S

7 23 22 21 20 19 18 17 16 15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1

A
70

SK STUDENT VERSION
ODESK STUDENT VERSION
B

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


VA
ZIO

8
7 6 5 4
8 3
9 2
10 1

PLANTA 1 pav. galeria


11
12
13
14

8
7 6 5 4
3
esc 1:2oo
C
9 2
10 1
11
12
13
14
LEGENDA 1 pavimento

9 1. BANHEIRO FEMININO 9,95m²


2. BANHEIRO MASCULINO 9,95m²
3. COZINHA CAFÉ 75,00m²
4. BALCÃO CAFÉ 17,35m²
5. CAFÉ INTERNO 62,5m²
6. CIRCULAÇÃO 155,15m²
7. CAFÉ EXTERNO 156,35m²
8. SOBRE LOJA 4 100/08m²
9. SOBRE LOJA 05 97,95m²

PLANTA 1 pavimento - GALERIA


esc 1:150

B
71

PRODUCED BY AN AUTOD
PRODUCED BY AN AUTOD
A

1 2
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

3 4

5 42
43
44
45

41
40
39
38
37
36
35
34
33
32

31
6 5
30
29
28
27
26

C
25
24
S

72
A
DESK STUDENT VERSION
B

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


C
PLANTA 2 pav. galeria
esc 1:2oo

LEGENDA 2 pav.

1. administração 20,97m²
2. lavabo 4,06m²
3. recepção 17,81m²
4. dml 5,63m²
5. circulação 151,00m²
6. loja tipo 01 58,00m²
7. loja tipo 02 39,00m²
7
PLANTA 2 pavimento - GALERIA
esc 1:150

B 73
PRODUCED BY AN AUTOD

A
LAJE IMPERMEABILIZADA

LAJE TÉCNICA

PLATIBANDA

CASA DE MAQUINAS
+11,44

CALHA LAJE IMPERMEABILIZADA

+3,00

RESERVATÓRIO
SUPERIOR
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

2,00
FIBROCIMENTO
TELHA DE
i=30%

C
FI T
BR EL
OC HA
i= IM DE
Platibanda 30 EN
% TO

Calha Rufo

74 A
DESK STUDENT VERSION

N
RUFO CALHA
PLATIBANDA

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


FIBROCIMENTO
TELHA DE
i=30%

PLANTA cobertura galeria


esc 1:2oo
B 75
CORTE A - GALERIA
esc 1:250

CORTE B - GALERIA
esc 1:250

CORTE C - GALERIA
esc 1:250

76
77
FACHADA NORTE- GALERIA
esc 1:300

>

FACAHADA LESTE- GALERIA


esc 1:300
>

ODESK STUDENT VERSION

78

TODESK STUDENT VERSION


FACAHADA SUL - GALERIA
esc 1:300

>

TODESK STUDENT VERSION

FACHADA OESTE - GALERIA


>

esc 1:300

ODESK STUDENT VERSION

79
80
81
3 TRANSPORTE coletivo
INTERVENÇÃO arquitetÔnica

82
83
3 TRANSPORTE coletivo
INTERVENÇÃO arquitetÔnica

problemática
Durante o formulário e a entrevista real-
izada com os usuários de Goiania e Centro, re-
spectivamente, foram relatados mais de 40 casos
de assédios verbais e físicos dentro do transporte
público e/ou pontos de onibus.Dentro da área se-
lecionada, existe uma estação de onibus do Eixo
Anhanguera que também não agrada os usuários
em geral pela falta de segurança. Ao prcurar no
google, encontra relatos de assédios e roubos de
usuários, ou seja, não só mulheres mas qualquer figura 30
outra pessoa é vulnerável nesse local.

SOLUÇÃO
A solução encontrada foi um requalifi-
cação da Estação da Rua 7 de forma que possa
ser reproduzido por todo o Eixo da Avenida An-
corte atual
hanguera. sem escala

implantação
sem escala

84
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

O projeto se iniciou a partir da cobertura


inclinada, duplicada e deslocada no eixo vertical,
criando uma abertura entre esse desnível que será
preenchida com um vidro perpendicular aos raios
solares que chegam em Goiania com 16°. Além
disso, a estrutura e a cobertura foram projetadas
de madeira para uma maior sensação térmica
para os usuários que estarão em contato com o
piso de concreto. Piso que será a estrutura base
da estação que já existe e terá que ser apenas
restaurada. As entradas vão contar com catracas
e a compra do bilhete será através de uma bil-
heteria digital entre as portas de entrada e saída.
A ventilação será natural, facilitada também pela
inclinação da cobertura.
Além disso, um sistema de biovaleta abaixo dos
jardins centrais serão eproposto para que tenha
uma boa canalização da água pluvial da cober-
tura direto para a drenagem urbana.

INCLINAÇÃO 16°
fachada leste oeste
esc 1:150

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

85
9

92
Calha
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

128
Telha de MLC
i=35%

50
2610

805

15
Embarque/Desembarque
Saída

90
PRODUCED BY AN A

15
Rampa de Acesso
i=12% A= 17,30 m² Estação

330
100

91
A= 81,00 m²
+0,90

332
288
15
Entrada

90
805 Embarque/Desembarque

15
2610

20
90
70
545 360 430 115 100 115 430

3100
100 2900
50

Telha de MLC
i=35%
128

Calha
92

92

Calha
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

465 400 400


128

Telha de MLC
i=35%
50

261

805
15

Embarque/De
Saída
90
15

Rampa de Acesso
i=12% A= 17,30 m² Esta
330
100

91

A= 81,
+0,
15

Entrada
90

805 SK STUDENT VERSION Embarque/De


15

261

86
465 400 400
300

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


270
N
805

15
Entrada

90
AUTODESK STUDENT VERSION

15
Rampa de Acesso
A= 17,30 m² i=12%

330

100
91
15
Saída

90
805

15
planta baixa
360 545
esc 1:150

100

C
246

300

400 400 465


270

planta cobertura
esc 1:150

10

805
15

esembarque
Entrada
90
15

Rampa de Acesso
ação A= 17,30 m² i=12%
330

100
91

,00 m²
,90
15

Saída
90

esembarque
PRODUCED BY AN AUTOD 805
15

10

vista cobertura
esc 1:150

87
400 400 465
SK STUDENT VERSION
PRODUCED BY AN AUTODES

332
288
20
tubo de queda d=0,5mm

90
70
545 360 430 115vegetação
100 115 430 360

terra adubada
solo com bio retenção
base de cascalho/brita canaleta perfurada

PRODUCED BY AN AUTODESK
detalhe biocaleta 3100
100
sem escala 2900
50

PRODUCED BY AN AUTODESK S
Telha de MLC
i=35%
128

Calha
Cobertura de
92

madeira
92

Calha
128

Telha de MLC
Calha central i=35%
50

2610

805 DET 1
15

Embarque/Desembarque
Saída
90
15

Rampa de Acesso
A= 17,30 m²
PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION

i=12% Estação
330
100

91

A= 81,00 m²
+0,90
15

Entrada
90

805
545 360 430 115 100 115
Embarque/Desembarque
15

2610

465 400 400 400

88
tubo de queda d=0,5mm

vegetação
SK STUDENT VERSION
terra adubada
solo com bio retenção
base de cascalho/brita canaleta perfurada

545

ampliação detalhe biocaleta


sem escala

PRODUCED BY AN
K STUDENT VERSION
100
246

300

Vidro de proteção

PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


Calha
270

intermediária
331.52
288.45

805
15

Entrada
90
70 20

15

Rampa de Acesso PRODUCED BY AN AUTODESK STUDENT VERSION


A= 17,30 m² i=12%
90

330

100
91
15

Saída
90

430 360 805


545
15

corte transversal
esc 1:125

400 465

corte longitudinal
esc 1:125 89
90
91
92
93
REFERÊncias bibliográficas

JACOBS, Jane. Morte e Vida de Grandes Cidades. São Paulo: Martins Fontes, 2007.

CALIÓ, Sonia Alves. Incorporando a Questão de Gênero nos Estudos e no Planejamento Urbano.
In: 6o
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ORNAT, Márcio. SILVA, Joseli Maria. Deslocamento cotidiano e gênero: acessibilidade diferencial
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ROBSON, Gleyton. FERREIRA, Karen. Urbanismo Feminista. XVII ENANPUR 2017.

FREITAS, Carolina Alvim de Olivera. Estudos Feministas sobre a Questão Urbana: Abordagens e
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GONZAGA, Terezinha de O. G. A cidade e a arquitetura também mulher: planejamento urbano,


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94
REFERÊncias IMAGENS

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Imagem 3 - everton ballardin https://gestaourbana.prefeitura.sp.gov.br/largo-sao-francisco/
Imagem 4 – ana campos fotografia
Imagem 5 <https://www.midiamax.com.br/brasil/2020/mais-de-70-mil-militares-receber-
am-o-auxilioemergencial-
De-r-600>
Imagem 6 http://pinterest.com/
Imagem 7 – fábio lima <http://www.opopular.com.br/>
Imagem 8 google earth
Imagem 9 – diomício gomes <https://www.opopular.com.br/noticias/cidades/risco-de-in-
c%c3%aandiopode-
Interditar-camel%c3%b3dromo-1.134217>
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Imagem 11 – <http://www.gynbr.com.br/2014/03/avenida-quase-sem-lixeira.html>
Imagem 12 - http://www.gynbr.com.br/2014/03/avenida-quase-sem-lixeira.html
Imagem 13 - daniel marenco https://danielmarenco.com/
Imagem 14 - google earth
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Imagem 16 - dieter henkel
Imagem 17 - https://www.wien.gv.at/stadtentwicklung/alltagundfrauen/wohnbau.html
Imagem 18 - https://www.wien.gv.at/stadtentwicklung/alltagundfrauen/wohnbau.html
Imagem 19 - google earth
Imagem 20 - google earth
Imagem 21 - google earth
Imagem 22 - google earth
Imagem 23 – google earth
Imagem 24 – google earth
Imagem 25 – raul juste lores/veja sp
Imagem 26 – raul juste lores/veja sp
Imagem 27 – raul juste lores/veja sp
Imagem 28 - ketsiree wongwan / w workspace < https://www.archdaily.com.br/br/802931/
the-commons-department-of-architecture>
Imagem 29 - ketsiree wongwan / w workspace < https://www.archdaily.com.br/br/802931/
the-commons-department-of-architecture>
Imagem 30 - fábio lima <http://www.opopular.com.br/>

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FORMULÁRIO ONLINE

Qual bairro você mora?


Qual seu principal meio de locomoção?
Qual o seu sexo?
Você já sofreu algum assédio pela ruas de Goiânia?
Se não, o que você acha sobre a segurança na cidade?
Se sim, relate a história a seguir: (pode ser mais de uma)
Qual a região que você mais se sentiu ameaçada?
Como você se sentiu depois?
Essa situação te impediu de se relacionar melhor com o espaço público da
cidade?

ENTREVISTA PRESENCIAL

Nome
Idade
Profissão
Composição famíliar
Qual bairro você mora?
Qual bairro você trabalha?
Qual bairro você estuda?
Principal modal para tais locais
Principal modal dos filho
Por que está aqui?
Se sentiu insegura hoje?
Sofreu algum assédio?
Alguma reclamação a ser feita? Segurança: público ou
privada? Segurança: com ou sem movimento?

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