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O propósito:
Incentivar a educação, artística, cultural e social para influenciar no desenvolvimento
de crianças, jovens e adultos.
A visão:
Promoção e criação da ambientalização socioeducativa e comunicativa com os meios
sustentáveis e territoriais do Morro da Providência, assim tornando-se um centro educacional
artístico de cunho social referência no movimento social das comunidades.
O valores:
A valorização cultural e tradicional do lugar e a garantia de uma harmonia e respeito
às diversidades, juntamente com comprometimento da educação étnico-raciais.
Tudo era interessante para fotografar no começo. Aí eu fui entender que não era só a
fotografia em si, era a qualidade da fotografia, era o assunto que eu estava
fotografando, diversos elementos para gerar uma imagem. Esse foi um aprendizado
longo (depoimento de Maurício Hora transformado em quadrinho. DINIZ, 2011,
sem página).
Hora se destaca por ser um precursor na retratação afetiva da favela, retratatando
sempre a busca pelo local de paz do local onde nasceu. Por sua criação e vivência no local,
Maurício busca sempre retratar de forma quase afetuosa os locais onde cresceu, mas trazendo
consigo sempre o tom crítico e político, conseguindo efetivamente fugir do local comum
constante retratatado do Morro. Foi o primeiro a retratar a favela a noite, Maurício solicitou
autorização dos agêntes dominantes locais para conseguir realizar tal foto, oque faz com
regularidade para posssibiltar seus projetos.
Isso me deu uma noção e uma capacidade de discutir o território. Agora, me frustra
porque, no fim, vale o que o tráfico determina. Por causa do descaso das
administrações, é ele que tem força. O tráfico consegue transformar e fazer ações, às
vezes sem pensar, e a comunidade aceita, e até gosta. E eu, que estou ali, não
consigo fazer nada. Já aprendi que não posso brigar contra isso.”
Em 2005 Maurício foi um dos constituintes na criação do projeto Favelité, projeto este
que levava as favelas do rio para os metros parisienses. é por meio deste projeto que Jean
Réné conhece o trabalho de Maurício e foi até o Rio de Janeiro conhecê-lo.
Com sua vinda ao Morro da Providência em 2009 JR buscava um local para sediar seu
projeto “Women are Heroes”. Jr realizou sua primeira intervenção artística no Rio de Janeiro
instalando a fotografia da avó de um menino, que havia 3 semanas antes sido capturado pela
policia e levado a uma facção inimiga, onde foi morto. Esta obra estampava a escadaria que
divide o Morro da Providência do asfalto, território de constantes investida da polícia. Ao ver
o rosto desta senhora estampa o reconhecimento gera como comoção popular da comunidade,
assim gerando compreensão do papel da arte na sociedade.
Assim nasce neste local uma abertura social de implementação de projetos artísticos e
sociais. Procurando mudar a forma como se vê o mundo através da arte e esperando tornar
visíveis aqueles que muitas vezes são esquecidos ou vivem à margem da sociedade juntam-se
Maurício Hora e JR para a fundação da Casa Amarela. Maurício trazendo consigo a bagagem
não só artística ativista mas também seu conhecimento e origem, Maurício cresceu como
artista periferico, atualmente entitula-se como fotografo favelado, lutando pela ressignificação
do termo favelado, e buscando não só traduzir ao mundo sua vivência mas tambêm em
constante busca por trazer ao Morro da Providência novos paradigmas. JR traz consigo seu
ativismo político e social, nascendo assim dessa parceria a Casa Amarela.
Referências
GONÇALVES, R. A; NERCOLINI, M. J. A cultura urbana periférica: silenciamentos e
táticas. Revista Soletras, 2018. Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=D&q=http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/art
icle/viewFile/34425/26598&ust=1669929600000000&usg=AOvVaw3e5yJtkf4Aqz2Cb-MXo
pxY&hl=en
“Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e
acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão
das manifestações culturais. ”³
A forma como a casa amarela se coloca online, suas mídias sociais. Muito a par das
novas tecnologias, com uma página no instagram e facebook, com um bom site que conta com
depoimentos de ex-alunos e explicar
O slogan “can art change the world”, que é uma provocação artística que já é
respondida pela própria fundação, que impactou fortemente a vida de diversos jovens e
adultos na favela da providência no rio de janeiro
Referências
GONÇALVES, R. A; NERCOLINI, M. J. A cultura urbana periférica: silenciamentos e
táticas. Revista Soletras, 2018. Disponível em:
https://www.google.com/url?sa=D&q=http://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/soletras/art
icle/viewFile/34425/26598&ust=1669929600000000&usg=AOvVaw3e5yJtkf4Aqz2Cb-MXo
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