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ANO 2021
O presente compilado de análises vinculadas ao curso com Licenciatura em Artes
Visuais, tem como objetivo concluir a carga horária de 130 horas exigidas, conforme
orientações obtidas pela Tutoria Virtual da Unip.
Referências
https://www.youtube.com/watch?v=svFLNSQevag
https://www.gov.br/mdh/pt-br/assuntos/noticias/2018/dezembro/artigo-27deg-direito-
a-cultura#:~:text=%E2%80%9CToda%20a%20pessoa%20tem%20o,nos%20benef%
C3%ADcios%20que%20deste%20resultam.
Zaven Paré é um artista plástico francês que utiliza do maquinário criado a partir da
concepção de marionete para criar cenários de teatro e instalações artísticas. Neste
registro, ele fala sobre a exposição Cyber Art realizada no Rio de Janeiro (2009), no
espaço da Caixa Cultural.
Zaven representa uma vertente da discussão contemporânea sobre a relação entre
a arte tradicional e o mercado da interação digital.
Segundo a pesquisadora e professora universitária Priscila Arantes (2005), o
advento da Guerra Fria possibilitou o avanço da área tecnológica, principalmente
nas áreas de pesquisa e desenvolvimento de computadores. Fato que acabou por
proporcionar a evolução na criação de recursos informáticos na produção,
manipulação e exibição de imagens.
Uma outra vertente, questiona uma possível descaracterização na relação de
criação, originalidade entre o artista , sua obra e o espectador, uma vez que a
máquina não concebe por si só o produto de arte com os mesmos processos
humanos. Perdendo assim, sua qualidade e caráter único.
Todavia, enquanto estudantes e consumidores de arte, podemos desenvolver um
debate, uma reflexão sobre as contribuições e os malefícios causados pelo uso de
sistemas eletrônicos numa sociedade de consumo rápido.
A arte tem de acompanhar os novos tempos, às novas linguagens de comunicação
de modo que atinja o maior número de pessoas e leve sua mensagem, tenha
impacto evolutivo na vida humana.
Por outro lado, as políticas públicas para que este acesso seja plural a todos, não
beneficia às populações mais carentes, levando a arte e o artista a conversarem
com um público específico.
Outro ponto a se observar é que a evolução tecnológica nos meios de comunicação
para com as artes visuais, mesmo com todas essas problemáticas, também se vale
do maquinário para projetar arte em edifícios abandonados no centro das grandes
cidades e gerando uma galeria digital a céu aberto que não sofre com tanta
interferência direta das mudanças climáticas.
A cyber art conversa com diversas disciplinas do curso e nos aponta soluções
também para disseminar o olhar crítico e inclusivo sobre o tema.
Referências
https://www.scielo.br/j/ars/a/GJpShm95ZD4fhsxPHLMgrng/?lang=pt
https://www.youtube.com/watch?v=J3LGu1lfQCY
https://www.youtube.com/watch?v=NweSR8bEtr8
Pedagogia da Autonomia de Paulo Freire
O filme de Fernando Meirelles, data de 2008 e trabalha sobre uma das formas de
fazer arte através do cinema e provocando reflexões, segundo PERISSÉ (2009),
com intuito de ensinar valores.
A carga emocional se dá na combinação de planos, problemáticas e narrativas das
quais o espectador se vê dentro da trama, provocado por traços presentes nas
relações humanas e falhas de caráter.
A cegueira é uma espécie de metáfora para aquilo que o ser humano opta por não
encarar, não assumir, não enxergar, mesmo que esta escolha o arraste para
situações degradantes.
Simbolizada através de um vírus que causa a falta de visão, cujo efeito – ao invés
de preto - é uma espécie de branco total, ausência de formas, o vazio. E as pessoas
infectadas são retiradas do convívio da sociedade para viver aglomeradas e sob
uma outra dinâmica organizacional, onde o trato ético é rebaixado à sub
convivência.
Outro filme que, de forma perturbadora, mostra a que ponto o ser humano pode
chegar para sobreviver, ainda que tenha de se corromper é O Poço (2019), da
companhia Netflix.
Em ambos a ideia de que o homem é produto do meio é abordada, mas também, o
questionamento sobre de onde o mal, a falta de moral se origina, já que o meio é
composto pelo homem.
São críticas sociais que estão presentes desde a formação humana, considerando a
narração bíblica da evolução.
Na matéria Arte e Estética, a obra de Meireles é citada como exemplo onde as
diversas formas de linguagens visuais, códigos sensoriais se combinam e, ainda
que não haja o texto, outros componentes indutivos, bem como cores e expressões,
dão conta de passar a mensagem. E como isso é promissor quando conversa com a
carga cultural e filosófica da vida do espectador.
Por toda esta potência na comunicação é que as artes cênicas e/ou
cinematográficas atingem com ainda mais impacto o sujeito no âmbito coletivo.
A indústria da imagem é uma forte aliada no processo de educação das artes.
Filme: Um cão andaluz (1929)
O filme trata do Golpe militar no Brasil e na América Latina, porém fazendo uso do
recurso alegórico para fazer essa denúncia sem ser explicitado a origem do tema.
Quando falamos sobre o uso de alegoria, linguagem metafórica, irônica, dúbia e até
fantasiosa, não significa abrir mão de dados da realidade, visto que essa realidade é
o tutano da obra.
Por se dar num período ditatorial, de revolta e desesperança diante das políticas
arbitrárias no Brasil, Glauber – no cinema novo- entre outros artistas, encontraram
na arte e suas expressões (canto, plásticas, literatura) um meio de se contrapor ao
sistema de repressão. O que gerou a prisão e exílio de muitos artistas.
Nesse cenário político é que surge o Tropicalismo e o seu estilo de romper com tudo
o que amarrava, represava a liberdade de ser. O responsável por este nome, aliás,
é o artista plástico Hélio Oiticica, autor da instalação artística que recebe o mesmo
nome do movimento cultural.
Passados 53 anos da estreia do filme Terra em transe, de novo, assistimos à
crescente crise econômica, social e política onde o povo é alvo. Novamente, através
das artes podemos compreender melhor a relação entre clima de crise e processo
artístico criativo.
A realidade vira inspiração e motivo não para somente entreter, mas principalmente,
provocar reflexão crítica de imediato.
Este é um dos pontos a ser considerado pelo profissional em artes visuais.
Referências
https://www.estadao.com.br/blogs/reclames-do-estadao/terra-em-transe/
http://anos70ba.blogspot.com/
Documentário: Lixo Extraordinário (2011)
Documentário Mestre Pastinha, uma vida pela capoeira (1998), Dir. Antônio
Carlos Muricy
Vicente Ferreira Pastinha (Abril de 1889- Novembro de 1981), natural de Salvador
(BA) ,personagem de peso e suma importância para a propagação da capoeira
Angola. Expressão cultural afro-brasileira, que foi muito criminalizada pela
sociedade branca dos séculos passados, tendo o racismo como embasamento para
sua proibição, assim como outras expressões culturais de ascendência negra no
país.
Esta foi apenas uma das grandes contribuições dos povos pretos aqui chegados e ,
das quais, formam parte da plástica visual brasileira, se espalhando para outras
partes do mundo e tendo seu centro de atuação em na Bahia, bem como no Rio de
Janeiro.
Ora lida como luta, ora lida como dança, fato é que, a capoeira foi o ganha pão de
muitos outros mestres pelo território brasileiro. A questão é olhar para as artes lidas
como exóticas, diferenciadas a partir da sua característica em comparação ao dito
como norma.
Muitos desses mestres foram usados, tiveram seu conhecimento esvaziado por
pesquisadores e empresários, com a promessa de melhorias de vida em troca da
informação. O que muito se discute em relação ao valor da arte a partir do seu
interlocutor e quais os fins desejados através dos meios em que a arte é distribuída.
O documentário abrange questões que passam do social ao ético, perpetuando
visualmente a história de Pastinha, sua relação com a comunidade e a arte do “ jogo
de dentro, jogo de fora” na capoeira de Angola para o mundo.
Referências
https://youtu.be/-unP_tdBiKI
http://rmbsrock.blogspot.com/2018/11/filme-mestre-pastinha-uma-vida-pela.html
Espetáculo Clementina, Cadê Você?