Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Capinzal/SC
2022
RAFAELLA RODRIGUES DA SILVA
Capinzal/SC
2022
RAFAELLA RODRIGUES DA SILVA
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________
Professora Mestra Dulcemari Vidi Silva
Universidade do Oeste de Santa Catarina-UNOESC
_______________________________________
Professora Mestra Izolete dos Santos Riqueti
Universidade do Oeste de Santa Catarina-UNOESC
Gostaria de dedicar este espaço a minha Professora orientadora de
estágio, Dirlei Weber da Rosa, que foi meu norte para a escolha de tema
e me ajudou sem hesitar, sou imensamente grata pela força que ela me
deu e os conselhos que recebi.
Dedico também, as professoras de sala, Sara Lopes Duarte e Rosilene
Haus Pauly, pela ajuda que me deram, e queria frisar as ótimas
profissionais que elas são, atenciosas, focadas no que fazem e
organizadas!
Não posso esquecer também, as coordenadoras e supervisoras de
estágio, Lucélia Alves Dalposso e Joelice Mascarelo, que juntamente
com a diretoras Valquíria Moresco e Miriam de Azeredo e Silva, que
fazem um trabalho impecável gerenciando a Creche Pinguinho de
Gente Extensão e Escola Municipal Belisário Pena.
Cada uma me auxiliou do jeito que conseguiu, e graças a essa ajuda,
pude observar e reger as etapas de estágio com tanta garra.
Agradeço a minha mãe, Rosalba Aparecida Rodrigues por me aconselhar, segurar minha
mão nos dias em que eu não conseguia ter ideia do que fazer, e que sempre acreditou que um
dia eu chegasse até aqui.
Agradeço também a minha tia, Elizangela de Fátima Rodrigues que sempre me ajudou
em tudo, ela que foi minha maior inspiração para iniciar esse curso e concluir com extrema
garra e vontade que ela sempre demonstrou ter.
Ao meu namorado, Raul Andreis, que sempre me deu apoio quando eu queria desistir,
me acalmou nos momentos de extrema ansiedade, e foi meu porto seguro nas horas em que eu
via que não iria mais conseguir.
Ao meu tio, José Edivaldo da Silva, que além de ter me ajudado financeiramente quando
mais precisei, me deu apoio para que não desistisse e terminasse esse curso, que como ele
sempre disse “Você tem o maior gosto por essa profissão, continue que irás longe!”
Ao meu primo, Leonardo Rosalen da Silva, que foi meu pilar para que continuasse, pois
ao vê-lo concluir seu curso e trabalhar com amor, foi onde eu vi que concluo meu curso por
puro amor e vontade de ensinar as crianças que por mim passarão.
A toda a minha família, por nunca desistirem de mim, sempre acreditarem que eu
chegaria até aqui, cada um ajudou com o pouco que teria, mesmo que fossem apenas com
palavras.
Rubem Alves
RESUMO
Os contos de fadas surgiram há muitos anos, e ainda vem cativando as crianças contribuindo
para seu desenvolvimento sócio-intelectual, despertando o interesse sobre as histórias, como
contos dos Irmãos Andersen Grimm entre outros autores que serão apresentados no decorrer
deste relatório. O objetivo geral da pesquisa foi analisar como os Contos de Fadas contribuem
para explorar as diferenças na diversidade dos alunos. Nos componentes, Estágio
Supervisionado na Educação Infantil e Estágio Supervisionado no Ensino Fundamental, os
acadêmicos elaboraram planos de aula para aplicar em duas etapas dos níveis da Educação
Infantil e Ensino Fundamental I. Foi usado o método observação e regência de estágio. No
primeiro estágio, realizado numa turma de Infantil VI, a prática foi totalmente diferente da
ocorrida seis meses depois, pois a experiência da acadêmica era pouca, comparada aos anos de
trabalho que a professora tem, a mesma sentiu muita dificuldade ao reger sob a turma, o que é
normal sendo apenas estagiária da universidade. Então, na observação e regência dos anos
iniciais, após uma longa semana, a estagiária pode ver, que, como citado no relatório de
observação, eles só se comportam e prestam atenção de fato, naquilo que a professora regente
passa a eles, os mesmos tem a concepção de que devem respeitar somente a professora regente,
que fica maior parte do tempo com eles. Então, como prova de que foi um pouco conturbada a
tal regência, ficaram três atividades do plano de ensino feitos pela estagiária, sem concluir, e
também, não por culpa dos alunos, mas sim, pelo pouco tempo de regência e aulas quebradas
que os mesmos tem com a professora de sala. O objetivo citado no Trabalho de Conclusão de
Curso, foi realizado em partes, pois as escolas, felizmente estão preparadas para crianças
especiais, tanto físicas, como mentais, pois a acessibilidade que as escolas na qual a estagiária
adentrou, estão ótimas, com rampas para deficientes físicos, professoras/es auxiliares para cada
aluno, sendo professores que trabalham 40 horas semanais em âmbito escolar, entre outros. A
respeito dos estágios, foi uma ótima experiência, e cada plano teve suas falhas e acertos, onde
a estagiária pode ter uma ideia de como será sua carreira ao longo da profissão que escolheu
para ter.
Palavras Chave: Contos de Fadas. Crianças. Diversidade. Escola.
LISTA DE IMAGENS
1.INTRODUÇÃO 12
2.1.HISTORICIDADE DA EDUCAÇÃO 16
2.1.1. Níveis de Educação 17
2.1.2.Educação Infantil 18
2.1.3.Ensino Fundamental 21
2.1.4.Ensino Médio. 23
2.1.5.Gestão 24
2.2.DIVERSIDADE 28
2.2.1.A DIVERSIDADE NOS CONTOS DE FADAS (CLÁSSICOS) 30
2.3. CONTRIBUIÇÕES QUE A DIVERSIDADE TRAZ POSITIVAMENTE E NEGATIVAMENTE
NO ENSINO APRENDIZAGEM 42
2.4.A DIVERSIDADE NO ESPAÇO DA ESCOLA A PARTIR DA BNCC 47
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: 67
PLANO DE AULA 02 68
PLANO DE AULA 03 71
PLANO DE AULA 04 74
PLANO DE AULA 05 76
3.1.4.Relato da Intervenção e Análise 78
3.1.5.Considerações desta etapa 81
3.2.ESCOLA MUNICIPAL BELISÁRIO PENA 82
3.2.1.Relato da Observação 84
3.2.2. Análise da Observação 91
3.2.3.Planos de intervenção 92
PLANO DE AULA 01 92
PLANO DE AULA 02 99
PLANO DE AULA 03 104
PLANO DE AULA 04 110
PLANO DE AULA 05 116
3.2.4.Relatório de Regência de Estágio 120
3.2.5. Considerações desta etapa 131
CONCLUSÃO 132
1.INTRODUÇÃO
O curso de Pedagogia, na 5ªFase, os acadêmicos vivenciam, um momento importante
pois permite ao acadêmico vivenciar a relação teórica e prática dos conteúdos apreendidos
durante a graduação.
A teorização do curso permite o conhecimento das abordagens teóricas de diversos
pensadores da educação, está por ser uma ciência vive em constante transformações haja visto
que as crianças de hoje não são como as de antigamente.
A escola é uma instituição social que tem como objetivo desenvolver a capacidade
física, cognitiva e afetiva dos alunos através de diversos procedimentos que contemplem cada
etapa vivenciada. O aluno passa uma grande parte de sua vida em um banco escolar, portanto
este ambiente deve favorecer um ambiente agradável e interessante para suas vivências.
Os contos de fadas surgiram há muitos anos, e ainda vem cativando as crianças
contribuindo para seu desenvolvimento sócio-intelectual, despertando o interesse sobre as
histórias, como contos dos Irmãos Andersen Grimm entre outros autores que serão apresentados
no decorrer deste relatório.
Na escola, as histórias são inseridas desde a educação infantil podendo ser utilizadas até
os anos seguintes da educação básica.
Esse projeto tem como função primordial abordar as diferenças que encontramos entre
os discentes nas instituições escolares e propor uma organização de trabalho pedagógico que
ofereça ações que promova um ambiente de respeito para que as diferenças não sejam tratadas
na óptica da exclusão, visto que a escola é um ambiente repleto de realidades diferentes e cada
qual deve ser vista e tratada dentro do seu contexto.
Dessa forma, a escola deve estar aberta para acolher essa diversidade humana que
compõem a sociedade como um todo, voltada para questões que contemple essas diferenças,
tais como etnia, raça, gênero, classe social, sexo, como também as dificuldades de
aprendizagem e a inclusão de portadores com deficiências especiais. É fundamental que a
escola prepare as novas gerações para a inclusão, aprendendo desde o início de sua formação a
respeitar as diferenças, promovendo um mundo com menos preconceito e mais solidariedade.
Dessa forma, a escola desempenha um papel de suma importância na vida escolar do
aluno, além dos conteúdos em sala de aula, o docente precisa incluir questões que abordem a
diversidade, desenvolvendo cidadãos mais conscientes, empáticos e solidários frente a uma
sociedade complexa e plural, abrindo janelas para um aprendizado maior e mais significativo.
13
poder instigar, dialogar e trazer a criança para esse mundo repleto de diferenças e fazê-la ver
que todos nós de uma maneira ou de outra somos diferentes e é essa diferença que faz-nos
aprender, conhecer e crescermos num mundo mais justo e cooperativo.
Salientando ainda, que não basta ficar no papel e no discurso do professor, se não houver
prática aliada à perseverança, a mudança não ocorrerá e os resultados serão cada vez mais
desastrosos. Não basta dar acesso aos alunos na escola se a aprendizagem e o respeito não
coexistirem juntos, tudo precisa estar interligado para o bom desenvolvimento pessoal e
convívio social.
Diversidade é a regra, não a exceção, sejamos diferentes, persistentes, mas nunca o
personagem discriminado da história (ou aquele que discrimina, isola, aponta) da qual fazemos
parte, sejamos o personagem que faz parte da inclusão, que aprende e convive com as
diferenças. Então questiona-se: Como explorar as diferenças na Diversidade dos alunos a partir
dos Contos de Fadas?
Neste sentido, o objetivo geral da pesquisa foi analisar como os Contos de Fadas
contribuem para explorar as diferenças na diversidade dos alunos.
Os objetivos específicos ficaram da seguinte maneira elencados: Apontar a importância
dos contos de fadas no desenvolvimento das habilidades e competências das crianças. Elencar
as contribuições da Diversidade nos aspectos positivos e negativos durante o processo de ensino
aprendizado das crianças. Especificar a diversidade no espaço da escola.
As questões de pesquisa foram, qual é a importância dos contos de fadas no
desenvolvimento das habilidades e competências das crianças? Quais as contribuições da
Diversidade nos aspectos positivos e negativos durante o processo de ensino aprendizado das
crianças? Quais são as diversidades no espaço da escola?
A metodologia utilizada é a de pesquisa ação, qualitativa de caráter descritivo com
diagnóstico e análise dos planos de intervenção pedagógica.
Sendo ainda de caráter de ação pautada no paradigma interpretativo e descritivo através
da aplicação dos objetivos, e, aprofundada na busca teórica, com base em livros, material
publicado e material disponível na internet que norteou o desenvolvimento e a aplicação do
projeto e posterior elaboração do relatório que segue.
A análise dos dados foi de caráter de ação pautada no paradigma interpretativo e
descritivo através da aplicação dos objetivos, e, aprofundada na busca teórica, com base em
livros, material publicado e material disponível na internet que norteará o desenvolvimento e a
aplicação do projeto previamente elaborado.
15
classe na turma. Concluída esta etapa aconteceu a análise descritiva de toda a intervenção
pedagógica realizada e fundamentada em autores.
Na 8ª fase aconteceu a retomada do projeto com elaboração do Relatório de Conclusão
de Curso – RCC. Na sequência a socialização em banca para posterior adequações necessárias
e encaminhamento para publicação.
Como organização, este relatório está dividido em seções, sendo que na seção I está a
introdução, contemplando a justificativa, a descrição e o problema de pesquisa, na sequência
estão apresentados os objetivos e as questões que nortearam a pesquisa e a metodologia. Na
seção II, está o referencial teórico sustentação teórica do estudo. Na seção III, a caracterização,
observação, os planos de intervenção pedagógica e o relato e análise desta etapa.
Esta seção contempla a parte prática da pesquisa. Na seção IV está a conclusão da
pesquisa em seus aspectos positivos e negativos, bem como os resultados obtidos durante o
percurso formativo e a aplicação da pesquisa tanto teórica como prática. E por fim as referências
bibliográficas que nortearam e embasaram o estudo teórico da pesquisa.
A vinda dos padres jesuítas, em 1549, não só marca o início da história da educação
no Brasil, mas inaugura a primeira fase, a mais longa dessa história, e, certamente a
mais importante pelo vulto da obra realizada e sobretudo pelas consequências que dela
resultaram para nossa cultura e civilização. (RIBEIRO, 1998, p. 28).
17
A educação jesuítica no Brasil foi de extrema importância para a história de nosso país
e também auxiliou no ensino de atualmente, pois graças a esse fato, a educação brasileira teve
impulso para sua inicialização.
A Educação formal é a educação que se desenvolve na escola. É conhecida como a
educação entre quatro paredes, pois se aprende dentro de uma sala de aula, planejada por
profissionais capacitados e centrados no que querem ensinar, contam com o auxílio de espaços,
objetivos, cronogramas e planejamentos. O principal agente de criação da sabedoria na
Educação Formal é o educador. “No encontro que se faz entre cultura e criança, situa-se o
professor, cujo trabalho educativo será o de intermediar os conhecimentos existentes e oferecer
condições para novos estudos.” (FUZARI, FERRAZ,1993, p.49).
A Educação formal é de excepcional graduação e estruturação, é aplicada nas escolas
públicas e particulares, cursos os quais tem reconhecimento pelo MEC e comprovados por
certificações e diplomas.
A Educação informal é caracterizada por não ser proposital ou organizacional, porém
é casual e prática, trabalhada a partir de conhecimento de modo espontâneo. É adquirida em
ambiente familiar ou social, tem como aprendizado o respeito ao próximo, boas maneiras,
conviver com o próximo, fazer serviços de sua moradia, entre outras. Tem como responsáveis
por exercer essa educação, os pais, familiares e comunidade em geral que vive em convívio.
Na educação informal, não há lugar, horários ou currículos. Os conhecimentos são
partilhados em meio a uma interação sociocultural que tem, como única condição
necessária e suficiente, existir quem saiba e quem queira ou precise saber. Nela, ensino
e aprendizagem ocorrem espontaneamente, sem que, na maioria das vezes, os próprios
participantes do processo deles tenham consciência. (GASPAR, 2002, p.173).
A educação informal estabelece realizações feitas pela sociedade, pelo ambiente em que
o aluno vive e que influenciará suas ações posteriores, sejam elas para bem ou mal. Ocorre
durante toda a sua vivência enquanto ser humano, por meio de seus processos para a
socialização. Pode ser presenciada também em sua vida religiosa. Outro agente construtivo são
os meios de comunicação (TV, Rádio, Internet, etc.).
A educação escolar é uma etapa muito importante na vida de todo o ser humano, pois é
ali em que aprendemos as coisas mais imprescindíveis para nossa vida enquanto ser pensante.
Aprendemos que 1+1 é igual a 2, que o alfabeto não está ali só para enfeite, que os livros, além
18
de figuras bonitas, tem várias palavras, também aprendemos que o céu é azul e o nosso planeta
se chama Planeta Terra e junto com ele, tem mais 7 e um planeta bem pequenino.
Sem a educação não somos nada! Graças a ela somos o que somos.
2.1.2.Educação Infantil
A nomenclatura educação pré-escolar, utilizada no Brasil até a década de 1980, dava a
entender que a Educação Infantil era uma fase anterior, independente e preparatória para a
escolarização, que só iniciaria no Ensino Fundamental. Situava-se fora da educação formal.
Com o auxílio da Constituição Federal de 1988, o atendimento em creches e pré-escolas às
crianças de zero a 6 anos de idade se tornou um dever do Estado. Sucessivamente, com a
promulgação da LDB, em 1996, a Educação Infantil passou a ser parte integrante da Educação
Básica, localizando-se no mesmo nível que o Ensino Fundamental e o Ensino Médio. Foi a
partir da mudança iniciada na LDB em 2006, que antecipou o acesso ao Ensino Fundamental
para os 6 anos de idade, e a Educação Infantil passou a atender alunos de zero a 5 anos.
Mesmo sendo reconhecida como direito das crianças e dever do Estado, a Educação
Infantil passou a ser obrigatória para as crianças de 4 e 5 anos apenas com a Emenda
Constitucional nº 59/200926, que determinava a obrigatoriedade da Educação Básica dos 4 aos
17 anos. Essa extensão da obrigatoriedade foi incluída na LDB em 2013, consagrando a
exigência de matrícula de todas as crianças de 4 e 5 anos em instituições de Educação Infantil.
A concepção de criança pode ser atribuída como sujeitos ativos, que constroem seus
saberes interagindo com as pessoas e culturas do seu tempo histórico. A BNCC reafirma a
concepção de criança trazida pelas Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil:
Sujeito histórico e de direitos que, nas interações, relações e práticas cotidianas que
vivencia, constrói sua identidade pessoal e coletiva, brinca, imagina, fantasia, deseja,
aprende, observa, experimenta, narra, questiona e constrói sentidos sobre a natureza e
a sociedade, produzindo cultura. (DCNEI/2010, p. 12 ).
Toda criança é um sujeito histórico e social, que aprende, interage, formula hipóteses,
questiona, produz ideias, troca conhecimento e cria situações por meio de diversas linguagens.
A criança desde cedo está construindo a sua história, criando laços e vínculos com outras
pessoas, procurando seu espaço no mundo, compreendendo que esse espaço possui deveres e
direitos que precisam ser cumpridos mediante a sociedade em que vive.
Nesse contexto, a criança aprende e enriquece seu vocabulário através das interações
sociais, brincando, dialogando, buscando algo novo a cada dia, assim construindo sua
identidade pessoal, seu caráter e sua maneira de ver o mundo.
19
Portanto, a criança não é um ser passivo, é um ser que faz história e produz cultura,
através de interações ela passa a moldar seu comportamento, suas atitudes, seu modo de pensar
e agir como também entender as diferenças no seu meio social. A criança cria um vínculo com
o mudo que a cerca, transformando-o, abrindo caminhos que contribuem para seu
desenvolvimento histórico cultural.
A partir que nasce, a criança vai tecendo a sua história e moldando a sua cultura como
se fosse um emaranhado de fios entrelaçados no conhecimento, buscando sua identidade dentro
de um mundo cheio de diferenças e realidades.
No Brasil, as escolas públicas tiveram sua inicialização em meados do século XX. No
decorrer das décadas, ocorreram várias modificações: a pré-escola não tinha caráter formal, não
havia professores qualificados e a mão de obra era muita das vezes formada por voluntários,
que rapidamente desistiam desse trabalho (MENDONÇA, 2012). Por mérito à Constituição de
1988, a criança passou a ser posta no lugar de sujeito com direitos e a educação infantil foi
inserida no sistema educativo brasileiro.
As primeiras mobilizações voltadas para o bem estar da criança foi no ano de 1874,
pela qual as Câmaras Municipais Brasileiras começaram a enviar um auxílio financeiro para as
crianças negras, místicas ou brancas que sentiam-se rejeitadas, teriam que mostrar
frequentemente às crianças as jurisdições. Mais tarde, desenvolveu-se pela Igreja Católica as
Rodas dos Expostos, ou dos rejeitados, esse local tinha como natureza altruísta a Santa Casa de
Misericórdia, e passaram a se espalhar pelo país no século XVIII.
De modo que no estabelecimento da República ocorreu uma atenção maior com a
educação da criança, mas no século XX, houveram ações que demonstraram intervenções por
parte da administração pública. As organizações que eram destinadas ao cuidado da criança
tinham tendência preventiva e de recuperação de crianças em extrema pobreza, que eram
consideradas um perigo para a sociedade. O foco não era a criança, mas naquilo que era
denominado como menor abandonado e delinquente. (KUHLMANN JR., 2002), apresenta uma
imagem da criança pobre como malfeitora e com risco em potencial, pois as crianças eram mal
alimentadas, viviam em ambientes nos quais o alcoolismo era algo normal e seus familiares,
em sua grande maioria, não tinham trabalho.
Isto nos remete à questão da formação humana [...] mas que ressalta a necessidade de
promover o processo humanizado da criança. Esse processo requer e implica em um
projeto de educação infantil fundamentado em um conceito de educação para a vida,
pois ele dará os recursos cognitivos iniciais para o pleno desenvolvimento da vida da
criança. (MENDONÇA, 2012, p. 42).
20
A educação infantil é essencial para a vida da criança, ela desenvolve e amplia o seu
mundo social, pois a criança passa a interagir com outras pessoas, aumentando seu vocabulário
e sua maneira de ver o mundo que a rodeia. Lembrando que, o conhecimento prévio que a
criança traz é fundamental e faz parte de sua história, e este deve ser trabalhado e ampliado
para seu desenvolvimento social e educacional.
É na educação infantil que a criança desenvolve sua personalidade e autonomia, aprende
a lidar com as diferenças, cria amizades e desenvolve habilidades, passando a ver o mundo
além de seu convívio familiar.
Lembrando que a educação infantil já foi vista e trabalhada de maneira diferente dos
dias de hoje, era um lugar onde se cuidavam dos alunos e não educavam, com o tempo
percebeu-se a importância e a valorização do processo aprendizagem na educação infantil, a
criança passou a ser vista como um ser capaz de aprender e interagir com outras pessoas.
Assim sendo, a criança tornou-se protagonista na construção do conhecimento, a
educação infantil tornou-se a base da educação como um todo onde os saberes são ampliados
e modificados.
Nessa perspectiva, o professor precisa estar atento ao desenvolvimento da criança, pois
cada qual tem seu tempo para aprender e respeitar as etapas de cada um e suas necessidades é
primordial no processo da aprendizagem.
O professor da educação infantil é a base para uma educação eficaz, sendo formador de
sujeitos críticos, responsáveis, respeitosos e motivados para o aprender.
No dia 14 de Novembro de 1930 foi criado pelo presidente Getúlio Vargas o Ministério
da Educação (MEC), que consiste em um órgão do governo federal estabelecido no decreto
nº 19.402, nomeado de Ministério dos Negócios da Educação e Saúde Pública, que tinham
como responsabilidade o estado e despacho de todos as temáticas relacionadas ao ensino,
saúde pública e assistência hospitalar. Nos anos 70, o Brasil assimilou as teorias desenvolvidas
nos Estados Unidos e Europa, que sustentavam que as crianças mais pobres sofriam de
privação cultural e eram colocadas para explicar o fracasso escolar delas, esta ideia direcionou
por muito tempo a Educação Infantil, enraizando uma visão assistencialista e compensatória
foram então adotadas sem que houvesse uma reflexão crítica mais profunda sobre as raízes
estruturais dos problemas sociais. Isto passou a influir nas decisões de políticas de educação
infantil. (OLIVEIRA, 2002, pg. 109).
21
2.1.3.Ensino Fundamental
É a segunda fase da educação básica, na qual faz parte da educação infantil e ensino
médio. O presente ensino tem duração de nove anos, sendo separado em ciclos. O conceito de
ensino fundamental foi formado partindo da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), de
1996, substituindo o antigo Primeiro Grau. O art. 32 da Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de
1996, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 32º. O ensino fundamental, com duração mínima de oito anos, obrigatório e
gratuito na escola pública, terá por objetivo a formação básica do cidadão, mediante:
I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno
domínio da leitura, da escrita e do cálculo; II - a compreensão do ambiente natural e
social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se
fundamenta a sociedade; III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem,
tendo em vista a aquisição de conhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e
valores; IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade
humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social (BRASIL, 1996).
Conforme as Leis de Diretrizes e Bases (LDB) de 1996, o caminho para a educação escolar no
ensino fundamental deve-se incluir quatro horas de trabalho efetivo no ambiente da sala de aula,
sendo gradativamente aumentado o tempo de permanência na escola. O ensino fundamental
também possui Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s) e Diretrizes Curriculares Nacionais
(DCN’s) específicos para estabelecer princípios, fundamentos e procedimentos para orientação
de práticas educativas nessa etapa de ensino em todo país.
[...] as crianças são atores sociais que, através das interações sociais, produzem
culturas. As crianças assimilam, mas também interferem no mundo em que vivem.
Para uma criança, tornar-se humana é preciso tempo, é preciso estar junto, é preciso
brincar, e muitas outras coisas que nosso modelo de escola de ensino fundamental
nega, na medida em que apenas investe nos conteúdos de ensino. Atuamos em nossas
escolas com alunos, não com crianças (BARBOSA et al, 2012, p. 33).
educação, há muitos anos. Entretanto, ainda há muito o que planejar e estudar para que, com
esta medida, melhorem as condições de igualdade e de qualidade da Educação Básica.
O Conselho Estadual de Educação de Santa Catarina (CEE/SC) informa aos dirigentes
de todas as instituições ou redes de ensino ligadas ao Sistema Estadual de Ensino à necessidade
da observância do Artigo 4º da Resolução CEE/SC nº 070, de 17 de junho de 2019, que:
As instituições ou redes de ensino que optarem por não aderir ao Currículo Base do
Território Catarinense deverão produzir seu próprio referencial curricular, devendo, neste caso,
cumprir o estabelecido na Base Nacional Comum Curricular, conforme determina a Resolução
CNE/CP nº 2/2017.
Piaget (1999) coloca quatro estágios que auxiliam no desenvolvimento infantil, são eles:
A primeira fase é o sensório motor, que acontece de zero até os dois anos de idade. É
quando a criança começa a entender algumas sensações e também toma consciência de que seus
movimentos geram um impacto no ambiente ao seu redor. De início, ele ainda não tem
consciência dos movimentos e os faz sem um propósito. Porém logo consegue pegar e segurar
os objetos e entende que se esticar um pouco mais o braço, pode alcançar um brinquedo em
cima da cadeira, por exemplo.
A segunda fase é o pré-operatório, que inicia dos dois aos sete anos. Conseguem
interpretar e criar imagens da realidade em sua mente. Brincar de faz de conta é importante para
estimulação. E a fala se desenvolve muito nessa fase. Período no qual o egocentrismo
predomina.
A terceira fase é o operatório concreto, que começa dos oito aos doze anos. É marcada
pelo pensamento lógico concreto e por esse motivo os sentimentos de amor, felicidade e outros
ainda não conseguem ser canalizados. Além disso, crianças nessa idade conseguem distinguir
valor de quantidade.
A última fase é o operatório formal, que tem início aos doze anos. A partir daí, eles são
capazes de manipular pessoas e também de compreendem conceitos exatos. Nesta fase é onde
criam empatia, pois conseguem entender um acontecimento aos outros olhos, mesmo que não
tenha ocorrido com elas. É a compreensão do ponto de vista de outra pessoa, mesmo sobre
conceitos abstratos.
23
2.1.4.Ensino Médio.
A inclusão do ensino médio como fase da educação básica e a reformulação dos seus
objetivos fez nascer a nomenclatura de “novo ensino médio”. A base dessa modificação, se
encontra no contexto de novos desafios enfrentados a partir da década de 90. Referem-se ao
volume de informações, produzido em decorrência das novas tecnologias, que é frequentemente
superado e que coloca novos parâmetros para a formação dos educandos. Desse modo, é
sugerido no novo ensino médio a formação geral em refutação à formação específica, o
desenvolvimento das capacidades de pesquisar, buscar informações, analisá-las e selecioná-las;
o aprender , ao criar, o formular, ao invés do simples exercício de memorização.
2.1.5.Gestão
A administração de uma escola envolve algumas bases. São elas, a gestão pedagógica,
financeira e administrativa.
Todas tem um papel de extrema valia para que o objetivo principal da escola, que é
oferecer um ensino de qualidade e ter uma formação preparatória para a vida pessoal e
profissional. Nesse caso, a administrativa é a responsável pela coordenação de recursos
materiais e humanos, e a orientação de insumos para sustentar os processos.
Tem a missão de cuidar os espaços do ambiente escolar e melhorá-los para certificar
que tudo esteja certo para o desenvolvimento educativo.
A gestão financeira para uma instituição de ensino é a sistematização dos processos
administrativos que se relacionam ao gerenciamento financeiro da organização. Com o objetivo
de certificar a eficiência da escola, é preciso ter planejamento nas entradas e saídas de recursos
de análise e controle.
Qualquer escola pública ou privada, tem que ter controle de seu capital. Existem
diversas necessidades a serem reparadas: pagamentos, compra e conserto de equipamento,
reformas e manutenção do espaço físico, cursos de capacitação, investimentos, entre outros.
25
A gestão pedagógica é considerada o pilar de mais valia da gestão escolar. Está ligada
diretamente à atividade-escolar. Atua diretamente na formação e no desenvolvimento de
competências e habilidades dos alunos.
Essa área tem foco nos recursos e estruturação de processos da área educacional da
escola, isto é, ela é a responsável por organizar e planejar as propostas políticas e pedagógicas
de ensino escolar, assim como definição dos métodos de ensino e aprendizagem.
Também é a responsável por estabelecer metas educacionais e avaliar o alcance desses
objetivos e também avaliar o desenvolvimento dos professores e alunos, assim como criar um
ambiente estimulante e que proporcione a aprendizagem.
Com base nas Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Infantil, a BNCC sugere
uma organização curricular que considera a maneira como bebês e crianças aprendem e se
desenvolvem a partir de experiências em seu dia a dia.
Cada campo de experiência disponibiliza objetivos de aprendizagem e desenvolvimento
específicos para três faixas etárias: bebês (de 0 a 1 ano e seis meses), crianças bem pequenas
(de 1 ano e sete meses a 3 anos e 11 meses) e crianças pequenas (de 4 anos a 5 anos e 11 meses).
É dever do professor refletir, selecionar, organizar, planejar, mediar e monitorar as
práticas e interações que vão proporcionar o aprendizado e desenvolvimento das crianças. Por
esse motivo, ao pensarem na organização dos tempos e espaços das creches e pré-escolas é
fundamental que: ao planejar, criem atividades com significado, nas quais as crianças possam
experimentar diversas possibilidades e ser protagonistas da ação educativa; aproveitem os
momentos de cuidado (banho, troca de fralda, alimentação) para interagir com as crianças e
possibilitar a participação, a expressão e o conhecimento de si próprias.
A BNCC salienta a importância da observação e do registro das trajetórias de
aprendizagem e desenvolvimento dos alunos enquanto participam das experiências propostas.
Os registros podem ser feitos em materiais produzidos pelo professor e pelas crianças
(relatórios, desenhos, fotos e textos) e auxiliam a mostrar às famílias a história das experiências
vivenciadas pelas crianças ao mesmo tempo em que elas poderão futuramente, revisitar essas
experiências.
Processos de desenvolvimento
Nesse processo, o lúdico, o movimento e as brincadeiras são fundamentais. É através
delas que as crianças criam desenvolvem as suas capacidades, formam conceitos, selecionam
ideias, estabelecem relações lógicas, integram percepções e socializam. O uso de atividades
lúdicas e de materiais concretos está inteiramente relacionada ao desenvolvimento cognitivo da
criança.
26
De acordo com Piaget, a criança dentro do estágio sensório motor, amplia sua
inteligência através de seus movimentos, percepções e sensações, aprendem por ações básicas
como olhar, ouvir, chupar, andar, segurar, por isso é de suma importância a manipulação de
objetos nessa primeira fase de vida.
Portanto, nesse período a criança passa por um processo de crescimento e aprendizagem,
através de interações entorno do meio em que vive percebe como é a realidade que a cerca,
como funciona e acaba fazendo descobertas que a fazem crescer e aos poucos adquirir
autonomia.
Por conseguinte, a linguagem vem agregada nesse processo, de início a criança interage
com a família e com pessoas próximas usando a linguagem corporal, passando a dizer o que
quer, pensa e sente, assim os estímulos são essenciais para seu desenvolvimento pleno.
Percebemos que uma criança estimulada desde cedo manifesta uma maior compreensão do
mundo, maior conhecimento e assim passa dialogar com naturalidade, formando ideias,
opiniões e hipóteses.
É importante enfatizar que a criança passa por vários estágios de desenvolvimento e
para que ele ocorra pleno e saudável é essencial que esteja interligado com o físico, o emocional
e o cognitivo, sem esquecer que cada criança aprende e se desenvolve no seu tempo e para isso,
devemos cooperar e ajuda-la nesse processo dando-lhe estímulos necessários e fazendo-a
observar o mundo sendo um ser curioso e indagador.
Áreas de conhecimento.
A BNCC na Educação Infantil estipula seis direitos de aprendizagem: conviver, brincar,
participar, explorar, expressar e conhecer-se. Tem como objetivo assegurar as condições para
que as crianças “aprendam em situações nas quais possam desempenhar um papel ativo em
ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas
quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural” (BNCC 2018
pg.38 ).
O Educar exige que o professor busque estimular as crianças a ter vontade de aprender,
despertando o interesse para a geração do desenvolvimento de habilidades socioafetivas,
cognitivas e psicomotoras no qual o sujeito sempre adquira novos conhecimentos.
27
2.2.DIVERSIDADE
desenhar de forma livre, sem intervenção direta, explorando diversos materiais, suportes e
situações.
2.2.1.A Diversidade nos Contos de Fadas (Clássicos)
Quem nunca se emocionou pelo maravilhoso mundo dos contos de fada, se imaginou
dentro da história sendo um dos personagens ou explorando aqueles lugares encantados,
coloridos e cheios de aventuras?
Qual criança não esperou o momento do “ERA UMA VEZ”, entusiasmada com os olhos
brilhando, já se vendo com uma coroa na cabeça, beijando o sapo encantado, subindo no pé de
feijão, assumindo o lugar da bruxa, seguindo pelo caminho da floresta, tomando chá com o
chapeleiro maluco, vendo seu nariz crescer, indo com os anões até as minas, tecendo os fios de
ouro com Rumpelstiltskin, subindo nas tranças de Rapunzel, dando novos nomes para os três
porquinhos. Nossa, são tantas histórias, tantos elementos mágicos que fizeram parte de nossa
infância e continuam fazendo parte das novas gerações, são momentos que permanecem na
memória de quem ouve através de uma boa contação de história.
Esse lugar chamado CONTOS DE FADA, é um lugar que toda criança visitou,
permaneceu um certo tempo e seguiu para outros territórios conforme a idade foi se chegando.
Ah, como foi bom fazer desse mundo, muitas vezes mudando o final da história, acrescentado
personagens ou misturando as histórias e fazendo com que elas se mesclassem em uma só.
Assim, é por meio dos contos clássicos que o discente constrói uma ponte de
aprendizagens significativas, aprende valores, reflete sobre ações no dia a dia, desenvolve o
senso crítico, elabora ideias e pensamentos. Uma alegria imorredoura, é assim que podemos
denominar os contos de fada, uma alegria de estar em cada página de um livro e o professor
pode fazer parte dessa história através das palavras transformada em magia.
Segundo Machado (2010.p.06)
Uma alegria imorredoura de minha meninice nasceu do fato deque contar histórias
para as crianças era um ritual que fazia parte do quotidiano de minha família. Lembro
perfeitamente de ter ouvido desde a primeira infância várias narrativas tradicionais,
dessas que compõem a tradição oral brasileira. Muitas delas, talvez sua maioria, eram
de origem europeia e fazem parte desse inesgotável baú de tesouros que agrupamos
sob o título genérico de “contos de fadas”.
seja capaz de fazer questionamentos instigantes, que levem à reflexão e ensejem discussões
produtivas.
As primeiras histórias adaptadas por Perrault foram A Bela Adormecida, Chapeuzinho
Vermelho, O Barba Azul, As Fadas, Cinderela, O Gato de Botas, Henrique do Topete e o
Pequeno Polegar. Mais tarde, os Irmãos Grimm também começam a reescrever seus contos,
porém com uma visão mais voltada para a fé cristã e os valores morais. E em seguida, Hans
Christian Andersen se junta aos autores de fabulas infantis, trazendo em seus contos sem final
feliz, já que o autor gostava de mostrar para as crianças que para alcançar seus objetivos era
preciso passar por momentos difíceis para chegar ao céu.
A criança passa a ter um novo papel, e com isso, fez surgir novas ferramentas e
mecanismos para o auxílio da valorização da vida infantil, como os brinquedos, os livros, a
psicologia infantil, a pedagogia e a pediatria. Entretanto, essa valorização vem de uma natureza
simbólica na qual buscavam a idealização de uma imagem de criança perante a sociedade, sendo
assim a infância era de interesse dos adultos. Para entender essas transformações que a criança
em sua vida em sociedade, bem como as relações que se formam no seu interior, é preciso que
se notem as projeções que a criança vive ao construir sua personalidade. Todavia, o professor
também deve estar atento às mudanças que o ser humano teve ao longo dos séculos. Pois em
sua busca de equilíbrio as pessoas utilizam o pensamento, constroem sua cultura.
Com a valorização da vida infantil, esses contos foram modificados para amparar a vida
imaginária das crianças, assim, construídas histórias populares baseadas na cultura que as
cercavam. Esses contos com essa abordagem atual teve origem na Europa no final do século
XVII e tinha como característica personagens que enfrentavam grandes batalhas e desafios com
o intuito de vencer o mal.
Para que essa vitória seja exercida com êxito outra característica marcante é a presença
dos heróis que desempenham funções fundamentais para o decorrer da história na qual a criança
se identifica com esse personagem. Para Bettelheim ( 2008, p.16),
Não é o fato de a virtude vencer no final que promove a moralidade, mas sim o fato
de o herói ser extremamente atraente para a criança, que se identifica com ele em todas
as suas lutas. Devido a essa identificação, ela imagina que sofre com o herói suas
provas e tribulações, e triunfa com ele quando a virtude sai vitoriosa. A criança faz
tais identificações inteiramente por conta própria, e as lutas interiores e exteriores do
herói lhe imprimem moralidade.
Os contos de fadas são fundamentais para as crianças entenderem o momento que elas
estão passando para poder encontrar respostas para seus conflitos. De acordo com Bettelheim,
33
os contos de fadas são ímpares, não só como forma de literatura, mas como obras de arte
integralmente compreensíveis para a criança como nenhuma outra forma de arte o é. Como
sucede com toda grande obra de arte, o significado mais profundo dos contos de fada será
diferente para a mesma pessoa em vários momentos de sua vida. A criança extrairá significados
diferentes dos mesmos contos de fada, dependendo de seus interesses e necessidades do
momento. O autor achava também, que os pais tinham medo que os contos de fadas afastassem
as crianças da realidade, através de mágicas e de fantasias e também que os filhos os
identifiquem com bruxas, ogros, madrastas e, assim, deixem de amá-los.
De acordo com Pikunas (1936), a idade de dois a três anos é caracterizada pela fase da
leitura do realismo mágico. É o período em que a criança se deixa levar pela imaginação,
Durante os primeiros anos de meninice, as atividades lúdicas tornam-se cada vez mais
criativas e dramáticas à medida que a imaginação da criança floresce. Ao imitar os
adultos, outras crianças, tipos de televisão, várias situações tipo “faz de conta” são
encenadas com miniaturas de tipos humanos e animais, instrumentos do lar, bonecas,
bola, argila e o que quer que haja em disponibilidade. “O equipamento de uma criança
precisa estar relacionado com a idade e ser bastante variado para não restringir o “faz
de conta” e as atividades relacionadas. Para a criança é com ser capaz de imitar as
atividades da brincadeira de acordo com suas preocupações e interesses do momento.
Ela precisa estar livre para explorar seu ambiente próximo e distante, bem como para
procurar partes de detalhes a fim de obter entendimento de seus arredores e se si
própria. É por isso que as crianças ensaiam muitas vezes suas experiências menos
usuais e excepcionais até que estas comecem a fazer-lhes sentido (PIKUNAS apud
PIAGET, 1936/1952: ALMY, 1966, p.217).
Quem nunca viu uma criança brincar de faz de conta? Acredito que todos já vimos, e já
fizemos parte desse mundo imaginário, contagiante, cheio de histórias e personagens diversos.
Esse mundo fez parte de nós, aprendemos, interagimos e ajudou a solidificar quem somos hoje.
O crescimento da imaginação só acontece aos cinco anos de idade, quando as crianças
demonstram muito interesse pelas atividades do faz de conta em que relatam suas antigas
aventuras, programas de televisão, entre outras.
Os Contos de Fadas são histórias usadas desde os tempos antigos para ser contadas as
crianças, muitas das vezes eram histórias assustadoras, que colocavam medo em qualquer um,
atualmente, essas histórias foram sendo adaptadas para serem contadas de uma forma que
acalme, que faça quem está ouvindo entrar no mundo da imaginação.
As histórias contadas transmitem emoções difíceis de explicar, fazem a criança viajar
nos mais altos montes de sua imaginação. Abramovich (1999 p. 17) já diz:
Como é bom ouvir histórias, contemplar as palavras como se fossem parte de nossas
vidas, é um ir e vir de emoções carregadas simbolicamente de cenários e personagens
imagináveis. É isso que as histórias nos oferecem, uma fuga da realidade em busca de um
mundo desconhecido, em busca de viagens tendo como meio de transporte nossos olhos,
vagando pelas palavras e formando páginas cheias de aventuras.
O hábito de ouvir e contar histórias sempre esteve presente na vida do ser humano, é
uma prática muito antiga de utilizar a história oral como instrumento de transmissão de
conhecimento e valores, lembrando que, muitas sociedades conseguiram manter e preservar a
sua cultura através da contação de histórias.
Podemos dizer que as histórias provocam sentimentos diversos em quem as ouve,
dependendo da história e do ouvinte ela pode trazer reações como alegria, medo, choro,
saudades, lembranças e até provocar a busca ou a vontade de conhecer determinado lugar ou
até fabricar um brinquedo ou outro objeto.
Sendo assim, é de suma importância a contação de histórias para as crianças, ajuda na
sua formação enquanto cidadão e na sua aprendizagem e principalmente aumenta sua
criticidade frente ao mundo em que vive.
35
Contudo, o ouvir e contar histórias deve ser algo acolhedor, contagiante, sem cobranças,
deve fazer parte do cotidiano do educando, algo que fica na expectativa de mais um pouquinho
a cada dia, algo que fique vinculado como parte fundamental da aprendizagem, que faça a
criança querer ouvir e ler, instigar e viajar no mundo das histórias.
De acordo com a Base Nacional Comum Curricular (BNCC, 2018 p. 96), existem
inúmeros conteúdos que abrangem os Contos de Fadas, e alguns serão citados aqui:
LÍNGUA PORTUGUESA – 1º AO 5º ANO
É a partir da sondagem dos educandos acerca de um conhecimento, como por exemplo
sobre um determinado gênero textual, que o docente passa a saber por onde começar a atividade,
passa a explorar melhor a mesma, assim o conhecimento prévio ajuda o docente a organizar
melhor sua aula, buscando estratégias que propiciem a aprendizagem. Lembrando sempre que
o conhecimento prévio deve vir seguido de instrumentos como o conhecimento, a comunicação,
o pensamento científico, a argumentação, o repertório cultural, a cidadania e a cooperação.
Nessa perspectiva, o conhecimento prévio é a ponte que o professor irá seguir seu
planejamento, possibilitando a relação do aluno com o que será ensinado e deve ser aproveitado
pelo professor no decorrer do processo, verificando as dificuldades do educando como também
o que ele já possui de bagagem, transformando em saber científico.
Para turmas de primeiro a quinto ano, a literatura é muito bem trabalhada na BNCC;
Nesse sentido, a língua portuguesa faz uso de palavras que se transformam em textos
cheios de interpretações, que geram perguntas, afirmações e caminhos repleto de expressões e
associações e que seu uso precisa estar associado a um sujeito que lê, escreve, dialoga, investiga
e pensa
Os contos de Fadas, são ótimas histórias e podem abranger várias questões da vida real,
um exemplo é a história da Bela Adormecida, que nos ensina que devemos escutar nossos pais
quando falam não podemos fazer certa coisa ou tocar em certo local.
O planejamento da Educação, no Brasil, tem sido entendido tanto como numa acepção
macro – em nível sistêmico, governamental, etc., quanto na acepção micro – em nível
escolar ou mesmo de sala de aula. No primeiro caso, há duas vertentes principais. A
primeira denomino aqui de governamental (envolvida diretamente com as políticas
públicas em nível federal, estadual ou municipal). São várias as instituições
(Conselhos de Educação, Secretarias, Ministérios, Planos de Governo) e são vários
pesquisadores (Pedro Demo é um exemplo recente) que se ocupam em estudar, propor
e divulgar planos (estratégicos, tácitos e operacionais) para dar conta dos problemas
educacionais brasileiros. A segunda vertente macro denomino de acadêmica, não só
pelos objetivos a que se dispõe, mas, também, pela estrutura do discurso que utiliza;
Na acepção micro, vamos identificar também duas vertentes, mas com um recorte
diferente do anterior; tratam-se de dois enfoques distintos: uma vertente tecnicista e
outra que denomino de participativa ou crítica. Ambas se ocupam do planejamento e
da avaliação focados na escola e na sala de aula; [...] (XAVIER, 2000, p. 34-35).
Fonte: A autora
Essa história nos ensina que não podemos julgar as pessoas antes mesmo de conhece-
las, que independente de cor, raça, gênero, somos todos seres humanos e somos iguais.
É lendo para uma criança que fazemos com que elas entrem no mundo da imaginação,
assim, aprendem mais, e ativam a ludicidade. Quanto mais se lê para uma criança, mais fazemos
ela pensar, e quanto mais ela pensa, mas ela aprende.
O PATINHO FEIO, o livro fala sobre a história de um patinho, que ao nascer, percebeu
que é diferente de seus irmãos, e acaba sendo alvo de risos e desprezo da parte de sua mãe.
Vendo isso, ele resolveu ir embora, mas sempre se perguntando o que havia de errado com ele.
Depois de tanto andar, percebeu que havia patinhos iguais a ele, até que ao chegar perto deles,
viu que não era um pato e sim, cisne. Após isso, ele foi acolhido por sua nova família e viveu
feliz para sempre.
Fonte: A autora
Nessa história podemos trabalhar sobre várias diferenças encontradas na escola, como
o Síndrome do Espectro Autista, a Síndrome de Down, crianças que se sentem diferentes por
não serem iguais as outras, e muitas vezes serem algo de chacotas.
A escola é um lugar de encontro de múltiplas culturas no contexto escolar assim
Gadotti et.al (2001, 119) aponta sobre a diversidade cultural na escola: “A diversidade cultural
é a riqueza da humanidade. Para cumprir sua tarefa humanista, a escola precisa mostrar aos
alunos que existem outras culturas além da sua”.
A convivência com a diversidade cultural é um elemento importantíssimo para o
desenvolvimento de toda criança, passando a querer a conhecer melhor sua própria história e
passando a respeitar a cultura do outro. Perceber que existem outras formas de pensamento, de
religião, de dança, música, vestimenta, comportamento, linguagem faz com que o educando
amplie seu aprendizado acerca do mundo, passa a entender que o mundo gira em torno da
diversidade, da pluralidade e nós fazemos parte dessa diversidade e portanto devemos respeitar
e conhecer esse mundo sem preconceitos, mas assumindo uma postura empática.
Nesse cenário, sabemos que o Brasil é um país multicultural, podemos dizer que
convivemos com a diversidade cultural na escola, no trabalho, no comércio e assim por diante,
e com a vinda da imigração facilitou e muito o contato com pessoas de outros países, a internet
também vem propiciando o contato com culturas diferentes.
A diversidade cultural é a riqueza da humanidade, é a relação do eu com o outro, são
cidadãos que se reconhecem como parte integrante de uma sociedade em que todos possuem
direitos e deveres, que possuem saberes que podem ser ensinados com laços de respeito e
sensibilidade.
Relacionando de uma maneira harmoniosa a realidade e a fantasia, construindo sua
identidade e buscando o caminho para superar as dificuldades inerentes ao
39
crescimento, a criança enfrenta seus temores e se sente confiante para enfrentar sua
vida adulta. Por isso, a grande importância dada por psicólogos, professores, ao conto
de fadas, ao maravilhoso na composição de uma personalidade sadia
(ABRAMOVICH, 2004.)
Pode-se afirmar que nesse universo fantasioso que as crianças viajam cheias de
expectativas, emoções, dúvidas, receios, a criança encontra respostas para seu mundo, encontra
ferramentas para lidar melhor com seus anseios, dando possibilidades de aproximar sua
realidade as histórias narradas.
Por conseguinte, são os contos de fadas que permitem que as crianças lidem melhor com
suas dificuldades e angustias, encontrando recursos para superar os mesmos, passando a olhar
o mundo ao seu redor de maneira mais confiante.
Nesse sentido, o docente pode atuar como mediador, fazendo o educando buscar
mudanças significativas através de uma história narrada, encontrando saídas para seus medos
perante o mundo que o cerca.
Nesse contexto, os contos de fadas podem ser trabalhados como mecanismos de apoio
entre o mundo interno e a realidade externa da criança, possibilitando as mesmas um convívio
melhor com a sociedade em que vive, pois vivemos num mundo repleto de diferenças, de
competências e habilidades compondo uma sociedade mesclada, cada qual com perspectivas de
vida diferente.
A Base Nacional Comum Curricular nos traz inúmeras habilidades e competências que
podem ser usadas nos planejamentos baseando-se no tema que está presente nesse referencial,
são elas: ler e recontar a história ouvida, decodificar imagens da história e saber explicar o que
elas significam, compreender diferenças entre escrita e outras formas gráficas (outros sistemas
de representação)- se é escrita em letra de forma, ou script, desenhar o que a história significou
para ela (a criança), observar os traços e diferentes tipos de desenho, identificar criticamente a
lição contida em cada conto, estabelecer juízo de valor do comportamento de cada personagem,
identificar as ações que se refere a cada personagem, relacionar os acontecimentos da história
com o que se passa na vida real, identificar as divergências em sala de aula e por fim,
compreender que todos temos algumas diferenças, mas isso é normal.
Segundo a BNCC (2018), convivência com outras crianças é de suma importância para
um crescimento saudável, a criança necessita estar presente num ambiente que propicie essa
interação para a construção de sua identidade. Primeiramente, a construção de sua identidade
nasce no seio familiar, passando em seguida a escola, favorecendo novas interações e
ampliando seu vocabulário e conhecimento.
40
O jeito que o professor conta a história, ajuda a criança a pensar mais, a imaginar, isso
ajuda no cognitivo dela e faz seu cérebro trabalhar, auxiliando na fala, no que ela pensa e como
ela age no dia a dia.
A criança da Educação Infantil está inserida em um mundo de descobertas, com espaços
e tempos de diferentes dimensões. Logo, é nessa idade que ela começa a despertar sua
curiosidade para o mundo físico, seu corpo, animais, plantas, natureza, conhecimentos
matemáticos, bem como para as relações do mundo sociocultural.
Por isso, a BNCC entende que, na Educação Infantil, a escola “precisa promover
experiências nas quais as crianças possam fazer observações, manipular objetos, investigar e
explorar seu entorno, levantar hipóteses e consultar fontes de informação para buscar respostas
às suas curiosidades e indagações.”
No decorrer da história, o professor terá que fazer as seguintes perguntas para as
crianças: onde a história se passa? Em que tempo? Quantos personagens tem na história? Como
elas se relacionam, tem bom convívio ou não? Se não, o que podemos fazer para auxiliar as
pessoas a viverem bem? Acontece que tipo de transformação?
Isso fará a criança pensar mais sobre a história, auxiliando a sua mente no processo de
guardar informações, o que irá ajudar muito ela no futuro.
Ao escutar histórias, participar de conversas, ter contato com livros, as crianças irão
desenvolver, além de sua oralidade, a compreensão da escrita como uma forma de comunicação.
Campo de Pesquisa é o campo de atuação relativo à participação em situações de
leitura/escrita que possibilitem conhecer os textos expositivos e argumentativos, a linguagem e
as práticas relacionadas ao estudo, à pesquisa e à divulgação científica, favorecendo a
aprendizagem dentro e fora da escola. Alguns gêneros deste campo em mídia impressa ou
digital: enunciados de tarefas escolares; relatos de experimentos; quadros; gráficos; tabelas;
infográficos; diagramas; entrevistas; notas de divulgação científica; verbetes de enciclopédia.
Ao professor cabe oferecer a oportunidade para que seu aluno compreenda suas
emoções e se aperfeiçoe cada vez mais, sabendo compreender o que se passa consigo e tendo
coerência em seus atos. Uma pessoa criativa é capaz de processar as informações que dispõe,
através de dados sensoriais que são acessíveis a todos os indivíduos. Ela percebe intuitivamente
as possibilidades que lhe permitem transformar princípios em uma modalidade cognitiva
responsável pelo pensamento, pelo raciocínio e por um complexo funcionamento mental.
Nesse sentido, é importante compreender a forma como a criança pensa para, só então,
trabalhar em direção à construção de seu conhecimento, utilizando objetos socioculturais como
a Literatura Infantil para que ela possa decifrar esses objetos, usufruindo deles e reconstruindo
42
seus pensamentos. A linguagem da criança, seja ela: gráfica, gestual, falada ou escrita, expressa
a originalidade que possui e a escola deve considerar seu modo de pensar e a partir dele construir
espaços para a elaboração de pensamentos.
Todo contato humano se dá por meio da leitura, em seu sentido mais amplo: têm-se
as histórias que possuem aquelas crianças, as histórias que ela deseja possuir, as
histórias do professor que tocam as crianças e, se esse momento for tratado com
cuidado e carinho nascerá toda uma nova família de histórias, uma rede delicada cuja
beleza poderá gerar fios que se entrelaçam infinitamente (PIETRO, 1999, p. 33).
A leitura é um estimulante necessário na vida de todo ser humano, permitir que esse
estimulante faça parte da vida da criança é um bem incalculável que o professor e a família
podem propiciar sem danos, mas com estratégias saudáveis. Possibilitar a criança o hábito e o
gosto pela leitura é uma tarefa que envolve também aqueles que com ela convivem, a criança
precisa observar, sentir a presença da leitura dentro de sua casa, precisa estar antenada para
saber ouvir as histórias que lhe são contadas, precisa ver com olhos curiosos as ilustrações que
lhe são apresentadas e saber recontar as histórias tanto na linguagem escrita como na oral. Ler
é um processo coletivo que aos poucos vai ser tornando individual, para se tornar crítico e
dialogado.
Existem histórias tão bem escritas tão bem elaboradas que ficam guardadas em nosso
consciente, personagens que nos fazem chorar, outros que queremos que retorne num próximo
livro, lugares difíceis de esquecer e palavras que ficam brotadas em nossa mente. Cada página
com a inquietante ansiedade de ler a próxima e a próxima até chegar ao desfecho da história.
Podemos dizer, que quanto mais a leitura for disponibilizada e estimulada as pessoas,
maior será o vínculo com a mesma, teremos uma rede entrelaçada de palavras transcritas em
cada mente, uma rede de fios de histórias, cada qual gerando emoções diferentes em quem as
utiliza como tempo essencial em sua vida.
A inclusão escolar é uma organização mundial que prevê a integralização de alunos com
necessidades especiais em sala de aula e visa garantir que, igualmente, dentro de um mesmo
ambiente escolar, toda criança possua as mesmas experiências e condições de aprendizagem
dos demais alunos.
43
A educação inclusiva concebe a escola como um espaço para todos, no qual os alunos
constroem o conhecimento segundo suas capacidades, expressam suas ideias
livremente, participam ativamente das tarefas de ensino e se desenvolvem como
cidadãos, nas suas diferenças. Nas escolas inclusivas, ninguém se conforma a padrões
que identificam os alunos como especiais e normais, comuns. Todos se igualam pelas
suas diferenças! (ROPOLI, 2010, p. 08).
Não se trata de negar que alguns apresentem diferenças individuais mais acentuadas.
Mas a diferença não é uma peculiaridade das pessoas com deficiências ou das
superdotadas. Todos somos absolutamente diferentes uns dos outros e de nós mesmos,
à medida que crescemos e nos desenvolvemos. Somos todos especiais!
(CARVALHO, 2007, p.17).
Somos todos especiais! Somos todos munidos de diferenças que nos fazem únicos num
mundo plural e complexo e ao mesmo tempo temos capacidade de nos manifestar, dialogar e
socializar perante o grupo e essa é a beleza da diversidade, a troca de conhecimento e
informação.
As crianças com deficiência têm direito a educação em escola regular, com o convívio
com outros de sua idade, assim ela deixa de ser excluída para ser acolhida, contribuindo e muito
44
para a construção de uma escola melhor, para um ambiente inclusivo, onde todos podem
fortalecer esse processo.
Temos conhecimento que algumas crianças possuem diferenças individuais mais
acentuadas, mas isso não é um problema e sim um desafio a ser enfrentado com mais afinco e
atenção por parte dos educadores, não desmerecendo nunca esses alunos e sim fazendo-os
sentirem-se reconhecidos e respeitados em suas diferenças. A escola precisa ser um ambiente
acolhedor tanto para o aluno como para a família, um ambiente que favoreça as interações e
possibilite a aprendizagem a todos os educandos, criando estratégias que favoreça as
necessidades de todos.
Segundo Booth & Ainscow (1998), a questão central está no como as comunidades, as
escolas e os sistemas educativos podem oferecer respostas educativas de boa qualidade pela
remoção de barreiras para a aprendizagem, entendidas como obstáculos enfrentados pelos
alunos, criando-lhes dificuldades no processo de adquirir e construir conhecimentos, bem como
para participar e pertencer.
Para complementar, a ideia de Booth & Ainscow (1998), em relação a qualidade de
ensino, também Carvalho;
As barreiras para a aprendizagem não existem, apenas, porque as pessoas sejam
deficientes ou com distúrbios de aprendizagem, mas decorrem das expectativas do
grupo em relação às suas potencialidades e das relações entre os aprendizes e os
recursos humanos e materiais, socialmente disponíveis, para atender às suas
necessidades. Dizendo de outro modo, as barreiras à aprendizagem dependem do
contexto onde são criadas, perpetuadas ou, muitas vezes e, felizmente, eliminadas.
(CARVALHO, 2007, p.51).
Os pontos positivos podem ser vistos na inclusão propriamente dita, visto que a partir
do momento que se inclui todas as pessoas no ciclo social, estas não serão mais desmembradas
e o resultado é de aprendizado para todos, pois todas as pessoas têm alguma limitação, e essa
união, faz com que a sociedade se torne mais justa, igualitária e transformadora.
Já como pontos negativos residem no fato de que nem sempre a sociedade está pronta
para receber pessoas com algum tipo de deficiência, tem como exemplo as escolas públicas,
que já se encontram, muitas vezes, superlotadas e acabam por não conseguir dar o apoio
necessário à determinadas pessoas, tendo em vista, inclusive a falta de preparo da estrutura
física escolar.
O professor tem um grande desafio pela frente, que é trabalhar com o diálogo. Conversar
com as crianças sobre as diferenças que elas encontrarão e como lidar com cada uma é um
grande passo na inclusão escolar de crianças com diversidades.
45
Assim, quando o professor explica e sana as dúvidas de seus alunos, a sala de aula se
torna um lugar mais harmonioso e “saudável” para ser um ótimo ano letivo.
Expressa, a Legislação Brasileira quando garante o direito e o acesso à educação
e ainda cabe ao município, identificar e procurar sanar as necessidades de seus cidadãos,
através de planejamentos e implementações de recursos e serviços que são indispensáveis
para atender as necessidades, em todas as áreas da atenção pública. Cita também em seu
artigo 208, V: “O Estado tem o dever com a educação sendo efetivado, segundo a
capacidade de cada um, mediante a garantia de a cesso aos níveis mais elevados do ensino,
da pesquisa e da criação artística.” (BRASIL. 1996).
Precisamos ser capacitados para conviver com a diversidade social no ambiente escolar,
respeitando várias visões de mundo e valores, fortalecendo as ações de combate à discriminação
e aos diversos tipos de preconceitos existentes na sociedade. Por isso, devemos adquirir
conceitos que envolvem as temáticas da diversidade, etnia, gênero e sexualidade. Essa teoria
possibilita uma reflexão na sala de aula para debater sobre temas como racismo, a igualdade de
gênero, sexualidade e orientação sexual. Cabe ao profissional da educação transformar a sala
de aula em um ambiente colaborativo, com uma gestão de saber que envolve também aspectos
humanos, culturais e sociais.
O ambiente escolar é um lugar que se encontra muitos jovens em processo de formação
de identidade. Por esse motivo, a escola é um local propício para diminuir a discriminação e as
diversas formas de preconceito. Na concepção do Livro de Conteúdo Gênero e Diversidade na
Escola (2009, p. 197):
O racismo tem uma história, que é tipicamente ocidental e moderna e diz respeito às
relações de saber e poder que se estabeleceram tanto internamente à população
europeia, quanto entre as sociedades europeias ou europeizadas e uma grande
variedade de outras sociedades e povos. Em ambos os casos, o que o racismo faz é
usar as diferenças para naturalizar as desigualdades.
Sob a perspectiva do autor, a instituição escolar precisa transformar seu espaço dando
oportunidade a todos os alunos para que possam interagir e aprender da melhor forma possível,
trazendo novos olhares para a criança com deficiência seja ela física ou cognitiva. Não basta
colocar o aluno dentro da escola, precisa assegurar seu atendimento educacional e convívio
social, oferecendo oportunidades para seu crescimento pessoal, não esquecendo de incluir a
família nesse processo.
Ressaltando ainda, que muitas vezes o ambiente escolar gera competitividade entre os
discentes, favorecendo a exclusão dos alunos com deficiência, induzindo a baixo auto estima e
a não socialização. A escola passa a idealizar um aluno perfeito (aluno nota 10), valorizando o
aluno que aprende rápido, o aluno que não possui dificuldades, esquecendo que vivemos numa
sociedade plural e com competências diferentes.
Percebemos, que o fortalecimento da inclusão nas escolas ainda encontra muitas
barreiras, apresenta muitas discordâncias e negação por parte de alguns profissionais da
educação; abranger a inclusão nas escolas é um processo necessário que abrange mudanças
principalmente na prática de ensino. A primeira etapa é combater o preconceito na sociedade,
dando condições para que a criança com deficiência tenha plenos direitos de usufruir dos
direitos humanos na educação.
47
A diversidade no ambiente escolar é de grande valia para que crianças com necessidades
especiais consigam estar na escola com mais facilidade, desde crianças com necessidades
físicas a crianças com necessidades intelectuais, pois se não haver auxílio na hora de estudar,
de nada valerá o planejamento adaptado.
A diversidade na educação é uma questão muito importante a ser considerada para que
o ambiente escolar seja inclusivo e respeite a individualidade dos alunos, dando espaço aos
diversos aspectos cultuais existentes em nossa sociedade. “Evoluir é perceber que incluir não é
tratar igual, pois as pessoas são diferentes! Alunos diferentes terão oportunidades diferentes,
para que o ensino alcance os mesmos objetivos. Incluir é abandonar estereótipos”. Werneck
(1993, p.56).
Defender a diversidade é um princípio ético, que respeita a dignidade humana, a
liberdade e o direito de ser e existir à sua maneira, considerando todos os grupos de pessoas,
sobretudo as minorias, pois ela faz parte dos direitos humanos e deve ser cumprida por todos,
sem fazer distinção de pessoas com base em sua cultura, inclusive na educação.
Aceitar um aluno com deficiência pode parecer complicado, mas na realidade ter um
aluno com deficiência em sua sala de aula, é aceitar que todos são diferentes uns dos outros,
mas devem ter direitos iguais. Existem obstáculos que os deficientes precisam enfrentar, mas
essas limitações se tornam mais simples para se conviver quando as pessoas que vivem ao lado
deles aceitam a sua deficiência como algo natural.
A aceitação é um dos desafios que deve ser enfrentado, para que tenha um bom convívio
escolar, assim, o professor poderá trabalhar de forma igualitária com todos os estudantes de sua
sala de aula.
O espaço nas escolas tem que ser adequado para cada diferença. Se for crianças com
Deficiência Intelectual (D.I.), salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE) são
indispensáveis na hora de ensinar, pois essas salas são de extrema importância, onde as crianças
aprendem mais sobre suas limitações (aprendem as coisas básicas de seu dia a dia, e tem um
atendimento voltado a elas).
48
A Creche Institucional Pinguinho de Gente, situada a Rua José Vicari, nº 252, neste
município, nasceu no dia 13 de agosto de 1990, pelo decreto nº 036/91, na gestão do Sr. Irineu
José Maestri. O prédio era o prédio de patrimônio do Estado de Santa Catarina, sob o regime
de comodato.
Na época a principal conquista do grupo de professores foi a remuneração de 20% (vinte
por cento) de regência de classe, após 5 (cinco) meses de trabalho. Em 1993, passou a ter a
denominação de Creche Municipal Pinguinho de Gente, na gestão do Sr. Hilton Pedro Paggi.
Em 11 de julho de 2001, passa a ser denominado Centro Municipal de Educação Infantil
Pinguinho de Gente, na gestão do Sr. Nilvo Dorini.
No ano de 2002 o prédio passou a pertencer à Prefeitura Municipal. Vinculada a
Assistência Social, tinha o objetivo de atender a demanda de crianças de 4 meses a 4 anos, cujas
mães possuíam um vínculo empregatício alheio ao lar. Na época em que o C.M.E.I. foi
inaugurado atendia aproximadamente quarenta crianças.
Em 2002 passou a pertencer à Secretaria de Educação atendendo neste ano um número
superior a sessenta crianças, com idade de quatro meses a quatro anos. Contamos com
profissionais habilitados, que procuram aperfeiçoar - se sempre mais para melhor atender as
crianças garantindo os cuidados relativos à saúde e higiene e também a função pedagógica que
ganhou mais força com a nova LDB e a participação dos professores nos Encontros de Estudos
sobre os Parâmetros Curriculares Nacionais, primeiramente com toda a rede municipal e após,
estudando os Parâmetros na área da Educação Infantil.
Os servidores que prestam serviços ao C.M.E.I. entram através de concurso público.
Segue em anexo lista do quadro funcional efetivo. Em fevereiro de 2004 deu-se início ao
“Projeto das seis horas”, sendo este realizado somente pelos profissionais efetivos conforme
surgiam as vagas. O projeto segue em anexo. Em fevereiro de 2008 mudamos temporariamente
para a Rua João Caldart, até que fosse construído o novo prédio no mesmo local. Neste ano,
com as mudanças de Lei nº 002/ 2009, art. nº 6, iniciamos o atendimento com o Pré I em dois
períodos: matutino e vespertino, com 20 alunos por turno, totalizando 92 crianças entre
berçário, maternal e Pré I. Em 2009 assumimos o pré-escolar do Belisário Pena (prés II e III) e
também do Mater Dolorum (prés I, II e III), totalizando 188 crianças atendidas.
O auxiliar de professor passou a fazer parte do quadro. No ano de 2010 nos mudamos
para as novas instalações da Pinguinho com uma área construída de 1.258,67 m². O ato
inaugural reuniu representantes do poder executivo e legislativo, diretores da empresa perdigão,
diretores e coordenadores das escolas da rede municipal de ensino, lideranças comunitárias,
pais e educandos, funcionários entre outros convidados.
51
Crianças com deficiência tem as suas dificuldades, mas nunca deixam transpassar as
dificuldades que elas tem, são crianças, na grande maioria sorridentes, alegres, e outras, gostam
de ficar mais contidas, em seu mundo tranquilo e calmo. Mas assim que saem dessa bolha de
calmaria e felicidade, muitas delas se agitam, choram e ficam assustadas, e cabe a nós,
professores, saber como lidar, tendo calma, olhando para eles e falando em um tom que não as
assuste mais ainda.
Uma das crianças ficou sozinha num canto e ficou triste por um tempo, depois aos
poucos voltou a brincar, enquanto isso, o TEA 1 se afastou um pouco dos colegas e brincou
sozinho, uma criança montou algo com as pecinhas e veio mostrar para a prof, e deu o nome de
“ robô com raio laser”.
O TEA 1 desenhou, bonecos de palitinho, todos juntos, e fez mais alguns desenhos,
depois parou, observou, e voltou a desenhar, as crianças são bem agitadas, conversam entre si
e as vezes discutem, mas tem uma grande imaginação e vocabulário, uma criança, quando foi
sentar, veio em minha direção e me abraçou. Na hora da rodinha, a professora conversou com
eles sobre como foi o final de semana dos colegas.
Logo, foi passado a rotina do dia, que era: brincar- chamada- relatar sobre o final de
semana- calendário- parada para tomarem água e irem ao banheiro- pesquisa sobre os peixes-
recreio- área de lazer- saída.
O TEA 2 chegou do AEE às 14:30, e falou sobre o final de semana como os outros
colegas, o TEA 1 tem autismo mais “severo” que o TEA 2, o TEA 2 fala, conversa e canta.
Foram para o tapete para fazer a pesquisa sobre os peixes. Procuraram músicas sobre peixes.
Escutaram as músicas “peixe vivo” da turminha paraíso e a música “Joãozinho conta os peixes”
do Little Angel. Na hora de assistir eles prestam muita atenção, inclusive nos detalhes.
Na hora do recreio eles comeram bem, teve pão de queijo, fruta e suco de laranja, e
depois foram brincar. Eles estavam bem agitados, tanto que houve um acidente, onde uma
60
criança jogou uma pedra acidentalmente na outra criança, onde atingiu seu rosto, foi conversado
com eles e explicado que isso não pode acontecer. Foram para o banheiro, para fazer a higiene.
Ao chegar na sala, a professora conversou com eles para lembra-los que isso não pode
acontecer. OBS: No refeitório, brincaram com as máscaras, e tiravam as dos colegas, uns
acabavam trocando. Decidiu- se que não irão na área de lazer pelo comportamento. Brincaram
com pecinhas. “A criança não brinca numa ilha deserta. Ela brinca com as substâncias
materiais e imateriais que lhe são propostas, ela brinca com o que tem na mão e com
o que tem na cabeça” (BROUGÈRE, 2001, p.105).
O brincar é de extrema importância para as crianças, pois ajuda no desenvolvimento
social e motor, pois ao mesmo tempo que auxilia nos movimentos de pinça, dar força para os
braços e pernas, também auxilia no convívio com outras crianças e auxilia também a não terem
ciúmes de seus brinquedos e aprendem a compartilhar as coisas.
No segundo dia de estágio, a estagiária entrou as 13:30 pois ocorreu um acidente com a
professora regente, onde caiu da escada pela manhã e machucou o quadril. Ficará a semana
inteira fora. No início, eles estavam participando da aula de Educação Física, e brincaram de
batata-quente; uma criança, ao ganhar um desafio, de cantar ou dançar, não quis fazer e
começou a chorar.
Foi entregue pecinhas para eles, como de costume. Na hora de guardar as pecinhas, uma
criança foi guardar o casaco e foi sentar sozinha na carteira. Eles sentaram na carteira e logo a
professora passa álcool em suas mãos. Duas crianças são consideradas as mais “Difíceis de
lidar”, fazem sons com a boca, não obedecem, às vezes atrapalham a aula. Realizaram o jogo
do silêncio.
A professora de artes havia chegado. Eles gostam de relatar sobre o que aconteceu nas
tardes deles também. Irão cantar uma música antes de começar as aulas. Um tempo depois,
observamos que um aluno dormiu, a professora pegou um colchonete e colocou no chão para
ele. Cantaram mais uma música.
O TEA 1 chegou às 14:23, da fonoaudióloga. Continuação dos trabalhos de arte. Uma
criança chora, sem motivo, antes chorava calado, agora chora alto. Teve uma criança que mexia
com a que estava dormindo, e a hora que a professora foi falar com ele, ele não olhava nos olhos
e fazia outras coisas.
O TEA 1 adora o Pocoyo, e desenha ele, opta pela cor vermelha. Ao ouvir a criança
chorar, o TEA1 se incomoda, arqueando o ouvido em seu ombro. A professora relata que ele
se irrita quando alguém chora, tapava os ouvidos e chorava também. Eles adoram desenhar e
pintar.
61
Veio uma aluna pedir a estagiária o que estava escrito no livro em que ela estava lendo,
a mesma leu letra por letra com a aluna e depois falou a palavra completa. Eles iniciaram com
aula de música. Cantaram músicas com o professor, e brincaram de estátua.
Hoje, os alunos com TEA estão bem agitados, e o que um fazia o outro também fazia,
ficando difícil de acalmá-los. Grande parte dos momentos, a estagiária teve que auxiliar. Um
dos alunos com TEA foi levado para a coordenação, pois ele estava agitado, agora voltou, mas
a coordenadora cuidou dele. Veio uma aluna se despedir dos amigos, pois iria embora.
Na aula de Ed. Física, realizaram uma brincadeira com os pneus. Gostaram bastante do
percurso, brincaram até cansar. Por ser contrariada uma colega começou a chorar pois não a
deixaram montar uma casa com os colchonetes.
Às 15h, foram para a sala de aula. A professora estava falando sobre os bilhetes na
agenda, e um aluno atrapalhou. Ela falou também sobre quando os pais não olharem os bilhetes
e quando as crianças chegam em casa, tem que falar para os pais olharem a agenda e darem
OK.
Comeram pão de queijo e tomaram Nescau sem açúcar, um aluno com TEA comeu 7
pães. Geralmente, ele come um pão francês sem nada dentro, mas quando tem pão de queijo,
ele come bastante.
Na hora do parquinho, houve muitos desentendimentos, e algumas crianças se
machucaram. Foram para a sala de aula, para assistir filme. Na hora do filme o aluno com TEA
saiu da sala de aula para ir na sala dos professores, mexer no computador, e a estagiária saiu
correndo para buscar ele, pois a professora estava escrevendo nas agendas. Quando chegou com
ele, a professora o colocou do lado dela e o outro menino com TEA quis ficar também ao lado
dele.
Neste dia foi a sua última observação nesta turma, para em outubro, aplicar a regência.
a estagiária chegou e já pediu para que a supervisora e professora assinassem a declaração.
Estavam calmos, assistiram Alvin e os Esquilos 3. Após isso, começaram a ficar mais agitados.
Todos vieram. Realizaram a roda de conversa, por ser segunda-feira. ROTINA: assistir-
chamada-roda de conversa-área de lazer-retomada da leitura e depois realizarão as
características de cada animal.
Sentaram no tapete para a roda de conversa. A professora chamou a atenção do colega
com TEA pois ele imita constantemente o outro colega autista. Algumas crianças, quando um
colega falou sobre uma série famosa, reconheceram a série também, que é inapropriada para a
idade deles.
63
O aluno com TEA 2 tem a memória muito boa, ao falar sobre seu final de semana, ele
para, pensa bem e fala claramente. Nas brincadeiras do final de semana, eles tem muita
imaginação. Um aluno, ao dizer que foi “só” na casa dos avós, ficou triste. Quando eles vem
dos finais de semana, ficam mais agitados. Realizaram a leitura e as características dos animais
do livro.
A professora arrumou os animais para colocá-los na parede (painel). Combinaram o que
iriam levar na área de lazer. Tem uma aluna que tem atitudes meio “peculiares”, é brava e briga
com os colegas. Foram ao tapete novamente, para brincar com as pecinhas.
Ao brincar, alguns tem dificuldades para dividir os brinquedos, e acabam tendo atitudes
erradas, querendo “mandar” no que cada um pode brincar ou não. O aluno com TEA moderado
tem momentos que entra em um transe, parando completamente, e muitas vezes não escuta a
professora chamar. Várias vezes também, bate forte em sua cabeça. Neste dia, ele não se
interessou em brincar com as pecinhas.
Guardaram as pecinhas para irem lanchar. Na hora de guardar as pecinhas, teve alguns
desentendimentos e um colega bateu em outro.
3.1.2. Análise da observação
No período da observação, é possível analisar que eles (os alunos), estão mais
acanhados, visto que há uma pessoa estranha na sala (a estagiária), então, não demonstram ser
em uma semana, o que são no ano inteiro.
Após alguns dias, pelo 5º dia, a estagiária consegue ver alguma mudança, pois é a partir
deste dia, que os alunos começam a ter afeto e se soltar com a estagiária.
A professora trabalha alguns pontos a respeito da diversidade e contos de fadas, o que
ela mais trabalha é sobre o planejamento em que é os alunos que escolhem o que vão querer
estudar.
3.1.3.Planos de Intervenção Pedagógica para Classe de Educação Infantil
Os planos de intervenção pedagógica para classe de educação infantil foram elaborados a partir
dos temas de pesquisa, orientações da professora regente de turma e conforme os campos de
experiências na educação infantil conforme a (BNCC – Brasil. 2017.p.40-43), ou seja, os
direitos de aprendizagem são contemplados dentro de cada um dos campos de experiência, que
são:
1. O eu, o outro e o nós
2. Corpo, gestos e movimentos
3. Traços, sons, cores e formas
64
PLANO DE AULA 01
Turma: Infantil VI
Data: 25/10/2021
Dia da semana: segunda-feira
Início da aula: 13:00
Término da aula: 17:00
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1. Estimular a expressão oral e corporal através da música infantil.
2. Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às
diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido,
expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de
construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva.
3. Desenvolver a noção corporal através da psicomotricidade fina e ampla.
4. Promover através da brincadeira o desenvolvimento integral da criança.
5. Estimular a aprendizagem através dos contos de fadas.
6. Criar e contar histórias oralmente, com base em imagens ou temas sugeridos.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Primeiro Momento:
Acolhida das crianças, recepção, chamadinha e conversa sobre o final de semana.
Serão entregues aos alunos a ficha da chamada e a estagiária estabelecerá um diálogo para se
conhecer.
Quadro de rotina: A estagiária, com o auxílio dos alunos, escreverá no quadro o que eles farão
ao longo do dia, como estão acostumados a fazer com a professora regente.
Rodinha, para saber como eles estão, e combinados;
Ainda, sentados na rodinha, a estagiária fará a leitura do livro “Os três porquinhos”, tema que
trabalharão ao longo da semana, tudo isso com o auxílio do avental sobre a história.
Após a leitura, a estagiária questionará os alunos sobre a história:
66
Segundo Momento: Após isso, será dado uma folha A4 para cada criança, afim de desenhar
as casinhas dos 3 porquinhos, para pintar, recortar e com a estagiária, colarão palitos para fazer
palitoches.
Quarto momento: Após o recreio, a estagiária trará duas caixas de papelão médias, e
construirão as duas primeiras casinhas dos três porquinhos.
Uma será feita com palha de milho, para representar a primeira casinha.
Quinto momento: Continuidade do quarto momento: A segunda casinha, sera feita com papel
pardo/papel cartão marrom para representar a madeira, então cada aluno pegará pedaços e
construirão junto com a estagiária.
Sexto Momento: Para acalmá-los, na hora da saída, cantarão a música: “Quem tem medo do
Lobo-mau?” Do desenho Os Três Porquinhos.
RECURSOS
Humanos: Estagiária e alunos
Materiais: Folha A4, lápis de cor, tesoura, TV, papel cartão (para confecção das chamadinhas),
caixas de papelão, palha de milho e papel pardo.
AVALIAÇÃO
A avaliação será processual e formativa, com auto-avaliação das atividades realizadas pelas
67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
BRASIL. Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Proposta preliminar.
Segunda versão revista. Brasília, DF: MEC, 2016. Disponível em:
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/documentos/bncc-2versao.revista.pdf . Acesso em: 02
jun. 2017.
68
PLANO DE AULA 02
Turma: Infantil VI
Data: 08/11/2021
Dia da semana: segunda-feira
Início da aula: 13:00
Término da aula: 17:00
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
7. Estimular a expressão oral e corporal através da música infantil.
8. Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às
diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido,
expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de
construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva.
9. Desenvolver a noção corporal através da psicomotricidade fina e ampla.
10. Promover através da brincadeira o desenvolvimento integral da criança.
11. Estimular a aprendizagem através dos contos de fadas.
12. Criar e contar histórias oralmente, com base em imagens ou temas sugeridos.
Quarto momento: A estagiária solicitará para um aluno desenhar no quadro calendário como
está o tempo.
As crianças receberão este molde já colado em papel cartão, então elas colorirão da sua maneira
com lápis de cor e depois recortarão.
Sétimo momento: Em seguida, a estagiária entregará para cada um pedaço de elástico para
amarrar na máscara no local previamente perfurado.
70
RECURSOS
Humanos:
Materiais: papel cartão, elástico, TV, molde máscara.
AVALIAÇÃO
A avaliação será processual e formativa, com auto-avaliação das atividades realizadas pelas
estagiárias. Acontecerá posteriormente a descrição das atividades propostas com análise
fundamentada nos autores do projeto de pesquisa previamente elaborado na 5ªfase.
REFERÊNCIAS
FERREIRA, IVANI https://professoraivaniferreira.blogspot.com/2019/02/musica-
chamadinha-para-bercario.html /acesso em 20/10/2021.
71
PLANO DE AULA 03
Turma: Infantil VI
Data: 09/11/2021
Dia da semana: terça-feira
Início da aula: 13:00
Término da aula: 17:00
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1.Estimular a expressão oral e corporal através da música infantil.
2.Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às
diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido,
expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de
construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva.
3.Desenvolver a noção corporal através da psicomotricidade fina e ampla.
4.Promover através da brincadeira o desenvolvimento integral da criança.
5.Estimular a aprendizagem através dos contos de fadas.
6.Criar e contar histórias oralmente, com base em imagens ou temas sugeridos.
Terceiro momento: A estagiária receberá os alunos com um vídeo de uma música calma na
televisão afim de organizá-los para o lanche.
HORA DO RECREIO (aproximadamente 1 hora).
Em fila, eles vão até o refeitório da escola, sentam nos bancos e aguardarão a estagiária entregar
o lanche para eles.
Serão orientados pela estagiária durante a refeição. Após terão um momento para brincar no
pátio.
15h45: Os alunos, acompanhados pela estagiária, brincarão no parquinho.
72
Quinto momento: A estagiária recontará a história dos Três porquinhos com base no livro:
Sexto momento: A estagiária questionará as crianças se elas lembram de quantas e do que eram
as casinhas dos Três Porquinhos, e conversará com as crianças sobre.
Sétimo momento: A estagiária apresentará as 3 casinhas dos três porquinhos para que eles
observem e explorem cada uma.
RECURSOS
Humanos:
Materiais: Papel cartão, folhas A4, tesoura, cola, lápis de cor, palitos de picolé.
AVALIAÇÃO
A avaliação será processual e formativa, com auto-avaliação das atividades realizadas pelas
estagiárias. Acontecerá posteriormente a descrição das atividades propostas com análise
fundamentada nos autores do projeto de pesquisa previamente elaborado na 5ªfase.
74
PLANO DE AULA 04
Turma: Infantil VI
Data: 10/11/2021
Dia da semana: quarta-feira
Início da aula: 13:00
Término da aula: 17:00
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1. Estimular a expressão oral e corporal através da música infantil.
2. Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às
diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido,
expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de
construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva.
3. Desenvolver a noção corporal através da psicomotricidade fina e ampla.
4. Promover através da brincadeira o desenvolvimento integral da criança.
5. Estimular a aprendizagem através dos contos de fadas.
6. Criar e contar histórias oralmente, com base em imagens ou temas sugeridos.
Segundo momento: A estagiária entregará argila para as crianças, e orientará para que elas
confeccionem uma casinha.
75
Quinto momento: Será trabalhada a diversidade, a estagiária fará uma readaptação da história
onde os porquinhos foram morar juntos para se ajudar.
Sexto momento: Hora de acalmá-los para a aula de Educação Física: aqui será um momento
livre para eles, onde poderão escolher entre brinquedos ou TV.
RECURSOS
Humanos:
Materiais: Argila, palitoches, brinquedos/TV.
AVALIAÇÃO
A avaliação será processual e formativa, com auto-avaliação das atividades realizadas pelas
estagiárias. Acontecerá posteriormente a descrição das atividades propostas com análise
fundamentada nos autores do projeto de pesquisa previamente elaborado na 5ªfase.
76
PLANO DE AULA 05
Turma: Infantil VI
Data: 11/11/2021
Dia da semana: quinta-feira
Início da aula: 13:00
Término da aula: 17:00
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1. Estimular a expressão oral e corporal através da música infantil.
2. Utilizar as diferentes linguagens (corporal, musical, plástica, oral e escrita) ajustadas às
diferentes intenções e situações de comunicação, de forma a compreender e ser compreendido,
expressar suas ideias, sentimentos, necessidades e desejos e avançar no seu processo de
construção de significados, enriquecendo cada vez mais sua capacidade expressiva.
3. Desenvolver a noção corporal através da psicomotricidade fina e ampla.
4. Promover através da brincadeira o desenvolvimento integral da criança.
5. Estimular a aprendizagem através dos contos de fadas.
6. Criar e contar histórias oralmente, com base em imagens ou temas sugeridos.
Terceiro momento: A estagiária colocará a música: “ nós vamos brincar no bosque” da Xuxa
para eles, e representará o Lobo bom.
77
Sexto momento: A estagiária passará um desenho para eles sobre ser bonzinho, e após isso,
farão um trabalho com papel pardo, onde estará desenhado crianças, e eles pintarão do modo
que quiserem.
Por fim, a estagiária falará com eles sobre as diferenças.
Sétimo momento: A estagiária falará com eles sobre contos de fadas, e pedirá a eles qual é o
preferido deles, após isso entregará as lembrancinhas e fará agradecimentos à professora
regente, professora auxiliar e alunos pela participação no estágio. Hora de acalmá-los para irem
para casa.
RECURSOS
Materiais: Tinta guache, caixa de som, palitoches, argila, papel pardo.
AVALIAÇÃO
A avaliação será processual e formativa, com auto-avaliação das atividades realizadas pelas
estagiárias. Acontecerá posteriormente a descrição das atividades propostas com análise
fundamentada nos autores do projeto de pesquisa previamente elaborado na 5ªfase.
78
Ele sentou no chão e entendeu. A estagiária espalhou as fichas no chão e chamou cada
colega para achar seu crachá.
A estagiária percebeu que eles são espertos, sabem ler, sabem quantas letras tem o nome
e quais letras a compõem. Então, com eles ainda na rodinha, contou a história dos Três
porquinhos, pois foi o tema escolhido por eles em conjunto com a professora.
A estagiária contou com o avental literário, e eles ficaram encantados com tanta cor no
avental e com a forma de contar.
Fonte: a autora
história, usando a imaginação, o que foi observado de forma positiva, pois como a contação foi
realizada com o avental literário e o livro, os alunos prestaram atenção e isso foi muito
gratificante para a estagiária.
A leitura de histórias para criança é fundamental para que a mesma possa apropriar-
se de um imaginário social, enriquecer seu vocabulário, e aprimorar suas formas de
interpretação”, além da presença dos livros e literaturas no cotidiano dessas crianças,
tornando-se um hábito e contribuindo também na resolução de conflitos do cotidiano,
uma vez que as histórias aproximam a realidade.
Após isso, mostrou para eles o que iriam fazer na próxima aula, pois nessa não daria
tempo, já que quando terminaram a atividade, era 16h20min e eles tinham que ir para casa.
Então eles assistiram ao desenho dos Três Porquinhos.
Como de costume, quando chegou às 17h, eles foram para o Hall de entrada.
Novamente, a estagiária teve que alterar a data da regência, pois teve problemas com os
horários em seu trabalho. Então, chegou às 15h, e como eles estavam agitados, fez o quadrinho
de rotina com eles e aguardaram o horário do recreio. Foram lanchar, e acompanhou eles, logo
após, foram até o parquinho para brincarem.
Ao chegarem na sala, começaram a confeccionar as máscaras. Eles pintaram, uns dentro
do desenho, como o esperado, e outros pintaram fora. Na hora de pintarem, eles perguntaram
se tinha que pintar igual aos porquinhos, e foi respondido que poderiam pintar do jeito que
quisessem, para que pudéssemos trabalhar a diversidade com eles.
A estagiária chegou 16h30, e eles já tinham que ir se arrumando para irem para casa,
então, a mesma segurou as máscaras para que pudessem pegar as agendas e guardar o material.
Às 17h, eles foram para o Hall de entrada.
Na quarta-feira, dia 17 de novembro de 2021, a estagiária chegou às 13h, e eles estavam
assistindo TV, então aguardou para começar a aula até as 13h30min. Depois que as crianças
chegaram, fizeram o quadro de rotina, e realizaram a chamada.
A chamada foi feita de maneira diferente. A estagiária falou as letras do alfabeto e foi
solicitado quem começava com a letra que ela falava.
Eles são bem inteligentes, o que condiz com a faixa etária deles. O TEA2, é mais
avançado, pois ele escreve bem certo o nome dele e os nomes de quem pedir para ele escrever.
Ele sabe ler também.
Após isso, entregou as máscaras deles para terminarem de pintar e recortar. A professora
orientadora veio ver como estava o seu desempenho em sala de aula. Depois de um tempo, era
hora da aula de artes.
Quando deu 15h, entrou em sala novamente para arrumá-los para o lanche. Uns comem,
outros não, e tem um que nunca come. Depois disso, foram para o parquinho. Ao chegarem na
sala de aula após o recreio, foram para a aula de Educação Física.
Às 16h30, como estavam muito agitados, não conseguiu passar o que a estagiária havia
previsto para passar. Começaram a ir para casa. Às 17h, levou-as para o Hall de entrada.
Na quinta-feira, a estagiária chegou às 13h, neste dia eles tinham todas as aulas em sala.
Iniciou a aula às 13h30min, como sempre fez. E hoje vieram mais crianças que os outros dias.
81
Realizou a rotina com eles, e após isso, realizaram o quadro calendário. Depois, levou-os para
o tapete, afim de fazer a chamadinha com as fichas coloridas.
Como sempre, eles deram um show, na hora de saberem de quem era cada ficha, e dessa
vez, frisou com eles sobre os nomes e letras repetidas, onde, quem tinha o nome com a letra P
inicial, estaria com a ficha vermelha, e quem não tinha colegas com a letra igual de início,
estava com a cor laranja.
Após isso, deu tempo de colocarem as máscaras prontas. Se observaram no espelho e
foi muito gratificante eles comparando as cores e dizendo que a deles era diferente uma dos
outros, pois esse era o objetivo, que eles se questionassem. A estagiária frisou isso para eles
também, que todos somos diferentes, e aquilo que nos iguala é o que temos por dentro.
Depois desse momento, entregou imagens dos três porquinhos já colados em papel
cartão, e eles foram pintando os desenhos. Após isso, recortaram e colaram em uma folha A4
desenhado um fundo pela estagiária.
Após concluírem essa atividade, colocou um desenho da escolha deles para que se
acalmassem para o lanche e recreio. Como o dia estava chuvoso, teriam de brincar no hall de
entrada. Então foram comer, e após terminarem de comer, levou-os para o hall. Estavam mais
agitados que o normal, ela nunca tinha os visto tão agitados.
Quando eles chegaram na sala, a professora colocou um vídeo, como combinado, e ela
entrou com uma máscara de lobo-mau, mas não deu muito certo, eles descobriram que era a
estagiária e não conseguiu realizar a atividade como o planejado.
Entregou os palitoches do lobo bom e explicou a eles que existem lobos bons também,
como o do vídeo que passou. Então, como já estava quase no horário, explicou para eles sobre
as histórias dos contos de fadas e entregou as lembrancinhas para eles, que adoraram. Após
isso, entregou flores para a coordenadora, professora e auxiliar como forma de agradecimento.
Para finalizar, a estagiária deixou os alunos brincarem com massinha de modelar, até
que fosse hora de irem para casa. Depois, levou quem estava na sala ainda, ao Hall de entrada.
Até o ano de 1950, a Escola tinha o seu funcionamento junto ao prédio do Colégio Mater
Dolorum e denominava-se GRUPO ESCOLAR SANTA CATARINA, fundada no último
trimestre de 1934, tendo como diretor o senhor J. Mazzocatto. Nesta época atendia de 1ª a 4ª
série e o Curso Complementar.
Com a doação do terreno pelo senhor Pedro Turra uma nova escola pública foi
construída. O Decreto nº 259, de 23 de junho de 1948, criou o Grupo Escolar Belisário Pena na
83
Vila Capinzal, município de Campos Novos (SC). No mesmo ano iniciou a construção da
escola. Inaugurada em 18 de julho de 1950, contou com a presença do então governador do
Estado Celso Ramos e também do Vice-presidente da República, Nereu Ramos.
No ano de 1950 funcionou o Curso Primário e o Curso Complementar. De acordo com
o Decreto nº 2180, de 26/11/1964, implantou-se a partir do ano letivo de 1965 o Ginásio Normal
“Juçá Barbosa Callado”, anexo ao “GRUPO ESCOLAR BELISÁRIO PENA”.
No ano de 1971, através do DECRETO nº 10473, de 17/02/1971, une-se ao Grupo
Escolar Belisário Pena o Ginásio Normal Juçá Barbosa Callado e cria-se a ESCOLA BÁSICA
BELISÁRIO PENA, sob o código 10.05.017, com o funcionamento do então 1º Grau de 1ª a 8ª
série.
A partir do ano 2000, amparado pela LDBN Nº9394/96, a denominação da escola
passou a ser ESCOLA DE EDUCAÇÃO BÁSICA BELISÁRIO PENA. Por mais de três
décadas, a escola atendeu da Educação Infantil ao Ensino Fundamental, perdurando o
atendimento da Educação Infantil até o ano de 2008.
No ano de 2008, no mês de janeiro iniciou-se a construção das novas instalações da
escola. A partir de fevereiro de 2009 a escola passou a atender a comunidade nas novas
instalações.
No ano de 2012 foi firmado convênio entre Secretaria Estadual de Educação e
Administração Municipal de Capinzal, pelo TERMO DE CONVÊNIO Nº 16558/2011-1, de 24
de novembro de 2011. Através deste as séries iniciais, ou seja, de 1º a 5º ano passaram a ser
atendidas pela Secretaria Municipal de Educação, ficando o atendimento destes anos no mesmo
prédio da instituição. O atendimento dos anos finais - 6º a 9º ano - permanece sendo feito pela
Secretaria de Estado da Educação. A escola está localizada na Rua Dona Linda Santos, nº 605
na cidade de Capinzal.
A Infraestrutura da escola, segundo dados do Censo/2020, comenta que a instituição
tem: alimentação escolar para os alunos, água filtrada, água da rede pública, energia da rede
pública, fossa, lixo destinado à coleta periódica, acesso à Internet, banda larga, instalação de
ensino, 8 salas de aulas, sala de diretoria, sala de professores, laboratório de informática,
laboratório de ciências, sala de recursos multifuncionais para Atendimento Educacional
Especializado (AEE), quadra de esportes coberta, cozinha, biblioteca, banheiro adequado à
educação infantil, banheiro adequado à alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, sala de
secretaria, banheiro com chuveiro, refeitório, despensa, almoxarifado, pátio coberto, pátio
descoberto, área verde.
84
3.2.1.Relato da Observação
o vocabulário bem pertinente perante os alunos, onde precisa ter a gramática mais puxada, ela
usa isso muito bem.
Na mesa da professora, tem uma “caixa compartilhada”, onde, quando os alunos
precisam de algo, tem ali para emprestar.
Um aluno disse que não recebeu o calendário, gerando dúvidas na professora, e o aluno
comentou que tinha errado em um, e não recebeu outro, porém, a mesma disse que entregou.
Ela comentou sobre uma história onde o mesmo rasurou uma atividade e quando foi para casa,
contou uma história totalmente diferente do ocorrido para a mãe.
Agora, irão fazer a atividade avaliativa, ela os acalmou, dizendo para fazerem com
calma e prestarem atenção nas questões. Alguns são muito bons de leitura e escrita, outros nem
tanto, condizente com a idade.
A professora os deixou alguns minutos com a estagiária, porém, alguns se agitaram, pois
não estavam com a professora regente.
Prova integrada-válido para todas as disciplinas.
A professora fará a leitura da prova com eles.
DURANTE A ATIVIDADE: Percebe-se que muitos tem dificuldades, tanto para ler,
quanto para identificar onde e o que é para escrever. Alguns realizam a prova sem auxílio e
leitura da professora, outros necessitam da ajuda da mesma. Tem vários alunos novos, uma em
questão, faz uma semana que iniciou. Um aluno chorou por não ter entendido a questão da
prova, e a professora tentou acalmá-lo.
Às 9:15 é o recreio deles (até 9:30) eles estão bem afobados pela chegada do recreio, e
percebe-se a agitação. Um aluno explicou que outro aluno bateu nele, e o mesmo diz que não
bateu, e começou a chorar. Depois do recreio, eles vão conversar com a coordenadora.
DURANTE O RECREIO: Como esperado, são agitadas, como todas as crianças são,
mas de forma “normal”.
Continuação da atividade avaliativa. Alguns alunos não prestam atenção na explicação
da professora.
10h-11h30min: Aula de artes.
A estagiária saiu alguns minutos da aula de artes para tratar dos conteúdos da regência.
Eles ficam bem agitados em aulas diferentes, dando a entender que só respeitam a professora
regente. Muitos saem da carteira para fazer bagunça.
Faltaram 3 pessoas hoje.
Estão estudando em artes as formas geométricas. Uma aluna veio mostrar o que eles
fizeram ao longo das aulas de artes. Enquanto a professora arrumava o notebook, alguns alunos
86
tumultuavam a sala. A aula de artes é ministrada na mesma sala em que eles tem aula. Não há
relação dos conteúdos e a postura dos alunos não é a mesma. São duas aulas por semana.
No dia 23 de maio de 2022, os alunos realizaram a acolhida com a estagiária novamente,
visto que a semana do dia 25/04, houve imprevistos relacionados a saúde, o que a fez adiar a
observação.
Comentaram sobre o dia da Família na Escola, o qual apenas os pais de duas crianças
não compareceram para buscar o boletim. Iniciaram a rotina, onde a prof mudou a letra para
que eles lessem.
Um aluno estava com o nariz escorrendo, e acabou passando na mesa. As crianças e a
professora o alertaram e a professora pediu para que ele fosse ao banheiro.
O modo de escrita deixou-os com dúvidas, onde a professora fez um tipo de sequência:
duas escritas minúsculas, duas escritas maiúsculas. Após tentarem ler, leram em conjunto. A
professora fez a oração, agradecendo pelo dia e pedindo pela semana.
Dia de contar as novidades do final de semana, 5 minutos; Um aluno estava de
aniversário. Realizaram a chamada no sistema; A professora tinha esquecido das agendas no
quadro de rotina;
Um aluno não virá a semana toda, motivo, foi viajar; Faltou dois alunos. Tem uma aluna
bem atacada de gripe;
Essa semana, e a próxima, estarão trazendo os ingredientes para a festa junina, que
ocorrerá dia 03/06. O mesmo aluno do nariz escorrendo, limpou na roupa, dessa vez;
Realizaram o calendário; Na hora do calendário, a professora o realiza no quadro, e as
crianças, em uma folha.
Ajudantes, alunos com P e R;
Estavam mais agitados que o último dia que a estagiária veio; A agitação é maior quando
a professora está ocupada. Uma aluna trocou de lugar enquanto a professora estava atendendo
os alunos;
Alguns alunos faltantes sem justificativa, foram para a secretaria.
A professora apagou a luz ao ver a agitação;
Cantaram parabéns ao colega de aniversário;
A aluna, ao trocar de lugar, ficou mais agitada. A professora a trocou de lugar;
A atividade avaliativa deles era um ditado, no qual a professora entregou. Na hora de
verem as notas, se agitaram, como toda criança faz;
A prof apagou a luz novamente;
O ajudante não prestou atenção nos nomes e entregou duas provas para uma aluna só. *
87
A prova, na qual a professora está entregando, é a que eles realizaram no primeiro dia
que a estagiária estava.
* Ela (a professora), achou que não tinha entregado, e a estagiária interviu, falando o
que observou, e ela alertou o colega, que quando ele tem dúvidas sobre quem é tal colega, que
ele peça ajuda para ela, que a mesma auxilia.
Um aluno a questionou do por que tirou nota baixa, e ela explica que a professora não
dá nota, apenas transfere as notas que eles tiram quando resolvem as avaliações com ou sem
atenção.
Muitas crianças tossem durante a aula;
Eles tem prova com e sem suporte;
Alguns pais questionaram as notas de outras disciplinas com a professora de sala;
Irão corrigir o tema.
Enquanto a estagiária conversava com a professora a respeito das autorizações de uso
de imagem, os alunos conversavam bastante;
Uma aluna jogou pedaços de algo não identificável em duas colegas, como se quisesse
chamar a atenção delas para conversar;
A professora irá utilizar o multimídia.
Outra aluna trocou de lugar;
A professora comentou que o cabo do multimídia não é muito bom, então ela sugeriu a
estagiária que, quando ela fosse usar a tecnologia, seria melhor, utilizar a tela interativa que há
na escola;
Eles realizam a correção do tema de forma tecnológica;
Uma aluna aparenta ser bem agitada, pois conversa e muitas vezes fica em pé na cadeira,
fazendo barulho com a mesma;
Os bons alunos em questão de nota, são agitados também;
Nota-se que o que para a agitação dos alunos, é a professora apagar a luz;
A estagiária teve contato com alguns alunos no recreio e até a professora chegar, alguns
a abraçavam, e ela sentiu que são bem carentes de carinho;
Em matemática, eles estão trabalhando agrupamentos;
Um aluno de outra turma entrou na sala de aula, somente para cumprimentar a
professora, agitando a sala.
Uma aluna está com bastante dor de barriga, e aparenta ter iniciado na hora do recreio.
Tema, ideias de como evitar acidentes domésticos- prevenções.
88
É nas aulas de arte que os alunos irão expressar os seus sentimentos, ao desenhar, ao
pintar, pois se o aluno está apertando o lápis, ou fazendo de forma “brusca”, quer dizer que
ou ele não gosta do que lhe foi solicitado, ou é por que está bravo ou triste, já, quando a criança
gosta de fazer, ou está feliz, a mesma faz com calma, atenção e cuida dos detalhes. Arte é
expressão, arte é o sentimento saindo através do que desenha!
Enquanto a estagiária conversava com a professora de artes, eles (os alunos), agitavam
a sala, saindo do lugar e correndo na sala;
Eles fizeram uma marca página para entregar no dia da Família na Escola.
Na questão de desenho, são traços de 1º-2º ano, o que coincide com a idade deles, 7, 8
e 9 anos;
Turma composta por 10 meninas e 15 meninos.
A professora de artes pediu que eles recortassem do livro sobre formas geométricas;
Um aluno comentou com a professora, que uma colega falou um palavrão para outra,
mas as duas disseram que isso não era verdade, e a professora alertou o aluno, dizendo que não
pode mentir;
A limpeza da sala e a organização de materiais, não é agradável. Eles tem muitas coisas
jogadas pelo chão da sala, poluindo a visão da mesma.
Um aluno quis cortar a mochila de sua colega, porém, eu intervi.
A estagiária precisou intervir também quando um colega quis bater em outra, e a mesma
frisou a eles o que estava escrito no painel de PODE E NÃO PODE.
Dia 24 de maio de 2022, a primeira aula é de Educação Física. Ensaio para a festa junina.
Quem não dança, faz um desenho sobre a festa junina. 21 alunos vieram a aula; São menos
agitados nas aulas de educação física do que na de artes; Percebe-se que eles não tem lugar fixo,
tipo um mapa de sala;
Às 8h, tiveram uma atividade na biblioteca, então, não deu tempo de ensaiar;
Participaram de uma palestra sobre resíduos eletrônicos;
Na palestra do Lions Clube, eles atrapalharam várias vezes, tendo que ser chamada a
atenção deles, principalmente a estagiária precisou interferir.
89
Nos finais de aula, não conseguem conter a agitação, saindo da carteira, correndo e indo
na carteira dos colegas com o intuito de tumultuar;
Chegada da professora regente; Quando ela chegou, deu bom dia aos alunos, e precisou
apagar a luz para eles acalmarem;
ROTINA:ORAÇÃO-AGENDAS-RECREIO-CHAMADA-CALENDÁRIO-
ATIVIDADES-SAÍDA.
Perceberam que a professora esqueceu do Ç na palavra oração.
Na hora de fazer a oração, uma aluna cedeu o seu lugar de fazer, para um aluno e a
professora a elogiou, dizendo que isso era se colocar no lugar do próximo;
No recreio, a estagiária e a professora conversaram sobre o estágio e os alunos. A
professora comentou com a estagiária que essa turma é bem mais calma que a da tarde.
Entrega da autorização de uso de imagem; A professora comentou sobre os ingredientes
para trazer até o dia da festa junina;
A chamada foi com os canetões e imagens, fazendo com que os alunos escrevessem o
que cada imagem é. Alguns alunos precisaram do auxílio da professora na hora de escrever,
pois ainda não sabem ler;
Após isso, foi realizado o calendário.
Depois, a professora ligou o multimídia e passará um vídeo sobre a prevenção de
acidentes domésticos do Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES). Após isso,
passou um texto informativo sobre prevenção contra incêndios;
Quando queriam falar sobre algo, ao invés de somente erguerem a mão, levantavam da
cadeira e ficavam se mexendo;
Às 11h, a estagiária tomou o seu remédio contínuo e parou para tomar todos os dias
neste mesmo horário;
Vão muitas vezes ao banheiro durante o dia;
Pegaram o caderno para copiarem; Ao escreverem, ficam mais calmos;
Após um tempo, a professora pediu para eles guardarem o material.
No dia 25 de maio de 2022, a diretora chegou para falar sobre os uniformes. Após isso,
a professora fez o quadro de rotina; Ela escreveu na letra cursiva; Eles não copiam no caderno.
Iniciaram a oração e verificaram as agendas, trazendo as autorizações referente ao uso
de imagem, alguns alunos tentaram ler e acharam incrível a estagiária ser da UNOESC;
Faltaram 5 alunos hoje. E dois alunos a estagiária observou, porém não irão acompanhar
a regência, pois irão embora.
90
Concluíram o calendário e foi realizado a chamada, em forma de, que os alunos que a
professora chamar, em ordem alfabética, irão fazer uma situação problema no quadro valor de
lugar, foi feito em forma de sorteio e só alguns alunos irão.
Pedem muito para irem ao banheiro.
Concluíram a chamada.
Corrigiram a tarefa e escreveram a data no caderno;
A professora quis escrever Ouro, ao invés de Capinzal, e os alunos a corrigiram, falando
que o município é Capinzal.
A professora comentou sobre um aluno, que não tem condições de passar para um 3º
ano;
Alguns alunos, de acordo com a professora, não leem de acordo ainda. Um em questão,
não lê, nem escreve, e outro, por ser estrangeiro, lê, mas na hora de repassar, escreve em
espanhol, e de acordo com a mesma, a mãe do aluno disse que é só por “mania”.
A professora comentou com a estagiária sobre um aluno que a estagiária terá que cuidar,
em questões de, “ele se faz de vítima”, que não acompanha o que é para ser feito e que de acordo
com a mesma, não tem condições de acompanhar um 3º ano.
Acabou a aula de sala, e foram para a Educação Física.
No dia 26 de maio de 2022, os alunos chegaram na sala de aula e conversaram com a
secretária sobre o horário pós-aula e transporte.
Após isso, foram à biblioteca para a troca de livros, e estavam bem agitados;
Chegaram na sala e fizeram o quadro de rotina: TROCA DE LIVROS-ORAÇÃO-
LEITURA-AGENDAS-CHAMADA-ATIVIDADES-RECREIO-ATIVIDADES-
CALENDÁRIO-SAÍDA.
Deram início a oração, e após isso, a professora leu uma história com o intuito de alertá-
los sobre os perigos de não pensar no que faz e obedecer os pais;
Agendas olhadas, mais alunos trouxeram as autorizações; No total, 14 alunos trouxeram.
A professora deixou a estagiária alguns minutos com os alunos, para procurar um aluno
que estava fora de sala, e a turma estava agitada.
Anteriormente, a estagiária contestou a professora a respeito de um aluno ter ganhado
uma autorização, pois a estagiária imprimiu as 25 cópias e lembra de ele ter vindo na aula.
Quando a professora chegou, ela disse que esse mesmo aluno não irá mais no banheiro
pois ele estava brincando com algumas crianças e conversou com ele sobre ele mentir e não
cuidar das coisas dele, pois achamos a outra autorização na agenda dele.
Concluíram a atividade de ontem.
91
3.2.3.Planos de intervenção
PLANO DE AULA 01
Turma: 2º ano 01
Data:04/07/2022
Dia da semana: segunda-feira
Início da aula: 07:30
Término da aula: 11:30
93
TEMA: Diversidade: Será trabalhado as questões abaixo para instigá-los a saberem sobre
os tipos de moradia e a diversidade de cada um.
ÁREAS DO CONHECIMENTO:
Linguagens
Matemática
Ciências Humanas
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
1. Ler e compreender, em colaboração com os colegas e com a ajuda do professor ou já
com certa autonomia, listas, agendas, calendários, avisos, convites, dentre outros gêneros do
campo da vida cotidiana, considerando a situação comunicativa e o tema/ assunto do texto e
relacionando sua forma de organização à sua finalidade.
2. (EF01MA17) Reconhecer e relacionar períodos do dia, dias da semana e meses do
ano, utilizando calendário, quando necessário.
3. (EF04GE04) Reconhecer especificidades e analisar a interdependência do campo e da
cidade, considerando fluxos econômicos, de informações, de ideias e de pessoas.
4. (EF04GE01) Selecionar, em seus lugares de vivência e em suas histórias familiares
e/ou da comunidade, elementos de distintas culturas (indígenas, afro-brasileiras, de outras
regiões do país, latino-americanas, europeias, asiáticas etc.), valorizando o que é próprio em
cada uma delas e sua contribuição para a formação da cultura local, regional e brasileira.
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Primeiro Momento: Acolhida
A estagiária se apresentará e questionará as crianças se conhecem os contos de fadas. Em
seguida retirará alguns personagens conforme imagens abaixo de uma caixa e os colará em uma
parede da sala, falando sobre cada um deles e sua relação com a diversidade:
94
Rotina
A estagiária acolherá as crianças, após chegarem na sala de aula e iniciará com o quadro de
rotina, de acordo com o que foi observado na semana em que estava na escola.
ROTINA DE SEGUNDA-FEIRA
ACOLHIDA
ORAÇÃO
CHAMADA
5 MINUTOS DA NOVIDADE
AGENDA
LEITURA DO LIVRO- JOÃO E MARIA
ATIVIDADES
RECREIO
CALENDÁRIO
ARTES
SAÍDA
95
R:
2- COM QUEM JOÃO E MARIA MORAVAM?
R:
3- ONDE JOÃO E MARIA MORAVAM?
R:
4- VOCÊ MORA AONDE?
( ) CENTRO
( ) BAIRRO
( ) INTERIOR
5- COM QUEM VOCÊ MORA?
R:
A estagiária questionará os alunos sobre com quem eles moram. Em seguida elaborará um
gráfico na tela interativa/multimídia, conforme o modelo abaixo com base nos dados.
JOÃO E MARIA MORAVAM COM O PAI E A MADRASTA. E OS ALUNOS DO 2º ANO
MORAM COM QUEM?
20
15
10
0
PAI E MÃE PAI MÃE AVÓS
A estagiária com os alunos, farão o calendário do mês de junho, utilizando uma folha A4, com
o mês e uma tabela, onde escreverão o dia em números e desenharão como está o tempo.
Conforme fazem todos os dias com a professora regente.
Escola Municipal Belisário Pena
Turma: 2º ano 01
Professora Regente: Rosilene Haus Pauly
Estagiária: Rafaella Rodrigues da Silva
MÊS DE JULHO
ANO 2022
RECURSOS
98
AVALIAÇÃO
A avaliação será processual e formativa, com auto-avaliação das atividades realizadas pelas
estagiárias. Acontecerá posteriormente a descrição das atividades propostas com análise
fundamentada nos autores do projeto de pesquisa previamente elaborado na 7ªfase.
99
PLANO DE AULA 02
Turma: 2º ano 01
Data:05/07/2022
Dia da semana: terça-feira
Início da aula: 07:30
Término da aula: 11:30
TEMA: Diversidade
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Primeiro momento: Aula de Educação Física-7h30 às 9h.
Segundo Momento: Acolhida/
A estagiária se apresentará e questionará as crianças se conhecem os contos de fadas. Em
seguida retirará alguns personagens conforme imagens abaixo de uma caixa e os colará em uma
parede da sala, falando sobre cada um deles e sua relação com a diversidade:
Patinho feio: Todos os outros patos da floresta
riam do patinho, por que ele era diferente deles.
Mas, no final de tudo, descobriram que ele era um
lindo cisne!
Você, respeita a diferença dos colegas?
Lembrem-se que todos temos diferenças, o que
vale é o que cada um tem dentro de si mesmo!
100
Rotina
A estagiária acolherá as crianças, após chegarem na sala de aula e iniciará com o quadro de
rotina, de acordo com o que foi observado na semana em que estava na escola.
ROTINA DE TERÇA-FEIRA
EDUCAÇÃO FÍSICA
ORAÇÃO
AGENDA
RECREIO
CHAMADA
CALENDÁRIO
ATIVIDADES
SAÍDA
Terceiro Momento: Oração
Momento que os alunos terão para agradecer pelo dia e pela saúde das pessoas.
MÊS DE JULHO
ANO 2022
RECURSOS
Humanos: Alunos e estagiária
Materiais: Multimídia; Quadro; Canetão; Caixa.
AVALIAÇÃO
A avaliação será processual e formativa, com auto-avaliação das atividades realizadas pelas
estagiárias. Acontecerá posteriormente a descrição das atividades propostas com análise
fundamentada nos autores do projeto de pesquisa previamente elaborado na 7ªfase.
104
PLANO DE AULA 03
Turma: 2º ano 01
Data:06/07/2022
Dia da semana: quarta-feira
Início da aula: 07:30
Término da aula: 11:30
TEMA: Diversidade
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Rotina
A estagiária acolherá as crianças, após chegarem na sala de aula e iniciará com o quadro de
rotina, de acordo com o que foi observado na semana em que estava na escola.
ROTINA DE QUARTA-FEIRA
ORAÇÃO
AGENDA
CHAMADA
CALENDÁRIO
ATIVIDADES
RECREIO
106
ATIVIDADES
EDUCAÇÃO FÍSICA
LEITURA
SAÍDA
MÊS DE JULHO
ANO 2022
107
VAMOS, VENHAMOS
ISTO É UM FATO:
TUDO IGUALZINHO,
AI COMO É CHATO!
TATIANA BELINKY;
SÃO PAULO: FTD, 2015.
Aguardará as respostas dos alunos e discutirá refletindo com eles e apresentará o poema
“DIVERSIDADE”.
109
Após lerão o texto em conjunto. Em seguida a estagiária solicitará que cada aluno leia uma
estrofe.
Em seguida serão apresentados cartazes e farão uma conversa sobre os mesmos.
Na sequência os alunos começarão a produzir frases sobre as diferenças e a importância de se
respeitar, para que ser diferente é legal e evitar o preconceito entre eles também.
RECURSOS
Humanos: Alunos e estagiária
Materiais: Multimídia; Quadro; Canetão; Cartaz; Lápis de cor; Canetinha; Imagens de
revistas; Cola; Fita crepe.
AVALIAÇÃO
A avaliação será processual e formativa, com auto-avaliação das atividades realizadas pelas
estagiárias. Acontecerá posteriormente a descrição das atividades propostas com análise
fundamentada nos autores do projeto de pesquisa previamente elaborado na 7ªfase.
110
PLANO DE AULA 04
Turma: 2º ano 01
Data:07/07/2022
Dia da semana: quinta-feira
Início da aula: 07:30
Término da aula: 11:30
TEMA: Diversidade
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
ROTINA DE QUINTA-FEIRA
TROCA DE LIVROS
ORAÇÃO
CALENDÁRIO
AGENDA
CHAMADA
LEITURA
ATIVIDADES
RECREIO
ATIVIDADES
112
SAÍDA
MÊS DE JULHO
ANO 2022
113
Tarefa
PERGUNTAR AOS PAIS QUAIS HISTÓRIAS ABAIXO ELES CONHECEM:
( ) JOÃO E MARIA
( ) O PATINHO FEIO
( ) CINDERELA
( ) BRANCA DE NEVE E OS 7 ANÕES
( ) A BELA E A FERA
( ) A PEQUENA SEREIA
( ) RAPUNZEL
( ) OS TRÊS PORQUINHOS
( ) A BELA ADORMECIDA
( ) CHAPEUZINHO VERMELHO
( ) O GATO DE BOTAS
( ) O PEQUENO POLEGAR
QUAL ELES MAIS GOSTAVAM? (TÍTULO)
___________________________
RECURSOS
115
AVALIAÇÃO
A avaliação será processual e formativa, com auto-avaliação das atividades realizadas pelas
estagiárias. Acontecerá posteriormente a descrição das atividades propostas com análise
fundamentada nos autores do projeto de pesquisa previamente elaborado na 7ªfase.
116
PLANO DE AULA 05
Turma: 2º ano 01
Data:08/07/2022
Dia da semana: Sexta-feira
Início da aula: 07:30
Término da aula: 11:30
TEMA: Diversidade
PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Primeiro momento: Rotina
A estagiária acolherá as crianças, após chegarem na sala de aula e iniciará com o quadro de
rotina, de acordo com o que foi observado na semana em que estava na escola.
A estagiária questionará as crianças se conhecem os contos de fadas. Em seguida retirará alguns
personagens conforme imagens abaixo de uma caixa e os colará em uma parede da sala, falando
sobre cada um deles e sua relação com a diversidade:
117
ROTINA DE QUINTA-FEIRA
ORAÇÃO
CALENDÁRIO
AGENDA
CHAMADA
ATIVIDADES
RECREIO
ATIVIDADES
INGLÊS
INFORMÁTICA
SAÍDA
Segundo Momento: Oração
Momento que os alunos terão para agradecer pelo dia e pela saúde das pessoas.
A estagiária com os alunos, farão o calendário do mês de junho, utilizando uma folha A4, com
o mês e uma tabela, onde escreverão o dia em números e desenharão como está o tempo.
Conforme fazem todos os dias com a professora regente.
EXEMPLO:
Escola Municipal Belisário Pena
Turma: 2º ano 01
Professora Regente: Rosilene Haus Pauly
Estagiária: Rafaella Rodrigues da Silva
MÊS DE JULHO
ANO 2022
119
Após isso, a estagiária entregará clássicos dos contos de fadas para que eles façam uma leitura.
A estagiária trabalhará com eles a MORAL DE CADA HISTÓRIA, e ensinará que mesmo não
sendo fábula, os Contos de Fadas podem ter uma reflexão final.
120
RECURSOS
Humanos: Alunos e estagiária
Materiais: Multimídia; Quadro; Canetão; Cartaz; Lápis de cor; Canetinha; Imagens de
revistas; Cola; Fita crepe.
AVALIAÇÃO
A avaliação será processual e formativa, com auto-avaliação das atividades realizadas pelas
estagiárias. Acontecerá posteriormente a descrição das atividades propostas com análise
fundamentada nos autores do projeto de pesquisa previamente elaborado na 7ªfase.
3.2.4.Relatório de Regência de Estágio
Na segunda-feira, dia 04 de julho de 2022, a estagiária chegou na sala, e logo foi
apresentada pela professora, aos alunos. Logo após, deu início ao seu plano.
Iniciou contando a eles sobre o porquê do tema de sua aula ser diversidade e contou que
iria trabalhar com os Contos de Fadas.
Os contos de fadas promovem o desenvolvimento da criança, motivando-a a ser
generosa e solidária, fazendo-a compreender que nem sempre as pessoas são boas e
que nem sempre as situações são agradáveis. Por consequência, desperta seu senso
crítico, fazendo-a refletir entre o pensar e o agir, entre o certo e o errado. Assim, a
essência dos contos de fadas é abstrair conceitos formadores de caráter, uma vez que
estabelece relação entre “bem e mal”, “certo e errado”. Seus valores são inúmeros:
respeito, bondade, justiça, amizade, amor, franqueza, humildade, diferença, etc.
(BETTELHEIM, 1980,pág 65).
121
Quem não adorava quando, os pais contavam histórias sobre o Peter Pan, a Princesa e o
Sapo, ou até mesmo o Humpty Dumpty? Essas histórias, nomeadas Contos de Fadas, são de
extrema importância na vida de todas as crianças, como citado várias vezes ao longo deste
relatório, é na infância onde as crianças desenvolvem o imaginário, e essas histórias, são o
aconchego, e talvez a esperança delas, por um mundo encantado e um “Feliz para Sempre”.
Depois, pegou a imagem da Branca de Neve, e pediu a eles se conheciam a história, mas
que não iria falar da personagem em si, mas sim, da Madrasta. Após falar sobre a madrasta,
contou que nem toda madrasta é má, e que estão ali para cuidar deles junto com os pais, como
se fosse uma segunda mãe.
Após, a estagiária pegou a imagem de João e Maria, e contou a eles que estes, seriam o
foco de seu trabalho ao longo dos dias. Falou com eles sobre a história, e eles se interessaram
ao saber de toda a história de João e Maria, e disse que Branca de Neve, e João e Maria, tinham
algo em comum, a madrasta.
Então, ela conversou com eles, pedindo a cada um com quem moravam, quantos irmãos
eles tinham, e tiveram uma longa conversa sobre ser irmão mais velho, do meio ou irmão mais
novo.
Após isso, realizaram a rotina, como escrito no plano. A estagiária sentiu que eles são
ansiosos pelas atividades e principalmente o recreio.
Após montar a rotina no quadro, foi feita a oração, onde eles pediram para terem um
bom dia e cuidar de quem estivesse doente. Na mesma, foram três crianças na frente, para
realizar a oração.
Após realizarem a oração, a estagiária iniciou com eles a chamada em forma de rima, e
foi onde ela pode ver que alguns, sabem as rimas de forma correta, e outros não. O que mais a
impressionou, foi que aqueles alunos que tinham dificuldades na leitura, eram ótimos na hora
de rimar.
IMAGEM 4: Acadêmica com aluno no quadro
Fonte: a autora
122
A sacola que a estagiária utilizou, foi batizada carinhosamente pela mesma, de “Sacola
Viajante”, pois ela explicou que traria essa sacola para quando eles precisassem adivinhar algo.
Pegaram as palavras dentro da sacola e tentavam adivinhar sobre as rimas de cada nome.
Depois de trabalharem sobre as rimas na chamada, eles falaram as novidades do final
de semana. Cada um contou o que fez e o que comeu de diferente no sábado e/ou no domingo.
Após, a estagiária passou de carteira em carteira olhando se alguém tinha bilhetes ou
algo para mostrar à professora regente.
Antes do recreio, a estagiária tentou passar a eles o vídeo da história de João e Maria,
porém, com a falta de tempo, e problemas de sonorização, foi deixado para depois do recreio.
Como mencionado acima, após chegarem do recreio, a estagiária passou o vídeo, e
comentaram sobre a Moral da História de João e Maria, onde a estagiária abriu uma brecha para
que cada um falasse sobre a moral citada, que era sobre obedecer os pais e não sair para
caminhos diferentes, para que não aconteça o que aconteceu com os personagens da história.
Após isso, como não daria tempo de passar as questões, a pedido da professora regente,
a estagiária pulou para o calendário, e cada um fez o que achava sobre como estava o tempo,
desenhando um sol no dia, pois estava ensolarado, e uma carinha feliz na cor vermelha, nos
finais de semana.
Por fim, eles precisavam sair 5 minutos antes, a pedido da diretora, para que pudessem
pegar os autorretratos feitos em sala de aula com a professora de artes.
Quando chegou 10h, a estagiária saiu da sala para que dessem início a aula de Artes,
como consta no quadro de horários deles.
Na terça-feira, dia 05 de julho, a estagiária chegou, após a aula de Educação Física, e
foi falado sobre a história do Patinho Feio e Pinóquio, na fala sobre o Patinho Feio, a estagiária
fez os alunos pensarem a respeito das diferenças entre eles, e disse ainda, que ninguém é feio,
o que é feio é ter preconceito com as pessoas que, por algum motivo, são diferentes, e fez eles
pensarem com a seguinte reflexão “Já pensou se todos fossem iguais? Não seria chato?” E eles
disseram que sim, pois não saberiam se identificar no meio de tanta gente igualzinha.
Já na reflexão do Pinóquio, a estagiária quis colocá-los que a mentira é uma coisa que
não traz felicidade a ninguém, e que mentir, só faz as pessoas pensarem mal deles, pois assim,
faz com que ninguém acredite neles. Eles ficaram pensativos e refletiram sobre, e um aluno
disse a estagiária que a mãe dele sempre dizia que cada vez que ele mentisse ele teria que
“montar em um cavalo” e quando ele mentia, ele montava.
123
A família também é muito importante na vida escolar da criança, pois em conexão entre
os mesmos, e a escola, torna-se um meio mais facilitado de conversação no ensino
aprendizagem do aluno. Seja pai e mãe, só mãe ou só pai, ou outro responsável pela criança,
os mesmos precisam se motivar a auxiliar a criança no aprendizado em casa também, assim,
a criança se sentirá mais segura e confiante na hora de aprender em sala de aula.
E eles se impressionaram com os resultados, e acharam engraçado quando o gráfico
subia e descia.
20
15
10
0
PAI E MÃE PAI MÃE AVÓS OUTROS
124
Gráfico realizado com os alunos na plataforma Word, via notebook da estagiária, com
o intuito de saber quais familiares as crianças moravam.
IMAGEM 5: Acadêmica mostrando aos alunos o gráfico que realizaram.
Fonte: a autora
Por fim, faltava 5 minutos para eles irem para casa, e então, a estagiária pediu para que
eles formassem filas para irem.
A mesma, levou eles até o pátio da escola, afim de esperar transporte/pai/responsável
para busca-los.
Na quarta-feira, dia 06 de julho de 2022, a estagiária chegou na sala, e ao invés de falar
com eles sobre os personagens, decidiu realizar a rotina, por medo de não dar tempo de realizar
as coisas mais importantes do plano (que não teve êxito mesmo assim).
Então, para brincar com eles, a estagiária escreveu em diferentes letras, e como
esperado, eles já sabiam o que estava escrito, por que seguem rotina e, muitos já leem script e
cursiva.
Após isso, foi realizada a oração, onde eles pediram para que quem não soubesse ler e
escrever, que aprendesse e que quem pegasse Covid, que fosse bem levinho e que não ficasse
doente.
Depois, a estagiária fez a chamada normal, observando quem faltou, e anotou no
caderno. Depois disso, deram início ao calendário e corrigiram a tarefa, e a estagiária chamou
dois alunos para resolverem as situações problemas no quadro. E se impressionou ao ver que
alguns sabem fazer a conta de cabeça, e alguns, que fazem a conta de cabeça, não conseguem
passar a conta para o Quadro Valor de Lugar.
Uma aluna teve bastante dificuldade em passar a dezena no lugar da dezena e a unidade
no lugar da unidade.
É importante, que a Matemática desempenhe, equilibrada e indissociavelmente, seu
papel na formação de capacidades intelectuais, na estruturação do pensamento, na
agilização do raciocínio dedutivo do aluno, na sua aplicação a problemas, situações
125
A matemática é importante na vida de todos nós, pois ela sempre estará presente em
nosso cotidiano, seja para aprender quantos anos nós temos, lá na educação infantil, ou também,
para aprendermos a contar dinheiro no ensino fundamental, para que ao chegarmos na vida
adulta, ao contar as notas para pagar as contas e decifrar números, não hajam dificuldades. A
matemática é tão importante quanto o aprender a ler!
Após realizarem a correção da tarefa, a estagiária, juntamente com os alunos, realizaram
uma tabela, com o nome de cada aluno e com as comidas que mais gostavam.
Depois de concluída parte da tabela, a estagiária os arrumou para irem até o recreio.
Neste dia, estagiária e professora cuidaram do recreio.
Após chegarem na sala de aula, continuaram a tabela, e depois disso, a estagiária
entregou a eles um texto, conforme plano de aula.
Após isso, a estagiária falou sobre os personagens Chapeuzinho Vermelho e Lobo Mau,
e disse que o Lobo Mau, representava o perigo, as coisas ruins, coisas que devemos ficar longe,
e os alertou para que não darem ouvidos a pessoas estranhas quando aparecem com doces ou
algo do gênero. Já sobre a Chapeuzinho, a estagiária disse que ela representava a desobediência
e ingenuidade/bondade, pois ela desobedeceu a mãe, dizendo que ia para um caminho, e foi
para o outro, e a ingenuidade, por que ela não viu maldade no Lobo e deu ouvidos ao que ele
falou a ela.
Após isso, estava na hora da aula de educação física, então, não deu tempo de fazer com
eles os cartazes, então a estagiária decidiu passar para quinta-feira.
Abaixo a tabela dos alimentos, elaborada com os alunos neste dia.
Fonte: a autora
E sobre os Sete Anões, a mesma explicou, que quis trazer as características deles para
trabalhar com eles, pois, como o Soneca tem sono, tem dias que nós também estamos
sonolentos, assim como o Feliz, que era feliz sempre, nós temos dias que estamos animados,
felizes, e etc...Então, após trabalhar bem sobre os personagens, eles deram início a rotina, e a
estagiária quis brincar com eles, escrevendo a palavra oração, de forma errada, e logo eles
perceberam.
Depois de realizar o quadro de rotina, iniciaram as orações, e quase todos os dias, eles
pedem pela leitura e escrita de quem não sabe escrever e nem ler, e que quem pegar covid, que
pegue bem fraquinho.
Depois da Oração, partiram para a chamada, onde a estagiária trouxe a sacola viajante
dela, com alguns palitoches feitos pela mesma, com o intuito de fazê-los adivinhar o que cada
uma significava, e após isso, escreveriam no quadro as palavras.
Fonte: a autora
Logo após, a estagiária pediu se tinham bilhete para mostrar, e como de costume, não
tinham. Após, iniciaram o calendário, pintando sol/nuvem/sol e nuvem, de acordo com o tempo.
Neste dia, a estagiária os deixou pintar o calendário, pois eles pediram a semana toda para
pintar. Depois, chegou a hora do recreio, então, a estagiária os organizou em fila e levou-os
para o refeitório. Neste dia, professora e estagiária não precisavam cuidar do recreio.
Após chegarem do recreio, com o intuito de fazer a atividade da aula passada, a
estagiária os organizou em grupos, e cada grupo criou uma frase sobre ser diferente, e
desenharam em seguida.
“A resposta é: as relações sociais existentes entre ele e o restante do grupo ou, em
outras palavras, o conjunto da atividade social. [...] somente como parte desse
conjunto é que a ação individual adquire sentido racional” (DUARTE, 2004, p.07).
Então, depois que cada um ia concluindo, eles iam indo para casa.
Na sexta-feira, dia 08 de julho, a estagiária chegou na sala de aula, e acalmou os alunos
afim de iniciar a aula. Como não teve êxito, iniciou a aula com os personagens de contos de
fadas, e hoje, foram a Bela (Bela e a Fera) e a Fada Madrinha (Cinderela), e realizaram um
momento de reflexão sobre o que a estagiária dizia a eles, que a Fada Madrinha era sobre os
nossos sonhos, e a Bela, dava uma boa reflexão sobre os estudos, que graças aos estudos, nós
aprendemos tudo o que sabemos e aprenderão mais ainda.
A professora regente acabou intervindo na hora em que a estagiária falava sobre a Fada
Madrinha e os nossos sonhos, pois ela percebeu que enquanto a estagiária falava algo
interessante, eles não davam a mínima e conversavam o tempo todo. Falou sobre também, as
crianças durante todo o tempo de estágio da mesma, não darem atenção para os trabalhos que a
estagiária se esforçou para fazer pensando que seria uma forma diferenciada deles aprenderem.
Após esse momento de reflexão sobre alguns personagens, foi realizada a rotina, como
consta no plano. A única modificação foi que olharam as agendas antes de realizarem a oração,
pois, tiveram bilhetes para colar.
Depois, foi feita a oração, onde três alunos agradeceram pelo dia, e pediram pela saúde
da família da estagiária e professora.
Logo após, foi realizada a chamada, de forma rápida, pois a estagiária queria passar as
atividades a eles. Após realizarem a chamada, foi realizado o calendário, como sempre fazem.
Como o tempo foi curto, chegou a hora do recreio, e então, a estagiária os acompanhou
no recreio junto com a professora regente. Ao chegarem na sala, realizaram a carta para a
madrasta, onde cada um escreveu como se fosse a madrasta pedindo perdão para João e Maria,
e por questões de tempo, alguns não conseguiram concluir.
E por fim, foi feita a foto da turma e entrega de lembrancinhas, onde a estagiária
agradeceu a professora por todo o aprendizado que teve e auxílio que ela deu quando a mesma
estava doente na semana e observação.
130
Fonte: a estagiária
Ao entregar as lembrancinhas aos alunos, a estagiária percebeu que por mais simples
que fosse a lembrancinha, eles brilhavam os olhinhos ao receber, e no final, deram abraços na
estagiária, agradecendo e dizendo que iriam sentir saudades dela.
Após uma longa semana, a estagiária pode ver, que, como citado no relatório de
observação, eles só se comportam e prestam atenção de fato, naquilo que a professora regente
passa a eles, os mesmos têm a concepção de que devem respeitar somente a professora regente,
que fica maior parte do tempo com eles. Então, como prova de que foi um pouco conturbada a
tal regência, ficaram três atividades do plano de ensino feitos pela estagiária, sem concluir, e
também, não por culpa dos alunos, mas sim, pelo pouco tempo de regência e aulas quebradas
que os mesmos tem com a professora de sala.
Fazendo uma análise sobre as crianças, as mesmas são inteligentes, pouquíssimos têm
dificuldade de leitura/escrita, o que é bom, pois a estagiária teve receio sobre isso, mas toda a
dificuldade que a estagiária encontrava, a mesma pedia para a professora regente, e felizmente,
foram mínimas as vezes que a mesma precisou intervir nos momentos de trabalhos da estagiária.
Por fim, a única defasagem que a estagiária sentiu que poderia ter melhorado, era ter o
famoso “pulso firme”, mas ao conversar com a professora, ela disse ser normal, “ainda mais
quando não se é ‘dona’ da sala”. Pois os alunos a desafiaram algumas vezes, tendo que a
professora intervir, conversando com eles e pedindo para que eles prestassem mais atenção no
que a estagiária estava querendo passar a eles, mas sem grandes resultados.
Em comparação, ao estágio anterior, a estagiária saiu da regência com um grande alívio,
pois sentiu que, pelo menos, 85% do que quis passar, foi proposto. Diferente do anterior, onde
teve mais pontos negativos, do que positivos.
131
Os estágios foram partes muito importantes na vida profissional da acadêmica, visto que
foi somente uma pequena parte do que ela viverá em sala de aula todos os dias, mas auxiliou
muito para que ela pensasse se realmente era isso que ela queria para sua carreira.
As duas etapas tiveram pontos positivos e negativos, e cada um serviu para que a
acadêmica pudesse melhorar em vários pontos, tanto na observação, quanto no planejamento
para aplicar nos estágios e como aprender a “manejar” as crianças para que eles fizessem bom
proveito de cada trabalho aplicado em sala de aula durante as 30 horas de regência.
Com toda certeza, as duas etapas ficarão na memória e no coração da acadêmica, e cada
rostinho das crianças que passaram pelas mãos da mesma, que guardará cada trabalho com
muito carinho em sua pasta de atividades.
132
CONCLUSÃO
Contudo, ressalta-se na educação infantil os seguintes questionamentos;
Os contos de fadas no quesito desenvolvimento das habilidades e competências das
crianças é muito importante, pois é graças a muitas histórias dos Contos de Fadas que as
crianças desenvolvem a imaginação, entendem valores, e que todo mundo pode ter um final
feliz, basta querer! Tanto na educação infantil, quando nos anos iniciais ela é importante, pois,
na educação infantil, elas têm a percepção de imaginação, e do que é bom ou ruim, mas é nos
anos iniciais que as histórias dos Contos de Fadas se “encaixam”, por que com 6 e 7 anos de
idade, eles já estão com o cérebro mais maduro, e conseguem entender melhor o que ouvem
nas histórias.
Auxiliam na imaginação, desenvolvimento social, cultural e cognitivo, e mostram as
crianças o que é certo e errado, sempre dando uma lição no final de cada história, não do mesmo
jeito que as fábulas, mas parecido.
Muitas crianças acham que tudo terá um final feliz. Enquanto criança, isso é bom, mas
após a adolescência, se isso não for bem trabalhado, o adolescente poderá se frustrar ao ver que
a vida real não é bem assim.
A diversidade auxilia as crianças a entenderem que todos tem suas diferenças, sejam
elas físicas, mentais, estruturais (família, moradia, etc.) e culturais. A diversidade ensina que
todo mundo deve ter o mesmo tratamento, não ser julgado pelo simples fato de ser diferente.
Quando falamos de crianças de outro país/cidade ou estado, muitas crianças e
adolescentes as tratam de forma grotesca, ocorrendo até casos de xenofobia nas escolas,
excluindo-as de qualquer atividade na qual a mesma queira se encaixar e cabe a nós,
professores, ensiná-los desde pequenos que todos tem o direito de ir e vir, mesmo não sendo
igual aos demais.
As diversidades encontradas no espaço escolar são, físicas: crianças que tem alguma
mobilidade reduzida, ou total. Cognitiva: autistas, crianças com déficit de atenção,
hiperatividade, retardo mental, síndrome de Asperger... Ligadas a dificuldade de socializar ou
aprendizagem. Diversidade cultural: crianças vindas de outro país, cidade ou estado.
Na Educação Infantil, o maior desafio foi a falta de experiência na área e as dificuldades
para planejar o que os alunos escolheram, que foi a história dos Três Porquinhos, e também a
falta de um pouco de pulso firme com as crianças. Mas mesmo assim, a experiência foi
gratificante, foi incrível e as crianças me encantaram, cada uma com as suas características.
No Ensino Fundamental, foi um pouco mais tranquilo, as crianças eram agitadas, mas
visto que foi o primeiro ano com aulas todos os dias, após um ano vindo uma semana sim e
133
outra não por conta do COVID-19, foi tranquilo. O plano de ensino foi mais tranquilo para
elaborar e as aulas foram mais aproveitadas por conta de já estarem no segundo ano. A única
defasagem foi que eles não tinham muito limite a não ser quando a professora regente intervia
nas aulas.
O significado que o curso trouxe para mim, na dimensão pessoal foi que as crianças são
maravilhosas, e que com um pouco de amor e atenção, tudo se resolve, e quando uma criança
quer chamar atenção é porque talvez, ela queira a atenção que muitas vezes não recebe de casa,
também, o saber ouvir, foi um significado que nunca esquecerei.
Na dimensão profissional foi que nem sempre tudo é possível, mas também, desistir não
é a solução. Que muitas vezes, os planos de aula irão sair pela metade, que não será todo o
conteúdo colocado que vamos conseguir aproveitar em um dia e que não é por que um professor
tenha pulso firme que ele não ame o que faz.
O nível de ensino no qual me identifiquei e quero seguir carreira, é a Educação Infantil
com certeza, pois é ali onde eles aprendem muitas coisas, como falar, andar, e é a área onde o
carinho e a atenção é a melhor coisa que podemos passar a eles, a não ser só os componentes
elencados. A Educação Infantil aqueceu meu coração, e aquece todos os dias quando eu entro
em sala de aula, mesmo sendo somente auxiliar. É ali que eu me encontrei, e é onde eu entro e
saio feliz e radiante.
134
REFERENCIAL BIBLIOGRÁFICO
MENEZES, Ebenezer Takuno de. Verbete ensino médio. Dicionário Interativo da Educação
Brasileira – EducaBrasil. São Paulo: Midiamix Editora, 2001. Disponível em
https://www.educabrasil.com.br/ensino-medio/ . Acesso em 05 junho 2021.
RIBEIRO, Maria Luisa Santos. História da educação brasileira: a organização escolar. 15. ed.
Campinas: Autores Associados, 1998.
RODRÍGUEZ, Aymara Arreaza; A Princesa e o Sapo - Coleção Livro Mágico Capa comum –
1 janeiro 2006 Edição Português.
ROTINA na educação infantil: entenda sua importância; Blog do divino. São Paulo, 18 de maio
de 2020.; Disponível em: https://www.divino.com.br/blog/educacao-infantil/rotina-na-
educacao-infantil--entenda-sua-importancia-2020-05-18 Acesso em 06 de junho de 2021.
YASMIN, Karoline; ERA UMA VEZ...AS ORIGENS DOS CONTOS DE FADA. (28 de
agosto de 2019) Disponível em: http://www.dfe.uem.br/comunicauem/2019/08/28/era-uma-
vez-as-origens-dos-contos-de-fadas/ Acesso em: 28 de maio de 2021.