Portefólio Pré Escolar Andreia e Rosália

Escola Superior de Educação – IPVC
LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO BÁSICA| 2020/2021
Portefólio
Introdução à prática profissional III- Pré-Escolar
Docentes: Fátima Fernandes e Ana Aguiar

Discentes: Andreia Abreu nº20911
Rosália Silva nº20937
0
Índice
Introdução.........................................................................................................................2
Caracterização Contexto...................................................................................................4
Enquadramento das Temáticas……………………………………………………………………………………5
Intervenção Educativa ..............................................................................................6 a 66
1º Intervenção (Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita)……………………….6
• Planificação ........................................................................................................7
• Reflexão Individual Andreia…………………………………………………………………………..13
• Reflexão Individual Rosália………………………………………………………………….…..……15
• Evidências de Planificação…………………………………………………………………….………19
2º Intervenção (Área do Conhecimento do Mundo)………………………………………………...23
• Planificação ......................................................................................................24
• Reflexão Individual Andreia………………………………………………………………………....32
• Reflexão Individual Rosália………………………………………………………………….….……34
• Evidências de Planificação…………………………………………………………………….….….39
3º Intervenção (Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita)……………………….44
• Planificação .....................................................................................................45
• Reflexão Individual Andreia…………………………………………………………………………55
• Reflexão Individual Rosália………………………………………………………………….………57
• Evidências de Planificação…………………………………………………………………….…….61
Reflexão sobre a experiência no contexto………………………………………………………….…..67
• Reflexão geral da Andreia…………………………………………………………………….……..67

• Reflexão geral da Rosália……………………………………………………….……………………70
Conclusão……………………………………………………………………………………………………..…….……73
Bibliografia……………………………………………………………………………………………….…………..….74
1
Introdução
Na Unidade Curricular Iniciação Prática Profissional III orientada pelas docentes
Ana Aguiar e Fátima Fernandes foi nos proposto a realização de um portefólio que
integre as planificações das três áreas diferentes: Área de Expressão e Comunicação,
mais precisamente, do domínio da linguagem Oral e a Escrita e do domínio da
Matemática, e da Área do Conhecimento do Mundo. Também, inclui reflexão individual
de cada par para cada intervenção e uma reflexão sobre a experiência geral deste
contexto.
O segundo contexto que nos foi proposto foi o pré-escolar, mais propriamente,
na escola EB1/JI do Cabedelo em Viana do Castelo.
Neste contexto, tivemos a oportunidade de estar seis semanas com a turma em

questão, sendo que as três primeiras eram de observação/colaboração em que, ao longo
deste processo, íamos elaborando as planificações que seriam implementadas nas
restantes três sessões. Para além disso, as últimas três semanas serviram para a
implementação de cada área desde o Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à
Escrita, Área do Conhecimento do Mundo e Domínio da Matemática.
O tempo de duração para as sessões eram de 2h15 e a ordem pela qual se

realizou as intervenções foi escolhida, em conjunto, pelas estagiárias e a educadora
cooperante. Começamos por abordar a Área de Expressão e Comunicação, mais
precisamente o Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita, de seguida
inserimos a Área do Conhecimento do Mundo e finalizamos com a Área de Expressão e
Comunicação, mais concretamente o Domínio da Matemática.
As temáticas trabalhadas foram escolhidas pelas estagiárias. No domínio da

Linguagem Oral e Abordagem à Escrita o tema base da nossa implementação foi a
família. Já na Área do Conhecimento do Mundo, optamos por abordar a temática do
Bem-estar animal. E, por último, no domínio da Matemática decidimos utilizar as
temáticas dadas nas sessões anteriores para trabalhar geometria e medida, mais
concretamente, a Orientação Espacial.
2
Começamos todas as nossas intervenções de forma apelativa e divertida para

que as crianças ganhassem gosto pela temática e consequentemente pelas atividades
que iam ser implementadas.
Neste portefólio, para cada uma das implementações, apresentaremos

evidências do trabalho que foi feito pelas estagiárias ao longo das sessões.
3
Enquadramento Contexto
A escola onde fizemos estágio destaca-se por estimular a convivência desde cedo
dos alunos com a natureza e a horta, pois todas as turmas têm uma horta no exterior da
sala e ficam encarregues de cuidar dos alimentos ou temperos plantados.
É uma instituição muito bem equipada, uma vez que disponibiliza salas de
computadores, um espaço para os alunos do pré-escolar poderem utilizar tintas e uma
sala para assistir vídeos ou filmes. A escola apresenta excelentes condições e conforto.
Todo o material é adequado ao tamanho das crianças e, por este mesmo motivo, eles
desenvolvem, desde cedo, a capacidade de autonomia.
A educadora cooperante que, desde o primeiro dia, nos recebeu bem e nos fez
sentir à vontade foi a educadora Raquel Lima. Sempre mostrou bastante interesse nas
nossas planificações e gostava de estar a par do que iria acontecer. Foi uma pessoa
muito importante, pois ajudou-nos quando mais precisávamos e esclareceu-nos dúvidas
bastante pertinentes. A educadora foi muito atenciosa, acessível e mostrou-nos sempre
como ela gostava de dar as suas aulas. Também nos expôs quais eram os pontos fulcrais
que nunca podiam faltar nas nossas sessões.
Relativamente às crianças, como o pré-escolar não é um ensino obrigatório, nós

tínhamos medo que não comparecessem com tanta frequência, mas,
surpreendentemente, nas nossas sessões tivemos quase toda a turma presente. As
crianças tinham entre 3 e 5 anos, mas sentimos que estavam muito bem desenvolvidos
para a idade que apresentavam. A turma reagiu bem à nossa presença e, desde cedo,
ficaram familiarizados connosco.
As crianças mostraram ser muito faladoras e cansavam-se com demasiada

facilidade. Também não se conseguiam manter no mesmo lugar durante muito tempo,
o que destabilizava um pouco a nossa intervenção.
4
A turma é constituída por 19 crianças, sendo que 1 delas tem 5 anos, 12 tem 4
anos e os restantes 6 tem 3 anos. Há bastante diferença na idade e, por esse motivo, era
visível um conhecimento maior por parte das crianças mais velhas.
Enquadramento das temáticas

Para fazer as três implementações utilizamos as Orientações Curriculares para a
Educação Pré-escolar (OCEPE). Este documento é encontrado no site da Direção Geral
da Educação.
Na planificação, a coluna áreas/domínios/subdomínio e a dos

objetivos/aprendizagens a realizar são preenchidas com base no programa referido
anteriormente.
No que diz respeito ao Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita

utilizamos os seguintes domínios: “Consciência Linguística”; “Comunicação Oral”;
“Identificações de Convenções da Escrita”.
Na Área do Conhecimento do Mundo utilizamos o domínio “Conhecimento do

Mundo Físico e Natural”.
No Domínio da Matemática usamos o seguinte domínio “Geometria e Medida”;

“Geometria”; “Orientação Espacial”.
5
Intervenção Educativa
1.ª Intervenção;
Domínio da Linguagem Oral e Abordagem

à Escrita
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Creche/Jardim de Infância/Escola: Escola EB1/JI de Cabedelo Idade/Nº de crianças/Ano de escolaridade -3,4 e 5 anos/19
Data: 12/5/2021
crianças/ Pré-escolar
Tempo e período: 2h15 (9h-10h30; 11h-
Aluna(o): Andreia Rodrigues Abreu e Rosália Olival da Silva Dia da semana: quarta-feira
11h45)
Áreas/
Aprendizagens a Materiais/recursos Avaliação
Domínios/ Desenvolvimento das atividades
promover /espaços físicos (critérios de êxito)
Subdomínios
Conhecer os
Rotina Diária
diferentes
momentos da Para a sessão de português, começaremos por fazer as rotinas diárias. Primeiramente,
rotina diária, a Realiza as rotinas
Área de iremos observar a roda dos chefes para saber quem irá ser o chefe naquele dia. A criança diárias propostas
sua sucessão, o
Formação que faz em cada selecionada irá ser responsável por marcar as presenças na tabela, colocar um x no tempo que
Pessoal e um deles e para Reproduz os gestos;
Social faz no dia em questão e regar os feijões que se encontram nos frascos. Posteriormente, será
quê.
cantada, em grande grupo, a música dos bons dias intitulado como “Bom dia, hoje estou feliz”.
Independênci Encarregar das
ae tarefas que se
Autonomia comprometeu a
realizar,
executando-as de
forma cada vez
mais autónoma.
Música “A minha família”

Área de Cantar, EE: “Agora que terminamos as nossas tarefas diárias, vamos ouvir uma canção.” Refere as palavras
-Computador;
Expressão e reproduzindo de principais da
-Pen;
Comunicação forma cada vez música;
-Música;
mais correta as
7
Linguagem letras das Em primeiro lugar, as estagiárias irão colocar a pen no computador com o suporte da
Oral e canções.
música. Depois, começaremos a cantar a música “A minha família” (anexo 1), que retrata os
Abordagem à
Escrita vários membros do agregado familiar. Para além disso, juntaremos gestos que simbolizam a
letra da música para tornar a atividade mais dinâmica e divertida. Será cantada uma segunda
Comunicação
Oral vez para que as crianças interiorizem e acompanhem a música.
Área de Ouvir os outros e

Expressão e responder “Descobertas das famílias”- momento de interação -Marcador;
Comunicação adequadamente, Constrói frases com
apresentando as EE: “Será que conseguem adivinhar o tema da música que acabamos de cantar?”
uma estrutura cada
Linguagem suas ideias e Depois de as crianças conseguirem adivinhar o tema desta sessão, as estagiárias irão
Oral e saberes, tanto em vez mais complexa;
Abordagem à situações de salientar que o Dia da Família está próximo (15/05) e a importância deste mesmo dia. Após
Escrita comunicação isto, iremos fazer as seguintes questões: Responde às
individual como questões
Comunicação em grupo. “Conseguem nos dizer palavras que estavam na música?” (resposta esperada: mãe, pai, avô,
colocadas;
Oral avó, mundo, feliz, família, irmãos, primos, tios..)
“Quem vive com o pai?” (levantar a mão se a resposta for sim) Sabe como é
Identificar o
número de sílabas constituída a sua
“Quem vive com a mãe?” (levantar a mão se a resposta for sim)
de uma palavra. família;
“Quem vive com os irmãos?” (levantar a mão se a resposta for sim)
Isolar ou contar “Quem vive com os avós?” (levantar a mão se a resposta for sim)
letras de uma
palavra. “Quem vive com os tios?” (levantar a mão se a resposta for sim)
“Quem vive com os primos?” (levantar a mão se a resposta for sim)
8
Consciência Descobrir e PE: “Agora, estão prontos para um grande desafio? Vamos ver qual destas palavras é a
Linguística referir as letras Conta o número de
maior! Será que conseguem descobrir qual é?”
pela qual sílabas e letras;
começam as As palavras anteriormente referidas serão escritas uma a uma no quadro e em cada uma
Refere a primeira
palavras.
delas iremos perguntar: “Quantas letras tem a palavra?” “E quantas sílabas?” “Por que letra letra de cada
Identificar começa esta palavra?”. No final, será questionado às crianças se conseguem descobrir quais palavra;
diferentes
são as palavras maiores (resposta esperada: irmãos e primos).
palavras na
música.
Área de
Expressão e -Corações em
Atividade “Casa de ideias”
Comunicação Identificar letras, cartolina; Seleciona uma
conseguindo PE: “Agora está na hora de pensar! Vamos meter estas cabecinhas todas a trabalhar.” palavra relacionada
Linguagem reproduzi-las de -lápis de
Para esta atividade, será distribuído por cada aluno um coração de cartolina para com o tema;
Oral e modo cada vez cor/marcadores;
Abordagem à mais aproximado escreverem uma palavra do que para eles significa “família”. As palavras que as crianças de
Escrita nas suas -Marcador; Transcreve a
quatro/cinco anos escolheram, serão escritas no quadro branco para que estes possam copiar palavra;
tentativas de -Quadro branco;
escrita e sabe o para o seu coração. Já as crianças de três anos, como não apresentam tanta facilidade na
Identificação nome delas. -Casa em 3D; Recorta pelo
escrita, seriam auxiliadas pelas professoras estagiárias que as ajudariam a escrever, sendo que
de picotado;
Convenções a palavra é da autoria das mesmas. De seguida, as crianças recortarão o coração pelo picotado.
da Escrita
Depois de todos os meninos terem o seu coração preenchido e recortado, terão de Apresenta o seu
apresentá-lo aos colegas, referindo a palavra que escolheram para representar o coração. As trabalho aos
colegas;
EE, em caso de dificuldade, auxiliarão as crianças com questões, promovendo o diálogo.
9
Para finalizar, será mostrada às crianças uma casa em formato de 3D (anexo 2) com várias Cola o coração
fitas penduradas. Cada criança deverá colar o seu coração numa das fitas. A casa terá uma numa fita de vago;
abertura e no interior estará escrito “O que significa Família?” e também terá uma família de
pinguins (a sala das crianças é apelidada de pinguins).
Área de Explorar e utilizar,
Expressão e nas suas -Folha branca;
Comunicação produções,
Atividade “Emoldura a família” -Lápis de cor;
modalidades Faz o desenho da
Artes Visuais diversificadas de EE: “Vamos trazer a vossa família para a sala de aula. Trouxeram as fotografias que vos -Fotografia da família;
expressão visual Colam na moldura o
pedimos?” família;
(pintura,
desenho;
desenho), Na semana anterior, foi pedido pelas PE´s uma fotografia a cada criança do seu agregado -Moldura em forma
recorrendo a
familiar. Consequentemente, será dado uma folha branca com delimitações para cada criança de casa;
diferentes
elementos de desenhar, ao seu gosto, a sua família. Poderá usar a foto como inspiração. AS EE pedirão às
linguagem
crianças que descrevam o que desenharam e escreverão uma breve mensagem final.
plástica (cores,
linhas, manchas) No final, será entregue uma moldura em forma de casa (anexo 3) para colarem o desenho
que desenvolveram sobre a família. Esta recordação poderá ser levada para casa.
Área de
Expressão e Usar Atividade “Caracteriza o familiar” -Fotografia da
Comunicação naturalmente a
(Esta atividade só será realizada se sobrar tempo) família;
linguagem com
Linguagem diferentes Esta atividade consiste em cada criança escolher um familiar (ex.: pai, mãe, irmão..) e Caracteriza o
Oral e propósitos e membro da família;
caracterizá-lo para os colegas. As estagiárias irão auxiliar, fazendo várias perguntas:
Abordagem à funções (dar
Escrita informação) “Como se chama?”
“Como é o seu cabelo?”,
Comunicação “Qual é a cor dos seus olhos?”,
Oral
“O que mais gostas de fazer com essa pessoa?”
10
“É alto ou é baixo?” Apresenta para os

“É carinhoso contigo?” colegas;
11
Anexos
Anexo 1: Anexo 3:
https://youtu.be/LpltvCpTo-w
Anexo 2:
12
1º Intervenção-Reflexão Individual- Andreia Abreu

(Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita)
A primeira intervenção foi sobre Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à

Escrita e correu super bem. As crianças comportaram-se muito bem, faziam sempre
aquilo que lhes pedíamos.
O tempo que estipulamos para as rotinas não foi suficiente, pois como as
crianças não tem horário obrigatório para chegar havia sempre atrasos ou tínhamos de
interromper sempre as rotinas para deixar alguma criança entrar.
A maior dificuldade sentida foi o facto de em uma das atividades as crianças

precisarem muito de nós e serem impacientes, por esse mesmo motivo estavam
constantemente a chamar por nós. Fizemos uma atividade em que cada criança teria de
escrever uma palavra que para ele significasse família, só que como eles não sabem
escrever ficaram muito dependentes das estagiárias e todos precisaram de ajuda até
mesmo os mais velhinhos.
O grupo da sala dos pinguins ficava tão entusiasmado com as nossas atividades
e por vezes não conseguiam controlar tanto entusiasmo o que dificultou um pouco a
nossa intervenção.
As crianças eram um grupo muito empenhado e mostravam entusiamo em todas

as nossas atividades. O grupo que nos calhou tinha meninos muito novos com 3 anos e
crianças com 4 e 5 anos o que mostrava uma grande desigualdade perante as 19
crianças. Foi um grupo bastante acolhedor e participativo.
No grupo dos pinguins tínhamos um menino que era super calmo, não falava
para ninguém, não se exprimia, não brincava com ninguém e nunca tínhamos ouvido a
voz dele. Mas, no momento em que cantamos a música sobre a família, esta criança
começou a dançar e a mexer-se bastante e a exprimir-se como nunca antes o tínhamos
visto. Achamos aquilo muito pertinente, no entanto não compreendemos esta reação e
foi muito complicado para nós depois consegui-lo acalmar.
13
Todos os objetivos que traçamos para esta implementação foram atingidos,

fomos surpreendidas nesta primeira intervenção, pois pensamos que como o grupo era
constituído maioritariamente por crianças com 3 anos que estas iam ser mais vagarosas
a fazer as atividades, mas verificamos que o nosso pensamento estava errado. A
velocidade com que o grupo trabalhava permitiu que desse para cumprir todos os
objetivos traçados.
Se porventura, voltasse a implementar a alteração que faria era em vez de as

crianças escreverem algo na cartolina oferecida tentaria que desenhassem o que se
tornava mais fácil para eles e mais intuitivo e fácil de compreender. Penso que esta seria
a única alteração que faria na implementação.
Tanto eu como o meu par de estágio gerimos super bem o tempo que tínhamos
estipulado, conseguimos realizar todas as atividades que tínhamos proposto, a única
que não foi possível implementar foi a atividade que levávamos no bolso, mas essa
também serviria apenas para se sobrasse tempo o que não foi o caso.
Penso que eu e a Rosália nos demos bem enquanto par de estágio, as ideias de
atividades para este domínio surgiram muito facilmente e ambas adoramos realizar os
materiais. Ambas gostamos de optar por coisas lúdicas e interativas e foi o que acabou
por acontecer neste domínio. Quanto à for5ma de implementar, sempre dividimos o
trabalho de forma igual e justa para que ambas trabalhássemos de igual forma e
contribuíssemos o mesmo. No contexto sala de aula, existe uma grande interajuda entre
nós porque tentávamos ao máximo ajudar-nos uma á outra para que nada falhasse.
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1º Intervenção-Reflexão Individual- Rosália Silva

No dia 12 de maio, ocorreu a 1.ª implementação na escola EB1/JI do Cabedelo,
na qual o tema da família esteve presente em todas as atividades elaboradas de acordo
com a Área de Expressão e Comunicação, mais concretamente, inseridas no Domínio da
Linguagem Oral e Abordagem à Escrita.
Imprevistos ocorridos durante a implementação (alteração nas estratégias utilizadas,

comportamento dos alunos, etc.):
Na generalidade, conseguimos implementar o que estava previsto na

planificação, mas existem sempre imprevistos que ocorrem durante a implementação.
O primeiro imprevisto aconteceu no atraso de alguns meninos e que não estavam
presentes quando cantamos a canção “A minha família” e fizemos os gestos de acordo
com a mesma. Em função disso, eu e a minha colega combinámos que, se sobrasse
tempo no final, cantaríamos, novamente, a canção para todos terem a mesma
oportunidade de a ouvir.
Quando chegou a vez da atividade “Casa de ideias”, eu decidi dar ênfase à casa
que eu e a minha colega fizemos, afirmando que era uma casa cheia de amor e que tinha
uma porta mágica. Ao abrir a porta, as crianças ficaram deslumbradas e encantadas com
o que se encontrava lá dentro: uma família de pinguins. Também explicamos, às
crianças, o porquê de termos colocado uma foto de pinguins, visto que a sala deles era
a “sala dos pinguins”. Ao provocar todo aquele exagero e excitação, as crianças ficaram
mais atentas, interessadas e motivadas para fazerem aquela atividade, que seria para
decorar a casa da família com corações. Ainda nesta tarefa, na hora de pedirmos para
pensarem numa palavra que significasse família para escrevermos nos corações, reparei
que, ao ir ao pé das crianças para perguntar qual a palavra que tinham escolhido,
algumas ficaram em silêncio, significando que não sabiam nenhuma. Então, pensei em
mudar de estratégia para conseguir que as mesmas chegassem a uma palavra e, desse
modo, comecei por perguntar se gostavam da família e logo a seguir o porquê. Por
exemplo, uma menina disse que gostava da família, porque a mamã e o papá eram
amigos e, por esse motivo, no seu coração, ficou a palavra “amigos”.
15
Um outro imprevisto que aconteceu foi na última atividade que consistia em

desenhar a família para, quando terminassem, colar numa casinha feita com paus
coloridos. Para esta atividade, foi pedido à professora que informasse os pais para
trazerem uma foto do agregado familiar, funcionando, para as crianças, como um
suporte de ajuda no processo de desenhar a sua família. Consequentemente, houve
crianças que não trouxeram nenhuma fotografia, o que dificultou um pouco ao
desenhar. Nessa mesma atividade, deparei-me com uma menina que não estava mais a
desenhar e só tinha na folha o pai. Posto isto, perguntei-lhe se não ia desenhar mais
ninguém ao qual ela respondeu-me que não, insisti e tentei dar a volta, mas sem
resultado. Entretanto, a professora Raquel viu aquela situação, tentou chamá-la a razão
e a menina acabou por desenhar o resto.
Outro aspeto que não estava previsto foi o facto de, no final, como já tinha
referido, cantar novamente a canção, mas, desta vez, a professora começou a perguntar
às crianças sobre os gestos, o quê que eles significavam e, quando eles não sabiam,
perguntavam-nos e demos o nosso melhor para tentar explicá-los.
Houve sempre a preocupação de que, de uma atividade para a outra, existisse

uma transição da atividade anterior com a atividade seguinte, para que houvesse uma
linha contínua.
Envolvimento dos alunos (empenho; comentários relevantes):
O envolvimento dos alunos foi crescendo no decorrer do tempo. Como é normal,

no começo da primeira intervenção, as crianças estavam mais retraídas e desconfiadas
do que iriamos fazer. Eu senti isso, quando colocamos a música e começamos a cantar
e a fazer os gestos. Nesse momento, as crianças estavam muito sérias e espantadas com
o que estávamos a fazer. A estratégia, que utilizamos para reverter a situação, foi, a
dada altura, pôr em pausa e incentivá-los a cantar e fazer os mesmos gestos que nós
estávamos a utilizar em algumas partes da canção. A partir daí, começaram a aparecer
os primeiros sorrisos e gargalhadas, mostrando-se muito mais contentes.
Ao longo desta sessão, as crianças foram bastante participativas, respondiam

sempre às perguntas que colocávamos, havendo sempre interação entre estagiárias-
16
crianças. Algumas expunham o que estavam a pensar e conseguiam, sem grandes

dificuldades, criar diálogo com as educadoras estagiárias.
Em geral, as crianças mostravam-se animadas e com vontade de fazer as

atividades que propúnhamos. Todos os meninos portaram-se muito bem.
Principais ideias prévias evidenciadas pelos alunos:
O tema da família já não era uma novidade para as crianças, uma vez que o Dia da Mãe
tinha sido comemorado há pouco tempo e o Dia do Pai também. Para além disso, eu e
a minha colega, numa das observações, tivemos a oportunidade de presenciar a
Professora Raquel a falar com as crianças sobre o tema da família, mais concretamente,
a abordar o tema “mãe”. A importância do papel da mãe tem na vida daquelas crianças
estava evidente nas dedicatórias que a professora Raquel escreveu baseado no que
tinham dito à mesma e que tivemos o prazer de as ouvir.
Objetivos previstos vs. objetivos atingidos:
Na minha opinião, os objetivos previstos foram atingidos com sucesso. As

crianças cantaram e, à medida que os versos iam sendo repetidos, reproduziam cada
vez mais de forma correta as letras da canção. Já, quando abordamos a Consciência
Linguística, as crianças tiveram de parabéns, pois conseguiram identificar o número de
sílabas, contar quantas letras tinham e descobrir qual a letra que começavam as palavras
que dizíamos.
Gestão do tempo:
A gestão do tempo foi bem executado, pois sempre tivemos a controlar o tempo
e conseguimos realizar todas as atividades previstas na planificação. Ficamos bastante
contentes com isso, porque no 1.º turno tivemos um pouco de dificuldade em gerir o
tempo corretamente.
Trabalho do par:
Penso que, eu e o meu par tivemos bastante bem na primeira intervenção.

Conseguimos sempre ajudar uma a outra e se alguma se esquecer de dizer algo
importante, a outra relembra e, assim, corre tudo bem. Tanto eu como a minha colega
17
sugerimos atividades e debatemos, previamente, quais são as mais adequadas para

aquelas crianças. Sempre há pensamento crítico e gostamos muito que a criatividade
esteja presente nas tarefas que propomos. Além disso, preparamos os materiais com
muito cuidado, paciência e dedicação para que fique tudo prefeito.
18
Evidências de Implementação
Rotina Diária:
Estagiárias a cantar a música “A minha família” e a fazer os gestos:
Atividade “Descobertas das famílias”- momento de interação:
19
Atividade “Casa de ideias”:
A casa de ideias feita pelas estagiárias:
Estagiárias a revelarem a casa de ideias às crianças:
Coração de cartolina com a palavra do que para as crianças significa “família”:
20
As crianças a seu coração aos colegas:
As crianças a colarem na casa de ideias com ajuda da EE:
Resultado final desta atividade:
21
Atividade “Emoldura a família”
Fotografia do agregado familiar para ajudar as crianças a desenhar:
Crianças a colarem o desenho na moldura:
Resultado final desta atividade:
22
2.ª Intervenção:
Conhecimento do Mundo
23
Data: 19/5/2021
11h45)
Áreas/
Subdomínios
Conhecer os
Rotina Diária
diferentes
momentos da Para a sessão de estudo do meio, começaremos por fazer as rotinas diárias. Primeiramente,
rotina diária, a Realiza as rotinas
Área de iremos observar a roda dos chefes para saber quem irá ser o chefe naquele dia. A criança
sua sucessão, o diárias propostas
Formação que faz em cada selecionada irá ser responsável por marcar as presenças na tabela, colocar um X no tempo que
Pessoal e um deles e para
Social faz no dia em questão e regar os feijões que se encontram nos frascos. Posteriormente, será
quê. Reproduz os gestos;
Independênci Encarregar das
ae tarefas que se
Autonomia comprometeu a
realizar,
executando-as de
forma cada vez
mais autónoma.
História “Os quatro amiguinhos”

Área da Ouvir Introduziremos a temática “Bem-estar animal” com a leitura da história que criamos na UC -História; Mostra interesse
Expressão e atentamente
Comunicação Didática do Português que tem como título “Os quatro amiguinhos” (anexo 1). Além de a -Fantoches de
histórias, em ouvir a história;
dedo;
24
Prazer e mostrando prazer lermos, iremos ter fantoches de dedos (anexo 2) para tornar a história mais apelativa e lúdica.
motivação e satisfação
Para cada animal será feito um fantoche.
para ler e
escrever
Área do
Conheciment
o do Mundo
Conhecer
Conheciment diferentes
o do mundo animais,
físico e diferenciando
natural pelas suas
características e
modos de vida
Atividade “Feliz ou triste”

Educação Entender o A seguir à leitura da história, iremos mostrar às crianças uma caixa surpresa que contém - Caixa surpresa; Tira uma imagem
para o
significado de vários cartões plastificados. Estes teriam imagens de exemplos de ações são erradas ou certas. -Patafix; da caixa surpresa;
desenvolvime
nto bem-estar a Cada criança, na sua vez, irá até à caixa surpresa e retirará um cartão. No mesmo momento, -Cartões com as
animal as estagiárias colocarão no quadro branco dois emojis plastificados, contente e feliz e dividirão imagens; Analisa a imagem;
Bem-estar
animal o quadro em dois. Quando todas as crianças já tiverem a sua imagem, elas terão de analisá-la -Emojis Percebe o que a
e perceber se o animal e a situação presente está triste/incorreta ou contente/correta. Após plastificados; imagem transmite;
isso, as EE irão chamar por cada criança e esta terá de colocar o seu cartão, no quadro, ou no
lado do emoji contente ou no do emoji triste ( anexo 3). Depois de a criança colocar no sítio Coloca a imagem
adequado, as EE irão pedir que descreva o que está na imagem e o que esta transmite. As EE, no local adequado;
25
em caso de dificuldade, auxiliarão as crianças com questões para promover o diálogo, fazendo
as seguintes perguntas: Explicita o que
-“Qual é o animal que está na imagem?”; observa na imagem
-“Será que o animal está feliz ou triste?”; aos colegas;
-“ Será que nesta foto o animal já estaria com a família que o acolheu?”
Será Seá
-“Onde é que ele se encontra?”

-“O que é que o animal está a fazer?”
Atividade “O teu novo amigo”

Área do Conhecer Para finalizar esta sessão e para homenagear o bem-estar de todos os animais, será feito -Agrafador;
Conheciment diferentes
Pinta o desenho do
o do Mundo animais, coroas dos animais presentes na história que foi contada. Cada menino terá direito a uma
-Cartolinas;
diferenciando coroa com um animal para pintarem (anexo 4). As crianças terão de pintar o animal que lhes animal;
Conheciment pelas suas
-Lápis de cor;
o do mundo características e foi atribuído, de acordo com as suas características e cores. Depois de concluírem a pintura do
físico e modos de vida animal, a criança terá de dirigir às EE para estas auxiliarem na colocação do nome e data. Para
natural
Explorar e utilizar, além disso, as EE colocarão a coroa na cabeça da criança para ter a medida certa, prendendo
Área de nas suas
com agrafos.
Expressão e produções,
Comunicação modalidades
diversificadas de
Artes Visuais expressão visual
(pintura),
recorrendo a
diferentes
elementos de
linguagem
26
plástica (cores,
linhas, manchas)
Atividade “Cola no desenho”

(Esta atividade só será realizada se sobrar tempo)
Área de Explorar e utilizar,
Expressão e nas suas Esta atividade será feita uma colagem com papel seda de várias cores, que seria recortado -Desenho de cada -Escolhe um
Comunicação produções, animal;
pelas EE em pedaços pequenos, anteriormente. Cada criança receberá um desenho de um desenho;
modalidades
Artes Visuais diversificadas de animal, que pode ser um cão, um gato, um peixe ou um papagaio (anexo 5). Depois, as EE -Papel seda;
expressão visual
colocarão, em cada mesa, vários pratos com os papeis de seda (já cortados) de muitas cores -Realiza a colagem;
(colagem) -Cola;
em que as crianças terão de colar, com cola de batom, no desenho que recebeu .
No final, todos os desenhos serão colocados no painel da sala.
27
Anexos
Anexo 1:
Os quatro amiguinhos
Lola - Olá! Eu chamo-me Lola e esta é a minha família. Nós vivemos muito felizes com os nossos quatro animais de estimação. Nem
sempre a vida dos nossos animais foi fácil e tiveram que passar muitas dificuldades. Querem saber um pouco sobre a história de cada um?
Comecemos pelo gato. A esta hora deve estar à volta da minha mãe e da avó na cozinha, à procura de comida. Digo-vos já que ele é um comilão.
Vamos até lá?
Gato - Olá, eu sou o Tico. A minha vida até agora não tinha sido muito fácil: dormia na rua, procurava comida nos caixotes do lixo, não
tinha amigos e só conseguia tomar banho quando chovia. Felizmente, fui adotado por uma família muito carinhosa e que gosta muito de animais!
Neste momento, recebo miminhos todos os dias e sou bastante feliz! Agora vou apresentar-vos os meus companheiros de casa.
Lola - Agora vamos conhecer a minha cadela. Ela é muito grande e tem o pelo bege. O meu irmão do meio tem um pouco de medo dela,
pois quando ele está no seu quarto a brincar com os brinquedos, ela pega neles e destrói-os. O local preferido da nossa cadelinha é o quarto do meu
irmão. Sabem o porquê? Estão prontos para eu vos apresentar a minha patuda? Venham comigo!
28
Cadela - Au!Au!Au! Sou a Gigi e sou o melhor amigo do homem! Eu achava que era feliz na minha antiga família, até que um dia me
colocaram no carro, pensei eu que ia passear, mas enganei-me…Estava uma manhã fria e chuvosa e abandonaram-me numa rua muito escura e
sem ninguém à volta. Lembro-me perfeitamente desse dia, fiquei muito triste e cheia de medo…Tentei correr atrás do carro, mas sem sucesso. A
partir desse momento, a minha vida foi igual à do Tico.
Lola - Agora é a vez de visitarmos o animal mais conversador. Conseguem adivinhar qual é? Vamos até ao jardim da minha casa para ele
se apresentar. Ele adora estar na companhia do meu pai que está, neste momento, a cortar a relva do jardim! Sigam-me!
Papagaio- Olá! Olá! Eu sou o papagaio Óscar e querem saber da minha história? Vivia eu com a minha família muito feliz na floresta
quando fui capturado por uns caçadores. Eles levaram-me para dentro de uma jaula e senti-me sem liberdade e sozinho, longe de tudo aquilo a que
estava habituado. Certo dia, o caçador veio limpar-me a jaula e eu consegui fugir por uma janela da casa que estava aberta. Voei tanto e estava tão
cansado que precisei de descansar. Foi aí que conheci a Gigi e o Tico. Nesta nova casa, tenho a liberdade que preciso para voar para onde quero e
voltar quando tenho saudades dos meus amigos. Adoro esta nova vida e nunca fui tão feliz!
Lola - E, por último, vou até à sala para apresentar-vos o animal menos barulhento desta casa e que vive na água. Sabem qual é? Ele é tão
silencioso que o meu avô vem sempre até à sala para adormecer a minha irmã bebé.
Peixe - Glu! Glu! Ei, não se esqueçam de mim! Posso ser o membro mais recente, mas também tenho muita importância! O meu nome é
Chiquinho e só me lembro, quando era muito pequeno, de acabar num saco com pouca água ao lado do caixote do lixo. Estava quase a morrer, mas
fui salvo pela família que agora estou. Estou muito grato e tenho três grandes amiguinhos.
Lola – Agora que já conheceram todos os meus animais, vou tentar reuni-los na sala para eles dizerem como se sentem com esta nova
família.
29
Em coro - Com esta nova família, temos todos os cuidados necessários, desde a alimentação, o afeto e carinho, liberdade e cuidados de
higiene. Estamos muito felizes aqui e não há melhor família que esta. Todos os animais deviam ter a mesma oportunidade que nós
Anexo 2: Anexo 3:
30
Anexo 4: Anexo 5:
31
2º Intervenção-Reflexão Individual-Andreia Abreu

(Área do Conhecimento do Mundo)
Não houve nenhum imprevisto que acontecesse nesta sessão, apenas tirando o
facto que como uma das atividades foi mais individualizada as crianças perdiam o foco
e conversavam com o vizinho fazendo logo imenso barulho. As rotinas também
demoraram mais do que prevíamos, mas desta vez já contávamos minimamente com
isso, portanto diminuímos a carga de atividades.
As maiores dificuldades que senti nesta implementação foi tentar controlar ao

máximo o barulho que se fazia sentir na sala, desta vez, as crianças estavam mais
dispersas. Também fizemos várias questões e eram sempre os mesmos a responderem,
porque os restantes estavam distraídos.
As crianças deliraram com os nossos fantoches de dedo e foram um sucesso

porque adoraram o facto de utilizarmos a casa de fantoches que eles tinham na sala
para fazermos algumas coisas. Conseguimos captar a atenção deles e eles ficaram
vidrados na nossa história e nos movimentos que fazíamos. O grupo adorou o facto de
poder ter uma coroa personalizada pelos próprios e sentiram-se lisonjeados por terem
algo novo na cabeça. Gostaram tanto das coroas que foram para o recreio com elas e
almoçaram na companhia dos seus amiguinhos.
As crianças mostraram muito interesse pelo tema em geral e já tinham um

conhecimento considerável sobre esta temática o que nos permitiu consolidar e
aperfeiçoar conhecimentos. Acho que o conhecimento foi bem transmitido e todas
aquelas crianças saíram da escola mais conscientes em relação ao bem-estar animal.
Concluímos todos os objetivos que tínhamos traçado, conseguimos realizar

todas as tarefas que tínhamos proposto e a implementação correu tão bem que
conseguimos realizar a atividade que levávamos na manga. As crianças eram bastante
rápidas na execução das tarefas, o que nos deixava concretizadas. Conseguimos concluir
tudo aquilo que tínhamos delineado com sucesso.
32
As alterações que talvez faria se voltássemos a implementar era o facto de na

última atividade, as crianças terem acesso a mais cores para pintarem com os materiais
esponjosos, pois só foi fornecido pela escola 4 ou 5 cores diferentes o que fez com que
não houvesse tanta diversidade e as pinturas acabaram por ficar todas muito parecidas.
A atividade que levávamos na manga era uma atividade de preencher o desenho com
papel seda, mas na implementação anterior verificamos que o grupo mostrava
bastantes dificuldades nas colagens e optamos por fazer algo diferente e que eles se
sentissem mais criativos e à vontade.
O tempo foi muito bem gerido, conseguimos implementar tudo aquilo que
propusemos o que nos deixou muito satisfeitas. O grupo nesta intervenção fez todas as
atividades com imensa rapidez e, por esse mesmo motivo, conseguimos fazer a
atividade que levávamos na manga. O conhecimento acho que de forma geral foi
transmitido e tivemos tempo para tudo desde a brincadeira, aprendizagem, realização
de atividades e afeto.
Como de costume eu e a Rosália já vínhamos com a planificação estudada e bem

estruturada na nossa cabeça e dividida de forma igual para que ambas tivéssemos o
nosso momento. A planificação foi pensada e concretizada por ambas e também
realizamos todos os materiais em conjunto, portanto o trabalho foi dividido de forma
igual pelas duas.
33
2º Intervenção-Reflexão Individual- Rosália Silva

na qual o tema do bem-estar animal esteve presente em todas as atividades elaboradas.

Nesta segunda intervenção também houve imprevistos que aconteceram

durante a implementação. No momento de revelar o tema da sessão às crianças,
achámos por bem seguir realizar uma pequena tarefa que a professora Raquel tem por
hábito fazer. A pequena tarefa consistiu em escrever a palavra “animais” no quadro e
perguntar aos meninos três perguntas: “Quantas letras tem a palavra?”, “Por que letra
começa?” e “Quantas sílabas tem?”.
Já na atividade “Caixa Surpresa”, cada menino, à vez, foi até á caixa, colocou a
mão e retirou de lá uma imagem. No entanto, houve um menino que nos surpreendeu,
pois quando chamamos por ele, não veio até nós, ficando sentando no seu lugar. Ao
depararmo-nos com esta situação, tentamos chamar novamente o menino, mas sem
sucesso. Então, a professora resolveu buscar o menino e ir com ele até à caixa
misteriosa. Ao chegarem lá, a professora pegou na mão do menino para o ajudar, mas
ele retirou logo, indicando que não queria pôr a mão na caixa misteriosa. Assim sendo,
pedimos a outra criança para retirar por ele, conseguindo resolver a situação.
A atividade na manga, para se sobrasse tempo implementar com as crianças, foi

alterada à última hora, por causa de problemas monetários e resolvemos substituir o
papel de seda por pintura, visto que a professora disponibilizava o material. Para além
disso, nessa atividade tivemos de sair da sala para ir para o local onde costuma ser feita
a pintura.
Um outro imprevisto que nos aconteceu foi durante a atividade das coroas dos
animais. Quando fizemos as tiras das coroas pensávamos que chegava para o tamanho
das cabeças das crianças, mas, infelizmente, isso não aconteceu. Várias crianças,
principalmente as mais velhas, tinham o tamanho da cabeça maior e a tira da coroa não
chegava para colocar o agrafo. Para solucionar este problema, com uma folha branca,
34
decidimos cortar da largura da fita e preencher o que faltava para agrafar. Para além
disso, uma menina, que já é habitual o seu comportamento, recusou fazer esta atividade
por estar a fazer birra e amuar, mesmo as EE insistindo para ela fazer. Passado algum
tempo, a menina pintou a sua corou e conseguiu concluí-la.
No final, a atividade acabou por correr bem e todas as crianças ficaram muito
felizes e não tiravam a coroa nem por nada.
As crianças ficavam sempre excitadas e entusiasmadas por cada atividade que

apresentávamos para elas. Durante as atividades, elas envolviam-se, aprendiam,
erravam (faz parte) e, sempre, concluíam as tarefas com sucesso, correspondendo às
nossas expectativas.
De todas as atividades, a que gostaram mais, sem sombra de dúvidas, foi a das
coroas dos animais. As crianças deliraram e ficaram todas vaidosas com as coroas nas
cabeças. Fui, várias vezes, perguntada se podiam levar as coroas para casa para
mostrarem à família. Para além disso, chamavam-nos, de propósito, para mostrar,
orgulhosamente, a pintura que fizeram no seu animal.
Principais ideias prévias evidenciadas pelos alunos
Na sala, quando perguntámos se tinham animais de estimação, várias crianças

disseram que sim, evidenciando que gostam de animais. Essas crianças têm algum
conhecimento no que toca ao bem-estar animal como, por exemplo, sabem que o
animal em questão precisa de alimentação ao ver os pais a dar de comida, sabe que o
animal precisa de atenção e carinho, cuidados de higiene, etc.
Para introduzir o tema “Bem-estar animal”, iniciamos a sessão com um teatro de

fantoches e contamos uma história acerca do tema. Nessa história, de forma a interagir
com as crianças, colocamos várias questões de modo a perceber as ideias prévias que
elas tinham, como, por exemplo, “vou até à sala para apresentar-vos o animal menos
barulhento desta casa e que vive na água. Sabem qual é?”, ao qual reponderam, sem
hesitação, o peixe. Com isto, mostra que as crianças têm uma ideia sobre os animais.
35
A atividade "Feliz ou triste" teve como objetivo explorar com mais profundidade
o tema "Bem-estar animal". Quando perguntávamos às crianças o que observava na
imagem e se na mesma o animal estava feliz ou triste, tínhamos a perceção inicial da
criança, ou seja, percebíamos as suas ideias previas do tema. Nesta atividade, as crianças
Poucas crianças erraram no sítio que deviam de colocar a imagem no quadro ou

à beira do emoji feliz quando o animal, na situação que estava presente na imagem
estava contente ou à beira do emoji triste quando, na imagem, era uma coisa má. Nesses
casos, tentávamos sempre explicar o erro e explicar, no nosso melhor, o que estava a
acontecer na imagem e as suas consequências.
Esta sessão teve como objetivo geral compreender o significado de bem-estar

animal. A atividade “feliz ou triste” foi a atividade em que eles aprenderam sobre este
tema, pois cada imagem transmitia uma mensagem para as crianças. No final desta, as
crianças perceberam que os animais também são como nós, precisam de vários
cuidados para estar bem fisicamente e psicologicamente. Na minha opinião os objetivos
previstos foram atingidos com bastante sucesso.
Alterações que fariam se voltassem a implementar:
Se voltasse a implementar esta sessão, acrescentava uma atividade de oralidade

a seguir ao teatro de fantoches de dedo com várias perguntas sobre o mesmo, para
termos melhor feedback das crianças em relação à história que contámos. Penso que,
para além disso, não acrescentaria mais nada.
Gestão do tempo:
Eu e o meu par conseguimos implementar todas as atividades, incluindo a

atividade na manga. O tempo que estipulamos em cada atividade na planificação
acabou por coincidir com o tempo que implementamos e, por isso, a gestão do tempo
foi bem conseguida.
36
Trabalho do par:
O trabalho do par é merecedor e notório, na minha opinião. Dedicamos a cem

por cento na elaboração da planificação, onde tentamos criar atividades lúdicas e
pedagógicas para as crianças vivenciarem experiências novas e diferentes das que estão
habituadas. Além disso, na preparação dos materiais, somos muito exigentes com a
qualidade dos mesmos. Os materiais são feitos por nós, o que nos abdica bastante
tempo, esforço e dedicação. Eu e o meu par empenhamo-nos sempre muito em todas
as etapas para que as intervenções corram bem e as crianças gostarem das atividades
que estão a fazer e mostrarem-nos que estão contentes, mostrando que valeu a pena
o nosso empenho e evidencia o trabalho do par.
No dia da implementação, tentamos sempre com que haja um equilíbrio entre

as duas, para que ninguém fique mais sobrecarregada do que a outra. Assim sendo,
dividimos as tarefas e, normalmente, cada uma fica com duas atividades, ou seja, fica
encarregue de explicar o que consiste e encaminha e orienta as crianças.
Nesta intervenção, eu fiquei responsável pelas rotinas diárias, isto é, perguntar às

crianças quem era o chefe daquele dia, orientar e acompanhar o mesmo na marcação
das presenças, onde tinha de colocar um “P” (presente) e do “F” (falta) no quadro das
presenças. Depois, eu perguntei em que dia da semana estávamos e como estava o
tempo lá fora, no qual o chefe teria de colocar um X no quadro do tempo no lugar certo,
de acordo com o dia da semana e o tempo. Além disso, não me podia esquecer de
perguntar que dia foi no dia anterior e que dia era naquele dia, escrevendo no quadro
no lugar da data. Regar os feijões também fazia parte da rotina. Por último, cantámos a
canção dos bons dias.
A atividade seguinte foi introduzida pela Andreia para enunciar que iriamos
realizar um tetro de fantoches com o principal objetivo de despertar o interesse das
crianças. O número total de fantoches era cinco, sendo que eu fiquei com três e a
Andreia ficou com dois, sendo que o critério teve como base a dimensão da fala de cada
personagem para haver um equilíbrio entre as duas. Depois, a atividade seguinte foi
introduzida por mim e durante esta, alterávamos as imagens, ou seja, eu ficava com uma
37
criança e perguntava várias perguntas sobre a imagem e depois era a vez da Andreia
fazer essas tais questões com outro menino e, assim, sucessivamente.
A atividade das coroas foi iniciada pela Andreia e, à medida que as crianças
acabavam, nós agrafávamos as coroas e elas colocavam na cabeça. A última atividade,
a atividade na manga, foi introduzida por mim e dividimos tarefas: a Andreia ficava
responsável por escrever os nomes dos meninos na folha das pinturas e ajudava-os com
as esponjas e eu colocava as batas às crianças e perguntava qual o desenho que queria
pintar.
38
Evidências de Implementação
Rotina Diária:
Teatro de fantoches de dedo com História “Os quatro amiguinhos”:
Atividade “Feliz ou triste”
Caixa surpresa que contém vários cartões plastificados:
39
Estagiária a explicar a atividade que se segue:
Criança a mostrar a imagem aos colegas e a descrevê-la:
Resultado final:
40
Atividade “O teu novo amigo”
Estagiárias a explicarem a atividade:
As crianças a pintarem as suas coroas:
Algumas coroas que foram feitas pelas crianças:
41
Atividade “Pintura”
Professora cooperante a ajudar na colocação das batas:
As crianças a pintarem:
42
Resultado final:
43
3.ª Intervenção:
Domínio da Matemática
44
Data: 26/5/2021

11h45)
Áreas/
Subdomínios
Área de Conhecer os
Rotina Diária
Formação diferentes
Pessoal e momentos da Para a sessão de estudo do meio, começaremos por fazer as rotinas diárias. Primeiramente, Realiza as rotinas
Social rotina diária, a diárias propostas
iremos observar a roda dos chefes para saber quem irá ser o chefe naquele dia. A criança
sua sucessão, o
que faz em cada selecionada irá ser responsável por marcar as presenças na tabela, colocar um X no tempo que
Independênci um deles e para faz no dia em questão e regar os feijões que se encontram nos frascos. Posteriormente, será
ae quê. Reproduz os gestos;
Autonomia
Ficar responsável
pelas tarefas que
se comprometeu
a realizar,
executando-as de
forma cada vez
mais autónoma.
45
Projeção da história
Área de Ouvir Para esta sessão, iremos contar novamente a história que criamos para a planificação do -Pen;
Expressão e atentamente
Conhecimento do Mundo, mas de uma forma diferente. Decidimos repetir a história, uma vez
Comunicação histórias, -Vídeo; Ouve a história;
mostrando prazer que queremos trabalhar a orientação espacial e utilizar as personagens quer da família, quer
Prazer e
e satisfação. dos animais. -Projetor;
motivação
para ler e
As EE irão encaminhar as crianças para a sala do projetor, para estas visualizarem um vídeo
escrever
que ilustra a história construída em Didática de Português já introduzida na semana passada.
Depois de visualizarem o vídeo, as EE irão fazer as seguintes questões:
-Por quantas pessoas é constituída a família da Lola?
-Onde o Tico (gato) procurava a comida quando dormia na rua?
-Como se chama a cadela da Lola?
-Vocês lembram-se como estava a manhã quando abandonaram a Gigi?
-Sabem por quem o papagaio foi capturado?
- Qual o sítio da casa que ele mais gosta de estar?
-O saco onde estava o peixe era grande ou pequeno?
- A família da Lola trata bem todos os seus animais? Se sim porquê?
Em seguida, propõe-se uma caça ao tesouro em que as imagens escondidas estão relacionadas
com a história visualizada anteriormente.
46
Caça ao Tesouro
Domínio da Identificar pontos EE: “Agora vamos realizar uma caça ao tesouro aqui na sala de aula. Estão preparados?” Consegue analisar o
-Mapas de tesouro;
Matemática de
mapa;
Geometria e reconhecimento Nesta segunda atividade, as EE darão a cada criança um mapa do tesouro diferente. -Objetos;
Medida de locais e usar
Neste mesmo mapa estará assinalado com um X o sítio em que a criança terá de encontrar a Encontra a imagem;
mapas simples;
Geometria imagem. Serão escondidos 19 objetos (anexo 1) que serão utilizados na atividade seguinte.
Orientação
Espacial
Completa a Casa
EE: “Houve um problema e esquecemo-nos onde se localizam, na casa, essas imagens que
Domínio da Explica qual o
Localizar objetos vocês encontraram. Conseguem-nos ajudar a resolver este problema?” Após a visualização do -Casa plastificada;
Matemática num ambiente objeto que
vídeo, as crianças devem saber localizar os acontecimentos da rotina da família.
Geometria e familiar, encontrou;
Medida utilizando
Será colocada no quadro uma casa em 2D (anexo 2) com várias divisões. Será pedido a cada
conceitos de
Geometria orientação. criança que diga o que observa na imagem que encontrou e, de seguida, a coloque no sítio
correspondente, tendo em conta a história. As EE irão auxiliar as crianças que apresentarem Coloca no sítio
Orientação
Espacial mais dificuldades, fazendo várias perguntas. Depois das crianças completarem a casa, as correspondente na
estagiárias irão fazer algumas questões: casa;
“Quem se encontra fora de casa?” (Resposta Esperada: O pai e o papagaio)
“Quem se encontra dentro de casa?” ( Resposta Esperada: A mãe, os avós, os irmãos, o peixe,
o cão e o gato)
47
“Quem está mais perto do irmão do meio? ( Resposta Esperada: O cão)”
“O gato está longe do bebé? (Resposta Esperada: Sim)” Entende os

“O peixe está por cima do cão? ( Resposta Esperada: Não)” conceitos de
“O papagaio está perto do peixe? (Resposta Esperada: Não)” “longe”, “perto”,

“entre”, “dentro”,
“Quem está perto do gato? (Resposta Esperada: Mãe e Avó)”
“fora”;
“Quem está mais próximo do peixe? (Resposta Esperada: Avô e bebé)”
Brinca com as personagens
EE: “Temos um novo desafio para vocês! Vamos brincar com a família da Lola e vai ser muito
Domínio da Compreender que divertido.” Ordena de acordo
Matemática os objetos têm -Imagens
atributos com o que lhe é
Geometria e As EE entregarão a cada criança as personagens da história que correspondem à família (a plastificadas;
mensuráveis que pedido;
Medida menina, irmãos, mãe, pai e avós da menina) e, de acordo com o que a EE perguntarem, as
permitem
-Cartolinas;
Geometria compará-los e crianças terão de ordenar da esquerda para a direita. Também será dado uma cartolina (anexo
ordená-los. 3) a cada uma das crianças. Com isto, as EE farão as seguintes perguntas: -Velcro;
Orientação Entende os termos
Espacial “Ordena por alturas, desde o membro mais baixo até ao mais alto”; (novo/ velho, alto/
baixo);
Depois de as crianças acabarem a primeira etapa, as EE irão dar as imagens plastificadas dos
quatro animais a cada criança para colarem conforme o tamanho dos animais, desde o maior
até ao mais pequeno.
48
As EE farão algumas questões às crianças, nomeadamente: Coloca por ordem

conforme as alturas
“Qual o membro do agregado familiar mais novo? (Resposta Esperada: bebé)”
dos animais;
“Quais os familiares mais velhos? ( Resposta Esperada: avós)”
“Quantas são as pessoas do agregado familiar? (Resposta Esperada: 7)”
“Quantos animais são? ( Resposta Esperada: 4)”
Será escrito também na cartolina o número de elementos da família e o número de animais.
Jogo dos animais
EE: “ Vocês querem jogar a um jogo dos animais?”
Para finalizar esta sessão, será feito um jogo com as crianças que consiste em as EE
Domínio da Identificar -Pulseiras;
Matemática posições relativas combinarem códigos, ou seja, quando for dito uma dessas palavras, as crianças farão Consegue distinguir
(“um lugar à determinados desafios. Deste modo, quando for dito: a direita da
Geometria e
direita”, “pôr esquerda;
Medida
debaixo de”..) Cão - as crianças sentam-se no chão;
Geometria
Gato – as crianças colocam-se debaixo da mesa;
Orientação
Papagaio- as crianças dão uma volta em torno de si mesmo; Associa as palavras
Espacial
aos desafios;
Peixes- as crianças avançam uma cadeira para a direita;
49
Anteriormente, será explicado o conceito do lado esquerdo e do lado direito às crianças. Para
uma mais fácil aprendizagem, será entregue uma pulseira para diferenciar os lados.
Um outro aspeto importante neste jogo é que a ordem pela qual será dita os animais vai ser
sempre alternada, bem como a velocidade.
Comparar alturas
(Esta atividade é só se sobrar tempo)
As crianças serão divididas em dois grupos e será pedido para se colocarem encostados à Identifica quem
Domínio da Compreender que
parede. Além disso, as EE irão pedir que se coloquem por ordem decrescente conforme as está ao lado, quem
Matemática os objetos têm
atributos alturas e também será feito as seguintes perguntas: está mais longe e
Geometria e
mensuráveis que mais perto;
Medida -“Quem está do teu lado direito?”
permitem
Geometria compará-los e Consegue distinguir
ordená-los. -“Quem está do teu lado esquerdo?”
a direita da
Orientação
Espacial -Quem é a pessoa mais longe de ti?” esquerda.
-Quem é a pessoa mais perto de ti?”
50
Anexos
Anexo 1:
51
52
Anexo 2:
53
Anexo 3:
54
3.º Intervenção-Reflexão Individual-Andreia Abreu

(Domínio da Matemática)
A implementação do Domínio da Matemática, para mim foi a mais complicada,

pois os alunos mostraram uma maior dificuldade a captar a aprendizagem pretendida.
Talvez mudaria a forma de implementar alguma das atividades, porque acho que
se calhar algumas definições não ficaram tão claras na cabeça das crianças. De resto,
acho que tudo o que implementamos correu bem e as estratégias que colocamos em
prática foram bem colocadas. Os alunos estavam bem comportados, mas muito
distraídos e tivemos de os chamar à atenção para que estivessem atentos.
A maior dificuldade sentida nesta implementação foi o facto de tentarmos

explicar a questão do lado direito e esquerdo, oferecemos pulseiras para que pudessem
diferenciar, mas mesmo assim foi muito complicado assimilarem os lados. Outra
dificuldade que foi sentida foi quando as crianças tiveram de colocar os membros da
família por ordem de alturas, foi muito complicado para elas e não estavam a entender
o que queríamos concretamente.
Este grupo de alunos foi sempre muito participativo e interessado e estava

sempre muito empenhado a realizar todas as atividades que tínhamos para eles. O
grupo nesta última implementação agradeceu a nossa ida e todos os materiais que
levamos.
Todas as atividades e objetivos que tínhamos proposto para esta sessão foram
concluídos e realizados com sucesso. Conseguimos implementar todas as atividades e a
educadora, neste último dia não mandou as crianças para o exterior e pudemos utilizar
esse tempo para realizar a atividade que levávamos na manga, porque com esta mesma
atividade os alunos conseguiram consolidar conhecimentos dados nesta sessão.
Portanto, alcançamos todos os objetivos previsto para o Domínio da Matemática.
Se voltasse a implementar haveria uma atividade que retiraria ou faria de

diferente forma que era a atividade “Jogos dos animais”, porque acho que se tornou um
pouco confusa para a cabeça das crianças. E foi difícil eles se conseguirem manter no
55
lugar a fazer o jogo, estavam sempre no lugar do vizinho ou na outra ponta da sala o que
tornou aquela atividade numa verdadeira algazarra e foi complicado para eles
perceberem o conceito e que não precisavam de sair do lugar para realizarem aquilo
que estávamos a pedir.
O tempo foi bem gerido, tal como nas anteriores sessões, mas desta vez tivemos
direito a um tempo extra porque a educadora, não mandou as crianças para o recreio
do exterior e, desta forma, conseguimos concluir todas as atividades pretendidas e no
tempo correto.
O grupo empenhou-se de igual forma nesta implementação e dividimos de forma

justa o trabalho para que nenhuma de nós saísse prejudicada. Nós combinávamos
sempre a preparação da aula em casa, mas quando lá chegávamos por vezes surgiam
imprevistos então ambas estávamos preparadas para fazer toda a implementação caso
o par tivesse de estar a fazer qualquer outra coisa.
56
3.º Intervenção-Reflexão Individual- Rosália Silva

onde trabalhamos o domínio da Matemática, mais concretamente, a orientação
espacial.

Na atividade “Caça ao tesouro”, cada criança receberia um mapa do tesouro

diferente, na qual teria de ir ao sítio indicado no mapa com uma cruz para encontrar a
imagem escondida. Na semana anterior, eu e o meu par tínhamos tirado uma foto
panorama à sala, de modo que se percebesse todos os pormenores da mesma. Como a
foto foi tirada de um ângulo, decidimos que era mais fácil as crianças também estarem
desse ângulo e, por esse motivo, no momento da atividade, mandamos as crianças
porem-se, lado a lado, numa das laterais da sala. O imprevisto ocorrido nessa atividade
foi, o facto de, num determinado tempo, aperceber-me que alguns meninos não foram,
realmente, ao sítio que lhes correspondiam (indicado no mapa) e terem retirado
imagens que não lhes pertenciam. Acontece que, eu e a Andreia não sabíamos de cor a
imagem que estava associada a cada menino e havia meninos que não estavam a
encontrar a sua imagem. Tivemos que procurar pelos lugares todos à procura das
imagens que faltava. Além disso, quando perguntámos onde é que tinham encontrado
a imagem não respondiam, não sei se por medo de que tivessem errado.
Na atividade “Brinca com as personagens” também houve imprevistos. O que

estava previsto era as crianças colarem, com velcro na cartolina A4, as personagens da
família da Lola para ordenarem por alturas e os animais também, mas, ao imprimi-las,
reparámos que as fotocópias estavam com um tamanho relativamente grande e
calculámos que não iam caber em cada cartolina. Como tivemos que imprimir muitas
fotocópias e as fotocópias a cor não são propriamente baratas, tentamos arranjar numa
solução para resolver este problema. Eu e o meu par, considerámos que íamos utilizar
as personagens da família para colarem na cartolina, como estava escrito na planificação
e adaptarmos a atividade para utilizar os animais que imprimimos. Depois de pensar,
57
optámos por uma espécie de jogo “quem é quem” onde fizemos várias perguntas e as
crianças tinham que responder ao levantar o animal que achavam que estava certo
como, por exemplo, “Quem é o animal que está no exterior?” e eles tinham que levantar
a imagem do animal que, neste caso, era o papagaio.
Por último, na atividade “Jogo dos animais”, reparámos que as crianças estavam
com algumas dificuldades de avançar uma cadeira para a direita e, para facilitar,
optámos por eles só avançarem um passo para a direita para eles começarem a perceber
o que é a esquerda e o que é a direita.
As crianças reagiram muito bem a todas as atividades que propusemos e nenhum

menino recusou a fazê-la. Quando revelávamos o que seriam as atividades, as crianças
ficaram entusiasmadas e sempre com vontade de realizá-las.
Como é evidente, nem sempre as crianças estão atentas e é muito difícil ficarem
concentradas durante muito tempo, distraindo-se com qualquer coisa. Durante a
visualização do vídeo sobre a história que executámos em Didática do Português, eu
notei que algumas crianças não estavam concentradas no mesmo, ou a falar para o lado
ou a brincar com algo.
As crianças deliraram quando dissemos que ia haver uma caça ao tesouro pela
sala e estavam muito ansiosos por começar e encontrar as imagens escondidas. Para
além disso, os meninos ficaram extremamente contentes no momento em que dissemos
que iam ter umas pulseiras para diferenciar a direita da esquerda. É notável que, quando
as crianças gostavam dos materiais que eu e o meu par disponibilizávamos, estavam
mais motivadas para desempenhar as atividades propostas. Também, eu e a Andreia
quisemos oferecer um lápis com um emoji (feito por nós) a cada criança, um miminho
por nos receberem bem e serem tão carinhosos connosco. Elas adoraram o lápis e
perguntaram se podiam levar para casa. Logo a seguir à entrega dos lápis, reparei que
começaram a tentar escrever com o mesmo. Nós quisemos oferecer o lápis, uma vez
que é um incentivo para as crianças começarem a escrever mais frequentemente.
58
Principais ideias prévias evidenciadas pelos alunos:
No que diz respeito aos conceitos “esquerda” e “direita”, as crianças não sabiam
distinguir, pois quando ia colocar a pulseira na mão, perguntava qual era a mão direita
e não me sabiam responder. Claramente, a pulseira ajudou muito os meninos a perceber
qual era a direita. Na atividade de ordenar a família da Lola por alturas, as crianças
tiveram algumas dúvidas e dificuldades, pois não estavam a posicionar as imagens por
cima uma das outras para comparar as alturas da família. Uma das dificuldades foi
entender que a ordenação era feita da esquerda para a direita e sempre seguido.
Perante essa dificuldade, as EE auxiliaram os meninos com mais dificuldades e ficaram
ao pé dos mesmos para auxiliá-las e prestar ajuda no que fosse preciso. Já localizar no
espaço, as crianças não tiveram dificuldade nenhuma em perceber onde estavam na
casa a família da Lola, os animais e alguns objetos.
Os objetivos foram atingidos com sucesso, pois, no que toca a distinguir a

esquerda da direita, as crianças, na última atividade , conseguiram mostrar que sabiam
qual era a direita e a esquerda.
No que diz respeito à atividade da caça ao tesouro, em geral, os meninos

conseguiram identificar pontos de reconhecimento de locais e usar mapas simples.
Relativamente ao jogo que fizeram em que cada palavra estava associado a uma
tarefa, se pronunciávamos a palavra “cão” as crianças tinham que se sentar no chão e,
assim, sucessivamente. As crianças conseguiram atingir o objetivo pretendido e
associaram a tarefa ao nome e identificaram muito bem posições relativas como “um
lugar à direita”, “pôr debaixo de”, etc.
As crianças com a atividade “comparar alturas” conseguiram identificar quem

estava ao seu lado, quer do esquerdo quer do direito.
Alterações que fariam se voltassem a implementar:
A única alteração que faria se voltasse a implementar era trocar alguns dos sítios
dos mapas da caça ao tesouro e dispersar os lugares onde estavam escondidas as
59
imagens. Na minha opinião, o que baralhou alguns meninos, foi o facto de haver algumas
imagens escondidas em lugares muito pertos uns dos outros e havia duas imagens até
no mesmo lugar e, talvez por isso, dificultou a procura para vários meninos, o que levou
a recolherem imagens que não lhes pertenciam.
Gestão do tempo:
A gestão do tempo foi muito bem conseguida, uma vez que acabámos por fazer
todas as atividades previstas, incluindo a atividade na manga. Normalmente, quando já
passou a vez de explicar o que a atividade consiste e as crianças estão a fazê-las, costumo
olhar para o relógio para controlar o tempo para ver se estamos a ir bem, se é preciso
andar mais rápido ou mais devagar e se dá tempo para fazer todas as atividades.
Trabalho do par:
Mais uma vez, o trabalho do grupo foi, na minha opinião, brilhante. Houve muito
esforço e dedicação da minha parte e pela parte da minha colega, quer na fase da
elaboração das implementações, quer na fase da construção dos materiais que iriamos
precisar nas implementações. Sempre tentámos que as aulas não ficassem monótonas,
interagindo as duas com a turma e arranjando estratégias para isso. Temos sempre o
cuidado que haja ligação entre todas as atividades e que percebam o motivo de as
fazerem.
Além disso, houve sempre o cuidado e a preocupação de as duas exercerem uma

relação com as crianças e estabelecer contacto com as mesmas.
Tal como fizemos com as duas intervenções anteriores, eu e a Andreia reunimo-

nos para conversar sobre a planificação e como seria feita a organização da
implementação no que diz respeito às atividades a elaborar. Assim, dividimos as
atividades pelas duas, alternando-as, de modo que haja o equilíbrio perfeito.
60
Evidências de Implementação:
Rotina diária:
Projeção da história “Os quatro amiguinhos” :
Caça ao Tesouro:
61
Atividade “Completa a Casa”:
62
As estagiárias a colocar as pulseiras nas crianças:
As estagiárias a ensinar qual era a mão direita e a mão esquerda:
Atividade “Brinca com as personagens”:
As crianças a colocar por ordem as alturas da família:
Resultado Final:
63
Atividade dos animais:
Jogo dos animais:
64
Atividade “Comparar alturas”:
Miminho oferecido pelas estagiárias às crianças:
65
Foto com as crianças e professora cooperante:
66
Reflexão Geral sobre a experiência neste contexto-

Andreia Abreu
O grupo que nos calhou, desde o inico que foram super acolhedores e amorosos.
As crianças eram todas muito diferentes e existia muita diversidade naquela sala. Gostei
bastante de trabalhar com eles e de lhes ensinar novas coisas. A sala dos pinguins tinha
alunos de diferentes idades e por esse mesmo motivo também se encontravam em fases
diferentes da sua vida. As nossas manhãs eram recheadas de amor, atenção e muito
carinho, pois como são crianças adoravam que fossemos queridas com elas.
Consequentemente, também era um grupo falador e distraía-se ou cansava-se muito
rapidamente daquilo que estava a fazer. Mas, com esforço e empenho eles realizavam
tudo o que lhe propúnhamos.
Para monitorizar o trabalhos das crianças todas as sessões eram feitas por nós
várias perguntas ao grupo todo para responderem ao mesmo tempo e por vezes
fazíamos perguntas individualmente quando isto acontecia, perguntávamos ao restante
grupo se concordava com a resposta dada e se não concordavam teriam de dizer o
porquê, desta forma estimulávamos a opinião crítica das nossas crianças. Este grupo
estava habituado de responder às várias perguntas e sempre que perguntávamos algo
eles estavam logo com a resposta na língua, mesmo que não fosse a mais correta.
As crianças foram sempre envolvidas nas nossas sessões porque sempre

optamos por todas elas colaborarem connosco em vez de ficarem sentada apenas a
olhar para nós enquanto explicávamos algo. Tentamos sempre que fosse alguém do
grupo a vir ao centro e a fazer as atividades e a explicar aos restantes o porquê daquela
resposta. Para que todos se sentissem integrados e desenvolvessem capacidades de
autonomia e apreciação crítica. As crianças mais novas tinham maiores dificuldades de
vir ao centro e exporem o seu pensamento, mas com o avançar das sessões foram se
sentindo mais à vontade para exporem as suas opiniões.
No final de cada sessão, a educadora encarregava-se de perguntar às crianças se

gostaram da nossa implementação e se gostaram de todos os materiais que nos
trouxemos e os comentários eram sempre muito positivos. As crianças adoraram todos
67
os materiais que trazíamos, porque era algo diferente do que eles estavam habituados
a ver.
O desempenho do grupo na realização das tarefas foi muito positivo, eles

conseguiam fazer as atividades com alguma facilidade, mostravam sempre muito
empenho na realização das mesmas.
Utilizamos diversos recursos ou estratégias para marcarmos aquelas crianças

pela diferença. Tentamos utilizar materiais mais lúdicos e interativos e deixar de lado as
folhas com desenhos ou pinturas. O início da aula era feito sempre de uma forma
diferente e interessante para que, desde logo, conseguíssemos captar a atenção do
grupo e eles se sentissem entusiasmados com as atividades seguintes. Como a
educadora nos deixou escolher as temáticas, decidimos optar por dois temas muito
interessantes e divertidos e que as crianças adoram, desta forma foi mais fácil pensar
em algo para fazer com estas temáticas.
Como já foi referido, o grupo encontrava-se em diferentes níveis de

aprendizagem por causa da idade e isso fez com que nós dessemos mais autonomia às
crianças mais velhas e ajudássemos ou apoiássemos mais as crianças mais novas e que
não apresentavam tanta facilidade na conclusão dos trabalhos.
Em todas as nossas sessões havia momentos autónomos em que o grupo

precisava de fazer atividades de forma individual e desta forma conseguiam desenvolver
novas competências. Tentamos manter sempre um ambiente propício para a
aprendizagem, pedíamos diversas vezes às crianças que fizessem menos barulho e que
estivessem mais atentas aquilo que lhes pedíamos.
Sempre que alguma das nossas crianças fazia algo certo, nós aplaudíamos para
que se sentissem mais confiantes e não perdessem o gosto e mesmo quando algo era
realizado de forma errada nós nunca recriminávamos, apenas ajudávamos para que
saísse melhor. Acho que desta forma mantemos um ambiente acolhedor e todas as
crianças se sentem bem e integradas nas nossas sessões.
68
Optamos por pedir aos meninos mais velhos que quando acabassem ajudassem
em algumas tarefas os meninos mais pequenos, desta forma os mais novos ficavam
incentivados e faziam a tarefa ou trabalho com mais prazer porque não queriam que
ninguém os ajudasse.
As maiores dificuldades que senti enquanto educadora estagiária foi conseguir

recusar carinho ou mimos do grupo, desde cedo que criamos uma cumplicidade bonita
e por vezes as crianças queriam que só ficasse ao lado delas e desta forma não deixavam
que eu me movimentasse para ajudar outras crianças. Havia momentos em que eu e o
meu par cooperante estávamos a explicar algo e as crianças saiam do lugar para nos
abraçar ou pendurarem-se nas nossas pernas, foi um pouco complicado contornar esta
situação.
Outra dificuldade que senti neste contexto foi o facto de as crianças terem idades
super diferentes e por esse mesmo motivo também se encontravam em fases de
aprendizagens bem distintas. Era complicado adaptar atividades para as três idades que
tínhamos dentro da sala. Os mais velhos muitas vezes acabavam por dar sempre as
respostas e então tivermos de arranjar soluções para resolver este problema.
Outra dificuldade sentida foi o facto de gerir o tempo, acho que para mim isto
foi o mais complicado. Os horários do pré-escolar são muito curtos e tudo passava a
correr porque o tempo também não era muito. As crianças da nossa sala chegavam
sempre em horas distintas então primeiro que estivessem todos sentados na sala
demorava uma meia hora, depois como são crianças têm muito para contar, fazíamos
duas atividades e eles já tinham de lanchar logo a seguir iam para o recreio, depois
precisavam de ir diversas vezes à casa de banho. Gerir o tempo neste contexto foi difícil.
O facto de não ser um ensino obrigatório também trazia alguns problemas porque por
vezes não vinham alunos que, por norma, não faltavam e a educadora não sabia se era
melhor esperar ou não por eles.
69
Reflexão Geral sobre a experiência neste contexto-

Rosália Silva
A minha experiência, definida numa só palavra, foi espetacular.
Relativamente às crianças, foi muito fácil de estabelecer logo contacto e ligações

com todos. Nas observações, sempre foram muito abertos connosco, mostrando-nos
sempre os seus lados carinhosos, meigos e afetivos. Os abraços que as crianças nos
ofereciam, era a melhor parte do dia e faziam toda a diferença. Já nas implementações,
ao refletir sobre o desempenho das crianças na resolução das tarefas ao longo destas
semanas foi muito positivo. Elas mostraram-se muito satisfeitas em fazer as nossas
atividades. Estavam sempre com um sorriso na cara e quando perguntávamos alguma
coisa, não tinham medo em nos dar as suas opiniões nem de interagir connosco e,
mesmo que tivessem um pouco de vergonha e reticentes, nós tentávamos sempre puxar
por eles e criar diálogos. Para além disso, eram educados e bem-dispostos.
Fiquei bastante agradada e contente com a monitorização do trabalho das

crianças. Todos os trabalhos finais, que envolviam pintura, desenho e escrita, ficaram
espetaculares e únicos, pois não havia nenhum repetido. Eu e o meu par tentámos
sempre motivar as crianças e trazer para a sala atividades originais, lúdicas e criativas.
Dessa forma, promovemos o envolvimento e a aprendizagem das mesmas. Para além
disso, tivemos o cuidado de, nestas três sessões, entrar no mundo mágico em que todas
as coisas são misteriosas, cativando as crianças da melhor maneira possível. Todas as
sessões continham discussão produtiva, pois é muito importante haver comunicação
oral no pré-escolar. Com isso, as crianças evoluem e constroem frases mais completas,
para não falar que alargam o seu vocabulário.
Quando as crianças já não estavam atentas e distraiam-se, tornava-se impossível

de trabalhar com elas. Nos momentos em que isso acontecia, tivemos que adotar
medidas para esses comportamentos. A técnica que mais usámos e que a nossa
professora cooperante também usa, foi captar atenção com uma tarefa simples com os
braços. Sempre que dizíamos “braços para cima”, as crianças colocavam os braços para
70
cima, “para baixo” colocavam as mãos para baixo, “para o lado”, “para o outro lado”...As
estagiárias também executávam este processo para as crianças copiarem e serem mais
fácil.
Nós tivemos, também, a atenção no que toca a dar apoio aos alunos de
diferentes níveis e ajudávamos e auxiliávamos no que fosse preciso, o que foi essencial
para as crianças com mais dificuldades aprenderem. Depois de explicarmos o que
consistia as atividades, eu e a Andreia tínhamos sempre a rotina de andar pelas mesas,
como forma de controlar se as crianças estavam a fazer as atividades, se estavam a fazer
corretamente e, assim também, as crianças sabiam que nos podiam perguntar alguma
coisa sempre que tivessem dúvidas ou queriam ajuda para algo. Não só demos sempre
espaço para as crianças fazerem as atividades, como também demos sempre feedback
positivo dos seus trabalhos e incentivávamo-las a continuarem a fazer aquele bom
trabalho. Isto tudo faz com que, as crianças ganhem, acima de tudo, autoconfiança e
autonomia.
Todas as nossas atividades foram de encontro às necessidades e adequadas às

idades das crianças. Os recursos que utilizámos foram feitos pelas estagiárias e
oferecemos à escola como forma de agradecer a oportunidade que nos deram, mas
também para as crianças puderam usufruí-las e tirar aproveito dos mesmos. Outra
estratégia que também usámos neste contexto e que já tínhamos usado, foi iniciar as
sessões de uma forma lúdica e divertida, para que os alunos ganhassem gosto,
motivação e prazer nas atividades seguintes, e despertassem curiosidade para o
desenvolvimento das mesmas. As atividades motivacionais das três sessões foram: uma
música, um vídeo e um teatro de fantoches.
As dificuldades que eu senti neste contexto foi ao nível das crianças não
aguentarem muito tempo paradas na cadeira, sem falar para o lado e sem se distraírem
à mínima coisa e eu querer tentar falar e não conseguir, porque estava muito barulho
na sala. Uma possível forma de superar essa dificuldade, é chamar a atenção das
crianças e, só depois, transmitir o que queria lhes dizer. Um fator que pensávamos que
71
íamos ter dificuldade era com o facto de as crianças não terem a mesma idade, mas as
tarefas eram iguais para todas e só alterávamos pequenas coisas.
Adorei a experiência neste contexto, pois quando entrei neste curso, o que
estava em mente era ser educadora de infância. Posso dizer que o, estágio no pré-
escolar superou as minhas expectativas e fiquei muito contente com isso. Também
tenho a agradecer à nossa professora cooperante, Raquel Lima, por nos ter ensinado
tanta coisa e pormenores que fazem toda a diferença. A professora sempre nos mostrou
com disponibilidade para nos ajudar sempre que tivéssemos alguma dúvida ou que
precisássemos de algo. Foi uma pessoa muito preocupada connosco e mostrava-se com
bastante interesse em ver as nossas planificações e implementações. A escola em si
forneceu um ambiente favorável para que as implementações corressem bem. A parte
que mais gostei desta, foi o espaço exterior por ser tão grande e proporcionar às crianças
diferentes aprendizagens e é bom para o seu desenvolvimento.
Levarei no meu coração aprendizagens e ensinamentos que serão, sem dúvida,

muito importantes e essenciais para a minha formação enquanto educadora de infância
e que serão úteis para o meu futuro.
72
Conclusão
Estas semanas de estágio correram da melhor forma possível e, em cada semana
de implementação, aprendemos, pelo menos, uma coisa nova.
Todas as nossas atividades foram feitas de forma a pensar no desenvolvimento

e autonomia das crianças. Investimos na originalidade e em materiais lúdicos, pois desta
forma, as crianças sentiram-se mais motivadas e interessadas.
Na nossa opinião, houve esforço e dedicação na elaboração das planificações e

estávamos sempre disponíveis para receber críticas construtivas da parte da educadora
cooperante e das professoras orientadoras para a melhoria das planificações e darmos
o melhor nas implementações.
Foi importante para o grupo passar por este contexto, para perceber as
diferenças que existem do pré-escolar para o 1º ciclo. Este contexto é completamente
distinto e conseguiu também surpreender-nos pela positiva.
As crianças que nos calharam foram amorosas e receberam-nos muito bem e

com os braços abertos. Entendemos, também, que este contexto é feito de mais afeto
e amor, pois como os meninos são pequenos gostam muito e precisam de muita
atenção.
A educadora cooperante foi um grande exemplo neste nosso percurso. Ensinou-

nos bastantes coisas e podemos afirmar que se trata de uma grande profissional, pois
passa o conhecimento de uma forma exemplar e única. Para além disso, consegue
desenvolver muito bem o grupo de crianças e retirar de cada um o que melhor eles têm.
Em suma, Foi uma experiência única e muito enriquecedora, tanto a nível pessoal
como profissional, porque aprendemos realmente o quão é importante a profissão de
educador na vida das crianças. Conseguimos vivenciar vários aspetos que, de certo
modo, foram e são essenciais para a nossa caminhada enquanto futuras educadoras.
Recolhemos, para a nossa bagagem, competências e ferramentas uteis que irão ser
utilizadas futuramente, quando exercermos esta profissão.
73
Bibliografia
Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar (2016). Obtido de Direção-Geral da Educação:

https://www.dge.mec.pt/ocepe/sites/default/files/Orientacoes_Curriculares.pdf
(398) Pinterest. (n.d.). Retrieved January 8, 2021, from https://www.pinterest.pt
74

Portefólio Pré Escolar Andreia e Rosália

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Escola Superior de Educação – IPVC

LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO BÁSICA| 2020/2021

Docentes: Fátima Fernandes e Ana Aguiar

Enquadramento das Temáticas……………………………………………………………………………………5

Intervenção Educativa ..............................................................................................6 a 66

1º Intervenção (Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita)……………………….6

2º Intervenção (Área do Conhecimento do Mundo)………………………………………………...23

3º Intervenção (Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita)……………………….44

Reflexão sobre a experiência no contexto………………………………………………………….…..67

• Reflexão geral da Andreia…………………………………………………………………….……..67

Neste contexto, tivemos a oportunidade de estar seis semanas com a turma em

O tempo de duração para as sessões eram de 2h15 e a ordem pela qual se

As temáticas trabalhadas foram escolhidas pelas estagiárias. No domínio da

Começamos todas as nossas intervenções de forma apelativa e divertida para

Neste portefólio, para cada uma das implementações, apresentaremos

Relativamente às crianças, como o pré-escolar não é um ensino obrigatório, nós

As crianças mostraram ser muito faladoras e cansavam-se com demasiada

Enquadramento das temáticas

Na planificação, a coluna áreas/domínios/subdomínio e a dos

No que diz respeito ao Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à Escrita

Na Área do Conhecimento do Mundo utilizamos o domínio “Conhecimento do

No Domínio da Matemática usamos o seguinte domínio “Geometria e Medida”;

Domínio da Linguagem Oral e Abordagem

Música “A minha família”

Área de Ouvir os outros e

“É alto ou é baixo?” Apresenta para os

1º Intervenção-Reflexão Individual- Andreia Abreu

A primeira intervenção foi sobre Domínio da Linguagem Oral e Abordagem à

A maior dificuldade sentida foi o facto de em uma das atividades as crianças

As crianças eram um grupo muito empenhado e mostravam entusiamo em todas

Todos os objetivos que traçamos para esta implementação foram atingidos,

Se porventura, voltasse a implementar a alteração que faria era em vez de as

1º Intervenção-Reflexão Individual- Rosália Silva

Imprevistos ocorridos durante a implementação (alteração nas estratégias utilizadas,

Na generalidade, conseguimos implementar o que estava previsto na

Um outro imprevisto que aconteceu foi na última atividade que consistia em

Houve sempre a preocupação de que, de uma atividade para a outra, existisse

Envolvimento dos alunos (empenho; comentários relevantes):

O envolvimento dos alunos foi crescendo no decorrer do tempo. Como é normal,

Ao longo desta sessão, as crianças foram bastante participativas, respondiam

crianças. Algumas expunham o que estavam a pensar e conseguiam, sem grandes

Em geral, as crianças mostravam-se animadas e com vontade de fazer as

Principais ideias prévias evidenciadas pelos alunos:

Objetivos previstos vs. objetivos atingidos:

Na minha opinião, os objetivos previstos foram atingidos com sucesso. As

Penso que, eu e o meu par tivemos bastante bem na primeira intervenção.

sugerimos atividades e debatemos, previamente, quais são as mais adequadas para

Estagiárias a cantar a música “A minha família” e a fazer os gestos:

Atividade “Descobertas das famílias”- momento de interação:

Atividade “Casa de ideias”:

A casa de ideias feita pelas estagiárias:

Estagiárias a revelarem a casa de ideias às crianças:

Coração de cartolina com a palavra do que para as crianças significa “família”:

As crianças a seu coração aos colegas:

As crianças a colarem na casa de ideias com ajuda da EE:

Resultado final desta atividade:

Atividade “Emoldura a família”

Fotografia do agregado familiar para ajudar as crianças a desenhar:

Crianças a colarem o desenho na moldura:

Resultado final desta atividade:

História “Os quatro amiguinhos”

Atividade “Feliz ou triste”

-“Será que o animal está feliz ou triste?”; aos colegas;