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Correção da prova escrita de Português, 9.

º ano (Para)Textos

Correção da Prova Escrita de Português


9.º ano
Outubro de 2018

GRUPO I

Transcrição do texto ouvido:

A independência do Brasil

Aos poucos, o Rio de Janeiro ganha tamanho e força de grande capital. No dia
16 de dezembro de 1815, a cidade carioca é promovida a sede oficial da Coroa
Portuguesa.
Quando D. João eleva o Brasil a Reino Unido, nesse momento, foi criada a
independência. O que o filho faz, em 1822, já é consequência.
Com isso, o Brasil teve a graça de não se subdividir em inúmeras
republiquetas como aconteceu na América Espanhola. O Brasil permaneceu uno no
seu território continental, uno na religião, uno na cultura, uno na língua, uno na
mentalidade e isso se deve à obra de D. João VI.
Dez anos depois da chegada da família real estavam criadas as condições
para que a colónia deixasse a saia da metrópole. Mas, para os brasileiros, foi difícil
aceitar que a verdadeira independência começou no dia em que o rei, tonto e indeciso,
com medo de trovoadas e caranguejos, pôs o pé na praia de Guanabara.
O processo da independência do Brasil (né, Valdir?) já começa com a chegada
da Corte. Entendeu? Os livros já são assim. O processo de independência começa
com a chegada da Corte e todo o processo… A abertura dos portos, a volta de D.
João… Não é isso? Já não se coloca a independência só como grito “Independência
ou morte”. D. João já tem um lugarzinho na história da independência do Brasil, com
certeza!
Até há poucos meses, D. João era visto como um bobão, um bonachão, um
comedor de frangos, um homem que quase apanhava da esposa, D. Carlota, e um
fugitivo, um fugitivo. No entanto, depois dessa… das Comemorações, da organização
das Comemorações dos Duzentos Anos, e isso nós louvamos muito, D. João
começou a ser visto como aquilo que ele, de facto, era.
Ele era muito inteligente, sagaz, esperto, muito acessível ao povo, e também
benévolo e benfazejo e o povo percebeu isso. Por isso, ele foi um dos soberanos mais
queridos do Brasil.
A imagem de um D. João fraco, pouco preparado para reinar, tem um
responsável.
A imagem dele foi deturpada, como disse o meu primo D. Duarte, muito por
uma historiografia fruto da República, da propaganda republicana. Mas há um dito
francês que é “Chassez le naturel il reviendra au galop”, expulsar o natural, expulsar a
verdade e ela voltará galopando. E é o que está acontecendo hoje em dia.

in http://ensina.rtp.pt/artigo/a-independencia-do-brasil/ (consultado em 07-10-2018)

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Correção da prova escrita de Português, 9.º ano (Para)Textos

1. A.
2. D., E., F.
3. B., D., F.
4. C.

GRUPO II

TEXTO A

1. AEBDC
2.1. B.

3. “formação profissional e a assistência humanitária”, “cooperação ao nível


médico e sanitário” e “apoio a programas de combate às doenças sexualmente
transmissíveis (como a Sida)”.

4.1. expositivo.

TEXTO B
5. D.
6. B.
7. C.
8.1. Ruth Manus utiliza alguns argumentos para validar a sua opinião, nomeadamente,
a qualidade da cozinha portuguesa, a capacidade de os portugueses se relacionarem
com a terra, a sua ligação tanto à família como à história, a harmonia entre a “rigidez e
o afeto”, o respeito pelos valores democráticos e a lembrança da sua importância, o
afeto que as palavras do quotidiano comportam e, por fim, o sentido de modéstia dos
Lusos.
9. A.
9.1. A autora faz um elogio dos portugueses e das suas características como povo ao
longo do texto.
Para isso, utiliza vários argumentos para validar a sua opinião de que o mundo
“seria melhor se fosse um pouquinho mais parecido com Portugal”. Neste sentido,
mostra como o Brasil, do seu ponto de vista, foi afortunado por ter usufruído da
presença portuguesa no seu território.

PARTE C

10.1. O texto da autoria de Ruth Manus apresentado na Parte B é uma crónica.


De facto, “Coisas que o mundo inteiro devia aprender com Portugal” foi
publicado no jornal Observador, sendo, por isso, um texto de imprensa. A cronista dá a
sua opinião sobre um facto do quotidiano – o perfil e características dos portugueses
enquanto povo –, recorrendo a um discurso crítico, refletindo sobre aspetos culturais,
sociais e psicológicos.
Concluindo, a autora mostra-nos o seu ponto de vista, comentando
subjetivamente, com qualidade estética e literária, o tema acima referido.

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Correção da prova escrita de Português, 9.º ano (Para)Textos

GRUPO III

1. A., E., F.

2.

A. B. C. D. E. F. G. H.
7 9 1 2 4 8 10 11

3. D.
4. a. O mundo não o deveria deixar escoar.
b. Os portugueses têm-no.
5. C.
6.
A. B. C. D.
3 1 5 6

GRUPO IV

1.
O mundo atual está cada vez mais globalizado e, por isso, existe uma grande
movimentação de pessoas. Esta situação faz com que, na nossa convivência social,
nos deparemos com indivíduos de outras culturas, com os quais temos de interagir.
Assim, em diferentes contextos sociais, observamos pessoas que têm crenças
e línguas diferentes. Esta diversidade cultural é, no meu entender, uma riqueza, uma
vez que, ao contactarmos pessoas de outros países, aprendemos a respeitar os seus
hábitos e costumes. Esta multiculturalidade também nos poderá levar a conhecer a
história desses países, assim como, se o desejarmos, a sua língua.
Na verdade, esta abertura terá um impacto direto na maneira como nos
relacionamos em sociedade e como avaliamos o outro. A nossa visão do mundo
alterar-se-á, dado que iremos compreender muito melhor a realidade da outra pessoa,
as suas decisões ou mesmo os seus comportamentos. Esta tolerância é benéfica em
termos individuais, mas também sociais e até profissionais. É muito mais fácil trabalhar
com colegas de outras culturas, quando não as julgamos de forma intolerante.
Em suma, a nossa sociedade teria tudo a ganhar se as pessoas se
respeitassem, valorizando as diferenças individuais que fortalecem o coletivo, porque,
como publicitava o slogan, no fundo, somos “Todos diferentes, todos iguais”.

[207 palavras]

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