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PORTUGUESA –
AULA 1
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1. Desde o título, o leitor do texto tem elementos para antecipar que ele trata:
a) da importância da língua portuguesa como instrumento de afirmação da identidade.
b) da herança linguística deixada por diferentes povos na cidade de São Paulo.
c) de como a língua portuguesa, como qualquer outra língua, apresenta variedades.
d) do forte sotaque que caracteriza falantes de algumas regiões, como o do mineiro.
e) da diversidade de povos indígenas que habitavam o Brasil antes da colonização.
LÍNGUA PORTUGUESA – AULA 1 3
2. Os mais desavisados podem pensar que os mineiros, por exemplo, preferem abandonar
algumas palavras no meio do caminho”. Com o termo destacado, o autor quis indicar:
a) possibilidade.
b) previsibilidade.
c) permissão.
d) obrigatoriedade.
e) dúvida.
3. “No Brasil, hoje, o português é a língua oficial e também a língua materna da maioria dos
brasileiros.” Sobre esse trecho, analise as proposições a seguir.
1.Claramente, a afirmação que nele se faz está localizada espacialmente.
2.As expressões “língua oficial” e “língua materna” são dadas como sinônimas.
3.Ele autoriza o leitor a concluir que, no Brasil, nem todos os habitantes falam português.
4.Há marcas explícitas de localização temporal.
Estão corretas:
a) 2, 3 e 4, apenas.
b) 1, 2 e 4, apenas.
c) 1, 3 e 4, apenas.
d) 2 e 3, apenas.
e) 1, 2, 3 e 4.
d) didática.
e) literária.
TODO MUNDO QUER AJUDAR A REFRESCAR O PLANETA
Virou moda falar em aquecimento global. É preciso não esquecer que os recursos natu-
rais da Terra também estão em perigo.
O alerta dos cientistas sobre o aquecimento global e suas conseqüências, que há poucos
anos mobilizava apenas órgãos técnicos de governos e ambientalistas, hoje se tornou um tema
onipresente. O combate ao aumento do efeito estufa está na retórica dos políticos e nos planos
de negócios dos empresários. Virou ferramenta de marketing na publicidade e de autopromoção
entre celebridades. Em todo o mundo, a possibilidade de ocorrerem catástrofes cada vez mais
devastadoras por causa da elevação da temperatura no planeta é tema obrigatório nas rodas de
conversa. Essa superexposição do aquecimento global oferece um benefício e um risco. O benefício
é conscientizar as nações de que a escalada do efeito estufa é uma ameaça real que precisa ser
combatida. Embora não se saiba até que ponto a atividade humana é responsável por ela, já que
houve muitos outros aquecimentos globais antes mesmo que o homem inventasse a roda, o fato
é que uma Terra alguns graus mais quente será palco de cataclismos. O risco embutido na “moda”
do aquecimento global é desviar a atenção de outra ameaça ambiental igualmente grave e cujas
conseqüências se farão sentir mais cedo: o esgotamento dos recursos naturais do planeta. (…)
(SOUZA, Okky de. Todo mundo quer ajudar a refrescar o planeta. Revista Veja, Editora Abril, ed. 2003, ano 40, n. 14, p. 100, 11
abr. 2007)
7. Acerca da expressão destacada em cada um dos trechos abaixo, analise os itens e marque
o que contém a informação CORRETA.
I. “Todo mundo quer ajudar a refrescar o planeta” (Título do texto)
II. “Em todo o mundo, a possibilidade de ocorrerem catástrofes…” (linha 05)
Em I, a expressão equivale, semanticamente, a “no mundo inteiro” e, em II, a
“qualquer” (pessoa).
a) Em ambas as ocorrências, as expressões equivalem, semanticamente, a “qualquer”.
b) Em ambas as ocorrências, as expressões traduzem ideia de totalidade.
c) Em I, a expressão equivale, semanticamente, a “qualquer” (pessoa) e, em II, a “no
mundo inteiro”.
d) Em ambas as ocorrências, as expressões traduzem ideia de completude.
TEORIA: INTERPRETAÇÃO DE TEXTO 5
GABARITO
1. C
2. A
3. C
4. D
5. E
6. A
7. D
8. C
ͫ Coesão por substituição: São utilizadas palavras ou termos que retomam referências já
feitas. Há, porém, neste caso, uma nova definição da retomada, sem haver correspondên-
cia total a ela. Exemplo: Juliana pediu sorvete de creme, Guilherme pediu um de flocos.
TEORIA: SUBSTANTIVO
ͫ Conceito: designa os seres, nomeando-os. É uma classe de palavras variável, podendo,
portanto, ser flexionada.
ͫ Flexões:
» Gênero: masculino x feminino
» Número: singular x plural
» Grau: aumentativo x diminutivo
ͫ Função sintática: NÚCLEO!
Analise o período a seguir:
O aluno foi aprovado.
SUJEITO
Qual o sujeito dessa frase?
Para definir isso, faz-se a primeira pergunta para o verbo.
Quem foi aprovado? O aluno (sujeito).
Qual a função sintática do substantivo ALUNO? Núcleo.
Parabenizei o aluno.
OBJETO DIRETO
Quem parabenizei o aluno? Eu (sujeito desinencial).
O verbo PARABENIZAR é transitivo direto, isto é: exige complemento verbal despreposicionado
(objeto direto). Logo, nesse período, o elemento O ALUNO é objeto direto, pois completa o sentido
do verbo. Contudo o substantivo ALUNO é NÚCLEO do objeto direto.
ATENÇÃO!!
1º) Pode-se afirmar que o substantivo ALUNO exerce a mesma função sintática em ambas as
orações? SIM!
Em ambas as orações, ALUNO exerce a função de NÚCLEO.
2º) Pode-se afirmar que a expressão O ALUNO exerce a mesma função em ambas as orações?
NÃO!
A expressão O ALUNO exerce a função de sujeito na primeira oração e de objeto direto na
segunda oração.
ͫ Subclassificação do substantivo:
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ͫ Flexões do substantivo:
» Gênero: O gênero é uma classificação gramatical, não existindo correspondência
necessária entre gênero masculino e sexo masculino ou entre gênero feminino e
sexo feminino.
» – Biforme: Aluno, aluna, professor, professora, presidente, presidenta etc.
» – Uniforme: A/o dentista, a/o indígena, a/o presidente, a testemunha, a vítima, o
cônjuge etc.
No caso do substantivo uniforme, os três primeiros são considerados comuns de dois gêne-
ros, ao passo que os três últimos são sobrecomuns. Os substantivos que designam animais são os
epicenos, que possuem uma só forma para o feminino e para o masculino. A distinção de gênero
é marcada pelos adjetivos macho e fêmea.
TEORIA: SUBSTANTIVO 9
Exemplo: Cobra macho – cobra fêmea, jacaré macho – jacaré fêmea, onça macho – onça
fêmea etc.
Alguns substantivos diferenciam o masculino do feminino por meio de um radical distinto para
cada gênero. São chamados de heterônimo.
Exemplo: Boi – vaca, cavalheiro – amazona, cavalheiro – dama, compadre – comadre, homem
– mulher, pai – mãe, padrinho – madrinha, zangão – abelha etc.
» Número:
» – Singular
» – Plural
ͫ Formação do plural:
Plural dos substantivos simples:
» Substantivos terminados em vogal ou ditongo fazem o plural com o acréscimo de
um S.
» Exemplo: cama – camas, relógio – relógios.
» Substantivos terminados em ÃO tônico são pluralizados de três formas:
– ãos: chãos, cristãos, pagãos, órgãos, cidadãos.
– ões: falcão – falcões, espião – espiões, leão – leões.
– ães: cão – cães, pão – pães, escrivão – escrivães.
Alguns substantivos terminados em ão admitem mais de um plural.
Exemplo: vilão – vilãos – vilões – vilães, sultão – sultãos – sultões – sultães, corrimão – corri-
mãos – corrimões, refrão – refrões – refrães, anão – anãos – anões, ancião – anciões – anciães etc.
» Substantivos terminados em L:
Quando precedidos de A, E, O, U (al, el, ol, ul), acrescenta-se IS, retirando-se o L.
Exemplo: Canal – canais, metal – metais, pastel – pastéis, anel – anéis, anzol – anzóis, sol –
sóis etc.
Exceção: Mal – males, cônsul – cônsules, aval – avais ou avales, mel – méis ou meles, fel – féis
ou feles.
» Substantivos terminados em L, precedidos de I (il), apresentam duas regras:
Nas oxítonas, o acréscimo do S provoca a queda do I.
Exemplo: barril – barris, anil – anis, funil – funis, esmeril – esmeris etc.
Nas paroxítonas, o acréscimo do S transforma o IL em EIS.
Exemplo: fóssil – fósseis.
Observação: réptil e projétil podem também ser pronunciados como oxítonos, por isso admi-
tem duas formas de plural: répteis ou reptis, projéteis ou projetis.
» Substantivos terminados em M fazem o plural com o acréscimo de S, havendo uma
alteração gráfica de M para N.
» Exemplo: Jovem – jovens, homem – homens, álbum – álbuns, item – itens etc.
» Exceção: O substantivo totem admite dois plurais, que são totens ou tótemes.
» Substantivos terminados em N fazem o plural com o acréscimo de S.
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TEORIA: ADJETIVO
ͫ Conceito: Modifica um substantivo, atribuindo a ele uma característica ou uma qualidade.
Restringe a significação do substantivo.
ͫ Analise os períodos a seguir:
O amor engrandece. (Sujeito: O amor)
O amor materno engrandece. (Sujeito: O amor materno)
Essas duas orações são semanticamente distintas, pois em “amor materno” o adjetivo não
somente caracteriza o substantivo AMOR, mas restringe a sua significação.
O adjetivo é um elemento de extrema importância textual, pois ele faz muito mais do que
qualificar ou caracterizar o substantivo. Muitas vezes é ele quem define a significação do substantivo.
O adjetivo pode ser classificado como:
» Restritivo: Quando particulariza um subconjunto dentro de um conjunto de seres.
Exemplo: Fogo azul.
» Explicativo: Quando não particulariza um subconjunto dentro de um conjunto. Exem-
plo: fogo quente.
» Pátrio: Designa nacionalidade, procedência, origem da pessoa ou coisa representada
pelo substantivo a que se refere.
» Exemplo: Povo português, clima belo-horizontino, música brasileira, comida mineira
etc.
ͫ Flexões:
» Gênero: feminino x masculino
» Número: singular x plural
» Grau: comparativo x superlativo
ͫ Locução adjetiva: É o desdobramento do adjetivo, é uma expressão preposicionada que
cumpre o papel do adjetivo.
O amor de mãe engrandece. (Locução adjetiva: de mãe)
TEORIA: ADJETIVO 13
É possível afirmar que para toda locução adjetiva há um adjetivo correspondente? NÃO!
Exemplo: De mãe – materno; de pai – paterno; de irmão – fraterno; da chuva – pluvial; do
rio – fluvial; do Atlético – atleticano; da Polícia Federal –?
O amor de mãe e o de pai são incondicionais. (Locuções adjetivas: de mãe e de pai)
Os alunos da Polícia Federal estão se preparando com antecedência. (Locução adjetiva: da
Polícia Federal)
Percebe-se que na primeira oração, as locuções de mãe e de pai apresentam adjetivos cor-
respondentes, ao passo que, na segunda, a locução da Polícia Federal não apresenta adjetivo
correspondente.
ͫ Funções sintáticas:
» Adjunto adnominal – O aluno nervoso fez a prova. (Quem fez a prova? O aluno
nervoso)
» Predicativo do sujeito – O aluno fez a prova nervoso. (Quem fez a prova? O aluno)
» Predicativo do objeto – Achei o aluno nervoso. (Quem achei o aluno nervoso? Eu)
ATENÇÃO!!
Quando o adjetivo está “junto + junto + junto do substantivo”, ele tende a exercer a função
de adjunto adnominal. Estando longe do substantivo ao qual se refere, será predicativo do sujeito
(exemplos 1 e 2).
O predicativo do objeto é um adjetivo que se refere ao objeto modificando a estrutura, isso
por se tratar de termo integrante. Para perceber essa modificação, reescreve-se a oração sem o
adjetivo. Exemplo:
Achei o aluno nervoso. X Achei o aluno.
(Considerei o aluno nervoso) X (Encontrei o aluno)
Percebe-se que o elemento definidor da interpretação de ambas as estruturas é o adjetivo,
logo, nessa situação, ele exerce a função de predicativo do objeto. Exemplo:
Comprei uma gramática nova. X Comprei uma gramática.
Em ambas as estruturas, a interpretação do verbo COMPRAR se mantém a mesma, isto é,
“troca mediante preço”. Não se evidencia, nesse exemplo, a mudança semântica que se percebeu
no exemplo anterior, dessa forma o adjetivo exerce a função de adjunto adnominal.
ͫ Flexões do adjetivo:
» Gênero:
» Biforme: Nervoso, nervosa, belo, bela etc.
» Uniforme: Gentil, inteligente, útil, grande etc.
» Número: Singular x plural
Plural de adjetivos compostos:
Comprei duas blusas verde-claras.
Comprei duas blusas verde-musgo.
No adjetivo composto, o primeiro elemento é invariável. O segundo elemento só variará se
for um adjetivo; sendo um substantivo, mantém-se invariável. Dessa forma:
ADJETIVO + ADJETIVO
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invariável variável
ADJETIVO + SUBSTANTIVO
invariável invariável
Outros exemplos:
contextos histórico-culturais
medidas político-administrativas
teorias socrático-platônicas
Observação: São invariáveis os adjetivos compostos azul-marinho (blusas azul-marinho), furta-
-cor (tecidos furta-cor) e ultravioleta (raios ultravioleta). O adjetivo composto surdo-mudo apresenta
os dois elementos variáveis (crianças surdas-mudas, bebês surdos-mudos).
ATENÇÃO!! Não confunda as terminologias: ADJETIVO, LOCUÇÃO ADJETIVA e ADJETIVO
COMPOSTO!!!
Adjetivo é a classe; locução adjetiva é o desdobramento da classe, isto é: é a expressão que
cumpre o papel da classe e o adjetivo composto é aquele formado por duas ou mais palavras.
» Grau:
» Comparativo: Comparam-se dois substantivos ou dois adjetivos.
O professor é mais didático (do) que a professora. (Comparação entre 2 substantivos)
O professor é mais didático (do) que experiente. (Comparação entre 2 adjetivos)
De superioridade: O Pálio é mais econômico do que o Gol.
Comparativo De igualdade: O Pálio é tão econômico quanto o Gol.
De inferioridade: O Pálio é menos econômico do que o Gol.
ATENÇÃO!!
A casa é menor do que o apartamento. (menor = mais pequeno)
Superioridade ou Inferioridade? SUPERIORIDADE.
A casa é mais grande do que arejada. (Comparação entre 2 adjetivos)
Está correto? SIM.
A casa é mais grande do que o apartamento. (Comparação entre 2 substantivos)
Está correto? NÃO. Com correção, tem-se:
A casa é maior do que o apartamento.
Henrique é mais bom do que esperto. (Comparam-se os adjetivos bom e esperto, logo usa-se
a forma analítica.)
Henrique é melhor do que André. (Comparam-se os substantivos Henrique e André, logo
usa-se a forma sintética.)
Observação: O adjetivo pequeno admite a forma analítica em qualquer situação de comparação.
Exemplo: O coelho é mais pequeno do que um gato.
» Superlativo: É a qualidade intensificada. Subdivide-se em:
» Superlativo absoluto: Quando a qualidade é intensificada de forma isolada, sem
haver comparação explícita com outros seres.
» Exemplo:
TEORIA: ADVÉRBIO 15
TEORIA: ADVÉRBIO
ͫ Conceito: Modifica um verbo, um advérbio, um adjetivo ou uma oração, exprimindo uma
circunstância.
Verbo: Ele dirige mal. (Advérbio de modo.)
Advérbio Advérbio: Ele dirige mal demais. (Advérbio de modo, advérbio de intensidade.)
Adjetivo: Ele é muito imprudente. (Advérbio de intensidade.)
ͫ Flexões: Não varia em gênero nem em número, permanecendo no masculino-singular.
MASCULINO SINGULAR
MACHO SOLTEIRÃO
Analise o período abaixo:
Aquela cerveja desce redonda.
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Percebe-se que essa oração apresenta erro gramatical, pois o advérbio é “macho –solteirão”,
o que significa dizer que é uma palavra que não pode ser flexionada no feminino nem no plural.
Logo, com correção gramatical, a oração deve ser reescrita como:
Aquela cerveja desce redondo. (Redondo: advérbio de modo.)
ͫ Locução Adverbial: É uma expressão que cumpre o papel do advérbio, exprimindo
circunstância.
ATENÇÃO! A locução adverbial, da mesma forma que a locução adjetiva, é um desdobramento
da classe, isto é, é uma expressão que cumpre o papel da classe.
Estamos em Belo Horizonte. (Locução adverbial de lugar.)
Fez calor de manhã. (Locução adverbial de tempo.)
O detendo saiu da prisão com o agente penitenciário. (Loc.adv.de lugar/loc.adv.companhia.)
A noiva cortou o bolo com a faca. (Locução adverbial de instrumento.)
ͫ Circunstâncias:
» Tempo: hoje, amanhã, agora, nunca, jamais etc.
» Modo: lentamente, mal, bem etc.
» Lugar: aqui, lá, acolá etc.
» Intensidade: mais, menos, muito, demais etc.
» Dúvida: talvez, provavelmente, acaso, porventura etc.
» Afirmação: certamente, mesmo etc.
» Negação: não etc.
ATENÇÃO! São inúmeras circunstâncias e há variação quanto ao número delas de autor para
autor. Logo esse rol é meramente exemplificativo.
ͫ Função sintática: adjunto adverbial.
ATENÇÃO! Tanto o advérbio quanto a locução adverbial exercem a função sintática de adjunto
adverbial!
FORMAÇÃO DE ADVÉRBIO TERMINADO COM O SUFIXO -mente:
Infelizmente, o professor não virá. (infeliz + mente)
O cidadão vai livre e espontaneamente às urnas. (livre + mente; espontâneo + mente)
O aluno chegou calma e lentamente à sala de aula. (calmo + mente; lento + mente)
Na enumeração de dois ou mais advérbios terminados em -MENTE, usa-se deixar o sufixo
expresso somente no último advérbio!!
Analise os períodos abaixo:
O aluno chegou silenciosamente.
O aluno chegou em silêncio.
O aluno chegou sem fazer barulho.
ATENÇÃO!
Uma palavra (advérbio), uma expressão (locução adverbial) ou uma oração (oração subordinada
adverbial) podem exprimir circunstância.
TEORIA: PROCESSO DE FORMAÇÃO DE PALAVRAS 17
TEORIA: PRONOME
ͫ Conceito: É a classe que, sem significado próprio ou fixo, acompanha ou substitui o sub-
stantivo, representando uma das pessoas do discurso.
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, responde pela prática de vários
crimes. Ele alegou, em sua defesa, que não cometeu nenhum crime e que não tem outras fontes
de renda que não sejam declaradas.
Quantos são os pronomes desse trecho? 6
Quantos acompanham o substantivo? 4 (elementos com setas)
Quantos substituem o substantivo? 2 (elementos sublinhados)
» Pronome adjetivo: Acompanha o substantivo. → adjunto adnominal
» Pronome substantivo: Substitui o substantivo. → núcleo
ͫ Flexões:
» Gênero: masculino x feminino.
» Número: singular x plural.
» Pessoa: 1ª, 2ª, 3ª.
ͫ ANÁLISE DO DISCURSO (Ato da fala):
» Emissor: quem fala → 1ª pessoa.
» Interlocutor/receptor: com quem se fala → 2ª pessoa.
» Mensagem/assunto: de quem se fala ou do que se fala → 3ª pessoa.
Categorias pronominais:
– pronome pessoal
– pronome de tratamento
– pronome possessivo
– pronome relativo
– pronome indefinido
– pronome demonstrativo
– pronome interrogativo
PRONOME PESSOAL
ͫ Pronome pessoal: Acompanha ou substitui o substantivo, representando uma das pes-
soas do discurso.
PRONOME PESSOAL 19
PRONOMES PESSOAIS
RETOS OBLÍQUOS
ÀTONOS TÔNICOS
1ª EU ME MIM/COMIGO
2ª TU TE TI/CONTIGO
3ª ELE/ELA SE/O/A/LHE SI/CONSIGO/ELE/ELA
1ª NÓS NOS NÓS/CONOSCO
2ª VÓS VOS VÓS/CONVOSCO
SI/CONSIGO/ELES/
3ª ELES/ELAS SE/OS/AS/LHES
ELAS
Os pronomes átonos
não são antecedidos
de preposição. Se São sempre comple-
Os pronomes retos exercem a função de sujei-
exercerem função de mentos e antecedidos
to e são sempre despreposicionados.
O.I. ou C.N., a prep- de preposição.
osição permanece
implícita.
» Regras de substituição (funções sintáticas exercidas pelos pronomes átonos):
O/A→ substituem o objeto direto (VTD).
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Exemplo:
Deixaram o recado com nós mesmos. = Deixaram o recado conosco.
Deixaram o recado com nós. (Errado)
PRONOME DE TRATAMENTO
ͫ Conceito: Usado para indicar o interlocutor, mas exige o verbo e demais pronomes na 3ª
pessoa. O pronome de tratamento apresenta comportamento gramatical de 3ª pessoa.
ͫ Esses pronomes devem vir precedidos de vossa quando se fala diretamente com a pessoa
representada pelo pronome e por sua quando se fala dessa pessoa.
ͫ Exemplo:
Vossa Excelência e seus assessores irão a Belo Horizonte.
Sua Excelência e seus assessores irão a Belo Horizonte.
PRONOME POSSESSIVO
ͫ Conceito: associa a ideia de posse às pessoas do discurso. Concorda em gênero e
número com a coisa possuída e em pessoa com o possuidor.
PRONOME RELATIVO
ͫ Conceito: Substitui ou retoma o termo antecedente, unindo duas orações em um único
período.
ͫ Exemplo: que, qual, quem, onde, cujo, quanto.
ͫ Todo pronome relativo inicia oração subordinada adjetiva. Analise os exemplos:
Encontrei o aluno. O aluno foi aprovado.
Encontrei o aluno que foi aprovado.
O pronome relativo QUE retoma o substantivo aluno, unindo as duas orações em um único
período.
O homem provou que supera limites.
Esse QUE é pronome relativo? NÃO!!
Trata-se de conjunção integrante!
Muito cuidado, pois se faz muito esse tipo de abordagem em prova, isto é: afirma-se que o QUE
seja pronome relativo, mas, na verdade, apresenta na oração em que se insere outra classificação.
Esse “fenômeno” é a derivação imprópria, ou seja, a troca de classes.
retoma pessoa, coisa ou lugar.
QUE pode ser substituído por: o qual, a qual, os quais, as quais.
pode surtir ambiguidade textual.
O candidato/que persiste/passa.
(O pronome relativo QUE retoma candidato, que é pessoa, e pode ser substituído por: O QUAL)
A prova/que alguns alunos farão/será realizada em breve.
(O pronome relativo QUE retoma prova, que é coisa, e pode ser substituído por: A QUAL)
A cidade/em que moro/é populosa.
(O pronome relativo QUE retoma cidade, que é lugar, e pode ser substituído por: NA QUAL –
em + a qual)
A equipe/de que faço parte/é muito qualificada.
(O pronome relativo QUE retoma equipe, que é “pessoa”, e pode ser substituído por: DA
QUAL – de + a qual)
ATENÇÃO!! Todo e qualquer pronome relativo inicia a chamada oração subordinada adjetiva,
que é cobrada em todas as provas de concurso. Logo, no período em que há pronome relativo, há
duas orações: ORAÇÃO PRINCIPAL + ORAÇÃO SUBORDINADA ADJETIVA.
A oração adjetiva pode vir intercalada na oração principal ou finalizando o período após a
oração principal. Essa análise é muito simples, bastando identificar o pronome relativo para marcar
o início da oração adjetiva e pela coerência (ou nexo) percebe-se o fim dessa oração. Para destacar
isso nos exemplos abaixo, separaram-se as orações com barras.
Exemplo:
A cidade/que é a capital de Minas Gerais/é Belo Horizonte.
A capital de Minas Gerais é Belo Horizonte/que é uma cidade muito agradável.
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PRONOME INDEFINIDO
ͫ Conceito: Refere-se de maneira vaga, imprecisa a elementos de terceira pessoa.
ͫ Exemplo: algo, algum(a), bastante, cada, certo(a), demais, mais, menos, muito(a), nada,
ninguém, nenhum(a), qualquer (quaisquer), quem, outro(a), outrem, tudo, todo(a), vári-
o(a), vários(as) etc.
Muitos alunos fizeram a prova. Vários foram aprovados.
Percebe-se que não se define quantos alunos fizeram a prova nem quais passaram, isso porque
o pronome indefinido traz uma informação inexata, imprecisa.
O pronome indefinido pode ser cobrado em vários tipos de questões. Uma delas é a que
envolve a derivação imprópria. A seguir alguns exemplos:
Pron. ind.: Os peritos encontraram alguma pista. (positivo)
ALGUM(A)
Adj.: Os peritos encontraram pista alguma. (negativo)
Pron. ind.: Os brasileiros pagam bastantes tributos. (bastante = muito)
BASTANTE Adj.: Juliana comeu doces bastantes na festa. (bastante = suficiente)
Adv.: O aluno estudou bastante para a prova. (advérbio de intensidade)
Pron. ind.: Toda criança tem direito à educação básica. (toda = qualquer)
TODO Adj.: O professor conhece a legislação tributária toda. (toda = inteira)
Adv.: O gato da professora está todo sujo. (advérbio de intensidade)
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Observações:
» cada X cada um:
O pronome indefinido CADA não deve ser usado desacompanhado de substantivo ou numeral.
Exemplo:
Os livros custaram setenta reais cada. (Errado)
Os livros custaram setenta reais cada um. (Correto)
» tudo o que X tudo que:
As duas formas estão corretas.
Exemplo:
Diz tudo o que pensa.
Diz tudo que pensa.
PRONOME DEMONSTRATIVO
ͫ Conceito: Demonstra, aponta a posição de um ente, tomando, espaço, tempo e contexto
como referência.
ͫ Exemplo: este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo, o, a, os, as etc.
NOÇÃO ESPACIAL
» Este, esta, isto: apontam algo próximo do emissor.
» Esse, essa, isso: apontam algo próximo do interlocutor (ou receptor).
» Aquele, aquela, aquilo: apontam algo distante de ambos.
Exemplo:
Henrique, esta blusa é minha!
COM QUEM A BLUSA ESTÁ?
a) Com Henrique.
b) Com o interlocutor.
c) Com o emissor.
d) Com nenhum deles.
Resposta: C.
NOÇÃO TEMPORAL
» Este, esta, isto: situam um fato no presente:
Nesta semana, tem feito frio em BH.
» Esse, essa, isso: situam um fato no passado ou futuro próximos:
Nesse fim de semana, o Atlético jogará pelo Campeonato Brasileiro.
» Aquele, aquela, aquilo: referem-se a um fato em um tempo remoto:
Aquele ano de 54 saiu do Catete e entrou para a história.
PRONOME DEMONSTRATIVO 29
NOÇÃO CONTEXTUAL
» Este, esta, isto: apresentam uma informação não dada, não mencionada. Tal recurso
é um desdobramento da coesão referencial, sendo denominado CATÁFORA.
» Exemplo:
Esta oração contém erro gramatical: Enviarei-lhes os exercícios.
» Esse, essa, isso: retomam uma informação dada ou prestada. Tal recurso é também
um desdobramento da coesão referencial, sendo denominado ANÁFORA.
» Exemplo:
» Enviarei-lhes os exercícios. Essa oração contém erro gramatical.
ͫ Outros demonstrativos: o, a, os, as
» O = aquele, aquilo, isso.
O que persiste passa. (Aquele que persiste passa.)
O que disse causou polêmica. Sugiro não fazê-lo mais. (Aquilo que disse causou polêmica.
Sugiro não fazer isso mais.)
» A = aquela.
A questão a que me referi não foi a que anularam. (A questão a que me referi não foi aquela
que anularam.)
» OS = aqueles.
Os que persistem passam. (Aqueles que persistem passam.)
» AS = aquelas.
As que farão prova de aptidão física devem treinar barra e abdominal. (Aquelas que farão
prova de aptidão física devem treinar barra e abdominal.)
ͫ O uso do demonstrativo na retomada de elementos enumerados
Paris e Miami são cidades turísticas. Esta é a cidade das compras e aquela das luzes.
Júlio e Ricardo são meus irmãos. Este é o mais novo e aquele o mais velho.
Nesse tipo de estrutura, em que elementos enumerados são retomados, usam-se ESTE/ESTA
para retomar o elemento citado por último (ou mais próximo), ao passo que AQUELE/AQUELA são
usados para retomar o primeiro elemento citado (ou mais distante). Essas estruturas, que retomam
os elementos enumerados, são denominadas APOSTO DISTRIBUTIVO.
Observações:
» Mesmo e próprio:
Mesmo e próprio são pronomes demonstrativos quando designam um termo idêntico a outro
que já ocorreu anteriormente no discurso. São também usados como reforço dos pronomes pessoais.
Exemplo:
As condições contratuais não se alteram: são sempre as mesmas.
Eu mesma redigi o contrato.
ATENÇÃO!! Não se empregam MESMO/MESMA com o valor de pronome pessoal. Nesse caso,
usam-se os pronomes pessoais ELE/ELA.
Exemplo:
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Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo está parado neste andar. (Errado)
Antes de entrar no elevador, verifique se ele está parado neste andar. (Correto)
A professora está doente. A mesma não virá. (Errado)
A professora está doente. Ela não virá. (Correto)
» Tal e semelhante:
Como pronomes demonstrativos, TAL e SEMELHANTE retomam elementos de forma análoga
aos demonstrativos ESSE, ESSA, AQUELE, AQUELA.
Exemplo:
Algumas ruas de Belo Horizonte ficaram alagadas por causa da chuva. Tal situação se repete
anualmente.
PRONOME INTERROGATIVO
ͫ Conceito: É usado para formular frases interrogativas diretas (?) ou indiretas (.). A frase
interrogativa direta é sinalizada com ponto de interrogação e a indireta com ponto final.
ͫ Exemplo: Que, quem, qual e quanto.
Quem veio à última aula de gramática? (Pergunta direta.)
Gostaria de saber quem veio à última aula de gramática. (Pergunta indireta.)
ADVÉRBIO INTERROGATIVO
ͫ Conceito: Da mesma forma que o pronome interrogativo, o advérbio interrogativo é usado
para formular frases interrogativas diretas ou indiretas. Contudo, diferentemente daquele,
este, no ato da pergunta, exprime uma circunstância (modo, tempo, lugar ou causa).
ͫ Exemplo: Onde, aonde, como, quando, por que, por quê etc.
Onde você mora? (Lugar)
Gostaria de saber aonde você vai. (Lugar)
Como e quando você chegará a Belo Horizonte? (Modo e tempo)
Por que não vem a Belo Horizonte com mais frequência? (Causa)
Ricardo disse que não quer mais trabalhar, fato que me preocupou.
» Vocativo: É um chamamento, uma marca de interlocução, vem separado por sinais
de pontuação, normalmente a vírgula.
» Exemplo:
Caras brasileiras e brasileiros, o objetivo do meu governo é o crescimento econômico.
Renata! Eu te amo!
Observação: O vocativo é um termo à parte, não integrando o sujeito nem o predicado. Razão
pela qual apresenta mobilidade, podendo ficar no início, no meio ou no fim da frase.
11º) Concordância com o pronome relativo QUE: Se o pronome relativo QUE exercer a função de
sujeito da oração subordinada adjetiva, o verbo dela concorda com o termo retomado pelo relativo.
O candidato/que persiste/passa. (pronome relativo QUE = sujeito)
Os candidatos/que persistem/passam.
ATENÇÃO! A regra de concordância do décimo primeiro caso é bem intuitiva, não havendo muita
dificuldade na escolha pelo singular ou plural do verbo da oração subordinada adjetiva. Contudo,
em provas de concurso, o desdobramento dela, que é análise sintática da oração adjetiva, tende a
ser mais difícil, pois envolve conhecimentos de período composto. É preciso levar em consideração
que nesse caso há duas orações e que se faz a análise sintática delas individualmente. Primeiro,
faz-se a análise sintática da oração principal, para em seguida fazer a análise sintática da oração
subordinada adjetiva (oração iniciada pelo pronome relativo), a fim de identificar a função sintática
do pronome relativo nela.
Exemplo:
O candidato/que persiste/passa.
Oração principal: Quem passa? O candidato.
Oração sub. adjetiva: Quem persiste? Que.
→ Desdobramento do décimo primeiro caso de concordância: funções sintáticas do pronome
relativo QUE:
A gramática/que comprei/é muito acadêmica. (QUE – O.D.)
A gramática/a que o professor se referiu/é muito acadêmica. (QUE – O.I.)
A avenida/em que estamos/é movimentada. (QUE – adjunto adverbial)
O aluno/que faz muitos exercícios/se prepara corretamente. (QUE – sujeito)
12º) Concordância com o pronome relativo QUEM: Se o pronome relativo QUEM exercer a
função de sujeito da oração subordinada adjetiva, o verbo dela poderá concordar com o termo
retomado pelo pronome relativo ou se manter na 3ª p singular, concordando com o próprio QUEM.
Exemplo:
Foram as crianças/quem quebraram o vidro.
Foram as crianças/quem quebrou o vidro.
Fomos nós/quem chamamos a polícia.
Fomos nós/quem chamou a polícia.
13º) Concordância com as expressões UM DOS QUE/UMA DAS QUE: Quando o sujeito de um
verbo da oração subordinada adjetiva for o pronome relativo QUE, nas expressões UM DOS QUE
ou UMA DAS QUE, o verbo vai predominantemente para o plural, mas admite-se a concordância
no singular.
Exemplo:
Ela foi uma das/que mais falaram no debate.
Ela foi uma das/que mais falou no debate.
14º) Concordância com as expressões UM E OUTRO e NEM UM NEM OUTRO: O verbo pode
concordar no singular ou no plural.
Exemplo:
Nem um nem outro concordou com a proposta.
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1.b) Um adjetivo posposto a dois ou mais substantivos: São admitidas as concordâncias atrativa
e lógica. A lógica dá preferência às flexões de masculino/plural.
Comprei dicionário e gramática nova.
Comprei dicionário e gramática novos. (Deu-se a preferência ao masculino/plural.)
Pago água, aluguel e luz cara.
Pago água, aluguel e luz caros. (Deu-se a preferência ao masculino/plural.)
Pago água e luz cara.
Pago água e luz caras. (Não se deu a preferência ao masculino/plural, pois não há substantivo
masculino que justifique essa primazia.)
2º) Dois ou mais adjetivos concordando com um substantivo:
Ela fala as línguas alemã e inglesa.
Ela fala a língua alemã e a inglesa. (O substantivo LÍNGUA está subentendido.)
Elis leciona os direitos administrativo e eleitoral.
Elis leciona o direito administrativo e o eleitoral. (O substantivo DIREITO está subentendido.)
3º) Concordância do predicativo do sujeito em estruturas que apresentam → SUJEITO + V.L.+
PREDICATIVO DO SUJEITO: Se o núcleo do sujeito vier antecedido de determinante, o predicativo
do sujeito concorda com ele, na ausência do artigo, o predicativo se mantém invariável.
Exemplo:
A entrada de crianças é proibida. (Núcleo ENTRADA precedido de artigo.)
Entrada de crianças é proibido. (Núcleo ENTRADA não precedido de artigo.)
Esta fruta de época é barata. (Núcleo FRUTA precedido de pronome.)
Fruta de época é barato. (Núcleo FRUTA não precedido de pronome.)
4º) Concordância dos termos ANEXO e OBRIGADO: Concordam com o substantivo ao qual se
referem.
Exemplo:
Seguem anexas as cotações de materiais esportivos.
Segue anexo o cronograma do semestre.
Muito obrigada, disse a mulher.
Muito obrigado, disse o homem.
Observação nº 1:
A expressão EM ANEXO permanece invariável.
Exemplo: Seguem, em anexo, as cotações de materiais esportivos./Segue, em anexo, o cro-
nograma do semestre.
Observação nº 2:
As palavras INCLUSO, APENSO, QUITE, MESMO, PRÓPRIO e LESO concordam com o substantivo
ao qual se referem.
Exemplo:
Crime de lesa pátria.
Eu estou quite com meus credores.
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TEORIA: REGÊNCIA
ͫ Conceito: É o mecanismo que regula as ligações entre um verbo ou nome e seus com-
plementos. É a parte da gramática que estuda a subordinação de um termo da oração a
outro, estabelecendo diferentes relações. Essa subordinação e as várias relações que se
estabelecem entre um termo regente (ou subordinante) e um termo regido (ou subordi-
nado) são indicadas pelas preposições.
» PREPOSIÇÃO: Classe de palavras invariável, que é um elemento de ligação.
» Regência nominal: Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou
advérbio).
» Exemplo:
Amor a Belo Horizonte
Fanático por Belo Horizonte
Natural de Belo Horizonte
Contente com Belo Horizonte
Essencial para Belo Horizonte
Perto de Belo Horizonte
» Regência verbal: Quando o termo regente é um verbo.
Chegamos a Belo Horizonte.
Moramos em Belo Horizonte.
Gostamos de Belo Horizonte.
Simpatizamos com Belo Horizonte.
Os verbos e as transitividades:
VTD: Não exige preposição.
VTI: Exige preposição.
VL: Não exige preposição.
VI: Alguns exigem preposição*
TEORIA: REGÊNCIA 41
ATENÇÃO! O verbo intransitivo apresenta caráter residual, o que quer dizer que um verbo só
será VI se não for VTD, VTI ou VL. Esse conceito vai de encontro ao que se costuma dizer, que o VI
tem “sentido ou significado completo”, pois nem sempre isso ocorre.
Exemplo:
Moro em Belo Horizonte.
O verbo MORAR é VI, embora não tenha sentido completo. Sem o ADJUNTO ADVERBIAL (em
Belo Horizonte), a oração fica incompleta, levando o interlocutor a rejeitá-la.
A razão de esse verbo ser intransitivo é seu caráter residual, pois um verbo só é VTD se hou-
ver O.D.; VTI se houver O.I.; VL se houver Predicativo do Sujeito. Nessa oração, só há um termo
circunstancial, o que tornou o verbo intransitivo.
Exemplo:
Você agiu bem.
Nessa oração, o verbo AGIR é intransitivo (VI), em que pese não tenha o sentido completo. O
termo bem é um adjunto adverbial de modo. Logo mais uma situação em que o verbo não é VTD,
pois não há O.D.; não é VTI, pois não há O.I. e não é de ligação, pois não há termo qualificador
(predicativo do sujeito).
O domínio correto da regência verbal ou nominal decorre do uso. Cada falante conhece a
regência dos verbos e dos nomes que faz parte do seu repertório. Porém, como todos os domínios
da gramática tradicional, pode ser que haja inadequação em relação ao uso correto, prescrito pela
norma culta. Muitos falantes desconhecem certas regências por elas não ocorrerem no uso popular.
ͫ Alguns casos de regência verbal:
» respeitar/desrespeitar: VTD
O candidato desrespeitou o regulamento do edital.
» obedecer/desobedecer: VTI (a).
O candidato desobedeceu ao regulamento do edital.
» preferir/preterir: VTD ou VTDI (a).
Prefiro água a vinho.
» pagar/perdoar/agradecer: VTD, VTI(a), VTDI(a).
O devedor pagou a dívida.
O devedor pagou ao credor.
O devedor pagou a dívida ao credor.
Observação: No uso desses verbos, o O.D. refere-se a coisa e o O.I. refere-se a pessoa.
» informar/avisar/certificar/cientificar/notificar: VTDI (a) ou VTDI (de/sobre)
Informei o ocorrido ao general.
Informei o general do ocorrido.
Informei o general sobre o ocorrido.
Observação: o verbo comunicar é VTDI(a).
Exemplo: Comuniquei o ocorrido ao general.
» existir/acontecer/ocorrer: VI
Existem divergências teóricas entre os autores.
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ͫ Outros casos de regência verbal → verbos que alteram o significado conforme alteram
a regência:
» assistir:
→ “ver” – VTI(a)
Não assisti ao último capítulo da novela.
→ “caber/competir” – VTI(a)
Assiste ao Ministério Público a denúncia na ação penal incondicionada.
→ “morar” – VI(em)
Os deputados federais assistem em Brasília.
→ “ajudar/prestar assistência” – VTD
Os policiais rodoviários assistiram as vítimas do acidente.
» aspirar:
→ “almejar/objetivar” – VTI(a)
O candidato aspira a uma carreira estável.
→ “inalar, sorver” – VTD
As vítimas aspiraram a fumaça do incêndio.
» visar:
→ “ter em vista/objetivar” – VTI(a)
O candidato visa a uma carreira estável.
→ “mirar” – VTD
O atirador visou o alvo errado.
→ “assinar/passar visto” – VTD
A gerente visou a autorização do crédito.
Observação: Os verbos assistir no sentido de ver, aspirar no sentido almejar e visar no sentido
de ter em vista, apesar de transitivos indiretos, não admitem o pronome oblíquo átono LHE sendo
o objeto indireto. Nesse caso, usam-se as formas tônicas A ELE, A ELA, A ELES, A ELAS , exercendo
a função de O.I.
» implicar:
→ “acarretar/resultar” – VTD
A briga dos torcedores implicou a prisão de todos.
→ “ter implicância” – VTI(com)
Eles implicam com o nosso jeito de falar.
→ “envolver” – VTDI(em)
Implicaram o parlamentar na delação premiada.
» proceder:
→ “realizar/dar início” – VTI(a)
O delegado procedeu ao inquérito.
→ “ agir” – VI
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ATENÇÃO! Alguns verbos, por força da fala cotidiana e popular, têm sido usados de forma incorreta.
A exemplo disso há o verbo namorar, que tem sido usado como VTI – com (namorar com), mas que
é, segundo o uso formal, VTD. Dessa forma, seguem alguns verbos e as respectivas transitividades: