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O governo federal descartou o recolhimento do livro didático Por uma Vida Melhor das 4.236
escolas públicas de educação para jovens e adultos que o receberam este ano. A medida é uma
resposta ao mal-entendido ocorrido no mês passado, que fez da obra o pivô de um debate sobre o
ensino das variedades do idioma adequadas a cada situação comunicativa.
- Evidentemente que não [será recolhido]. Já foi esclarecido que as pessoas que acusaram
esse livro não o tinham lido - afirma à Revista Língua o ministro da Educação Fernando Haddad.
O alarde foi provocado por uma reportagem de um portal da internet, no começo de maio,
que ganhou repercussão "viral" e atingiu até o Jornal Nacional, da rede Globo. A tônica em todos
os meios foi uma só: o Programa Nacional do Livro Didático, do MEC, teria distribuído a cerca de
485 mil estudantes uma publicação que faz a defesa da variante popular, e incorreta, do idioma. A
polêmica com o livro da coleção "Viver, aprender", organizado pela ONG Ação Educativa e
publicado pela editora Global, destacou trechos de uma única página:
"Posso falar 'os livro'? Claro que pode, mas dependendo da situação, a pessoa pode ser
vítima de preconceito linguístico".
Foi o bastante para uma saraivada de ataques de diversos setores, da Academia Brasileira
de Letras a ex-ministros da Educação, políticos da oposição e editoriais de grandes veículos.
O copo d'água ganhava sua tempestade.
O livro de Heloisa Ramos, Cláudio Bazzoni e Mirella Laruccia Cleto defende o uso da norma
culta, nas situações em que ela seja exigida, e de outras variantes, até da popular, de acordo com
seu contexto específico. A Revista Língua teve acesso à obra e constatou que ela não diz que é
correto falar errado, como foi propagado, mas que cada padrão exigido numa situação
comunicativa tem formas adequadas e inadequadas de expressão do idioma.
Muitos consideraram o livro, no entanto, uma defesa do erro de português (alguns chegaram
a afirmar que o livro continha erros) e defenderam a exclusividade da norma culta em qualquer
situação de comunicação. Surpresa com a repercussão, Heloisa declarou, por meio de nota
pública, que o propósito foi discutir o mito de que há apenas uma forma de se falar corretamente.
- Quando há conhecimento das muitas variedades da língua, é possível escolher a que
melhor se encaixa ao contexto. Não se aprende a norma de prestígio decorando regras ou
procurando significado de palavras no dicionário, mas praticando-a constante e intensamente -
afirma.
Pereira Junior, Luiz Costa. Tempestade em copo d'água. Revista Língua. Disponível em:
http://revistalingua.uol.com.br/textos.asp?codigo=12326 . Acesso em: 22 out. 2011.
Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro.
3) A expressão “tempestade em copo d'água” foi utilizada no texto num sentido conotativo. Isso
também acontece nas alternativas abaixo, exceto em:
a) Religião não se discute.
b) Uma andorinha só não faz verão.
c) Quem tem boca vai a Roma.
d) Quem semeia ventos, colhe tempestades.
e) Quem não tem cão caça com gato.
4) No período "Posso falar 'os livro'? Claro que pode, mas dependendo da situação, a pessoa
pode ser vítima de preconceito linguístico" a conjunção em destaque poderia ser substituída, sem
prejuízo ao sentido do período, por:
a) porém
b) logo
c) pois
d) porque
e) sendo assim
5) No texto as palavras “público”, “possível” e “pivô” são acentuadas de acordo com as regras de
acentuação da Língua Portuguesa. A alternativa em que as palavras são acentuadas,
respectivamente, pelo mesmo motivo das palavras descritas acima é:
a) médico – imóvel – cipó
b) língua – tônica – fácil
c) saúde – lâmpada – relógio
d) veículo – caráter – página
e) dicionário – água – café
6) No período “O alarde foi provocado por uma reportagem de um portal da internet, no começo
de maio, que ganhou repercussão "viral" [...]” as vírgulas estão sendo utilizadas para:
a) isolar adjunto adverbial
b) indicar elipse do verbo
c) indicar vocativo
d) isolar aposto
e) isolar oração subordinada
8) Com base nas regras da utilização da Crase, podemos afirmar que a alternativa que não
apresenta erro ortográfico é:
a) Chegou à noite, precisamente às dez horas.
b) Dirigiu-se ao tribunal disposto à falar ao juiz.
c) O supervisor caminhava à passos firmes.
d) O Ministro informou que iria resistir à pressões da oposição.
e) Visitou à cidade e depois foi andar à cavalo.
9) De acordo com a Reforma Ortográfica, obrigatória a partir de 2012, podemos afirmar que:
I – A palavra “ideia” não é mais acentuada, pois os ditongos abertos “ei” e “oi” não serão mais
acentuados em palavras paroxítonas.
II – Palavras como “voo” e “magoo” deixam de ser acentuadas, pois o hiato “oo”, no final das
palavras, não será mais acentuado.
III – O acento diferencial deixa de existir em palavras como “para”, que antes era acentuada para
diferenciar o “para” verbo do “para” preposição.
Estão corretas:
a) Todas as afirmativas
b) Afirmativas I e II
c) Afirmativas II e III
d) Afirmativas I e III
e) Somente afirmativa I
10) No diálogo: