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PORTUGUESA –
AULA 3
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3. (AUTOR – 2021) Dentre as opções abaixo, apenas uma difere das demais quanto à relação
que se estabelece entre os termos em destaque.
Assinale-a:
a) “... seu líder confia em seu trabalho.”.
b) “Guarde este termo.”.
c) “... envolverá mais trabalho.”.
d) “... pegue trabalho extra, ...”.
e) “... o que destruirá sua motivação.” .
b) em II, a concordância está incorreta, pois a forma verbal “formam”, que se apresenta
na terceira pessoa do plural, deve concordar com “conjunto”.
c) somente em I a concordância verbal está correta, porque o verbo “insistir”, em sua
forma “insiste”, pode concordar com “parte de”.
d) somente em II a concordância está correta, porque o verbo “formar”, da maneira
como está contextualizado, concorda com “seres”.
e) “insistir” e “formar”, nos respectivos segmentos, estão empregados em sua forma
correta: em I, o verbo “insistir” pode ser empregado tanto no singular quanto no
plural; em II, o verbo “formar” pode mesmo concordar com “seres”.
5. (AUTOR – 2021) Observe a sequência: “Perplexa diante desse quadro muito grave, parte
de nossas elites insiste em seguir o esquema dos antigos “amos ausentes”; ou seja, tenta
manter-se à distância, cercada de muros, …”.
A expressão em destaque, introduz uma sequência que tem por finalidade:
a) conferir veracidade à sequência anterior.
b) esclarecer a ideia apresentada anteriormente.
c) opor-se ao que foi apresentado na sequência anterior.
d) confrontar teses.
e) corrigir o pensamento expresso anteriormente.
6. (AUTOR – 2021) A alternativa que contém uma palavra em que a regra para o uso do acento
gráfico difere da regra que orienta a acentuação da palavra científica é:
a) “vítimas”.
b) “impossível”.
c) “cérebros”.
d) “física”.
e) “máquina”.
e) a regência verbal não obedece às regras da Gramática Normativa, visto que o verbo
“dar” é intransitivo mas, no texto, apresenta-se como transitivo indireto.
GABARITO
1. D
2. B
3. D
4. E
5. B
6. B
7. C
8. E
TEORIA: SUBSTANTIVO
ͫ Conceito: Designa os seres, nomeando-os. É uma classe de palavras variável, podendo,
portanto, ser flexionada.
ͫ Flexões:
» gênero: masculino x feminino
» número: singular x plural
» grau: aumentativo x diminutivo
ͫ Função sintática: NÚCLEO!
Analise o período abaixo:
O aluno foi aprovado.
SUJEITO
TEORIA: SUBSTANTIVO 5
ͫ Flexões do substantivo:
» Gênero: O gênero é uma classificação gramatical, não existindo correspondência
necessária entre gênero masculino e sexo masculino ou entre gênero feminino e
sexo feminino.
» biforme: aluno, aluna, professor, professora, presidente, presidenta etc.
» uniforme: a/o dentista, a/o indígena, a/o presidente, a testemunha, a vítima, o
cônjuge etc.
No caso do substantivo uniforme, os três primeiros são considerados comuns de dois gêne-
ros, ao passo que os três últimos são sobrecomuns. Os substantivos que designam animais são os
epicenos, que possuem uma só forma para o feminino e para o masculino. A distinção de gênero
é marcada pelos adjetivos macho e fêmea. Ex.: cobra macho – cobra fêmea, jacaré macho – jacaré
fêmea, onça macho – onça fêmea etc.
Alguns substantivos diferenciam o masculino do feminino por meio de um radical distinto para
cada gênero. São chamados de heterônimo. Ex.: boi – vaca, cavaleiro – amazona, cavalheiro – dama,
compadre – comadre, homem – mulher, pai – mãe, padrinho – madrinha, zangão – abelha etc.
» Número
» Singular
» Plural
ͫ Formação do plural:
Plural dos substantivos simples:
» Substantivos terminados em vogal ou ditongo fazem o plural com o acréscimo de
um S. Ex.: cama – camas, relógio – relógios
» Substantivos terminados em ÃO tônico são pluralizados de três formas:
ãos: chãos, cristãos, pagãos, órgãos, cidadãos;
ões: falcão – falcões, espião – espiões, leão – leões;
ães: cão – cães, pão – pães, escrivão – escrivães.
Alguns substantivos terminados em ão admitem mais de um plural. Ex.: vilão – vilãos – vilões
– vilães, sultão – sultãos – sultões – sultães, corrimão – corrimãos – corrimões, refrão – refrões –
refrães, anão – anãos – anões, ancião – anciões – anciães etc.
» Substantivos terminados em L:
Quando precedidos de A, E, O, U (al,el,ol,ul), acrescenta-se IS, retirando-se o L. Ex.: canal –
canais, metal – metais, pastel – pastéis, anel – anéis, anzol – anzóis, sol – sóis etc.
Exceção: mal – males, cônsul – cônsules, aval – avais ou avales, mel – méis ou meles, fel – féis
ou feles.
» Substantivos terminados em L, precedidos de I (il), apresentam duas regras:
TEORIA: SUBSTANTIVO 7
Nas oxítonas, o acréscimo do S provoca a queda do I. Ex.: barril – barris, anil – anis, funil –
funis, esmeril – esmeris etc.
Nas paroxítonas, o acréscimo do S transforma o IL em EIS. Ex. fóssil – fósseis.
Observação: réptil e projétil podem também ser pronunciados como oxítonos, por isso, admi-
tem duas formas de plural: répteis ou reptis, projéteis ou projetis.
» Substantivos terminados em M fazem o plural com o acréscimo de S, havendo uma
alteração gráfica de M para N. Ex.: jovem – jovens, homem – homens, álbum –
álbuns, item – itens etc.
» Exceção: o substantivo totem admite dois plurais, que são totens ou tótemes.
» Substantivos terminados em N fazem o plural com o acréscimo de S. Ex.: hífen –
hifens, pólen – polens.
Observação: cânon apresenta cânones como plural.
Há dois registros dicionarizados para: abdome – abdomes ou abdômen – abdomens; germe –
germes ou gérmen – germens; espécime – espécimes ou espécimen – espécimens.
» Substantivos terminados em R, S ou Z fazem o plural acrescentando es. Ex.: colher
– colheres, pomar – pomares, assessor – assessores, deus – deuses, giz – gizes,
raiz – raízes.
Observação: fica invariável a palavra não oxítona terminada em S. Ex.: o ônibus – os ônibus,
o lápis – os lápis.
» Substantivos terminados em X são invariáveis. Ex.: o tórax – os tórax.
» Plural com metafonia: há certos substantivos em que a vogal tônica Ô (fechada)
transforma-se em Ó (aberta) na passagem para o plural. Essa alteração do timbre da
vogal se chama metafonia, por isso, é dito que tais plurais são feitos por metafonia.
Ex.: ovo – ovos, avô – avós, porco – porcos, osso – ossos, miolo – miolos.
» Plural com deslocamento da sílaba tônica: certos substantivos, na passagem para
o plural, deslocam o acento tônico de uma vogal para outra. Ex.: caráter (A tônico)
– caracteres (E tônico).
» Substantivos pluralizados: certos substantivos só ocorrem no plural. Ex.: férias, exé-
quias, costas, núpcias, víveres, pêsames, afazeres, idos.
Plural de substantivos compostos:
» Variam ambos os elementos:
1º) substantivo + substantivo: cirurgiões-dentistas, editores-chefes, decretos-leis etc.
2º) substantivo + adjetivo (vice-versa): cachorros-quentes, longas-metragens etc.
3º) numeral + substantivo: segundas-feiras, primeiros-ministros etc.
» Varia somente o primeiro elemento:
1º) substantivo + substantivo: células-tronco, salários-família, palavras-chave, peixes-espada etc.
2º) substantivo + preposição + substantivo: pés de moleque, pães de queijo etc.
ATENÇÃO!! Como diferenciar as regras de plural quando se trata de substantivo composto formado por SUBS-
TANTIVO + SUBSTANTIVO? Variam ambos ou só o primeiro?
Para se definir o plural, questiona-se se ambos os substantivos têm a mesma importância semântica no com-
posto. Por exemplo: em peixe-espada, é peixe ou espada? Espada. Em salário-família, é salário ou família? Famí-
lia. Em cirurgião-dentista, é cirurgião ou dentista? Tanto cirurgião quanto dentista, logo ambos os substantivos
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são pluralizados. Outra técnica é pressupor a relação entre os dois substantivos, sendo coordenativa (em que
se explicitará a conjunção e) ou subordinativa (em que não se explicitará a conjunção e). Ex.: cirurgião-dentista
(cirurgião e dentista), editor-chefe (editor e chefe); salário – família ( não é possível pressupor salário e família),
peixe-espada ( não é possível pressupor peixe e espada).
» Varia somente o segundo elemento:
1º) verbo + substantivo: quebra-molas, para-raios etc.
2º) palavras repetidas: reco-recos, pisca-piscas etc.
3º) advérbio + adjetivo: alto-falantes, abaixo – assinados etc.
Pergunta típica em provas: Pode-se afirmar que GUARDA-NOTURNO e GUARDA-ROUPA sejam
compostos pluralizados segundo a mesma regra? NÃO!
Em GUARDA-NOTURNO, tem-se substantivo + adjetivo, logo ambos elementos são pluralizados:
GUARDAS-NOTURNOS.
Em GUARDA-ROUPA, tem-se verbo + substantivo, então só o segundo elemento é pluralizado:
GUARDA-ROUPAS.
» Grau: é a categoria que serve para indicar, no substantivo, proporção maior ou menor
em relação a um ponto de referência considerado normal. Ex.:
casarão – aumentativo
casa – normal
casinha – diminutivo
» Processo sintético: acrescentam-se à forma normal sufixos que indicam diminutivo
e aumentativo. Ex.:
menino + inho = menininho
menino + ão = meninão
» Processo analítico: acrescentam-se à forma normal adjetivos que indicam diminuição
ou aumento. Ex.:
menino -- menino pequeno
menino -- menino grande
Há vários sufixos indicadores de grau na Língua Portuguesa:
» Grau diminutivo:
acho: rio – riacho
ebre: casa – casebre
ejo: lugar – lugarejo
eta: sala – saleta
inho: livro – livrinho
isco: chuva – chuvisco
ulo: globo – glóbulo
» Grau aumentativo:
aça: barca – barcaça
ão: cachorro – cachorrão
TEORIA: ADJETIVO 9
TEORIA: ADJETIVO
ͫ Conceito: modifica um substantivo, atribuindo a ele uma característica ou uma qualidade.
Restringe a significação do substantivo.
ͫ Analise os períodos abaixo:
O amor engrandece. (Sujeito: O amor)
O amor materno engrandece. (Sujeito: O amor materno)
Essas duas orações são semanticamente distintas, pois, em “amor materno”, o adjetivo não
somente caracteriza o substantivo AMOR, mas restringe a sua significação.
O adjetivo é um elemento de extrema importância textual, pois ele faz muito mais do que
qualificar ou caracterizar o substantivo. Muitas vezes é ele quem define a significação do substantivo.
O adjetivo pode ser classificado como:
» Restritivo: quando particulariza um subconjunto dentro de um conjunto de seres.
Ex.: fogo azul.
» Explicativo: quando não particulariza um subconjunto dentro de um conjunto. Ex.
fogo quente.
» Pátrio: designa nacionalidade, procedência, origem da pessoa ou coisa representada
pelo substantivo a que se refere. Ex.: povo português, clima belo-horizontino, música
brasileira, comida mineira etc.
ͫ Flexões:
» gênero: feminino x masculino
» número: singular x plural
» grau: comparativo x superlativo
ͫ Locução adjetiva: é o desdobramento do adjetivo, é uma expressão preposicionada que
cumpre o papel do adjetivo.
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invariável variável
ADJETIVO + SUBSTANTIVO
invariável invariável
Outros exemplos:
contextos histórico-culturais
medidas político-administrativas
teorias socrático-platônicas
Observação: são invariáveis os adjetivos compostos azul-marinho (blusas azul-mari-
nho), furta-cor (tecidos furta-cor) e ultravioleta (raios ultravioleta). O adjetivo compos-
to surdo-mudo apresenta os dois elementos variáveis (crianças surdas-mudas, bebês
surdos-mudos).
ATENÇÃO!! Não confunda as terminologias: ADJETIVO, LOCUÇÃO ADJETIVA e ADJETIVO COMPOSTO!!!
Adjetivo é a classe; locução adjetiva é o desdobramento da classe, isto é, é a expressão que cumpre o papel da
classe e o adjetivo composto é aquele formado por duas ou mais palavras.
» Grau:
» Comparativo: comparam-se dois substantivos ou dois adjetivos.
O professor é mais didático (do) que a professora. (comparação entre 2 substantivos)
O professor é mais didático (do) que experiente. (comparação entre 2 adjetivos)
De superioridade: O Pálio á mais econômico do que o Gol.
Comparativo De igualdade: O Pálio é tão econômico quanto o Gol.
De inferioridade: O Pálio é menos econômico do que o Gol.
ATENÇÃO!!
A casa é menor do que o apartamento. (menor = mais pequeno)
Superioridade ou Inferioridade? SUPERIORIDADE.
A casa é mais grande do que arejada. (comparação entre 2 adjetivos)
Está correto? SIM.
A casa é mais grande do que o apartamento. (comparação entre 2 substantivos)
Está correto? NÃO. Com correção, tem-se:
A casa é maior do que o apartamento.
Henrique é mais bom do que esperto. (Comparam-se os adjetivos bom e esperto, logo usa-se
a forma analítica.)
Henrique é melhor do que André. (Comparam-se os substantivos Henrique e André, logo
usa-se a forma sintética.)
Observação: o adjetivo pequeno admite a forma analítica em qualquer situação de compara-
ção. Ex. O coelho é mais pequeno do que um gato.
» Superlativo: é a qualidade intensificada. Subdivide-se em:
» Superlativo absoluto: quando a qualidade é intensificada de forma isolada, sem
haver comparação explícita com outros seres. Ex.:
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TEORIA: ADVÉRBIO
ͫ Conceito: modifica um verbo, um advérbio, um adjetivo ou uma oração, exprimindo uma
circunstância.
Verbo: Ele dirige mal. (advérbio de modo)
Advérbio Advérbio: Ele dirige mal demais. (advérbio de modo, advérbio de intensidade)
Adjetivo: Ele é muito imprudente. (advérbio de intensidade)
ͫ Flexões: não varia em gênero nem em número, permanecendo no masculino-singular.
MASCULINO SINGULAR
MACHO SOLTEIRÃO
Analise o período abaixo:
Aquela cerveja desce redonda.
Percebe-se que essa oração apresenta erro gramatical, pois o advérbio é “macho -solteirão”,
o que significa dizer que é uma palavra que não pode ser flexionada no feminino nem no plural.
Logo, com correção gramatical, a oração deve ser reescrita como:
Aquela cerveja desce redondo. (redondo: advérbio de modo)
TEORIA: ADVÉRBIO 13
TEORIA: PRONOME
ͫ Conceito: é a classe que, sem significado próprio ou fixo, acompanha ou substitui o sub-
stantivo, representando uma das pessoas do discurso.
PRONOME PESSOAL 15
O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, responde pela prática de vários
crimes. Ele alegou, em sua defesa, que não cometeu nenhum crime e que não tem outras fontes
de renda que não sejam declaradas.
Quantos são os pronomes desse trecho? 6
Quantos acompanham o substantivo? 4 (elementos com setas)
Quantos substituem o substantivo? 2 (elementos sublinhados)
» Pronome adjetivo: acompanha o substantivo. → adjunto adnominal
» Pronome substantivo: substitui o substantivo. → núcleo
ͫ Flexões:
» Gênero: masculino x feminino.
» Número: singular x plural.
» Pessoa: 1ª, 2ª, 3ª.
ͫ ANÁLISE DO DISCURSO (Ato da fala):
» Emissor: quem fala → 1ª pessoa.
» Interlocutor/receptor: com quem se fala → 2ª pessoa.
» Mensagem/assunto: de quem se fala ou do que se fala → 3ª pessoa.
Categorias pronominais:
pronome pessoal
pronome de tratamento
pronome possessivo
pronome relativo
pronome indefinido
pronome demonstrativo
pronome interrogativo
PRONOME PESSOAL
ͫ Pronome pessoal: acompanha ou substitui o substantivo, representando uma das pessoas
do discurso.
» Pronome pessoal reto: substitui o sujeito das orações.
» Pronome pessoal oblíquo: substitui os complementos das orações.
A partir de agora, faz-se uma segunda pergunta para o verbo, a qual visa à identificação do
complemento da oração, isto é, do objeto direto ou do objeto indireto.
Verbo transitivo (VT): apresenta sentido incompleto, necessitando de complemento.
O que é, então, complemento?
Complemento é um termo que completa sentido e é indispensável em caso de verbo transi-
tivo (VT), podendo este ser VTD ou VTI. Em caso de VTD, o complemento se chama complemento
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PRONOMES PESSOAIS
RETOS OBLÍQUOS
ÀTONOS TÔNICOS
1ª EU ME MIM/COMIGO
2ª TU TE TI/CONTIGO
3ª ELE/ELA SE/O/A/LHE SI/COSNSIGO/ELE/ELA
1ª NÓS NOS NÓS/CONOSCO
2ª VÓS VOS VÓS/CONVOSCO
SI/CONSIGO/ELES/
3ª ELES/ELAS SE/OS/AS/LHES
ELAS
Os pronomes átonos
não são antecedidos
de preposição. Se São sempre comple-
Os pronomes retos exercem a função de sujei-
exercerem função de mentos e antecedidos
to e são sempre despreposicionados.
O.I. ou C.N., a prep- de preposição.
osição permanece
implícita.
» Regras de substituição (funções sintáticas exercidas pelos pronomes átonos):
O/A→ substituem o objeto direto (VTd).
LHE→ substitui o objeto indireto (VTI).
Analise o período abaixo:
O motorista desobedeceu ao policial.
Sujeito: o motorista
Objeto indireto: ao policial
Logo, substituindo-se os termos, tem-se a seguinte estrutura:
Ele desobedeceu-lhe.
PRONOME PESSOAL 17
Relacionando-se com um adjetivo, ele completará o sentido desse adjetivo, assim será COM-
PLEMENTO NOMINAL.
» Quando os átonos O/A se tornam LO/LA ou NO/NA?
Caso os átonos O/A se posicionem após - r, - s ou - z, esses fonemas são suprimidos e os
átonos são reescritos como LO/LA. Se posicionados após som anasalado (-ão,-õe,-am, em, etc.),
reescrevem-se como NO/NA. Ex.:
Vou fazer a próxima prova da PF.
(prova da PF = objeto direto, logo substitui-se pelo átono a): Vou fazê-la.
Fiz a última prova da PF.
(prova da PF = objeto direto, logo substitui-se pelo átono a): Fi-la.
Os alunos fizeram muitos exercícios.
(muitos exercícios = objeto direto, logo substituído por OS): Os alunos fizeram-nos.
ͫ Demais pronomes átonos: ME, TE, NOS, VOS:
Os livros guiavam-me. (guiar: VTd)
Sujeito: os livros
Objeto direto: me
Os filhos não vos obedecem. (obedecer: VTI-a)
Sujeito: os filhos
Objeto indireto: vos
Calaram-te o violão (calar: VTd)
Sujeito: indeterminado
Objeto direto: o violão
Adjunto adnominal: te
Os vizinhos nos estão gratos. (estar: VL)
Sujeito: os vizinhos
Predicativo do sujeito: gratos
Complemento nominal: nos
SE: PRONOME REFLEXIVO X PRONOME RECÍPROCO
Ex.:
A atriz atribuiu-se muito valor. ( SE = pronome reflexivo)
Eles se abraçaram emocionados. ( SE= pronome recíproco)
Observações:
» entre mim e ti: os pronomes EU e TU não podem vir regidos de preposição.
Errado: Nada há entre eu e tu.
Correto: Nada há entre mim e ti.
Errado: O réu estava entre eu e o juiz.
Correto: O réu estava entre mim e o juiz.
PRONOME DE TRATAMENTO 19
PRONOME DE TRATAMENTO
ͫ Conceito: usado para indicar o interlocutor, mas exige o verbo e demais pronomes na 3ª
pessoa. O pronome de tratamento apresenta comportamento gramatical de 3ª pessoa.
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ͫ Esses pronomes devem vir precedidos de vossa quando se fala diretamente com a pessoa
representada pelo pronome e por sua quando se fala dessa pessoa. Ex.:
Vossa Excelência e seus assessores irão a Belo Horizonte.
Sua Excelência e seus assessores irão a Belo Horizonte.
PRONOME POSSESSIVO
ͫ Conceito: associa a ideia de posse às pessoas do discurso. Concorda em gênero e
número com a coisa possuída e em pessoa com o possuidor.
PRONOME RELATIVO
ͫ Conceito: substitui ou retoma o termo antecedente, unindo duas orações em um único
período. Ex.: que, qual, quem, onde, cujo, quanto.
ͫ Todo pronome relativo inicia oração subordinada adjetiva. Analise os exemplos:
Encontrei o aluno. O aluno foi aprovado.
Encontrei o aluno que foi aprovado.
O pronome relativo QUE retoma o substantivo aluno, unindo as duas orações em um único
período.
O homem provou que supera limites.
Esse QUE é pronome relativo? NÃO!!
Trata-se de conjunção integrante!
Muito cuidado, pois se faz muito esse tipo de abordagem em prova, isto é, afirmar que o QUE
seja pronome relativo, mas, na verdade, apresenta, na oração em que se insere, outra classificação.
Esse “fenômeno” é a derivação imprópria, ou seja, a troca de classes.
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(Nessa oração, o pronome relativo ONDE está mal empregado, devendo ser substituído por
EM QUE ou NA QUAL)
O tribunal onde os curiosos permaneciam ficava cheio o dia todo.
(Nessa oração, o pronome relativo ONDE está bem empregado, podendo também ser subs-
tituído por EM QUE ou NO QUAL)
ONDE X AONDE X DE ONDE
A rua onde moro é movimentada.
(ONDE pode ser substituído por EM QUE ou NA QUAL)
A rua aonde vou é movimentada.
(AONDE pode ser substituído por A QUE ou À QUAL)
A rua de onde venho é movimentada.
(DE ONDE pode ser substituído por DE QUE ou DA QUAL)
ATENÇÃO!! A diferença na utilização desses pronomes relativos decorre do verbo empregado
na oração subordinada adjetiva. Se o verbo exigir a preposição EM, usa-se ONDE; exigindo A, usa-se
AONDE; exigindo DE, usa-se DE ONDE (ou a forma arcaica DONDe).
CUJO: permanece entre dois substantivos, estabelecendo uma ideia de posse, concordando
em gênero e número com o substantivo posterior. Pode ser substituído por: do qual, da qual, dos
quais e das quais.
A turma cujo professor faltou foi liberada.
o professor da turma
O professor de cujas ideias eu discordava aposentou-se.
as ideias do professor
O professor com cujas ideias eu concordava aposentou-se.
as ideias do professor
Segue-se, nessas orações, a mesma linha de raciocínio que se vem adotando ao longo do estudo
dos pronomes relativos: se o verbo ou alguma expressão da oração adjetiva exigir preposição, essa
preposição ficará antes do pronome relativo.
QUEM: retoma pessoa ou pronome pessoal, pode ser substituído por: que, o qual, a qual, os
quais, as quais.
O homem com quem ela se casou é policial.
(pronome relativo QUEM retomando o substantivo homem, podendo ser substituído por:
com que ou com o qual)
Fui eu quem elaborei o material.
(pronome relativo QUEM retomando pronome pessoal reto EU, podendo ser substituído por:
que)
QUANTO
QUANTA retomam pronome indefinido.
QUANTOS podem ser substituídos por: QUE.
QUANTAS
O advogado trouxe tudo quanto pôde. (que)
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PRONOME INDEFINIDO
ͫ Conceito: refere-se de maneira vaga, imprecisa a elementos de terceira pessoa. Ex.: algo,
algum(a),bastante, cada, certo(a), demais, mais, menos, muito(a),nada, ninguém, nen-
hum(a), qualquer(quaisquer), quem, outro(a),outrem, tudo, todo(a),vário(a), vários(as)
etc.
Muitos alunos fizeram a prova. Vários foram aprovados.
Percebe-se que não se define quantos alunos fizeram a prova nem quais passaram, isso porque
o pronome indefinido traz uma informação inexata, imprecisa.
O pronome indefinido pode ser cobrado em vários tipos de questões. Uma delas é a que
envolve a derivação imprópria. A seguir alguns exemplos:
Pron. ind.: Os peritos encontraram alguma pista. (positivo)
ALGUM(a)
Adj.: Os peritos encontraram pista alguma. (negativo)
Pron. ind.: Os brasileiros pagam bastantes tributos. (bastante = muito)
BASTANTE Adj.: Juliana comeu doces bastantes na festa. (bastante = suficiente)
Adv.: O aluno estudou bastante para a prova. (advérbio de intensidade)
Pron. ind.: Toda criança tem direito à educação básica. (toda = qualquer)
TODO Adj.: O professor conhece a legislação tributária toda. (toda = inteira)
Adv.: O gato da professora está todo sujo. (advérbio de intensidade)
Observações:
» cada X cada um:
O pronome indefinido CADA não deve ser usado desacompanhado de substantivo ou numeral.
Ex.:
Os livros custaram setenta reais cada. (Errado)
Os livros custaram setenta reais cada um. (Correto)
» tudo o que X tudo que
As duas formas estão corretas. Ex.:
Diz tudo o que pensa.
Diz tudo que pensa.
PRONOME DEMONSTRATIVO
ͫ Conceito: demonstra, aponta a posição de um ente, tomando, espaço, tempo e contexto
como referência. Ex.: este, esta, isto, esse, essa, isso, aquele, aquela, aquilo, o, a, os, as etc.
NOÇÃO ESPACIAL
» este, esta, isto: apontam algo próximo do emissor.
» esse, essa, isso: apontam algo próximo do interlocutor (ou receptor).
PRONOME DEMONSTRATIVO 25
Paris e Miami são cidades turísticas. Esta é a cidade das compras e aquela das luzes.
Júlio e Ricardo são meus irmãos. Este é o mais novo e aquele o mais velho.
Nesse tipo de estrutura, em que elementos enumerados são retomados, usam-se ESTE/ESTA
para retomar o elemento citado por último (ou mais próximo), ao passo que AQUELE/AQUELA são
usados para retomar o primeiro elemento citado (ou mais distante). Essas estruturas, que retomam
os elementos enumerados, são denominadas APOSTO DISTRIBUTIVO.
Observações:
» mesmo e próprio:
Mesmo e próprio são pronomes demonstrativos quando designam um termo idêntico a outro
que já ocorreu anteriormente no discurso. São também usados como reforço dos pronomes pes-
soais. Ex.:
As condições contratuais não se alteram: são sempre as mesmas.
Eu mesma redigi o contrato.
ATENÇÃO!! Não se empregam MESMO/MESMA com o valor de pronome pessoal. Nesse caso,
usam-se os pronomes pessoais ELE/ELA. Ex.:
Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo está parado neste andar. (Errado)
Antes de entrar no elevador, verifique se ele está parado neste andar. (Correto)
A professora está doente. A mesma não virá. (Errado)
A professora está doente. Ela não virá. (Correto)
» tal e semelhante:
Como pronomes demonstrativos, TAL e SEMELHANTE retomam elementos de forma análoga
aos demonstrativos ESSE, ESSA, AQUELE, AQUELA. Ex.:
Algumas ruas de Belo Horizonte ficaram alagadas por causa da chuva. Tal situação se repete
anualmente.
PRONOME INTERROGATIVO
ͫ Conceito: é usado para formular frases interrogativas diretas (?) ou indiretas (.). A frase
interrogativa direta é sinalizada com ponto de interrogação e a indireta com ponto final.
Ex.: que, quem, qual e quanto.
Quem veio à última aula de gramática? (Pergunta direta)
Gostaria de saber quem veio à última aula de gramática. (Pergunta indireta)
ADVÉRBIO INTERROGATIVO
ͫ Conceito: da mesma forma que o pronome interrogativo, o advérbio interrogativo é
usado para formular frases interrogativas diretas ou indiretas. Contudo, diferentemente
daquele, este, no ato da pergunta, exprime uma circunstância (modo, tempo, lugar ou
causa). Ex. onde, aonde, como, quando, por que, por quê etc.
TEORIA: SINTAXE DO PERÍODO SIMPLES – TERMOS ESSENCIAIS 27
3°) Sujeito composto de pessoas diferentes: o verbo vai para o plural na pessoa gramatical de
número mais baixo, a saber:
» em caso de 1ª e 2ª pessoas, o verbo vai para a 1ª pessoa do plural. Ex.
Eu e tu vamos ao cinema.
» em caso de 2ª e 3ª pessoas, o verbo vai para a 2ª pessoa do plural. Ex.:
Tu e ela ides ao cinema. ( Admite-se também, nesse caso, o verbo na 3ª pessoa do plural. Ex.:
Tu e ela vão ao cinema.)
» em caso de 1ª e 3ª pessoas, o verbo vai para a 1ª pessoa do plural. Ex.:
Eu e ele vamos ao cinema.
4º) Concordância com sujeito que apresenta expressões que sugerem valor aproximado (cerca
de, mais de, menos de etc.): o verbo concorda com a expressão numérica. Ex.:
Cerca de doze mil pessoas acompanharam o bloco Chama o Síndico no centro de BH. (verbo
concordando com a expressão numérica DOZE)
Mais de 10 mil se concentravam na Praça da Estação. (verbo concordando com o numeral DEZ)
Mais de um aluno passou no concurso. (o verbo concorda com o numeral UM)
ATENÇÃO! Nesse último exemplo, a concordância do verbo não condiz com a interpretação, pois, embora o verbo
esteja no singular, a ideia a ser interpretada é pluralizada).
5º) Concordância com as expressões partitivas (a maioria de, a minoria de, grande parte de,
menor parte de etc.): o verbo concorda com o núcleo ou com o termo que o especifica. Ex.:
A maioria dos foliões permanecerá no centro. (verbo concordando com o NÚCLEO:
maioria)
A maioria dos foliões permanecerão no centro. (verbo concordando com o termo especifica-
dor: foliões)
Observações:essa regra é válida para sujeito que apresenta substantivo coletivo como núcleo.
Ex.:
O bando invadiu a aldeia. (só se admite o verbo no singular concordando com o núcleo).
O bando de arruaceiros invadiu a aldeia./O bando de arruaceiros invadiram a aldeia. (o verbo
concorda no singular com o núcleo ou com o termo que o especifica.)
6º) Concordância com as expressões alguns de nós, alguns de vós, quais de nós, quais de vós,
etc.: o verbo concorda no plural com o núcleo ou com o termo que o especifica. Ex.:
Alguns de nós dominam a gramática normativa. (verbo na 3ª p.pl.concordando com o NÙCLEO)
Alguns de nós dominamos a gramática normativa. (verbo na 1ª p.pl.concordando com o termo
especificador)
7º) Concordância com as expressões: algum de nós, qual de nós, quem de vocês, um deles,
cada um de nós, nenhum de nós etc.: o verbo concorda no singular. Ex.:
Qual de vós jogará a primeira pedra? (verbo concordando na 3ª p.sing. com o núcleo QUAL)
ATENÇÃO! Só se admite a concordância lógica nesse caso!
Observação: as expressões do sétimo caso de concordância verbal são facilmente formadas
pela união de pronomes indefinido e interrogativo mais qualquer tipo de especificador. Ex.:
Qual dos professores de gramática é advogado?
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TEORIA: REGÊNCIA
ͫ Conceito: É o mecanismo que regula as ligações entre um verbo ou nome e seus com-
plementos. É a parte da gramática que estuda a subordinação de um termo da oração a
outro, estabelecendo diferentes relações. Essa subordinação e as várias relações que se
estabelecem entre um termo regente (ou subordinante) e um termo regido (ou subordi-
nado) são indicadas pelas preposições.
» PREPOSIÇÃO: Classe de palavras invariável, que é um elemento de ligação.
» Regência nominal: Quando o termo regente é um nome (substantivo, adjetivo ou
advérbio). Ex.:
amor a Belo Horizonte
fanático por Belo Horizonte natural de Belo Horizonte contente com Belo Horizonte essencial
para Belo Horizonte
perto de Belo Horizonte
» Regência verbal: Quando o termo regente é um verbo.
Chegamos a Belo Horizonte.
Moramos em Belo Horizonte.
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→ “envolver” – VTDI(em)
Implicaram o parlamentar na delação premiada.
» proceder:
→ “realizar/dar início” – VTI(a)
O delegado procedeu ao inquérito.
→ “agir” – VI
Você procedeu mal durante a aula.
→ “ter fundamento” – VI
Seu argumento não procede.
→ “ter origem, provir” – VI(de)
Guimarães Rosa e Carlos Drummond procedem de Minas Gerais.
» custar:
→ “ser custoso, ser difícil” – VTI (a)
Custou ao aluno assimilar a regra gramatical. (sujeito = assimilar a regra gramatical)
Observação: é comum na estrutura anterior o sujeito ser uma oração, isto é, oração subordinada
substantiva subjetiva (sujeito oracional). A frase “O aluno custou a assimilar a regra gramatical.”,
embora muito usada popularmente, está incorreta.
→ “ter valor de, ter o preço” – VI
Aquela calça custa caro.
→ “acarretar” – VTDI (a)
A elaboração do material custou-me muita dedicação.
» querer:
→ “desejar” – VTD
Ela queria muitas joias.
→ “estimar, gostar” – VTI(a)
Eu quero aos meus amigos.
» precisar:
→ “ter necessidade” – VTI(de)
Precisamos de mais tempo.
→ “marcar com precisão” – VTD
O motorista não precisou o lugar correto.
» chamar:
→ “convocar” – VTD
O professor chamou os alunos para aula.
Observação: admite-se também com esse sentido o uso da preposição por: O mestre chamou
pelos alunos.
→ “denominar, cognominar” – VTD + predicativo do objeto ( com ou sem a preposição de)
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» ansioso de, para, por: Eu estava ansiosa de ver minha filha. / Os alunos estavam
ansiosos para fazer a prova. / Sinto-me ansiosa por encontrá-lo.
» apto a, para: Após o curso de formação, os policiais estão aptos ao trabalho. / Con-
sidero-me apta para o cargo de delegada.
» ávido de, por: Era uma aluno ávido de conhecimento. / Pessoas ávidas por dominar.
» contemporâneo a, de: Colega contemporâneo ao curso de Letras. / Amigo contem-
porâneo do curso de Direito.
» contíguio a: Sala contígua ao quarto.
» curioso a, de: Aquele aluno era um exemplo curioso aos professores. / Ele era curioso
de tudo.
» falto de: O atleta caiu falto de energia.
» imbuído em, de: Ela estava imbuída na realização dos seus sonhos. / Estava imbuída
de boas intenções.
» incompatível com: O que faz é incompatível com meus valores.
» inepto para: A professora de gramática é inepta para a matemática.
» misericordioso com, para com: Era muito misericordiosa com os necessitados. / A
esposa foi misericordiosa para com o marido.
» preferível a: Estar saudável é preferível a estar doente.
» propenso a, para: Era propensa à advocacia. / O policial sempre foi propenso para
o bem.
ͫ Acento diferencial
Usado para indicar a diferença entre as classes de algumas palavras ( mas-conjunção x más-
-adjetivo), entre singular e plural ( vem-singular x vêm-plural) etc. Com a entrada do Novo Acordo
Ortográfico, alguns acentos diferenciais foram abolidos e outros se mantiveram inalterados.
» O acento foi abolido nas palavras pára, pólo, pêlo e pêra, ficando para, polo, pelo
e pera.
» O acento é mantido nas palavras pôr (verbo), pôde (pretérito perfeito do infdicativo),
têm (plural) e vêm (plural), diferenciando-as de por (preposição), pode (presente
do indicativo), tem (singular) e vem (singular).