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Aula Análise sintática do período composto: a coordenação

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1. A prímula, uma espécie de planta ornamental originária da Ásia, possui grande variedade
de cores, pode ser cultivada em vasos e jardins e suas flores exalam um agradável perfume.
2. a) O substantivo é “forma” e apresenta a função sintática de núcleo do predicativo do sujeito.
b) Como o próprio enunciado sugere, deve-se:
„„eliminar o conectivo “como”, que efetua a coesão das orações num só período;
„„alterar a pontuação, substituindo as vírgulas por ponto-final para marcar o fim de cada
período.
Assim, na nova redação, temos:
O naturalismo é a forma científica que toma a arte. A república é a forma política que toma
a democracia. O positivismo é a forma experimental que toma a Filosofia.
(Observe que as frases são rigorosamente simétricas, evidenciando-se o paralelismo
sintático.)
3. a O pronome “lhe” refere-se à pessoa a quem Deus havia prometido um filho, ou seja, a Abraão.
A conjunção “pois” introduz uma oração que mostra uma ação do personagem, a qual é
decorrente do que foi expresso na oração anterior. Nesse caso, atribui-se a essa conjun-
ção o valor de conclusão.
4. d Trata-se da única alternativa que mantém a conjunção adversativa (mas = no entanto) e
o sentido de adição (e = além de), o que colabora para a preservação básica do sentido
do texto original.
5. a Podemos perceber a conexão estabelecida pela conjunção contudo se reescrevermos o
texto da seguinte forma:
Pai, se queres, afasta de mim este cálice! Contudo [se não queres isto] não [seja feita] a
minha vontade, mas a tua seja feita.
Portanto, contudo liga a oração anterior “afasta de mim este cálice” à posterior “não [seja
feita] a minha vontade”.
6. a O “que” equivale a “pois”, esclarecendo o sossego dos pastores da terra: “olhais para o sol e
encontrais direção”.
7. c No poema de Camões, “logo” tem sentido conclusivo, que se conserva em “É um ser humano,
logo merece nosso respeito”.
8. a A conjunção “e”, com sentido adversativo (= mas), contrapõe as ideias de grandeza do
mundo, do mar e do amor à pequenez da janela, da cama/colchão e do “breve espaço de
beijar”, respectivamente.

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Aula Orações subordinadas substantivas
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1. a) 1ª – “Sei” (“Sei que“): oração principal.


2ª – “que não pareço o tipo ousado”: objetiva direta em relação à anterior e coordenada
assindética em relação à posterior.
3ª – “mas tenho um portfólio de alto risco”: coordenada sindética adversativa.
b) “o tipo ousado”: predicativo do sujeito eu.
“de alto risco”: predicativo do objeto direto portfólio.
2. „„“certo de que a língua portuguesa é emprestada ao Brasil: substantiva completiva
nominal”.
„„“sabendo, além, que, dentro do nosso país, os autores e os escritores, com especiali-
dade os gramáticos, não se entendem no tocante à correção gramatical”: substantiva
objetiva direta.
„„“vendo-se, diariamente, surgir azedas polêmicas entre os mais profundos estudiosos
do nosso idioma”: substantiva subjetiva.

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Aula Orações subordinadas adjetivas
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1. c Do lado local, foi sedimentando-se uma ideologia: a ideia do país como um “paraíso racial”; do
lado dos imigrantes, passou a predominar o pragmatismo, objetivando a sua ascensão social.
2. d A primeira oração, que aparece entre vírgulas, apresenta um esclarecimento sobre o estado
da população de Osvaldo Cruz, SP (termo antecedente) – “nervos à flor da pele”; já a segun-
da, que não é marcada por vírgulas, restringe o significado da expressão “qualquer japonês”.
3. a) sujeito
b) objeto direto
4. a A oração adjetiva limita a extensão do termo a que se refere o pronome relativo, por isso
oração subordinada adjetiva restritiva. O pronome relativo, nesse contexto, desempenha
a função sintática de sujeito, indicando o agente da ação de amar.

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Aula Orações subordinadas adverbiais
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1. c Em 1, o sentido é causal; em 2, temporal.


2. a) O autor agradece “imediatamente” para evitar constrangimento se, porventura, não
apreciar o livro.
b) “sem que”: “sem que o tenha lido” ou “sem que o haja lido”.
„„“mesmo não”: “mesmo não o tendo lido” ou “mesmo não o havendo lido”.
Há outras possibilidades.
3. a) O conectivo “como” desenvolve um período com valor de causa, enquanto o conectivo
“ainda que” tem o valor de concessão.
b) I. Porque o dólar ocupa lugar central do sistema monetário global, todos os países de-
vem se preparar para o fim do período de juros internacionais próximos de zero que
vigora desde 2009.
II. É saudável que o governo brasileiro comece a se mostrar disposto a reverter, embora
(= mesmo que) tardiamente, algumas das ações [...].
4. a) O termo “zanga” é formado por redução (zangão, zangar), e “tlin-tlin-tlin-tlin”, por
onomatopeia.
b) No contexto, a conjunção “Desde que” assume sentido de condição. Em sentido dife-
rente, pode ter valor temporal, por exemplo: “Desde que o visitei, fico pensando em suas
considerações sobre o problema”.
5. a A conjunção concessiva “embora” (alternativa b), o advérbio “talvez” (alternativa c) e a locu-
ção conjuntiva “ainda que” (alternativa d) levariam os verbos para o modo subjuntivo. Na
alternativa e, a inversão entre II e III altera por completo a mensagem inicial do texto.
6. e O trecho “para melhor servir-nos” está inserido em “Pois carecia que um de nós nos recu-
sasse / para melhor servir-nos”. Nesse contexto, a preposição para, substituível pela locu-
ção conjuntiva a fim de que, encerra ideia de finalidade.

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Aula Orações subordinadas reduzidas
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1. a) “dar a cada um deles, simultaneamente, a quantidade certa de atenção”: subordinada


substantiva predicativa.
„„“sem descuidar dos outros”: subordinada adverbial condicional.
„„“ter equilíbrio”: subordinada substantiva subjetiva.
„„“ficar alerta”: subordinada substantiva subjetiva, coordenada por adição à anterior.
„„“ter persistência”: subordinada substantiva predicativa.

b) “que se dê a cada um [...]”; “sem que se descuide dos outros”; “que se tenha equilíbrio”;
“que se fique alerta”; “que se tenha persistência”.
c) O infinitivo “fazer” faz parte da locução verbal “vai fazer”, que equivale ao futuro do pre-
sente do indicativo fará.

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Aula A palavra e seus sentidos
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1. Há perguntas retóricas na tira II, no 3º quadrinho, e na tira IV, no 2º quadrinho. Em ambos


os casos, a pergunta feita pela mãe não precisa de resposta, embora Calvin tenha entendido
de forma contrária.
2. Tira 3. A palavra “nós” apresenta dois sentidos: pronome pessoal da primeira pessoa do
plural e unidade de medida marítima.
Existem várias possibilidades de palavras homônimas, como “manga“ (parte de vestimenta
e fruta), “cedo” (verbo “ceder” no presente do indicativo na 1ª pessoa do singular e advérbio)
e “falta” (verbo “faltar” no presente do indicativo na 3ª pessoa do singular e substantivo).
3. c A expressividade do texto decorre da exploração de dois sentidos (polissemia) do termo
“natureza”, cujas acepções, nesse contexto, são:
„„“Em respeito a sua natureza”, ou seja, em respeito a “combinações específicas das quali-
dades originais constitucionais ou nativas de um indivíduo, animal ou coisa” (conforme
Dicionário Houaiss);
„„“[...] com o melhor da natureza”, isto é, com o melhor do “mundo material, especialmente
aquele em que vive o ser humano e existe independentemente das atividades huma-
nas” (conforme Dicionário Houaiss).
4. Resposta do Instituto Universitário de Lisboa:
“As relações que se estabelecem entre as palavras em questão são de hierarquia. Assim, o
significado da palavra mobília é mais geral que o de cómoda, ficando este incluído naque-
le: diz-se que mobília é um hiperónimo e cómoda um hipónimo. Quanto a dedos e pés,
a relação é entre parte e todo: ao termo que designa parte do significado ou do referente
do outro, neste caso, dedos, chama-se merónimo; ao significado do termo que se refere
ao todo, ou seja, pés, dá-se o nome de holónimo.
Por último, refira-se que os termos aplicáveis a todas estas relações são: hiperonímia,
hiponímia, meronímia, holonímia.”
5. a) O termo “esculhambativo” é um neologismo formado por meio de derivação sufixal a
partir do verbo “esculhamba(r)” e o sufixo “-(t)ivo”, formador de adjetivo.
b) “Evento esculhambado”: o termo destacado tem sentido de desorganizado, desorde-
nado, bagunçado.
“Evento esculhambativo”: o neologismo destacado dá ideia de um evento com finalidade
de desorganizar, bagunçar, ironizar.
6. a) Comentário pessoal, que deve contemplar os seguintes itens:
„„polissemia da palavra “saída”;
„„“saída” = solução [sentido conotativo];
„„“saída” = ato de sair (de um lugar) [sentido denotativo];
„„portanto, esclarecer que a única solução para a presidenta era a renúncia à presidência.
b) O uso do termo inglês impeachment caracteriza um “empréstimo linguístico” – já que o
termo português “impedimento” não tem tradição na língua – com o significado de “cir-
cunstância ou conjunto de circunstâncias que impossibilitam alguém de exercer regular-
mente suas funções ou realizar certos atos jurídicos”.

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7. Resposta esperada (oficial):
A oração “que Vivo pega”, no contexto, tem sentido ambíguo: “Vivo” tanto pode significar
“esperto”, quanto pode ser lido como o nome da operadora telefônica. O cliente esperto
usa (“pega”) a operadora, pois esta não apresenta problemas na captação do sinal (ou seja,
“pega”), ou, ainda, Vivo agrada, vira moda (“pega”). Na segunda ocorrência, a palavra “Vivo”
aparece como marca, sinônimo (“sinal”) de qualidade. O termo “sinal” também pode ser
lido como contato da rede de telefonia.

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Aula Figuras de som
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1. a) “Ó rodas, ó engrenagens, r-r-r-r-r-r-r eterno!”


b) Onomatopeia.
2. Trata-se da assonância, repetição de vogais que produz o efeito de musicalidade:
„„“É pau, é pedra, é [...]”
„„“[...] o fim do caminho”
Também contribui, em menor escala, a aliteração da consoante /p/ em “pau/pedra”.
3. d Como a propaganda foi veiculada numa revista feminina, seu público-alvo são as mulheres.
A presença do modelo no texto publicitário teria um forte apelo sexual, justificando a as-
sociação “octanagem/sacanagem”, o que constitui o recurso da paronomásia.
4. a) Paronomásia: figura de linguagem que extrai expressividade da combinação de pala-
vras que apresentam semelhança fônica e/ou mórfica, mas possuem sentidos diferentes:
se sentem (do verbo “sentir”/do verbo “sentar”) e sentam.
Aliteração: repetição do mesmo fonema consonantal; no caso, repetição das sibilantes e
nasais.
b) A paronomásia permite o jogo de sentidos entre os verbos sentir e sentar, que se pro-
longam pela aliteração por outros vocábulos como “assento”, “sentado”, entre outros. A
questão deixa margem a outras interpretações.
5. O texto é muito rico em figuras. Seguem alguns exemplos:
a) Metáfora: “marinhava céu acima, num azul de água sem praias”.
b) Aliteração: “voo verde das aves”.
c) Prosopopeia ou personificação: “a manhã gargalhou”.
d) Onomatopeia: “grulhantes, gralhantes”.

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Aula Domínio da norma culta (IV)
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1. e No trecho, há uma elipse coloquial da preposição em antes do pronome relativo que na


construção do adjunto adverbial de tempo.
2. a) “mas manter o cérebro ativo, trabalhando naquilo que você gosta.”
b) “mas manter o cérebro ativo, trabalhando naquilo de que você gosta.”
A preposição de é exigida pelo verbo transitivo indireto gostar.
3. b „„Deu-me alguns motivos que me pareciam inconsistentes.
O pronome relativo com a função de sujeito não pode estar antecedido de preposição.
„„As informações das quais (de que) dependo são sigilosas.
O verbo “depender” exige a preposição de.
„„Lembro-me de que ele só usava camisas brancas.
O verbo pronominal lembrar-se é transitivo indireto, exigindo a preposição de.
„„Feliz do pai cujos filhos são ajuizados.
O pronome relativo cujo (com a função de adjunto adnominal do sujeito) não pode
estar antecedido de preposição e deve concordar com o substantivo a que se refere
(filhos), portanto cujos.
„„Vivemos um momento em que (no qual) os graves problemas econômicos impedem
uma maior mobilidade social.
O pronome relativo que desempenha a função sintática de adjunto adverbial de tempo
e deve estar antecedido de preposição: um momento no qual/em que [...]
4. a) O texto apresenta problemas de sintaxe (falta de preposição antes do adjunto adverbial,
bem como falta de paralelismo) e de ortografia (ausência de hífen). O texto também
apresenta uma redução típica da linguagem coloquial (“Tá”).
b) Mais um jogo em que o meio-campo não cria, o ataque não marca e o Avaí não vence.
A tônica do time no campeonato. Está se complicando.
5. a) Preposição exigida: em. Corrigindo:
Esta é a escola em que os pais confiam.
b) O verbo confiar rege a preposição em.

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Aulas A poesia do século XIX: Parnasianismo e Simbolismo
93 e 94

1. Antero de Quental e Olavo Bilac expressam opiniões opostas: Antero defende a união entre
eles, ou seja, que o poeta se torne porta-voz dos anseios populares; já Bilac defende o
distanciamento e o isolamento do poeta (divorciado de tais preocupações, a busca da
forma perfeita passa a ser sua maior preocupação).
2. a) Em Antero: “[...] a grande voz das multidões! / [...] canções... / Mas de guerra... e são vozes
de rebate!”; em Bilac: “estéril turbilhão da rua”.
b) Em Antero: “soldado do Futuro”; em Bilac: “Beneditino”.
3. Antero: arte engajada; Bilac: arte pura (“arte pela arte”, voltada para a produção do Belo).
4. a O poema revela a preocupação constante do poeta simbolista em expressar suas dores e
agonias, embora todo esse sofrimento seja muitas vezes oculto sob a máscara da alegria.
5. b O primeiro e o terceiro versos combinam aliterações e assonâncias.
6. d O poema de Olavo Bilac tem caráter metalinguístico, concentrando-se especificamente no
fazer poético.

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Aulas Pré-Modernismo
95 e 96

1. Dois aspectos formais e estilísticos de sua poesia chamam a atenção:


1) uso de uma “forma clássica” – o soneto com versos decassílabos e rimas regulares, muito
valorizado pelo Parnasianismo e pelo Simbolismo.
2) o gosto pelas aliterações mostra influência do Simbolismo: veja-se, por exemplo, a repe-
tição da consoante /t/ para sugerir, possivelmente, batida, açoite, etc.
2. O título é uma ironia, pois cria uma expectativa que o poema não realiza: aponta para algo
subjetivo, sentimental/romântico e, em vez disso, o poema é amargo, duro, agressivo e
antirromântico.
3. A linguagem pode ser vista como oposição aos mandamentos parnasianos, uma vez que
o poema valoriza uma linguagem que foge do erudito, do invulgar, do português castiço,
trazendo para o poema palavras coloquiais/não poéticas, que dão ao poema um tom prosaico
e cotidiano: “fósforo”, “cigarro”, “escarro”, “lama”.
4. O poema rompe com a poesia valorizada pela elite conservadora: a poesia bem feita pelos
parnasianos, que cultua o “belo” e expressa sentimentos que enlevam a alma; em vez disso,
recorre à exposição crua de relações frias e desumanas com uma linguagem agressiva,
chocante, com o uso de termos não poéticos, que escandalizou os leitores da época.
5. O poeta revela uma concepção materialista-determinista, o homem como produto do
meio: por/para viver entre feras, torna-se também fera.
6. O texto dá continuidade ao tema da dualidade “aparência/realidade”, “máscara/face verda-
deira”: procura tirar a “máscara” para deixar ver o rosto verdadeiro; destruir as aparências
para ver a realidade; em vez de bons sentimentos (amor, carinho, ajuda/amparo), encontra
o indivíduo apenas indiferença, ingratidão, perfídia, dor, etc.
7. A respeito da vida e dos relacionamentos humanos, Augusto dos Anjos expressa em seus
poemas uma visão pessimista, cheia de decepção e descrença nas pessoas e em seus bons
sentimentos.
8. O eu lírico tem como interlocutor o leitor a quem, por meio de verbos no imperativo,
aconselha, querendo instruí-lo, ou seja, “dar-lhe uma lição” a respeito da vida: diante
da cruel e miserável realidade do mundo (“Acostuma-te à lama que te espera!”), é
necessário aprender a defender-se (“Apedreja essa mão vil que te afaga, / Escarra nessa
boca que te beija!”).
9. e O Pré-Modernismo de Lima Barreto visa a denunciar problemas sociais, notadamente de
tipos humanos que não estão plenamente adaptados aos padrões da sociedade em que
estão inseridos ou excluídos (por razões sociais, raciais, etc.). Alguns exemplos são anto-
lógicos, como Isaías Caminha (negro, pobre), Clara dos Anjos, Policarpo Quaresma, entre
outros.
10. c O autor pressupõe que o leitor, assim como ele, sente amor pela rua, o qual é perene por
permanecer ainda que o tempo leve consigo “coisas fúteis e acontecimentos notáveis”.

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Aulas Modernismo no Brasil: 1922-1930
97 e 98

1. A linguagem e as imagens utilizadas por Antônio de Alcântara Machado remetem às ten-


dências modernistas do cubo-futurismo que ele assimilou via Oswald de Andrade. Em “O
esperado grito do cláxon [...] Uiiiiia-uiiiiia” e “Passou de novo. Continuou. Mais duzentos
metros. Outra curva.” pode-se notar a presença de imagens que remetem à modernidade
(o automóvel), as quais são registradas em ritmo de “flashes” contínuos, como mostra a
pontuação usada pelo autor, que nos remete à linguagem cinematográfica.
2. a) Expressionismo.
b) Duas características do Expressionismo no texto:
1) Descrição da natureza a partir de associações subjetivas do escritor: “Era Loge, deus do
incêndio [...] Loge perseguia as medrosas [...] E o encantamento do fogo principiou para
Brunilda”. Mário de Andrade associa, nessa passagem, a paisagem (o Sol, a montanha) com
a ópera As valquírias, de Richard Wagner;
2) Apresentação da natureza como ser conturbado, em desespero ou em intenso sofri-
mento: “[...] viu a montanha curvada, com o sol lhe mordendo as ilhargas [...] As montanhas
desembestavam assustadas, grimpando os itatins com gestos de socorro, contorcidas.
Loge perseguia as medrosas [...]”.
3. a O Modernismo foi um movimento de renovação estética que, de alguma forma, incorpo-
rou influências externas, adaptando-as ao ambiente nacional.
4. A Semana de Arte Moderna produziu uma ruptura com a tradição, dando início ao processo
de mudanças culturais e políticas que renovaram as condições da vida nacional.
Alguns efeitos:
„„valorização de uma linguagem brasileira;
„„reforço da relação entre cultura e nação;
„„crítica política ao domínio das oligarquias rurais;
„„afirmação de uma cultura essencialmente brasileira;
„„intensificação dos estudos sobre o folclore e a cultura popular;
„„recepção de tendências modernistas na arquitetura e nas artes.

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Aulas Autores modernistas: Oswald de Andrade, Mário de Andrade
99 e 100 e Manuel Bandeira

1. a) No texto I, pode-se perceber, do ponto de vista temático, a mistura de várias culturas


(a indígena – “Boto”, a africana – “Xangô” e a europeia – “santos”), que resultará em práticas
religiosas sincréticas, o que seria um índice do processo antropofágico de construção da
cultura nacional.
Do ponto de vista da expressão, vemos o mesmo procedimento antropofágico ao se cons-
tituir uma “geleia geral” linguística, com a apropriação de termos indígenas, portugueses e
africanos, como “çairê”, “Xangô”, “budum”, “coty”, “pitium”, etc.
Curioso notar que Mário de Andrade utilizou o vocábulo “çairê” (sairé), que em si traz a
ideia de uma festa religiosa de caráter sincrético.
b) O texto II parodia o discurso retórico que predominava na cultura brasileira no final do
século XIX e nas primeiras décadas do século XX. Trata-se, como o denominava Oswald de
Andrade, da prática do beletrismo: discurso pobre ou vazio de ideias, mas ornamentado
por uma ilustre orquestração linguística. Macunaíma, ao se apropriar dessa modalidade
de expressão, assume uma linguagem que não é a sua, mas a utiliza para se colocar numa
posição de superioridade. E nisso se revela a natureza desse estilo, própria das elites: é, no
fundo, instrumento de dominação.
O Macunaíma real, em seu mundo popular e de práticas religiosas sincréticas, com sua
linguagem própria, isto é, verdadeira, aparece no texto I. Desse modo, o texto II revela
um Macunaíma que não é, ou seja, um Macunaíma tão falso quanto a linguagem por ele
utilizada.
2. a) As principais modificações estruturais feitas pelo modernista referem-se à organização
do texto em verso em oposição à prosa da carta de Caminha.
b) Sim. Ao colocar a cena em um contexto moderno (a estação de ferro), as moças a que o
poeta se refere são aquelas que fazem “ponto” na estação, ou seja, prostitutas.
3. a) O verso, no qual o autor mimetiza a linguagem infantil, não apresenta uma estrutura lógica
própria da gramática da língua portuguesa, não sendo, de imediato, portador de sentido.
b) O verso reflete a atitude revolucionária do primeiro momento modernista, rompendo
com a “poesia bem feita” valorizada pela elite cultural brasileira. Várias características
atestam essa atitude, como a falta de pontuação, a liberdade formal, a enumeração
caótica, a integração da linguagem verbal com a visual, presença de figura integrando
o poema, etc.
4. b Bandeira coloca o questionamento sobre a passagem da vida (nos dois últimos versos) a
partir da observação que faz do cotidiano no interior, o qual, aparentemente, é monótono,
mas tem em cada elemento uma especificidade.
5. a) Primeiro, o uso excessivo de diminutivos (“bichinho”, “limpinhos”, “ternurinhas”), uma
característica da linguagem infantil que indica afetividade. Segundo, a simplicidade e, até
certo ponto, a informalidade da estruturação sintática, o que indica um emissor com recursos
de linguagem ainda restritos.
b) O amor não correspondido, a frustração amorosa.

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6. a) No poema de Manuel Bandeira, o tema da morte recebe um tratamento diferente da-
quele observado no Romantismo. O romântico anseia pela morte (escapismo); Bandeira an-
seia por Pasárgada, ou seja, pela vida plena, pois a morte é uma ameaça e presença constante,
em razão da tuberculose. De um lado, existe uma aceitação e resignação diante do fim ineludí-
vel; de outro, a doença leva a uma limitação imensa da vida, à vida que não poderia ser, a uma
quase morte em vida. É esse último aspecto que o “Poema de Finados” enfoca. Acrescente-se,
ainda, o fato de Bandeira inverter a tradição: rezar não pelo morto (o pai), mas pelo vivo (o filho,
que não vive como gostaria e se sente como morto). Outro fator distintivo é a sobriedade, ou
seja, a contenção emocional do eu lírico, o que pode ser visto na pontuação, com ausência total
de exclamações.
b) O poema apresenta contenção emocional, sobriedade, e não ausência de emoção. A
expressão de sofrimento é intensa na última estrofe, mas sem a exacerbação do sentimen-
talismo romântico.

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Aula Construindo a conclusão (I)
101

1. a) A conclusão – iniciada pela frase “Eu, pessoalmente, não acredito em reforma política
nenhuma” – retoma e reafirma a tese espelhada no título “Reforma política, Deus me livre”.
b) O questionamento (o autor acredita ser compartilhado pelos leitores) “E alguém acre-
dita que eles votariam em alguma coisa que não fosse em seu próprio benefício?” e a con-
clusão-surpresa, com o uso do provérbio “Quando os gatos fazem as pazes com os ratos,
quem vai a falência é o dono do armazém...”.
2. A conclusão retoma a tese de que “a participação do Exército no policiamento nunca pro-
duziu bons resultados” (“A solução para o problema da criminalidade do Rio é outra”) e
apresenta um conjunto de soluções para o problema discutido.
3. Redação pessoal.
4. Redação pessoal.

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Aula Construindo a conclusão (II)
102

1. Redação pessoal.
2. Comentário da UERJ:
Conforme o penúltimo parágrafo do texto, para chegar à sensibilidade do público, é pre-
ciso “saber narrar” e “um receptor disposto a entender” a mensagem. Ou seja, o emissor
da mensagem precisa demonstrar competência discursiva, enquanto o receptor precisa
querer entender o que aconteceu, superando preconceitos e eventual apatia.
3. Comentário da UERJ:
A enumeração de episódios de violência extrema reforça a conclusão do texto, que apela
para a necessidade de se falar abertamente sobre esses episódios para melhor entendê-
-los. O risco de não se falar sobre tais acontecimentos trágicos é justamente o de permitir
que eles se repitam muitas vezes.
4. Redação pessoal.

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Aulas Coesão textual e paralelismo
103 e 104

1. a) A afirmação “como bons cristãos” não tem relação com o real, ou seja, não está de acordo
com a realidade, pois árabes e judeus não são cristãos.
b) Há contradição entre “diminuição do poder de compra” e “aumento de demanda”. A di-
minuição do poder de compra tem como consequência a diminuição de demanda.
2. e Alterando a ordem dos versos, fica evidente o seu sentido: “Cai nessa, não” / “[de que] A
mulher foi feita / pro amor e pro perdão.”
3. Embora não seja o único recurso, a repetição de palavras é fundamental:
           “Você, que só faz usufruir
           e tem mulher para usar ou para exibir,
           você vai ver um dia
           em que toca você foi bulir.
           A mulher foi feita
           pro amor e pro perdão.
           Cai nessa, não.
           Cai nessa, não.”
4. Podem ser transcritos os versos:
„„“Você, que só faz usufruir” – o pronome relativo “que” retoma o vocativo “você”.
„„“A mulher foi feita / pro amor e pro perdão. / Cai nessa, não.” – o pronome demonstrativo
“essa”, contraído com a preposição “em”, retoma o verso anterior “A mulher foi feita / pro
amor e pro perdão”.
5. c Comentário:
Uma ideia implícita à declaração feita pela personagem no primeiro quadrinho é que a
professora se zanga com redações feitas só com perguntas. Pressupõe-se, assim, que fazer
perguntas, expor indagações, como as que são apresentadas em seguida, é uma prática
desestimulada no universo escolar.
6. b O termo “aqui” substitui “nossa pátria”, o que torna possível a não repetição da expressão.
Desse modo, está correta a alternativa b.
Comentário: no segundo quadrinho, a personagem começa a fazer as perguntas anuncia-
das no quadrinho anterior. Na pergunta “Nós amamos a nossa pátria só porque nascemos
aqui?”, do segundo quadrinho, observa-se o emprego da palavra “aqui” referindo-se a “nossa
pátria” e evitando, assim, a repetição dessa expressão.
7. Os três textos podem ser articulados de diferentes maneiras. Cita-se uma possibilidade,
a seguir:
Desespero meu: deparei-me com leitura obrigatória de livro indicado; porém, mais tarde, uma
surpresa: aquele livro era tão bom que sua leitura não me causou aborrecimento nenhum.
8. b Na alternativa a, o elemento destacado não é retomado posteriormente; nas alternativas c
e d, os elementos destacados são retomados por pronomes anafóricos (“levá-la”, “nem pa-
lavras desta”). Na alternativa b, o verbo chorar é retomado por elipse na segunda oração:
“Muitos homens choravam também, as mulheres [choravam] todas.”

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9. Redação pessoal.
Exemplo:
No momento em que o Brasil reencontra alguma estabilidade, vale perguntar se este país é
viável. O real trouxe uma inflação baixa e quase civilizada; no entanto, a Bolívia e o Paraguai
também têm uma inflação baixíssima e nem por isso são paradigmas de desenvolvimento
e fartura. Por outro lado, o Brasil possui território, mercado e capacidade empresarial que o
distinguem do resto do mundo; entretanto, essas mesmas qualidades não melhoraram a
sorte da Índia, que continua um país em desenvolvimento.
10. a) Funcionários cogitam (fazer) uma nova greve e (cogitam) isolar o governador.
ou
Funcionários cogitam uma nova greve e o isolamento do governador.
b) Essa reforma agrária, por um lado, fixa o homem no campo, mas, por outro lado, não lhe
oferece os meios de subsistência e de produção.
ou
[...] os meios de subsistir e de produzir.
11. a) I. O futebol conquistou um papel na sociedade tanto cultural como econômica e poli-
ticamente.
II. Os clubes buscam a expansão do (expandir o) número de associados, bem como a
redução dos (reduzir os) gastos com publicidade.
b) III. Em função de (Diante de) tais fatos, fica claro que o futebol exerce uma grande influên-
cia no cotidiano do brasileiro.
IV. O técnico declarou aos jornalistas que, para o próximo jogo, ele tem uma carta na manga.
Há outras possibilidades de redação.
12. a) O autor associa duas coisas de naturezas distintas: tempo (quinze meses) e dinheiro
(onze contos de réis).
b) A intenção é produzir ironia: o amor de Marcela não passava de interesse financeiro.

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Aula Gêneros textuais (IV): carta aberta, manifesto e discurso
105

1. O texto tem como principal intencionalidade discursiva alertar, protestar e reivindicar


publicamente, de forma argumentativa, quanto a suas inclinações sobre um assunto
(a revalidação automática dos diplomas mencionados no texto) de interesse coletivo
(no caso, a comunidade científica brasileira).

2. Elementos formais:
„„Data:
Rio de Janeiro, 4 de dezembro de 2012
„„Vocativo:
Excelentíssimos Srs. Deputados Federais e Senadores da República Brasileira
„„Interlocução:
“solicitam mais uma vez vosso olhar cuidadoso aos projetos de lei que tramitam em
nosso Congresso”
„„Encerramento:
Assinaturas.

3. A introdução corresponde ao 1º parágrafo, que possui dois elementos estruturais:


1) Identificação dos signatários:
“Academia Brasileira de Ciências (ABC), a Academia Nacional de Medicina (ANM), a Socie-
dade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), a Associação Nacional dos Dirigentes
das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) e o Fórum de Pró-Reitores de Pós-
-Graduação e Pesquisa (Foprop)”
2) Pedido/solicitação:
“solicitam a rejeição do Projeto de Lei 1981/2011, que tramita na Câmara dos Deputados,
e do Projeto de Lei 399/2011, que tramita no Senado Federal, e que tratam da revalidação
automática de diplomas de pós-graduação obtidos em países-membros do Mercosul.”

4. O desenvolvimento corresponde à argumentação feita do 2º ao 4º parágrafo, apresentan-


do as justificativas da solicitação:
„„2º parágrafo: os projetos representam um risco ao Sistema Nacional de Pós-Graduação,
validando diplomas independentemente de suas universidades de origem e de sua
qualidade.
„„3º parágrafo: os projetos colocam em risco a excelência e o reconhecimento internacio-
nais adquiridos pelo Brasil, resultantes de critérios de qualidade aceitos e utilizados nos
países grandes produtores de ciência no mundo.
„„4º parágrafo: combate à revalidação automática sem exame e comprovação do trabalho
científico, tecnológico, educacional e de inovação, realizado tanto pelo portador do tí-
tulo como pela instituição que o titulou. Fundamenta essa exigência na lei nº 9.394/96,
que aprovou as diretrizes e bases da educação nacional.

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5. A conclusão corresponde ao 5º parágrafo, fazendo a retomada da solicitação que motiva
a carta aberta aos congressistas.
6. a) Trata-se de um enunciador identificado apenas pelo nome do movimento, “Afirme-se!”.
O manifesto é dirigido a quem concorda com as ideias defendidas em seu texto.
b) Defender a manutenção das políticas afirmativas no julgamento a ser realizado pelo STF.
7. O parágrafo foi estruturado da seguinte forma:
1 – começa pela introdução do assunto (as políticas de ações afirmativas e as cotas como
um dos instrumentos dessas políticas);
2 – a seguir vem o tópico frasal ([as políticas afirmativas] permitem corrigir uma dívida
social histórica e promover a igualdade de oportunidades para todos os cidadãos);
3 – conclui com a justificativa da tese (persistência da desigualdade entre brancos e
negros e dos mecanismos de discriminação).
8. O manifesto apresenta os seguintes argumentos:
„„Dados estatísticos: mais de 60% da população é favorável às cotas.
„„Indicação de confiabilidade desses dados (pesquisa Datafolha).
„„Desempenho dos alunos cotistas é igual ou superior ao dos demais (sem indicação das
fontes para essa afirmação).
„„As cotas não implicam prejuízo para a qualidade do ensino.
„„Vantagem do sistema de cotas: as vagas, asseguradas para toda a sociedade, refletem
melhor a diversidade socioeconômica.
„„A não aprovação das cotas pelo STF seria um retrocesso.
„„Outras ações afirmativas poderiam correr o risco de também deixar de existir.

9. A conclusão enfatiza que as ações afirmativas são uma conquista dos movimentos sociais
e convoca as pessoas para a mobilização em prol da defesa dessa conquista. O tom con-
vocatório é característica essencial de um manifesto.
10. a) Uso da variedade padrão formal da língua.
b) Uso de verbos no imperativo, sobretudo em se tratando da convocatória (chamamento
à participação das pessoas na defesa da causa em questão): “Mobilize-se e vamos juntos
garantir essas conquistas”.

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Aula Gêneros textuais com linguagem verbo-visual (III): charge e cartum
106

1. d A charge mostra medidas econômicas do governo em um dado momento (visando ao


estímulo do consumo por parte da população) e a mentalidade paternalista generalizada,
que concebe o governo como responsável pela solução dos problemas das pessoas.
2. a O cartum transcende uma específica questão de época (nacional/regional), atingindo uma
dimensão superior por trazer à tona o tema da esperança, de caráter universal.
3. d Pode-se facilmente perceber a referência ao povo nordestino pela figura maior (Zeferino),
que sustenta sobre seus ombros os dois outros personagens.
4. c O texto verbal – “Tão vendo alguma esperança?” – funde-se com o texto não verbal, dan-
do-lhe uma maior dimensão. A pergunta acaba por incluir o leitor na situação crítica para
a qual o cartunista chama a atenção.

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Aulas Oficina de redação 5
107 e 108

Redação pessoal.

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