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Lore de Merlin Sobeck

Ato 1 - Origem
As emoções de todos os seres é algo lindo, elas fluem junto com a
mana do nosso corpo e se manifestam na realidade conforme aquilo
que sentimos, pensamos e desejamos. Porém, nem todos possuem
liberdade.

Criados através da arte de moldar a realidade, da magia, eu e outras


pessoas passamos a servir durante nossas vidas a um mago maligno
e arrogante. Tínhamos que ser perfeitos, "sem emoções, apenas
eficiência". Realizávamos todo tipo de serviço para ele, e alguns
ainda eram usados como cobaias para seus experimentos, alquimia e
magias proibidas. Ninguém daquele lugar tinha coragem de se opor à
vontade do lorde. Nascemos graças a ele; não devemos desobedecê-
lo. A magia é extremamente perigosa nas mãos de uma pessoa cujas
emoções desejam o poder e a destruição.

Um dia, uma polímata chamada Elizabeth Sobeck se juntou à casa do


lorde. Ele dizia para não falarmos com ela e que a passagem dela por
ali era temporária. Mas se passaram estações e ela continuava lá,
adquirindo diversos conhecimentos do mundo e inovando todo o
lugar com suas invenções. A forma como ela manifestava suas
emoções a cada ação que fazia era uma arte incrível que mudou toda
a atmosfera do lugar. Isso não se tornou algo bom aos olhos do
nosso lorde. Começamos a repetir os atos de Elizabeth. Ela abriu
brecha para nossas mentes conhecerem o mundo, e ela ensinava um
pouco de cada um de seus conhecimentos, que tinham conexões
entre a arte e a ciência do mundo. Desde conhecimentos básicos até
conhecimentos avançados e complexos, como máquinas voadoras, a
magia e alquimia. Tudo era tão fascinante, e a maneira de realizar
cada coisa era sempre diferente, pois tudo fluía junto das emoções.

Infelizmente, tudo isso acabou quando um dia o Lorde Mago


Hermes, em sua fúria, levantou suas mãos gesticulando e lançou
uma magia em direção a Elizabeth. Eu corri em direção a Elizabeth,
ficando à sua frente para protegê-la do feitiço. Elizabeth nos fez ter o
desejo de viver, nos deu a liberdade de sentir nossas próprias
emoções e mostrou o caminho para manifestá-las. Esse não poderia
ser o fim dela, mas não faria diferença um servo como eu terminar
seu caminho ali. Por mais que a magia lançada fosse poderosa, meu
caminho não chegou ao fim, talvez por sorte ou obra do destino. A
magia lançada acertou apenas uma pequena região do meu rosto.
Isso já seria capaz de me matar, mas eu lutei, lutei contra a própria
morte naquele momento. Eu queria viver, eu queria ser como a
magia, manifestar as emoções na realidade de um jeito único, me
moldando sempre em algo novo.

Meus irmãos e irmãs se reuniram ao redor de mim e Elizabeth.


Estavam com medo, mas tinham a coragem de enfrentar um inimigo
maior que todos eles juntos. Elizabeth tranquilizou a fúria de
Hermes, que se virou diante daquela situação e se trancou em sua
sala. Mas a situação ainda estava complicada. Eu estava entre a beira
da vida e da morte. Meu corpo era frágil; eu era apenas o fruto de
uma ambição maligna. Eu não tinha forças para continuar. Diante
daquela situação, Elizabeth deu um basta e reuniu tudo que tinha
para enfrentar o lorde. Junto com a ajuda de meus irmãos e irmãs,
eles planejaram a queda de Hermes! Elizabeth sabia como salvar
minha vida e derrotar aquele mal que nos assombrava. Era arriscado,
mas ninguém queria continuar vivendo daquele jeito, naquele lugar.
Então realizaram a grande investida contra Hermes. Uma armadilha
foi montada, mas tudo tinha que ser rápido. Em breve eu daria meu
último suspiro de vida.

Com o lorde tirado de sua sala com uma distração, Elizabeth entrou
rapidamente em sua sala e começou os preparativos para me salvar.
Ela estava disposta a realizar um sacrifício, um ritual de troca de
corpos. Dessa maneira, trocaria sua vida pela minha. Esse seria seu
desejo de acender a chama da liberdade. Porém, o ritual foi
interrompido. A armadilha não tinha dado o devido fim a Hermes, e
ele entrou na sala com feridas, mas ainda caminhando com seu
cajado. Ele manifestava raiva e medo... O ritual teve seu símbolo
danificado, e isso trouxe graves consequências. Ao invés de nossas
almas trocarem de corpos, elas se uniram e ficaram presas em um
único corpo. E agora era nosso papel acabar com o reinado de
Hermes. Nesse momento, ele sentia as emoções que ele tanto queria
reprimir. A liberdade que ele aprisionou despertava, e nem mesmo
sua magia iria parar a ambição dos humanos!!

O seu reinado terminou em chamas, levando-o junto de tudo que


construiu a cinzas, restando apenas os filhos da liberdade, agora
livres para sentir, desejar e manifestar suas emoções, deixando sua
marca na realidade!
Nas minhas aventuras pelo mundo, conheci diversas pessoas,
culturas e lugares extraordinários que pareciam sair de livros e
contos sonhadores de um bardo. Eu aprimorei minhas habilidades
junto de Elizabeth. Eu não conseguia escutar sua voz, mas sentia ela
me guiando em minhas aventuras. Porém, as coisas se tornaram
estranhas em nosso mundo. Tudo começou a se tornar instável,
diversas coisas desapareciam de nosso mundo e outras apareciam
como se tivessem vindo de um lugar totalmente novo. Eu parti em
busca de respostas do que estava acontecendo, logo eu saberia que
nosso mundo encontrava sua ruína...
Enquanto reunia pistas e investigava o tormento que virava o mundo
de cabeça para baixo, passei pela floresta das memórias, conhecida
por guiar as pessoas e ajudá-las a encontrar seu caminho. Nela,
encontrei uma jovem contadora de histórias, ou... ela me encontrou.
Ela era a guia daquele lugar. Fui abrigado em sua casa e
compartilhamos nossas histórias, cada uma mais fascinante que a
outra, com a única diferença de que ela nunca viveu suas histórias.
Ela vivia "presa" na floresta, guiando aventureiros perdidos para seus
caminhos. Ela não possuía nem nome, vivia nos bosques daquela
floresta manifestando suas emoções e desejos em arte, canções e
histórias. Eu comentei a ela o que acontecia com o mundo e que ela
deveria viver com liberdade e seguir suas ambições. Não se sabe
quando tudo irá acabar, por isso é preciso aproveitar cada momento,
cada sentimento! Eu a presenteei com um nome, Mia, inspirada. Ela
se ofereceu para vir comigo, e logo seguimos em frente. A floresta
não mostrou o caminho para salvar nosso mundo, mas mostrou que
caminho eu iria seguir: um caminho de ambição e liberdade, fazer as
pessoas se tornarem livres, fazê-las seguir seus sonhos e ambições, e
eu estarei ajudando-as nessa jornada.
Um tempo depois, acabei tendo um encontro com um grupo de
pessoas que diziam não pertencer a esse lugar, um príncipe de um
reino de fadas no qual foi destruído, que carregava a semente de
uma árvore sagrada, uma Ninfa que desejava queria criar um lugar
seguro para todos que fogem de seu passado e uma serva do sol.
Nós ajudamos um aos outros e criamos uma boa relação, menos
Arlequim, o príncipe das fadas... não tivemos um bom primeiro
contato...
E eu ofereci ajuda para procurar uma salvação para nossos mundos
antes que tudo acabasse. Juntos encontramos contos antigos de uma
entidade que viajava entre mundos, seu nome não era mencionado.
Tentamos realizar um ritual de chamado, um tiro no escuro, para
chamar a atenção da entidade, mesmo que ela própria já estivesse
ciente dessa crise entre os mundos. Quando menos esperávamos,
durante uma tentativa nossa de salvar as pessoas de nossos mundos,
um milagre veio até nós com uma melodia. Uma entidade de olhos
azuis, que possuía um capuz cobrindo seu rosto e seu corpo flutuava
em pleno ar, foi nossa salvação para um lugar seguro. Não sabíamos
se o ritual deu certo ou se apenas foi coincidência da criatura surgir,
mas agora estávamos seguros e podíamos ter um recomeço em uma
nova terra...

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