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Melkor Malvenor Melkovitch

Melkor nasceu numa terra longínqua no norte, “Morro branco” como era conhecida sua
terra, um local isolado, cujos habitantes feiticeiros e paladinos; essa terra era liderada pelo
senhor Arleis, um paladino poderoso, bem conservador, que seguia cegamente a luz divina
de Omanteine, uma “deusa” que muitas gerações atrás abençoou a cidade, fazendo todos
terem uma aparência perfeita, olhos azuis, pele branca, cabelo loiro dourado, e
principalmente incríveis talentos, tanto para mágica quanto artes marciais.
A cidadela Morro branco é uma cidade centenária, que todas as 25 gerações, paladinos e
feiticeiros têm sido enviados para fora para combater o mal, todos os anos novas crianças
com talentos nascem, até que no marco do dia 12, as 11:00 da noite da 26º geração, uma
criança fora dos padrões nasceu, seu cabelo era cor de palha, e seus olhos extremamente
escuros, “Melkor” foi o nome dado por seus pais, na linguagem da cidadela, era traduzido
para “soturno”, era uma criança normal, mas algo nela chamou a atenção de Arleis, que
sempre estava lá em algum canto a observando, isso fez melkor pensar que todos ao redor
tinham altas expectativas dela.
No seu aniversário de 15 anos, houve uma iniciação, ou melhor, um teste, que os
mestres feiticeiros e os grandes paladinos(incluindo arleis), decidiram se ela se encaixa na
área mágica ou física, ela, sempre tentando ser a melhor, antes dessa iniciação ela
aprendeu tudo que podia sobre as duas classes, e assim, levou uma greatsword de ferro e
platina para o teste, esse teste, que era nada mais nada menos do que uma batalha livre
em que o que está sendo testado tem que aguentar o máximo de tempo possível lutando
com hordas de soldados, o teste de Melkor durou 27 horas, ela usou uma magia para
conseguir se manter com energia por tanto tempo, quase o dobro do tempo de outros
paladinos, e apenas abaixo de Arleis cujo record era 28,1 horas. mesmo com esse tempo,
nem os feiticeiros nem os paladinos conseguiram decidir em qual classe ela se encaixa, se
nao for nas duas, Melkor esperou por dias, posteriormente meses por um resultado, ela era
inegavelmente um prodígio, então, ela foi chamada mais uma vez ao templo superior,
habitação dos mestres, e ouviu que ela era uma aberração, apenas por conseguir usar artes
marciais e magia ao mesmo tempo, e foi sentenciada a nunca sair da cidadela.
Melkor, que sempre se subjugou e abusou dos limites do próprio corpo em nome do
sucesso, não aceitou tal situação, e começou a gritar com os mestres, até que Arleis tentou
atordoar ela, coisa que não funcionou e custou o braço de aleirs, que foi facilmente cortado
com a espada de melkor, e o trabalho de apagar ela ficou para os feiticeiros.
Quando acordou, não lembrava de nada que aconteceu depois do teste, e estava em
uma prisão, na companhia de Arleis, que estava completamente nu sentado em uma
cadeira, “sabe, pequena melkor, quem sabe se você não tivesse tido aquela crise de raiva,
eu não seria o responsável por ter que tirar sua pureza de você, e seria bem mais indolor,
um dia você vai entender, e vai saber que é tudo em pró da nossa senhora Ormanteine”

Novamente a memória de Melkor foi apagada, dessa vez ela acordou em seu quarto, havia
uma carta em suas mãos "você não passou no teste, logo não pode sair da cidadela” o selo
dos mestres estava bem destacado na carta, mas dessa vez, melkor apenas aceitou, e
voltou a dormir.
E o desânimo e preguiça passou a tomar conta de Melkor, passou a se excluir dos outros, e
sempre ficava em cima de um dos montes, assistindo o nascer do sol, sentido o calor do
meio dia, e vendo o pôr do sol, com o constante sentimento de que algo estava faltando,
dentro de sua cabeça e em seu corpo, e fez isso até fazer 30 anos. E nas suas rotinas
matinais de ver o sol mudando de ângulo, ouviu em uma das conversas de uns iniciantes,
que havia um necromante agindo em uma cidade a 4 dias de distância, e isso despertou,
depois de muito tempo, o interesse dela, decidiu esperar até de madrugada no mesmo
lugar, roubou uns suprimentos, e um cavalo cinza, e foi até essa cidade, o cavalo não era
usado, mas era extremamente rápido, o coração dela batia muito rápido, era sua primeira
vez fora da cidadela, e primeira vez sentindo o maravilhoso gosto da liberdade, depois de
menos de 2 dias viajando direto, chegou nessa tal cidade, pequena e pacata, bem diferente
das muralhas e torres de mármore puro da sua cidade, nunca interagiu com outros seres
humanos, eles eram diferentes dela, pele bronzeada e cabelo marrom, se sentiu incomum,
mas não perdeu a coragem de entrar lá, mas antes, ela sujou a cela que o cavalo usava, e
achou um pedaço de pano grande o suficiente para servir de capa e cobrir sua armadura
branca, e entrou na cidade, um pouco sem jeito, mas já se acostumava a emoção, entrou
em um bar, e perguntou sobre o tal necromante, contaram que ele estava numa parte
abandonada da cidade, e que estava tentando realizar uma ressureiçao, a parte
abandonada era praticamente ⅓ da cidade, e era um pouco afastada, seria um pouco dificil
achar o lugar, era oque pensava ate chegar lá.
Na parte abandonada havia uma pequena torre, de tijolos escuros, que emanava uma aura
sombria que até mesmo o paladino mais amador conseguiria notar, deixou sua espada
pronta, e entrou devagar na torre, ao abrir a porta, havia escadas que levavam para baixo, e
que a escuridão tomava conta, teve que guardar sua espada, descia tentando fazer o
mínimo de barulho, mas suas botas de metal atrapalharam a furtividade, conforme descia,
ouvia uma voz masculina grossa ecoar, parecia estar falando alguma língua antiga,
certamente era o necromante, até que finalmente chegou, numa sala escura, cheia de
pentagramas, e uma forte presença de magia negra, decidiu não sacar sua espada, e ver
com o que estava lidando.
Melkor viu um espírito habitando uma roupa incomum, luvas de metal, ombreiras, e um
capacete com coisas que pareciam espinhos em cima, uma capa roxa escura e uma grande
túnica, e também botas de metal, essa figura estava ajoelhada enquanto abraçava um
esqueleto que parecia ser de uma criança.
Ei você!
Melkor usou um tom alto para tentar impor dominância, e tentar assustar o necromante, que
soltou o esqueleto e o pós lentamente de volta no pentagrama, e se preparou para levantar.
O que você acha que está fazendo?
perguntou ela, confiante, e tentou pegar a espada das costas, e não conseguiu, ela ficou
presa no cinto, e fez Melkor se desesperar imediatamente, e essa foi a ótima oportunidade
para o necromante, que se levantou e apontou a "mão" para ela, e usou uma magia negra
para prender ela na parede, melkor estava imovel, o necromante analisava a situação, ela
tentava se soltar tentando se mexer, ele forçou ela ainda mais contra a parede.
Ora ora… uma paladina, daquela cidadela… pensei que vocês não lidavam com casos
pequenos… espere…
Melkor achou estranho mas não se surpreendeu, a cidadela era enorme, mas não entendeu
oque a última frase dele significava.
Você… eu me lembro… Nunca pensei que fosse te ver de novo… perdão por minha
imprudência…
Embora fosse uma criatura maligna esse necromante tinha muita classe, Melkor nunca ficou
tão confusa, como diabos o necromante conhecia ela? sua cabeça ficou tão avoada, e
lentamente conseguia os movimentos do corpo de volta, foi solta da parede e quando
chegou ao chão se desequilibrou, mas conseguiu usar sua espada para se manter em pé,
C-COMO VOCÊ ME CONHECE MONSTRO?
Ela estava curiosa, mas não importava muito, antes de qualquer resposta ela pegou a
espada e com jeito avançou até ele, que desviou, a espada pesada e afiada ficou presa no
chão, novamente a deixando imovel,
“Monstro”? Não foi isso que você me disse na noite que ficamos juntos… e por que você
está mais baixinha que antes?
que? "A noite que ficaram juntos?” “mais baixa?” sempre teve a mesma altura, e nunca
dormiu com uma criatura, nem com ninguém. percebeu que ele estava agindo de maneira
pacífica, como estava em desvantagem decidiu agir assim também.
Ah…. como?
Oras… não lembra de mim? Você me ajudou a armar isso tudo que estou fazendo, e
também é o amor da minha vida…

Estava tentando ser pacífica, mas com essas palavras, que faziam ela questionar toda
moral que sempre teve, era difícil achar argumentos que não fossem insultos.
P- Por que eu ajudaria você a fazer isso?
Ah… você se esqueceu… não se preocupe minha bela dama! vou refrescar sua memória,
foi nessa mesma cidade a algumas décadas atrás… eu estava numa biblioteca, procurando
um jeito de curar minha amada Freind da maldita tuberculose, até que você chegou por trás
de mim! segurou meus ombros cansados, e com sua doce voz me ofereceu este livro
glorioso! e depois de alguns feitiços minha Freind estava quase curada, mas o livro não
parecia estar contente… ele fez minha pobre Freind se transformar naquilo… você
apareceu de novo… e me ajudou a esclarecer com… bom… seu lindo corpo… e me
convenceu a trocar minha alma por mais poder… foi a melhor escolha da minha vida… eu
consegui derrotar Brarrtren… aquele maldito demonio que tomou minha filha de mim… pois
bem, aqui estou, tentando trazer ela de volta mais uma vez… meu animo nunca esteve tao
baixo, mas ver voce de novo… presenciar sua beleza e maravilhosa voz… fez meu animo
ir aos ceus!

Ser pacífica com o necromante foi o maior erro de sua vida.


Melkor conseguiu tirar tantas conclusões ao mesmo tempo, algumas décadas? ela tinha
acabado de fazer 30 anos, oferecer um livro que tem olhos e as folhas são grudentas e
parecem pele? e usar feitiços dele para curar tuberculose? usar o corpo para esclarecer?
fazer um pacto? tudo isso era demais para ela… e Brarrtren? reconhecia esse nome, era
considerado um santo na sua terra…
Brarrtren?
Sim! ele era o seu mestre.. mas agora que você finalmente voltou e ele está morto nós
podemos…
Melkor desabou, nunca confiou na própria cultura, tudo era suspeitamente perfeito, sabe
que não pode confiar em ninguém, principalmente num necromante, mas ela tinha a
impressão que ele poderia de certa forma preencher oque ela pensa que falta, o
necromante ao ver que ela tinha caído no chão foi rapidamente ver se ela estava bem.
Senhora? Está tudo bem?
você foi enganado…
Oque?
Essa mulher não era eu, ela te chantageou para roubar sua alma e da sua filha, desista,
você não pode trazê-la de volta.
o necromante ficou quieto, e se ajoelhou perto de melkor,
Eu sei… só não queria desistir, mas pelo visto não fui o único enganado aqui.
Melkor não acreditava que estava tendo um colapso emocional, e que estava sendo
acolhida por uma criatura como aquela.
Qual é seu nome, senhorita?
Melkor… e o seu?
Ah… melkor… um nome tão lindo para alguém que é mais linda ainda…
Melkor sai de perto dele e se recompõe.
Qual foi a parte que você foi enganado e que eu não sou a mulher que você procura que
você não entendeu?
Nenhuma… Pois bem senhorita… você é um paladino certo?
ela reluta em responder, mas caso ela respondesse que sim não seria uma mentira.
Sim… por que?
Bom, pensei que você fosse servente de luz e etc, mas por que você está sob efeitos de
magia demoníaca?
COMO É?
Ah… suspeitei que não tivesse notado, quer que eu a remova pra você?
Mais uma vez o morto vivo surpreende Melkor, porém ela se sente de certa forma aliviada
por ter razão que algo realmente estava errado com ela esse tempo todo,
Não faça mais nada além de retirar esses efeitos morto vivo! você não vai querer saber
oque eu posso fazer com aquela espada!
Talvez eu queira… Ahem.. ok… vamos para a outra sala que tal? Ah… e pode me chamar
de Krukkel.

Na outra sala, era como uma pequena biblioteca, com um banquinho no meio,
Por favor?
pediu Krukkel apontando para o banquinho. Ela se senta virada de costas pra ele, enquanto
ele colocava uma das mãos na cabeça de melkor,
Isso pode doer um pouquinho…
Faça logo
O necromante colocou as duas mãos na cabeça dela, posteriormente melkor ficou zonza, e
quando foi piscar, viu as coisas que foram apagadas de sua memória, tanta coisa, ela
descobriu que tinha uma irmã, que foi usada de oferenda, viu coisas de sua infância, e
descobriu que o relacionamento dela com a própria família é uma bela bosta e que
aparentemente eles não gostam muito de crianças, e oque Arleis fez com ela, e mais uma
vez, um colapso emocional, ela não queria que nenhum resquício de magia demoníaca
ficasse em sua cabeça, então teve que ver tudo que esconderam na própria cabeça.
Pronto, Querida Melkor… Acabou.
O necromante retirou cuidadosamente as mãos dela, e percebeu que elas estavam cheias
de fumaça, e que melkor não estava respondendo, e foi para frente dela, ver seu rosto.
Melkor?
obrigada.
Ah… não precisa agradecer, minha dama… bom, agora que eu te ajudei… o que vai fazer
agora?
Destruir aquele inferno,
Oh…

Krukkel foi até uma outra porta e pegou uma espada gigante e com uma lâmina colorida.
O que é isso?
Uma das coisinhas que consegui quando derrotei Brarrtren, eu guardei a alma dele ai, e
tenho uma ideia para você… por que você não faz um pacto com ele? vai poder usar essas
espada como se fosse uma faca, como nenhuma outra arma antes, e vai conseguir mais
poder do que você já tem…
Melkor não sabia o que estava fazendo, e simplesmente aceitou, estava mais preocupada
em matar todos naquela maldita cidadela.

Depois de 2 dias de pouca viagem, ela estava de volta, com sua espada nova, e quando
viu, uma das mestras feiticeiras estava em cima da muralha,
DESISTA SUA TRAIDORA! VOCÊ FOI ABENÇOADA, E MESMO ASSIM PREFERIU A
TRAIÇÃO!
melkor começou a rir de maneira histérica, e pulou para cima da feiticeira, com toda a força
da espada nova,
PATÉTICA!
A feiticeira fez um clarão no céu, e amaldiçoou Melkor, que ela sempre se lembra-se de
tudo que causou a falha dela, a feiticeira então exilou melkor das terras do norte.

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