O trabalho é mais do que um aspecto econômico é uma forma
do ser humano produzir sua própria existência. Temos que ter
a ideia de que não existimos em função do trabalho, mas é por meio dele que criamos os meios para nos mantermos vivos. Com essa ideia em mente, é possível ver o impacto do trabalho e sua influência na construção da sociedade. Ele é essencial para o nosso desenvolvimento econômico e sustentável, sendo responsável pela inovação e avanço tecnológico, desempenhando um papel importante de forma econômica e social. Se analisarmos o trabalho dentro de um contexto histórico, podemos observar sua definição em diferentes épocas e entre diversos povos, muitas vezes sendo conceituado de forma negativa, associado a ideias de pena, sofrimento e penosidade. A própria origem da palavra remonta ao latim e está frequentemente ligada a instrumentos de tortura utilizados contra escravos.
Exemplos concretos podem ser encontrados nos sistemas
feudais e durante a Revolução Industrial, períodos nos quais aqueles que se dedicavam ao trabalho enfrentavam condições adversas. Horários extenuantes, escassez de alimentos, salários reduzidos e alojamentos precários eram comuns nesse contexto.
Tendo essa ideia em mente, é difícil imaginar que nossas
relações de trabalho não se alteram de acordo com o fluxo da nossa história, nossas estruturas sociais, relações, posições de hierarquia social e, em grande parte, aspectos culturais erguidos em torno de toda essa relação. A transformação disso tudo não parou na famosa Revolução Industrial, pois ainda hoje é possível perceber o caráter das nossas atividades mudar. A principal peça que move toda relação de trabalho é a globalização, um fenômeno muito significativo na história humana, que alterou nossas relações sociais e de trabalho, fazendo o trabalho desempenhar um papel fundamental na vida das pessoas e nas relações de poder na sociedade.