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Capa
Jéssica Macedo
Diagramação
Mylene Ferreira
Revisão
Sônia Carvalho
Livro Digital
1ª Edição
Mari Sales
Freya Allen estava fugindo de ser abusada. Ela tinha poderes que não
sabia controlar e encantava todos os homens com seu aroma afrodisíaco.
“Passo a passo
Nestas camas de lápide
Todas as silhuetas
Marchando em silêncio
Assista o céu escurecer
O pôr do sol se desfaz
À medida que as nuvens partem
Deixe a ascensão começar”
Krigarè – Never Alone
“Fale-me do mouro
Eu os ouvi dizer que é verdade
Que ele te atrai
Elimina cada pedaço de você
Esqueça tudo”
Cellar Darling – Redemption
Hassassin>> Seria legal vir com o Baruk, o difícil será sobreviver até
chegar em nós. Parece até que juntou todos contra os Savage.
Allen>> Não. A minha vida real é uma merda. Estou ouvindo passos
do lado de fora e será bem provável que eu suma por alguns dias, até
escapar novamente deles.
Hassassin>> Como assim?
Hassassin>> Estou preocupado com Allen. Será que ele zoou ou está
bem?
Silent>> Ele sempre faz isso. Daqui a alguns dias ele volta a ficar on-
line.
“Acho que você corta direto, sim, eu ainda estou perdendo o foco
Tenho minha frequência cardíaca enquanto estou tentando ser honesto
Na minha mente eu tenho jogado tentando resolvê-lo
Como seu amor passou sem nem ser notado”
Solence – In The Dark
O movimento circular e forte em meu clitóris me fez ofegar. Minha
mão estava perdendo a força, eu estava fraca demais para alcançar o ápice.
— O que está fazendo? — Lasher questionou e voltou para a cama,
lentamente.
— Preciso disso. — Virei o rosto e abri os olhos, implorando para
que participasse. — Eu não sei fazer tudo isso passar sem... gozar.
— Tudo bem, me deixe limpar a bagunça que fiz no seu pescoço.
— Você é um vampiro.
— Dedução óbvia, Allen.
— Foi intenso, eu gostei da sua boca em mim.
— Eu tinha uma regra e ela era não tomar duas vezes da mesma
humana. Não terá a terceira. — Colocou um joelho na cama e se inclinou
para mim.
— Por que não? — Tirei a mão da minha boceta e coloquei em seu
rosto, lambuzando seus lábios e bochechas com meus fluídos. — Está
sentindo tanto quanto eu, a conexão é forte, mais do que tudo. Por favor,
Lasher.
— O quê?
— Eu preciso de você dentro de mim.
Então, a conversa acabou. Ele tirou a roupa rapidamente, rasgou a
camisa que eu vestia e ficou por cima, investindo com apenas um
movimento. Suas mãos prenderam as minhas acima da cabeça, sua boca
voltou para o meu pescoço e percebi que lambia, não mais sugava.
A cada arremetida, meu corpo impulsionava e eu me aproximava do
ápice. Quanto mais ele entrava e saía, mais eu gemia alto, implorando para
que não parasse.
Não precisei dar um sinal, contraí meus músculos e apertei seu pau
dentro da minha boceta, o fazendo gozar tão forte quanto eu mesma.
Poderia não ter sido a única, mas com certeza foi a primeira vez que escolhi
o parceiro.
Sob o efeito do meu poder ou não, aquela tinha sido a minha escolha,
porque não era apenas o vampiro CEO, mas o amigo virtual que tanto
estimava.
Capítulo 9
Nem me lembrava quando tinha sido a última vez que uma mulher
tinha mexido tanto comigo. Muito menos me recordava da vez que me
deitei em uma cama e servi de almofada para que uma donzela recuperasse
suas forças para que tivéssemos uma segunda vez aterradora.
Troquei os lençóis e restaurei os furos que tinha feito em sua pele,
minha saliva contribuía para a cicatrização da pele humana. Mais uma
informação relevante para descobrir um pouco mais sobre aquela mulher.
Ela respirava profundamente, seu corpo estava relaxado e a persuasão
que usei no passado parecia ter desaparecido. Freya era poderosa, não tinha
controle sobre suas habilidades e precisava de apoio.
Nunca pensei que desejaria ser aquele que estivesse ao seu lado para
descobrir todas as nuances da sua existência. Deveria estar entediado
demais jogando para ter me deixado seduzir com a primeira mais intensa.
— Senhor? — Jeremy colocou a cabeça para dentro do quarto,
surpreso com a cena que via. Eu o tinha chamado pelo dispositivo acoplado
na cabeceira da cama, Freya iria precisar de comida e um banho quando
acordasse.
— Providenciou a refeição da convidada?
— Não era prisioneira?
— Em que momento eu te dei permissão para me questionar? —
Rosnei no final e ele balançou a cabeça, ficando atento às minhas
necessidades.
— Sinto muito pela indiscrição, senhor. Apenas me assustei com
todas as emoções envolvidas. Está tudo providenciado e aguardando seu
sinal.
— Está excitado?
— O que disse? — Meu servo arregalou os olhos.
— Exatamente como eu perguntei.
— Nesse momento, não, senhor.
Ou seja, enquanto ela dorme, seu cheiro não enfeitiça suas presas.
Estava nítido que Freya era uma grande predadora, não havia espécie
masculina no planeta que iria se controlar depois de senti-la.
— Venha daqui a trinta minutos, ela estará pronta para se alimentar.
Ele saiu do quarto, estiquei o braço para acionar o painel digital e
escolhi uma música para embalar o momento que eu fosse acordá-la. Olhei
para baixo, seu cabelo espalhado pelo meu peito e sua pele tão mais quente
do que a minha, gelada.
Daquela vez, ficou difícil para mim jogar. Com os pés firmes no
chão, ele segurou forte no meu quadril e entrou lentamente, depois saiu
mais devagar ainda, me provocando.
Pisquei várias vezes, controlando não só o avatar do jogo, mas
também os meus poderes. Quando me aproximava do ápice, sentia que as
amarras que criei dentro de mim, para que não exalasse nenhum aroma
afrodisíaco, tentavam se soltar.
No jogo, tinha conseguido me esconder, usado poção para
reestabelecer minha vida e energizei a minha arma. No real, cada aperto
mais firme em meu quadril me fazia gemer, seu pau me preenchia e ficava
pouco tempo dentro, apenas para me enlouquecer de tesão.
— Vamos, Freya, faça o Silent ganhar XP — Lasher provocou,
sussurrando próximo do meu pescoço.
— Estou esperando um pouco de atenção nas minhas veias. —
Consegui colocar o avatar para andar e lutar contra o monstro.
— Estou preocupado com sua boceta. — Lambeu minhas costas e me
fez arrepiar. Meteu com ritmo, revirei os olhos e fui acertada no jogo.
— Porra!
— Sim, vou te encher dela, mas não agora.
— Estava falando com o jogo. — Encarei-o por cima do meu ombro.
Envolveu sua mão no meu cabelo e apertou, tirando-o do caminho. — Sim!
— Geme mais alto, a música está impedindo de te ouvir.
— Mais, Lasher! — exigi, ainda usando o mesmo tom.
Lambeu meu ombro, voltei a atenção para o jogo enquanto ele me
fazia quicar no seu colo. Sua boca se encaixou no meu pescoço, senti uma
leve pressão antes da sucção e a sensação prazerosa de estar sendo comida
de muitas formas.
— Saia daí — ele rosnou enquanto me tomava.
— O quê? — Estava perdida, era sobre o jogo ou o que estávamos
fazendo?
— Leve Silent para Gludin Village, agora!
Era o jogo, foquei em obedecer a sua ordem o mais rápido possível.
Enquanto o fazia, meu controle foi se perdendo, meu tesão encheu o
ambiente e nos envolveu, ainda mais do que as sensações.
Assim que o avatar estava seguro no jogo, Lasher empurrou tudo o
que estava na mesa para um lado, fez com que eu me deitasse em cima e
investiu, várias e várias vezes, me levando ao ápice por um tempo
prolongado.
Seu quadril não usava a velocidade sobrenatural, estava rápido o
suficiente para um humano, que era o essencial para mim. Era sempre sobre
o meu tesão, Lasher era mais do que um bom amante.
Urrou quando gozou, me enchendo com seu fluído e nos conectando
ainda mais como um casal. Tinha descoberto que eu poderia viver por
muitos anos, só não sabia o quanto. Feliz por ter companhia e que o
vampiro fosse tão imortal quanto eu queria me tornar.
Insatisfeito, envolveu seu braço no meu pescoço, me fez levantar e
continuou a meter, minha boceta estava encharcada e o apertava a cada
investida. Abraçou minha cintura e me tomou, como se fosse a última vez
que iríamos transar.
Virei a cabeça para encontrar seus lábios e beijá-lo. Sentir meu
sangue, sua saliva e nosso desejo foi o suficiente para me fazer gozar mais
uma vez. Eu não me incomodaria nem um pouco de viver nessa rotina pelo
resto da minha vida.
Em um piscar de olhos, estávamos na banheira, deitados aguardando
a água cobrir nossos corpos. Respirei rapidamente, tinha sido intenso e
exigiu muito de mim, como dele.
— Você está bem? — ele perguntou, sempre preocupado depois de
ter tomado meu sangue.
— Sim. Aceito a macarronada com almôndegas do Jeremy para repor
minhas energias.
— Ele fará tudo o que você quiser. — Relaxou seus braços e
acariciou meu corpo, dando atenção para os meus seios. — Você está
ficando boa em se controlar.
— Nem tanto. Sempre quando vou gozar, fica difícil. Eu preciso abrir
mão do controle para encontrar o ápice do prazer.
— Ou seja, apenas comigo você irá expor o seu cheiro. Com todos os
outros, você pode apenas manipular, sem se envolver. Está no controle,
Freya.
Virei-me no seu colo, para encará-lo de olhos e boca bem abertos.
Sim, eu passei muitos dias sem me expor e o único momento que falho, é
quando estou com meu companheiro, aquele que escolhi me entregar de
corpo e alma.
— Eu não preciso mais ter medo. Ninguém irá me encontrar, porque
deixou de existir o rastro.
— Não, Freya, você está livre. — Sorriu com tristeza. — O que quer
fazer agora?
— Tomar banho com você. — Revirei os olhos, porque era o óbvio.
Estendi o braço para pegar o sabonete e comecei a me lavar enquanto estava
sentada em seu colo. — Quando terminar, vou comer e quem sabe, ser
comida novamente.
— E depois?
— Como assim? — Franzi a testa, não entendendo a que ponto ele
queria chegar. — Você está estranho.
— Quando nos conhecemos, eu te raptei. Então, descobrimos sua
origem e te ajudei a controlar seus poderes. Fizemos exercícios, você
aprendeu a lidar até com seu toque sensitivo.
— Sou boa em aprender. Além de muitas horas jogando e transando.
— Sim. — Colocou meu cabelo atrás da orelha. — Está na hora de
dar o próximo passo.
Capítulo 14
Engoli em seco, preocupada com a direção daquela conversa. Sim,
muita coisa na nossa aproximação não tinha sido natural. Nem mesmo os
jogos de computador eram um dos mais populares, vivíamos uma vida
dupla. Era minha fuga tanto quanto a dele.
Então, nossos caminhos se cruzaram mais uma vez, comigo em seus
braços. Protegida pelo vampiro CEO, eu não era sua prisioneira, mas
companheira. Por que ele estava me tratando como alguém que tinha que ir
embora?
— Qual passo, Lasher? — Fui para o outro lado da banheira e tentei
não chorar. — Você quer que eu vá embora?
— Por mim, você nunca sairia do meu lado. Mas não é assim que
funciona. Aprendi com os humanos que, quando a gente ama, precisa deixar
que vá.
— Corrigindo, precisa deixar livre. E minha escolha é ficar aqui. —
Cruzei os braços e me afundei um pouco na água, para tampar minha nudez.
— A não ser que você tenha outros planos. Ou está com medo da deusa
Freya. Já te disse, eu não vou deixar que nada aconteça com você.
— Não preciso de proteção. Mas como a deusa te criou, ela pode te
matar.
— A partir do momento que ela criou um descendente, ela abriu mão
de uma parte de si para que outro tomasse conta. Eu sou Freya Allen, tenho
parte dessa deusa, mas não sou ela.
— E se...
— Espera! — Estendi o braço e abri a palma para interromper o
vampiro inseguro. Por Deus, como deixei passar? — Você disse que me
ama?
— Não diretamente.
— Você gosta de mim assim? — Soltei meus braços e voltei para seu
colo, ele sorriu com o charme que só ele tinha. — Fale, vampiro antissocial!
— Amo você como nunca aconteceu com ninguém, mesmo humano
ou em tantos séculos como vampiro. E é tão forte e intenso, que precisei
fazer longas pesquisas sobre como lidar com esse sentimento. Eu deveria
ser imune a tal magnitude de emoções, mas aqui estou, como um idiota,
implorando para que esteja comigo porque também sente o mesmo, não
porque te raptei no primeiro momento.
— Você me ama. — Beijei seus lábios, ele ficou inquieto.
— Só esteja comigo, porque há uma fagulha no seu peito, que fica
inquieto quando me vê. Sem poderes ou mesmo o tesão que sinto por conta
do seu cheiro. Você tem sangue da deusa que comanda o sexo, precisamos
estar além dos orgasmos.
— Você elaborou esse discurso agora ou fez um compilado de tudo o
que encontrou na internet? — Segurei o riso e ele se desesperou,
arregalando os olhos. — Também gosto de você, com ou sem poder, desde
aquele dia que você respeitou meu pedido antes de tomar meu sangue.
— Como você se lembra daquele dia? Usei compulsão, ninguém...
— Pois é, sou apenas a descendente da deusa Freya. Eu me lembro e
eu escolho o vampiro Lasher como meu companheiro. — Tomei seus lábios
mais uma vez, aprofundei o beijo e lá estávamos nós nos conectando mais
uma vez para o sexo. — Eu te amo.
— Sim, você me ama e agora eu te farei gozar mais uma vez.
Colocou-me sentada na borda da banheira, desligou o registro da
água e abriu minhas pernas. Antes de dizer qualquer coisa, ele me
abocanhou, usando os dentes para que meu sangue se mesclasse ao meu
tesão. Sua língua esfregava meu clitóris, precisei me segurar para não cair.
Joguei a cabeça para trás, ele me chupava muito melhor naquela
região do que no pescoço. Esfregou minha boceta, não se preocupou em
lambuzar a cara de sangue, ele me fez gozar tão diferente quanto das outras
vezes.
Com Lasher era sempre diferente. Não só empenhado em me agradar,
mas também proporcionar os melhores momentos.
Substituiu sua boca pelo pau, abraçou meu corpo e foi metendo, mais
rápido do que um humano. Sorri ao apreciar seu controle se perdendo, tão
recluso e sisudo, no primeiro contato com alguém que era tão inocente no
amor quanto ele, se entregou de corpo e alma.
— Eu te amo — rosnou, segurando seu orgasmo para que eu pudesse
ir primeiro.
— Também te amo. — Deixei que meu poder se expandisse ainda
mais, nos cobrindo com o cheiro do mais puro desejo. — Ah, como amo.
Ele me levantou, ficou de pé e me fez gozar em seus braços, no ar.
Amava o quanto ele me fazia de boneca, como se eu não pesasse nada.
Em silêncio, voltou a me colocar sentada na banheira, pegou o
sabonete e me deu banho, reverenciando não só meu corpo, mas tudo o que
eu era. Deusa, mestiça ou apenas uma jovem inconsequente, eu entregava
meu coração para ele e nos tornávamos um só.
Parecia um ritual.
Ele me secou e, antes de ir para a sala de jantar gótica, levou-me para
cama. Descobri que aquele lugar era apenas um refúgio, que ele mal
dormia, mas gostava de ficar comigo, velando meu sono.
Colocou-me em cima dele, puxou o edredom para nos cobrir e
suspirei, relaxada. Aquele era meu lugar, enfim. Minha temperatura sempre
se adequava a dele, que era mais gelada que o normal.
— Eu preciso de um tempo, só eu e você. Pode ser? — perguntou,
alisando minhas costas até a bunda.
— Claro, eu consigo ficar sem comer se eu estiver em seus braços. —
Bocejei. — Posso cochilar?
— Claro. Vou colocar uma música para te embalar.
— Obrigada, Lasher.
— VCommand, toque Sculpture (Stripped), por Kooma, Veela.
Fechei os olhos, sorri e deixei que a lentidão da música me levasse
para longe, não só na minha mente, mas em uma dimensão que eu não sabia
que tinha acesso.
Não dava para definir se era um sonho ou realidade, mas no meu
peito, tudo indicava que era a verdade que escondi de mim mesma, por
conta de um feitiço.
Aquele era meu lugar, não com os humanos, nem com o vampiro que
tinha o meu coração.
Em um descampado branco e azul, vestida de branco, uma luz forte
me cegou, até ser revelada uma forma feminina, tão linda e intensa, com o
mesmo cheiro que eu tinha.
— Olá, pequena. Enfim, você apareceu.
Era a deusa Freya!
Capítulo 15
Senti uma grande necessidade de reverenciá-la. Abaixei a cabeça e
parte do meu tronco, em um cumprimento desajeitado, mas que significava
muito para mim. À minha frente, iluminada e plena, estava aquela que me
deu a vida.
Como era possível sentir tanta coisa sem ter as palavras para
explicação?
— Você é a deusa Freya — falei assim que ergui a cabeça e encarei
seus olhos. Ela sorriu com superioridade e me olhou da cabeça aos pés
antes de dar o próximo passo para mais próximo de mim.
— Sim.
— Onde estou?
— Essa é a dimensão exclusiva para os que possuem o DNA dos
deuses nórdicos. Você é minha descendente.
— Eu também me chamo Freya.
— Uma brincadeira de mau gosto. O culpado foi devidamente
castigado.
— Como assim?
— Sua origem não foi programada, Pequena. — Ela estendeu o braço
e alisou meu cabelo, como se estivesse admirando uma obra exclusiva. —
Em uma das minhas festas para celebrar a liberdade sexual entre os meus
iguais, a humana que te carregou no ventre não deveria ter levado a minha
semente com ela. — Vi um pingo de vulnerabilidade, depois um sorriso
amistoso, que me fez aguçar a curiosidade.
— Eu queria saber mais sobre a minha origem. — Ela se surpreendeu
e ergueu as sobrancelhas. — Sobre você também.
— Bloquearam suas memórias? Claro. — A deusa revirou os olhos,
andou ao meu redor e tocou meu cabelo, costas e ombro, conferindo-me.
Então, percebi, ela estava me lendo, como eu fazia com as pessoas. — Sua
vida não foi fácil, Pequena.
— Quando minha mãe morreu, meu padrasto não foi legal.
— Mais do que isso. — Ela parou em minha frente e ficou
enigmática. — Te darei a escolha de lembrar tudo ou não.
— Você pode restaurar as minhas memórias obscuras?
— Sim. Mas eu te pergunto, Pequena, você as quer?
— Foi tão ruim o que aconteceu com minha mãe e como foi a minha
concepção?
— O feitiço era para que se esquecesse desse detalhe. Mas, com tanta
coisa que te aconteceu, ele mudou e está a serviço da sua consciência. Para
te proteger.
— E se eu escolher não saber, você me contará mais sobre você e
esse mundo? — Olhei ao redor, um mundo infinito esbranquiçado e um
gramado verde-claro.
— Mesmo não planejada, Freya Allen, você é minha descendente e
será protegida como tal. Terá suas responsabilidades e prestará serviços
todas as vezes que eu requisitar.
— Tudo bem — concordei, mesmo que não fosse uma proposta.
Sabia que no mundo sobrenatural, nada era como viver entre humanos.
— Na próxima confraternização, será convocada e te apresentarei
para todos os nossos semelhantes. Você faz parte de uma grande e poderosa
raça.
— Eu me sentia tão sozinha.
— Pelo jeito, não mais. — Franziu o cenho e inspirou
profundamente. — Por que há cheiro de chupador de sangue em você?
— Lasher. — Meu rosto esquentou. — Por favor, não faça nenhum
mal, ele é muito especial para mim.
— Muito mais do que isso. — Deu de ombros, não aceitando o meu
pedido. — Com certeza foi a semente dele que quebrou parte do feitiço que
me impedia de chegar até você.
— Promete não o prejudicar?
— Uma deusa não faz acordo, Pequena. Eu faço o que quero, não o
que me impõem. — Ela se virou e começou a caminhar, eu a acompanhei,
preocupada. — Você é nova e não foi criada com nossos costumes. Mas
aprenderá, minhas descendentes são inteligentes.
— Eu o amo — implorei.
— Mas não terá herdeiros. Deixará de conhecer um mundo para ficar
presa em um porão. A vida de uma deusa não é com um ser limitado,
egoísta e soberbo como os vampiros. Você é muito mais do que isso.
— Se sou como você, então tenho o direito de escolher.
Ela parou de andar e me encarou, furiosa. As informações chegaram
ao meu cérebro na mesma intensidade que eu adivinhava as verdades dos
humanos, eu não era apenas uma descendente, mas parte da deusa nórdica.
Sua mão foi para o meu pescoço, ela apertou e me ergueu. Acreditei
que seria o meu fim, nem pude aproveitar a informação o suficiente, eu
também tinha muito poder.
Ela me jogou para o lado e, ao invés de cair em algum lugar ou bater
em uma parede, despertei na cama com Lasher. Ele se sentou como eu,
preocupado e tenso por conta do meu coração acelerado.
— O que foi?
— Meu Deus — murmurei, chocada.
— Freya, me diga, o que foi? Você está diferente, com um cheiro que
não é seu.
— Não sei explicar como, mas estava na dimensão da deusa nórdica e
conheci Freya, aquela que me criou. Eu realmente não fui planejada, ela não
queria a minha existência, mas aconteceu e terei os mesmos direitos e
deveres de descendentes como eu.
— Você o quê?
Pulei no seu pescoço, deitei-nos na cama e só queria sentir seus
braços ao meu redor. Aquele vampiro, limitado, egoísta e arrogante, como
dito pela deusa, era imperfeito, mas todo meu.
Eu o amava.
— Freya, como assim?
— Parece que existe uma outra dimensão, que acessei pela minha
consciência. — Ergui minha cabeça e o encarei, precisei sorrir para sua
feição alerta, pronto para me proteger. — Da mesma forma que fui, voltei.
— Você está aprendendo a controlar os seus poderes.
— Acho que sim.
— Conversou com ela?
— Um pouco. — Ele nos rolou na cama e ficou por cima de mim. —
Assim você irá tirar meu foco, vampiro.
— O que ela disse? Por que o cheiro tenta me afastar de você? Porra,
Freya, eu me declarei a você.
— Ah, não seja por isso, vamos tomar outro banho. — Roubei-lhe
um beijo, ele rosnou e eu sorri. — Parece que ela não gosta de chupadores
de sangue.
— Foda-se!
— Bem isso que falei para ela e aqui estou. — Toquei seu rosto, ele
fechou os olhos, apreciando a carícia. — Em resumo, tenho obrigações com
a minha espécie tanto quanto você tem com seus iguais. Mas isso não
impedirá que vivamos juntos.
— Eu começaria uma guerra se for necessário. Ninguém irá tirar você
de mim, Freya Allen.
— Digo o mesmo, Lasher.
Ele me olhou profundamente, o brilho vermelho tocava a minha alma
e afastava todas as memórias ruins que me tentavam fazer sair da escuridão.
Escolhi não lembrar, porque a realidade que eu vivia naquele momento era
melhor do que o passado.
Por que me preocupar com o que já foi, se o que pode ser está sendo
muito mais atraente?
Em um piscar de olhos estávamos debaixo da ducha, Lasher me
beijava e ensaboava, para tirar o cheiro que o repelia. Essa era a forma dele
dizer que não se assustava com minha origem, bem como eu não me
importava com sua história. Escolhemos unir nossas vidas, a opinião dos
outros não afetaria nossas escolhas.
Eu não seria mais coagida, faria o que quisesse, porque eu era parte
da deusa Freya. E o meu companheiro era um vampiro, o mais recluso e
nerd de todos os tempos.
— Em que está pensando? — ele perguntou enquanto ensaboava meu
cabelo.
— Que depois daqui, quero jogar uma partida de Lineage II.
— Gosto do seu espírito aventureiro.
Beijei-o com intensidade e permanecemos no banho o suficiente para
duas rodadas de sexo. Jogos virtuais e de adultos, aquela era a nossa nova
realidade.
Epílogo
Várias semanas depois...
Serie
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Sinopse:
Tommaso Neri construiu um grande império no ramo de couro na
Florença italiana, mas o homem recluso levava uma vida reservada, porque
com exceção do seu braço direito, ninguém sabia que ele era um vampiro.
Sinopse:
Alexander Campbell nunca descansa. Ele e seus fiéis amigos têm um
código de honra e o seguem à risca. O Comandante da Guarda Real era o
mais forte de todos os soldados e amigo fiel de Edmund Volmir, o dono do
pub Conexão V. Um homem protetor, introspectivo e responsável por
manter humanos e transformados fora do perigo. Dono de uma beleza
selvagem, não passava despercebido por nenhuma mulher.
Emma Carter era uma jovem destemida e audaciosa. Sua beleza
transcende a de outras garotas da sua idade. Ela se colocou em risco para
salvar a irmã sequestrada por um grupo de transformados transgressores da
lei. Emma dará muito trabalho para ser protegida, pois a garota não é fã de
cumprir as regras. Além de estar em perigo mortal por pertencer a uma
linhagem de mulheres lendárias e donas de grande poder, embora não saiba
disso.
Sinopse:
Archibald Evans está vivendo a sua vida dos sonhos. Forte, bonito,
sedutor, rico, inteligente e claro, imortal. Apesar de ser o vampiro mais
novo do clã, sua má fama se dá principalmente porque ele se envolve em
todo tipo de confusão sem se importar com as consequências.
Leighton Bernardi é uma órfã que vive uma vida pacata. Contadora
autônoma, ela raramente se diverte, tendo o seu gato Félix como seu melhor
amigo. Mas, tudo muda quando em um encontro frustrado, ela se vê em
perigo, e é salva pelo bad boy tatuado.
Sinopse:
A vida não poderia ser mais tediosa para o poderoso Ivan Falk: O
CEO misterioso e solitário que comanda tudo de sua torre negra. De onde
sai apenas para confraternizar com sua família, que consiste em outras
cinco criaturas imortais, no pub conhecido como Conexão V. Até ouvir a
voz doce e aveludada em uma noite como todas as outras e tudo mudar.
Anna Davies sonha em ser cantora, mas o mais longe que chegou na
carreira é se apresentar em uma espelunca após um dia exaustivo de
trabalho na Bio Falk. Sozinha no mundo, vive uma vida modesta com a
ajuda de um amigo da família e esperançosa de que tudo melhore. Até
conhecer o homem lindo e misterioso que promete mudar sua vida para
sempre.
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Sinopse:
Diana era o motivo de orgulho para os seus pais adotivos. Esforçada,
estudiosa, cursava medicina, com um futuro muito promissor, mas um
convite para visitar o Inferno vai mudar tudo.
O Inferno era apenas um bar pertencente a um moto clube, ao menos
era a imagem que passava a quem não o frequentava. Porém, ele era uma
porta para o submundo, um lugar de renegados, como Trevor. Um dos
irmãos que lidera o Dark Wings é a própria escuridão, nascido das trevas e
para as trevas, que acabará no caminho de Diana, mudando a vida da jovem
para sempre.
Uma virgem inocente que foi seduzida pelas trevas...
Uma noite nos braços do mal na sua forma mais sedutora, vai gerar
uma criança incomum e temida, além trazer à tona um passado que Diana
desconhecia, e pessoas dispostas a tudo para ferir seu bebê.
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Sinopse:
Quando seu pai tentou matar o lobo alfa do bando, Mera passou a ser
excluída, rotulada de traidora, tratada pior que lixo.
Ela decidiu fugir da alcateia, mas seus problemas ficaram ainda
piores quando foi arrastada de volta pouco antes da primeira transformação.
O tão esperado momento que mudaria para sempre os seus dias foi
um desastre. Quando a conexão aconteceu e seu verdadeiro companheiro se
revelou, tudo saiu de controle.
Mera nutria a esperança de um futuro melhor assim que sua loba
fitasse sua cara-metade. Mas estava completamente enganada. Ser rejeitada
pela sua alma gêmea foi apenas o começo.
Ao ser desprezada, sua alma gritou por vingança. De alguma forma
inexplicável, tocou o mundo das sombras invocando criaturas
horripilantes... como o temido Shadow Beast, o deus criador dos
metamorfos ou, para alguns, o próprio diabo.
Taciturno, sombrio e poderoso, Shadow Beast veio à Terra para
descobrir quem estava acessando o seu mundo. Arrancou Mera de sua
alcateia, mantendo-a como refém em seus domínios.
A loba tinha noção de que a besta era mais um diabo do que um anjo,
no entanto não conseguia evitar a atração que sentia.
Ele poderia ser o maior demônio dos mundos sombrios, mas sem
dúvida nenhuma era sexy.
Cativa do deus que deveria adorar e temer, agora Mera precisará de
toda sua força para resistir ao demônio.
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