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O que são habilidades?

Uma habilidade é uma capacidade aprendida, por meio de treinamento ou experiências,


para obter um resultado desejado ou realizar funções de trabalho.

A habilidade é adquirida através de um esforço. Isto para realizar atividades ou funções


envolvendo ideias (habilidades cognitivas), objetos (habilidades técnicas) ou pessoas
(habilidades interpessoais).

O que são competências?


Competências são um conjunto de habilidades e conhecimentos relacionados que
permitem que uma pessoa atue efetivamente em um trabalho ou situação.

1. Autocontrole e Autoconhecimento
Essas duas habilidades se mostram muito relevantes ainda antes da entrada efetiva no
mercado. Afinal escolher uma profissão é um grande desafio acompanhado por
diversas pressões individuais e sociais. Apenas uma pessoa com autoconhecimento saberá
tomar essa decisão com maior clareza ao traçar seu perfil individual completo.

Nesse momento não se pode levar em conta apenas conhecimentos intelectuais, mas
também suas capacidades cognitivas, sociais e emocionais. O autoconhecimento também
ajudará a identificar quais potenciais e desafios que necessitam ser trabalhados para se
adequar a determinada profissão.

Além disso, é importante o autocontrole para evitar tomar decisões impulsivas e não cair
nas taxas de desistência entre universitários. Caso não exista clareza a partir do
autoconhecimento, o autocontrole ajuda a aprender esperar e agir de maneira mais
ponderada.

Já no mercado, essas duas habilidades devem persistir no dia-a-dia a todo momento.


Quem possuir autocontrole e autoconhecimento poderá identificar melhor inclusive as
outras habilidades em si. Dessa forma será possível ressaltar o que for positivo e evoluir
diante das dificuldades, sem apenas se deixar levar pelos impulsos emocionais.

2. Ética
Outra habilidade fundamental é a ética. A ética representa um verdadeiro divisor de águas
pois irá nortear toda a vida de uma pessoa até os menores detalhes.

Quem não possui ética pessoal dificilmente a terá no trabalho. O senso ético diz respeito
ao impacto das suas atitudes nas relações interpessoais e no mundo.

Também está diretamente relacionado à empatia e ao direcionamento para o bem


comum. Por exemplo, uma pessoa sem ética no trabalho, é capaz de prejudicar um colega
de equipe para se sobressair. Em uma escala macro, é alguém que não se importaria em
gerar um impacto ambiental negativo para gerar mais lucros para a empresa.

Geralmente a análise da ética profissional, também está ligada a cultura da empresa.


Apesar de algumas atitudes éticas serem óbvias, como a honestidade, outras variam de
acordo com valores específicos. Porém há cada vez menos tolerância no mercado para
pessoas antiéticas e por falta de autoconhecimento algumas delas sequer identificam essa
deficiência em si mesmas.

3. Flexibilidade
Levando-se em conta um mundo globalizado e informatizado em constante
transformação, ser flexível já quase não é uma opção. Seja para acompanhar as
mudanças de clientes, empresas, setores e também do mercado.

Os profissionais muito rígidos e que possuem dificuldades de se adaptar rapidamente,


logo tornam-se defasados. Para além da flexibilidade nas habilidades técnicas que
precisam ser aprendidas, ela é válida para valores e comportamento.

Um dos grandes exemplos em que a flexibilidade se evidencia é diante do choque


geracional muito comum nas empresas. Tanto os mais velhos precisam ser flexíveis a
uma cultura e valores mais jovens quanto o contrário.

Em nenhum lugar se encontram pessoas totalmente alinhadas às nossas personalidades e


objetivos. Diante de uma diversidade tão grande de gerações, etnias, religiões,
cultura, entre tantas opções, ser inflexível também pode atrapalhar inclusive as
relações de equipe.

Portanto, é essencial abandonar um pouco do seu ponto de vista quando necessário em


busca de um ambiente mais saudável.

4. Comunicação
Comunicação é a arte de saber expressar-se e ser compreendido tanto quanto de ouvir e
compreender. A comunicação nunca é unilateral e sempre pressupõe uma troca seja
de ideias, informações ou até emoções.

A partir do momento em que existem falhas na comunicação, todos os resultados


podem ser prejudicados em diferentes esferas. Um exemplo de problema de
comunicação é o seu excesso, que representa falta de objetividade e assertividade na
transmissão do conteúdo. Um dos problemas em que isso implica é o de consumo do
tempo das pessoas envolvidas, hoje um recurso tão valioso.

No caso de um ambiente corporativo, e-mails muito longos, muitas reuniões e até mais
feedbacks do que o necessário podem diminuir a produtividade dos funcionários.
O contrário também é verdadeiro, falta de comunicação pode ser ainda pior e gerar erros
de graves consequências.

Por isso as empresas buscam pessoas que saibam se comunicar bem com seus pares,
líderes e equipe de maneira coerente, respeitosa e objetiva.

5. Comprometimento e Engajamento
Algumas pessoas aparentam comprometimento quando enxergam o trabalho apenas
como obrigação. Porém o ideal é que o comprometimento e o engajamento sejam cada
vez mais espontâneos. Com o tempo, é algo que se torna nítido.

Assim, o verdadeiro engajamento está ligado à habilidade do autoconhecimento. Isso


porque é preciso fazer escolhas que estejam integradas aos seus valores e propósitos.
Diferente da ética, essa habilidade não pode ser simplesmente transferida para qualquer
setor.

Cada um irá desenvolver uma relação única de comprometimento de acordo com


seus interesses. Então o profissional que escolher bem a profissão, o formato e até uma
empresa que se adeque à sua visão irá facilitar muito sua relação de comprometimento
com o trabalho.

Essas habilidades também pressupõem a responsabilidade com que essa pessoa enxerga
suas funções. Nessas horas, não importa o quanto se domina o assunto. Se não houver
engajamento, não há avanço e muito menos reconhecimento.

Não é difícil achar profissionais com alto comprometimento que se destacam em


relação àqueles que “sabem mais”.

6. Trabalho em Equipe
Essa habilidade está diretamente ligada à comunicação, porém não significa a mesma
coisa. Para trabalhar bem em equipe é necessário não apenas se comunicar com
eficiência com os pares, mas também cooperar mutuamente.

Para isso, é preciso ter empatia para entender as “dores” do outro e colaborar na resolução
de problemas que dizem respeito aos objetivos em comum do grupo.

Quem foca apenas no seu trabalho pode ser lido com uma pessoa individualista, o que
não combina em nada com o mundo de hoje.

O trabalho em equipe é uma das habilidades mais valorizadas de um profissional


qualificado.
7. Planejamento
Não é incomum encontrar perfis de pessoas que parecem viver um dia após o outro.
Apesar de a flexibilidade e a espontaneidade também serem bem-vindas, a verdade é que
uma vida totalmente sem planejamento tende ao fracasso.

Especialmente dentro de uma empresa, em que precisamos lidar com metas, prazos e
resultados, o planejamento e a organização são sempre qualidades bem-vindas.

Geralmente essa é uma habilidade que as pessoas desenvolvem tardiamente, já na


fase adulta, quando descobrem que precisam de planejamento financeiro, de trabalho e
até mesmo familiar. E não à toa possuem tanta dificuldade em se organizar e direcionar
planos a curto, médio e longo prazo.

O ideal é que mesmo na infância as crianças possam ser estimuladas a se planejarem


ainda que a curto prazo. Se recebem mesada, podem se planejar sobre como gastar o
dinheiro ao longo do mês, por exemplo.

O planejamento não só ajuda a ter uma visão mais clara sobre o todo e atingir resultados
assertivos, como também a otimizar o tempo e lidar com imprevistos.

8. Autonomia
A autonomia também é uma outra habilidade que muitos só começam a desenvolver
na fase adulta. Um dos principais motivos é porque o próprio sistema de ensino hoje e
as famílias possuem dificuldade em estimular essa habilidade.

Ao entenderem que uma criança é dependente de pais e educadores, os adultos se


esquecem de que a autonomia pode e deve ser desenvolvida desde cedo. Começando
pelo pensamento crítico e independente, partindo para algumas atitudes cotidianas.

O mais comum é acontecer uma passagem um pouco brusca entre o período da


adolescência e a vida adulta. Enquanto na escola os alunos são quase sempre
direcionados, no mercado precisam ser autônomos e independentes.

Quer seja um empreendedor, um autônomo de fato, um líder ou ainda um funcionário, a


autonomia reforça o protagonismo de profissionais mais proativos e que se
responsabilizam por suas ações. É um habilidade intrínseca que não se atinge
simplesmente por se chegar na fase adulta caso não tenha sido trabalhada antes.

9. Competitividade
A competitividade pode até ser vista com uma característica um pouco agressiva e as
vezes até negativa. Porém, é através dela que as pessoas se mantém inovadoras e
motivadas a fazer sempre melhor.
É possível trabalhar a competitividade saudável, que respeite outras habilidades
como a ética e o trabalho em equipe. As vezes a competitividade não está atrelada aos
outros, mas sim a fatores, resultados e até a você mesmo.

Você pode competir contra as suas fraquezas para ser alguém melhor e mais eficaz por
exemplo. Pode competir com resultados de baixa performance do passado ou qualquer
outra coisa em que queira enxergar avanços por meio de uma determinada “comparação”.

Ter visão de competitividade ajuda os profissionais a ter energia para se superar,


que é o oposto da inércia. É uma habilidade que traz a vontade de vencer e por isso o
mercado também valoriza.

10. Resiliência
A resiliência é um convite à capacidade de compreensão e adaptação mediante a situações
desagradáveis que fogem ao nosso controle. Seja um feedback negativo ou mesmo um
resultado não atingido.

As pessoas resilientes compreendem essas nuances entre “ganhos e perdas” e mesmo que
se sintam atingidas quando a balança não pende a seu favor, logo retornam ao seu estado
habitual. Basicamente, elas não desistem nos primeiros desafios.

A imprevisibilidade e as pressões constantes a que todos estão submetidos seja no


trabalho ou qualquer lugar, reforça a resiliência como uma estrutura emocional de
profissionais mais maduros.

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