sangue vem alguns questionamentos sobre
Dragana
“A eternidade nos foi dada para que
aprendêssemos tudo o que estivesse ao
nosso alcance. O mundo é um lugar de
infinitas possibilidades, mas serão elas o
suficiente para aplacar nossa eterna fome?”
A Dragana, assim como a Talamaure e a
Shtryga não foram originadas a partir de
Lilith, mas de sua criança mais enigmática,
Veynora. Esse vampiro de primeira geração
conseguiu sobreviver ao expurgo dos filhos
de sangue e para fugir da caçada divina
viveu isolado nas entranhas da terra. Ele se
aproveitava da curiosidade de demônios
para criar carniçais que serviriam como
seus olhos e ouvidos sobre o mundo do lado
de fora, enquanto continuava a nutrir suas
obsessões a respeito do conhecimento. Seu
desejo era ter tudo, memórias, momentos,
vivências, mas encontrou em seu exílio
limitações. Para contornar isso ele abraçou
três humanos.
A ancestral da Dragana foi a primeira cria
de Veynora e a filha mais devota. Durante
muito tempo ela seguiu os caminhos de seu
progenitor, sendo guiada a aprender sobre
as sociedades e costumes humanos. Seu
fascínio a levou a escrever e documentar
tudo o que encontrava, querendo vivenciar
a queda de impérios e o nascimento de
pessoas escravas. Mesmo que as
experiências parecessem iguais, para ela
tudo era único. Cada humano tinha algo
para contar, cada segundo era uma
descoberta. Quando voltava de suas viagens
ela contava a seu pai suas histórias e ele a
ouvia por intermináveis meses.
Embora Veynora a entregasse uma atenção
incondicional, a ancestral se via muitas
vezes sozinha durante suas viagens pelas
terras distantes. Procurando companhia ela
abraça novos vampiros que também eram
curiosos a respeito do mundo, e com esse
sua origem e quem de fato era Veynora.
Ao investigar sobre o passado a ancestral
descobre que sua existência era apenas para
satisfazer a curiosidade de Veynora.
Existiram outros antes dela e que foram
mortos apenas porque ele sentiu tédio. Com
medo de ser a próxima, a ancestral reuniu a
Talamaure e a Shtryga e juntos com suas
crias eles se revoltam contra Veynora.
Ninguém sabe o que de fato aconteceu,
porque o corpo de Veynora foi destruído,
mas os três ancestrais se afundaram em suas
obsessões, tornando-se um risco aos seus
próprios filhos.
A primeira Dragana tinha orgulho de seus
filhos, de tudo o que construiu, de tudo o
que aprendeu. Seus caminhos divergiram
dos irmãos, criando um clã único. Para não
contaminá-los com sua loucura ela se
entrega ao sol e deixa as crianças
continuarem com seu legado. Ninguém
nunca descobriu sobre o passado e os
poucos que tentaram encontraram fins
obscuros. Os carniçais de Veynora
formaram famílias, espalharam o sangue
demoníaco e se tornaram os principais
inimigos do clã, procurando um jeito de
trazer seu mestre de volta.
Mesmo com seus inimigos, a Dragana
continua sua busca por mais. Seu vazio é
preenchido com o saber e os vampiros
desse clã encontram uma felicidade genuína
em partilhar o que descobrem. Alguns
procuram se aprofundar nos sentimentos
humanos, tentando manter relacionamentos
com os vivos sem revelar a verdade. Outros
no entanto desejam viver a história e são
quem instiga os conflitos, sendo os
primeiros a morrer por sua inaptidão em
batalhas. Dizem que os primeiros vampiros
do clã venceram a maldição que percorre o
sangue de Lilith, mas o sangue de Veynora
os afastou da salvação.
Sua liberdade os permite se aliar a quem
desejam, independente da seita que seguem
ou daquilo que defendem. Infelizmente
devido a isso o clã se tornou pouco
confiável, porque é possível encontra-los
formando alianças até com caçadores.
Devido as experiências esses vampiros
preferem ficar nos bastidores, recolhendo
para si cada nova experiência que os cerca.
O século XXI no entanto marcou uma era
sombria a esses vampiros, que beiram a
extinção. Um grande mal os assola, uma
criança tão próxima do sangue maldito de
seu progenitor que faz seus inimigos
comemorarem em êxtase. Seu único
objetivo é trazer Lilith como ela é, a
violência encarnada. Os poucos que
poderiam detê-lo estão mortos e os demais
perdidos, entregues a própria sorte.
Nomes: Historiadores, Andarilhos.
Forma do Horror: Ao perder o controle
esses vampiros revelam o oco de seus
esqueletos. Eles se tornam criaturas de
carne e ossos, com algumas deformações
que lembram chifres, bocas e até olhos. São
seres vazios mesmo com todo
conhecimento que carregam.
Organização: O clã prega pela liberdade,
tanto pela de escolher o caminho, como as
parcerias e pelo que buscar. Geralmente o
senhor mantém seu aprendiz por perto até
que ele aprenda as regras do mundo dos
horrores, para então partir em sua jornada.
Duas vezes ao ano esses vampiros
costumavam se reunir no covil de algum
membro influente para compartilhar tudo o
que presenciaram. Assim o clã recuperava
os laços com o próprio sangue e mantinha
suas tradições.
Conhecimentos: A Dragana é o clã mais
versátil entre os vampiros. Os chefes de clã
sabem um pouco de cada conhecimento e
procuram ensinar a suas crias aquilo que
elas desejam. Para se aprofundarem no
caminho escolhido as crianças devem
procurar vampiros de outros clãs que
tenham tal conhecimento.
Antecedentes: A Dragana é composta por
estudiosos, por aqueles que anseiam as
experiências da vida. No geral os que são
abraçados são acadêmicos, independentes
do gênero, mas que apresentam a centelha
da fome pelo saber. Porém, não há muita
importância o passado do humano, mas a
curiosidade e a paixão em seguir a
mensagem do clã.
Sua Mensagem: A Dragana tem fome , tem
um desejo que está além do seu alcance. Os
vampiros desse clã almejam pelo
conhecimento e estão dispostos a fazerem o
que forem preciso para terem acesso as
informações.
Fraquezas: O que o vampiro quer ele deve
ter de qualquer maneira que for possível. A
Dragana sofre com suas obsessões,
precisando saciar seus desejos possessivos
periódicos. Geralmente eles anseiam por
conhecimentos e histórias, satisfazendo-se
com o pouco de informação que
conseguem.
Porém seu fascínio pode envolver a vida de
uma pessoa, o passado de algum objeto
brilhante ou até mesmo um lugar. Se não
satisfazerem sua curiosidade o vampiro
perde o controle de sua forma do horror e se
sujeita as vontades da Besta.
As Tradições:
1. O conhecimento é uma dádiva e
deve ser compartilhado com
aqueles que anseiam em saber.
2. Os jogos de poder dos vampiros é
uma fonte inesgotável de histórias,
mas tenha cuidado para não se
afundar tanto na podridão.
3. Novas crianças trazem diversão as
densas noites, mas sua inocência
 pode revelar a seus inimigos seus
segredos mais bem guardados.
Tome cuidado ao abraçar novos
vampiros.
4. Não somos mais humanos, mas
ainda podemos aprender muito com
eles.
5. A violência habita nossas cascas
vazias, apenas a espera para nos
dominar. Tenha atenção redobrada
com suas obsessões, porque é nelas
que há nossa condenação.
Boatos: Veynora hiberna no sangue do clã,
a espera de que algum desses vampiros
alcance o domínio da maldição sanguínea,
para ele enfim despertar e dominar o sol.
Por sua curiosidade a Dragana foi
responsável em passar as informações sobre
os vampiros para os caçadores, apenas
porque eles queriam saber o que
aconteceria.
Esses vampiros são piores do que os
Sarkane, promovendo conflitos entre
irmãos e grandes eventos históricos, apenas
para satisfazerem suas vontades.
A Visão dos Demais Clãs:
Bathylle: Em suas loucuras existem
verdades, em suas palavras vozes que
devem ser ouvidas. Sua paranoia quanto ao
sangue maldito no entanto os isolaram e
eles pagaram caro. Ouviria um desses por
infinitas noites até suas visões cessarem.
Camazot: Por que dentre nossos irmãos
foram esses vampiros que receberam a
função de guardar os mortos? Se suas
cabeças não fossem tão duras poderíamos
aprender com eles a língua das
assombrações e descobrir verdades há
muito esquecidas.
Leederc: Não há nada o que se aprender
com esses inconsequentes. Eles desprezam
humanos e vampiros, procurando apenas
satisfazer seus desejos mesquinhos, sem
nada a acrescentar nesse mundo.
Langsuy: Esse clã ainda mantém tradições
familiares e regionais dignas de serem
documentadas. Elas têm medo que a
violência dos vampiros cheguem em suas
famílias humanas, o que é triste, porque
todos nós temos um pouco do sangue de
Lilith em nossos corpos.
Makeda: A religião é muito bonita, mas ela
é limitante e alienadora. A Makeda
conheceu uma das verdades e acha que
somente ela importa, ignorando as outras
visões. São mesquinhos, mas poderosos o
suficiente para apresentarem certo risco aos
nossos objetivos.
Morphea: Seu passado trágico e seu vazio
não justifica o horror que eles infligem a
esse mundo. Se não fosse pelo sangue de
Lilith eu diria que são filhos de outra
criatura, uma mais perversa e obscura, irmã
da violência. São seres possessivos com
lugares e pessoas, atrapalhando nossos
caminhos porque não desejam partilhar suas
histórias.
Moroii: Veja como as novas crianças se
comportam. Eles acham que toda influência
e poder que estão acumulando irá apagar
seu passado sombrio e perverso. Aos
poucos eles se sobrepõe a Makeda e em
breve irão mudar o cenário do mundo de
horrores para o bem, ou para o mal.
Obayfo: Os feiticeiros possuem suas
próprias batalhas e até entendo seu
alinhamento com as forças ocultas desse
mundo, mas sua ambição foge de qualquer
razão. Eles irritaram algo muito além de nós
e essa coisa quer vingança. Que isso sirva
de lição aos vampiros de nosso clã que não
possuem escrúpulos.
Sarkane: As víboras conseguiram aquilo
que mais desejamos e ainda não estão
contentes. Eles forjam a história,
manipulam pelo tédio que sentem e riem da
desgraça alheia. Quando negociar com um
deles tenha cuidado, porque suas promessas
são tentadoras, mas seu jogo não possui imperdoável, mas a carnificina que eles
ganhadores. promovem a nós é injustificável.

Shtryga: Qual a graça que a ciência carrega

se não acompanhada por histórias? Consigo
sentir compaixão de uma mulher com
câncer, mas não entendo a fixação por seus
tecidos celulares. Não entendo as
motivações da Shtryga, nem eles as nossas,
por isso acho que estamos de acordo.

Stryx: A encarnação da loucura de Lilith,

as criaturas aladas eram a personificação de
seu sadismo e de sua crueldade. Tão pouco
sobraram para contar histórias, uma pena.

Sukuya: Não acredito que eles sejam

vampiros, mas algum outro morto vivo que
se alimenta de sangue. Eles negam a
maldição divina e caminham pelo sol, mas
seus corpos são podres e cheios de vermes.
Tenho uma teoria que eles já pertenceram
aos Sarkane, mas levaram a sério demais
que a beleza está nos olhos de quem vê.

Talamaure: Somos tão parecidos e ao

mesmo tempo divergimos tanto nossas
opiniões. Eles acham que encontrarão a
salvação se afundando cada vez mais em
trevas, negando aquela que os concedeu o
poder. Acho que a maldição de nosso
sangue perverteu tanto seus ideais que os
fizeram fantoches perfeitos de Veynora. É
uma lástima para aqueles que já foram
nossos irmãos.

Vjescine: Seu fascínio por bens materiais e

pela sociedade humana é interessante, digno
de nota. Seus museus carregam muito mais
que seus olhos podem perceber, uma
história intrínseca na matéria. Gostaria que
fossem mais receptivos quanto a nossa
presença em seus casarões.

Vrykola: Como os vampiros se tornaram

essas coisas bestiais? Eles se dividem em
suas próprias tribos, presos a uma maldição
que revela sua forma de horror a cada lua
cheia. O que a Talamaure fez a eles é