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Contos de fadas
Abordagem filosófica
Psicanalistas encontram nos contos de fadas uma fonte muito
rica para estudos e interpretações do comportamento
e anseios humanos.
Mitos
arquetipos simbolicos Fábulas Contos
Fábulas e contos
SIMPLIFICAÇÃO, CONTEXTO MORAL, ARGUMENTO MÍSTICO
E ELEMENTOS QUE ACONTECEM EM TODO LUGAR.
Irmãos Grimm
Charles Perrault Andersen
Estes autores foram um marco em comunicação com crianças, eles sentiam essa necessidade.
Elementos comuns:
Era uma vez Paradoxos lógicos Sem interesse
atemporal (não existe dia, ano, imaginação, intuição não existe causas
horário) eterno presente. (não existe razão).
pessoais, não
existe egoísmo.
Antagonista Armas mágicas
libertar, cumprir, obstáculo. herói frágil, poderes os seres humanos
e florescem com coragem.
Maçã
(coração) Adormeceu com sua alma
humana adormecida ...
Branca de neve Veio o seu eu superior
por que ela mordeu a maçã? o príncipe, e a despertou...
Porque ela tinha desejos...
Família é formada
Pai e mãe / mãe morre e surge a madrasta
e a Cinderela tem duas meias irmãs.
Madrasta se une a essas filhas e
começam a tratar mal a Cinderela.
O pai não a defende.
Rivalidade fraterna
edipiana.
Conflito entre irmãs
ela se compara mais do que
o outro do que para mim. A RAIZ DA RIVALIDADE
Esse medo de rejeição compõem FRATERNA.
a angústia de que outros
são preferidos e preferíveis.
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Comece pelo começo, Eu sabia quem eu era quando Mas não adianta voltar Ao contrário... se assim fosse,
e prossiga até chegar eu acordei esta manhã, mas a ontem, porque eu era poderia ser; e se fosse assim,
ao fim: então, pare. acho que já mudei várias uma pessoa diferente. seria; mas como não é,
vezes desde então. não é. Isso é lógico.
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Escreva de forma legível. Se você conhecesse o Era bem melhor em casa. Ninguém fica crescendo
O temperamento da raça humana Tempo como eu conheço, e diminuindo, e recebendo ordens de ratos e coelhos.
seria sensivelmente adocicado, se não falaria em gastá-lo Eu quase desejo não ter entrado na toca do coelho...
todos obedecessem a essa regra. como se fosse uma coisa. Mas, é tão curioso, sabe, este tipo de vida!
Moral da história:
Qual o valor da carta 3, num baralho? Pra quem não sabe
É boa ou ruim? pra onde vai, qualquer
Depende do jogo que está jogando. caminho serve.
Moral da história
É preciso haver equilíbrio entre o céu
Harpa e a terra. Acreditar em nossos sonhos
Significa harmonia. e em outras formas diferentes de
resolver problemas.
Moral da história
Cisnei Devemos antes aceitar aquilo que é
Significa maior diferente e enxergar beleza no que cada ser
beleza, estética, tem de especial. O patinho feio também nos
ele se vê no outro. ensina a não tentarmos ser aquilo que não
somos, antes devemos ter orgulho daquilo
que nos diferencia do grupo.
Moral da história
Tudo que vive em nós,
Curiosidade luta em continuar vivendo.
Todos os seres dos contos de fadas nascem do casamento
Por isso, não deixe que
de mãe e pai, ou seja, representando espirito e matéria.
a dor cale em você.
Baleia
ventre da baleia passa para o processo
Madrinha de transformação. Nesta passagem
sabedoria, Gepeto e Pinóquio juntos conseguiram
conhecimento. sair e a fada madrinha percebeu que
Pinóquio aprendeu ser um menino
de verdade cheio de virtudes.
O objetivo de torna real.
Lua
ela é ligada a intuição, ao feminino, as
marés, a água, ao mar do inconsciente. Moral da história
(Refere – se ao chamado de Gepeto Nos perdemos no que
onde ele experimenta uma conexão parecem ser atalhos em
com a lua, pedindo ajuda...). nome de prazeres imediatos.
Porquinhos 1 e 2
agem com impulsividade
e sem conhecimento. Moral da história
A impulsividade e a
precipitação são
o combustível para
a decepção.
Porquinho 3
ele usa o princípio da realidade,
Prático com conhecimento e sucesso
com os três porquinhos juntos, encontramos ao longo prazo.
a harmonia e equilíbrio dessa dualidade.
Cavaleiro
Fera quer tirar a Bela
primitivo, besta de casa só por
necessidade e
não por amor
A Pequena
Sereia sempre foi Moral da história
sonhadora impedida. Não permita que um amor não
Por isso, nunca foi correspondido faça você desistir de
correspondida. voltar a amar. Isso vale nas amizades,
Príncipe na família, no trabalho e no amor.
sempre buscou
fazer o certo e
por materialismo.
Sangue 1 2 3
vida e morte. Obediência Não confiar em Não alimentar
pessoas estranhas conversas estranhas
4 5
As aparências enganam Respeito aos mais velhos
Floresta
simboliza desafios.
Bruxa
João e Maria algo bom do desafio,
descoberta do mundo: pois eles terão
conhecer, explorar frustações de serem
e estimular. abandonados e
poderão alcançar
o seus lugares.
Pai e mãe
simboliza a ilusão
e desilusão.
Moral da História
A independência dá um susto, um frio na barriga. Sempre vem aquela dúvida: será?
E não sabemos. É preciso mergulhar no desconhecido para alcançar liberdade, colocar as muletas
e desculpas de lado e assumir as asas. Você vai cair, vai doer e, muitas vezes, precisará de
regenerações. Independência pessoal é a maior conquista que podemos almejar.
Espinhos
simboliza dor e sofrimento
Moral da história:
A da esperança de que mesmo o mais medíocre pode ter sucesso na vida. E que muitas vezes aquilo que nos
parece mal pode ser o bem e o que parece bem pode ser um grande mal. Mas que o mais importante para
prosperarmos é estarmos em conexão com nosso eu mais profundo, com nossas intuições e instintos e que
devemos buscar ouvir o nosso inconsciente para conhecermos essa realidade profunda.
Alfaiate
Simboliza roupas externas. Tudo o que está acontecendo fora, está dentro.
Por isso, Aladim o ignorava, pois Quando o ser humano não
queria conhecer e descobrir os tem mais desejos, ele se liberta.
grandes mistérios da vida.
Ogro
Número 7 Violência, usava a sua
número místico nos contos de fadas representando nesta história os filhos comunicação como ato
dos camponeses e as filhas do Ogro. de vingança.
A
teoria crítica psicanalítica vem se ampliando fortemente nos últimos anos, é notório o
crescente envolvimento de psicólogos e literários por esse campo de análise. Acredito
que isso ocorra por tamanha diversidade de análises que é possível fazer diante de
um mesmo texto, isso se dá pelo próprio caráter subjetivo da teoria psicanalítica.
Dessa forma, entendemos que a teoria psicanalítica funciona como mais um suporte a litera-
tura, mais uma visão do texto literário, contribuindo assim para o conhecimento desse campo
tão rico que é a literatura. Mostrando como um mesmo enredo revela nuances psicológicas
bastante diferenciadas, e até mesmo contraditórias, que podem ser percebidas de maneiras
bastante diferenciadas, uma vez que nossa análise de um determinado texto também é uma
expressão do nosso inconsciente o que estimula o debate e a reflexão, possibilitando várias
visões sobre um mesmo objeto literário.
BETTELHEIM, Bruno. A Psicanálise dos contos de fadas. 16ª ed. Paz e Terra, 2002.
EAGLETON, Terry. A psicanálise. In: Teoria literária. 3ª ed. São Paulo: Editora Martins Fontes, 2001.
FREUD, Sigmund. Obras Completas. Rio de Janeiro: Ed. Imago, 1996.
GRIMM, Jacob & GRIMM, Wilhelm. Contos de Grimm. Trad. Heloisa Jahn. São Paulo: Companhia das Letrinhas, 1996.
PASSOS, Cleusa Rios Pinheiro. Confluências, crítica literária e psicanálise. São Paulo: Nova Alexandria, 1995.
PERRAULT, Charles. Contos de fadas. Trad. Monteiro Lobato. São Paulo: Editora Nacional, 2002.
SOUZA, Alberto de Oliveira. Crítica Psicanalítica. In: BONNICI, Thomas & ZOLIN,
LúciaOsana. Teoria Literária: abordagens históricas e tendências contemporâneas. Maringá: Eduen, 2005.
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