RESUMO

A REALIDADE
A maioria dos técnicos que já conheci e tive a oportunidade
de conversar, realizam reparos em placas eletrônicas na base
da tentativa e erro. É quase uma roleta russa no reparo.

Saem medindo,
trocando, ligando,
soldando e
dessoldando o máximo
de componentes que
conseguem, e as vezes,
por sorte, conseguem
encontrar o defeito.

A questão é: é possível consertar placas eletrônicas,

analisando, medindo e trocando os componentes certos. Sem
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precisar contar com a sorte para isso.
 O UNIVERSO DAS PLACAS
As placas eletrônicas possuem uma infinidade de
componentes, cada um com seu funcionamento e forma de
testar específica.

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 A ELETRÔNICA
Entre diodos, capacitores, resistores, transistores,
transformador, amplificadores etc, é comum que a grande
maioria dos técnicos, na hora de realizar a análise da placa,
fazem testes de forma aleatória até que por sorte encontre
algum componente suspeito.
Depois faz a troca e rezam para que a placa volte a
funcionar. A consequência da ROLETA RUSSA
no reparo:
▪ Consertar placas assim, na tentativa
e erro, é uma característica de quem
não domina eletrônica;
▪ Você está limitado somente a um ou
dois tipos de placas
▪ Seu negócio, provavelmente irá falir
nos próximos anos.
 TRÊS PASSOS UNIVERSAIS
Você só precisa seguir três passos para conseguir consertar
QUALQUER placa eletrônica:
Ah, sem contar com a sorte, é claro.

Em três passos simples, podemos aprender a encontrar

defeitos em placas eletrônicas:
I. Conhecer o funcionamento do componente;
II. Conhecer a aplicação do componente;
III. Saber como testar esse componente.
 TRÊS PASSOS UNIVERSAIS
O melhor de tudo isso, é que esses três passos são
universais, ou seja, você poderá aplicar esse conhecimento
em QUALQUER placa eletrônica que chegar na sua
bancada!
Olhe para as placas eletrônicas, todas possuem
basicamente os mesmos componentes!
 COMPONENTES ELETRÔNICOS
Agora vamos entender um pouco sobre os componentes,
sempre buscando atingir o Três Passos ensinados nessa aula:
Funcionamento, aplicação e testes!
I. Funcionamento:
Trata-se de um componente de proteção
contra surto de corrente, é ligado em série
com a linha de alimentação e sempre que há
um aumento além do limite de corrente, o
fusível atua impedindo a queima da placa;
II. Aplicação:
Utilizado para proteger as placas eletrônicas
contra surto de corrente elétrica.
III. Como testar:
Deve dar continuidade entre os dois
terminais do fusível.
 COMPONENTES ELETRÔNICOS
I. Funcionamento:
Varistor é um componente que possui alta resistência entre
seus terminais e que tende a diminuir conforme a tensão
aumenta entre eles (os terminais), até atingir o ponto de curto
circuito protegendo a placa.
II. Aplicação:
Utilizado para proteger as placas eletrônicas contra surto de
tensão na entrada.
III. Como testar:
Medir a resistência entre seus terminais.
 COMPONENTES ELETRÔNICOS
I. Funcionamento:
O diodo é um componente polarizado que conduz corrente
elétrica somente em um único sentido, do Anodo para
Catódo.
II. Aplicação:
Possui várias aplicações, entre elas: proteção contra inversão
de alimentação; Como retificador, como diodo de roda livre
etc.
III. Como testar:
Na escala de diodo no multímetro, ele deve conduzir num
sentido e entrar em corte no outro.
 COMPONENTES ELETRÔNICOS
I. Funcionamento:
O capacitor é um componente que armazenas cargas elétricas
entre seus terminais.
II. Aplicação:
Atuar como filtro de ruídos nos circuitos CA e CC.
III. Como testar:
Medir a capacitância e verificar se o valor respeita a
tolerância indicada pelo datasheet do componente. Além
disso, pode-se também verificar o valor de ESR.
 COMPONENTES ELETRÔNICOS
I. Funcionamento:
O resistor tem a característica de se opor a corrente elétrica,
podendo ser utilizado como divisor de tensão ou de corrente.
II. Aplicação:
Ser utilizado como limitador de corrente ou até sensor de
corrente de saída.
III. Como testar:
Medir a resistência entre seus terminais e verificar se está
dentro da tolerância especificada pelo datasheet.
 COMPONENTES ELETRÔNICOS
I. Funcionamento:
Os transistores são componentes do tipo bipolar que
normalmente são utilizados para fornecer corrente para
cargas de consumo maior.
II. Aplicação:
Na maioria das vezes atua como mediador entre o
componente de controle e a carga a ser acionada.
III. Como testar:
Teste de diodo entre Base e Emissor e não deve apresentar
continuidade entre Emissor e Coletor.
 COMPONENTES ELETRÔNICOS
I. Funcionamento:
O regulador de tensão recebe uma tensão alta na entrada,
rebaixa ela e envia numa saída específica mantendo essa
tensão fixa mesmo com a variação de corrente.
II. Aplicação:
Regular tensão para controladores.
III. Como testar:
Alimentar a entrada com uma tensão superior a de
regulagem e verificar se o regulador está funcionando.
 COMPONENTES ELETRÔNICOS
I. Funcionamento:
A porta lógica AND precisa receber pulso positivo nas duas
entradas para que a saída também seja positiva.
II. Aplicação:
Processamento de sinais vindo de sensores ou botões.
III. Como testar:
Medir o sinal das entradas e de saída e comparar com o
resultado da tabela verdade.
 COMPONENTES ELETRÔNICOS
I. Funcionamento:
A porta lógica OR precisa receber apenas um sinal positivo
na entrada para que a saída também seja positiva.
II. Aplicação:
Processamento de sinais vindo de sensores ou botões.
III. Como testar:
Medir o sinal das entradas e de saída e comparar com o
resultado da tabela verdade.
 COMPONENTES ELETRÔNICOS
I. Funcionamento:
A porta lógica NOT simplesmente inverte o sinal de entrada
do circuito
II. Aplicação:
Processamento de sinais vindo de sensores ou botões.
III. Como testar:
Medir o sinal das entradas e de saída e comparar com o
resultado da tabela verdade.
 UM MÉTODO
Esse procedimento apesar de parecer ser muito simples, irá
potencializar seu conhecimento em eletrônica em 1-2 anos.
Rapidamente você estará dominando uma gama enorme de
componentes. Quais as vantagens disso?
• Consertar mais placas eletrônicas;
• Conseguir construir um negócio sólido;
• Ir para nichos para caros;
• Aumentar o faturamento do seu negócio;
• Permanecer no mercado no longo prazo!
 MULTÍMETROS
Multímetro é um aparelho capaz de realizar medições de várias
grandezas elétricas a partir de um único equipamento.

Uma das versões de multímetros são os

digitais.

Outra versão são os multímetros

analógicos, ambos fazem as mesmas
medições. Com especificidades
diferentes que não entraremos nelas
nesse momento.
 SÍMBOLOS
Em basicamente todos os multímetros que você for utilizar,
você encontrará em alguma parte do seu corpo ou manual os
mesmos símbolos. Não importa se é um multímetro de R$ 100
ou R$ 1000,00.
 ENTRADAS
A grande maioria dos multímetros também possuem as mesmas
entradas, e entende-las garante que você não faça nenhuma
ligação/medição errada podendo danificar seu equipamento ou
causar algum acidente.
 SELETOR DE FUNÇÕES
Para realizar qualquer medição, você precisa posicionar as
pontas de prova nas entradas corretas e também mover o seletor
de funções.

ATENÇÃO! Sempre conferir as entradas e o seletor antes

de realizar qualquer medição.
 PRINCIPAIS MEDIÇÕES
Para realizar reparos em placas eletrônicas, existem algumas
medições que serão constantemente utilizadas pelo técnico, e
por isso, você precisa dominá-las:

Tensão Elétrica: para medir

tensão de entrada, saída e nos
circuito intermediários das placas.
Diodo: Para realizar as medições
de funcionamento de diodos,
transistores, MOSFET’s e IGBT’s.
Resistência: para verificar a
resistência dos resistores.
Capacitância: Para verificar o
bom funcionamento dos
capacitores.
 IMPORTÂNCIA DA FERRAMENTA
O primeiro passo para ser um bom técnico, é dominar suas
ferramentas de trabalho.

Para isso você precisa conhecer

sua ferramenta de trabalho,
conhecer as grandezas elétricas, e
saber como fazer as medições.

É claro, para saber medir, você

precisa saber o que está medindo e
para isso, você precisa conhecer:
• Eletricidade Aplicada;
• Eletrônica Aplicada;
• Técnicas de Medições;
 QUAL MULTÍMETRO COMPRAR?
A minha sugestão é que você não se limite ao tipo de
multímetro para começar: Apenas comece com o que
multímetro que você pode comprar!

Porém, mesmo assim irei deixar aqui

uma indicação de um excelente
multímetro para quem está começando:

Multímetro UNI-T UT89X True RMS

É um multímetro muito bom para

bancada, realiza medições True RMS e
vai te custar menos de R$ 200,00.
 REPLAY DAS AULAS
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 PARA FACILITAR
Para facilitar a manutenção de qualquer placa eletrônica, antes
você precisa entender como essa placa funcionar, seus
periféricos e como a placa é dividida. E por que é
importante?

É comum que na hora que a

placa chegue na bancada, você
não faça a mínima ideia de
como ela funciona,
principalmente se você nunca
consertou uma placa igual.

Assim, você tem dificuldade

em medir, testar e analisar a
placa.
 EVOLUIR NA MANUTENÇÃO
E para evoluir na manutenção de placas, você vai precisar
migrar dos segmentos mais baratos para os mais caros. Fazendo
isso, você estará sempre se deparando com placas novas na
bancada.

Como conseguir avançar com esse desafio?

A boa notícia é que você pode e isso só depende de você. Se
você tiver o método certo, ficará mais fácil ainda.
 EVOLUIR NA MANUTENÇÃO
Não é segredo pra ninguém que o mercado de manutenção
cresce cada vez mais, e nós técnicos precisamos estar prontos
para atender toda essa demanda que só tem crescido em nosso
país.

E como estar prontos?

Um bom conhecimento em eletrônica e o método eficaz para
consertar as placas. Vem comigo!
 COMO INTERPRETAR DIAGRAMAS?
Para interpretar diagramas eletrônicos, tem alguns
conhecimentos que você precisa ter:

– Conhecer todos os componentes eletrônicos que estão no circuito.

– Saber as aplicações dos componentes e como ele está sendo usado
no diagrama que está interpretando.
– Saber a relação entre as grandezas elétricas no circuito.
– Comportamento da tensão e corrente em cada parte do circuito
 3 PASSOS PARA INTERPRETAR
DIAGRAMAS ELETRÔNICOS

Vamos dividir a interpretação de diagramas eletrônicos em três

partes:

1. Identificar os componentes
2. Dividir o circuito em blocos
3. Interpretar todo o circuito

Agora vamos abordar de forma individual cada uma das

etapas para conseguir interpretar o diagrama eletrônico.
 01. IDENTIFICAR OS COMPONENTES
A primeira coisa que você deve fazer é identificar os
componentes que você já conhece e principalmente os que
você ainda não conhece:

Na realidade, o trabalho mais importante será feito em cima do

componente que você ainda não conhece. Vamos imaginar que
não conhecemos o MC33374, o MOSFET que chaveia o
chopper.
 01. IDENTIFICAR OS COMPONENTES
Agora você irá pesquisar o datasheet do MC33374, ler artigos
ou ver vídeos no YouTube a respeito desse componente.
Qual o objetivo?
Identificar o funcionamento, aplicação e como se mede esse
componente.

Todo datasheet tem um campo com uma descrição explicando o

funcionamento do componente. Além disso, os vídeos e artigos
também irá te ensinar como ele funciona.
 02. DIVIDIR O CIRCUITO EM BLOCOS
O próximo passo é dividir o circuito em blocos, de forma que
cada bloco tenha um funcionamento especifico.

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Esse circuito de fonte chaveada, foi divido em 4 grandes blocos.

 02. DIVIDIR O CIRCUITO EM BLOCOS
Após isso, você precisa interpretar o funcionamento de cada
bloco de forma individual.

O primeiro circuito (bloco 1) que iremos estudar,

trata-se do retificador. O circuito retificador na fonte
chaveada, é exatamente igual ao circuito retificador da
fonte de alimentação linear.

O bloco 2 é responsável por induzir um tensão no

secundário do transformador. O primário é
alimentado e recebe um chaveamento vindo do
MOSFET (Bloco 3), induzindo uma tensão CA no
secundário do transformador chopper.
Esse circuito também é composto por filtros RC e
contra corrente reversa também.
 02. DIVIDIR O CIRCUITO EM BLOCOS

O bloco 3 é responsável por chavear o GND na

bobina do chopper, para que se tenha a tensão
induzida no secundário.

O bloco 4 é onde está contido o circuito secundário

do chopper e também o circuito de feedback.
O circuito secundário é onde é gerado a tensão
induzida e retificada, gerando as tensões CC para
alimentar o restante do circuito.
O circuito de feedback é responsável por verificar o
nível de tensão de saída e decidir se irá aumentar
ou não a frequência de chaveamento do MOSFET.
 03. INTERPRETAR TODO O CIRCUITO
Após interpretar os blocos, a interpretar do circuito como um
todo fica mais “fácil”.
Conseguimos olhar para o
diagrama e entender todo o
fluxo de funcionamento do
diagrama e também da
placa.

Consigo saber que o Bloco 1 irá retificar a tensão CA de

entrada, enviando uma corrente CC para o primário do
chopper - Bloco 2. O bloco 3, é responsável por chavear a
bobina do chopper, gerando uma tensão no enrolamento
secundário do transformador. Essa tensão no secundário -
bloco 4, será retificada para alimentar as demais cargas.
 POTENCIAL DE GANHO
O valor de cada manutenção pode variar de 30 a 40% do valor
de uma placa nova. Sendo assim, se você conserta uma placa de
R$ 500,00 (NOVA), você pode cobrar de:
R$ 150 a R$ 200 na Manutenção.

Vamos aos Cálculos.

2 placas por semana – R$ 1.600,00 por mês
3 placas por semana – R$ 2.400,00 por mês
4 Placas por semana – R$ 3.600,00 por mês
 POTENCIAL DE GANHO
Faturamento de R$ 3.600,00 por mês consertando apenas 4
placas por semana. E alias, estou fazendo os cálculos com base
em placas simples.
Mas e se você aprender a consertar placas de R$ 10.000,00
por exemplo?

Placas de R$ 10.000,00 você pode cobrar de R$ 3.000,00 a R$

4.000,00 por reparo.
R$ 4.000,00 EM UM ÚNICO REPARO. Parece bom?
Vem comigo.
LISTA DE FERRAMENTAS
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 A PLACA ELETRÔNICA
Basicamente, toda placa eletrônica pode ser dividida em três
partes principais:
1. Entrada
Equipamentos que recebem sinais de alimentação, de sensores etc e
enviam para a fonte de alimentação ou para o circuito de
processamento.
2. Processamento
Recebe os sinais vindo da entrada, processa essas informações,
geralmente com auxilio de um microcontrolador, e depois executa
uma ação conforme programado .
3. Saída
São os componente utilizados para intermediar o sinal do
microcontrolador com as cargas: motores, lâmpadas, solenoides etc.

ATENÇÃO: Essa divisão acontece em TODAS as placas

eletrônicas!
 DEFEITO X BLOCOS
Cada defeito estará, obrigatoriamente, relacionado com um
bloco da placa.
Como assim? Exemplo:
1. Se a placa não está ligando o motor. Logo, já podemos
imaginar que o defeito está no circuito de processamento
que não está enviando o sinal ou nos componentes de saída
(MOSFET’s) que não estão ligando a carga.
➢ Nessa hora, já reduzimos o campo de atuação para o bloco de
saída e depois para o bloco de processamento.

2. Outro exemplo seria se a placa não está ligando. Já podemos

imaginar que se a placa não liga, pode ser que o defeito esteja
no circuito de fonte, que está recebendo a alimentação mas não
está alimentando o resto da placa.
➢ Agora já poderemos atuar somente no circuito de fonte para
analisar a placa.
 ORGANIZANDO
Agora que você já conhece quase todo o método que utilizo,
vamos organizar as ideias e criar um procedimento para a
realização das suas manutenções:

1º Inspeção visual
• Olhar todos os componentes, todas as trilhas, todos os fios etc;
• Se tiver algo danificado, já realizar a substituição.
2º Medições a frio
• Medir a entrada do equipamento e verificar se há curto;
• Testar fusível de entrada;
• Testar varistor de entrada;
• Ponte de retificação;
• Curto no link;
• Medir dispositivos de saída;
 ORGANIZANDO
3º Energizar a placa
Circuito de proteção: como funciona;
Fazer as medições por blocos.
4º Identificar defeito
Identificar componente danificado;
Substituir e testar novamente.
5º Fazer orçamento
Precificando sua manutenção;
Comprando peças: Aliexpress.
 RESULTADO
Todo esse conteúdo que foi ensinado aqui, você retirado do meu
dia a dia, do que eu apliquei, testei e validei. Por isso, eu posso
garantir:
Se você aplicar tudo o que foi ensinado, você irá conseguir
construir seu negócio e ainda fazer uma boa renda extra com
reparo de placas!
No médio prazo terá seu negócio de reparo totalmente
estruturado!
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