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GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO

CENTRO DE EDUCAÇÃO QUILOMBOLA ELOI FERREIRA DOS REIS

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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO
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Mata Roma
2021
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A Educação Escolar Quilombola é desenvolvida em unidades educacionais inscritas em suas terras


e cultura, requerendo pedagogia própria em respeito à especificidade étnico-cultural de cada
comunidade e formação específica de seu quadro docente, observados os princípios
constitucionais, a base nacional comum e os princípios que orientam a Educação Básica brasileira.
Na estruturação e no funcionamento das escolas quilombolas, deve ser reconhecida e valorizada
sua diversidade cultural (DCN’S, 2013, p. 48).

EQUIPE DE GOVERNO
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Flávio Dino
Governador do Estado

Felipe Costa Camarão


Secretário de Estado da Educação

Leila Alves Mendes


Gestora do CEQ. Eloi Ferreira dos Reis
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EQUIPE DE DISCUSSÕES E ELABORAÇÃO

Profª Dayanne Oliveira Fonteles

Prof. Gilvan Carvalho Sousa

Profª Janayara Carvalho da Silva

Profª Joyssymara Pontes dos Santos

Profª Kênnya Oliveira Fonteles

Profª Maria Sousa Silva


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Profª Nathália Lopes Ferreira

Profª Silmeire Monteles Lima

Profª Suely Galvão Martins e Martins


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SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 1
JUSTIFICATIVA................................................................................................................ 2
OBJETIVOS....................................................................................................................... 6
ESCOLA QUILOMBOLA E ETNODESENVOLVIMENTO....................................................
ASPECTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS DO QUILOMBO BOM SUCESSO .........20
MISSÃO DA ESCOLA........................................................................................................3
IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR.......................................................... 4
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................... 5
ORGANIZAÇÃO DE VAGAS POR ETAPA E MODALIDADE..................................... 7
PLANO CURRICULAR.................................................................................................... 8
SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO.................................................................................... 9
REFERÊNCIAS................................................................................................................ 10
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1 APRESENTAÇÃO

O presente documento foi elaborado com a finalidade de organizar a administração e democratizar as decisões do Centro Educacional
Elói Ferreira dos Reis. O mesmo nos permite o diagnóstico dos problemas do presente e a decisão sobre as possíveis soluções que mudarão o
futuro.

O Centro Educacional Elói Ferreira dos Reis tem como Entidade Mantenedora a Secretaria de Estado da Educação do Governo do
Estado do Maranhão, trabalha com a modalidade Ensino Médio Regular. Está localizado na comunidade Bom Sucesso, município de Mata
Roma - Maranhão.
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A Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica define que a Educação Escolar
Quilombola, requer pedagogia própria, respeito à especificidade étnico- racial e cultural de cada comunidade, formação específica de seu
quadro docente, materiais didáticos e paradidáticos específicos, devem observar os princípios constitucionais, a base nacional comum e os
princípios que orientam a Educação Básica Brasileira, e deve ser oferecida nas escolas quilombolas e naquelas escolas que recebem alunos
quilombolas fora de suas comunidades de origem

O fazer pedagógico exige uma sensibilidade do educador em perceber a realidade local, as dificuldades do acesso que o aluno tem aos
estudos, o momento vivido pela comunidade e outras questões que devem ser compreendidas. Para BNCC a educação quilombola valoriza a
diversidade cultural e:

pressupõe um currículo construído com a comunidade escolar, baseado nos saberes, conhecimentos e respeito às suas matrizes culturais,
assegurando uma educação que permite melhor compreender a realidade a partir da história de luta e resistência desses povos, bem como dos
seus valores civilizatórios.

A educação que almejamos está comprometida com a construção de uma cidadania consciente e ativa com a possibilidade do educando
compreender e posicionar-se frente as transformações da sociedade participando da vida produtiva, relacionando-se com a natureza e
convivendo com o mundo contemporâneo de forma autônoma. Esperamos que esse educando valorize o conhecimento cultural e o trabalho,
selecione o que é relevante investigar e pesquisar, construa hipóteses; compreenda e raciocine logicamente, compare e estabeleça relações;
adquira confiança em si próprio com capacidade de pensar e encontrar soluções. Com base nestas expectativas esta proposta tem por fim
motivar os trabalhos do Centro de Educação Quilombola Elói Ferreira dos Reis no ano letivo, cujos objetivos centram-se na efetivação da
aprendizagem dos seus alunos.

2 JUSTIFICATIVA
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Considerando a necessidade de uma educação de qualidade é que a comunidade que compõe o Centro Educação Quilombola Elói
Ferreira dos Reis, organiza o Projeto Pedagógico, com o intuito de direcionar e qualificar as ações que serão desenvolvidas na escola durante
todo o período letivo, através do projeto pedagógico que definimos os objetivos a serem alcançados valorizando o trabalho de cada segmento
fortalecendo-o, evitando improvisações; permitimos uma avaliação de nossas ações a fim de se buscar novas alternativas, para mudar o
cotidiano da sala de aula, criando na escola o sentido de conscientização efetiva para o exercício da cidadania.

Repensar as formas de organização da escola justifica-se pelo fato de que no mundo moderno, com a velocidade com que as
informações tramitam, o desenvolvimento acelerado da ciência e tecnologia, exigem da escola que vá muito além da simples transmissão de
conhecimento e que esteja constantemente repensando seus referenciais de atuação e suas possibilidades de reconstrução das situações de
paz.

A qualidade no ensino público sempre foi uma luta daqueles que a pensam e administram, principalmente, daqueles que dela se
apropriam a fim de concretizar seus ideais. Todavia, o discurso da “qualidade” sempre atendeu a diferentes interesses, por vezes,
antagônicos. Por isso, justificar esta proposta de escola em quilombos exige a escuta, do quanto as políticas orientadoras das práticas dos
sujeitos da ação educativa ainda se encontram na contramão de uma “caminhada”, em que o chegar na sala signifique continuidades de
sonhos.

Eu vejo hoje que a educação poderia estar atendendo às necessidades do aprendizado das crianças com melhor qualidade. No
campo principalmente o que a gente percebe é que as crianças, quando estão saindo e enfrentando as dificuldades de deslocamento da
comunidade até a sala de aula ...já estão prejudicando o aluno desde essa saída da pessoa de seus ambientes para chegar até a escola e
quando a gente fala de deslocamento das crianças da comunidade eles enfrentam sérios problemas na caminhada para chegar até a sala
de aula eles enfrentam problemas de chuva, de horário, sai de horário para chegar até a sala de aula e de volta quando sai dá escola para
chegar a casa. Então os alunos estão perdendo a vontade de estudar devido esse motivo da caminhada. Isso é um fator. (Entrevista
realizada com Sr. Antônio Carlos de Pereira Andrade, Comunidade Quilombola de João Surá, agosto de 2007)

Compartilhar com a comunidade os sonhos, as esperanças, as dúvidas e anseios surgidos na busca de mudança parecem ser a única
forma de construir algo consistente e novo. Nesse sentido, o momento da elaboração do PPP, constitui oportunidade de se revelar e discutir
atitudes e valores que estão subjacentes à pratica de buscar coerência nas ações vivenciadas no cotidiano. Como afirma Moreira (2004):

Nós aprendemos e ensinamos em meio a experiências, em meio às relações que estabelecemos na escola. Tudo isso tem que ser organizado,
pensando, planejado, não é algo que acontece de qualquer jeito. A ideia de experiência do aluno fazendo, do professor também trabalhando,
planejando e desenvolvendo prática também está presente.
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De acordo com as perspectivas do autor, toda ação tem que ser pensada e organizada para que os resultados favoreçam uma
aprendizagem significativa.

Conclui-se que nessa forma de trabalhar todas as ações são organizadas de maneira conjunta com a gestão e professores envolvendo
alunos e comunidade local, na possibilidade de responder algumas questões ou necessidades que tenha sido questionado pela equipe
pedagógica, pelo desejo de fazer ou resolver alguns problemas da realidade escolar.

6 Objetivo Geral

Esta proposta pedagógica tem por objetivo apontar princípios e orientações para organização e consolidação de práticas educativas
que associem Escolarização, Educação das Relações Étnico-Raciais e Etnodesenvolvimento Solidário.

Objetivos Específicos

 Propor ações de reconhecimento e superação das desigualdades sociais e étnico-raciais, a partir de demandas apresentadas pela
Comunidade Quilombola, (citar art. 1 LDB);

 Contribuir no processo de construção e fortalecimento das identidades étnicas existentes no estado do Maranhão;

 Viabilizar aos quilombolas o atendimento escolar na sua comunidade de origem, valorizando atitudes, posturas e conhecimentos que
eduquem sujeitos conscientes e orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial;

 Possibilitar uma nova forma de organização dos tempos e espaços escolares com vistas a contribuir na superação da exclusão, no
etnodesenvolvimento, na valorização da cultura, dos conhecimentos e das experiências da comunidade no currículo escolar;

 Articular os saberes e as práticas escolares com princípios e objetivos da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos
e Comunidades Tradicionais – PNPCT (Decreto 6040/2007)
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ESCOLA QUILOMBOLA E ETNODESENVOLVIMENTO

A Comunidade Remanescente de Quilombo do Povoado Bonsucesso, que servirá de referência para a construção dessa proposta,
localiza-se no município de Mata Roma-MA , nas margens do Rio Preto. A primeira citação relacionada à povoação de Bonsucesso, segundo
sua certidão de autorreconhecimento, data de 1820, com a chegada de um dono de escravos na região que seria um Brigadeiro. Segundo os
moradores de Bonsucesso, doze escravos herdaram a terra após a sua a morte.

A primeira localização do grupo teria sido no povoado Mata dos Brigadeiros, recebendo nome por ter sido onde o Brigadeiro se instalou
com seus escravos. Depois, seguiram para barra do Moquém com o rio Preto, para procurar nova habitação e lá teriam encontrado junto às
árvores uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. E nesse local foi erguido o povoado de Bonsucesso e construída a igreja de Nossa
Senhora da Conceição. Ao longo dos anos, os negros, que eram proprietários, também permitiram, aos poucos, que a áreas fossem ocupadas
por agricultores que quisessem implantar suas roças.

O território de Bom Sucesso encontra-se em processo de titulação (número do processo: 542030.003668/2005-47) no INCRA, na fase de
procedimento administrativo, etapa posterior à emissão da certidão de autoreconhecimento emitida pela Fundação Cultural Palmares.
Segundo essa certidão de 04 de junho de 2004, anexa ao processo de titulação, consta que a comunidade de:

“Bom Sucesso dos Negros, localizada nas áreas da data Muquem e do rio Preto,
Município de Mata Roma Estado do Maranhão, cujas terras transmitidas em testamento pelo
Brigadeiro Anacleto Henrique Franco e seus escravos no ano de 1820 onde hoje estão os
povoados São Domingos, Tanque, São José Velho, Sete Galhos, Centro Alto, Santa Elvira,
Boa Razão, Carnaúba, Preguiças, Olho d´Água I, Primeiros Campos, Sítio do Meio,
Boqueirão, Cabeceira, Caridade, Caburé, Cajueiro e Bom Sucesso e demais povoados
adjacentes reivindicados pela comunidade que tem 237 famílias e 1153 pessoas”, descreve a
certidão emitida pela Fundação Cultural Palmares emitida em 04/06/2004.

ASPECTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS DO QUILOMBO BONSUCESSO


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A iniciativa de produzir uma Proposta Pedagógica para escolas quilombolas deve levar em conta as especificidades históricas e culturais
dessas comunidades. Bonsucesso, comunidade remanescente de quilombo, está localizada no Município de Mata Roma, sendo o agroextrativismo o
meio de reprodução de suas famílias, o qual mantém relações e as heranças com as bases ancestrais das primeiras famílias que iniciaram a povoação,
tais como os usos dos recursos naturais e a valorização da cultura local.

Ao longo desse período, essas famílias vivenciam os tensores tais como desmatamento e a pressão fundiária manifestada pela expansão de
empreendimentos do agronegócio sobre áreas de comunidades rurais remanescentes de quilombos, que ameaçam a sustentabilidade da agricultura
familiar e dos recursos naturais além das dificuldades de acesso a políticas que concretamente lhes assegurem a posse da terra, segurança alimentar e
outras possibilidades de renda não agrícola.

Considerando a preservação da cultura local o povoado prestigia entre os dias 28 a 08 de dezembro a festa de Nossa Senhora da Conceição,
onde mobiliza toda a localidade e o município. Os preparativos da festa iniciam dois meses antes, com a procura do mastro, uma árvore que
pode estar em uma capoeira alta. Ao longo do dia realizam procissões, orações, almoço comunitário que culmina com o levante do mastro.
Depois disso inicia o tambor de crioula e, em seguida, uma festa dançante.

As festas juninas são também de grande importância para a comunidade. À noite há o arraial com apresentação de danças como o tambor de
crioula, quadrilha e o bumba boi de Bonsucesso. Sendo também para muitas famílias uma oportunidade de negócio tendo em vista a
participação de muitos visitantes na comunidade.

A cultura está devassada devido a influência cultural, a mídia, a música, entre outros aspectos, com isso a cultura evolui e muitas se perdem.

3 MISSÃO DA ESCOLA

3.1 Missão

Pesquisas realizadas sobre a escolarização em áreas remanescentes de quilombo nos indicam a necessidade de contemplar a Educação
das Relações Étnico-Raciais como um dos eixos dessa proposta pedagógica. Nossa missão é oferecer um ensino de qualidade, garantindo a
participação ativa da comunidade escolar, contribuindo para formação de cidadãos críticos e conscientes, preparados para o exercício da vida
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profissional e para os desafios do mundo moderno. Uma educação que não leva em conta os processos históricos de construção de barreiras
sociais para a população negra, não conseguirá superar as práticas discriminatórias enraizadas na sociedade.

3.2 Visão

Seremos uma Escola de referência pela qualidade do ensino que ministramos, pela excelência de nossas práticas educativas, e pelo
respeito e valorização dos nossos alunos e de todos os que necessitem dos nossos serviços.

3.3 Valores
Nossa escola pretende resgatar a dimensão sócio-política da Educação Quilombola se exigindo sujeitos educativos distintas formas de
organização do trabalho pedagógico e do trato com o conhecimento, apontando tanto para a busca de processos participativos de ensino e
aprendizagem, quanto de ação social para a transformação. Dessa maneira a Educação do Campo evidenciará o respeito à diversidade
cultural e às realidades que fazem parte das comunidades.
A Educação Quilombola advoga princípios filosóficos que dialogam com concepções de sociedade, de desenvolvimento e de educação:
a) Educação para a transformação;
b) Educação para o trabalho e a cooperação;
c) Educação voltada para as várias dimensões da pessoa humana;
d) Educação com/para valores humanistas;
e) Valorização dos diferentes saberes no processo educativo;
f) A diversidade de espaços e tempos educativos;
g) Educação como estratégia para o desenvolvimento sustentável
h) Vivência de processos democráticos e participativos
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4 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR

Identificação da Instituição Escolar


O CEQ Eloi Ferreira dos Reis inicia a sua História a partir de 2008 como anexo do C.E. Oliveira Roma, neste período o C.E. Oliveira
Roma passa por duas gestões diferentes, a primeira a professora Olga Filgueira que iniciou o anexo no ano de 2008 sendo gestor regional de
educação na época Ormane Fortes Menezes que contratou professores e iniciou as aulas no povoado Bom Sucesso. No ano de 2015 houve
eleições para gestor do C.E. Oliveira Roma seno eleito o professor Júlio Cesar Pavão Almeida para gestor geral e a professora Maria Meires
para gestora ajunta. Durante este período foi realizado várias contratações de professores, com o intuito de garantir a realização de aulas
para os alunos e foi firmado também uma parceria entre URE Unidade Regional de Educação, Gestão Municipal e Gestão do C.E. Oliveira
Roma.
Com o aumento progressivo de alunos a escola foi cada dia garantindo o ensino de qualidade considerando os valores morais, étnicos,
religiosos e valorizando sempre a igualdade racial em consonância com a Lei 10.639/2003, a escola por funcionar em um povoado de
remanescencia quilombola assumiu a educação quilombola no intuito de resgatar o sentimento e a valorização da negritude e tentar
despertar nos alunos a consciência do ser negro, desde então a escola tem desempenhado o seu papel ao ponto de no ano de 2015 através do
decreto Nº 33.343, de 14 e setembro de 2017, ter se emancipado deixando de ser anexo e tornando-se uma escola mãe, vale ressaltar que
esta escola possuía uma anexo no povoado Guadalupe, anexo este que ganhou a premiação do Mais IDEB no ano de 2017, mesmo com essa
premiação e por falta de alunos matriculados o anexo foi unificado a escola mãe, ou seja, ao CEQ Eloi Ferreira dos Reis.
Ao se emancipar a escola troca de nome e procurou-se homenagear com uma pessoa que tivesse história no quilombo, fizemos uma
pesquisa entre os moradores e a associação quilombola de Bonsucesso e foi decidido que a escola levaria a partir de então o nome Eloi
Ferreira dos Reis em homenagem a um descendente de escravo e que morreu com 104 anos de idade, vivendo todo esse tempo no povoado
Bonsucesso.
Eloi Ferreira dos Reis nasceu no povoado Mata Alta em Mata Roma MA, no dia 08 de Dezembro de 1906, filho de João Teodoro
Ferreira dos Reis e Maria Justina dos Reis. Teve uma infância de trabalho, não brincou pois as atividades laborais da agricultura não
permitiram. No dia 17 de novembro de 1953 contraiu matrimonio com Teodora Caetana dos Reis, com quem teve 11 filhos. Logo depois
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Teodora faleceu. Eloi viveu muitos anos sozinho, com o passar dos tempos conheceu a senhora Raimunda dos Reis com quem viveu
maritalmente por muito tempo. Deste enlace matrimonial não teve filhos. No dia 08 de novembro de 2012 veio a óbito na época com 104
anos.

5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Os quilombos nos remetem a vários tempos e espaços histórico: em primeiro lugar, à África do século XVII. A palavra Kilombo é
originária da língua banto umbundo, que diz respeito a um tipo de instituição sociopolítico militar conhecido na áfrica central, mais
especificamente na área formada pela atual Republica Democrática do Congo (Zaire) e Angola (MUNANGA, 1996, p.58). Apesar de ser um
termo umbundo, constituía-se em um agrupamento militar de jovens guerreiros, composta pelos jaga ou imbangala (de Angola) e os lunda
(do Zaire) (MUNANGA, 1996: P.59).
Considerando-se o processo histórico de configuração dos quilombos no Brasil e a realidade vivida, hoje, pelas comunidades
remanescentes de quilombos, é possível afirmar que a história dessa parcela da população tem sido construída por meio de várias e distintas
estratégias de luta, a saber: contra o racismo, pela terra e território, pela vida, pelo respeito à diversidade sociocultural, pela garantia do
direito à cidadania, pelo desenvolvimento de políticas públicas que reconheçam, reparem e garantam o direito das comunidades quilombolas
à saúde, à moradia, ao trabalho e à educação.
Esse histórico de lutas tem o movimento quilombola e o movimento negro como os principais protagonistas políticos que organizam
as demandas das diversas comunidades quilombolas de todo o país e as colocam na cena pública e política, transformando-as em questões
sociais. São esses movimentos sociais que denunciam que a situação de desigualdade e preconceito vivida pelos quilombolas está
intrinsecamente ligada ao racismo.
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No processo de luta contra o racismo e a discriminação racial no Brasil, a questão quilombola se apresenta como mais um desafio e
uma demanda específica. A sua inserção em momentos históricos da configuração do movimento negro no Brasil após a ditadura militar
resulta, entre outros processos, na formulação dessas Diretrizes.
Para melhor compreensão do processo em nível nacional que desencadeou na demanda de um trato pedagógico específico para a
Educação Escolar Quilombola nas políticas educacionais, cabe destacar alguns momentos de luta do movimento negro no Brasil: a
comemoração dos 300 anos de Zumbi, em 1995, e a realização, em Brasília, no dia 20 de novembro de 1995, da “Marcha Zumbi dos
Palmares contra o Racismo, pela Cidadania e pela Vida”, coordenada pelo Movimento Negro em nível nacional em parceria com outros
setores da sociedade civil.
Por ocasião da Marcha, o país assistiu a uma das primeiras manifestações públicas da articulação nacional dos quilombolas, a saber: o I
Encontro Nacional, que aconteceu em Brasília, no período de 17 a 20 de novembro de 1995. Desse encontro, saíram reivindicações concretas
das populações quilombolas ao Estado brasileiro, incluindo entre elas a educação.
Em 1996, é organizada a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). Essa
entidade de representação máxima das comunidades quilombolas é formada pelos próprios quilombolas, com representação em diferentes
Estados brasileiros com o propósito de mobilizar as comunidades quilombolas em todo o Brasil em defesa de seus direitos.
Dessa forma, o reconhecimento de comunidades remanescentes de quilombos e seu grande número colocam aos sistemas de ensino
e ao Estado o desafio de repensar a educação escolar e seu currículo considerando os valores, as práticas culturais e os conhecimentos
produzidos pelas comunidades negras rurais e urbanas ao longo da história do nosso país. A gestão educacional e a formação de professores
são indagadas a responder: que tipo de escola e que tipo de educação são necessários às comunidades remanescentes de quilombos no Brasil?
A Educação Escolar Quilombola não pode prescindir da discussão sobre a realidade histórica e política que envolve a questão
quilombola no país. Dessa forma, os sistemas de ensino, as escolas, os docentes, os processos de formação inicial e continuada de professores
da Educação Básica e Superior, ao implementarem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, deverão incluir
em seus currículos, além dos aspectos legais e normativos que regem a organização escolar brasileira, a conceituação de quilombo; a
articulação entre quilombos, terra e território; os avanços e os limites do direito dos quilombolas na legislação brasileira; a memória; a
oralidade; o trabalho e a cultura.
A escola tem o papel de possibilitar o acesso das novas gerações ao mundo do saber sistematizado, do saber metódico, científico. Ela
necessita organizar processos, descobrir formas adequadas a essa finalidade.
A Educação Quilombola e do Campo, então, se afirma na defesa de um país soberano e independente, vinculado à construção de em
projeto de desenvolvimento, no qual a educação é uma das dimensões necessárias para a transformação da sociedade, que se opõe ao modelo
de educação rural vigente. Nessa perspectiva, a escola torna-se um espaço de análise crítica para que se levantem as bases para elaboração de
uma outra proposta de educação e de desenvolvimento. Nesse sentido, busca-se desenvolver uma proposta de educação voltada para as
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necessidades das populações do campo e para a garantia de escolarização de qualidade, tornando-se o centro aglutinador e divulgador da
cultura da comunidade e da comunidade.
Cada povo do campo tem sua forma de viver. Ribeirinhos, caiçaras, quilombolas, seringueiros, agricultores familiares, indígenas se
diferenciam entre si devido ao trabalho que realizam e à cultura gerada por suas formas de trabalho. Do mesmo modo se assemelham entre si,
pois possuem as mesmas carências, as mesmas limitações econômicas, materiais, humanas e de acesso à cultura. A conquista do acesso
universal a todo o conhecimento produzido pela humanidade e a garantia de uma formação que busque novas estratégias educativas e
promova o desenvolvimento humano integral é outro dos desafios da Educação do Campo.

7 ORGANIZAÇÃO DE VAGAS POR ETAPA E MODALIDADE

7. 1 Ensino Médio Regular

TURNO Nº DE TURMAS: 6 1° ano “A” 1° ano “B” 2° ano “A” 2° ano “B” 3° ano “A” 3° ano “B”
Noturno Idade (aproximada)
Quantidade de alunos 30 alunos 30 alunos 31 alunos 33 alunos 27 alunos
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8 PLANO CURRICULAR

8. 1 Proposta Pedagógica Ensino Médio

Propõe-se ao Ensino Médio, a formação geral do educando, não somente para


acumular conhecimentos, mas o aluno tem como alvo a preparação científica e a
capacidade tecnológica relativa às áreas de atuação, a capacidade de pesquisar e buscar
informações; analisá-las e selecioná-las, desta forma aprender, criar, formular, elaborar o
conhecimento escolar, mediante a contextualização, incentivando o raciocínio e a
capacidade de aprender.

A proposta para o Ensino Médio do CEQ Eloi Ferreira dos Reis no povoado
Quilombola do Bom Sucesso em Mata Roma pauta-se nas mudanças do conhecimento e
de seus desdobramentos, referentes à produção e as relações sociais de modo geral. São
estes os princípios gerais que orientam a reformulação curricular do Ensino Médio
expressos na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação – 9.394/96, levando em conta
as mudanças estruturais que desenvolvem o sistema educacional do país. Esta Lei, no
(Artigo 36) explicita que o Ensino Médio é a etapa final da educação básica, o que
concorre para a construção de sua identidade. O Ensino Médio passa a ter característica
de término, o que significa assegurar ao educando a oportunidade de aprimorar,
consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, garantindo
a preparação para o prosseguimento de estudos, inserção no mercado de trabalho e a
formação da cidadania, possibilitando aos jovens instrumentos que permitam “continuar
aprendendo”, tendo em vista o desenvolvimento da compreensão dos fundamentos
científicos e tecnológicos dos processos produtivos, com a construção de competências
básicas, que situem o educando como sujeito produtor de conhecimento e participante da
sociedade, desenvolvendo valores e competências necessárias à integração de seu projeto
individual e da sociedade na qual está inserido, incluindo a formação ética e o
desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico.

8.1.1 DISCIPLINA: MATEMÁTICA – ENSINO MÉDIO


8.1.1.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A matemática é uma ciência por excelência, é indissociável da realidade, pois está


presente nas mais simples atividades da vida cotidiana. Vivemos em uma sociedade
globalizada, e a educação está voltada para o desenvolvimento de cidadãos críticos e
participativos que através de conhecimentos científicos e recursos, sejam agentes
transformadores da realidade em que vivem.
Ao estabelecer diretrizes para a organização do ensino da matemática, no Ensino
Médio, ofertado nas diversas modalidades de ensino, como na Educação Quilombola é
importante, observar a necessidade da sua adequação para o desenvolvimento e
promoção dos alunos, com diferentes motivações, interesses e capacidades; criando
condições para sua inserção no mundo e contribuindo para desenvolver as capacidades
que deles serão exigidas em sua vida social e profissional.
Um mundo onde as necessidades sociais, culturais e profissionais ganham novos
contornos, pois todas as áreas requerem alguma competência em Matemática e a
possibilidade de compreender conceitos e procedimentos matemáticos é necessário tanto
para tirar conclusões e fazer argumentações, quanto para o cidadão agir como
consumidor prudente ou tomar decisões.
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No Ensino Médio da Educação Quilombola há especificidades que devem ser
observadas e trabalhadas dentro do ensino da matemática. Esse nível de ensino tem um
valor formativo, que ajuda a moldar o pensamento e o raciocínio dedutivo, porém
também desempenha um papel instrumental, pois é uma ferramenta que serve para a vida
cotidiana e para diversas tarefas específicas em quase todas as atividades humanas.
Privilegia ainda, algumas capacidades básicas: comunicar-se em várias linguagens,
investigar, interpretar, resolver e elaborar situações problemas, tomar decisões,
estabelecer estratégias e procedimentos, adquirir e aperfeiçoar conhecimentos, buscar
valores sociais e pessoais, desenvolver trabalhos de forma solidária e cooperativa e
sempre ter a consciência de estar aprendendo.
Exige-se, no contexto atual, um redirecionamento sob uma perspectiva curricular
que favoreça o desenvolvimento de habilidades e procedimentos com os quais o
indivíduo possa se reconhecer e se orientar nesse mundo do conhecimento em constante
movimento. E ainda apresentar ao aluno o conhecimento de novas informações e
instrumentos necessários para que seja possível a ele continuar aprendendo. Saber
aprender é a condição básica para prosseguir aperfeiçoando-se ao longo da vida. Sem
dúvida, cabe a todas as áreas do Ensino Médio auxiliar no desenvolvimento da autonomia
e da capacidade de pesquisa, para que cada aluno possa confiar em seu próprio
conhecimento.
Para isso, habilidades como selecionar informações, analisar as informações
obtidas e, a partir disso, tomar decisões exigirão linguagem, procedimentos e formas de
pensar matemático que devem ser desenvolvidas ao longo do Ensino Médio, bem como a
capacidade de avaliar limites, possibilidades e adequação das tecnologias em diferentes
situações.
Aprender Matemática no Ensino Médio deve ser mais do que memorizar resultados
dessa ciência e que a aquisição do conhecimento matemático deve estar vinculada ao
domínio de um saber fazer e de um saber pensar matematicamente.
Esse domínio não é algo construído rapidamente, é desenvolvido passo a passo,
diariamente, de forma colaborativa e participativa, um processo lento, trabalhoso, cujo
começo deve ser uma prolongada atividade sobre resolução de problemas de diversos
tipos, com o objetivo de elaborar conjecturas, de estimular a busca de regularidades, a
generalização de padrões, a capacidade de argumentação, elementos fundamentais para o
processo de formalização do conhecimento matemático e para o desenvolvimento de
habilidades essenciais à leitura e interpretação da realidade e de outras áreas do
conhecimento.

Objetivos Gerais da Disciplina


 Conciliar a educação matemática com as especificidades locais da comunidade
quilombola.
 Conhecer - Desenvolver a capacidade do aluno em utilizar a matemática como
instrumento de interpretação e transformação da realidade da comunidade através do
conhecimento;

 Proporcionar um maior desenvolvimento das capacidades de raciocínio – lógico,


resolução de problemas, criatividade, comunicação e pensamento crítico dos
educandos;

 Estimulara as relações sociais, atitudes de autonomia e cooperação e autoconfiança em


relação às próprias capacidades matemáticas;
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 Compreender os conceitos, procedimentos e estratégias matemáticas que permitam a
ele desenvolver estudos posteriores e adquirir uma formação científica geral;

 Aplicar seus conhecimentos matemáticos a situações diversas, utilizando-os na


interpretação da ciência, na atividade tecnológica e nas atividades cotidianas;

 Analisar e para formar uma opinião própria que lhe permita expressar-se criticamente
sobre problemas da Matemática, das outras áreas do conhecimento e da atualidade;

 Expressar-se oral, escrita e graficamente em situações matemáticas e valorizar a


precisão da linguagem e as demonstrações em Matemática;

8.1.2 DISCIPLINA: BIOLOGIA – ENSINO MÉDIO


8.1.2.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O aprendizado disciplinar em Biologia cujo cenário e a biosfera, são articulados e


inseparáveis das demais ciências. A própria compreensão do surgimento e da evolução da
vida nas suas diversas formas de manifestação demanda uma compreensão das condições
geológicas e ambientais reinantes no planeta primitivo.
O entendimento dos ecossistemas atuais implica um conhecimento da intervenção
humana, de caráter social e econômico. Perceber a profunda unidade da vida, diante das
suas diversidades, é de uma complexidade tamanha, e também demanda uma
compreensão dos mecanismos de codificação genética, que são a um só tempo uma
estereoquímica e uma física da organização molecular da vida. Ter uma noção de como
operam esses níveis submicroscópicos da Biologia não é um luxo no Ensino Médio, mas
sim um pressuposto para uma compreensão mínima dos mecanismos, sem os quais não se
pode entender e emitir julgamentos sobre exames.
A LDB 9594/96, ao considerar o Ensino Médio como uma etapa, em que já se
contam com uma maior maturidade do aluno, os objetivos educacionais podem passar
antes a ter maior ambição formativa, tanto em termos das habilidades, competências e
dos valores desenvolvidos.
Com essa compreensão, o aprendizado deve contribuir não só para o conhecimento
técnico, mas também para uma cultura mais ampla, desenvolvendo meios para a
interpretação de fatos naturais e sociais, devendo propiciar a construção de um
aprendizado com caráter prático e crítico, ingredientes essenciais da aventura humana.
Contudo o Colégio Visão – Sistema Integrado Objetivo, se mobiliza e envolve o aluno a
produzir as novas condições de trabalho, de modo a promover a transformação
educacional pretendida. Para tanto o aprendizado do aluno e seu contínuo
aperfeiçoamento devem ser construído coletivamente, num espaço de diálogo propiciado
pela escola, promovido pelo sistema escolar. Um dos pontos de partida para esse
processo é tratar, como conteúdos de aprendizagem, elementos do domínio vivencial dos
educandos sendo o conhecimento tratado como algo significativo ao aprendizado. O
aprendizado dos conteúdos de Biologia deve ser centrado na interação individual e
participação ativa de cada um e do coletivo educacional numa prática de elaboração do
conhecimento sistematizado.

Objetivos Gerais da Disciplina


 Descrever processos e características do ambiente ou de seres vivos, observados em
microscópio ou a olho nu;
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 Conhecer diferentes formas de obter informações (observação, experimento, leitura de
texto e imagem, entrevista e conclusões) selecionando aquelas pertinentes ao tema
biológico em estudo;

 Selecionar e utilizar metodologias científicas adequadas para a resolução de


problemas, fazendo uso quando for o caso de tratamento estatístico na análise de
dados coletados;

 Formular questões, diagnósticos e propor e interagir nas soluções para problemas


apresentados, utilizando elementos da Biologia;

 Entender a Biologia como um fazer humano e, portanto, histórico, fruto da conjunção


de fatores sociais, políticos, econômicos, culturais, religiosos e tecnológicos;

 Identificar a interferência de aspectos místicos e culturais nos conhecimentos do senso


comum relacionadas a aspectos biológicos;

 Reconhecer o ser humano como agente e paciente de transformações intencionais por


ele produzidas no seu ambiente;

 Julgar ações de intervenção, identificando àquelas que visam à preservação e


sustentabilidade a implementação da saúde individual, coletiva e do ambiente;

 Identificar as relações entre o conhecimento científico e o desenvolvimento


tecnológico, considerando a preservação da vida, as condições de vida e as
concepções de desenvolvimento sustentável.

8.1.3 DISCIPLINA: QUÍMICA – ENSINO MÉDIO


8.1.3.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino de Química é fundamental para a sociedade, tornando qualificada a interação do


indivíduo em seu meio natural e social, estabelecendo a inserção de sujeitos de forma crítica e
ativa neste contexto, possibilitando o avanço do coletivo. Química é o ramo da ciência que
estuda a matéria e suas transformações. Isto engloba toda e qualquer transformação à nossa
volta, desde as substâncias inorgânicas até o funcionamento do corpo humano.
A ciência Química ocupa um lugar de destaque entre todas as outras ciências naturais.
Isso por que ela está relacionada, de forma direta ou indireta a todas: no campo da física, onde
se encontra a Físico-Química, na Biologia, com a Bioquímica, no campo da Fisiologia,
Zoologia, e assim por diante, a Química é usada para explicar toda e qualquer reação possível
dentro destas temáticas.
A aprendizagem da Química indica a compreensão e utilização dos conhecimentos
científicos para explicar o funcionamento do universo, planejando, executando e avaliando as
ações de intervenção na realidade; desenvolvendo ao longo do ensino médio, conhecimentos
que permita aos estudantes desenvolver a capacidade de participar de forma incisiva nas
questões da sociedade.
A Química se faz de extrema importância na atualidade, pois através desta, explica-se e
compreendem-se as transformações do mundo físico, facilitando o julgamento mais acertado e
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fundamentado do que nos cerca, permitindo ao estudante exercer sua cidadania de acordo com
a faixa etária em que está incluso, e permitindo sua participação no desenvolvimento científico-
tecnológico, econômico, social e político.

Objetivos Gerais da Disciplina:


 Descrever as transformações químicas em linguagem discursiva;
 Compreender os códigos e símbolos inerentes à disciplina;
 Identificar fontes e formas de obtenção de informações relevantes ao seu conhecimento;
 Compreender e utilizar conceitos químicos na visão macroscópica;
 Compreender dados quantitativos, estimativas e medidas;
 Selecionar e utilizar conhecimentos teóricos (leis, modelos, teorias) com finalidade de
resolução de problemas práticos quantitativos, identificando e acompanhando as variáveis
relevantes;
 Utilizar técnicas experimentais para sanar e/ou investigar problemas;
 Elucidar aspectos relevantes na interação do ser humano individual e coletivo com o meio;
 Estabelecer relações entre desenvolvimento tecnológico e científico, e aspectos sócio-
político-culturais;
 Vincular linguagem discursiva e simbólica, e ainda linguagens figurativas, como tabelas,
gráficos e relações matemáticas;
 Compreender proporcionalidades e transformá-la em raciocínio cognitivo;
 Reconhecer tendências e relações a partir de dados experimentais e outros;
 Desenvolver conexões hipotético-lógicas que possibilitem revisões das transformações
químicas;
 Reconhecer o papel da Química nos âmbitos rural, industrial, produtivo e científico;
 Estabelecer os limites éticos e morais que regem o desenvolvimento da Química e suas
tecnologias.

8.1.4 DISCIPLINA: FÍSICA – ENSINO MÉDIO


8.1.4.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Física é a ciência que estuda a natureza, isto é, a maneira pela qual a Física
surgiu, com a preocupação de nos levar ao conhecimento dos fenômenos naturais, estes
que estão presentes a todo o momento, em todos os lugares, no cotidiano das pessoas, na
Terra, em outras galáxias, enfim, em todo o universo. No Brasil o ensino da disciplina de
Física veio junto com a família real em 1808, para o Ensino médio visando atender os
anseios da corte para uma formação intelectual, portanto era destinada para engenheiros e
médicos.
Todas as disciplinas inclusive Física devem educar para cidadania, entendendo a
não neutralidade do conhecimento científico e como este foi produzido no decorrer da
história envolvendo aspectos políticos, econômicos e culturais. Assim deve se dar o
enfoque mais conceitual do que matemático. A matemática continua sendo uma
importante ferramenta para o aprendizado dos alunos, mas não pode ser tida como pré-
requisito para entender Física. Primeiro é necessário que se dê ênfase aos aspectos
conceituais sem descartar o conhecimento matemático.
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O professor deve planejar o conteúdo de maneira responsável pela aprendizagem
de seus alunos, nos quais terá como objeto de aprendizagem os sujeitos o educando, bem
como os processos de avaliações, a realidade escolar e a sociedade em que vivemos. Em
relação ao trabalho experimental, contribui para a formular e estabelecer relações entre
conceitos, considerando os conhecimentos prévios trazidos pelo educando.
A aprendizagem só é possível através da relação entre professor, detentor do
conhecimento, e aluno. Nestas condições o professor torna-se o centro do trabalho
pedagógico, como sujeito desse processo. Nunca se pode esquecer de que as ferramentas
conceituais são as de uma ciência em construção, porém com uma respeitável
consistência teórica, com aplicações e influências sociais.
Enfim o ensino de Física deve possibilitar a formação crítica, valorizando a
abordagem dos conteúdos até suas implicações históricas, para que o aluno seja capaz de
articular temas do cotidiano, com o conhecimento científico. Conhecer seu universo
físico e fenômenos que nele acontecem.
Os principais objetivos para o Ensino de Física no Ensino Médio são:
• Compreender as Ciências Naturais e suas tecnologias a elas associadas como
construções humanas, percebendo seus papéis nos processos de produção e no
desenvolvimento econômico e social da humanidade;
• Confrontar interpretações científicas com interpretações baseadas no senso comum, no
decorrer do tempo ou em diferentes culturas.
• Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-las em
diferentes contextos;
• Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e
representação usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto
discursivo, gráficos, tabelas, relações matemática ou linguagem simbólica;
• Entender métodos e procedimentos próprios das ciências naturais e aplicá-los em
diferentes contextos;
Relacionar informações apresentadas em diferentes formas de linguagem e representação
usadas nas ciências físicas, químicas ou biológicas, como texto discursivo, gráficos,
tabelas, relações matemáticas ou linguagem simbólica.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes existem como referência para a disciplina escolar. Dos
estruturantes derivam os demais conteúdos que irão compor a proposta curricular. Esses
conteúdos estruturantes devem ser aprofundados e contextualizados em relação
interdisciplinar sob uma abordagem que contemple os avanços e perspectivas da Física
nos últimos anos, o que contribui para a apresentação de uma ciência em construção.
Os conteúdos estruturantes podem apresentar, eventualmente, uma relação de
interdependência, o que faz com que, em alguns momentos, o trabalho pedagógico com
um determinado conteúdo básico ou específico, envolva referenciais teóricos de mais de
um estruturante.
Portanto os conteúdos estruturantes: Movimento, Termodinâmica e
Eletromagnetismo se dividem da seguinte maneira dentro do Ensino Médio.
1ª SÉRIE

CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS


ESTRUTURANTES
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MOVIMENTO Inércia - inércia;
- massa;
TERMODINÂMICA - velocidade;
- velocidade da luz.
ELETROMAGNETISMO Conservação de quantidade de - tempo;
movimento (momentum) - massa;
- distância.
- deslocamento;
Variação da quantidade de - velocidade; - aceleração;
movimento=impulso - desaceleração.
2ª Lei de Newton - trabalho;
- força;
- potência;
- força de atrito.
3ª Lei de Newton e condições - potência;
de Equilíbrio - energia cinética;
- energia potencial;
- produção de movimento nas
máquinas térmicas.
- massa gravitacional;
- massa inercial;- peso;
- Leis de Kepler;
- espaço;
Gravidade - tempo;
- força;
- equilíbrio;
- Lei da gravidade
universal.
Energia e o Princípio da - energia mecânica;
conservação da energia - energia cinética;
- modelo cinético molecular
de matéria
- energia potencial.
Variação da energia de parte - trabalho de uma força potencial
de um sistema – trabalho e e rendimento;
potência - transformação e transferência de
energia.
- hidrostática;
- densidade e pressão;
Fluídos -Lei de Stevin;
- pressão hidráulica;-
empuxo e hidrodinâmica; - volume
2ª SÉRIE

CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS


ESTRUTURANTES
MOVIMENTO Leis da Termodinâmica - temperatura;
- calor;
- escala termométricas;
TERMODINÂMICA - calor sensível e latente;
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- mudanças de fase;
- trocas de calor;
- transmissão de calor;
- o rendimento das
máquinas térmicas;
-o aquecimento nos condutores; -
modelo cinético molecular de
matéria;
- dilatação térmica;
- produção de movimento nas
máquinas térmicas;
- trabalho de um gás.
- luz;
- a luz e as demais radiações
- princípio da óptica;
A natureza da luz e suas - sombra, penumbra;
propriedades - eclipses;
- reflexão;
- refração;
- espelhos;
- dioptro plano;
- prismas;
- lentes;
- instrumentos ópticos;
- ondas periódicas;
-fenômenos ondulatórios;
- ondas estacionárias;
Oscilações -acústica;
- som;
- revelação e eco;- cordas
ELETROMAGNETISMO vibrantes; - tubos sonoros.
3ª SÉRIE

CONTEÚDOS CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS


ESTRUTURANTES
Carga Elétrica, -eletrostática-Lei de Coulomb;
Campo Elétrico; -Eletrização dos corpos;
-Lei de Coulomb;
-Campo elétrico;
-linhas de campo;
-rendimento das máquinas
térmicas;
-energia potencial elétrica;
-potencial elétrico;
- rendimento de uma potência; -
superfícies equipotencias.
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MOVIMENTO Corrente Elétrica. -efeitos da corrente elétrica;
Resistores; -potência elétrica;
Geradores e receptores; -o quilowatt-hora;
TERMODINÂMICA Capacitores -resistência elétrica;
-primeira e segunda lei de OHM;
ELETROMAGNETISMO -associação em série e em
paralelo; -geradores;
-motores elétricos – o movimento
da parte móvel e sua
interpretação; -
Lei de Powillet;
-associação de geradores;
-receptores;
-a lei de powillet generalizada;
Medidas elétricas;
-diodos e transistores;
-associação de capacitores, diodos
e transistores.
Forças Eletromagnéticas -campo magnético;
-imãs e o magnetismo da matéria;
-magnetismo terrestre;
-campo magnético gerado por uma
corrente elétrica.
-força magnética;
-indução eletromagnética;
-força magnética sobre a carga
elétrica e sobre fios condutores;
-onda eletromagnética no espaço.

-lei de Faraday;
Equações de Maxwell: (lei de -lei de Lenz;
Gauss para eletrostática/lei de -transformador;
Coulomb, lei de Ampère, Leis -trabalhar os conhecimentos de
de Gauss magnética, Lei de magnetismo na cultura afro-
Faraday) brasileira, indígenas, européia e
asiática.
A natureza da luz e suas -natureza da radiação
propriedades eletromagnética;
-ondas eletromagnéticas
e radiação de um
corpo negro; -polarização e
radiação coerente;
- aplicação das ondas
eletromagnéticas e radiação de
um corpo negro.

Física Moderna -relatividade e Física atômica;


-dinâmica relativista, energia
quantizada, efeito fotoelétrico;
-o átomo de Bohr;
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-radioatividade e Física nuclear;
-aplicações de radioatividade;
-raio X;
-reações nucleares; -fissão
nuclear.

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

O processo pedagógico deve surgir do conhecimento prévio que o aluno possui,


considerando suas concepções alternativas e concepções espontâneas sobre o tema a ser
trabalhado, onde o aluno deve entender que a concepção científica envolve um saber
socialmente construído e sistematizado, através de metodologias específicas do ambiente
escolar, considerando que a escola é o lugar onde se lida com o conhecimento científico
historicamente produzido.
O uso dos livros didáticos do Ensino Médio ainda privilegia a aplicação de equação
matemática para o entendimento dos fenômenos físicos, mesmo assim é uma importante
ferramenta pedagógica ao serviço do professor desde que o professor saiba a hora que se
deve utilizá-lo.
O fazer ciência está relacionado com o teórico e o experimental, aprender ciência
também está assim relacionado. No modelo teórico é formulado um conjunto de
hipóteses, acompanhado do formalismo matemático, cujo conjunto de equações deve
permitir que se façam previsões, podendo às vezes receber apoio de experimentos em que
se confrontam os dados coletados com os previstos pela teoria.
Deve-se fazer uso de problemas matemáticos no ensino de Física, desde que este
permita ao estudante elaborar hipóteses além das solicitadas pelo exercício e não seja
trabalhado somente com equações matemáticas.
O uso da história da ciência mostra a evolução das ideias e conceitos nas diversas
áreas do conhecimento, por isso faz-se necessário uma abordagem histórica que auxiliará
os educandos a reconhecerem a ciência como construção humana, humanizando a ciência
e aproximando-a dos estudantes. Porém é necessário não confundir com a história dos
grandes físicos ou cientistas, curiosidades, ditas históricas, e nem como autoridade.
As aulas práticas são importantes para uma melhor compreensão acerca dos
fenômenos físicos. No laboratório, durante uma aula experimental, deverá haver a
confrontação de ideias, assim não sendo meramente verificativa. Para isso deve se seguir
alguns passos sendo o primeiro problematizar o conteúdo, não respondendo e dando
explicações mas questionando, na sequência cabe ao professor organizar as diversas
estratégias de ensino que possibilitem ao educando analisar e interpretar as situações
iniciais propostas.
Quando utilizar textos nas aulas de Física deve-se tomar cuidado principalmente
com a escolha do mesmo. O texto não deve ser visto como se todo conteúdo do processo
pedagógico estivesse nele, mas como instrumento de mediação entre aluno-aluno e
aluno-professor, a fim de que surjam novas questões e discussões. O texto deve então ter
caráter investigativo . É importante que a ideia de texto seja coisa de professor de
Português deixe de existir, pois as leituras ajudam para a efetivação da
interdisciplinaridade na escola. Quando utilizar o texto deve-se levar em consideração
alguns itens, fazer a leitura prévia do texto ou, solicitar que os educandos tragam textos
de sua casa que contemplem um determinado assunto, pode-se assistir um filme ou
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recorte desse e depois fazer uma leitura de um texto que contemple esse conteúdo, ou
ainda fazer uma leitura acompanhada da resolução de problemas qualitativos e
quantitativos.
Com recursos Tecnológicos implantados nas escolas como laboratório de informática, o uso dos
computadores com acesso a internet é uma grande ferramenta, desde que acompanhado pelo
professor auxiliando quanto a informações seguras em suas pesquisas. O uso da TV pendrive
onde se pode utilizar para passar animações recortes de filmes entre outros.

8.1.5 DISCIPLINA: FILOSOFIA - ENSINO MÉDIO


8.1.5.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Filosofia é o estudo dos fundamentos da ação humana e possibilita a


compreensão da complexidade do mundo contemporâneo, bem como de outros tempos,
levando da pratica a elaboração do pensamento abstrato, ou seja, condições teóricas para
a superação da consciência ingênua e o desenvolvimento da consciência crítica, pela qual
a experiência vivida é transformada em experiência compreendida.
A Filosofia é um modo de pensar, é uma postura diante do mundo. A filosofia não
é um conjunto de conhecimentos prontos, um sistema acabado, fechado em si mesmo.
Ela é, antes de tudo, uma prática de vida que procura pensar os acontecimentos além de
sua pura aparência. Assim, ela pode se voltar para qualquer objeto. Pode pensar a ciência,
seus valores, seus métodos, seus mitos; pode pensar a religião; pode pensar a arte; pode
pensar o próprio homem em sua vida cotidiana.
Desse modo, compreender a importância do ensino da Filosofia no Ensino Médio é
entendê-la como um conhecimento que contribui para a formação do aluno. Cabe a ela
indagar a realidade, refletir sobre as questões que são fundamentais em cada época.
A disciplina de Filosofia surge no Ensino Médio como propósito de oportunizar
espaço e conhecimento para que o mesmo seja capaz de superar o caráter fragmentário do
senso comum e possibilitando uma visão crítica da própria realidade, colocando pontos
fundamentais como: o homem necessita ser educado? A Filosofia pode ser instrumento
de libertação do homem? Para que tipo de sociedade se vai educar? Esses seriam os
pontos primordiais para sintetizar o porquê de se ensinar Filosofia no Ensino Médio.
Sendo assim, ela é uma forma de pensar, que nos possibilita compreender melhor
quem somos e em que mundo vivemos. Enfim, nos ajuda a entender o sentido de nossa
própria existência. Através de uma proposta clara e concisa, em que os objetivos
encontram-se articulados e elaborados, o trabalho com a disciplina possibilitará a
apropriação ativa de uma cultura, ideia, valores, princípios e habilidades que facilitará a
vivência de uma vida mais consciente e mais humana, tendo a possibilidade de conhecer
e reivindicar direitos inalienáveis ao HOMEM.

Objetivos Gerais da Disciplina:


 Contribuir para a compreensão dos elementos que interferem no processo social
através da busca do esclarecimento dos universos que tecem a existência humana:
trabalho, relações sociais e cultura simbólica. ·
 Formar o hábito da reflexão sobre a própria experiência possibilitando a formação de
juízos de valor e a conduta do sujeito dentro da escola e fora dela.
 Estimular a atitude de respeito mútuo e o senso de liberdade e responsabilidade na
sociedade em que vive considerando a escola como parte da vida do aluno. Conforme
Lei 11645/08 que contempla história cultura e arte africana e indígena.
 Desenvolver procedimentos próprios do pensamento crítico: apreensão de conceitos,
argumentação e problematização.
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 Compreender o significado da existência do homem em suas diferentes interfaces,
oferecendo uma reflexão sobre a natureza e o processo de produção do seu estar no
mundo, ou seja, de sua existência;

 Estimular o aluno a desenvolver suas habilidades cognitivas, envolvendo-o em diálogo


para que aprenda a raciocinar em conjunto com os demais, ampliando sua capacidade
de pensar por si mesmo quando confrontado com situações problema;
 Possibilitar a compreensão do mundo contemporâneo em suas múltiplas
particularidades.

 Entender os mecanismos que estruturam e legitimam os diversos sistemas políticos,


tendo como objetivo problematizar conceitos como o de cidadania, soberania, justiça,
igualdade liberdade de maneira a preparar o estudante para uma ação política efetiva.

8.1.6 DISCIPLINA: GEOGRAFIA – ENSINO MÉDIO


8.1.6.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A geografia deve preparar o aluno para: localizar, compreender e atuar no mundo


complexo, problematizar a realidade formular posições, reconhecer as dinâmicas
existentes no espaço geográfico, pensar e atuar criticamente em sua realidade tendo vista
a sua transformação.. o ensino da Geografia deve fundamentar-se em um corpo teórico-
metodológico baseado nos conceitos da natureza, paisagem, espaço, território, região,
rede, lugar e ambiente, incorporando também dimensões de análise que contemplam
tempo, cultura, sociedade, poder e relações econômicas e sociais e tendo como referencia
os pressupostos da Geografia como ciência que estuda as formas, os processos as
dinâmicas dos fenômenos que se desenvolvem por meio das relações entre a sociedade e
a natureza, constituindo o espaço geográfico.
OBJETIVOS:
 Operar com os conceitos básicos da Geografia para análise e representações do espaço
em suas múltiplas escalas;
 Capacidade de articulação dos conceitos;
 Articular os conceitos da geografia com a observação, descrição, organização de
dados e informações do espaço geográfico considerando as escalas de análise.
 Reconhecer as dimensões de tempo e espaço na análise geográfica.
 Compreender o espaço geográfico a partir das múltiplas interações entre sociedade e
natureza.
 Analisar os espações considerando a influência dos eventos da natureza e da
sociedade.
 Observar a possibilidade de predomínio de um ou de outro tipo de origem do evento.
 Verificar a inter-relação dos processos sociais e naturais na produção e organização do
espaço geográfico em suas diversas escalas.
 Ter domínio de linguagens próprias à analise geográfica.
 Identificar os fenômenos geográficos expressos em diferentes linguagens.
 Utilizar mapas e gráficos resultantes de diferentes tecnologias.
 Reconhecer variadas formas de representação do espaço: cartográfica e tratamentos
gráficos, matemáticos, estatísticos e iconográficos.
 Capacidade de compreender os fenômenos locais, regionais e mundiais expressos por
suas territorialidades, considerando as dimensões de espaço e tempo.
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 Compreender o papel das sociedades no processo de produção do espaço, do território,
da paisagem e do lugar.
 Compreender a importância do elemento cultural, respeitar a diversidade étnica e
desenvolver solidariedade.
 Capacidade de diagnosticar e interpretar os problemas sociais e ambientais da
sociedade contemporânea
 Estimular o desenvolvimento do espirito crítico.
 Capacidade de identificar as contradições que se manifestam espacialmente,
decorrentes dos processos produtivos e de consumo.

8.1.7 DISCIPLINA: SOCIOLOGIA- ENSINO MÉDIO


8.1.7.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A sociologia no contexto do conhecimento científico surge como um corpo de


ideias voltadas para a discussão do processo de constituição e consolidação da sociedade
capitalista. Neste mundo de grandes transformações sociais, políticas e econômicas
diferentes perspectivas teóricas são elaboradas para compreender e interferir de algum
modo nesta sociedade. O objeto de estudo da disciplina de Sociologia são as relações que
se estabelecem no interior dos grupos na sociedade, como se estruturam e atingem as
relações entre os indivíduos e a coletividade. Na diretriz, a Sociologia é apresentada
como “fruto do seu tempo” (DCE Sociologia, 2008, p. 38) que surgiu “com os
movimentos de afirmação da sociedade industrial e toda a contradição deste processo”
(DCE Sociologia, 2008, p. 41) e com o tal, expressa às condições sócio-culturais de sua
época. Se como afirma a diretriz, a Sociologia é fruto de seu tempo, tempo este de
grandes transformações, também a disciplina passou por transformações. O surgimento
da sociologia como disciplina se deu a partir das revoluções política, social e científica
ocorridas nos séculos XVIII e XIX “a Revolução Francesa de 1789; a Revolução
Industrial e uma revolução na ciência.” No desenvolvimento da Sociologia, pode-se
distinguir um triplo processo de formação de um núcleo disciplinar: Em primeiro lugar
identificamos a identidade cognitiva, que especifica as orientações, paradigmas e
problemáticas e instrumentos de pesquisa da disciplina. Na sequência identificamos a
identidade social, forjada pelo processo de institucionalização através do qual a disciplina
procura se estabilizar do ponto de vista de sua organização. E por fim identificamos a
identidade histórica, que corresponde aos primeiros esforços de constituição do campo de
trabalho.
O conhecimento sociológico deve ir além da definição, classificação, descrição e
estabelecimento de correlações dos fenômenos da realidade social. É tarefa primordial de
o conhecimento sociológico explicar problemáticas sociais concretas e contextualizadas,
de modo a desconstruir pré-noções e preconceitos que quase sempre dificultam o
desenvolvimento da autonomia intelectual e de ações políticas direcionadas à
transformação social. Aprender a pensar sobre a sociedade em que vivemos, e
consequentemente, a agir nas diversas instâncias sociais, implica antes de tudo em uma
atitude ativa e participativa do aluno.

Objetivos Gerais da Disciplina:

 Identificar, analisar e comparar os diferentes discursos sobre a realidade social


através dos paradigmas teóricos da Sociologia brasileira e dos conhecimentos do
senso comum.
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 Discutir a relação conflituosa entre capital e trabalho dando subsídios para que os
educandos compreendam as relações de produção no sistema capitalista e a
precarização das relações de trabalho que configuram o mercado de trabalho atual.
 Discutir as tensões entre Estado e os Movimentos sociais organizados. Dimensionar
suas lutas na tentativa de transformação social.
 Conscientizar quanto as transformações nas relações de trabalho e o acirramento
das desigualdades sociais advindas processo de globalização.
 Construir uma visão política da indústria cultural dos meios de comunicação de
massa, avaliando o papel ideológico “marketing”, enquanto estratégia de persuasão
do consumidor.
 Demonstrar que a violência está intrinsecamente relacionada ao sistema de valores
constituídos numa sociedade e com a forma como estes valores são transmitidos
para as novas gerações.

8.1.8 A LÍNGUA PORTUGUESA NO CONTEXTO DO ENSINO MÉDIO


8.1.8.1 LITERATURA

A LDBEN/96 toma o Ensino Médio como etapa final da educação básica, essa fase
de estudos pode ser compreendida como o período de consolidação e aprofundamento de
muitos dos conhecimentos construídos ao longo do Ensino Fundamental. Por isso é
importante ressaltar que a Língua Portuguesa, deve propiciar ao aluno o refinamento de
habilidades de leitura e de escrita, de fala e de escuta. Isso implica tanto a ampliação
contínua de saberes relativos à configuração, ao funcionamento e à circulação dos textos
quanto ao desenvolvimento da capacidade de reflexão sistemática sobrea língua e a
linguagem.
Por volta dos anos 1970, o debate centrou-se em torno dos conteúdos de ensino.
Tratava-se, especificamente, de promover o debate sobre o fato de que, se as línguas
variam no espaço e mudam ao longo do tempo, então o processo de ensino e de
aprendizagem de uma língua – nos diferentes estágios da escolarização – não pode furtar-
se a considerar tal fenômeno. Ao mesmo tempo, assumia-se que era necessário trazer à
sala de aula textos que circulassem na sociedade, não apenas os literários por meio das
atividades de compreensão e produção de textos, o sujeito desenvolve uma relação íntima
com a leitura – escrita –, fala de si mesmo e do mundo que o rodeia, o que viabiliza nova
significação para seus processos subjetivos. A linguagem uma capacidade humana de
simbolizar e de interagir nascem das demandas das sociedades e de seus grupos sociais, e
das transformações pelas quais passam em razão de novos usos, que emergem de novas
demandas.
A proposta de ensino e de aprendizagem busca promover letramentos múltiplos
pressupõe concebera leitura e a escrita como ferramentas de empoderamento e inclusão
social. Some-se a isso que as práticas de linguagem a serem tomadas no espaço da escola
não se restringem à palavra escrita nem se filiam apenas aos padrões socioculturais
hegemônicos. Isso significa que o professor deve procurar, também, resgatar do contexto
das comunidades em que a escola está inserida as práticas de linguagem e os respectivos
textos que melhor representam sua realidade. Espera-se que o estudante, ao compreender
determinadas normas gerais do funcionamento da língua, seja capaz de se ver incluído
nos processos de produção e compreensão textual que implementa na escola ou fora dela.
Assim, cabe à escola, junto com os professores, precisar os conteúdos a ser
transformados em objetos de ensino e de aprendizagem bem como os procedimentos por
meio dos quais se efetivará sua operacionalização. Propõe-se que na delimitação dos
conteúdos, as escolas procurem organizar suas práticas de ensino por meio de
agrupamentos de textos, segundo recortes variados, em razão das demandas locais,
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fundamentando-se no princípio de que o objeto de ensino privilegiado são os processos
de produção de sentido para os textos, como materialidade de gêneros discursivos, à luz
das diferentes dimensões pelas quais eles se constituem. Para dar melhor visibilidade ao
que foi descrito, apontam-se os eixos organizadores das ações de ensino e de
aprendizagem para o Ensino Médio:

 Atividades de produção escrita e de leitura de textos gerados nas diferentes esferas de


atividades sociais (Olímpiadas de Língua Portuguesa).
 Atividades de produção de textos (Palestras, Debates, Seminários, Teatro, etc.) em
eventos da Oralidade.
 Atividades de escuta de textos (palestras, debates, seminários, etc.) em situação de
leitura em voz alta.
 Atividades de retextualização: produção escrita de textos a partir de outros textos,
orais ou escritos, tomados como base ou fonte.
 Atividades de reflexão sobre textos, orais e escritos, produzidos pelo próprio aluno ou
não.

LITERATURA

O discurso literário decorre, diferentemente dos outros, de um modo de construção


que vai além das elaborações linguísticas usuais, porque de todos os modos discursivos é
o menos pragmático, o que menos visa a aplicações práticas. Uma de suas marcas é sua
condição limítrofe, que outros denominam transgressão, que garante ao participante do
jogo da leitura literária o exercício da liberdade, e que pode levar a limites extremos as
possibilidades da língua. Na defesa, pois, da especificidade da Literatura, torna-se
necessário agora ratificar a importância de sua presença no currículo do ensino médio
(importância que parece ter sido colocada em questão), assim como atualizar as
discussões que têm sido travadas desde os últimos PCN.
Em nossa sociedade há fruição segundo as classes na medida em que um homem
do povo está praticamente privado da possibilidade de conhecer e aproveitar a leitura de
Machado de Assis ou Mário de Andrade. Para ele, ficam a literatura de massa, o folclore,
a sabedoria espontânea, a canção popular, o provérbio. Estas modalidades são
importantes e nobres, mas é grave considerá-las como sufi - cientes para a grande maioria
que, devido à pobreza e à ignorância, é impedida de chegar às obras eruditas.
(CÂNDIDO, 1995, p. 256-257).
A Literatura como conteúdo curricular ganha contornos distintos conforme o nível
de escolaridade dos leitores em formação. As diferenças decorrem de vários fatores
ligados não somente à produção literária e à circulação de livros que orientam os modos
de apropriação dos leitores, mas também à identidade do segmento da escolaridade
construída historicamente e seus objetivos de formação.
Sendo assim, a produção, a recepção e a circulação da Literatura por quaisquer que
sejam os públicos-leitores, crianças, jovens ou adultos, não mais podem ser estudadas
como fenômenos isolados das outras produções culturais, pois, caso contrário, corre-se o
risco de apresentar uma visão distorcida das condições que possibilitam a apropriação
desses bens.
Se fora da escola ocorrem as escolhas anárquicas (já que o jovem escolhe a partir
de uma capa, do que se lê entre seus amigos, do número de páginas, etc.), dentro dela o
procedimento é muito diferente: as escolhas na escola contam com aspectos sistemáticos
que as orientam, mesmo em se tratando daqueles leitores mais vorazes
É evidente que se coloca não só o problema da Literatura, mas o da leitura, em
práticas reais de letramento literárias, menos submetidas, como se sabe, a restrições de
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valor do ponto de vista das instituições literária e escolar. Parte-se, assim, do princípio de
que os jovens, no ensino fundamental, leem Literatura à sua maneira e de acordo com as
possibilidades que lhes são oferecidas.
É necessário apontar tendências predominantes, que se confirmam nas práticas
escolares de leitura da Literatura como deslocamentos ou fuga do contato direto do leitor
com o texto literário:

 Estimular leitura de textos literários substituição da Literatura difícil por uma


Literatura considerada mais digerível;

 Desenvolver a sensibilidade de leitura, imaginação, criatividade e pensamento crítico


através das obras literárias.

 Simplificação da aprendizagem literária a um conjunto de informações externas às


obras e aos textos;

8.1.9 LÍNGUA ESTRTANGEIRA MODERNA – INGLÊS


8.1.9.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O ensino de Língua Estrangeira inglês em meados do século XXI, tem uma grande
importância na educação básica brasileira (Ensino Fundamental e Médio) nas escolas
quilombola são de uma necessidade maior essa aprendizagem ,se aprender da forma
adequada, a criança vai sempre se relacionar com o novo idioma de forma positiva, como
sendo algo fácil e divertido, e que, desta forma, nunca mais vai parar de aprender,
aprender inglês na infância pode melhorar a autoestima, a socialização e as habilidades,
ao ensino médio e com um pouco mais difícil a língua faz desafio que a juventude gosta,
é nessa hora a diferença que faz um bom profissional, isso por que infelizmente ainda o
quilombo se torna esquecido de várias maneiras por governantes e a disciplina sempre
tem estado presente no currículo escolar: na educação de jovens quilombola a língua
inglesa se tronou um desafio que aos poucos está sendo quebrado a barreira e alunos já se
prepara para um futuro melhor visando e aperfeiçoando seus conhecimentos estrangeiros.
Em tempos de globalização, em um mundo cada vez mais dividido entre os que têm
acesso à informação e ao conhecimento e, por consequência, as maiores oportunidades de
aprender, e aqueles que se encontram à margem das informações em escala mundial e,
portanto, com menores chances de usufruir dos bens de uma sociedade multiletrada, é
preciso redefinir o que entendemos por língua estrangeira na contemporaneidade, como
ensiná-la e tratar um língua que se torna mais procurada pelos novos alunos mais com
uma certa rejeição por educadores presentes, de acordo com o contexto local. Hoje, a
aprendizagem de uma língua estrangeira não é mais ilustrada ou um elemento adicional
na educação, mas uma parte da vida cotidiana e um instrumento importante para
colaborar no processo de inclusão daqueles exclusos do mundo do trabalho, da
informação, do conhecimento e da tecnologia.
Baseando-nos na nossa vivência, a matéria obrigatória na grade curricular de Letras
- Inglês, visa uma ampla concorrência para melhores educadores, coordenadores,
diretoria, secretaria e os alunos. Embasando-nos nesta experiência, desejamos pontuar, de
modo amplo, as circunstâncias e desafios do professor de língua inglesa na atualidade.
A inclusão da Língua Estrangeira no currículo do nível médio da necessidade de
fornecer uma formação educacional adequada e de qualidade aos aprendizes dessa língua,
ainda precisa mais formações a fim de que os mesmos sejam capazes de usar as
multimodalidades linguísticas, bem como terem acesso às novas tecnologias de
informação hoje, a língua estrangeira faz parte do processo de multiletramento
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(letramento da língua materna, letramento digital, letramento numérico, entre outros).
Talvez no momento o inglês ainda é barreira a serem destruída e com base na formação a
serem executada, A expansão do inglês significa não apenas a expansão da língua, mas
também a expansão de um conjunto de discursos que, ao promover o inglês, promove
simultaneamente ideais de progresso, bem-estar, liberalismo, capitalismo, democracia
etc. O inglês faz parte da formação educacional do indivíduo e está no dia a dia de todos
do ao acordar a anoitecer, tido como um elemento chave na educação contemporânea.
É preciso não reduzir o ensino de inglês apenas a questões sócio psicológicas de
motivação, o ensino médio necessita tanto quanto o fundamental de língua estrangeiras e
o mais o Inglês, isso por que a língua hoje é uma das mais necessária da atualidade e
Brasileira, nas questões metodológicas ou linguísticas. A língua está imersa em lutas
sociais e políticas e isso não pode ser deixado de fora da cena da sala de aula. Faz-se
necessário levar em conta o caráter ideológico da língua inglesa. Compreende-se que o
ensino de língua inglesa não pode se tornar APENAS um meio para valorizar a cultura do
outro, a língua e mas um espaço ideal para que professores e alunos explorem e
valorizem sua própria língua/cultura, na areia quilombola o estudo da língua estrangeira
por não ter tanta a tecnologia, ainda fica a desejar, mais já foi menos esquecida e hoje já
está sendo vencida de maneira positiva e animadora e reconhecida como uma melhor
forma de transformação.
CONTEÚDOS
Pronouns: personal, possessive, possessive adjectives, reflexive, emphasizing and
reciprocal;
Quantifiers; Genitive Case; Prepositions; Articles; Introduction to Verbs;
Extending the use of Auxiliary Verbs; Degrees of Comparison; Indefinites; Relative
Clauses; Interrogative Pronouns; Present Tense; Past Tense; Prefect Tenses; Proverbs;
Conditional Clauses / If Clauses; Gerund and Infinitive; Anomalous Verbs; Passive
Voice; Reported Speech; Vocabulary; Texts

8.1.10 DISCIPLINA: PRODUÇÃO TEXTUAL- ENSINO MÉDIO


8.1.10.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

O objetivo de aprofundar a competência comunicativa dos alunos e a capacidade de


empregar adequadamente a língua nas diversas situações de comunicação, a disciplina
aborda: análise e interpretação de textos, noção de texto, textos figurativos e temáticos,
resumo, interpretação de texto, coesão textual, coerência textual.
Torna-se fundamental compreender que aprender e ensinar a língua é, antes de tudo,
ensinar e aprender concepções de mundo, maneiras de construir sentidos e formar
subjetividades. Nos discursos presentes no intertexto das sociedades contemporâneas, as
práticas de linguagem são diversas, porque a língua envolve variantes socioculturais. Se a
cultura e a língua são entendidas como variantes particularizados em contextos
específicos, o ensino deve também realizar-se de forma plural e múltipla abrangendo
questões como a cultura Afro- Brasileira e Africana, bem como a indígena e a Educação
para o Campo.
A interação pela linguagem, que é uma condição do processo de letramento,
materializa-se em textos orais e escritos. Isso significa que, no processo de ensino e
aprendizagem da língua, assume-se o texto como unidade básica, como pratica discursiva
que se manifesta em enunciações concretas, cujas formas são determinadas pelo gênero
textuais. Quanto maior o contato com a linguagem, na diversidade textual, mais
possibilidades se têm de entender o texto como material verbal carregado de intenções e
de visões de mundo.
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Portanto, a ação pedagógica referente à língua precisa pautar-se nessa postura
interlocutiva, a ser vivenciada de forma significativa e interligada. É nessa dimensão
dialógica, discursiva intertextual que a leitura deve ser vivenciada, e a produção de
significados que implica uma relação dinâmica entre autor / leitor e entre aluno/ professor
– acontece de forma compartilhada, configurando-se como uma pratica ativa crítica e
transformadora.
De acordo com Pazini (1998) o envolvimento do aluno com a escrita acontece em
vários momentos mediados pelo professor: o da motivação para a produção de texto: o da
reflexão que deve preceder e acompanhar todo o processo de produção; e finalmente, o
da revisão, reestruturação e reescrita do texto.
Para recuperar o caráter interlocutivo da linguagem, e garantir a constituição dos
autores dos diferentes textos e dos seu possível leitores em sujeitos do fazer linguístico é
importante garantir a socialização da produção textual, afixando os textos no mural da
escola, reunindo-os no jornal da escola. Sendo assim é por meio das três praticas textuais
que o aluno amplia sua competência textual, isto é, sua capacidade de produzir discursos
ou textos (orais e escritos) adequados as diferentes interlocuções que ocorrem no
cotidiano, assim como de entender os diversos textos que circulam no dia-a-dia.
Dessa forma, a língua escrita é trabalhada tanto em seus aspectos notacionais, como
em seus aspectos discursivos. Para que o ensino –aprendizagem se efetive em nossa
escola, o conjunto de procedimentos adotados obedecerão a um esquema flexível que
privilegiaram as seguintes estratégicas:
 Atividades que enfatizem a manifestação oral (debates, dramatizações, entrevistas,
exposições, relatos, comentários, etc.)
 Atividade que promovam a linguagem escrita registro, relatórios, resumos, esquemas,
elaboração de gêneros textuais diversos.
 Atividades de exploração das diferentes modalidades de leitura tais como: ler por
prazer para obter informações, para revisar, por lazer, etc.
 Trabalho com textos visando a interpretação argumentação.
 Estudo e pesquisa sobre a origem da Língua Portuguesa, bem como sobre os países
que falam a mesma língua.
 Atividades de leitura e produção que prestigiem as culturas Afro e Indígena.

8.1.11 DISCIPLINA: ARTE- ENSINO MÉDIO


8.1.11.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Arte em nosso novo tempo, traz um olhar diferenciado para nossos alunos em um
momento crítico, devido aos últimos acontecimentos, O ensino da arte faz parte da área
da linguagem. Então denominada de Comunicação e Expressão, na areai quilombola é de
uma riqueza surpreendendo e as vezes esquecida até pelo próprio população, nas escolas
quilombola, o educador esta tendendo em suas aulas transformar a arte mais cientifica
com a popular no âmbito escolar para que seus alunos se identifica e aprende mais a sua
impotência e a diferença de ambas. O ensino de Arte no ensino médio deve desenvolver
nos alunos um olhar com essa diferença, sensível e crítico e promover espaço para
manifestações espontâneas, através de atividades nos mais variados campos: artes
visuais, cênicas, música, dança e outros. Sempre com a orientação dos professores. o seus
estudo transforma cada realidade do seu jeito, buscando e melhorando a vida daqueles
que ainda não descobriu a sua arte. Nas escolas ela um ponto essencial na grade
curricular, por sua vez o profissional sempre busca melhorar cada dia mais sua
aprendizagem para um desempenho adequado, cada profissional da educação deve
entender que a produção de Arte na escola deve ser sempre contextualizada, promovendo
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a inserção do educando no mundo. Precisam também pensar na organização dos
trabalhos, compreendendo o que é Arte e qual a sua importância nas aulas. Nesta
tendência teórico-metodológica, o ensino centra-se no aluno, sendo a arte utilizada para a
liberação emocional, o desenvolvimento da criatividade e do espírito experimental na
livre solução de problemas. o longo da história o ensino de Arte no Brasil vem ocorrendo
através da constituição de práticas pedagógicas artísticas em diversos momentos.
A Arte deve compor os conteúdos de estudo e mobilizar as atividades que
diversifiquem e ampliem a formação artística e estética dos estudantes. As vivências
emotivas e cognitivas tanto de fazeres quanto de análises do processo artístico nas
modalidades artes visuais, música, teatro, dança, artes audiovisuais, devem abordar os
componentes do processo artístico (artistas – obras – público – modos de comunicação) e
suas maneiras de interagir na sociedade. (FERRAZ; FUSARI, 1999, p. 17).
Nas escolas, a disciplina arte passou a ser entendida como mera proposição de
atividades artísticas, ela não é apenas traços e desenhos ,muitas vezes desconectadas
torna se com mais força a vontade de que ela nos traduzem de forma bem nítida um olhar
amplo na perspectiva nacional e profissional, um projeto coletivo de educação escolar, e
os professores deveriam atender a todas as linguagens artísticas (mesmo aquelas para as
quais não se formaram) com um sentido de prática polivalente, descuidando-se de sua
capacitação e aprimoramento profissional. O estudo da Arte visa atender um desejo
escondido que aos poucos aparece de forma ampla naqueles que ainda não viram seus
talentos aflorarem, ainda existem aqueles que acreditam só em as artes disciplinarem, ela
também mostra sua forma diferente de ser artístico.
Não é só nas escolas que aparecem os desejos artísticos, na área quilombola ela está
presente em todas as formas, os alunos cada dia mostra seus trabalhos artísticos e com
ajuda de professores cada ponto fica mais prazeroso. O ideário sobre o Ensino da Arte
contempla as diferenças de raça, etnia, religião, classe social, gênero, opções sexuais e
um olhar mais sistemático sobre outras culturas. Novas vertentes metodológicas no
ensino da Arte surgem no cenário pedagógico, as lindas culturas são respeitadas e
adquiridas ou passada de pais e filho, ou seja, de geração a geração. Baseadas no impacto
das novas tecnologias, essas abordagens descentralizam os saberes tradicionais do
professor e dos currículos, valorizando as diversas formas de manifestações artísticas e
estéticas ligadas ao cotidiano social e privado dos indivíduos. Assim, o repertório do
aluno, especialmente dos jovens em contato com as mídias, priorizando a análise dos
ritos subjacente são modo de vestir, falar, aos gestos de cumprimento e às preferências
esportivas.
A identificação das danças quilombolas nos ensina que sua cultura está voltada
bem viva nos tempos de hoje, de forma que ainda precisa ser lembrada por população
vizinhas. Já nas grandes cidades ela pode ser dada como exemplo desses ritos na esfera
urbana, com suas manifestações como grafite, tatuagens, preferências musicais,
esportivas, danças de rua, etc. Portanto, a unidade da arte, tanto quanto da ciência, se
decompõem em formas específicas e especializadas de conhecimento, mas também se
recompõem em formas híbridas.
A do quilombo incorpora elementos da “arte popular”, e está também se
transformando cada vez mais. Os objetivos da Arte são reconhecer a forma do próprio
corpo e do corpo do outro, explorando novas possibilidades posturais, a cultura do
quilombo que hoje por sua nova formação precisa adaptar se mais ainda com a tecnologia
e as novas gerações não pode deixar morre essa cultura linda, a arte da dança, da
contemporaneidade, a cênicas e etc.
Assim, as orientações curriculares e as recomendações referentes à cultura do
ensinar e do aprender, apresentada a seguir, visam a um processo dinâmico de reflexão e
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elaboração contínua do projeto pedagógico escolar, permeando a configuração dos
objetivos, dos conteúdos, das atividades didáticas e dos critérios de avaliação.
CONTEÚDOS
O que é desenho?
A pintura na Semana de Arte Moderna;
A cor;
A técnica do guache;
Arte Moderna;
A pesquisa do objeto;
Novas manifestações;
Vanguarda russa e o instinto;
A razão e a máquina;
A valorização do sujeito;
Ramificações;
Integração;
Teatro;
O teatro na Idade Média e no Renascimento.

8.1.12 DISCIPLINA: EDUCAÇÃO FÍSICA – ENSINO MÉDIO


8.1.12.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

A Educação física se configura como disciplina pertencente ao currículo escolar


dentro da grande área de Linguagens. No contexto específico de comunidades
quilombolas e remanescentes de quilombos a área de Linguagens traz como ênfase a
questão das identidades, da diversidade étnico-cultural e das representações. O estudo do
corpo, corporeidade, e, corpo e movimento nas comunidades está relacionado a uma
cosmovisão africana, que segundo Carvalho (2014),

A corporalidade também se expressa na celebração do corpo, como um lugar


de representação cultural e histórico, como geradora de percepções e
concepções de valores. Está relacionada à existência, ao trabalho, ao lazer e ao
tempo que se dedica a uma dessas funções (CARVALHO, 2014)

Em comunidades quilombolas, remanescentes de quilombos e da zona rural, um


aluno sabe, geralmente, mais do que o seu professor a respeito do mundo em que vive: a
vegetação, os animais, os rituais religiosos, as plantas, as falas, o imaginário.
A escola de cunho quilombola deve assumir seu papel na continuidade da
aprendizagem da cultura afro-brasileira. O professor de educação física deve estar atento
às questões locais e incorporá-las em sua aula. Nesse sentido, Certeau (2012) afirma:

[...] toda cultura requer uma atividade, um modo de apropriação, uma adoção e
uma transformação pessoal, em um intercâmbio instaurado em um grupo
social. É exatamente esse tipo de “culturação”, se assim podemos dizer, que
confere a cada época sua fisionomia própria. (CERTEAU, 2012 p.10)

Para isso torna-se necessária a observação e a compreensão do que se configura


uma comunidade quilombola, a importância de seus significados sociais e culturais para
que assim se promova a manutenção das tradições e dos valores historicamente
construídos pela comunidade. Assim como colaborar para o aumento da autoestima e
autonomia dos estudantes quilombolas.
Para que ocorra o envolvimento na disciplina Educação Física e valorização da
cultura quilombola, alguns conteúdos ganham mais ênfase e devem ser priorizados pelos
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professores de tal disciplina. Neste Projeto Pedagógico os conteúdos serão divididos ao
longo do ano letivo obedecendo a ordem do quadro abaixo:
Período Área de Temas
conhecimento
1º Conhecimentos do Corpo e movimento; primeiros socorros; saúde na
corpo escola
2º Dança e ginástica Danças da matriz africana; dança de roda; danças
populares e tradicionais maranhenses e nordestinas
linguagem corporal e formas de resistência
(capoeira, danças, teatros, expressões corporais
diversas, desafios, rituais religiosos etc.);
3º Esportes Estudos de esportes individuais
Estudos de esportes coletivos;
(participação e contribuição de atletas negros no
esportes individuais; o negro no futebol brasileiro,
etc.)
4º Lutas Estudo da capoeira Regional e Angola;
A capoeira e a legislação ( decreto Nº 847, de 11 de
outubro de 1890)
Jogos Jogos e brincadeiras tradicionais (peteca, taco,
bambolê);

A disciplina educação física compreende que a realidade é interdisciplinar. Os


processos avaliativos da disciplina envolvem diversos segmentos da comunidade escolar,
materializando-se em situações concretas em sala de aula.
A realização de um Festival cultural é uma das propostas da disciplina, onde se
trabalhará de forma interdisciplinar com as outras disciplinas da área de Linguagens.
Envolvendo dança, teatro, artes, memória e culinária. Os temas abordados serão
apresentados em culminância à comunidade de Bom Sucesso. Bem como a realização de
torneios, campeonatos ou festivais esportivos em tempo oportuno.

8.1.13 DISCIPLINA: HISTÓRIA- ENSINO MÉDIO


8.1.13.1 APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA

Um dos objetivos do ensino de história, é levar os alunos a considerarem como


importante a apropriação crítica do conhecimento produzido pelos historiadores
O ensino de história procura incentivar a pesquisa para o novo com objetivo de
estabelecer relações do ontem e hoje numa perspectiva para o futuro. Foi com este olhar
que a história avançou no processo histórico de ser meramente narrativa, decorativa,
preocupados com a memorização de datas e nomes dos (supostos) heróis para a
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valorização das diferentes ações participativas dos sujeitos históricos, abrindo espaço
para o debate com propostas para um saber crítico que desperte a prática da cidadania
ciente de deveres e direitos garantidos ou a conquistar. Como bem lembra-nos Voltarie
“posso não concordar com uma só palavra do que tens a dizer, porém, me baterei até o
último dia pelo direito que tens de dizê-las.”.
Cabe a educação, em especial a história desvendar os avanços e ou retrocessos da
humanidade, “sabendo que não pode mudar o mundo sem mudar as pessoas são
processos interligados”. (Paulo Freire). Lembrando que vivemos no século XXI, numa
sociedade que utiliza cada vez mais as tecnologias da informação que oportuniza a
criação de outros possíveis, mais justo e solidário, sendo esta uma realidade para o
Colégio Visão que conta com recursos e multimídias facilitando para que o aluno torne-
se um sujeito do fazer histórico por meio da pesquisa, sabendo que, todos somos sujeitos
históricos.

9 SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO

A Avaliação representa, para os jovens a esperança de deixar a vida de pobreza no


campo, ou a possibilidade de permanecer, prosperar e cultivar a própria terra. É
importante compreender o que suas famílias buscam na escola e que expectativas à
escola, como única instituição pública local, colocam para as famílias desses alunos, isto
é, o seu papel social. Nesse caso, o ensino e a avaliação terão, naturalmente, o caráter de
inclusão social. Com essa compreensão é que se podem selecionar os conteúdos e
procedimentos escolares que serão trabalhados, descobrindo o que é significativo para
definir os objetivos da avaliação e selecionar procedimentos e instrumentos mais
coerentes.
Muito se tem discutido sobre o cenário da avaliação da aprendizagem nestes
últimos anos. Avaliar é um ato que deve ser feito com responsabilidade, ética e moral. A
avaliação fundamentada em pressupostos tradicionais e apenas quantitativos ainda é uma
abordagem usual, contudo devemos refletir sobre este cenário tendo em vista as novas
demandas sociais. Ainda neste contexto, vale pontuar que avaliar não deve ser somente
medir, mas perceber uma concepção filosófica política que este universo nos remete.
Deveríamos repensar os métodos avaliativos para que estes tenham seus limites
ultrapassados tendo em vista a introdução de novas tecnologias e de uma pós
modernidade educacional.
Observamos que refletir sobre o contexto da avaliação no desempenho escolar
assim como o cenário da educação na formação do aluno como um indivíduo voltado
para a cidadania, trata-se de uma necessidade fundamental para uma prática educativa
mais justa e igualitária. Isto porque acreditamos que o processo ensino e aprendizagem
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deve estar pautado no respeito ao educando, considerando como pressuposto seus
aspectos físico, social e econômico; não podendo haver qualquer espécie de
discriminação uma vez que no momento em que o aluno é valorizado em sua plenitude,
poderá se efetivar a formação de cidadãos críticos e ativos no contexto social. Contudo,
vale ainda apontar que a avaliação não é somente uma questão relacionada aos
professores, mas à escola como um todo.
Entende-se que, neste processo avaliação – ensino e aprendizagem, todos os
educadores devem ter em mente o que é avaliar e o quanto uma avaliação pode mexer
com a autoestima de um aluno, se usada de forma incorreta. Avaliar não deve ter como
base a exclusão e sim a inclusão do educando, sempre pensando naquele ser humano
como um grande potencial de grandes feitos futuros. Transformar valores e arraigar
conceitos deveria ser o principal objetivo da avaliação.
Em síntese, não podemos avaliar de forma qualitativa os saberes de cada aluno nas
escolas, sem se dar conta do papel do educador; do pedagogo frente à avaliação.
Enfatizar o papel do educador perante o sistema avaliativo é importante, pois entendemos
que tratamos com pessoas e esperamos que estas, possam contribuir para uma redefinição
desta sociedade vigente. A exclusão social se dá na maioria das vezes por conta de
processos avaliativos que somente mensuram conhecimentos pré-estabelecidos sem se
dar conta do complexo cenário que esta questão nos remete.
Avaliamos o êxito de qualquer ensino não pela capacidade de reprodução que o
aluno tem do que lhe foi apresentado como informação ou caso exemplar, mas pela sua
capacidade de construir soluções próprias a novos problemas, ainda que para isso ele
recorra àquilo que lhe foi colocado como caso exemplar, ou seja, que ele lance mão das
‘soluções canônicas’ que lhe foram apresentadas. Por tanto o dever de educar é de todos
nós - professores, pais, sociedade, escola. A avaliação escolar, que é tarefa do professor
não pode ser mais o prego no solado do sapato do estudante. Ela deve ser a consagração
seu encontro com o saber realmente construído passo-a-passo, ao longo do tempo, na sala
de aula, no pátio da escola, no laboratório, na biblioteca, em casa, na rua, no mundo em
que vivemos enfim.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AMARAL, Emília. Português: Novas palavras. Atual, São Paulo, 2018.

BRASIL, Ministério da Educação - Lei de Diretrizes e Bases – LDB/9394/96.

BRASIL, Secretaria de Educação Básica. Diretrizes Curriculares Nacionais para o


Ensino Médio.

BRASIL, Secretaria de Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais para o


Ensino Médio – MEC/SEB – 1998.
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BRASIL. Orientações e Ações para a Educação das Relações Étnico–Raciais.


Brasília: SECAD, 2005.

CARVALHO, Heloísa Ivone da Silva de Carvalho. Práticas corporais nas


comunidades quilombolas: significado das manifestações culturais na escola de
monte alegre. RiUfes, Vitória. 2014.Disponível em:
https//:repositório.ufes.br/handle/10/725
CERTEAU, M. A cultura no Plural. São Paulo, SP, 7ª edição. 2012

FREIRE, P. A importância do ato de ler. São Paulo: Paz e Terra, 1985.

Ministério da Educação BASE NACIONAL COMUM CURRICULAR. PROPOSTA


PRELIMINAR SEGUNDA VERSÃO. REVISTA. Abril | 2016

ROCHA, Ruth que eu vou para Angola. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988.

SILVA, Sandro José da. Exposição de fotos no quilombo. Programa Brasil Quilombola.
UFES-ES. 2005.
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Anexos

LAUDO TECNICO
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CARACTERÍSTICAS GERAIS:

Tipo de trabalho: Planta baixa

Finalidade: Levantamento do espaço físico Endereço:

Povoado Bonsucesso Mata Roma - MA

INDRODUÇÃO

Este Laudo Técnico foi elaborado, segundo a Norma Brasileira Registrada -


N.B.R. 13.752 (Perícias de engenharia na construção civil.

O critério geral empregado foi o de analisar o espaço físico e fazer uma planta
baixa com as medidas reais.

ANÁLISE FÍSICA

Os aspectos físicos do imóvel estão com boa qualidade para uso e ocupação,
(Estrutura, Elétrica e hidráulica) funcionando na data desta visita técnica.
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CONCLUSÃO

De acordo com a visita técnica realizada na Escola CEQ Eloi dos Reis, o
levantamento foi concluído, e assim elaborado duas plantas baixas, uma com as
medidas e outra apenas com as divisões existentes para uma melhor visualização.

Henrique Augusto de Souza Almeida


Engenheiro Civil
CREA/MA: 1116147130
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