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Mata Roma
2021
GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO
CENTRO DE EDUCAÇÃO QUILOMBOLA ELOI FERREIRA DOS REIS
EQUIPE DE GOVERNO
Flávio Dino
Governador do Estado
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO ............................................................................................................ 1
JUSTIFICATIVA................................................................................................................ 2
OBJETIVOS....................................................................................................................... 6
ESCOLA QUILOMBOLA E ETNODESENVOLVIMENTO....................................................
ASPECTOS HISTÓRICOS E CULTURAIS DO QUILOMBO BOM SUCESSO .........20
MISSÃO DA ESCOLA........................................................................................................3
IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ESCOLAR.......................................................... 4
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA...................................................................................... 5
ORGANIZAÇÃO DE VAGAS POR ETAPA E MODALIDADE..................................... 7
PLANO CURRICULAR.................................................................................................... 8
SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO.................................................................................... 9
REFERÊNCIAS................................................................................................................ 10
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1 APRESENTAÇÃO
GOVERNO DO ESTADO DO MARANHÃO
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O presente documento foi elaborado com a finalidade de organizar a administração e democratizar as decisões do Centro Educacional
Elói Ferreira dos Reis. O mesmo nos permite o diagnóstico dos problemas do presente e a decisão sobre as possíveis soluções que mudarão o
futuro.
O Centro Educacional Elói Ferreira dos Reis tem como Entidade Mantenedora a Secretaria de Estado da Educação do Governo do Estado
do Maranhão, trabalha com a modalidade Ensino Médio Regular. Está localizado na comunidade Bom Sucesso, município de Mata Roma -
Maranhão.
A Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola na Educação Básica define que a Educação Escolar
Quilombola, requer pedagogia própria, respeito à especificidade étnico- racial e cultural de cada comunidade, formação específica de seu
quadro docente, materiais didáticos e paradidáticos específicos, devem observar os princípios constitucionais, a base nacional comum e os
princípios que orientam a Educação Básica Brasileira, e deve ser oferecida nas escolas quilombolas e naquelas escolas que recebem alunos
quilombolas fora de suas comunidades de origem
O fazer pedagógico exige uma sensibilidade do educador em perceber a realidade local, as dificuldades do acesso que o aluno tem aos
estudos, o momento vivido pela comunidade e outras questões que devem ser compreendidas. Para BNCC a educação quilombola valoriza a
diversidade cultural e:
pressupõe um currículo construído com a comunidade escolar, baseado nos saberes, conhecimentos e respeito às suas matrizes culturais,
assegurando uma educação que permite melhor compreender a realidade a partir da história de luta e resistência desses povos, bem como dos
seus valores civilizatórios.
A educação que almejamos está comprometida com a construção de uma cidadania consciente e ativa com a possibilidade do educando
compreender e posicionar-se frente as transformações da sociedade participando da vida produtiva, relacionando-se com a natureza e
convivendo com o mundo contemporâneo de forma autônoma. Esperamos que esse educando valorize o conhecimento cultural e o trabalho,
selecione o que é relevante investigar e pesquisar, construa hipóteses; compreenda e raciocine logicamente, compare e estabeleça relações;
adquira confiança em si próprio com capacidade de pensar e encontrar soluções. Com base nestas expectativas esta proposta tem por fim
motivar os trabalhos do Centro de Educação Quilombola Elói Ferreira dos Reis no ano letivo, cujos objetivos centram-se na efetivação da
aprendizagem dos seus alunos.
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2 JUSTIFICATIVA
Considerando a necessidade de uma educação de qualidade é que a comunidade que compõe o Centro Educação Quilombola Elói Ferreira
dos Reis, organiza o Projeto Pedagógico, com o intuito de direcionar e qualificar as ações que serão desenvolvidas na escola durante todo o
período letivo, através do projeto pedagógico que definimos os objetivos a serem alcançados valorizando o trabalho de cada segmento
fortalecendo-o, evitando improvisações; permitimos uma avaliação de nossas ações a fim de se buscar novas alternativas, para mudar o
cotidiano da sala de aula, criando na escola o sentido de conscientização efetiva para o exercício da cidadania.
Repensar as formas de organização da escola justifica-se pelo fato de que no mundo moderno, com a velocidade com que as informações
tramitam, o desenvolvimento acelerado da ciência e tecnologia, exigem da escola que vá muito além da simples transmissão de conhecimento
e que esteja constantemente repensando seus referenciais de atuação e suas possibilidades de reconstrução das situações de paz.
A qualidade no ensino público sempre foi uma luta daqueles que a pensam e administram, principalmente, daqueles que dela se apropriam
a fim de concretizar seus ideais. Todavia, o discurso da “qualidade” sempre atendeu a diferentes interesses, por vezes, antagônicos. Por isso,
justificar esta proposta de escola em quilombos exige a escuta, do quanto as políticas orientadoras das práticas dos sujeitos da ação educativa
ainda se encontram na contramão de uma “caminhada”, em que o chegar na sala signifique continuidades de sonhos.
Eu vejo hoje que a educação poderia estar atendendo às necessidades do aprendizado das crianças com melhor qualidade. No
campo principalmente o que a gente percebe é que as crianças, quando estão saindo e enfrentando as dificuldades de deslocamento da
comunidade até a sala de aula ...já estão prejudicando o aluno desde essa saída da pessoa de seus ambientes para chegar até a escola e
quando a gente fala de deslocamento das crianças da comunidade eles enfrentam sérios problemas na caminhada para chegar até a sala
de aula eles enfrentam problemas de chuva, de horário, sai de horário para chegar até a sala de aula e de volta quando sai dá escola para
chegar a casa. Então os alunos estão perdendo a vontade de estudar devido esse motivo da caminhada. Isso é um fator. (Entrevista realizada
com Sr. Antônio Carlos de Pereira Andrade, Comunidade Quilombola de João Surá, agosto de 2007)
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Compartilhar com a comunidade os sonhos, as esperanças, as dúvidas e anseios surgidos na busca de mudança parecem ser a única forma
de construir algo consistente e novo. Nesse sentido, o momento da elaboração do PPP, constitui oportunidade de se revelar e discutir atitudes
e valores que estão subjacentes à pratica de buscar coerência nas ações vivenciadas no cotidiano. Como afirma Moreira (2004):
Nós aprendemos e ensinamos em meio a experiências, em meio às relações que estabelecemos na escola. Tudo isso tem que ser organizado,
pensando, planejado, não é algo que acontece de qualquer jeito. A ideia de experiência do aluno fazendo, do professor também trabalhando,
planejando e desenvolvendo prática também está presente.
De acordo com as perspectivas do autor, toda ação tem que ser pensada e organizada para que os resultados favoreçam uma aprendizagem
significativa.
Conclui-se que nessa forma de trabalhar todas as ações são organizadas de maneira conjunta com a gestão e professores envolvendo
alunos e comunidade local, na possibilidade de responder algumas questões ou necessidades que tenha sido questionado pela equipe
pedagógica, pelo desejo de fazer ou resolver alguns problemas da realidade escolar.
6 Objetivo Geral
Esta proposta pedagógica tem por objetivo apontar princípios e orientações para organização e consolidação de práticas educativas
que associem Escolarização, Educação das Relações Étnico-Raciais e Etnodesenvolvimento Solidário.
Objetivos Específicos
• Propor ações de reconhecimento e superação das desigualdades sociais e étnico-raciais, a partir de demandas apresentadas pela
Comunidade Quilombola, (citar art. 1 LDB);
• Contribuir no processo de construção e fortalecimento das identidades étnicas existentes no estado do Maranhão;
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• Viabilizar aos quilombolas o atendimento escolar na sua comunidade de origem, valorizando atitudes, posturas e conhecimentos que
eduquem sujeitos conscientes e orgulhosos de seu pertencimento étnico-racial;
• Possibilitar uma nova forma de organização dos tempos e espaços escolares com vistas a contribuir na superação da exclusão, no
etnodesenvolvimento, na valorização da cultura, dos conhecimentos e das experiências da comunidade no currículo escolar;
• Articular os saberes e as práticas escolares com princípios e objetivos da Política Nacional de Desenvolvimento Sustentável dos Povos e
Comunidades Tradicionais – PNPCT (Decreto 6040/2007)
A Comunidade Remanescente de Quilombo do Povoado Bonsucesso, que servirá de referência para a construção dessa proposta, localiza-
se no município de Mata Roma-MA , nas margens do Rio Preto. A primeira citação relacionada à povoação de Bonsucesso, segundo sua
certidão de autorreconhecimento, data de 1820, com a chegada de um dono de escravos na região que seria um Brigadeiro. Segundo os
moradores de Bonsucesso, doze escravos herdaram a terra após a sua a morte.
A primeira localização do grupo teria sido no povoado Mata dos Brigadeiros, recebendo nome por ter sido onde o Brigadeiro se instalou
com seus escravos. Depois, seguiram para barra do Moquém com o rio Preto, para procurar nova habitação e lá teriam encontrado junto às
árvores uma imagem de Nossa Senhora da Conceição. E nesse local foi erguido o povoado de Bonsucesso e construída a igreja de Nossa
Senhora da Conceição. Ao longo dos anos, os negros, que eram proprietários, também permitiram, aos poucos, que a áreas fossem ocupadas
por agricultores que quisessem implantar suas roças.
O território de Bom Sucesso encontra-se em processo de titulação (número do processo: 542030.003668/2005-47) no INCRA, na fase de
procedimento administrativo, etapa posterior à emissão da certidão de autoreconhecimento emitida pela Fundação Cultural Palmares. Segundo
essa certidão de 04 de junho de 2004, anexa ao processo de titulação, consta que a comunidade de:
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“Bom Sucesso dos Negros, localizada nas áreas da data Muquem e do rio Preto,
Município de Mata Roma Estado do Maranhão, cujas terras transmitidas em testamento pelo
Brigadeiro Anacleto Henrique Franco e seus escravos no ano de 1820 onde hoje estão os
povoados São Domingos, Tanque, São José Velho, Sete Galhos, Centro Alto, Santa Elvira,
Boa Razão, Carnaúba, Preguiças, Olho d´Água I, Primeiros Campos, Sítio do Meio,
Boqueirão, Cabeceira, Caridade, Caburé, Cajueiro e Bom Sucesso e demais povoados
adjacentes reivindicados pela comunidade que tem 237 famílias e 1153 pessoas”, descreve a
certidão emitida pela Fundação Cultural Palmares emitida em 04/06/2004.
A iniciativa de produzir uma Proposta Pedagógica para escolas quilombolas deve levar em conta as especificidades históricas e culturais dessas
comunidades. Bonsucesso, comunidade remanescente de quilombo, está localizada no Município de Mata Roma, sendo o agroextrativismo o meio de
reprodução de suas famílias, o qual mantém relações e as heranças com as bases ancestrais das primeiras famílias que iniciaram a povoação, tais como
os usos dos recursos naturais e a valorização da cultura local.
Ao longo desse período, essas famílias vivenciam os tensores tais como desmatamento e a pressão fundiária manifestada pela expansão de
empreendimentos do agronegócio sobre áreas de comunidades rurais remanescentes de quilombos, que ameaçam a sustentabilidade da agricultura
familiar e dos recursos naturais além das dificuldades de acesso a políticas que concretamente lhes assegurem a posse da terra, segurança alimentar e
outras possibilidades de renda não agrícola.
Considerando a preservação da cultura local o povoado prestigia entre os dias 28 a 08 de dezembro a festa de Nossa Senhora da Conceição,
onde mobiliza toda a localidade e o município. Os preparativos da festa iniciam dois meses antes, com a procura do mastro, uma árvore que
pode estar em uma capoeira alta. Ao longo do dia realizam procissões, orações, almoço comunitário que culmina com o levante do mastro.
Depois disso inicia o tambor de crioula e, em seguida, uma festa dançante.
As festas juninas são também de grande importância para a comunidade. À noite há o arraial com apresentação de danças como o tambor de
crioula, quadrilha e o bumba boi de Bonsucesso. Sendo também para muitas famílias uma oportunidade de negócio tendo em vista a participação
de muitos visitantes na comunidade.
A cultura está devassada devido a influência cultural, a mídia, a música, entre outros aspectos, com isso a cultura evolui e muitas se perdem.
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3 MISSÃO DA ESCOLA
3.1 Missão
Pesquisas realizadas sobre a escolarização em áreas remanescentes de quilombo nos indicam a necessidade de contemplar a Educação das
Relações Étnico-Raciais como um dos eixos dessa proposta pedagógica. Nossa missão é oferecer um ensino de qualidade, garantindo a
participação ativa da comunidade escolar, contribuindo para formação de cidadãos críticos e conscientes, preparados para o exercício da vida
profissional e para os desafios do mundo moderno. Uma educação que não leva em conta os processos históricos de construção de barreiras
sociais para a população negra, não conseguirá superar as práticas discriminatórias enraizadas na sociedade.
3.2 Visão
Seremos uma Escola de referência pela qualidade do ensino que ministramos, pela excelência de nossas práticas educativas, e pelo
respeito e valorização dos nossos alunos e de todos os que necessitem dos nossos serviços.
3.3 Valores
Nossa escola pretende resgatar a dimensão sócio-política da Educação Quilombola se exigindo sujeitos educativos distintas formas de
organização do trabalho pedagógico e do trato com o conhecimento, apontando tanto para a busca de processos participativos de ensino e
aprendizagem, quanto de ação social para a transformação. Dessa maneira a Educação do Campo evidenciará o respeito à diversidade cultural
e às realidades que fazem parte das comunidades.
A Educação Quilombola advoga princípios filosóficos que dialogam com concepções de sociedade, de desenvolvimento e de educação:
a) Educação para a transformação;
b) Educação para o trabalho e a cooperação;
c) Educação voltada para as várias dimensões da pessoa humana;
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nos alunos a consciência do ser negro, desde então a escola tem desempenhado o seu papel ao ponto de no ano de 2015 através do decreto Nº
33.343, de 14 e setembro de 2017, ter se emancipado deixando de ser anexo e tornando-se uma escola mãe, vale ressaltar que esta escola
possuía uma anexo no povoado Guadalupe, anexo este que ganhou a premiação do Mais IDEB no ano de 2017, mesmo com essa premiação
e por falta de alunos matriculados o anexo foi unificado a escola mãe, ou seja, ao CEQ Eloi Ferreira dos Reis.
Ao se emancipar a escola troca de nome e procurou-se homenagear com uma pessoa que tivesse história no quilombo, fizemos uma
pesquisa entre os moradores e a associação quilombola de Bonsucesso e foi decidido que a escola levaria a partir de então o nome Eloi
Ferreira dos Reis em homenagem a um descendente de escravo e que morreu com 104 anos de idade, vivendo todo esse tempo no povoado
Bonsucesso.
Eloi Ferreira dos Reis nasceu no povoado Mata Alta em Mata Roma MA, no dia 08 de Dezembro de 1906, filho de João Teodoro Ferreira
dos Reis e Maria Justina dos Reis. Teve uma infância de trabalho, não brincou pois as atividades laborais da agricultura não permitiram. No
dia 17 de novembro de 1953 contraiu matrimonio com Teodora Caetana dos Reis, com quem teve 11 filhos. Logo depois Teodora faleceu.
Eloi viveu muitos anos sozinho, com o passar dos tempos conheceu a senhora Raimunda dos Reis com quem viveu maritalmente por muito
tempo. Deste enlace matrimonial não teve filhos. No dia 08 de novembro de 2012 veio a óbito na época com 104 anos.
5 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os quilombos nos remetem a vários tempos e espaços histórico: em primeiro lugar, à África do século XVII. A palavra Kilombo é
originária da língua banto umbundo, que diz respeito a um tipo de instituição sociopolítico militar conhecido na áfrica central, mais
especificamente na área formada pela atual Republica Democrática do Congo (Zaire) eAngola (MUNANGA, 1996, p.58). Apesar de ser um
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termo umbundo, constituía-se em um agrupamento militar de jovens guerreiros, composta pelos jaga ou imbangala (de Angola) e os lunda (do
Zaire) (MUNANGA, 1996: P.59).
Considerando-se o processo histórico de configuração dos quilombos no Brasil e a realidade vivida, hoje, pelas comunidades
remanescentes de quilombos, é possível afirmar que a história dessa parcela da população tem sido construída por meio de várias e distintas
estratégias de luta, a saber: contra o racismo, pela terra e território, pela vida, pelo respeito à diversidade sociocultural, pela garantia do direito
à cidadania, pelo desenvolvimento de políticas públicas que reconheçam, reparem e garantam o direito das comunidades quilombolas à saúde,
à moradia, ao trabalho e à educação.
Esse histórico de lutas tem o movimento quilombola e o movimento negro como os principais protagonistas políticos que organizam as
demandas das diversas comunidades quilombolas de todo o país e as colocam na cena pública e política, transformando-as em questões sociais.
São esses movimentos sociais que denunciam que a situação de desigualdade e preconceito vivida pelos quilombolas está intrinsecamente
ligada ao racismo.
No processo de luta contra o racismo e a discriminação racial no Brasil, a questão quilombola se apresenta como mais um desafio e uma
demanda específica. A sua inserção em momentos históricos da configuração do movimento negro no Brasil após a ditadura militar resulta,
entre outros processos, na formulação dessas Diretrizes.
Para melhor compreensão do processo em nível nacional que desencadeou na demanda de um trato pedagógico específico para a
Educação Escolar Quilombola nas políticas educacionais, cabe destacar alguns momentos de luta do movimento negro no Brasil: a
comemoração dos 300 anos de Zumbi, em 1995, e a realização, em Brasília, no dia 20 de novembro de 1995, da “Marcha Zumbi dos Palmares
contra o Racismo, pela Cidadania e pela Vida”, coordenada pelo Movimento Negro em nível nacional em parceria com outros setores da
sociedade civil.
Por ocasião da Marcha, o país assistiu a uma das primeiras manifestações públicas da articulação nacional dos quilombolas, a saber: o I
Encontro Nacional, que aconteceu em Brasília, no período de 17 a 20 de novembro de 1995. Desse encontro, saíram reivindicações concretas
das populações quilombolas ao Estado brasileiro, incluindo entre elas a educação.
Em 1996, é organizada a Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (CONAQ). Essa entidade
de representação máxima das comunidades quilombolas é formada pelos próprios quilombolas, com representação em diferentes Estados
brasileiros com o propósito de mobilizar as comunidades quilombolas em todo o Brasil em defesa de seus direitos.
Dessa forma, o reconhecimento de comunidades remanescentes de quilombos e seu grande número colocam aos sistemas de ensino e
ao Estado o desafio de repensar a educação escolar e seu currículo considerando os valores, as práticas culturais e os conhecimentos produzidos
pelas comunidades negras rurais e urbanas ao longo da história do nosso país. A gestão educacional e a formação de professores são indagadas
a responder: que tipo de escola e que tipo de educação são necessários às comunidades remanescentes de quilombos no Brasil?
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A Educação Escolar Quilombola não pode prescindir da discussão sobre a realidade histórica e política que envolve a questão
quilombola no país. Dessa forma, os sistemas de ensino, as escolas, os docentes, os processos de formação inicial e continuada de professores
da Educação Básica e Superior, ao implementarem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Escolar Quilombola, deverão incluir
em seus currículos, além dos aspectos legais e normativos que regem a organização escolar brasileira, a conceituação de quilombo; a articulação
entre quilombos, terra e território; os avanços e os limites do direito dos quilombolas na legislação brasileira; a memória; a oralidade; o trabalho
e a cultura.
A escola tem o papel de possibilitar o acesso das novas gerações ao mundo do saber sistematizado, do saber metódico, científico. Ela
necessita organizar processos, descobrir formas adequadas a essa finalidade.
A Educação Quilombola e do Campo, então, se afirma na defesa de um país soberano e independente, vinculado à construção de em
projeto de desenvolvimento, no qual a educação é uma das dimensões necessárias para a transformação da sociedade, que se opõe ao modelo
de educação rural vigente. Nessa perspectiva, a escola torna-se um espaço de análise crítica para que se levantem as bases para elaboração de
uma outra proposta de educação e de desenvolvimento. Nesse sentido, busca-se desenvolver uma proposta de educação voltada para as
necessidades das populações do campo e para a garantia de escolarização de qualidade, tornando-se o centro aglutinador e divulgador da cultura
da comunidade e da comunidade.
Cada povo do campo tem sua forma de viver. Ribeirinhos, caiçaras, quilombolas, seringueiros, agricultores familiares, indígenas se
diferenciam entre si devido ao trabalho que realizam e à cultura gerada por suas formas de trabalho. Do mesmo modo se assemelham entre si,
pois possuem as mesmas carências, as mesmas limitações econômicas, materiais, humanas e de acesso à cultura. A conquista do acesso
universal a todo o conhecimento produzido pela humanidade e a garantia de uma formação que busque novas estratégias educativas e promova
o desenvolvimento humano integral é outro dos desafios da Educação do Campo.
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TURNO Nº DE TURMAS: 6 1° ano “A” 1° ano “B” 2° ano “A” 2° ano “B” 3° ano “A” 3° ano “B”
Noturno Idade (aproximada)
Quantidade de alunos 30 alunos 30 alunos 31 alunos 33 alunos 27 alunos
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8 PLANO CURRICULAR
A proposta para o Ensino Médio do CEQ Eloi Ferreira dos Reis no povoado
Quilombola do Bom Sucesso em Mata Roma pauta-se nas mudanças do conhecimento e
de seus desdobramentos, referentes à produção e as relações sociais de modo geral. São
estes os princípios gerais que orientam a reformulação curricular do Ensino Médio
expressos na nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação – 9.394/96, levando em conta as
mudanças estruturais que desenvolvem o sistema educacional do país. Esta Lei, no (Artigo
36) explicita que o Ensino Médio é a etapa final da educação básica, o que concorre para
a construção de sua identidade. O Ensino Médio passa a ter característica de término, o que
significa assegurar ao educando a oportunidade de aprimorar, consolidar e aprofundar os
conhecimentos adquiridos no Ensino Fundamental, garantindo a preparação para o
prosseguimento de estudos, inserção no mercado de trabalho e a formação da cidadania,
possibilitando aos jovens instrumentos que permitam “continuar aprendendo”, tendo em
vista o desenvolvimento da compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos
processos produtivos, com a construção de competências básicas, que situem o educando
como sujeito produtor de conhecimento e participante da sociedade, desenvolvendo valores
e competências necessárias à integração de seu projeto individual e da sociedade na qual
está inserido, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e
do pensamento crítico.
• Analisar e para formar uma opinião própria que lhe permita expressar-se criticamente
sobre problemas da Matemática, das outras áreas do conhecimento e da atualidade;
fundamentado do que nos cerca, permitindo ao estudante exercer sua cidadania de acordo com a
faixa etária em que está incluso, e permitindo sua participação no desenvolvimento científico-
tecnológico, econômico, social e político.
A Física é a ciência que estuda a natureza, isto é, a maneira pela qual a Física surgiu,
com a preocupação de nos levar ao conhecimento dos fenômenos naturais, estes que estão
presentes a todo o momento, em todos os lugares, no cotidiano das pessoas, na Terra, em
outras galáxias, enfim, em todo o universo. No Brasil o ensino da disciplina de Física veio
junto com a família real em 1808, para o Ensino médio visando atender os anseios da corte
para uma formação intelectual, portanto era destinada para engenheiros e médicos.
Todas as disciplinas inclusive Física devem educar para cidadania, entendendo a não
neutralidade do conhecimento científico e como este foi produzido no decorrer da história
envolvendo aspectos políticos, econômicos e culturais. Assim deve se dar o enfoque mais
conceitual do que matemático. A matemática continua sendo uma importante ferramenta
para o aprendizado dos alunos, mas não pode ser tida como pré-requisito para entender
Física. Primeiro é necessário que se dê ênfase aos aspectos conceituais sem descartar o
conhecimento matemático.
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CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Os conteúdos estruturantes existem como referência para a disciplina escolar. Dos
estruturantes derivam os demais conteúdos que irão compor a proposta curricular. Esses
conteúdos estruturantes devem ser aprofundados e contextualizados em relação
interdisciplinar sob uma abordagem que contemple os avanços e perspectivas da Física nos
últimos anos, o que contribui para a apresentação de uma ciência em construção.
Os conteúdos estruturantes podem apresentar, eventualmente, uma relação de
interdependência, o que faz com que, em alguns momentos, o trabalho pedagógico com
um determinado conteúdo básico ou específico, envolva referenciais teóricos de mais de
um estruturante.
Portanto os conteúdos estruturantes: Movimento, Termodinâmica e
Eletromagnetismo se dividem da seguinte maneira dentro do Ensino Médio.
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1ª SÉRIE
2ª SÉRIE
-lei de Faraday;
Equações de Maxwell: (lei de -lei de Lenz;
Gauss para eletrostática/lei de -transformador;
Coulomb, lei de Ampère, Leis -trabalhar os conhecimentos de
de Gauss magnética, Lei de magnetismo na cultura afro-
Faraday) brasileira, indígenas, européia e
asiática.
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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
e aproximando-a dos estudantes. Porém é necessário não confundir com a história dos
grandes físicos ou cientistas, curiosidades, ditas históricas, e nem como autoridade.
As aulas práticas são importantes para uma melhor compreensão acerca dos
fenômenos físicos. No laboratório, durante uma aula experimental, deverá haver a
confrontação de ideias, assim não sendo meramente verificativa. Para isso deve se seguir
alguns passos sendo o primeiro problematizar o conteúdo, não respondendo e dando
explicações mas questionando, na sequência cabe ao professor organizar as diversas
estratégias de ensino que possibilitem ao educando analisar e interpretar as situações
iniciais propostas.
Quando utilizar textos nas aulas de Física deve-se tomar cuidado principalmente com
a escolha do mesmo. O texto não deve ser visto como se todo conteúdo do processo
pedagógico estivesse nele, mas como instrumento de mediação entre aluno-aluno e aluno-
professor, a fim de que surjam novas questões e discussões. O texto deve então ter caráter
investigativo . É importante que a ideia de texto seja coisa de professor de Português deixe
de existir, pois as leituras ajudam para a efetivação da interdisciplinaridade na escola.
Quando utilizar o texto deve-se levar em consideração alguns itens, fazer a leitura prévia
do texto ou, solicitar que os educandos tragam textos de sua casa que contemplem um
determinado assunto, pode-se assistir um filme ou recorte desse e depois fazer uma leitura
de um texto que contemple esse conteúdo, ou ainda fazer uma leitura acompanhada da
resolução de problemas qualitativos e quantitativos.
Com recursos Tecnológicos implantados nas escolas como laboratório de informática, o uso dos
computadores com acesso a internet é uma grande ferramenta, desde que acompanhado pelo
professor auxiliando quanto a informações seguras em suas pesquisas. O uso da TV pendrive
onde se pode utilizar para passar animações recortes de filmes entre outros.
Sendo assim, ela é uma forma de pensar, que nos possibilita compreender melhor
quem somos e em que mundo vivemos. Enfim, nos ajuda a entender o sentido de nossa
própria existência. Através de uma proposta clara e concisa, em que os objetivos
encontram-se articulados e elaborados, o trabalho com a disciplina possibilitará a
apropriação ativa de uma cultura, ideia, valores, princípios e habilidades que facilitará a
vivência de uma vida mais consciente e mais humana, tendo a possibilidade de conhecer e
reivindicar direitos inalienáveis ao HOMEM.
A LDBEN/96 toma o Ensino Médio como etapa final da educação básica, essa fase
de estudos pode ser compreendida como o período de consolidação e aprofundamento de
muitos dos conhecimentos construídos ao longo do Ensino Fundamental. Por isso é
importante ressaltar que a Língua Portuguesa, deve propiciar ao aluno o refinamento de
habilidades de leitura e de escrita, de fala e de escuta. Isso implica tanto a ampliação
contínua de saberes relativos à configuração, ao funcionamento e à circulação dos textos
quanto ao desenvolvimento da capacidade de reflexão sistemática sobrea língua e a
linguagem.
Por volta dos anos 1970, o debate centrou-se em torno dos conteúdos de ensino.
Tratava-se, especificamente, de promover o debate sobre o fato de que, se as línguas variam
no espaço e mudam ao longo do tempo, então o processo de ensino e de aprendizagem de
uma língua – nos diferentes estágios da escolarização – não pode furtar-se a considerar tal
fenômeno. Ao mesmo tempo, assumia-se que era necessário trazer à sala de aula textos que
circulassem na sociedade, não apenas os literários por meio das atividades de compreensão
e produção de textos, o sujeito desenvolve uma relação íntima com a leitura – escrita –,
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fala de si mesmo e do mundo que o rodeia, o que viabiliza nova significação para seus
processos subjetivos. A linguagem uma capacidade humana de simbolizar e de interagir
nascem das demandas das sociedades e de seus grupos sociais, e das transformações pelas
quais passam em razão de novos usos, que emergem de novas demandas.
A proposta de ensino e de aprendizagem busca promover letramentos múltiplos
pressupõe concebera leitura e a escrita como ferramentas de empoderamento e inclusão
social. Some-se a isso que as práticas de linguagem a serem tomadas no espaço da escola
não se restringem à palavra escrita nem se filiam apenas aos padrões socioculturais
hegemônicos. Isso significa que o professor deve procurar, também, resgatar do contexto
das comunidades em que a escola está inserida as práticas de linguagem e os respectivos
textos que melhor representam sua realidade. Espera-se que o estudante, ao compreender
determinadas normas gerais do funcionamento da língua, seja capaz de se ver incluído nos
processos de produção e compreensão textual que implementa na escola ou fora dela.
Assim, cabe à escola, junto com os professores, precisar os conteúdos a ser
transformados em objetos de ensino e de aprendizagem bem como os procedimentos por
meio dos quais se efetivará sua operacionalização. Propõe-se que na delimitação dos
conteúdos, as escolas procurem organizar suas práticas de ensino por meio de
agrupamentos de textos, segundo recortes variados, em razão das demandas locais,
fundamentando-se no princípio de que o objeto de ensino privilegiado são os processos de
produção de sentido para os textos, como materialidade de gêneros discursivos, à luz das
diferentes dimensões pelas quais eles se constituem. Para dar melhor visibilidade ao que
foi descrito, apontam-se os eixos organizadores das ações de ensino e de aprendizagem
para o Ensino Médio:
LITERATURA
e nobres, mas é grave considerá-las como sufi - cientes para a grande maioria que, devido
à pobreza e à ignorância, é impedida de chegar às obras eruditas. (CÂNDIDO, 1995, p.
256-257).
A Literatura como conteúdo curricular ganha contornos distintos conforme o nível
de escolaridade dos leitores em formação. As diferenças decorrem de vários fatores ligados
não somente à produção literária e à circulação de livros que orientam os modos de
apropriação dos leitores, mas também à identidade do segmento da escolaridade construída
historicamente e seus objetivos de formação.
Sendo assim, a produção, a recepção e a circulação da Literatura por quaisquer que
sejam os públicos-leitores, crianças, jovens ou adultos, não mais podem ser estudadas
como fenômenos isolados das outras produções culturais, pois, caso contrário, corre-se o
risco de apresentar uma visão distorcida das condições que possibilitam a apropriação
desses bens.
Se fora da escola ocorrem as escolhas anárquicas (já que o jovem escolhe a partir de
uma capa, do que se lê entre seus amigos, do número de páginas, etc.), dentro dela o
procedimento é muito diferente: as escolhas na escola contam com aspectos sistemáticos
que as orientam, mesmo em se tratando daqueles leitores mais vorazes
É evidente que se coloca não só o problema da Literatura, mas o da leitura, em
práticas reais de letramento literárias, menos submetidas, como se sabe, a restrições de
valor do ponto de vista das instituições literária e escolar. Parte-se, assim, do princípio de
que os jovens, no ensino fundamental, leem Literatura à sua maneira e de acordo com as
possibilidades que lhes são oferecidas.
É necessário apontar tendências predominantes, que se confirmam nas práticas
escolares de leitura da Literatura como deslocamentos ou fuga do contato direto do leitor
com o texto literário:
• Estimular leitura de textos literários substituição da Literatura difícil por uma Literatura
considerada mais digerível;
O ensino de Língua Estrangeira inglês em meados do século XXI, tem uma grande
importância na educação básica brasileira (Ensino Fundamental e Médio) nas escolas
quilombola são de uma necessidade maior essa aprendizagem ,se aprender da forma
adequada, a criança vai sempre se relacionar com o novo idioma de forma positiva, como
sendo algo fácil e divertido, e que, desta forma, nunca mais vai parar de aprender, aprender
inglês na infância pode melhorar a autoestima, a socialização e as habilidades, ao ensino
médio e com um pouco mais difícil a língua faz desafio que a juventude gosta, é nessa hora
a diferença que faz um bom profissional, isso por que infelizmente ainda o quilombo se
torna esquecido de várias maneiras por governantes e a disciplina sempre tem estado
presente no currículo escolar: na educação de jovens quilombola a língua inglesa se tronou
um desafio que aos poucos está sendo quebrado a barreira e alunos já se prepara para um
futuro melhor visando e aperfeiçoando seus conhecimentos estrangeiros. Em tempos de
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globalização, em um mundo cada vez mais dividido entre os que têm acesso à informação
e ao conhecimento e, por consequência, as maiores oportunidades de aprender, e aqueles
que se encontram à margem das informações em escala mundial e, portanto, com menores
chances de usufruir dos bens de uma sociedade multiletrada, é preciso redefinir o que
entendemos por língua estrangeira na contemporaneidade, como ensiná-la e tratar um
língua que se torna mais procurada pelos novos alunos mais com uma certa rejeição por
educadores presentes, de acordo com o contexto local. Hoje, a aprendizagem de uma língua
estrangeira não é mais ilustrada ou um elemento adicional na educação, mas uma parte da
vida cotidiana e um instrumento importante para colaborar no processo de inclusão
daqueles exclusos do mundo do trabalho, da informação, do conhecimento e da tecnologia.
Baseando-nos na nossa vivência, a matéria obrigatória na grade curricular de Letras
- Inglês, visa uma ampla concorrência para melhores educadores, coordenadores, diretoria,
secretaria e os alunos. Embasando-nos nesta experiência, desejamos pontuar, de modo
amplo, as circunstâncias e desafios do professor de língua inglesa na atualidade.
A inclusão da Língua Estrangeira no currículo do nível médio da necessidade de
fornecer uma formação educacional adequada e de qualidade aos aprendizes dessa língua,
ainda precisa mais formações a fim de que os mesmos sejam capazes de usar as
multimodalidades linguísticas, bem como terem acesso às novas tecnologias de informação
hoje, a língua estrangeira faz parte do processo de multiletramento (letramento da língua
materna, letramento digital, letramento numérico, entre outros). Talvez no momento o
inglês ainda é barreira a serem destruída e com base na formação a serem executada, A
expansão do inglês significa não apenas a expansão da língua, mas também a expansão de
um conjunto de discursos que, ao promover o inglês, promove simultaneamente ideais de
progresso, bem-estar, liberalismo, capitalismo, democracia etc. O inglês faz parte da
formação educacional do indivíduo e está no dia a dia de todos do ao acordar a anoitecer,
tido como um elemento chave na educação contemporânea.
É preciso não reduzir o ensino de inglês apenas a questões sócio psicológicas de
motivação, o ensino médio necessita tanto quanto o fundamental de língua estrangeiras e
o mais o Inglês, isso por que a língua hoje é uma das mais necessária da atualidade e
Brasileira, nas questões metodológicas ou linguísticas. A língua está imersa em lutas
sociais e políticas e isso não pode ser deixado de fora da cena da sala de aula. Faz-se
necessário levar em conta o caráter ideológico da língua inglesa. Compreende-se que o
ensino de língua inglesa não pode se tornar APENAS um meio para valorizar a cultura do
outro, a língua e mas um espaço ideal para que professores e alunos explorem e valorizem
sua própria língua/cultura, na areia quilombola o estudo da língua estrangeira por não ter
tanta a tecnologia, ainda fica a desejar, mais já foi menos esquecida e hoje já está sendo
vencida de maneira positiva e animadora e reconhecida como uma melhor forma de
transformação.
CONTEÚDOS
Pronouns: personal, possessive, possessive adjectives, reflexive, emphasizing and
reciprocal;
Quantifiers; Genitive Case; Prepositions; Articles; Introduction to Verbs; Extending
the use of Auxiliary Verbs; Degrees of Comparison; Indefinites; Relative Clauses;
Interrogative Pronouns; Present Tense; Past Tense; Prefect Tenses; Proverbs; Conditional
Clauses / If Clauses; Gerund and Infinitive; Anomalous Verbs; Passive Voice; Reported
Speech; Vocabulary; Texts
Arte em nosso novo tempo, traz um olhar diferenciado para nossos alunos em um
momento crítico, devido aos últimos acontecimentos, O ensino da arte faz parte da área da
linguagem. Então denominada de Comunicação e Expressão, na areai quilombola é de uma
riqueza surpreendendo e as vezes esquecida até pelo próprio população, nas escolas
quilombola, o educador esta tendendo em suas aulas transformar a arte mais cientifica com
a popular no âmbito escolar para que seus alunos se identifica e aprende mais a sua
impotência e a diferença de ambas. O ensino de Arte no ensino médio deve desenvolver
nos alunos um olhar com essa diferença, sensível e crítico e promover espaço para
manifestações espontâneas, através de atividades nos mais variados campos: artes visuais,
cênicas, música, dança e outros. Sempre com a orientação dos professores. o seus estudo
transforma cada realidade do seu jeito, buscando e melhorando a vida daqueles que ainda
não descobriu a sua arte. Nas escolas ela um ponto essencial na grade curricular, por sua
vez o profissional sempre busca melhorar cada dia mais sua aprendizagem para um
desempenho adequado, cada profissional da educação deve entender que a produção de
Arte na escola deve ser sempre contextualizada, promovendo a inserção do educando no
mundo. Precisam também pensar na organização dos trabalhos, compreendendo o que é
Arte e qual a sua importância nas aulas. Nesta tendência teórico-metodológica, o ensino
centra-se no aluno, sendo a arte utilizada para a liberação emocional, o desenvolvimento
da criatividade e do espírito experimental na livre solução de problemas. o longo da história
o ensino de Arte no Brasil vem ocorrendo através da constituição de práticas pedagógicas
artísticas em diversos momentos.
A Arte deve compor os conteúdos de estudo e mobilizar as atividades que
diversifiquem e ampliem a formação artística e estética dos estudantes. As vivências
emotivas e cognitivas tanto de fazeres quanto de análises do processo artístico nas
modalidades artes visuais, música, teatro, dança, artes audiovisuais, devem abordar os
componentes do processo artístico (artistas – obras – público – modos de comunicação) e
suas maneiras de interagir na sociedade. (FERRAZ; FUSARI, 1999, p. 17).
Nas escolas, a disciplina arte passou a ser entendida como mera proposição de
atividades artísticas, ela não é apenas traços e desenhos ,muitas vezes desconectadas torna
se com mais força a vontade de que ela nos traduzem de forma bem nítida um olhar amplo
na perspectiva nacional e profissional, um projeto coletivo de educação escolar, e os
professores deveriam atender a todas as linguagens artísticas (mesmo aquelas para as quais
não se formaram) com um sentido de prática polivalente, descuidando-se de sua
capacitação e aprimoramento profissional. O estudo da Arte visa atender um desejo
escondido que aos poucos aparece de forma ampla naqueles que ainda não viram seus
talentos aflorarem, ainda existem aqueles que acreditam só em as artes disciplinarem, ela
também mostra sua forma diferente de ser artístico.
Não é só nas escolas que aparecem os desejos artísticos, na área quilombola ela está
presente em todas as formas, os alunos cada dia mostra seus trabalhos artísticos e com
ajuda de professores cada ponto fica mais prazeroso. O ideário sobre o Ensino da Arte
contempla as diferenças de raça, etnia, religião, classe social, gênero, opções sexuais e um
olhar mais sistemático sobre outras culturas. Novas vertentes metodológicas no ensino da
Arte surgem no cenário pedagógico, as lindas culturas são respeitadas e adquiridas ou
passada de pais e filho, ou seja, de geração a geração. Baseadas no impacto das novas
tecnologias, essas abordagens descentralizam os saberes tradicionais do professor e dos
currículos, valorizando as diversas formas de manifestações artísticas e estéticas ligadas ao
cotidiano social e privado dos indivíduos. Assim, o repertório do aluno, especialmente dos
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jovens em contato com as mídias, priorizando a análise dos ritos subjacente são modo de
vestir, falar, aos gestos de cumprimento e às preferências esportivas.
A identificação das danças quilombolas nos ensina que sua cultura está voltada bem
viva nos tempos de hoje, de forma que ainda precisa ser lembrada por população vizinhas.
Já nas grandes cidades ela pode ser dada como exemplo desses ritos na esfera urbana, com
suas manifestações como grafite, tatuagens, preferências musicais, esportivas, danças de
rua, etc. Portanto, a unidade da arte, tanto quanto da ciência, se decompõem em formas
específicas e especializadas de conhecimento, mas também se recompõem em formas
híbridas.
A do quilombo incorpora elementos da “arte popular”, e está também se
transformando cada vez mais. Os objetivos da Arte são reconhecer a forma do próprio
corpo e do corpo do outro, explorando novas possibilidades posturais, a cultura do
quilombo que hoje por sua nova formação precisa adaptar se mais ainda com a tecnologia
e as novas gerações não pode deixar morre essa cultura linda, a arte da dança, da
contemporaneidade, a cênicas e etc.
Assim, as orientações curriculares e as recomendações referentes à cultura do ensinar
e do aprender, apresentada a seguir, visam a um processo dinâmico de reflexão e
elaboração contínua do projeto pedagógico escolar, permeando a configuração dos
objetivos, dos conteúdos, das atividades didáticas e dos critérios de avaliação.
CONTEÚDOS
O que é desenho?
A pintura na Semana de Arte Moderna;
A cor;
A técnica do guache;
Arte Moderna;
A pesquisa do objeto;
Novas manifestações;
Vanguarda russa e o instinto;
A razão e a máquina;
A valorização do sujeito;
Ramificações;
Integração;
Teatro;
O teatro na Idade Média e no Renascimento.
[...] toda cultura requer uma atividade, um modo de apropriação, uma adoção e
uma transformação pessoal, em um intercâmbio instaurado em um grupo social.
É exatamente esse tipo de “culturação”, se assim podemos dizer, que confere a
cada época sua fisionomia própria. (CERTEAU, 2012 p.10)
9 SISTEMÁTICA DE AVALIAÇÃO
instituição pública local, colocam para as famílias desses alunos, isto é, o seu papel social.
Nesse caso, o ensino e a avaliação terão, naturalmente, o caráter de inclusão social. Com
essa compreensão é que se podem selecionar os conteúdos e procedimentos escolares que
serão trabalhados, descobrindo o que é significativo para definir os objetivos da avaliação
e selecionar procedimentos e instrumentos mais coerentes.
Muito se tem discutido sobre o cenário da avaliação da aprendizagem nestes últimos
anos. Avaliar é um ato que deve ser feito com responsabilidade, ética e moral. A avaliação
fundamentada em pressupostos tradicionais e apenas quantitativos ainda é uma abordagem
usual, contudo devemos refletir sobre este cenário tendo em vista as novas demandas
sociais. Ainda neste contexto, vale pontuar que avaliar não deve ser somente medir, mas
perceber uma concepção filosófica política que este universo nos remete. Deveríamos
repensar os métodos avaliativos para que estes tenham seus limites ultrapassados tendo em
vista a introdução de novas tecnologias e de uma pós modernidade educacional.
Observamos que refletir sobre o contexto da avaliação no desempenho escolar assim
como o cenário da educação na formação do aluno como um indivíduo voltado para a
cidadania, trata-se de uma necessidade fundamental para uma prática educativa mais justa
e igualitária. Isto porque acreditamos que o processo ensino e aprendizagem deve estar
pautado no respeito ao educando, considerando como pressuposto seus aspectos físico,
social e econômico; não podendo haver qualquer espécie de discriminação uma vez que no
momento em que o aluno é valorizado em sua plenitude, poderá se efetivar a formação de
cidadãos críticos e ativos no contexto social. Contudo, vale ainda apontar que a avaliação
não é somente uma questão relacionada aos professores, mas à escola como um todo.
Entende-se que, neste processo avaliação – ensino e aprendizagem, todos os
educadores devem ter em mente o que é avaliar e o quanto uma avaliação pode mexer com
a autoestima de um aluno, se usada de forma incorreta. Avaliar não deve ter como base a
exclusão e sim a inclusão do educando, sempre pensando naquele ser humano como um
grande potencial de grandes feitos futuros. Transformar valores e arraigar conceitos
deveria ser o principal objetivo da avaliação.
Em síntese, não podemos avaliar de forma qualitativa os saberes de cada aluno nas
escolas, sem se dar conta do papel do educador; do pedagogo frente à avaliação. Enfatizar
o papel do educador perante o sistema avaliativo é importante, pois entendemos que
tratamos com pessoas e esperamos que estas, possam contribuir para uma redefinição desta
sociedade vigente. A exclusão social se dá na maioria das vezes por conta de processos
avaliativos que somente mensuram conhecimentos pré-estabelecidos sem se dar conta do
complexo cenário que esta questão nos remete.
Avaliamos o êxito de qualquer ensino não pela capacidade de reprodução que o aluno
tem do que lhe foi apresentado como informação ou caso exemplar, mas pela sua
capacidade de construir soluções próprias a novos problemas, ainda que para isso ele
recorra àquilo que lhe foi colocado como caso exemplar, ou seja, que ele lance mão das
‘soluções canônicas’ que lhe foram apresentadas. Por tanto o dever de educar é de todos
nós - professores, pais, sociedade, escola. A avaliação escolar, que é tarefa do professor
não pode ser mais o prego no solado do sapato do estudante. Ela deve ser a consagração
seu encontro com o saber realmente construído passo-a-passo, ao longo do tempo, na sala
de aula, no pátio da escola, no laboratório, na biblioteca, em casa, na rua, no mundo em
que vivemos enfim.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ROCHA, Ruth que eu vou para Angola. Rio de Janeiro: José Olympio, 1988.
SILVA, Sandro José da. Exposição de fotos no quilombo. Programa Brasil Quilombola.
UFES-ES. 2005.
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Anexos
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LAUDO TECNICO
CARACTERÍSTICAS GERAIS:
INDRODUÇÃO
O critério geral empregado foi o de analisar o espaço físico e fazer uma planta
baixa com as medidas reais.
ANÁLISE FÍSICA
Os aspectos físicos do imóvel estão com boa qualidade para uso e ocupação,
(Estrutura, Elétrica e hidráulica) funcionando na data desta visita técnica.
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CONCLUSÃO
De acordo com a visita técnica realizada na Escola CEQ Eloi dos Reis, o
levantamento foi concluído, e assim elaborado duas plantas baixas, uma com as medidas
e outra apenas com as divisões existentes para uma melhor visualização.