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Educação

Inclusiva
Aula 3

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO


SE 1 - Departamento de Ações Educacionais
Secretaria de Educação
SECRETARIA de São Bernardo do Campo
Secretaria de DE EDUCAÇÃO
Educação deDE SÃO
São BERNARDOdo
Bernardo DOCampo
CAMPO

SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO
Celso Ricardo Silva

DEPARTAMENTO DE AÇÕES EDUCACIONAIS-SE 1


Nueli Olinda Quirino de Souza Vinturini
Patrícia dos Santos Vieira de Oliveira
Rosangela Alves Babinska

DIVISÃO DE ENSINO FUNDAMENTAL, EDUCAÇÃO INFANTIL E DE JOVENS E


ADULTOS- SE 11
Vanessa de Magalhães Pina

DIVISÃO DE SUPORTE AO ENSINO - SE 12


Regina Maura Mazzari Viegas

SEÇÃO DE VALORIZAÇÃO DO MAGISTÉRIO E FORMAÇÃO DE PROFESSORES- SE 121


Rosa Maria Monsanto Glória

NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA- NEAD


Kátia Raquel Viana
COORDENAÇÃO GERAL DO CURSO
Rosa Maria Monsanto Glória
,
CURADORIA, ORGANIZAÇÃO E PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
Joseleine de Campos Gomes
Olga Kikue Takinami
PRODUÇÃO DE CONTEÚDO
Caroline Frank de Almeida
Daniela Melo de Almeida
Dayane de Freitas Brito
Diones A. F. A. de Araújo
Edison de Queiroz Júnior
Janice Caovila
Maria Aparecida R. Silva
Renan Gomes Pires
Tatiane Cristina Garcia

PROJETO CRIATIVO, COPIDESQUE E DESIGN INSTRUCIONAL


Katia Raquel Viana
Vinicius Salermo de Lima

EDIÇÃO GRÁFICA E DESENVOLVIMENTO WEB


Vinicius Amorim Belli

ADMINISTRAÇÃO DE DADOS
Bárbara Paz Rodrigues Marques Trovão
Apresentação
Olá! Sejam bem-vindos!

Até aqui, você estudou sobre a Infância e


como chegamos à Educação Inclusiva como se dá
hoje na escola. Nesta aula, a última deste módulo,
vamos conhecer um pouco mais sobre este
caminho de mudanças no atendimento aos alunos
com deficiência.
Já compreendemos que educação Inclusiva,
se refere a toda diversidade que vivenciamos na
escola, considerando as diferenças que existem
entre todos nós, sejam elas sociais, econômicas,
raciais, entre outras.
Agora, vamos conhecer como isto tem se dado
em São Bernardo do Campo.
Inserida no mundo, a história da Educação
Inclusiva na nossa cidade, não é diferente de
muitos outros lugares do Brasil. Caminhamos do
processo de exclusão à inclusão, buscando o
amadurecimento. Conheceremos os espaços e
serviços que hoje são oferecidos aos nossos
alunos, além dos recursos humanos que a escola
pode contar no suporte ao desenvolvimento do
seu trabalho.

Bons estudos!
3
Sumário
● Introdução 5
● Educação especial em São
Bernardo do Campo tem história 6
● Educação inclusiva em São
Bernardo hoje 14
● Educação inclusiva precisa de
parcerias 19
● Leituras complementares 36
● Consolidando as aprendizagens 37
● Validando as aprendizagens 40
● Referências bibliográficas 44
Introdução

Olá,

Nas aulas anteriores, refletimos de forma


intensa sobre o conceito de Infância e de
Educação ao longo do tempo e a importância de
um olhar cuidadoso para se compreender as
necessidades de nossos alunos, com objetivo de
buscarmos estratégias e recursos que melhor os
auxiliem no processo de escolarização.
Agora, vamos avançar um pouco mais nesse
processo histórico, reconhecendo os diferentes
modelos de propostas educacionais em nosso
município. Você já sabe que as mudanças em
Educação não acontecem da noite para o dia.
Elas ocorrem, ao longo do tempo e as
modificações que vão sendo implantadas, vão
paulatinamente transformando o modelo de
educação.
Já vimos isso na última aula, mas é muito
importante que retomemos para que você possa
acompanhar o que aconteceu em nossa cidade.

5
A Educação
Especial
em São
Bernardo do
Campo tem
história

6
A Educação Especial
em São Bernardo do Campo tem história

A partir do que vimos na aula anterior vamos


fazer um pequeno resgate de como foi a história
da Educação Especial em São Bernardo do
Campo. Mas antes vamos assistir ao vídeo
Inclusão disponível em
https://www.youtube.com/watch?v=sw1gtS0hG
Xo e retomar alguns conceitos:

Ou utilize o
leitor de
QR CODE
do seu
celular

Você reconhece algum desses modelos nas


escolas em que estudou ao longo de sua vida ?
Já parou para pensar se eram escolas
inclusivas?
Aqui, não foi diferente, passamos por estes
modelos de Educação.

7
Mas quando isso se deu? Você conhece algo da
história da Educação em São Bernardo?

Tivemos até a década de 1990, investimentos na


Educação Especial como substitutiva da escola regular
com atendimento exclusivo nas escolas especiais para
alunos surdos e para alunos com deficiência
intelectual.
A partir de 1990 e por aproximadamente 10 anos, os
investimentos foram voltados para a criação de classes
integradas na escola regular, também conhecidas
como classes especiais que ocupam os espaços da
escola porém em classes compostas somente por
alunos com deficiência.
Surge nesta época preocupação com a educação
infantil e com a estimulação dos alunos com
deficiência o mais cedo possível, com a implantação de
um novo programa para estimulação das crianças com
deficiência.
Com a aproximação do novo milênio, as discussões
sobre a inclusão escolar são mais intensas no nosso
município e com isso novas legislações e documentos
orientam para que a escola esteja de portas abertas
para receber todas as crianças com deficiência de
nosso município nas escolas comuns e os
investimentos são destinados aos apoios e recursos
necessários para o acesso, a permanência e o sucesso

8
deste aluno na escola comum, não havendo mais
possibilidade de frequência na escola especializada
em substituição a escola comum.
Atualmente, todos os alunos da rede pública são
matriculados na escola comum e quando o professor
da turma verifica que há algum aluno em que ele
necessita de maior orientação faz um relatório e
inicia-se o estudo de caso. Trataremos deste assunto
mais adiante.

Observe o infográfico a seguir, ele resume este


percurso com algumas ações de destaque na
educação. Cabe esclarecer que nossa ilustração
acaba em 2009, pois nos últimos 10 anos , os
investimentos foram direcionados para a melhoria
nas condições de acessibilidade nas escolas, na
oferta de apoios e recursos.

9
Inclusão
1999
Iniciam-se discussões institucionais sobre a
educação inclusiva e as primeiras
matrículas na rede regular de ensino.
2004
Instituições das salas de recursos nas
escolas comuns, conforme indica a Política
Nacional de educação especial na
perspectiva da educação Inclusiva
Extinção das classes integradas.

2006
Elaboração e publicação do Caderno de
Validação
que orienta que a escola comum se torna
“porta de entrada” de todos os alunos..

2009
Instituição de modelo “ escolas-pólo”

Segregação Integração Inclusão


Segregação
1957
Abertura de sala de educação de surdos.

1967
Criação da APAE em São Bernardo do
Campo.

1970
Criação do Serviço de Educação Especial
do município.
Construção da escola Rolando Ramacciotti.

Integração
1990
Primeira experiência de integração na
escola Lauro Gomes.Alguns alunos com
deficiência são encaminhados para salas
integradas.
1991
Surge o primeiro programa de estimulação
essencial para alunos de 0 a 6 anos com
deficiência, atendimento inédito na
educação especial
Você viu como é longa a história da educação
especial em São Bernardo do Campo?
Vamos continuar. Em março de 2008 há
mudanças significativas no atendimento aos alunos
com deficiência na escola. Pois então…. as
discussões que acompanharam o processo de
elaboração da Política Nacional de Educação
Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva
evidenciaram que a inclusão escolar constitui um
processo muito mais amplo do que o atendimento
de pessoas com deficiência.
Ela, a política, aponta para necessidade de
pensar no atendimento a todos os alunos
considerando suas diferenças: físicas, cognitivas,
raciais, culturais, sociais entre outras.

Para exemplificar como essas diferenças


aparecem na escola e as possibilidades da
educação inclusiva, que vai além da inserção da
criança no ambiente escolar, o vídeo ”Cuerdas”
apresenta os sentimentos que podem atravessar
este processo.
Você poderá acessar pelo link
https://youtu.be/4INwx_tmTKw

12
Ou utilize o
leitor de QR
CODE do seu
celular

Depois de assistir ao vídeo, pense sobre suas


ações e reflita de que forma este vídeo te ajuda a
realizar suas atribuições na escola?
Você já teve alguma vivência parecida como
esta que aparece no vídeo? Pensando em sua
prática, quais sentimentos este vídeo provoca em
você?
Se você quiser se aprofundar um pouco mais
nesse tema, há uma dissertação de mestrado feita
por uma das orientadoras pedagógicas da
Secretaria de Educação que nos apresenta em
detalhes esse processo vivido no município,
disponibilizado nas leituras complementares.

13
Educação
Inclusiva
em São
Bernardo hoje

14
Educação Inclusiva em
São Bernardo hoje
Se algum conhecido pedisse para você
contar sobre a rede municipal de ensino de São
Bernardo, a qual você é parte integrante, você
saberia dizer como ela funciona? E sobre as
ações voltadas para a Educação Inclusiva você
saberia descrever ?
Não há nada mais sensato a fazer do que
conhecer o local que trabalhamos pois é nele
que estamos fazendo história, e uma história de
Inclusão!!!
Vamos, então conhecer um pouco mais
sobre isso com um apanhado sobre os serviços e
recursos com os quais nossos alunos podem
contar.
Vamos te apresentar a Seção de Inclusão
Educacional, a conhecida SE 115 da Secretaria de
Educação. Acesse a apresentação em
https://drive.google.com/file/d/1sD8F7O6xZ_-
wRmLBY2g7EHJAtwfMlFdj/view?usp=sharing

Ou utilize
o leitor de
QR CODE
do seu
celular

15
Veja como organizamos o nosso atendimento:
ORGANIZAÇÃO DOS
ATENDIMENTOS
ÀS PESSOAS COM
DEFICIÊNCIA

Atendimento Atendimento
Escolas Atendimento Educacional ao
pólo de Especializado Munícipe
Exclusivo (AEE)
surdez
Atende todas
as EMEBs

EMEB SAPDV
Olavo EMEB EMEBE EMEBB (Serviço de
Bilac Neusa Rolando Neusa Bassetto Atendimento à
Pessoa com
(Educação Macellaro Ramacciotti Deficiência
Infantil) Visual)

- Atende alunos adultos


-Atendimento aos
-Atende alunos com alunos com baixa
-Estas escolas se com deficiência surdez acompanhadas visão ou com
diferenciam por intelectual e outros ou não por outros cegueira
atender um quadros de deficiência. quadros clínicos matriculados nas
número maior de -Alunos matriculados - Escola bilíngue com EMEBs
alunos surdos há muitos anos em ensino em Libras (Língua - Núcleo de
-Há professores escola especial e que Brasileira de Sinais) como Material Adaptado
especializados na não foram para o primeira língua e Língua (onde se adapta as
área de ensino comum Portuguesa escrita como atividades
deficiência -Oficinas coordenadas segunda língua. oferecidas aos
auditiva e com por professores da São matriculados alunos alunos
proficiência em Educação Especial, da Educação infantil, matriculados nas
Libras atuando Artes, Educação Física Ensino Fundamental 1 e EMEBs
junto ao e Tecnologia (PAPP 2, além de turmas da EJA. -Atendimento para
professor da TEC) -A matrícula é uma aprendizagem do
classe comum. - Não tem matrícula opção dos pais, após Braille, Soroban e
aberta para novos avaliação clínica e Noções de
alunos. pedagógica. informática
Adaptada

https://drive.google.com/file/d/1gGQ0878CjBxwKtl22ZbFwoAjzrKPTqoB/view

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O que será que essas escolas e o serviço de apoio
têm a nos contar sobre seu trabalho? Com certeza
após conhecer o material produzido, você terá
condições de responder sobre como nos organizamos

Acesse
em São Bernardo.

EMEBE Rolando Ramaciotti


https://drive.google.com/file/d/1NEWa
CdBNH8ev1MdESQKPHrnV0NpooRlq/vi
ew

EMEBB Neusa Basseto


https://drive.google.com/open?id=1DD
AXJIDj3nH7UkRpfx9aYmkEFhRaJe4E

EMEB Olavo Bilac


https://drive.google.com/open?id=1ngc
9B46wMzA66udPSK9BxVyeaWoePd7T

EMEB Neusa Macellaro Calado Moraes


https://drive.google.com/file/d/1AnrPJ
fE7NNJQ5UK5CRrU59qz8bkhw621/view
?usp=sharing

Serviço de Apoio à Pessoa com


Deficiência Visual.
https://drive.google.com/open?id=1NlV
TSRDslkW6_7E_GnZh5EuIbkmi5sYy

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Para Saber Mais
Notas sobre a Cegueira”: Pensamentos sobre um
Mundo Invisível

Acesse::
https://www.youtube.com/watch?
v=WMscFQkOdSgl
ou utilize o leitor de QR CODE do seu
celular

Vídeo sobre Língua Brasileira de Sinais


Acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=
VC16GV0ItjY&list=PLZrvdWdwmhKnP
RaCDZ9voaXgOsv91hFpF
ou utilize o leitor de QR CODE do seu
celular

Vídeo: Vivir con baja visón - sobre problemas


visuais

Acesse:
https://www.youtube.com/watch?v=
kcuuA_dWyJk
ou utilize o leitor de QR CODE do seu
celular.

18
Educação
Inclusiva
precisa de
parcerias

19
A Equipe de Orientação Técnica
O que fazem esses profissionais na
Educação ?

São Bernardo, há muito tempo, compreendeu


que a complexidade do processo educacional
necessita de múltiplos olhares para ser
compreendida e que o trabalho multiprofissional
muito tem a contribuir com o desenvolvimento
das propostas educacionais e,
consequentemente, dos nossos alunos.

Equipe Multiprofissional é aquela que se


compõe de profissionais de diferentes
especializações. Na Secretaria de Educação
estes profissionais são: fisioterapeuta,
psicólogo, fonoaudiólogo, terapeuta
ocupacional e assistente social, todos com
seus saberes profissionais articulados para o
melhor atendimento à escola e
consequentemente ao aluno e sua família.

20
Desde 1957, profissionais de diferentes áreas do
conhecimento foram chamados para contribuir com
seus olhares na Secretaria de Educação. No final da
década de 60, institui-se o Serviço de Orientação
Técnica (SOT); que depois passa a se chamar Equipe de
Orientação Técnica (EOT) como é conhecida esta
equipe até hoje,

Acesse a apresentação em
https://drive.google.com/file/d/1SCGNSXN8E9aOmT
xjzOHLgyH3j97OP7nv/view?usp=sharing

Ou utilize o
leitor de QR
CODE do seu
celular

21
Atendimento Educacional
Especializado- AEE
Todas as nossas escolas têm um(a)
professor(a) de AEE .
Você conhece algum ?

O atendimento educacional especializado é


um serviço da Educação Especial que, em São
Bernardo do Campo, é coordenado pela Seção
de Inclusão Educacional - SE 115. Ele é
organizado a partir da legislação nacional com
adequações propostas pela Secretaria Municipal
de Educação e está descrito no documento
“Atendimento Educacional Especializado:
Orientações Gerais, disponibilizado no portal da
educação (Saiba mais em Leituras
complementares)
Ele se refere ao atendimento realizado por
professores com formação específica em
educação especial e/ou educação inclusiva que
atuam nas escolas comuns, em parceria com os
demais professores e equipes gestoras, nas
escolas pólo e no Serviço de Apoio à Pessoa com
Deficiência Visual (SAPDV). Atualmente, todas as
escolas de educação infantil e ensino
fundamental contam com um professor de

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referência que trabalha com as crianças com
deficiência, transtornos do espectro do autismo e altas
habilidades/superdotação, por meio do atendimento
em contraturno ( no período contrário ao da frequência
no ensino comum), ensino colaborativo ( no próprio
período de frequência no ensino comum em atividades
planejadas em parceria com o professor da turma) e
suporte às unidades escolares ( em ações de
elaboração de materiais e recursos, orientação ao
professor e as famílias).
Seu principal objetivo é eliminar ou minimizar
barreiras para o desenvolvimento das aprendizagens
dos alunos, por meio de estratégias, disponibilização
de serviços e de recursos de acessibilidade.

23
Como um serviço educacional, o AEE compõe o
Projeto Político Pedagógico e articula-se com a
proposta da escola, embora suas atividades se
diferenciem das realizadas em salas de aula comum.
O Atendimento Educacional Especializado é
realizado pelo professor que, de acordo com a Política
Nacional de Educação Especial na Perspectiva da
Educação Inclusiva (BRASIL, 2008), "deve ter como
base da sua formação, inicial e continuada,
conhecimentos gerais para o exercício da docência e
conhecimentos específicos da área".
O Atendimento Educacional Especializado (AEE),
complementar/suplementar à escolarização,
destina-se aos alunos público-alvo da educação
especial, conforme o Decreto nº 7.611/2011, que
dispõe sobre a educação especial, o atendimento
educacional especializado e dá outras providências,
em seu artigo 2º, parágrafo 1º: " Para fins deste
Decreto, considera-se público alvo da educação
especial às pessoas com deficiência, com transtornos
globais do desenvolvimento e com altas habilidades
ou superdotação."
Para conhecer o documento orientador do
Atendimento Educacional Especializado, acesse o
Portal da Educação em
https://educacao.saobernardo.sp.gov.br, na ÁREA
RESTRITA, com seu login e senha.

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Auxiliares em Educação e
Estagiários de Pedagogia

Para que a inclusão realmente aconteça,


toda a comunidade escolar precisa estar
envolvida assim como é importante garantir
diversos recursos, como vimos até aqui: parceria
com a equipe de orientação técnica (EOT) para
qualificar as ações desenvolvidas no âmbito
escolar; a parceria entre os professores de
atendimento educacional especializado (AEE) e
os docentes para a proposição de atividades que
atendam os alunos em suas potencialidades e
diminuam suas dificuldades na aprendizagem
dos conteúdos escolares e na rotina diária; o
vínculo das famílias por meio do estreitamento
da relação família escola; o investimento em
acessibilidade, diminuindo as barreiras
arquitetônicas e de acesso a materiais adaptados
às necessidades de cada aluno; em alguns casos,
é preciso um elemento a mais: apoio direto à
dinâmica escolar, que em SBC é realizado pelo
auxiliar em Educação para apoio à Inclusão, ou
estagiário de Pedagogia (parceria feita com
algumas Universidades através de contrato
remunerado).

25
Trata-se de um profissional inserido na turma que
possui um ou mais alunos com deficiência ou
transtorno do espectro autista. Este profissional pode
acompanhar o aluno diariamente durante todo o
período ou em momentos específicos das atividades
escolares, contribuindo na compreensão de suas
características auxiliando na diminuição de barreiras
que o impedem de se inserir na vida escolar. Assim, ele
complementa o trabalho do educador responsável
pela turma e o do AEE.

Mas será que toda turma que tem um aluno com


deficiência ou transtorno do espectro autista precisa
de um apoio a mais?
Ainda que toda ajuda na escola seja bem-vinda,
pois a dinâmica escolar é repleta de desafios diários
com todos os alunos, precisamos compreender quais
as normatizações que apresentam as diretrizes para a
atuação deste profissional na escola.
A Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13146/2015) no
artigo 28, item XVII, prevê a possibilidade de
contratação de profissionais específicos em casos de
comprovada necessidade. É o caso do profissional de
apoio escolar. Esse profissional tem a incumbência de
auxiliar a pessoa com deficiência nas atividades de
alimentação, higiene, locomoção e outras que se

26
fizerem necessárias dentro da atividade escolar. Mas
não se deve confundir esse profissional com professor
auxiliar.

Saiba Mais
Para saber mais sobre a Lei Ou utilize o leitor de QR
CODE do seu celular
acesse:
http://www.planalto.gov.br
/ccivil_03/_ato2015-2018/
2015/lei/l13146.htm

Em nosso país, esta profissão é relativamente nova


e não existem leis que indiquem a formação mínima ou
as responsabilidades do auxiliar. Cada governo define
se, e em quais circunstâncias o trabalhador será
solicitado. Em geral, as regras locais têm como
orientação a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional (LDB), que afirma no artigo 58 que "haverá,
quando necessário, serviços de apoio especializado, na
escola regular, para atender às peculiaridades da
clientela de Educação Especial", sem citar como isso
deve ser organizado.
Portanto, cada Secretaria de Educação normatiza
sobre as especificidades da formação e da atuação
profissional na relação colaborativa com a equipe
escolar na acessibilidade geral dos estudantes com
deficiência ou com transtornos do espectro autista.

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O que faz o apoiador à inclusão na escola?
Ele desempenha atividades muito importantes nas
instituições de ensino. Sua função é fundamental para o
desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, pois
garante a eles bem-estar e segurança durante o
período em que se encontram na escola. Ele deve
ajudar os estudantes a realizar as tarefas propostas
pelo professor, em consonância com planejamento do
professor da turma, que é o responsável pelo
investimento pedagógico; zelar pela segurança de
todos, observar possíveis alterações de
comportamento e cuidar para que a relação entre os
alunos seja saudável.
Enfim, cuidados e atendimento às necessidades de
higiene, alimentação e locomoção segura dos alunos
que precisam desses cuidados.

Foto:https://gestaoescolar.org.br/conteudo/2181/7-materiais-de-apoio-para-a-inclusao-
de-alunos-com-deficiencia-na-escola

28
Também é fundamental que este profissional
incentive a autonomia, quando possível, nestas questões
e que facilite e incentive o desenvolvimento da
comunicação do aluno, quando isso se faz necessário.
Para isto o profissional deve receber informações
importantes sobre as condições reais de
desenvolvimento e de saúde deste aluno, por exemplo,
quando apresenta alguma restrição alimentar ou de
movimentos e posicionamento com as orientações
específicas de profissionais da área técnica (fisioterapia,
fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia e serviço
social).

Mas a atuação do apoiador a inclusão na escola se


limita aos cuidados de higiene, locomoção e
alimentação?
Evidente que não! A escola oferece muitas outras
aprendizagens além destas e este profissional precisa
atuar em todas as instâncias para facilitá-las. Neste
sentido este profissional de apoio também atua com
mediação nas atividades escolares.

Foto:https://www.mdsaude.com/

29
Mas aqui mora um grande perigo e exige muito
cuidado. O professor é sempre o responsável pela
avaliação, planejamento, pelas atividades e pelas
intervenções que o aluno necessita. Esta função não
pode ser delegada ao profissional de apoio.

Então como agir?


Este profissional precisa ser orientado quanto suas
ações para realizar a mediação de acordo com o
planejamento do professor ou professora da sala,
assim como compartilhar com estes suas observações
para colaborar na discussão de caso para ampliar a
acessibilidade ao conteúdo e participação nas
atividades escolares.
É fundamental que este profissional alterne a
mediação mais intensa e direta com períodos de
distanciamento, favorecendo a autonomia e
independência em atividades que o aluno possa
realizar sozinho, assim como incentivar que
desenvolva suas próprias relações com seus colegas,
busque alternativas para resolver seus problemas e se
inclua de forma mais efetiva na turma.
Nem todo estudante com deficiência ou com
transtorno do espectro autista necessita de um
profissional de apoio durante toda sua escolaridade.
Esta é uma questão muito importante e é preciso que
a equipe escolar junto com a família avalie esta
necessidade de forma objetiva.

30
Fica o alerta: Nem sempre estar com uma pessoa
apoiando durante todo o tempo é uma boa alternativa
no processo inclusivo. Precisamos garantir que o papel
do profissional de apoio se torne cada vez mais
transitório, considerando a evolução do aluno avaliada
constantemente.

https://www.spdm.org.br/

31
Importante Saber

Nem todos os estudantes com deficiência,


transtorno do espectro autista ( TEA) ou com altas
habilidades/superdotação precisam de um
auxiliar. Ele entra em cena quando há algum
impedimento à inclusão. Em certos casos, a criança
necessita de alguém para acompanhá-la em
classe, acompanhando as proposições
diferenciadas de atividades conforme
planejamento e indicação do professor. Em outros,
requer ajuda em questões motoras, com exercícios
específicos e adaptações para a escrita, sempre a
partir das orientações da EOT. Há ainda alunos que
só conseguem frequentar a escola caso tenham
apoio para locomoção, higiene e alimentação, e
demandam uma pessoa capacitada para fazer esse
atendimento, evitando lesões e constrangimentos.
Mas quem decide se há esta necessidade?
Esta decisão é responsabilidade da equipe escolar
que com auxílio da Equipe de Orientação Técnica ,
da Equipe de Orientação Pedagógica e da família
indica esta necessidade levando em conta as
necessidades individuais do aluno e o contexto
escolar que está inserido.

32
Cabe esclarecer que este profissional compõe
a equipe escolar e, portanto, é preciso incluí-lo nas
discussões sobre o projeto pedagógico e garantir
que ele participe das reuniões pedagógicas. Em
contato com o restante da equipe, ele consegue ter
um olhar geral sobre o trabalho pedagógico, o que
ajuda quando está em sala de aula com o aluno. Ao
mesmo tempo, ele compartilha com a equipe
informações sobre o desenvolvimento do aluno
que acompanha.
O ideal é que esse profissional conte com o
apoio de outros profissionais - em especial, do
responsável pelo AEE - para auxiliar na formulação
de atividades e desenvolver estratégias eficientes
para que cada aluno seja incluído e atuante em
seu processo de aprendizagem.
Para finalizar este assunto, apontamos ainda a
necessidade de formação continuada para este
profissional, realizado pela equipe escolar no dia a
dia, a partir dos desafios e situações inesperadas
que se apresentam na rotina escolar, mas também
com formações sistematizadas e organizadas pela
Secretaria de Educação. Desta forma, pretendemos
que este profissional seja compreendido em nossa
rede como mais um mediador nas relações de
aprendizagem que transitam entre o Educar e o
Cuidar.

33
Você consegue observar em sua rotina
essas atuações?

Com essas informações em mente, você


consegue identificar na sua atuação na escola as
parcerias apresentadas até aqui?
Você já teve contato com algum dos profissionais
da equipe de orientação técnica ou do atendimento
educacional especializado?
Conhece quem são as referências da sua escola?
Se sua resposta for negativa, busque correndo
informações na sua escola.
São muitas as experiências de inclusão que
temos em nossa rede, pois como vimos temos um
percurso longo na trajetória da Inclusão escolar e
atualmente a maioria das nossas escolas tem
alunos com deficiência, tanto na educação infantil
como no ensino fundamental. Estas, buscam
constantemente uma educação de qualidade para
todos os alunos, ou seja inovam para alcançar o
sucesso na aprendizagem de todos os alunos, sejam
eles com ou sem deficiência.
Assista o próximo vídeo de animação, tendo em
mente a questão: O que é ser diferente? O que
podemos ganhar com a convivência com as
diferenças ?

34
Acesse o Vídeo Bradesco: Brilhe do seu jeito
disponivel em
https://www.youtube.com/watch?v=Ep-odshiZaE

Ou utilize o
leitor de QR
CODE do seu
celular

35
Leituras Complementares
A Educação Especial Na Perspectiva Da Educação
Inclusiva: Ajustes E Tensões Entre A Política
Federal E A Municipal

Acesse::
https://www.teses.usp.br/teses/di
sponiveis/48/48134/tde-28092012
-135842/pt-br.php
ou utilize o leitor de QR CODE do seu
celular

Escola Dos Diferentes Ou Escolas Das Diferenças?

Acesse:
http://federacaodown.org.br/wp-co
ntent/uploads/2018/11/Escola-dos-
diferentes-ou-escolas-das-diferen%C
3%A7as_Maria-Teresa-Mantoan.pdf
ou utilize o leitor de QR CODE do seu
celular.

36
Consolidando as
Aprendizagens

37
Consolidando as Aprendizagens

Escola dos diferentes ou escolas das


diferenças?

Nesse texto da professora Maria Teresa E.


Mantoan, existem provocações que nos levam a
refletir sobre diferentes aspectos a cada leitura e
releitura.
Ela nos lança um desafio: construir uma
escola que atenda a todos, considerando as
diferenças que são uma característica da espécie
humana e não apenas das pessoas com
deficiência, sem estabelecer comparações ou
hierarquias a partir dessas diferenças.
Você deve conhecer experiências de
organização escolar; com aquelas antigas turmas
denominadas A, B e C, onde os alunos, ditos
normais, eram classificados de acordo com seu
rendimento escolar; e onde as classes especiais,
separavam os alunos com deficiência daqueles
sem deficiência; ou ainda nas próprias escolas
especiais, que, muitas vezes, estabeleciam
hierarquias dentro das próprias deficiências,
“escolhendo” os alunos que poderiam frequentar
este recurso.

38
Ensinar a todos, como propõe a professora
Maria Teresa, supõe uma escola mais flexível, que
oferece diferentes propostas para ensinar; que
pense para fora do papel e lápis, da sala de aula
com suas carteiras enfileiradas, da separação entre
aquele que sabe (o professor) e aqueles que não
sabem (os alunos). Essa mudança não vai ocorrer da
noite para o dia.
Vimos, ao longo deste módulo, que a
transformação de uma educação segregadora para
uma educação inclusiva levou anos para ocorrer e
que ainda estamos nesse processo de construção.
Sugerimos a leitura deste texto na íntegra, pois
esperamos que ao finalizar este módulo, você
possa estar com mais perguntas que respostas,
pois esta é a motivação para não pararmos de
buscar mais e mais conhecimento.
Acesse o Link Escola dos Diferentes ou escola
das diferenças?
http://federacaodown.org.br/wp-content/upload
s/2018/11/Escola-dos-diferentes-ou-escolas-das-
diferen%C3%A7as_Maria-Teresa-Mantoan.pdf

Ou utilize
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Validando as
Aprendizagens

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Validando as Aprendizagens
Chegamos ao final do Curso Educação
Inclusiva- Módulo Básico. Esperamos ter
contribuído com suas reflexões, aprendizados e
prática.
Neste momento de validações, lembramos que
as questões são relacionadas a todo o conteúdo
de cada aula . Então, certifique-se de ter visto com
atenção todo material escrito, vídeos e links.
A atividade de validação das aprendizagens
desta aula é um questionário e está disponível
no ícone TAREFAS deste curso na plataforma
AVAMEC.

Atenção
Lembramos que ao acessar o
QUESTIONÁRIO, o cronômetro da
plataforma é acionado e você terá 60
minutos para completar seu envio. Caso
saia do questionário, ou hajam interrupções
no sinal de internet e energia elétrica, o
cronômetro continua contando o tempo,
não sendo possível responder depois,
portanto certifique-se de iniciar apenas
quando for realizá-lo até o fim.

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Antes de finalizarmos, gostaríamos de saber como
foi sua experiência no decorrer destas três aulas, Seus
apontamentos , comentários e sugestões são muito
importantes para que possamos qualificar as próximas
formações.
Esta contribuição poderá ser feita pelo formulário
disponível no link ou QR Code abaixo:

https://forms.gle/76c1c5k8mVCG2bU69

ATENÇÃO: Lembramos que a atividade de validação


desta aula está disponível na plataforma, em TAREFA.

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Referências Bibliográficas
FAGLIARI, S. S. S. A educação especial na
perspectiva da educação inclusiva: ajustes e
tensões entre a política federal e a municipal. 2012.
267 f. Dissertação (Mestrado em Educação) —
Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo,
2012.

MANTOAN, M. T. E.. Escolas dos diferentes ou


escolas das diferenças? ComCiência, 135, 1-3. 2012

SÃO BERNARDO DO CAMPO. Atendimento


Educacional Especializado- Orientações Gerais.
Secretaria de Educação. Seção de Inclusão
Educacional. 2019.

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