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Cultura Documentos
ar
EDUCAÇÃO INFANTIL
in
im
el
Pr
ão
rs
Ve
2024
Prefeito da Cidade de São Caetano do Erika Romanholo Silva Lemos
Sul Evelin Trevisan
José Auricchio Júnior Fernando de Souza Pereira da Silva
Glaucia Aparecida Malfi Stopa
Secretária Municipal de Educação Izilda Marques Lopez dos Santos
Minéa Paschoaleto Fratelli Janaína Dutra Gonzalez
ar
Karina Spalla Silva Chagas
Diretora de Educação Integrada Lia Fernanda Da Silva
in
Daniela Harumi Hikawa Maria de Fátima Viotto
Marcos Vinicius Zanutto
Diretora do CECAPE
Mariana Sales de Araújo Carvalho
im Renata Viviane Montagneri Crespo
Rita de Cássia Ambrosio
Thaís Sindice Fazenda Coelho
el
Diretora Adjunta do CECAPE Vanessa Umemura
Camila Aparecida Lambstain Virgilio Antiqueira
Pr
2
SUMÁRIO
CARTA DA SEEDUC 3
I. Apresentação 4
II. Educação Infantil - O Cuidar e o Educar 5
ar
1. Alimentação 6
2. Alimentação dos bebês e crianças bem pequenas 11
in
3. Desfralde 13
III. Organização da rotina 15
1. Acolhimento im
2. Oficinas como espaços de Autonomia
3. Espaços
15
19
20
el
IV. Documentação Pedagógica 28
1. Relatório individual da criança 31
Pr
2. Planejamento 32
3. Projeto 39
V - A cultura escrita na primeira infância 43
ão
3
CARTA DA SEEDUC
ar
como a Constituição Federal (BRASIL, 1988), O Estatuto da Criança e do
Adolescente (BRASIL, 1991) e a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional
in
(BRASIL, 1996). A educação passa a ser direito da criança e a Educação Infantil
entrou para o sistema educacional como a primeira etapa da Educação Básica.
im
Considerando a relevância das políticas públicas que contribuem com
normativas que transformaram o nosso olhar ao longo dos anos para uma educação
cada vez mais igualitária, este documento parte de um processo, trazendo reflexões
el
iniciais sobre o Educar e Cuidar, a Organização da Rotina e Espaços, a
Pr
Desejamos que esta possa ser uma ferramenta para colaborar ainda mais
com a qualificação do nosso trabalho nas unidades escolares da Educação Infantil.
Ótimo trabalho!
Secretaria de Educação
4
I. Apresentação
No decorrer dos anos, com o objetivo de ofertar subsídios para as ações das
equipes escolares da Educação Infantil, e, com base nos princípios e concepção da
Rede Municipal de São Caetano do Sul, foram elaborados documentos pontuais e
encaminhados às escolas para que junto às equipes pudessem ser discutidos e
colocados em prática no cotidiano da escola, respeitando a identidade escolar e os
ar
direitos dos bebês e das crianças pequenas.
Com resultado das Avaliações em Contexto realizadas no segundo semestre
in
de 2023, percebemos a necessidade de compilar essas orientações num único
documento, reafirmando o propósito de apresentar diretrizes e orientações para
im
todas as unidades escolares da Educação Infantil, na perspectiva de alinhamento da
Rede.
el
Logo, o Documento das Orientações Didáticas da Educação Infantil contém
orientações dos aspectos pedagógico, prático e estrutural que concorrem para o
Pr
5
II. Educação Infantil - O Cuidar e o Educar
ar
● Sintam-se seguras, protegidas e saudáveis;
● Aprendam a respeitar o outro nas suas diferenças;
in
● Produzam, transformem e se apropriem, de forma crítica e autônoma,
de linguagens, conhecimentos, instrumentos, procedimentos, atitudes,
im
valores, costumes e práticas da cultura em que estão inseridas,
necessárias à vida coletiva;
el
● Construam sua identidade pessoal e social;
● Construam sua independência e autonomia;
Pr
6
cuidados, com base nos princípios da Educação Infantil: o Ético, o Estético e o
Político.
1. Alimentação
ar
processo, é uma forma de envolver a criança em um componente valioso da cultura.
Os variados momentos do cotidiano escolar que estão relacionados às refeições
in
oferecidas devem possuir vários significados para as crianças: comer para se
alimentar, para celebrar algo, para se sentir confortada, para se relacionar etc.
im
As diversas possibilidades de experiências em que as crianças participam
nestes momentos singulares não devem ocorrer de uma maneira estagnada ou
fragmentada, mas sim fazer parte de um processo, um conjunto de fazeres e
el
saberes que propiciem a relação das crianças com os alimentos, e seus
Pr
7
utilização do copo etc.;
- EXPERIMENTAR as possibilidades gustativas - doce, salgado, azedo,
amargo, quente e frio -, comunicando por meio de gestos e expressões,
verbais ou não, suas percepções;
- EXPRESSAR preferências para escolher onde se sentar, com quem
compartilhar o momento, o que escolher comer dentro de um tempo que
ar
corresponda às suas necessidades; como também ter espaço para expressar
suas emoções, sentimentos e necessidades nas relações que envolvem a
in
alimentação.
Durante as refeições, os adultos devem considerar a relação do cuidar e
im
educar, atendendo cada criança como ser único de direitos, considerando suas
escolhas, gostos, tempos, ações e toda singularidade que envolve o ato de se
alimentar.
el
Nesse contexto, as crianças devem participar ativamente, de acordo com
Pr
meio do self-service.
Na organização diária do cotidiano, os tempos referidos à alimentação
devem contemplar a necessidade fisiológica e experiencial dos bebês e das
crianças.
Dessa forma, privilegiamos a qualidade das aprendizagens que acontecem
nesse espaço em que as crianças se alimentam, descobrem e convivem. A
qualidade e a potencialidade das aprendizagens, nesses momentos, acontecerá de
acordo com o investimento na estética do refeitório, na suavidade dos elementos
8
que o compõem e na ambientação que pode favorecer as relações das crianças.
Há intencionalidade naquilo que destinamos a esses espaços e materiais
oportunizados para as crianças.
ar
- Organizar os espaços com cuidado e intencionalidade, propiciando
ambientes aconchegantes, de diálogos, de trocas;
in
- Preparar o ambiente com conforto e delicadeza;
- Organizar as mesas com toalhas, vasos, talheres, pratos adequados ao
-
im
alimento, copos ou canecas e guardanapos de papel;
Disponibilizar cardápios e informações para as crianças sobre o que será
servido, na altura adequada tendo a imagem e o escrito;
el
- Organizar o espaço contribuindo para a mobilidade de todas;
Pr
9
realizada com água e sabão, pois somente álcool em gel não é suficiente
para uma limpeza adequada;
- Explicar a importância do ato de lavar as mãos, bem como evitar o
desperdício de água e de papel (ao secá-las), usando apenas o necessário;
- Orientar as crianças quanto a organização do espaço para se alimentar,
colocando a toalha e/ou jogo americano sobre a mesa, deixando o
ar
alimento/prato em cima dela;
- Os adultos presentes no momento da alimentação precisam usar toucas
in
(cobrindo toda a cabeça e com todo o cabelo dentro);
- Estimular as crianças na alimentação, oferecendo os alimentos, valorizando
im
os aspectos sensoriais e o prazer de comer, como:
el
Nossa! Que gostoso!
Está uma delícia, você precisa experimentar!
Pr
IMPORTANTE
10
apresentem alergia a algum tipo de alimento, é necessário conversar
diretamente com a supervisora da escola para levantamento dos
encaminhamentos.
ar
limpeza, adequação e respeito pela infância, entendendo que a criança é um ser de
direitos e em um processo de aprendizagem essas funcionalidades são a base
para seu desenvolvimento, conscientizando-se do quanto são importantes as
in
oportunidades da alimentação e do fazer pedagógico que estão envolvidos nesse
im
processo. Repetir a refeição, ter consciência do quanto consegue comer, do quanto
sente falta, do que se propõe a experimentar, perceber o desperdício dos alimentos
e a relação entre seu corpo e seu desejo e as sensações de prazer e saciedade que
el
o ato proporciona são momentos de aprendizagem.
Pr
Quando nos deparamos com a alimentação dos bebês, além do que foi
ão
11
com as propostas e intencionalidade docente;
- A interação entre o bebê e o alimento devem ser oportunizados também
nesses momentos (de colo e cadeirão);
- Vale ressaltar que, à medida que os bebês vão adquirindo autonomia para se
deslocarem sozinhos, o espaço para alimentação precisa ser repensado, ou
seja, eles devem utilizar mesas e cadeiras adequadas ao seu tamanho que
ar
possibilitem o apoio dos pés no chão e os cotovelos na altura das mesas,
mantendo-se em equilíbrio.
in
Pontos a serem pensados e planejados:
-
im
Organizar pequenos grupos nas mesas uma vez que os bebês ainda
precisam do auxílio direto do adulto, logo uma atenção maior no momento da
alimentação;
el
- Na transição da mamadeira para o copo, o adulto deve apoiar o bebê para
que ele conquiste essa autonomia, auxiliando-o a segurar a caneca até que
Pr
alimentar um bebê sonolento, pois ele precisa primeiro despertar para depois
se alimentar.
Ve
Com base nisso e, sabendo que o leite materno é o melhor alimento para os
12
bebês, pois protege e estimula o sistema imunológico, além de fortalecer o vínculo
mãe-filho e favorecer o desenvolvimento psicológico adequado, nossas unidades
escolares contam com o espaço destinado para a amamentação. Portanto
orientamos que a equipe escolar:
ar
- Mantenha sempre o espaço organizado de maneira que as mães se sintam
acolhidas;
in
- Avalie junto com as mães se o espaço está adequado ou se sugerem
alterações;
- im
Disponibilize, minimamente, água, copos e papel toalha para o momento da
amamentação.
el
Importante destacar que o acolhimento das famílias que desejam continuar
com o aleitamento materno deve ser estimulado e socializado no ato da matrícula e
Pr
3. Desfralde
ão
13
IMPORTANTE
ar
Dicas para iniciar o desfralde:
in
- Caso o vaso sanitário seja do modelo tradicional, e não o específico para a
-
im
faixa etária, utilizar um redutor de assento sanitário;
As estações do ano mais quentes são mais propícias para realizar o
desfralde, uma vez que as crianças estarão com roupas mais leves e frescas;
el
- Leve a criança de tempos em tempos para utilizar o banheiro, ir em pequenos
grupos com outros amigos da turma que já desfraldaram também é um
Pr
e sim acolhedoras, como: “Você fez o xixi na calça mas não tem problema, na
próxima vez você conseguirá chegar até o banheiro”;
Ve
14
- Os adultos são exemplos para as crianças, então, nunca se esqueça de dar a
descarga e lavar as mãos (as suas e as da criança) depois de usar o
banheiro;
- Incentivem as crianças permitindo que escolham suas cuecas e calcinhas.
Tudo é válido para mantê-los estimulados.
O diálogo deve fazer parte de todo o processo de desfralde para que a
ar
criança se sinta acolhida, sem constrangimentos nesse momento especial e
significativo da vida dela.
in
SUGESTÕES:
im
Leituras que facilitam e aproximam as crianças de maneira lúdica e animada
desse momento de crescimento
el
Pr
ão
1. Acolhimento
15
escolar, de maneira participativa, respeitando os seus tempos e diversidades.
O que é acolhimento?
ar
Dentre outras definições, significa receber, ajudar, abraçar, curar, inspirar,
acalentar. Acolher na escola da infância pressupõe um espaço de escuta, de
in
diálogo, promovendo relações de encontro e respeito às individualidades dos
bebês, crianças e suas famílias.
Planejando o acolhimento
im
el
O ato de acolher contempla, em grande medida, o planejamento e a
organização dos espaços físicos onde as vivências e experiências brincantes vão
Pr
16
para todos se conhecerem, explicar algumas ações e reações esperadas das
crianças no início do ano letivo e o planejamento docente para esses momentos são
ações que contribuem para o fortalecimento do vínculo entre escola e família,
proporcionando segurança e uma relação de confiança com o trabalho a ser
desenvolvido pela escola.
ar
Pontos de atenção
in
➔ Acolhimento do Berçário e G1
preciso considerar as crianças que estão trocando de escola, bem como as que
estão ingressando, planejar situações de livre escolha e observar os interesses e
singularidades de cada um.
É imprescindível, também, garantir o acolhimento para as crianças que já
estavam na escola em anos anteriores, uma vez que elas enfrentarão novos
desafios, como:
● nova sala de referência;
● novos educadores;
17
● novos colegas.
ar
Para saber mais:
in
ORTIZ, Cisele. Entre adaptar-se e ser acolhido. Revista Avisalá. Disponível em:
https://avisala.org.br/index.php/assunto/jeitos-de-cuidar/entre-adaptar-se-e-ser-aco
lhido// im
STACCIOLI, Gianfranco. Diário do Acolhimento na Escola da Infância. Campinas:
el
Autores Associados, 2013.
https://www.youtube.com/watch?v=N_5AC_8NREQ&t=2904s
Ve
➔ Objetos de Apego
18
O planejamento, a organização do tempo, bem como as possibilidades de
interações das crianças nos espaços e agrupamentos são imprescindíveis para que
esse período seja o mais confortável possível para as crianças. Assim, a escola
pode organizar horários flexíveis e, caso necessário, tempo reduzido. Por ser um
momento bastante subjetivo e delicado, iniciativas que envolvam as famílias, os
bebês e crianças em vivências e experiências nas escolas são muito bem-vindas. A
ar
sensação de pertencimento por parte dos bebês, das crianças e das famílias é
extremamente importante.
in
2. Oficinas como espaços de Autonomia
im“Na escola
importância
da
do
primeira
olhar e
infância,
do
entende-se
atendimento
necessidades dos pequenos, o respeito às diferentes
a
às
el
linguagens e expressividade, além da organização de
espaços e ambientes saudáveis e acolhedores, que
Pr
SCS. p.87)
19
pesquisa, investigações envolvendo pesos e medidas, construções com diferentes
materiais, contemplando os Campos de experiência: O eu, o outro e o nós; Corpo,
gesto e movimento; Traços, sons, cores e formas; Escuta, fala, pensamento e
imaginação e Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
Nesse formato de proposta, as ações das crianças não precisam ser dirigidas
pelo adulto e as mesmas podem administrar o tempo que desejam ficar em cada
ar
vivência ofertada. O tempo de duração das oficinas é em torno de 60 a 90 minutos,
podendo variar de acordo com o envolvimento dos bebês e crianças. Sugerimos
in
contemplar todos os grupos nessa interação e também agrupamentos específicos,
podendo acontecer mais de uma vez por semana, alternando o período da manhã
e/ou tarde. im
3. Espaços
el
Os espaços têm importância e significado quando pensamos que fazem parte
Pr
das relações entre criança e criança, criança e adulto, criança e mundo, criança e
conhecimento. Professoras e professores têm papel fundamental ao planejar e
organizar esses ambientes, criando condições e desafios diversos para que os
ão
dos espaços e com as outras pessoas que também convivem nesses ambientes.
Espaços bem planejados, com intencionalidade, permitem a interação e a
construção da autonomia dos bebês e das crianças na livre movimentação, na
exploração, na manipulação dos materiais e no conhecimento do mundo. Importante
refletir no planejamento e elaboração dos espaços. O que esse espaço instiga os
bebês as crianças?
20
ar
in
im
el
Pr
ão
rs
21
a. Cantos temáticos
ar
interação entre os colegas da turma.
A ação da professora/professor é criar ambientes com situações convidativas
in
e/ou desafiadoras para que as crianças possam exercitar sua autonomia, tendo
possibilidade de escolhas, tendo a oportunidade de mudar quando tiver vontade.
im
Os cantos devem ser planejados e adequados a cada grupo e a educadora e
o educador podem oferecê-los em momentos variados da rotina, como na hora da
entrada, na saída ou ainda como atividades de passagem entre uma proposta e
el
outra. Vale variar os espaços, acontecendo além da sala de referência, garantindo a
livre circulação das crianças.
Pr
22
Sugestões de contextos brincantes
ar
● Faz de conta: bonecas e bonecos, panelinhas, pratos, colheres, copos,
fantoches, chapéus, bolsas, bichinhos de pelúcia, cabana, carrinhos,
in
fantasias.
● Leitura: livros, revistas, gibis, tapetes, almofadas e sofás.
im
● Cesto dos tesouros e brincar heurístico: folhas, caroços, pinhas, conchas,
escovas, buchas, colheres de pau, pincéis, sachês, saquinhos de chás,
forminhas de metal, entre outros.
el
Pr
Importante:
● Cuidado com os tamanhos dos objetos para que não tenham risco
de ser engolidos;
ão
23
● Brincadeiras motoras: obstáculos com bancos, cadeiras, cones, bambolês,
pneus, colchonetes.
Crianças pequenas:
ar
labirintos, cama de gato.
● Faz de conta: fantasias, roupas, adereços, kit de cozinha (panelinhas,
in
pratinhos, garfos, colheres, etc), kit de escritório (teclados, telefones, mouses,
telas de computadores, papéis, lápis e canetas), carrinhos e pista, kit médico
im
(caixinhas de remédios, maletas, bloco de anotações, canetas).
● Blocos e jogos: quebra-cabeça, trilha, jogo da memória, dominó, lego,
boliche.
el
● Leitura: além da proposta para os bebês e crianças bem pequenas, pensar
Pr
24
ar
in
EMEI Helena Musumeci
im EMEI Abelardo Galdino Pinto
el
Pr
ão
rs
Ve
25
b. Espaço externo
ar
móveis, materiais didáticos, materiais que despertam curiosidades, ricos em
exploração e investigação pertinentes ao contexto (não estereotipados),
in
prevalecendo a harmonia e a estética a favor das aprendizagens.
É necessário preparar espaços confortáveis e seguros às experimentações
im
dos bebês e das crianças para que possam interagir com as diferentes
possibilidades sugeridas, favorecendo a constituição da autonomia.
Já o ambiente diz respeito ao conjunto entre espaço físico e relações que
el
nele se estabelecem, como os afetos e circunstâncias que cercam as pessoas. Um
ambiente pode passar segurança ou inquietação, evocar recordações e sensações
Pr
boas ou ruins, por isso, precisa de alguns espaços e materiais que convidam ao
movimento e favoreçam as explorações, investigações e descobertas do mundo e
ão
papel do adulto planejar momentos com cantos temáticos, pequenos grupos, com
diversos materiais, em propostas que priorizem a elaboração e a criação. É
Ve
26
evidenciar a cultura das crianças e suas famílias, traduzindo a diversidade cultural e
étnica presente na comunidade escolar local. Adultos e crianças imprimem suas
marcas nos ambientes e em suas ações, produzindo cultura, experimentando o
mundo e fazendo parte dele.
É importante levar em conta que os bebês e as crianças, que estão nas
escolas municipais de São Caetano do Sul, ficam boa parte do dia no ambiente
ar
escolar e é nesse espaço que podem se manifestar, podem ser ouvidos e acolhidos.
Sugere-se que os espaços sejam arejados, com cores suaves, claras,
in
ensolaradas e com materiais estimulantes. Novamente, ressaltam-se as
questões estéticas que favoreçam as aprendizagens, autonomia, segurança e
im
bem-estar dos bebês e das crianças.
Considerando nossas diferentes realidades, em termos de estrutura física
dos prédios escolares, a equipe gestora, as professoras, os professores e demais
el
educadoras e educadores podem proporcionar ambientes adaptados e harmoniosos
Pr
27
ar
Imagens de EMEIs e EMIs da Rede Municipal de SCS.
in
IV. Documentação Pedagógica
im
A Documentação Pedagógica, segundo Fochi (2019), refere-se a um
conceito amplo que envolve o modo de olhar, de refletir, de fazer, de pensar e de
el
comunicar o cotidiano pedagógico e as aprendizagens das crianças e dos adultos,
Pr
objetivo e continuidade.
Por meio da observação contínua, professoras e professores conhecem e
Ve
28
mundo, vivências… não é um ato neutro ou imparcial, pois quando observamos
fazemos escolhas. E, a cada momento, fazemos diferentes escolhas, para
conseguirmos contemplar os bebês e as crianças que estão na mesma turma, com
diversas experiências. Por isso, apesar da importância, é preciso reconhecer que
não é possível documentar tudo a todo o tempo, não há qualidade se não houver
intencionalidade no olhar.
ar
Pode-se documentar, portanto, de diversas formas, a depender de objetivos e
destinatários da documentação (PARODI, 2001):
in
● Documentar para descobrir e conhecer: a documentação como ocasião
para refletir e identificar percursos investigativos da criança;
im
● Documentar para analisar e reconstruir/reprojetar: documentação como
possibilidade de analisar o próprio percurso didático-educativo, com a
el
finalidade de ampliar a consciência profissional, tendo em vista a
avaliação da ação e o replanejamento;
Pr
Sintetizando…
29
Para que serve a documentação pedagógica?
Do ponto de vista das crianças, ela oferece oportunidades de
contemplar o que a criança realiza; de se engajar, ser mais curiosa, interessada e
confiante; participar com autoria e protagonismo de seu processo de
aprendizagem – na medida em que se envolve, confrontar suas ideias e buscar
formas de responder a objetivos e questões intencionalmente colocadas pelo
ar
professor. Com a documentação em mãos, a criança consegue resgatar suas
ideias e confrontá-las, apoiada pelo docente.
in
Do ponto de vista dos professores, oferece oportunidade de observar,
analisar, interpretar, reconstruir, relançar, de conhecer a cultura da infância e
im
buscar coerência entre os princípios e a prática pedagógica. Apoiar análises e
hipóteses interpretativas para a tomada de decisão, seja ao continuar uma
experiência específica ou encontrar novas estratégias de apoio à aprendizagem.
el
Para construir a documentação pedagógica, alguns tipos de registros são
Pr
● Gravação de diálogos;
rs
● Relatórios descritivos;
● Pautas de observação;
● Portfólios;
● Produções das crianças, com a participação delas na escolha;
● Anotações que revelam o que foi observado.
30
estratégia de fazer, refletir, projetar, replanejar, refazer, construindo novas
aprendizagens e novos olhares para as propostas, contextos e experiências.
Para Rinaldi (2022), o conceito de documentação pedagógica é uma forma de
sistematizar o trabalho docente, além de um processo de reflexão acerca dele, que
pode revelar o pensamento da criança, suas interrogações e entendimento sobre o
mundo, possibilitando a construção de sentido nas práticas pedagógicas,
ar
reconhecimento às produções infantis e intencionalidade da/o professora/or,
valorizando as trajetórias e fazeres dos bebês e das crianças, compartilhando com
in
toda comunidade escolar.
im
1. Relatório individual da criança
31
registros escritos e imagéticos, construindo uma narrativa, apoiando a reflexão sobre
a qualidade das propostas, o planejamento, a organização dos espaços, as
experiências oportunizadas, as interações e as aprendizagens individuais de cada
criança e do grupo, promovendo a reflexão e o replanejamento de suas ações para
que nesse exercício contínuo de observação, escrita, análise, reflexão a professora
e o professor avancem em suas habilidades textuais, na sistematização dos seus
ar
registros diários por meio de diferentes instrumentos, tais como: pautas,
planejamentos, reflexões, imagens, áudios, vídeos, entre outros, gradativamente,
in
reconhecendo-se como pesquisadora e pesquisador de sua prática pedagógica,
produzindo conhecimento.
im
A documentação pedagógica articula-se a processos de observar, registrar,
interpretar, refletir e replanejar. Os instrumentos de registros sistemáticos feitos de
maneira sensível, narrando as vivências e experiências de aprendizagens infantis
el
com rigor profissional, podem ser importantes facilitadores para a interpretação da
Pr
2. Planejamento
rs
32
consideração o objetivo de proporcionar o desenvolvimento das crianças:
ar
crianças brincam, como estas brincadeiras se desenvolvem, o que
mais gostam de fazer, em que espaços preferem ficar, o que lhes
in
chama mais atenção, em que momentos do dia estão mais tranquilos
ou mais agitados. Este conhecimento é fundamental para que a
im
estruturação espaço-temporal tenha significado. Ao lado disto,
também é importante considerar o contexto sociocultural no qual se
insere e a proposta pedagógica da instituição, que deverão lhe dar
el
suporte. (BARBOSA; HORN, 2001, p. 67).
Pr
33
ar
in
im
Diante das temáticas propostas, busca-se aprofundar os conceitos e suas
el
possibilidades, saindo do senso comum e ampliando o repertório dos bebês e das
crianças acerca dos seus saberes com aqueles já sistematizados pela humanidade.
Pr
34
E, para sistematizar as propostas da semana, já há algum tempo temos
utilizado em nossa rede o planejamento do cotidiano semanal. Por meio dele e da
observação em sala, a coordenadora pedagógica e o coordenador pedagógico
conseguem acompanhar as ações docentes e, em suas devolutivas, indicar
possibilidades (ou repensar) as ações para a turma ou para o coletivo da escola
diante do lido e observado.
ar
in
im
el
Pr
ão
rs
Ve
35
exemplo, esses momentos podem ser coletivos ou em pequenos
grupos conforme a necessidade.
● Roda de história: escrever o nome de cinco histórias ou mais por
semana (a mesma história pode ser contada com diferentes
estratégias dentro da mesma semana), orientamos descrever as
estratégias utilizadas: como leitura, fantoches, teatro de sombra,
ar
dedoches, contação com objetos, dentre outros.
● Parque, tanque de areia ou quintal: ofertar objetos, brinquedos e
in
materiais que irão enriquecer o brincar (coletivo ou individual) para
além dos brinquedos já existentes nas áreas externas. Chamamos de
intervenções. im
● Cantos: fixos ou móveis, descrevendo os materiais (estruturados, não
estruturados, riscantes,...), local (em cima da mesa, embaixo da mesa,
el
cabana, paredes, cavaletes ...) reconhecendo a importância da estética
Pr
envolvimento do grupo.
Nas demais colunas, o docente fará a descrição dos materiais utilizados
(considerando a constância de alguns e a oferta de outros, ampliando as situações
de exploração e conquista de novas habilidades), descrevendo, também, quais os
agrupamentos e espaços irá considerar nessas colunas. É importante observarmos
a variação de agrupamentos e lugares possíveis para a realização.
Sabemos que os campos de experiência são todos correlacionados, no
entanto nessa última coluna a professora e o professor deverão indicar qual campo
36
têm como foco de observação naquela proposta específica, uma vez que a mesma
proposta pode ter foco de observação em diferentes campos de experiência.
A segunda folha que acompanha o documento é um espaço reservado para o
diálogo entre a coordenação pedagógica e docente, espaço para possíveis
apontamentos, dúvidas e sugestões.
ar
Perguntas para nortear o preenchimento do planejamento do cotidiano:
in
● Por que escolheu planejar esta proposta?
● Como ela se conecta às necessidades de aprendizagem e interesses
das crianças?
im
● Quais observações de outras atividades e momentos levaram você a
el
planejar esta proposta?
Pr
37
Atividades de passagem
ar
anseios e seu bem-estar.
Portanto, planejar minuciosamente o que será ofertado aos pequenos grupos
em momentos que seja necessário um tempo de espera, ou aqueles que não farão
in
parte da pauta de observação docente, é indispensável e deve estar registrado e
documentado no planejamento do cotidiano.
im
O adulto que acompanhará essa proposta terá a oportunidade de fortalecer
vínculos e, como parceiro da professora e do professor, também poderá coletar
el
informações que fomentarão espaços e brincadeiras futuras.
Caso não haja um adulto parceiro (no caso de turmas do grupo 5), reiteramos
Pr
VAMOS REFLETIR?
rs
38
3. Projeto
ar
aprendizagens.
Nesse ponto de vista, uma das formas de trabalho, que envolve professoras,
in
professores, educadoras, educadores e crianças para responder a alguma questão
ou atender a uma necessidade que possa surgir no cotidiano das crianças é a
im
organização da ação educativa em projetos.
Trabalhar com projetos envolve a investigação e a troca de saberes como
el
elementos fundamentais para que a criança estabeleça relações e aprenda em
contextos significativos. A ação coletiva permeia todo o trabalho, ressaltando a
Pr
39
A escuta atenta e sensível dos docentes reflete uma postura de valorização
dos saberes das crianças e um envolvimento real do adulto nas questões do grupo.
Além disso, ouvir o que as crianças dizem permite que a professora e o professor
elaborem perguntas potentes para possibilitar avanços no desenvolvimento da
turma.
A participação ativa das crianças durante todo o processo imprime uma
ar
marca de flexibilidade para o trabalho com projetos. Os rumos do projeto são
estabelecidos com base nas investigações e na curiosidade das crianças. Assim,
in
cada projeto é único e responde às demandas daquele grupo específico. As
peculiaridades de cada turma transformam o projeto em uma ação personalizada.
im
Os projetos não são apenas retirados do mundo das crianças, mas são
sugeridos por elas - as crianças agem como protagonistas [...] Não basta
el
compreender a criança como protagonista; é preciso dar oportunidades
escolares para ela exercer esse protagonismo, e o currículo emergente e a
Pr
40
Quando organizamos projetos, damos aos bebês a oportunidade de viver
uma vida em grupo, de dividir com os demais suas descobertas e dúvidas.
A estruturação dos projetos deve derivar da observação da professora e do
professor quanto ao grupo e às características individuais dos bebês e basear-se
nos seus modos de agir, dando significado a essas manifestações. A partir desses
dados obtidos pela observação direta da professora e do professor é possível
ar
estabelecer temas, problemas e questões que poderão compor o projeto.
in
VAMOS REFLETIR SOBRE O TRABALHO COM PROJETOS?
• O que significa trabalhar com projetos a partir da escuta dos bebês e das
crianças?
im
• Como a narrativa do cotidiano e as narrativas infantis podem apoiar o
el
planejamento de um projeto?
• De que forma o estudo dos princípios que orientam o trabalho pedagógico
Pr
41
professora e do professor e seu grupo de trabalho.
● As hipóteses e conhecimentos dos bebês e crianças precisam ser
ouvidas, respeitadas e consideradas: é preciso ter espaço para que as
crianças saibam sobre o tema e oportunidades para elaboração de novas
perguntas.
● Os projetos não seguem um único esquema: nem sempre terão a mesma
ar
estrutura, a qual dependerá do tipo de problema que está sendo proposto, das
experiências prévias do grupo e das possibilidades concretas da escola.
in
● O projeto é alimentado pela busca constante de respostas às questões
que vão surgindo: isso acontece por meio da coleta de materiais diversos:
im
fotografias, livros informativos, pessoas que tenham conhecimento sobre o
tema, vídeos, jornais, revistas, objetos.
● O planejamento do projeto é cooperativo e não estará pronto desde o
el
início: tem um esboço que pode ser apresentado e validado pelas crianças.
Pr
outras formas.
● Os registros do processo devem estar disponíveis ao olhar e às ações
Ve
42
A documentação "no processo", encenada e interpretada durante a
investigação e não somente ao final, pode dar direção à própria
jornada e encorajar as relações entre as estruturas de aprendizado
das crianças e o objeto do conhecimento / aprendizado em si mesmo,
que, nesse tipo de relacionamento, se transforma num objeto ativo. A
estratégia de aprendizagem da criança redefine a identidade do tema
do próprio conhecimento / aprendizado como uma relação de
ar
reciprocidade. (RINALDI, 2022, p. 309)
in
PARA SABER MAIS:
A escuta da criança e as contribuições para nosso aprendizado sobre a
im
infância - Paulo Fochi https://www.youtube.com/watch?v=RmE9bZdZjYI
Concepções de Infância
ão
43
alfabetização, entendida aqui como o ingresso das crianças nas diversas culturas do
escrito.
O Currículo Municipal de São Caetano do Sul reafirma que a criança é um ser
social e histórico, ao interpretar o mundo de forma singular constrói sua identidade.
Nessa perspectiva, Giovana Zen, em seu artigo “As práticas cotidianas de
leitura e escrita na escola como direito da infância", ressalta que: “precisamos estar
ar
atentos para não invisibilizar a escrita das práticas pedagógicas da educação da
infância que significa cercear um direito de todas as crianças, entretanto, também
in
não significa recorrer a um ensino exaustivo e repetitivo de letras e famílias silábicas
e tampouco à treinos fonológicos. A alfabetização, compreendida como um processo
im
no qual é assegurado às crianças o direito de ingressar nas culturas do escrito,
pressupondo decisões didáticas coerentes.”
el
De que falamos quando falamos de alfabetização inicial?
Pr
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está destinada a ela? A atitude dos adultos indica que ela acaba de
ouvir algo sério, ou seja, da ordem do real, não do “como se”; aquele
“como se” que se instaura na ficção, quando algum desses mesmos
adultos lê uma história para ela. A escrita tem o poder de suscitar
certas ações e reações emocionais que, mesmo incompreensíveis,
contribuem para constituir, desde o início, uma consciência confusa
sobre uma ambivalência fundamental dos usos sociais do escrito.
ar
(FERREIRO, 2013, p.31)
in
As escritas cotidianas no contexto escolar
im
Nosso compromisso enquanto educação infantil é ampliar qualitativamente o
contato das crianças com a língua escrita. Para que isso aconteça, é importante
el
pensar em práticas pedagógicas que oportunizem a participação nas mais diversas
situações que compõem a cultura do escrito, que trabalhe com textos literários,
Pr
45
Para repertoriar…
Mensagens para destinatários diversos - Mensageria;
Listas (compras, material a solicitar, quem convidar, brinquedos para os
contextos);
Registros de empréstimo de livros da Biblioteca Circulante;
Diversas situações de escrita do nome próprio, de seus colegas nas
agendas, aniversariantes do mês, material individual;
ar
Elaboração de jogos de mesa;
Bilhetes;
Avisos;
in
Convites;
Cardápio;
Agenda telefônica;
Legendas de fotos;
Texto de memória;
im
Receitas;
el
Indicação de leitura.
Reescrita de uma história lida pelo grupo;
Pr
Etiquetas e rótulos.
46
“Quando uma criança escreve tal como acredita que
[...] deveria escrever certo conjunto de palavras, está
oferecendo um valiosíssimo documento que necessita
ser interpretado para ser avaliado.”(Ferreiro, 1985,
p.16-17)
ar
Sondagem
in
O Currículo Municipal de São Caetano do Sul fortalece a relevância da
documentação pedagógica, uma ferramenta que impulsiona o fazer pedagógico,
im
uma vez que apoia o planejamento e replanejamento da prática escolar a partir de
ferramentas que possibilitam o levantamento de dados; como a sondagem.
A sondagem, que tem como significado ato ou efeito de investigar, pode ser
el
um registro complementar de aprimoramento e direcionamento do trabalho do/a
Pr
professor/a. Sendo assim, é mais uma ferramenta que contribui para autoavaliação
docente, que traz indicações que apontam o caminho para o avanço.
Nesse momento de proximidade entre docente e criança, sondar é uma forma
ão
resultados. Para isso, se faz necessário iniciar o semestre com uma sondagem para,
Ve
47
ar
in
im
el
Pr
ão
rs
48
Orientações específicas de como realizar a sondagem com as crianças
ar
a proposta, elucidando o porquê das palavras, que objetivo é compreender o
que ela conhece e como ela pensa. Por exemplo: listar as comidas e bebidas
in
que desejam trazer para um lanche especial ou nome dos legumes que serão
utilizados na sopa, etc. A seleção das palavras que irão compor a lista
cotidiano
im
deverá ser feita pela professora e pelo professor, considerando o
das crianças, de acordo com os projetos e sequências
desenvolvidos com o grupo.
el
Pr
professor e uma frase que contenha uma palavra da lista que foi ditada.
49
● Oferecer lápis e um papel sem pauta (não utilizar imagens), informar para a
criança que ela pode escrever da forma que conseguir. Solicitar que coloque
nome e data na folha.
ar
organizadas em ordem alfabética (para que a criança não fique procurando a
letra que necessita em um amontoado de letras). O registro poderá ser feito
in
por meio da fotografia e/ou por meio da transcrição realizada pelo/a
professor/a. É preciso estar atento à quantidade de letras disponibilizadas,
im
garantindo quantidade suficiente em caso de repetições de vogais e
consoantes.
el
● A professora e o professor deverão realizar suas marcações referentes às
Pr
se achar necessário. A escrita das crianças não deve ser corrigida e, sim,
analisada, pois o objetivo da sondagem é justamente conhecer como a
criança pensa o sistema da escrita. Portanto, o docente não deve fazer uso
rs
● A leitura pela criança deve ser imediata, assim que ela der por terminada a
escrita de cada palavra. Essa leitura é tão ou mais importante do que a
50
própria escrita, pois é ela que permite se a criança estabelece algum tipo de
correspondência, entre partes do falado e partes do escrito. Após a leitura
das palavras, o professor solicita a escrita da frase. Nesse momento, a
professora e o professor realizam suas marcações/registros para posterior
análise.
ar
Este é um procedimento essencial para que o/a professor/a possa verificar:
in
a) se a criança estabelece ou não uma relação entre o que lê e o que
escreve;
im
b) se ao ler, ela assinala com o dedo a direção da escrita, se indica as
partes atribuindo-lhes um valor sonoro.
el
Ao retomar o que foi escrito, a criança revela as suas hipóteses
Pr
J K R E L T E
/ / / / / / /
rs
JA CA RÉ E LE FAN TE
Ve
51
● A análise da escrita deve ser realizada observando as anotações da
professora e do professor. Contando com o auxílio da equipe gestora
(coordenação pedagógica e assistente de direção) para orientações que
forem necessárias.
ar
estudos de Emília Ferreiro e Ana Teberosky em “A psicogênese da língua
escrita”.
in
Pré-silábica
im
1. Escreve utilizando grafismos, outros símbolos ou tentativas de letras.
2. Utiliza letras aleatórias para escrever.
el
3. Produz escritas diferenciadas (exigência de quantidade mínima de letras e
variedade); a criança considera que coisas diferentes devem ser escritas de
Pr
forma diferente.
Silábica
ão
52
Silábico-alfabética
1. Estabelece relação entre a fala e a escrita, ora utilizando uma letra para cada
sílaba, ora utilizando uma letra para cada fonema. Inicialmente, utiliza letras
aleatoriamente para compor as sílabas. Exemplo: I LAAF (GIRAFA). É
importante solicitar a leitura da criança e conhecer o seu percurso para não
confundir com a escrita pré-silábica.
ar
2. Na maioria das sílabas as letras correspondem aos fonemas. Mesmo faltando
algumas letras, é fácil fazermos a leitura. Exemplo: ELFATE (ELEFANTE).
in
Alfabética
im
1. Neste estágio, o estudante já compreendeu o sistema de escrita, entendendo
que cada um dos caracteres da palavra corresponde a um valor sonoro
el
menor do que a sílaba. Agora, falta-lhe dominar as convenções ortográficas.
Pr
IMPORTANTE LEMBRAR
1. As palavras não devem ser previamente memorizadas, a criança escreverá
ão
dos docentes.
3. Valide a escrita da criança e sua compreensão sobre o sistema de escrita.
Ve
53
documento/ferramenta para planejamento e reflexão da professora e do
professor.
A tabulação desses dados, para além de potencializar as estratégias de
planejamento, será compartilhada com a supervisão pela coordenação pedagógica
da unidade escolar.
As datas de lançamento e tabulação da sondagem serão compartilhadas,
ar
posteriormente, ressaltando que teremos uma inicial e outras duas no final de cada
semestre.
in
VI - Transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental
im
A transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental é ponto de
el
atenção e investimento na rede de São Caetano do Sul. As ações, envolvendo
crianças e professoras, professores do grupo 5 (último ano da Educação Infantil) e
Pr
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Fundamental. Finalizando essa ação, é fundamental retomar as curiosidades
e pontos que mais chamaram a atenção nessa expedição, promovendo o
comparativo entre os espaços. A criatividade dos adultos envolvidos em cada
etapa dessa ação, tornando-a significativa e interessante, é ponto chave para
alcançar os objetivos propostos.
ar
● Ações formativas coletivas com professoras, professores que atuam
com o grupo 5 e com o 1º ano - a troca de informações, experiências e
in
expectativas entre as professoras e os professores, mediadas por meio de
diálogos formativos, contribuem para a negociação de sentidos e se
im
constituem importantes facilitadores para a continuidade do trabalho
pedagógico.
el
● Encontro com as famílias por território e/ou escola - sendo esse mais um
importante momento de acolhimento às famílias, trazendo em pauta assuntos
Pr
Vale ressaltar que as estratégias propostas não devem limitar outras ações
que atendam à expectativa de garantir a passagem da Educação Infantil para o
rs
55
ar
in
im Visita da EMEI Jacob João
el
Lorenzini à EME Vicente Bastos.
56
Referências
ar
SÃO CAETANO DO SUL. Secretaria Municipal de Educação, Centro de Capacitação
dos Profissionais da Educação Dra. Zilda Arns. Currículo Municipal de Educação
in
de São Caetano do Sul. Educação Infantil. São Caetano do Sul, 2020.
BARBOSA, Maria Carmen Silveira; MELLO, Suely Amaral; FARIA, Ana Lúcia
el
Goulart. Documentação Pedagógica: teoria e prática. São Carlos: Pedro Damo;
João Editores,2017.
Pr
57
PARODI, Maurizio. Prefazione. In: BENZONI, Isabella (org.). Documentare? Sì,
grazie . Ranica: Edizioni Junior, 2001.
RINALDI, Carla. Diálogos com Reggio Emilia: escutar, investigar e aprender. Rio
de Janeiro: Paz e Terra, 2022.
ar
Autores Associados, 2013.
in
As práticas cotidianas de leitura e escrita na escola como um direito da
infância.Revista Práxis Educacional, Vitória da Conquista, v. 16, n. 41, p. 255-277,
Edição Especial, 2020. Disponível em
im
:https://www.memoria.fahce.unlp.edu.ar/art_revistas/pr.11971/pr.11971.pdf. Acesso
em: 27/06/2023.
el
Pr
ão
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