18ªRegião Tradicionalista

3º Edição – Dezembro 2019

1º Prenda Mirim Carla Gomes

TCHÊ DIVERTE!
MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO
O JORNALZINHO DA PIAZADA

18ª Região Tradicionalista

3ª Edição – Dezembro 2019
1º Prenda Mirim - Carla Gomes

“Sentinela da Paz”
Aceguá, Bagé, Candiota, Caçapava do Sul, Dom Pedrito, Hulha Negra, Rosário do Sul, Santana do
Livramento, Santa Margarida do Sul, Santana da Boa Vista, São Gabriel e Lavras do Sul

Para tudo há um começo e até para o nosso Movimento Tradicionalista Gaúcho teve um...

“Mulher Gaúcha – 70 anos de
Inclusão no Tradicionalismo
Gaúcho Organizado, suas
Conquistas e Participações”.
Em 1947, o jovem estudante do
Colégio Estadual Júlio de Castilhos,
de Porto Alegre, João Carlos
D'Ávila Paixão Côrtes, recém
chegado de Santana do
Livramento, sai para tomar um
cafezinho e avista uma bandeira do
Rio Grande do Sul servindo de
cortina para tapar o vidro de uma
janela do bar, entre cachaça e
cigarro. O comerciante não sabia
do que se tratava aquele pano. Foi
a gota d'água. Naquele ano Paixão
Côrtes cria, juntamente com
alguns colegas, o Departamento de
Tradições Gaúchas, no Colégio
Julinho. O grupo acompanha, a
cavalo, o traslado dos restos
mortais do General Farroupilha
David Canabarro, nascendo assim,
o dia do Jovem Tradicionalista.
A primeira Ronda Crioula é criada
para preservar, desenvolver e
proporcionar a revitalização à
cultura rio-grandense.
Acende-se da Pira da Pátria pela
primeira vez o fogo que os
tradicionalistas denominam de
Chama Crioula.
Há exatos 70 anos, lá nos idos de
junho de 1949, ocorria o que Cyro
Dutra Ferreira chamaria em seu
livro “35 CTG – O Pioneiro”, a
primeira reunião de moças da
sociedade, que foram
especialmente convidadas. Essa
reunião foi o primeiro passo para
a criação da Invernada das
Prendas, que resultou na inserção
de fato das mulheres no
Movimento Tradicionalista
Gaúcho.
Podemos dizer que durante dois
anos, entre a primeira Ronda
Crioula e o dito encontro, o
Movimento não contava com a
presença efetiva do público
feminino em suas realizações. Foi
preciso que ocorresse uma
excursão a Montevidéu e que lá
os pioneiros encontrassem uma
entidade que seguia os padrões
de nossas tradicionalistas, mas
que possuía a presença maciça da
mulher.
“Vamos conhecer como tudo
começou, para nós, Prendas
Mirins”
No 20º Congresso Tradicionalista
Gaúcho, realizado em março de
1975 na cidade de Pelotas, foi
aprovada a inclusão da categoria
Mirim, proposta de autoria da 1ª
Prenda do RS de 1973, Lídia Ceres
Silveira, do CTG Rodeio dos
Palmares (Santa Vitória do
Palmar-RS).
O Concurso realizou-se pela
Primeira vez em 1980 e
oficialmente a partir de 1982,
quando foi eleita Viviane Cardoso
Oliveira do CTG Sinuelo (Canguçu-
RS).
Da esquerda para a direita, no
1º Concurso de Prenda Mirim -
1982: 2º Lugar- Elisabeth
Mânica, 1ª Prenda- Viviane
Cardoso Oliveira, 3º Lugar-
Carla Cereça Trindade, Prenda
Simpatia Maria Laura Prates.
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1º Prenda Mirim Carla Gomes

Projeto:Resgatando a Galeria de fotos que algumas prendas da 18ºRT.

Identidade da Prenda Mirim
Objetivo: Preservar a história e a identidade
das Prendas Mirins da 18ª RT, pois trata-se
de uma categoria base onde envolve
crianças comprometidas na valorização e
divulgação das nossas tradições.
Ano 1ª 2ª 3ª

1987 Ana Lucia

Machado
Isasmendi
1995 Munira Macedo
1999 Franciane
Gonçalves
2000 Larissa Porto CaterineBrose Lituânia
Cavalheiro
2001 Maysa Maciel
2002 Fabiane Batista
2003 RaianeSimas
2004 Franciele Rovasi
2005 Namiriane Leal Carolina Nathália
Brose Daniel
2006 Franciele Este projeto é de autoria da
Gonçalves 1º Prenda Mirim da 18ª R.T. – Carla Gomes
2007 Tanielley Machado
Kika Depoimento: Esta sendo de grande valor poder ler e retornar
2008 Lydia de Moura Jessica Vilar projetos, que algumas prendas fizeram por nossa Região. Quando
Thais
fiquei sabendo do tema que poderíamos trabalhar, logo propus o
Soares
2009 GeorgiaIgisk Bruna resgate que estou fazendo das Prendas mirins.
ArieleBrião
Li e escutei diversos projetos, em 1987 a 1ª Prenda Ana Lucia de
2010 Raiza Martins Laiz Dutra Tainara
Machado me falou que ela fez um projeto de arrecadação de
2011 Luana Larisa Goulart ArieleBrião
brinquedos para as crianças do município de São Gabriel, também
Wojciechowski li o projeto do Coquinho que a 1º Prenda Lydia de Moura fez
2012 Bárbara Dorneles sobre o meio ambiente.
Corrêa E o projeto do Jornalzinho o TCHÊ DIVERTE que a 1º Prenda
2013 Brenda Maia Antônia Xavier fez.
Remonato
2014 Júlia Trindade Evellyn Vitoria Alexsandra
Modernel Gomes Severo
Ferreira
2015 Antônia Xavier Ândria
Muro Sanches
Zeidler
2016 Maria Eduarda Raisa Emilyene
Duarte Machado Carvalho de Almeida
da Silva Azevedo Davila
Bicca Martins
2017 Milena Piemolini Isabelly Brito
Teixeira Correa
2018 GeovanaPetrovichi Luany Micaely
dos Passos Ferreira Ribeiro
Martins Castro
2019 Carla Gomes Maria Marla
Rodrigues Eduarda Vitória

TCHÊ DIVERTE!
Estuda, tchê diverte ai: Brinquedos / Brincadeiras.
Boneca: é seguramente o mais antigo
objeto de brinquedo que a humanidade
conheceu.
Provavelmente na
pré-história eram
feitas de materiais
perecíveis como
barro ou madeira, sendo que mais
tarde, com o aperfeiçoamento dos
instrumentos de trabalho surgiram os
de pedra e osso.
Por volta de 1820 eram fabricadas com
cabeças de porcelana vitrificada em
Dresden e em biscuit opaco na França.
No século XIX novas modificações
foram introduzidas: olhos móveis,
dispositivos para choro e vozes, livros
com bonecas e roupas de papel para
serem recortadas.
No Brasil colonial surgiram mais ou
menos em 1806, com a transferência da
família real, mas ficaram restritas à
corte. Somente no século XX
alcançaram os lares da classe média,
mas quase sempre importadas. Depois
de 1945 começaram a ser fabricadas
em série e a partir de 1950 são
copiados os modelos americanos,
bonecas altas, loiras e de olhos azuis.
Bruxinha: Bruxa, ou bruxa
de pano é o nome da
boneca de trapos, boneca
de pano, possivelmente em
todo o território nacional.
As bonecas de pano
resistem ao longo dos séculos,
atravessando fronteiras de povos
distintos, conseguindo sobreviver em
algumas residências pelos poucos
artesãos que ainda restam neste
espaço brasileiro. Pertencem ao teatro
infantil espontâneo das crianças do
presente e pertencem às crianças do
futuro. Na confecção das bruxas a
artesã usa pano, retalhos, linha,
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1º Prenda Mirim Carla Gomes
algodão, lã em pasta para enchimento e
em fio para cabelos, que pode ser
também de pelego ou corda.
Peteca: Segundo Alceu
Maynard de Araújo, “é
um jogo de origem
indígena. Uma bola fita
de palha de milho, tendo
em um lado penas de galinha enfiadas
para ao cair, a parte pesada ficar para
baixo e as penas para cima. A época
desse jogo obedece em parte as
estações, é o jogo estacional da época
do inverno, que por outro lado coincide
com a colheita do milho e festas
juninas”
Jogo das pedrinhas ou Cinco marias:
Joga-se com cinco ou mais pedrinhas.
Atira-se uma pedrinha para o ar e
enquanto esta sobe e desce, apanham-
se as outras, que estão repousando e se
juntam todas na mão atirando-se
sucessivamente duas, três, quatro ao
ar, apanhando-se as que restam. Perde
quem não conseguir reunir as
pedrinhas. As combinações são
variadas. Em Portugal este jogo chama-
se Bato. É o secular jogo de ossinhos,
osseletes, astragalismo, popularíssimo
na Grécia e em Roma... Os legionários
romanos levaram o jogo dos ossinhos
por todos os recantos do império. Aqui
o conhecemos como cinco marias, e
aparece em pedrinhas ou em saquinhos
de tecido com enchimento de areia ou
grãos de qualquer cereal. O
desenvolvimento do jogo é muito
semelhante ao descrito
acima, mas aqui joga-
se somente com cinco
pedrinhas, não mais.
Papagaio – Pandorga – Pipa: Sua
origem oriental é muito remota.
Segundo historiadores idôneos, o
general chinês Han-Sin no ano 196 a.C a
utilizava para enviar notícias a uma
aldeia sitiada. Em 1752 foi instrumento
de experiências científicas nas mãos de
Benjamin Franklin. Posteriormente teve
os mais diversos usos, tais como
transmissor de sinais e “biruta”, para
ver a direção do vento. Hélio Moro
Mariante, folclorista e pesquisador,
informa que o ocidente só conheceu a
pandorga a partir do século XIV. Os
primeiros mercadores portugueses,
ingleses e holandeses é que teriam
trazido para a Europa. É explicada por
Câmara Cascudo como “brinquedo feito
com cruzeta de cana ou madeira leve,
coberta de papel de cor. Dirigem-se
com três cordéis de armação. Na parte
inferior pende uma cauda comprida, de
pano. Existem em diversos formatos,
cada um com denominação específica:
churrasco, barrilete,
arco, estrela, caixão,
bidê, bandeja e outros.
Perna de pau: Também chamada de
“andas” é constituída por dois sarrafos
com até três metros de comprimento.
Em cada sarrafo, a uma certa
altura do chão, há um apoio
para os pés. A criança sobe
nesse apoio e mantém as
traves presas sob os braços,
podendo assim mover as pernas à
vontade.
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Momento Lendas da 18ªRT Entretenimento
Lenda de Lavras do Sul: Em um Retiro Cultural da 18ª RT,
Questões
Resposta no final deste Jornalzinho
conheci a dona Maria da Graça, que relatou sobre a Lenda
da Maldição do Padre. A lenda se passa na época em que 01: Armação, amarração, cobertura, rabo, guias de
ainda era extraído ouro, na localidade de Lavras do Sul. sustentação (cordel), são partes de que brinquedo
Segundo, dona Maria, o Padre era responsável por guardar folclórico?
as pepitas de ouro que eram encontradas no Rio que banha a - Peteca
a cidade. O Padre guardava o ouro de baixo do altar de santa b - Cravador
de sua igreja, foi lá pelas tantas, que o Coroinha muito c - Labirinto de arame
experto resolveu rouba as barras de ouro e trocar por outro d - Pandorga
material. Um belo dia, os donos do ouro vieram buscar o
que estava armazenado com o Padre em sua igreja. Quando 02: Brinquedo confeccionado com duas ripas de madeira,
começaram a carregar notaram que ali não era ouro e então onde é necessário pregar em cada uma um pequeno tronco
foram questionar o Padre e ele negou sempre que não tinha para que sirva de apoio para o pé. Falamos do brinquedo:
feito nada, ele falou que não tinha roubado as barras de a - Pé de toco
ouro. b - Jogo de taco
Não acreditando, o dono do Ouro mandou castigar o Padre, c - Perna de pau
amarrá-lo ele num burro e soltar campo afora. Quando o d - Roncador
pader chegou no alto do morro e olhou pra baixo e viu
aquela cidade, falou as seguintes palavras: - “estão fazendo 03: Quando é o brinquedo mais antigo que temos na
essa injustiça comigo e eu amaldiçoou essa cidade, Lavras do humanidade conhece?
Sul nunca vai se desenvolver, nunca vai crescer e que ela a - Pandorga
cresça igual a cola desse burro sempre pra baixo”. Tempos b – Cama de gato
depois descobriram que não tinha sido o padre que tinha c – Perna de Pau
roubado o ouro e sim o Coroinha dele. Essa foi uma das d – Boneca
lendas que a Dona Maria me contou.
04: Esse jogo só precisamos de 5 pedrinhas ou de 5
saquinhos com Arroz dentro. De que jogo estamos falando?
a – Jogo da Bruxinha
b – Jogo das cinco Marias
c –Jogo do Labirinto
d – Jogo da Pedreira

05: Este brinquedo é constituído por dois sarrafos com

até três metros de comprimento. Em cada sarrafo, a
uma certa altura do chão, há um apoio para os pés.
Estamos falando de que brinquedo?
a–Perna do Saci
b – Perna de Rato
c – Perna de Pau
d – Perna de Pato
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TCHÊ DIVERTE!
Momento de Colorir
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TCHÊ DIVERTE!
Tempo de Festa é tempo de renovação NATAL!!!

O Natal é uma data PAPAI NOEL É uma figura lendária,

em que inspirado em São Nicolau que viveu no
comemoramos o século IV e foi bispo de Mira na
nascimento de Jesus Turquia. A devoção a este Santo era
Cristo. grande no Oriente e na Rússia. São
É a festa do seu Nicolau costumava ajudar,
aniversário Na anonimamente, quem estivesse em
antiguidade, o Natal dificuldades financeiras. Colocava um
era comemorado em várias datas, pois não se sabia com saco com moedas de ouro na chaminé
exatidão a data do nascimento de Jesus. Foi somente no das casas. Foi declarado santo depois que muitos milagres
século IV que o 25 de dezembro ficou estabelecido como lhe foram atribuídos. Sua transformação em símbolo
data oficial de comemoração. Não há uma data exata de natalino aconteceu na Alemanha e daí correu o mundo
quando se começou a celebrar o Natal no dia 25 de inteiro.
dezembro. Costuma-se afirmar que o Papa Silvestre I (314-
337) foi o primeiro a incentivar a celebração do Natal. A
primeira celebração do Natal foi em Roma e se espalhou
pelo mundo. Para os católicos, a cor litúrgica do Natal é o
branco, símbolo da Paz e da vitória. Conforme o evangelista
Lucas, o canto dos anjos quando Jesus nasceu, inclui o canto
da paz: “Glória a Deus no mais alto dos céus, e paz na terá
aos homens por ele amados”. A ceia de Natal simboliza o
banquete eterno e a união da família. Esta festa costuma ser
a ocasião para reunir as famílias e viver junto o espírito
natalino, que é paz, harmonia e fraternidade.

A ÁRVORE DE NATAL
A primeira notícia que se tem a
respeito da árvore de natal é de 1605
em Estrasburgo, na Alemanha. O mais
antigo texto a falar do pinheirinho
(Tannenbaum) é do século XVI, São os mais sinceros
quando as famílias alemãs
enfeitavam pinheirinhos com flores
de papel (flores vermelhas
votos da 1º Prenda
representavam o conhecimento e as brancas representavam
a inocência), frutas (maçãs) e doces. Com o passar dos
tempos as maçãs foram sendo substituídas pelas bolas
Mirim da 18ªRT -
coloridas.
O pinheirinho de Natal é a árvore que no rigor do inverno Carla Gomes.
não perde suas folhas, não perde a vitalidade e a
exuberância. Mantém-se verde. No alto do pinheirinho,
costuma-se colocar uma estrela, aquela que guiou os magos
BOAS FESTAS!
a Belém. Tradicionalmente, o dia de desmontar a árvore de
Natal, o presépio e toda a decoração natalina é 6 de janeiro, Respostas:1 D, 2 C, 3 D, 4 B e 5 C
o Dia de Reis.