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Os recursos naturais, também por ser classificados em:

 Recursos renováveis ou Recursos não-renováveis, em função do tempo necessário


para serem repostos.

Recursos Renováveis

Recursos que se repõem continuamente na Natureza, por isso, não se esgotam: água;
sol; vento; calor interior da Terra…

Recursos não-renováveis

Recursos que não se repõem na Natureza à mesma velocidade com que são
consumidos e por isso podem-se esgotar: carvão; petróleo; gás natural…

Os recursos do subsolo podem ser classificados em:

Minerais Energéticos – Minerais que se destinam à produção de energia (petróleo; carvão; gás
natural; urânio)

Minerais Metálicos – Minerais formados por substâncias metálicas (ferro; zinco; ouro; prata;
estanho; cobre e tungsténio/volfrâmio)

Minerais não metálicos – Minerais cuja constituição é formada por substância não metálicas
(sal gema; quartzo; talco; caulino e feldspato)

Rochas industriais – rochas utilizadas na construção civil (calcário; granito; areias e argilas)

Rochas ornamentais – rochas utilizadas para fins decorativos ( mármore; granito e calcário)

Água

o Minerais – detêm propriedades terapêuticas


o Nascente – águas subterrâneas com propriedade, consideradas, próprias para beber
o Termal – águas subterrâneas cuja temperatura é superior a 20ºC

PORTUGAL
Em Portugal há muitas jazidas (locais onde se verifica uma concentração de minérios
suscetíveis de serem explorados)

A extração de recursos minerais é de grande tradição em Portugal

Conheceu um crescimento acentuado na última década do século XX

Mas continuou a ter uma reduzida importância na economia nacional (destaca-se
apenas a extração de rochas)

A indústria extrativa contribui apenas com 1% do PIB
As unidades morfoestruturais de Portugal
Maciço Antigo – Formado na era paleozoica /era primária, constituindo cerca de 2/3
do território nacional, correspondendo à parte Norte e a grande parte do Centro e do Alentejo.
Rochas locais: Granitos e Xistos

Orlas mesocenozoicas – Formadas durante o mesozoico e o cenozoico,


correspondendo à parte sul do Algarve e à faixa compreendida entre Aveiro e Lisboa

Rochas locais: calcários; arenitos e argilas

Bacias sedimentares do Tejo e do Sado – Datadas da era Cenozoica. Formaram-se a


partir da acumulação de sedimentos na Bacia do Tejo e do Sado que mais tarde emergiram

Rochas locais: Areias, arenitos; e argilas

Unidades morfoestruturais
Era em que foi Paleozoico Mesozoico e Cenozoico
formado Cenozoico
Área do país Norte Litoral algarvio e Bacias do Tejo e do Sado
abrangida Interior Centro litoral centro (Aveiro a
Alentejo Lisboa)
Rochas constituintes Granito; xisto; Calcário; argilas; Areais; argilas; arenitos
quartzito; arenítos
Formas de relevo Norte/centro – Planíceis
serras, vales e Serras de cume
planaltos arredondado e
Alentejo - pene planícies
planícies
Minérios Feldspato;
predominantes quartzito; Caulino e sal-gema
tungsténio;
talco; cobre;
estanho

Tipos de Rochas

Tipos Formação Exemplos


Magmáticas ou eruptivas Resulta da solidificação do Plutónicas (intrusivas) –
magma Granito, diorito e gabro
Vulcânicas (extrusivas) –
basalto e pedra-pome
Sedimentares Resulta da acumulação de Arenitos, areias, argilas
sedimentos provenientes da (origina o xisto),
erosão de outras rochas conglomerados e calcário
Metamórficas Resultam da alteração de Ardósia, xisto (origina a
outras rochas, devido a altas ardósia), quartzito, mármore
pressões e temperaturas (resulta do calcário a altas
temperaturas.), gnaisse
Intrusivas – solidificam no interior da terra
Extrusivas – Solidificam no exterior da terra
Rochas ornamentais
Rochas ornamentais Local de extração Utilização
Calcário Maciço calcário estremenho
e Algarve
Granito Norte  Pavimentos
Interior Centro  Calçadas
Mármore (metamórfica) Região de Estremoz  Revestimentos
Borba de Vila Viçosa (distrito  Mobiliários
de Évora com 90%) - Sul

Rochas Industriais
Rochas industriais Local de extração Utilização
Granito Norte Britas;
Interior Centro Alvenaria (construção de
pedras)
Calcário Maciço calcário estremenho Cimento; cal; cerâmica; e
e Algarve - Orlas agricultura
Areias – mais utilizada para Bacia do Tejo e do Sado Construção civil e indústria
fins industriais do vidro
Argilas Distritos do litoral - Orlas Cerâmica e cimento

Exploração de minérios em Portugal


Tipos Exemplos Utilização Principais minas
Cobre Indústria elétrica Neves corvo –
Alentejo
Estanho Ligas metálicas e soldaduras Neves corvo -
Alentejo
Fabrico de aço extra duro e de Panasqueira
Minérios Volfrâmio filamentos de lâmpadas elétricas
Metálicos incandescentes
Ferro Indústria siderúrgica e metalúrgica Não há minas em
e metalomecânica atividade
Joalharia Minas inativas, mas
Ouro e prata há empresas
estrangeiras
interessadas
Indústria-química, agroalimentar e Matacão, carriço e
Sal-gema rações Campina de Cima
Minerais não (orla meridional e
metálicos ocidental)
Quartzo e Indústria cerâmica e de vidro Região Norte e
feldspato Centro
Talco e Indústria cerâmica, de papel e de Distrito de Bragança
Caulino tinta Entre Viena e Aveiro
Energia e indústria química Região centro
Carvão (urgeiriça) –
atualmente não é
Minérios explorado, pois a
energéticos qualidade do carvão
não é rentável
Urânio Produção de energia nuclear EM Portugal é de
fraca qualidade
Petróleo Total dependência do exterior, apesar de terem sido
realizadas algumas prospeções no nosso país

Distribuição de recursos hídricos


No subsetor das águas consideram-se:

 Águas de nascente
 Águas minerais
o Águas minerais naturais
o Águas minero-industriais

Portugal continental apresenta um subsolo com grande diversidade de águas de


nascente e de águas minerais, embora a sua distribuição seja irregular pelo território. Grande
parte da exploração encontra-se realizada no Norte e Centro, fato que se verifica devido às
características do maciço antigo.

Pela sua composição química, as águas minerais também são exploradas para o
termalismo, o que constitui um importante fator de desenvolvimento para as regiões, uma vez
que as estâncias termais funcionam como polos de dinamismo económico local.

CLASSIFICAÇÃO DA ÁGUA SEGUNDO A TEMPERATURA DE SURGIMENTO


Designação Temperatura
Hipotermal ≤ 25ºC
Mesotermal 25ºC – 35ºC
Termal 35ºC – 45ºC
Hipertermal ≥ 45ºC

Papel do termalismo no desenvolvimento das regiões


O termalismo é visto, tradicionalmente, como uma atividade que tem como principal
função o tratamento de doenças.

Atualmente, esta atividade é também vista como potencializadora dos recursos


termais das regiões onde ocorre, visto que esta atividade foi alargada para o setor turístico

A estratégia de desenvolvimento das 4 vertentes (tratamento; prevenção; bem-estar e


lazer) procura captar mais quantidade de frequentadores, para além dos “termalistas
clássicos”. Para isso é necessário por em prática o chamado marketing termal. Portanto, é
necessário:

 Proporcionar um tipo de oferta turística diferente daquelas que podem ser oferecidas
por ouros tipos de turismo concorrentes, de forma a atrair determinados segmentos
do mercado às estâncias termais
 Oferecer produtos e serviços de acordo com as estruturas existentes nas estâncias
termais e adequadas às características diferenciadoras de cada publico alvo
 Implementar programas de divulgação e promoção das unidades termais nos
mercados nacional e internacional
 Atuar sobre a vertente da formação profissional

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