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Rochas Ornamentais

Profª Feliciane Andrade Brehm


Rocha = beleza, durabilidade, status

(China)
RESUMO HISTÓRICO

Materiais naturais Mais antigos empregados pelo


homem: madeira, pedras

Madeira = destruída Época quaternária do surgimento


do homem Idade da pedra
Pedra = conservada
500.000 - 1500 a.c.
paleolítica
mesolítica
neolítica

Primeiros
Aberturas em rochas, cavernas, grutas
refúgios
Mais tarde Abrigos com peles, fibras vegetais,
materiais combinados
RESUMO HISTÓRICO

Primeiros MEGALITOS 3000 a.c. (final período neolítico


(Pedra monumental dos ou neolítico superior)
tempos pré-históricos)
Povos Mediterrâneos
Costa Atlântica
Incialmente: “dolms”
Função de templos / câmaras
mortuárias
(Espanha, sul da França)

Dólmen em forma de
mesa

Dólmen de Chan de Arquina - Galícia

Dólmen de Creu D'en Cobertella - Cataluña


RESUMO HISTÓRICO

Ao longo da história, a pedra foi utilizada mais e mais...

Templo de Carnac
Esfinge

Pirâmides de Quéops,
Quefren e Miquerinos
Templos gregos-esculturais

Grécia -750 a. C.
Arte de esculpir o mármore
Culto aos deuses – templos
Mármore grego – símbolo do
período

Acrópole em Atenas
Roma - Coliseu
Roma – coluna de Trajano
Roma
Estabeleceu as categorias de

profissões nos

trabalhos das jazidas:

- Extratores de Blocos;

- Esquadrejadores;

- Lapidadores (acabamento)

- Polidores;

- Musivistas (Mosaicos)
Culturas americanas

Uso da pedra foi intensificado Canais, Túneis,


Pontes, Palácios,
Igrejas, ...
Civilizações americanas - Incas (Peru), Maias (México)
Idade média

 Idade média
 Uso de rochas
ornamentais e
estruturais,
principalmente na
Europa, nas construções
de:
 igrejas,
 castelos,
 Esculturas
 e palácios.
 Revestimento das paredes
 mosaicos
Obras clássicas na Europa (Idade Média)
Mosteiro de Santa Maria de Vitória, ou Mosteiro da Batalha
Autoria do mestre Afonso
Domingues, cuja idade
avançada e cegueira tinham
levado ao seu afastamento da
grande obra.
A sua conclusão passou para
as mãos de um irlandês, o
mestre Ouguet, que distorceu
o projeto original.

"A abóbada não caiu.... a


abóbada não cairá!"
Período clássico
Uso em fachadas, pavimentação.

Museu do Louvre
Notre-Dame
(Veja mais: http://pegue.com/artes/arquitetura_pre.htm)
Calcário (limestone)
Salisbury Cathedral

Cenário para minissérie


Os Pilares da Terra

http://pt.wikiarquitectura.com/index.php/Catedral_de_Salisbury
Rochas ornamentais - Modernismo

Utilização das rochas


ornamentais associadas à
outros materiais.
Função ornamental.
Avanço tecnológico, resultado
dos primeiros momentos da
Revolução Industrial.
Novas formas construtivas e
estruturais.
Antigos materiais (pedra e
madeira) –substituídos
gradativamente pelo concreto.

https://fallingwater.org/
Fallingwater House
Arq Frank Lloyd Wright
https://www.youtube.com/watch?v=E7cO_cvg95Y
Colonização Alemã e Italiana
Colonização Alemã e Italiana
Colonização Alemã e Italiana
Arquitetura contemporânea
Diversas utilizações: piso, paisagismo, revestimento
Rochas ornamentais - importância
Classificação das Rochas (Pedras)
Quatro classificações:

GEOLÓGICA TECNOLÓGICA COMBINADA COMERCIAL

Mineral Geológica + Mármores


Formação Predominante Tecnológica

Ígneas Silicosas Silicosas


granito Granitos
Sílica eruptivas
pórfiro sedimentares
basalto Calcárias metamórficas
Sedimentares CaCO3 Basaltos
arenito Calcárias
calcário Argilosas sedimentares
turfa Argila metamórficas Quartzitos
Metamórficas Silicato Ardósias
gnaisses hidratado Argilosas Arenitos
quartzitos de Alumina Pedra Mineira
mármores Miracema
Denominação comercial
 A designação comercial de rochas ornamentais não é objeto de
regulação ou normalização.
 Até pouco tempo - cor, seguida pela localidade em que a rocha
ocorria, como, por exemplo: Vermelho Capão Bonito, Branco Ceará,
Branco Paraná, entre outras.
 No mercado - o mesmo material pode receber diferentes nomes
fantasia e materiais distintos o mesmo nome, o que causa
dificuldades para o consumidor.
 Duas grandes categorias:
 “Granitos”: designação que engloba as rochas silicáticas (ígneas e
metamórficas) independentemente da cor e da correta tipificação.
 “Mármores”: comercialmente abrangendo qualquer rocha carbonática,
tanto de origem sedimentar (calcários) ou metamórfica (mármores
propriamente ditos), passível de polimento.
Principais Tipos de Rochas
Rochas Ígneas
Rochas Ígneas
Rochas Ígneas
Rochas Metamórficas
Rochas Metamórficas
Rochas Sedimentares
Rochas Sedimentares
Rochas para revestimento
de edificações: terminologia
(ABNT NBR 15012)
Definição de rocha ornamental:
“Material pétreo natural, utilizado em revestimentos
internos e externos, estruturas, elementos de composição
arquitetônica, decoração, mobiliário e arte funerária.”

Definição de rocha para revestimento:


“Rocha ornamental submetida a diferentes graus ou tipos
de beneficiamento e utilizada no revestimento de
superfícies, especialmente pisos, paredes e fachadas.”
Rochas para revestimento
de edificações: terminologia
(ABNT NBR 15012)
“Cantaria" toda pedra aparelhada ou afeiçoada, destinada a
revestir edificações ou servir de elementos decorativos ou
funcionais, com geometria e acabamento preestabelecido
por um projeto.
ROCHAS ORNAMENTAIS
Pedras Comerciais
GEOLOGIA DE ROCHAS ORNAMENTAIS
No sentido específico - submetidas ao polimento,
utilizadas com fins decorativos

No sentido geral - incluídas rochas não polidas,


para decoração, rochas semi-ornamentais

• Granitos • Extração e beneficiamento


• Mármores • Tipos
• Ardósias • Características
• Basaltos • Aplicações
• Quartzitos • Patologias
• Arenitos • Exemplos
Ensaios normalizados
Análise Petrográfica, ABNT NBR 15845-1:2015
Densidade, massa e absorção de água, NBR 15845-2:2015
Dilatação térmica linear, ABNT NBR 15845-3:2015
Congelamento e degelo, ABNT NBR 15845-4:2015
Compressão uniaxial, ABNT NBR 15845-5:2015
Flexão em três pontos, ABNT NBR 15845-6:2015
Flexão em quatro pontos, ABNT NBR 15845-7:2015
Impacto de corpo duro, ABNT NBR 15845-8:2015
Desgaste Amsler, ABNT NBR 12042:2012
Propagação de ondas ultrassônicas, ASTM D 2845:2008
Resistência ao escorregamento, EN 14231:2003

Estudos pré-normativos
Resistência ao ataque químico (submetido CEE 187 ABNT)
Medição de brilho e rugosidade
Qualidade de polimento em simulador
Resistência ao choque térmico
Processo de extração* e
beneficiamento das rochas

© Nova Aurora (MG)


Jazida de granito, processo de extração dos blocos, com uso de
martelos pneumáticos, perfuratriz, pólvora e fio diamantado
Processo de extração* e
beneficiamento das rochas
Bloco de granito sendo
extraído

© Nova Aurora (MG)

*Para as geociências a EXPLOTAÇÃO é um termo técnico usado para a retirada,


extração ou obtenção de recursos naturais, geralmente não renováveis, para fins
de aproveitamento econômico, pelo seu beneficiamento, transformação e
utilização.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Explota%C3%A7%C3%A3o_de_recursos_naturais
Processo de extração e
beneficiamento das rochas

© Nova Aurora (MG)


Corte de bloco com fio diamantado
Processo de extração e
beneficiamento das rochas

© Nova Aurora (MG)


Manuseio dos blocos com ponte rolante
Processo de extração e
beneficiamento das rochas

© Nova Aurora (MG)


Corte dos blocos em chapas, nos teares
Obs: 25% a 30% do bloco são transformados em pó (cerca de
240.000 toneladas/ano!)
Processo de extração e
beneficiamento das rochas

© Nova Aurora (MG)


Após o corte, as chapas passam por um desbaste superficial inicial
(levigamento) seguido por secagem em forno (ao fundo)
Acabamentos superficiais

• LEVIGAMENTO: a superfície é desbastada com abrasivos de


granulometria grosseira, tornando-se áspera, porém plana;

LEVIGADOS– Apenas os abrasivos grossos,


sem polimento, sem brilho. Superfícies são lisas
e muito porosas. Recomendado uso de selador.
Acabamentos superficiais

© Nova Aurora (MG)


Resinagem das placas, antes do polimento
Acabamentos superficiais

MASTICAGEM ou RESINAGEM: as irregularidades da rocha são


preenchidas por mastique. Executada antes do polimento.

Filme aplicado com mistura resina +


endurecedor. Tratamento de trincas e
fissuras em mármores e granitos .
Acabamentos superficiais
POLIMENTO: é obtido por abrasão até que todos os poros superficiais
sejam fechados e a superfície esteja lisa. Pode ser lustrado ou não, em
seguida.

LUSTRO: feito em máquinas Em indústrias de maior porte, o


lustradeiras que fecham os levigamento, o lustro e o
poros das pedras, dificultando a polimento são feitos em
absorção e propagação de politrizes com rebolos de
substâncias líquidas por granulometria grossa a fina.
capilaridade
Acabamentos superficiais

© Nova Aurora (MG)


Polimento com politriz automática
Acabamentos superficiais
• APICOAMENTO: torna a rocha rugosa e “antiderrapante”;

• é feito manualmente ou mecanicamente

• Face áspera se obtém através, por exemplo, de batidas de martelo


ou de outro objeto sobre a pedra.

• Realizado na indústria
Acabamentos superficiais
• FLAMEJAMENTO: somente para granitos, confere um efeito áspero
à superfície da rocha;

• A pedra é exposta a um maçarico.

• Alguns cristais de quartzo, feldspato e mica desprendem-se devido


ao calor, expansão e contração provocados pela aplicação
simultânea de água.
Processo de extração e
beneficiamento das rochas

© Nova Aurora (MG)


Manuseio e estocagem das chapas polidas
Processo de extração e
beneficiamento das rochas

© Nova Aurora (MG)


Estoque de chapas e linha de polimento (à direita)
Rochas Ornamentais – resumo
processamento
Propriedades
• Resistência mecânica – suportar cargas, sem entrar em
colapso;
• Resistência ao desgaste
• Dureza
• Porosidade e permeabilidade
• Densidade
• Absorção
• Durabilidade – manter propriedades físicas e mecânicas
(tempo, uso, meio ambiente)
• Trabalhabilidade – afeiçoamento com mínimo esforço
• Estética – fins de revestimento e acabamento
Microscopia óptica de luz Polarizada
 A luz polarizada é usada em microscópios
petrográficos para identificar e analisar
minerais.

 Produz contraste entre grãos cristalinos


com diferentes orientações no espaço. Isto
possibilita a visualização de bandas de
deformação e orientações preferenciais
(texturas), geralmente impossíveis de serem
vistas com iluminação convencional.

 São quatro os fenômenos que produzem luz


polarizada a partir de luz não polarizada, a
saber: absorção, espalhamento, reflexão e
birrefrigência (TIPLER,1995apudROSA,2008).
Elaboração de lâminas petrográficas

Rocha (amostra) sã – sem


tendência a desagregação.
 Corte de fatia em serra
diamantada;
 Lixamento manual em uma
politriz com carbureto de
silício;
 24 h na estufa;
 Colada com uma resina em
lâmina de vidro.
 Polimento até se obter a Politriz
espessura desejada.
Elaboração de lâminas
petrográficas

Material friável.
 Utilizado para ensaios de
porosidade, investigação de
fissuras, defeitos;
 A amostra é preparada com
resina – embutimento;
 É impregnado com corante (azul
serena) –(impregnação a vácuo);
 Adiciona-se resina.

Politriz
Etapas de preparação de lâmina delgada
Fases de processamento – de rocha a lâmina delgada

A – amostra
B – esquírola (um pequeno retângulo onde será colado Análise da
porosidade em
o vidro) sedimentos
C – colagem geológicos usando
D – amostra colada; a técnica de
microtomografia
E – amostra desgastada; computadorizada
F – lâmina delgada;
G – lâmina delgada polida e finalizada
http://www.con.ufrj.br/MSc%20Dissertacoes/2012/Dissertacao_Haim
on.pdf
Visualização da lâmina em
microscópio óptico.

http://www.con.ufrj.br/MSc%20Dissertacoes/2012/Dissertacao_Haim
on.pdf
escala de dureza de mohs. minerais arranjados de acordo com crescente
DUREZA dureza relativa (Fonte:Dietrich, R. V,; Skinner, B. J., 1924, p. 21)
Resistência à compressão uniaxial
• Esse ensaio busca encontrar a maior
carga por unidade de área que a rocha
podesuportar sem romper, ou seja,
possibilita a determinação da tensão de
rupturada rocha quando submetida a
esforços compressivos.
• Sua finalidadeé avaliar a resistência da
rocha quando utilizada como elemento
estrutural e obter um parâmetro indicativo
de sua integridade física para utilização
como
• revestimento de edificações.
Resistência ao congelamento e degelo
Os sistemas de tensões gerados pela expansão
do gelo, seguidos da distensão pelo
degelo, promovem lentamente a redução da
resistência das rochas ou até a sua
completa desagregação. Naquelas rochas que
apresentam como característica
uma alta absorção d’água e, como
consequência, grande quantidade de poros, o
enfraquecimento será ainda mais preocupante.

É um ensaio recomendado para as rochas


ornamentais que se destinam
a regiões que atingem baixas temperaturas,
bem como exportação para
países de clima temperado, nos quais é
importante o conhecimento prévio da
susceptibilidade da rocha a esse processo de
alteração.
Resistência à flexão (módulo de ruptura)
Esse ensaio consiste em avaliar a aptidão da rocha para uso em revestimento ou
elemento estrutural e também fornece um parâmetro indicativo de sua resistência
à tração. O ensaio de módulo de ruptura ou flexão por carregamento em três
pontos visa a determinar a tensão que provoca a ruptura da rocha quando
submetida a esforços fletores.
Flexão por carregamento em quatro pontos

Orienta o cálculo da espessura em função da área das placas de rochas que sofrem
esforços fletores, durante o transporte e após sua colocação em fachadas com a
utilização de sistemas de ancoragens metálica para sua fixação.
Coeficiente de dilatação térmica linear
Considerando que as rochas se dilatam e se comprimem, quando submetidas a
alterações contínuas e bruscas de temperatura, é bastante importante caracterizar
a reação do material rochoso a este parâmetro.
Estabelecer esse coeficiente é muito importante, pois ele definirá os espaçamentos
que deverão ser utilizados durante os procedimentos de assentamento.
Dilatação permanente
• Peças de diferentes rochas com 50 cm de espessura, quando aquecidas de
0ºC a 100ºC e depois resfriadas à temperatura original, mostram as
seguintes dilatações permanentes:

• Granito e mármore 0,22 mm


• Calcário dolomítico 0,17 mm
• Arenito 0,11 mm.

• Quando o aquecimento é levado a 800ºC e é seguido de brusco


resfriamento, os quartzitos e arenitos resistem bem, mas alguns granitos
fraturam-se.
Resistência ao impacto de corpo duro

Esse ensaio consiste em aferir a resistência da rocha ao impacto,


sendo determinada através da medição da altura de queda de um
corpo sólido que provoca ruptura do corpo de prova.
Resistência à abrasão (desgaste Amsler)

Esse ensaio visa a verificar a


redução da altura em mm que
a rocha apresentaria após um
percurso abrasivo. A medida de
desgaste é particularmente
importante para materiais que
se destinam a revestimentos de
pisos, uma vez que procura
simular em laboratório a
solicitação por abrasão, devido
ao tráfego de pessoas ou
veículos.
Determinação da velocidade de propagação de ondas
ultrassônicas
Permite avaliar,
indiretamente, o grau de
alteração e de coesão das
rochas, cuja relevância
consiste em ser um dos raros
ensaios não destrutivos
disponíveis para verificação
de propriedades rochosas.
Vários fatores influenciam a
velocidade de propagação de
ondas em uma rocha:
composição mineralógica,
granulação, textura,
tamanho, porosidade,
anisotropia,
temperatura ambiente etc.
Escolha da Pedra

Segurança Conhecimento
EMPREGO características
MATERIAL técnicas e econômicas
(análise petrográfica)
Economia

Alterabilidade da Pedra
ALTERAÇÃO característica
ROCHA agentes atmosféricos
agentes agressivos
propriedades
ação
FÍSICA QUÍMICA
Variação térmica Oxidação
Crescimento de Cristais Hidratação
CO2
Exemplos de aplicação
• Alvenaria
• Revestimentos internos e externos de paredes e pisos
• Pilares e colunas
• Tampos
• Bancadas
• Mesas
• Soleiras
• Acabamentos
• Arte funerária
• Esculturas, etc.
Alvenaria
Aplicaçõese-Cantaria
alvenarias e cantarias
 Construção maciça obtida pela associação de blocos de pedra
 Diferença entre alvenaria e cantaria está no grau de afeiçoamento dos
blocos e nos cuidados de execução
Alvenarias de pedra
Aplicações
 Secas
- alvenarias e cantarias
 peças colocadas superpostas e travadas pelo atrito
 diminuir as juntas e os vazios (distribuir uniformemente a pressão no
maciço)

 Argamassadas
 antigamente: cal aérea  resistências menores (resistência do
conjunto)
 Atualmente: argamassa de cimento
Alvenarias e cantarias
– Ordinária ou irregular ou sem aparelhamento
• Pedra é empregada como extraída
– Pedras toscas, irregulares, angulosas (forma ou dimensão) (1)
– Pedras roladas (2)
• Sem ordem definida (2)
(1)

– Regular ou com aparelhamento


• Apresenta fiadas horizontais
• Juntas verticais desencontradas
Cantarias
• Cantarias
– Pedras de granulação fina (calcário ou arenito)
– Facilidade de corte e manuseio
– Posicionamento e fixação pré-avaliados
– Pedras: faces planas e arestas vivas
– Maciço (parede) aparelhado nas 4 faces
– Cobrir ou matar juntas
• Disposição das camadas superiores e inferiores através de
atrito
• Atrito  proporcional à área de contato entre peças
– Esforços prejudiciais
• forças horizontais...
– Tensões nas paredes de alvenaria de pedra
Aplicações - Pavimentação

PARALELEPÍPEDOS
Meios-fios
Granito, basalto
Guias de pedra
Comprimento mínimo = 1 m
Largura = 15 cm
Arestas arredondadas
Aplicações - Pavimentação

PEDRA PORTUGUESA

Pedra portuguesa – desenho em ondas – Praça do Rossio, Lisboa, Portugal


www.cristovao1.wordpress.com
Praia de Copacabana - Wikipédia

LAJOTAS/LADRILOS
Mármores
Várias definições (comércio de rochas ornamentais)
• “Todas rochas carbonáticas”
• “Rochas metamórficas - principal mineral: calcita”
• “Rochas de composição carbonática, tanto as metamorfoseadas
quanto as não-metamorfoseadas” Cuidado!
Muitas vezes não é mármore
Características É calcário (sedimentar)
• Dureza mais baixa que o granito (calcita=3, dolomita=3,5-4)*
• Não exigem serras diamantadas para o corte
• Relativamente fáceis de cortar e polir
• Vulnerabilidade desgaste físico e reações químicas
• Mármores de granulação fina duram 50-100 anos
• Calcários fossilíferos 20-40 anos
• Teste de aquecimento (0 a 100ºC) - dilatação permanente =0,22
mm
Mármores

BRANCO CINTILANTE

CHOCOLATE BRASIL

ROSA CACHOEIRA

BEGE BAHIA
(Cachoeiro do Itapemirim - BA)
Mármores
Mármores
Mármores
Aplicações de Mármore
Aplicações de Mármore
Aplicações de Mármore

Piso em mármore branco com detalhe


em mármore marrom

Mármore colorido polido utilizado


para revestimento de parede
Tokyo, Japão
Mármores

Parede, piso e bancada


Parede e piso
Mármores – recomendações

 O mármore é utilizado especialmente em áreas internas:


São muito utilizados em banheiros e áreas sociais por sua
presença marcante.
 Onde NÃO utilizar o mármore?
 Bancadas de pias de cozinha, e churrasqueiras, pois vinagre,
limão, gorduras... podem manchá-lo facilmente;
 Pisos de alto tráfego, pois é necessária limpeza constante retirando
resíduos como areias e aplicações periódicas de cera;
 Não pode ser utilizado em locais que o expõe a produtos ácidos e
alcalinos, pois ocorrerá a decomposição do mármore e seu
desgaste e manchamento.
Granitos
Várias definições
• “Todas as rochas não carbonáticas” ou
• “Toda rocha silicática”
• “Rochas ígneas (magma)- principais minerais:
quartzo, feldspato, mica”
• “Rochas ígneas e metamórficas compostas por...”

Características
• Alta dureza dos minerais (quartzo=7, feldspato=6)*
• Exigem serras diamantadas para o corte
• Fisicamente difíceis de serem explotados e beneficiados
• Alto brilho no polimento, alta durabilidade mecânica
• Rocha ornamental de qualidade máxima
• Mais resistentes, junto com quartzito, resistem intempéries por
mais de 200 anos
• Teste de aquecimento(0 a 100ºC) dilatação permanente = 0,22
mm
*escala de Friedrich Mohs
Granitos
Granitos Vermelhos - Granito Vermelho Itu - feldspato
alcalino, Itu e Campinas (SP)

Granito Amêndoa Itu - Itu (SP)

Granito Azul Bahia - Itajaú do Colônia, Itapetinga,


Santa Cruz da Vitória, Itarantina (BA)

Granitos Pretos - Granito Preto Tijuca -


Rio de Janeiro (RJ)

Granitos Cinza - Granito Mesquita - (RJ)

Granitos Cinza - Granito Cinza Andorinha - (RJ)


Granitos
Granitos
Granitos
Aplicações

PISO cozinha

Granitos de várias cores para piso


e revestimento de pilar
Estação de Tokyo, Japão
Granitos

“Granito” - gnaisse polido,


empregado no piso do terminal
do aeroporto de Belém, PA.

Paragnaisse - “granito” - não polido


construção s´c. XIX, Museu Imperial,
Petrópolis, RJ
Granitos
Distinguindo MÁRMORES de GRANITOS
MÉTODO
Mármore
sim
Mais simples - riscar superfície lisa com metal
Granito
dureza não

Mármore
sim
Reação com ácido clorídrico - efervescência
Quartzito
limão não
Ardósias
Definição
• Rocha metamórfica sílico-argilosa formada pela
transformação da argila sob grande pressão e
temperatura, endurecida em finas lamelas.

Características
• Dureza baixa
• Não são adequados para polimento
• Podem ser envernizados
• Cores - cinza, preta, verde
Ardósias
SUGESTÕES - telhados, quintal,
salas, garagens (?), varandas,
calçadas (?), fachadas

envernizada
X
Ardósia cinza, polida,
contornada com madeira

Ardósia cinza e preta


MANCHAMENTO PROVOCADO
PELA UTILIZAÇÃO DE PELÍCULA
PROTETORA DE SINTECO
SOBRE PLACAS DE ARDÓSIA
VERDE (20X30 cm) REVESTINDO
ESCADARIA EM ENTRADA DE
PRÉDIO DE APARTAMENTOS
FOTO ILUSTRANDO PLACAS DE
ARDÓSIAS (20X20
cm) APRESENTANDO RISCOS, QUE
COMPROMETEM A
ESTÉTICA DA OBRA (FACHADA
COMERCIAL) - BOTUCATU, SP
Quartzitos
Definição
• Rocha metamórfica, constituída > 80%quartzo

Características

• Dureza alta
• Não são adequados para polimento - friáveis
• Podem ser envernizados
• Como granitos - resistem às intempéries ~ 200 anos
• Quartzito Micáceos - Pedra Caxambu, Pedras São Tomé -
maus condutores de calor
• Características físico-mecânicas ~ granito
• Características estéticas - mármore
São Tomé, Mineira, Goiás, Itacolomi e
Quartzitos Quartzito - São rochas flexíveis,
antiderrapante, muito absorventes e
Aplicação que não propagam calor. Indicadas
para o revestimento de beiras de
piscinas e áreas de lazer. A limpeza
• Calçadas em torno de
se faz com água e sabão, sendo por
piscinas (Caxambu, São
vezes necessária a contratação de
Tomé)
uma empresa especializada para uma
limpeza mais profunda com ácido
muriático pois mancha com
facilidade.

Quartzito Verde Quadrado

Quartzito Amarelo Quadrado


Quartzitos
Pedra Mineira

Pedra Luminária
Quartzitos
Pedra São Tomé

Pedra Goiás
Quartzitos
Pedra serrada, “cacos”

Pedras “Brutas”

SUGESTÕES - paredes, fachadas,


muros, lareiras, churrasqueiras (?),
pedra madeira (amarela, calçadas e cascatas piscinas, pilares,
branca, rosa e verde) jardins de inverno.
Basaltos
Basaltos

Basalto Fosco

Basalto Levigado

Basalto Lustado
Basaltos
Definição
• Basalto - entendido como diversos tipos de rochas
de origem vulcânica e cor usualmente cinza
• Diferem em sua composição (basalto, riolitos, dacitos,
riodacitos)
Caxias do Sul (RS)
Características Parede, pavimentação
• Dureza alta
• Muitos basaltos não podem ser
polidos (com dentritos - finas
películas superficiais)
• Aflorações - Sul Brasil
• RS - Nova Prata, Veranópolis
• Pedreira do Município NH
Arenitos
Definição
Rocha Sedimentar -
deposição de grão de
quartzo e argila
RS - grande área - Arenito
Botucatu = Pedra Grês
Sapucaia, Morungava, Taquara

Características

•Dilatação permanenete - 0,11 mm

Aplicação

• Fundações rasas
• Alvenaria
• Muros
• Calçadas (?) - NH - substituição
Nova Petrópolis (RS)
Arenitos - usos

 Usado apenas no estado bruto, é comercializado em placas e em


diversos outros tipos de corte.
 Quando utilizado nos calçamentos em conjunto com o basalto e o
mármore forma o chamado mosaico português.
 Pode ser usado também em paredes, conferindo um aspecto rústico
ao ambiente.
 Disponível em quatro cores: mostarda, branco, preto e vermelho.
 O assentamento é demorado e precisa de mão de obra especializada.
 A manutenção é fácil, mas precisa de limpeza e manutenção
constantes, sendo que algumas pedras do mosaico podem descolar
com o tempo.
 A limpeza requer apenas água e sabão.
Colocação - Fixação
• Argamassa cimento
• Argamassa colante
• Argamassa cimento + grampos
• Insertes
Manifestações Patológicas

EFLORESCÊNCIAS...

MANCHAS...

FISSURAS...
DESTACAMENTOS...
Algumas alternativas
 “Rochas fabricadas” (engineered stones)
• Qualidade, versatilidade de cores e formas, baixa
absorção de água
• Placas à base de pó de quartzo (até 94%), resina
polimérica (acrílica, polyester ou epóxi) e pigmentos
• Exemplos: Silestone, Zodiaq (DuPont), outros
• Placas à base de hidróxido de alumínio (Al(OH)3),
resina acrílica e pigmentos
• Exemplo: Corian (DuPont)
• Revestimentos cerâmicos
• Porcelanatos produzidos com alta tecnologia, simulando a
aparência de rochas naturais
Algumas alternativas

 Silestone

Corian
Algumas alternativas

Porcelanatos
Algumas alternativas

Concreto
Algumas alternativas

Concreto

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