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Extração e Beneficiamento de Rochas

Ornamentais
Pós-graduação em Aspectos Técnicos da Mineração de Rochas Ornamentais – Ifes Campus Nova
Venécia

Prof. Dr. Juliano Tessinari Zagôto


Pós-graduação em Aspectos Técnicos da Mineração de Rochas Ornamentais

AVALIAÇÕES
Nota

• NOTA FINAL = Frequência (25%) + Atividades AVA (75%)


Pós-graduação em Aspectos Técnicos da Mineração de Rochas Ornamentais

CONTEXTO HISTÓRICO,
INTRODUÇÃO, TERMOS E DEFINIÇÕES
Introdução

Encontrados blocos de Alabastro


e diversos Calcários Marmíferos.
Introdução
 GREGOS:
• Iniciaram o desenvolvimento da arte de esculpir o Mármore;

• Culto aos deuses – Estátuas;

• Monumentos e Templos;

• O mármore grego é símbolo dos grandes movimentos, como o Dórico,


Jônico e o Coríntio
Introdução
 ROMANOS:
• Mapeamento das regiões de mármore do Mediterrâneo (Oriente Médio,
Ilhas Gregas e Itália);

• Estabeleceu as categorias de profissões nos trabalhos das jazidas:


Extratores de Blocos, Esquadrejadores, Lapidadores (acabamento),
Polidores, Musivistas (Mosaicos).
Introdução
 BRASIL:
• o uso da pedra na construção só foi iniciado no período colonial;

• Os primeiros registros de pedreiras de mármore com produção são os de


Mar de Espanha, Sete Lagoas e Ouro Preto (MG) e Cantagalo e Italva
(RJ);

• A produção inicial de mármore no ES remonta a localidade de


Prosperidade, distrito de Vargem Alta. Com métodos rústicos de
produção, o transporte dos blocos era feito para Rio de Janeiro e São
Paulo para serem serrados;

• Na década de 1970, iniciou-se a produção também de blocos de granito


na região sul, em Cachoeiro de Itapemirim e outros municípios do
entorno, e na região norte, em Nova Venécia e Colatina; nestes últimos
com muito pouca produção.
Introdução
Praça Tiradentes – Ouro Preto (MG)

Mosteiro de São Bento – João Pessoa (PB)


Introdução
Definições
Para Mattos (2002), uma rocha para ser
considerada ornamental deve apresentar
como requisitos básicos: beleza estética,
ou seja, homogeneidade textural e
estrutural, e possuir características
tecnológicas dentro de padrões
aceitáveis pelas normas técnicas.

Frascá (2010) define que rochas


ornamentais são todos os materiais
rochosos aproveitados pela sua aparência
estética para utilização em trabalhos
artísticos, como estatuária, como elemento
decorativo e como materiais para
construção.
Definições
http://mineralis.cetem.gov.br/bitstream/cetem/1741/1/
CCL00090014_GLOSSARIO.pdf
Nomenclatura Comercial
• Na designação comercial das rochas ornamentais e de revestimento, os
termos utilizados para indicação do tipo de rocha estão associados a três
grupamentos litológicos composicionais:

 Rochas Silicáticas (“Granitos”);

 Rochas Carbonáticas (“Mármores”);

 Rochas Silicosas (“Quartzitos”).

Outras informações: LABTEC – UFMG: http://www.cpmtc-igc-


ufmg.org/labtecrochas/index-51.html
Rochas Silicáticas
• São rochas formadas por proporções variáveis de minerais silicáticos
(feldspatos, micas, anfibólios, etc.) e silicosos (quartzo), ou apenas
silicáticos, como granito, pegmatito (“feldspato”) e xistos (comercial).

• Alguns autores incluem nessa classificação ardósias serpentinitos


(também chamados de “mármores verdes”) e a pedra-sabão, outros
autores preferem classificá-las em um grupo a parte.
Rochas Silicáticas
• O termo granito é utilizado para identificar um amplo conjunto de rochas
silicáticas granulares e compactas, de estrutura orientada ou não,
formadas por diferentes associações de quartzo, feldspatos, micas,
anfibólios e vários outros minerais acessórios. São exemplos de
“granitos”:

 Charnockitos (granitos verdes, como Ubatuba e Labrador);

 Gabros (granitos negros, como São Gabriel);

 Sienitos (Azul Bahia e Ás de Paus);

 Rochas gnáissico-migmatíticas (Copacabana, CD, Black Taurus, Blue


Wave, Golden Thunder);

 Granitos (Vermelho Capão Bonito, Cinza Mauá, Branco Ceará).


Rochas Silicáticas

Materiais Clássicos
Rochas Silicáticas

Materiais Exóticos
Rochas Carbonáticas
• São aquelas rochas formadas por proporções variáveis de calcita,
dolomita e outros carbonatos, podendo conter subordinadamente
minerais silicáticos e/ou silicosos.
• Este grupo de rochas inclui o que comercialmente se classifica como
mármore, travertino, limestone (calcário), ônix (mármore ônix) e
alabastro.
Rochas Carbonáticas
• O termo mármore abrange todas as rochas carbonáticas,
metamorfizadas (recristalizadas) ou não, tanto de massa fina
quanto de massa grossa, capazes de desenvolver brilho em superfícies
polidas/lustradas, até sem aplicação de resinas.
• Calcita e/ou dolomita são seus principais constituintes, tendo-se
padrões cromáticos normalmente definidos por minerais acessórios.
• No Brasil temos os mármores Cachoeiro de Itapemirim, no estado do
Espírito Santo, e o mármore Branco Paraná, do estado do Paraná como
exemplos clássicos.
Rochas Carbonáticas
Rochas Carbonáticas
Rochas Silicosas
• São aquelas rochas essencialmente formadas por quartzo, quartzo
microcristalino, quartzo criptocristalino, cristais de quartzo, sílica amorfa,
metamorfizadas ou não, com quantidades subordinadas de minerais
silicáticos e/ou carbonáticos, abrangendo os materiais comercialmente
classificados como quartzito, metaconglomerado e quartzo.
• Estão aí representados:
 Quartzitos verdadeiros (arenitos metamorfizados):
 Arenitos;
 Cherts;
 Silexitos;
 Jaspelitos;
 Itabiritos;
Esses dois últimos, pelo alto conteúdo de sílica e elevada resistência abrasiva
Rochas Silicosas
• A semelhança com rochas carbonáticas é apenas visual, pois os quartzitos
são mais resistentes à abrasão e ao ataque de produtos quimicamente
reativos.

• Quartzitos maciços: o Azul Macaúbas, Azul Imperial, Nacarado, Louise


Blue, Arezzo, Rosso Fiorentino, dentre outros.

• Quartzitos Foliados: quando, pela presença de mica isorientada, permitem


laminação plano-paralela (desplacamento) com o uso de cunhas.
Rochas Silicosas
Pós-graduação em Aspectos Técnicos da Mineração de Rochas Ornamentais

MERCADO
Mercado
• Do ponto de vista mercadológico, os produtos do setor tem características das
manufaturas e não das commodities;

• Até para as rochas brutas comercializadas em blocos não têm preço fixado
em bolsas de mercadorias, dependem da percepção de valor estabelecido
pelos consumidores a partir de vantagens funcionais e/ou atributos estéticos
diferenciados/notáveis;

• Os preços dos produtos comercializados no mercado interno são portanto, de


maneira geral, inferiores aos comercializados no mercado externo, em uma
proporção de até 1:3, podendo variar para mais ou para menos dependendo
da rocha comercializada.
Mercado
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https://abirochas.com.br/wp-content/uploads/2024/03/Informe-01_2024-Balanco-2023.pdf

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