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DE SISTEMAS
Introdução
Os sistemas embutidos possibilitam que os computadores exerçam
controle em uma quantidade extensa de sistemas. Esse tipo de sistema
tem apresentado custo cada vez mais baixo e alto nível de acessibilidade.
Além disso, eles exigem um menor consumo de energia e se apresentam
de maneira mais compacta e com maior poder de processamento. Dessa
forma, o mundo fica cada vez mais conectado.
Neste capítulo, você vai estudar os softwares embutidos, analisando
suas características e necessidades. Você também vai explorar o desenvol-
vimento de projetos direcionados para sistemas embutidos e como esse
tipo de sistema está relacionado ao ambiente da engenharia de sistemas.
Você vai identificar os padrões de arquitetura, verificando como eles se
estabelecem e quais as suas principais características. Por fim, você vai
explorar a análise de timing, percebendo como ela se insere no processo
de desenvolvimento de um software embutido, e vai verificar o conceito
de sistemas operacionais de tempo real, analisando a sua funcionalidade.
Estímulo Resposta
https://qrgo.page.link/mLjBK
Padrões de arquitetura
De maneira conceitual, pode-se dizer que os padrões de arquitetura são
definições abstratas referentes às boas práticas de projeto, conforme aponta
Sommerville (2011). Esses padrões estabelecem como as arquiteturas de sis-
temas são organizadas e qual é a sua forma de utilização, abordando os seus
benefícios e desvantagens. Entretanto, um padrão de arquitetura não pode ser
analisado como um projeto generalista. Ou seja, o padrão deve ser aplicado
para compreender o funcionamento de uma arquitetura de maneira geral e
possibilitar que você crie o seu próprio projeto de arquitetura de maneira
específica.
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Assista à palestra Introdução ao Linux Embarcado, ministrada por Igor Tavares e disponível
no link a seguir. Nessa palestra, é demonstrado o cenário do Linux Embarcado atual e
são observadas as aplicabilidades e características desse sistema, especialmente no
que tange aos problemas relacionados à engenharia.
https://qrgo.page.link/93JFD
Análise de timing
Corrigir um sistema de tempo real envolve compreender como as saídas são
criadas. Nesse contexto, a análise de timing se insere como uma tarefa relevante
no processo de desenvolvimento de um software embutido. Nesse modelo
de avaliação, é possível medir a frequência com que o processo do sistema,
de maneira individualizada, é realizado, para assegurar que as entradas, em
sua totalidade, sejam processadas e que todas as respostas do sistema sejam
criadas dentro do período correto, conforme orienta Sommerville (2011).
Os resultados obtidos por meio da análise de timing são utilizados para definir
com que frequência cada processo será realizado, uma vez que esses processos
precisam ser planejados por meio do sistema operacional de tempo real.
Acesse o link a seguir e leia o artigo “Análise de requisitos temporais para sistemas
embarcados automotivos”, que apresenta as características e funcionalidades dos
sistemas automotivos embutidos.
https://qrgo.page.link/3ErVz
Arquitetura de softwares embutidos 11
Os processos e a alocação dos recursos para um sistema de tempo real são geridos por
um RTOS. Ele dá início e interrompe os processos, para que os estímulos possam ser
tratados e os recursos de memória sejam direcionados e processados. Os elementos
de um RTOS estão relacionados ao tamanho e à complexidade do sistema de tempo
real que está sendo criado. Segundo Sommerville (2011), os sistemas RTOS, de maneira
geral, incluem:
um relógio de tempo real, que disponibiliza informações cruciais para programar
os processos;
um tratador de interrupções, que administra requisições aperiódicas de serviço;
um programador, que tem a função de analisar os processos que podem ser rea-
lizados e selecionar um deles para execução;
um gerenciador de recursos, no sentido de direcionar os recursos de memória, um
processador, para os processos serem programados na execução, e um despachador,
responsável por dar início à realização dos processos.
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GAGNER, G.; GALVIN, P. B.; SILBERSCHATZ, A. Sistemas operacionais com Java. Rio de
Janeiro: Elsevier, 2008.
SOMMERVILLE, I. Engenharia de software. 9. ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2011.
TAURION, C. Software embarcado: oportunidades e potencial de mercado. Rio de
Janeiro. Brasport, 2005.
Leituras recomendadas
MENDES, A. Arquitetura de software. Rio de Janeiro: Campus, 2002.
PRESSMAN, R. S. Engenharia de software. São Paulo: Pearson Education do Brasil, 1995.