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Salmo 51
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
O salmo 51 (na numeração grega, salmo 50), tradicionalmente chamado de Miserere (seu
incipit em latim), é um dos salmos penitenciais.[1][2]
Seu texto começa com as palavras Miserere mei, Deus ("Senhor, tende misericórdia de mim"), o
que fez com que viesse a ser conhecido por Miserere, nome que o texto recebe, inclusive, quando
usado em diversas obras musicais.
Texto
O Salmo 51 foi escrito originalmente na língua hebraica, e está dividido em 19 versículos .[3]
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28/01/2024, 16:33 Salmo 51 – Wikipédia, a enciclopédia livre
19. Então te agradarás dos sacrifícios de justiça, dos holocaustos e das ofertas queimadas; então
se oferecerão novilhos sobre o teu altar.
Liturgia
Este salmo é utilizado frequentemente em diversas tradições litúrgicas, por sua mensagem de
humildade e arrependimento.
O versículo 15 é recitado como um prefácio à Amidá, a oração central do Sidur, a liturgia judaica.
No Agpeya, o livro de horas da Igreja Copta, o salmo é recitado em cada ofício ao longo do dia,
como uma oração de confissão e arrependimento.
No cristianismo ocidental, o salmo 51 também é usado liturgicamente. Na Igreja Latina este salmo
pode ser designado por um padre a um fiel como penitência, depois da confissão. O versículo 7 é
cantado tradicionalmente enquanto o padre asperge água benta sobre a congregação antes da
missa, em um ritual conhecido como Asperges me, duas primeiras palavras do versículo em latim.
O salmo 51 está também associado com a quarta-feira de cinzas.
Música
O Miserere foi um texto utilizado frequentemente na música litúrgica católica antes do Concílio
Vaticano II. A maioria dos temas, utilizados quase sempre durante o ofício de trevas, estão num
estilo falsobordone simples. Durante o Renascimento muitos compositores escreveram sobre o
texto. A primeira obra polifônica que o utilizou, provavelmente datada da década de 1480, foi feita
por Johannes Martini, um compositor que trabalhava para a Casa de Este, em Ferrara.[5] O
Miserere polifônico de Josquin des Prez, composto provavelmente em 1503 ou 1504, também em
Ferrara, foi inspirado, provavelmente, na meditação Infelix ego, composta no cárcere por Girolamo
Savonarola, que fora condenado à execução na fogueira cinco anos antes. Posteriormente, no
século XVI, Orlande de Lassus compôs um Miserere elaborado, como parte de seus Salmos
Penitenciais, e Palestrina, Andrea Gabrieli, Giovanni Gabrieli e Carlo Gesualdo também
escreveram música para o texto.[6] Antonio Vivaldi pode ter composto um ou mais Misereres,
porém estas composições foram perdidas, com apenas dois motetos introdutórios tendo
sobrevivido. Johann Sebastian Bach e Giovanni Battista Pergolesi também teriam composto
Misereres.
Uma das versões mais conhecidas é o Miserere composto no século XVII pelo compositor Gregorio
Allegri, da escola romana. De acordo com uma célebre história, o jovem Wolfgang Amadeus
Mozart, com apenas catorze anos de idade, ouviu a peça sendo executada na Capela Sistina, no dia
11 de abril de 1770, e, depois de retornar ao lugar onde passaria a noite, conseguiu reescrever toda
a partitura de memória. Mozart então teria retornado um ou dois dias depois para ouvir a peça e
corrigir os poucos erros de sua transcrição.[7] O fato do coro final incorporar uma harmonia de dez
vozes ressalta o prodígio do gênio do jovem Mozart. A obra também é conhecida por possuir
diversos dós altos nos solos dos sopranos infantis.
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28/01/2024, 16:33 Salmo 51 – Wikipédia, a enciclopédia livre
Entre os compositores modernos que escreveram versões notáveis do Miserere estão Michael
Nyman e Arvo Pärt.
Ver também
Livro de Salmos
Referências
1. Echegary, J. González et ali (2000). A Bíblia e seu contexto 2 ed. São Paulo: Edições Ave
Maria. 1133 páginas. ISBN 9788527603478
2. Pearlman, Myer (2006). Através da Bíblia. Livro por Livro 23 ed. São Paulo: Editora Vida.
439 páginas. ISBN 9788573671346
3. «Tehillim - Psalms - Chapter 51» (https://www.chabad.org/library/bible_cdo/aid/16272) (em
inglês). Chabad.org. Consultado em 14 de fevereiro de 2022
4. Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome
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5. Macey, p. 185
6. Caldwell, Grove
7. Sadie, Grove; Boorman, Grove
Bibliografia
John Caldwell: "Miserere", Stanley Boorman, "Sources: MS", Stanley Sadie, "Mozart, Wolfgang
Amadeus"; Grove Music Online, ed. L. Macy (Accessed November 25, 2006), (subscription
access) (http://www.grovemusic.com)
Macey, Patrick (1998). Bonfire Songs: Savonarola's Musical Legacy. Oxford: Clarendon Press.
0-19-816669-9 ISBN
Este artigo incorpora texto (em inglês) da Encyclopædia Britannica (11.ª edição), publicação
em domínio público.
Ligações externas
«Tehillim - Psalms 51 (Judaica Press)» (http://www.chabad.org/article.asp?aid=16272) (em
inglês)
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