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O canto Gregoriano

Trabalho realizado por: Beatriz Soares


Gabriel Teixeira
Hugo Linhares
João Oliveira
Ricardo Bernardino
Vasco Soares
Estrutura

- Introdução ao Tema
- O Canto Gregoriano
- Performance e Análise das Obras
- Stabat Mater
- Veni, Sancte Spiritus
- Dies irae
- Victmae Paschali Laudes
- Conclusão da Apresentação
Canto Gregoriano
Canto Gregoriano é o canto litúrgico próprio da Igreja Católica. É um gênero de música sacra
cristã que tem suas raízes em tradições musicais judaicas de recitação salmódica.

1. Originou-se como uma reformulação do canto eclesiástico romano por cantores francos,
durante o período carolíngio.

2. O canto gregoriano não foi criado especificamente por ninguém, e quando foi era por
anónimos, na qual se transmitia oralmente por toda a gente e era conforme os vários ritos que
existiam.

3. Acredita se que ao longo dos tempos as letras se permaneceram fieis já à melodia não se
permanece da mesma maneira.
Estilo Melismático

No cantochão, o cenário de texto caracterizado por grupos floridos de


notas chamadas melismas, cada uma das quais é cantada a uma sílaba,
como por exemplo na maioria das Kyries e Aleluias.
A música cantada neste estilo é dita melismática, ao oposto de silábica,
em que cada sílaba de texto corresponde a única nota. A música das
culturas antigas usavam técnicas melismáticas para atingir um estado
hipnótico no ouvinte, útil para cultos religiosos.
Sequências
Sequência é um canto do próprio da missa na liturgia da Igreja Católica. É um canto gregoriano com texto autoral,
diferente da grande maioria do repertório gregoriano que tem seus textos retirados da Bíblia, principalmente dos Salmos.

Este género de canto surgiu pelos meados do séc. IX onde foram desenvolvidas diversas melodias já existentes. Ao longo
desse período tanto a sua importância literária como a musical tiveram enorme impacto.

A sequência era um cântico silábico, isto é, não utilizava de melismas mas sim uma nota para cada sílaba.
Obras a apresentar:

01 Stabat Mater 03 Dies Irae


Victmae
02 Veni, Stancte
Spiritus 04 Paschali
Laudes
Stabat Mater

1. O hino chamado de dolorosa um dos mais pungentes e diretos poemas


medievais, medita sobre o sofrimento de Maria, a mãe de Jesus, durante a
crucificação.

2. Apresenta-se na extensão de 10 estrofes, mas há versões com 16.

3. Cada estrofe divide-se em 3 versos e apresenta sempre a mesma melodia.

4. A harmonia varia entre as estrofes. (1-3, 2-4, 5-7…)


Em pé, a Mãe dolorosa,
Quem não chora vendo Por culpa de sua gente Vira Jesus
chorando junto à cruz da Oh! Quão triste e quão isso: contemplando a inocente Ao flagelo submetido.
qual pendia seu Filho. aflita entre todas, Mãe Mãe de Cristo num
bendita, que só tinha suplício tão enorme?
aquele Filho. Viu seu doce nascido [filho]
De pé, a mãe dolorosa morrendo abandonado quando
junto da cruz, lacrimosa, Quem não se entregou seu espírito.
via o filho que pendia. Como suspirava e gemia entristeceria ao
[e tremia] Mãe Piedosa, contemplar a Mãe de
ao ver os sofrimentos de Criso, condoída com seu
Cuja alma gemente, seu divino Filho. filho?
entristecida e dolorida por
causa da espada que Quanta angústia não
atravessava. Quem haverá que resista
sentia, Mãe piedosa se a Mãe assim se
quando via as penas do conrista padecendo com
Filho seu! seu Filho?
Na sua alma agoniada
enterrou-se a dura espada
de uma antiga profecia. Quem homem não Pelos pecados de seu
choraria se visse a Mãe povo, viu Jesus em
de Cristo em tamanho tormentos e submetido
Oh, quanto triste a tão suplício? aos flagelos.
aflita ela estava, a mãe
bendita do Unigenito.
Veni, Stancte Spiritus

Veni, Sancte Spiritus, conhecida como a Sequência Dourada, é a sequência para


a Missa de Pentecostes. É geralmente considerada como uma das maiores obras-
primas da poesia sagrada latina até hoje escrita.

O hino foi atribuído a três autores diferentes, o Rei Robert II o Pio de França
(970-1031), o Papa Inocêncio III (1161-1216), e Stephen Langton (d 1228),
Arcebispo de Cantuária, do qual o último é muito provavelmente o autor.
Veni, Stancte Spiritus - Análise

O hino apresenta-se no modo de Ré, apresentando por vezes o Sib.

A cada duas estrofes a melodia muda, sendo a melodia das duas primeiras
estrofes igual ; 3ª e 4ª, 5ª e 6ª e por aí em diante.

Todas as melodias acabam na finalis (Ré), com exceção da melodia das estrofes
7 e 8 que termina na tenor (lá)
Vinde, Espírito Santo Sem a tua luz
enviai dos céus um raio de luz! nada o homem pode
nenhum bem há nele.
Vinde, Pai dos pobres lava o que é sujo
vinde, doador de dons rega o que é árido
vinde, luz dos corações. curai o doente.

Consolo que acalma Dobrai o que é duro


doce hóspede da alma aquece o que é frio
doce alívio. abre caminho nas trevas.

No labor descanso Dá aos teus fiéis


na aflição remanso que confiam em ti
no calor aragem. teus sete dons.
dai em prêmio da virtude
Enchei, luz beatíssima uma santa morte
chama que crepita alegria eterna.
o íntimo de nós.
Amém, aleluia.
Dies Irae

Dies Irae é um famoso hino, em latim, do século XIII. Pensa-se que foi escrito
por Tomás de Celano.

Sua inspiração parece vir da Bíblia, Sofonias 1,15–16

O uso principal é dentro da liturgia do réquiem, como Sequência, na tradicional


missa católica para os mortos, mas também algumas outras igrejas como a
anglicana usam o hino.
Esse dia é um dia de ira Como é um tremor
Terra em cinzas Esse dia é um dia de ira
Testemunhe Davi com Sibila Como é um tremor
Como é um tremor Esse dia é um dia de ira
Quando o juiz vem Como é um tremor
Tudo será estritamente Como é um tremor
discutido Quando o juiz vem
Esse dia é um dia de ira Tudo será estritamente discutido
Terra em cinzas Estritamente falando (estritamente
Testemunhe Davi com Sibila falando)
Como é um tremor Estritamente falando
Quando o juiz vem Estritamente falando (estritamente
Tudo será estritamente falando)
discutido Estritamente falando
Victmae Paschali Laudes

Victimae paschali é uma expressão antiga de o culto da Igreja durante a


Oitava Páscoa .

Permaneceu uma elemento oficial das liturgias da Páscoa desde a sua


composição no século XI.
Os louvores da vítima pascal O túmulo do Cristo vivo
Os cristãos são imolados. E vi a glória do ressuscitado.
O Cordeiro redime as ovelhas: Testemunhas angelicais
Cristo inocente do pai Um lenço e roupas.
Ele reconciliou os pecadores. Cristo minha esperança ressuscitou:
Morte e vida em um duelo Ele irá adiante de seu povo para a
Para se envolver em maravilhas. Galiléia.
Líder da vida morto Sabemos que Cristo ressuscitou
Ele reina vivo. Dos verdadeiramente mortos:
Diga-nos os mares Você, rei vitorioso,
O que você viu na estrada? Ter pena
Amén.
Aleluia.
E fim meus
Bibliografia:
caros <3
H. van der Werf: The Emergence of Gregorian Chant (Rochester, NY, 1983)

The new grove - Dictionary of music and musicians

História da Música Ocidental – Donald J. Grout/Claude V.Palisca (Gradiva)

Victimae – Graduele Romanum, Solemes, 1974, p.198

Stabat – Liber antiphonarius, Solemes 1960, p.672

Graduale simplex, Vatican, 1975, p.190

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