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1.

PRIMEIRA CONFUSÃO

Bem aqui estou eu olhando pra esse maldito caderno que todos chamam de
"diário" e que eu chamo de "desabafo dos desesperados".
Em minha opinião se você não quer ou quer se lembrar de algo você
simplesmente esquece ou deixa guardado na memória.
Mas meus pais e minha psicóloga acham que um diário é tudo o que eu preciso
pra desabafar, mas como posso fazer isso se não sei por onde começar?
Meus pais acham que eu preciso de uma psicóloga porque eu não estou lidando
bem com a mudança e com tudo que aconteceu na minha vida, na minha
opinião psicólogos e psiquiatras só fazem as pessoas se sentirem loucas, e acho
que ganhei esse caderno bobo por passar uma hora e meia na sala com um
"medico" e não dizer nada.
Não é que eu não lide bem com a mudança e com as coisas que aconteceram,
mas se mudar pra outro lugar porque algo de ruim aconteceu me deixa maluca,
e eu não me sinto bem aqui e onde é aqui exatamente? Do outro lado do
Planeta na Inglaterra, para ser mais precisa Londres, um lugar agradável se não
fosse pelo estranho clima, eu estaria mentindo se dissesse que não gostei do
clima, afinal esse clima chuvoso e sombrio combina muito com o meu humor
pela mudança.
Eu odeio esse lugar todo mundo me olha diferente só por que sou estrangeira.
Mas não me importo com isso, nunca me considerei bonita mesmo, sou
baixinha comparada os meus irmãos e por ser a mais velha isso me incomoda
um pouco, meus pais dizem que é porque puxei paras minhas avós tanto
materna quanto paterna que são baixas, mas me sinto frustrada pois minhas
irmãs tem o estereótipo modelo...Altas loiras e olhos claros e meu irmão
moreno alto e com um corpo avantajado pros seus 15 anos, isso nós somos em
quatro irmãos, três garotas e um garoto.
Acho que vou começar a escrever nesse caderno idiota antes de ir pra escola...
15 de abril de 2013
Querido caderno idiota...hoje faz um mês que me mudei pra Londres, e ainda
não fui pra escola ao contrário dos meus irmãos que frequentar a escola a
duas semanas, acho que meus pais não insistiram muito para que eu
começasse no mesmo dia que os meus irmãos, acho que eles queriam
respeitar meu tempo, mas por sorte vou estudar em uma escola diferente da
dos meus irmãos, e novamente acho que eles estão me dando espaço para
aceitar tudo, mais graças aos céus, é meu último ano e assim que me formar
vou voltar pro Brasil e fugir desse País estranho...País não imagino que estou
em uma galáxia distante da Terra cercada por alienígenas...Mas agora
preciso ir explorar o Planeta.
Fechei esse caderno idiota, peguei minha mochila e desci encontrando todos
na cozinha tomando café.
-Bom dia Lu – disse minha irmã Fernanda (17 anos um ano mais nova que eu)
-O dia nunca é bom quando temos que ir pra escola – falei
-Do que está reclamando você não vai pra mesma escola que a gente, e hoje é
seu primeiro dia de aula – disse Arthur (15 anos caçula)
-Cadê os nossos pais? – perguntei
-Foram trabalhar – respondeu Joe (Julie 15 anos gêmea do Arthur, mais
totalmente diferentes ele moreno ela loira)
-Eba – falei sarcástica
-Qual é Lu vai ser divertido – disse Fernanda
-Divertido é andar de montanha russa, isso esta mais pra consulta no dentista –
falei pegando uma maça.
-Não vai tomar café? – perguntou Arthur
-Não – respondi indo pra porta – Tenham um dia...legal na escola – falei
sarcástica.
Segui pro ponto de ônibus que ficava perto de casa, eu já havia decorado o
caminho até a nova escola mas nunca realmente havia ido pra escola pra
estudar, acho que por isso me deram esse tempo pra realmente começar a
estudar, a única coisa ruim, não mais uma das coisas ruins era que eu teria que
usar uniforme pra ir pra escola, e eu odeio isso ainda mais sendo ele uma saia
preta de pregas horrível, com uma blusa branca de mangas e um colete azul, e
um blazer preto, mas como eu sou do contra, estou com o uniforme e mais meu
casaco de capuz e botas sem salto, tudo bem não era nada rebelde o bastante
pra considerar um protesto, mas por hoje bastaria até arrumar algo mais
sofisticados pra amanhã, assim que subi no ônibus percebi os olhares sobre
mim, rolei os olhos peguei meu celular, coloquei os fones e liguei em uma
musica do Nickelback e me sentei no fundo do ônibus, e ele começou a se
movimentar e logo a algazarra dentro do ônibus voltou.
Depois de alguns minutos ele parou novamente, e um grupo de garotos entrou
no ônibus e todos ficaram em silencio.
Pra mim me parecia mais um grupo de idiotas, eles vieram direto pro final do
ônibus, com todas as garotas olhando para eles.
Eu simplesmente ignorei e voltei a olhar pela janela, e novamente o ônibus
voltou a se movimentar.
Eu estava tão concentrada em meu próprio mundo que me assustei quando
senti uma mão em meu ombro.
Olhei da forma mais feia possível pro ser que estava com a mão em meu ombro
e assim que seu olhar se cruzou com o meu ele deu um pequeno sorriso, e se
sentou do meu lado, eu apenas o ignorei.
"Garoto doido" pensei e segui olhando pela janela com a música no volume
alto, depois de uma meia hora o ônibus finalmente parou e todos desceram
rapidamente, mas o garoto do meu lado permanecia sentado impedindo minha
passagem.
-Com licença – falei
Mas ele não se moveu, o que me faz suspirar.
-Licença – pedi tentando ser gentil
Percebi então que o grupo de garotos também permaneciam ali.
Tirei os fones e olhei pro garoto, que sorriu.
-Se não vai me deixar sair, eu passo por cima – falei passando por sobre as
penas dele.
Mas ele me puxou me fazendo sentar em suas pernas, foi então que me lembrei
do motorista, olhei na direção dele mas ele não estava la, nunca se tem um
adulto quando se precisa de um.
-Você é bonita – disse ele colocando as mãos em meu quadril. Eu sorri e agarrei
seu membro com força apertando –o.
Ele arregalou os olhos já imaginando o que viria, aproximei meus lábios de seu
ouvido e sussurrei.
-Não me compare as garotas com quem você sai, eu sou diferente – e com isso
sai de cima dele praticamente correndo pra fora do ônibus.
Assim que estava longe o bastante do ônibus, coloquei a mão em meu peito
tentando acalmar meu coração.
Eu nunca fui uma garota má ou uma má pessoa mais odiava quando garotos
me tratavam assim, eu nunca pensei em namorados, apesar de já ter tido um,
eu geralmente sou tímida demais com garotos mas aquilo dentro do ônibus
com certeza me traria uma reputação, e eu odiava ser subjugada, ou que
alguém me determinasse pelo que via.
Depois de passar na diretoria fui pra sala, o professor ainda não havia chegado,
então fiquei do lado de fora alguns minutos até que ele chegou.
-Esta perdida senhorita? – perguntou ele de forma simpática
-Não – falei com um suspiro – Acabei de ser transferida pra ca sou Luani Angelis
Jonnis – falei
-Você é do Brasil? – perguntou ele
-Por ai – falei
-Vamos entrando então senhorita Jonnis – disse ele
Eu assenti e entrei e ele veio logo em seguida.
-Turma silencio – disse ele – Hoje temos uma aluna nova – disse ele
Todos na sala ficaram em silencio e dirigiram seu olhar a mim me fazendo
encolher.
-Turma essa é Luani Angelis Jonnis – disse ele – Espero que sejam legais com
ela – disse ele
-Sim –responderam todos
-Vejamos por que não se senta ali – disse ele apontando para uma carteira vaga,
era a quarta de trás pra frente.
Foi então que percebi o garoto do ônibus, ele estava sentado na carteira atrás
da minha.
"Ótimo" pensei
Segui pro meu lugar com a cabeça baixa e assim que me sentei o professor deu
inicio a aula, eu não prestava muito atenção, eu não queria estar nesse Planeta
estranho, que tive que aprender a língua, era chato e detestável, e pra aqueles
que queiram saber o idiota sentado atrás de mim tem cabelos pretos
arrepiados.
Depois das duas aulas chatas finalmente chegou o intervalo estava guardando
meus materiais quando o bobalhão do ônibus se aproximou.
-Desculpa por antes – disse ele
-Não – respondi me levantando – Pessoas como você me dão nojo – falei
-Não seja arrogante garota – disse ele – Você não sabe com quem esta lidando –
disse ele
-Serio – falei sarcástica – Se vai bancar o cara mau comigo perde seu
tempo...garotos como você, bancam o valentão apenas perto de garotas por
achar que somos fracas, mas se engana quanto a mim – falei saindo da sala
Sai da sala com a mão no peito sentindo meu coração acelerar novamente, eu
não posso me estressar ou forçar meu coração senão bum ele explode.
Talvez possa não parecer muito, mas eu sofro de arritmia cardíaca, e os
médicos falaram que eu não podia sofrer nenhum estresse ou acabaria
sofrendo um infarto, e ano passado fui internada por causa disso fiquei quase
dois meses em coma induzido enquanto os médicos tentavam me manter viva.
Mas voltando a escola, eu ainda estava meio perdida não sabia bem onde eram
as coisas, mas depois de alguns minutos andando finalmente achei a cantina,
não tinha muita comida que eu reconhecesse então fiquei com a maça que
havia trazido de casa e por sorte tinha uma máquina de doces onde peguei um
refri e sai da cantina, eu queria explorar mais aquele planeta estranho, e acabei
chegando no jardim, onde encontrei alguns alunos se pegando, rolei os olhos
afinal não importava o lugar do planeta os adolescentes sempre seriam os
mesmos.
Depois do intervalo segui de volta pra sala, onde a maioria dos alunos já se
encontravam.
-Oi – disse um garoto assim que atravessei a porta
-Olá – respondi, primeiro contato com aliem sorridente
-Você é do Brasil certo, como é la, por que se mudou pra Londres? – perguntou
ele tudo de uma vez – A é me chamo Dominic Smith – disse ele
-Prazer – falei
-Por que se mudou pra Londres? – perguntou ele novamente
-Meus pais quiseram vir pra ca e arrastaram meus irmãos e eu – falei
-Como era o seu colégio la no Brasil, de que parte do Brasil você é? –perguntou
ele tudo de uma vez de novo
-Como qualquer escola do Planeta...chato – falei – Paraná, mais antes de vir pra
ca eu morava em São Paulo – respondi
-Que legal, eu nunca sai de Londres, o Brasil parece um Pais legal– disse ele
-É sim – respondi sem animo algum
-Você não parece feliz – disse ele, deixando o sorriso desaparecer
-É não estou, eu não gosto daqui – falei – Todo mundo fica me encarando – falei
-É que você é diferente – disse ele – E devo acrescentar muito bonita
-O-obrigada – respondi um pouco corada
-Então...Luani seu nome é muito bonito – disse ele
-Obrigada, mas prefiro que chamem de Liu – falei
-Liu, então pode me chamar de Dom ou Miki – disse ele me estendendo a mão
-Prazer novamente – falei sorrindo
Dominic tinha um rosto diferente, tinha traços um pouco delicados para um
garoto mas não deixava de ser bonito ele tinha os cabelos loiros e uma boca
rosada muito linda, confesso que fiquei tentada a beijar. (Volta a realidade
garota)
-Então baixinho já esta se metendo com a garota nova – disse alguém atrás de
mim.
-T-Thomas – disse Miki, ele parecia assustado.
Virei-me dando de cara um rapaz alto cabelos pretos, que me olhou de cima
abaixo e sorriu maliciosamente.
-Hum – disse ele
-Tira uma foto que dura mais – falei sarcástica
-Não é má idéia – disse ele
Lancei ao idiota a minha frente o meu olhar mais maléfico e ele sorriu.
-Vaza nanico – disse ele olhando para Miki
-Não deveria falar assim com as pessoas é grosseria – falei
-N-não se preocupe Liu, não é nada – disse Miki
-Claro que é – falei
-Esta defendendo esse anão – disse ele com um sorriso
-Não é obvio – falei sarcástica
-Que seja – disse ele passando por mim e Miki
-Você não deveria ter feito isso – disse ele
-Por que não ele é só mais um idiota –falei
-Não, ele pertence ao N.G.B – disse Miki quase num sussurro
-Quem? – perguntei
-Vamos turma silencio – disse a professora entrando na sala
Eu segui pro meu lugar e Miki pro dele, percebi então que o idiota que se senta
atrás de mim não estava na sala.
A aula seguia normalmente até que ele entrou.
-Desculpa o atraso professora – disse ele de forma irônica
-Apenas entre Christopher – disse a professora
Então esse era o nome dele.
Ele seguiu pra carteira todo sorridente como se tramasse algo.
Eu apenas me concentrei nas aulas que por sinal passaram bem rápido na
minha opinião.
Quando estava saindo da sala encontrei com Miki que me acompanhou até o
portão, onde nos despedimos, vi o ônibus parado ali e suspirei. Decidi então
não ir de ônibus minha casa podia ser longe, mas não ariscaria ficar perto
daqueles dois idiotas, apesar do dia estar frio tomei coragem e comecei a andar,
peguei os fones e meu celular e liguei em uma música qualquer, levantei o
capuz do meu casaco e continuei andando apenas concentrada na música.
Depois de algum tempo andando já estava perto da minha casa, de repente tive
a impressão de estar sendo observada, olhei em volta e nada, deveria ser coisa
da minha cabeça.
Entrei em casa, e fui direto pro meu quarto sem me importar com minha mãe
me chamando.
Eu me sentia frustrada com o dia de hoje era obvio que a escola seria um saco,
mas não precisava ser tanto.
Tomei um longo banho e me deitei na cama.
-Luani o jantar esta pronto – disse minha mãe batendo na porta
-Estou sem fome mãe – respondi
-Como foi na escola? – perguntou ela
-Normal – falei
-Vou deixar um pedaço de lasanha pra você no micro-ondas – disse ela
-Esta bem – falei
Fiquei ali deitada olhando pro teto quando me lembrei do caderno debaixo do
meu travesseiro, peguei –o abrindo na ultima frase que eu havia escrito.
Mas agora preciso ir explorar o Planeta.
A exploração do Planeta foi completa, conheci três espécimes estranho Miki,
Thomas e Christopher, três pessoas diferentes, quem mais me chamou a
atenção foi Miki um alien muito legal, já dos outros dois não posso dizer o
mesmo Thomas e Christopher me pareceram dois idiotas principalmente
Christopher...Mas espero que a exploração do Planeta amanhã seja melhor
que a de hoje

2. CORAÇÃO E INIMIGOS

Depois de uma noite repleta de pesadelos acordei, mas me sentia cansada,


diferente da maioria das pessoas eu nunca despertava de um pesadelo em uma
parte crítica eu só despertava depois dele acabar...ou depois que alguém
acabasse morto, eu sempre acordava suada e com meu coração acelerado, e eu
sabia exatamente quais eram as causas desses pesadelos, e eu odiava isso.

Tomei um banho quente, e vesti o uniforme, coloquei uma meia calça por
baixo da saia e as botas e novamente o meu casaco, isso não parecia incomodar
as pessoas de la então não teria graça fazer um protesto.

Hoje tomei café da manha sozinha, todos saíram cedo, depois do café subi
pro meu quarto e peguei aquele caderno idiota, estava começando a gostar de
escrever nele.

16 de abril de 2013

Querido caderno idiota...Mais uma manhã idiota se inicia, e tenho certeza


que meu dia será chato e desanimado assim como minhas noites repletas de
pesadelos, eu sei qual é causa...mais sinto que nada que eu faça vá mudar o
que aconteceu e trazer ele de volta...

Deixei em aberto pro resto do dia.

Terminei de me arrumar e segui pro ponto de ônibus, era uma manha fria,
se fosse onde eu morava com certeza estaria quente, e pela expressão das
pessoas que passam pela calçada, esse frio não era esperado.

O ônibus chegou e eu me sentei no terceiro banco de trás para frente e fiquei


ali apenas curtindo as musicas do meu celular, e novamente depois de alguns
minutos o ônibus parou e o grupo de garotos entrou novamente, e dessa vez foi
um garoto de cabelos cacheados que se sentou do meu lado.

-Oi eu sou o... – Aumentei o som da música para não precisar conversar.

Senti ele tocar meu ombro e sorrir, como se esperasse alguma coisa de mim,
eu o encarei por alguns segundos percebendo como ele era fofo e tinha um rosto
bem infantil.

Ele então retirou os fones do meu ouvido e falou.

-Oi sou, Oliver mais pode me chamar de Ollie– disse ele


-Quem te deu intimidade pra tirar os meu fones? – perguntei seria

Ele abaixou a cabeça me parecia que ele havia ficado triste o que me
incomodou um pouco.

-Sou Luani – respondi pegando os fones que ainda estavam na mão dele.

Ele levantou a cabeça sorridente.

-Prazer – disse ele – Então Luani porque esta em Londres? – perguntou ele

-Meus pais acharam conveniente se mudar pra ca – respondi

-Por que? – perguntou ele

-Longa historia – falei

-Por que não a resume? – perguntou ele

-Se eu resumi você não entenderia – falei – Mais posso dizer que tem a ver
com o meu coração – falei

-Como assim? – perguntou ele

E nesse momento o ônibus parou.

-Outro dia te conto - falei fazendo menção em me levantar

-E eu vou cobrar – disse ele

-Sei que vai – falei saindo do ônibus

Segui reto pra sala onde encontrei com Miki, que assim que me viu sorriu.

-Bom dia – falei

-Bom dia – disse ele – Você esta bonita hoje – disse ele senti meu rosto
formigar no mesmo instante com certeza eu estava vermelha.

-É obrigada – falei indo pro meu lugar

Miki se sentava na fila ao lado da minha, ele parecia um cara inteligente.


Assim que o sinal tocou o restante dos alunos entraram na sala, e o
professor logo em seguida.

-Turma hoje teremos aula de educação física nas primeiras aulas – disse o
professor – Eu sei que vocês estão acostumados com a aula no último período,
mas tivemos algumas mudanças nos horários então a aula será agora – disse ele

Enquanto os alunos começavam a se levantar pude ouvir algumas


reclamações das meninas

Seguimos pra quadra Miki me mostrou onde era o vestiário onde troquei de
roupa e depois fui pra quadra junto de algumas meninas.

-Hoje faremos uma atividade diferente – disse o professor assim que todos
já estavam na quadra – Faremos atletismos hoje, garota contra garota e garoto
contra garoto – disse o professor

Como sempre a maioria das meninas começaram a dar seus pitis sobre
correr, apenas rolei os olhos, os meninos foram os primeiros, era volta de
duzentos metros o que na minha opinião não era muito longe, depois que o
professor deu a partida Christopher e Thomas chegaram empatados com Miki
bem na cola dos dois.

-Muito bem os três –disse o professor -Os três primeiros vão sempre
competir com os demais – disse ele

-Sim – responderam eles juntos

E assim foi Miki, Thomas e Christopher sempre chegam em primeiro.

Depois dos meninos foi a nossa vez, eu cheguei em primeiro e mais duas
garotas que não sei bem o nome chegavam sempre em segundo e terceiro, eu
corria bem mais evitava por causa do meu coração.

-Muito bem Luani – escutei alguém gritar

Procurei o ser que havia gritado e vi Oliver sentado na arquibancada


acenando feito um louco, eu dei um pequeno sorriso e acenei pra ele.
Continuamos correndo, na quarta vez que terminei a corrida em primeiro,
senti meu coração acelerar e uma tontura mais ignorei, e bebi um pouco de água
e logo me senti um pouco melhor.

Nos posicionamos pra quinta vez e assim que o professor deu a largada
saímos mais na metade do caminho senti meu peito apertar e acabei parando, e
indo de encontro ao chão com a mão no peito eu sentia como se meu coração
fosse explodir a qualquer momento.

-Luani – escutei Oliver

Minha visão começava a embaçar, droga eu estava tendo uma crise.

Fui caindo aos poucos e apaguei completamente.

PONT.CHRISTOPHER

Depois de ter conhecido aquela brasileira ontem fiquei fascinado e percebi


que Thomas também pareceu se interessar por ela, mais hoje quando entramos
no ônibus ela não estava no lugar de ontem, estava no terceiro banco de trás para
frente e Ollie se sentou ao lado dela, ela ignorava –o e confesso que aquilo me
agradou, depois de alguns minutos ele tirou os fones dela e disse algo, ela
respondeu fazendo - o fazer aquela carinha de choro, mas depois que ela disse
algo em resposta ele se animou e seguiram o caminho todo conversando.

-Se estou perdendo praquele cabelo de miojo vou ganhar de quem – disse
Thomas

-Tsc...esta interessado na garota? – perguntei

-Claro ela é maior gata – respondeu Thomas com um meio sorriso

-Com toda certeza – falei

- Ela me parece uma garota especial – disse Henry


-Com certeza é – falei – Foi a única garota que resistiu aos meus charmes –
falei

-Claro – disse Thomas – Você é irresistível...mais esta perdendo pro Ollie e


pro Miki – disse ele

-Não por muito tempo – falei

Depois de mais algum tempo chegamos na escola, Luani saiu rapidamente


do ônibus e nós saímos logo em seguida, fomos diretopra sala e la o professor
falou que teríamos educação física, seguimos pro vestiário e de la pra quadra,
onde o professor disse que faríamos atletismos, Thomas e eu ficamos empatados
todas as vezes junto com o incomodo do Miki .

Depois de terminarmos foi a vez das meninas, Luani sempre acabava em


primeiro.

Vi Ollie na arquibancada torcendo pra ela aquele nanico matando aula de


novo.

No meio da 5° volta Luani caiu com a mão no peito e logo desmaiou.

-Luani – escutei Ollie gritar.

Miki foi o primeiro a chegar nela.

-Professor ela não esta respirando direito – gritou Miki

Corri até onde Miki estava Thomas e Ollie estavam bem ao meu lado.

Luani estava um pouco pálida.

-Miki leve ela pra enfermaria agora – disse o professor

-Eu faço isso – falei levantando Luani em um movimento rápido e saindo


com ela dali, Miki , Ollie e Thomas me seguiam acho que eles tambem estavam
preocupados com a novata.

Assim que chegamos na enfermaria coloquei Luani em uma das macas e a


enfermeira logo veio examina –la.
-O que aconteceu com ela? – perguntou a enfermeira

-Ela desmaiou no meio de uma corrida na aula de educação física– respondi

-Alguém sabe o porque? – perguntou a enfermeira segurando o pulso dela

-Não sei – respondi

-Bem – começou Ollie– Hoje de manha ela me disse que tinha algo no
coração – disse ele

-Como assim? – perguntou a enfermeira

-Eu não sei ela só disse que tinha algo no coração – disse Ollie

-Bem o pulso dela esta um pouco irregular – disse a enfermeira – Meninos


podem sair – disse ela

-Por que? –perguntamos

-Eu preciso examina –la – disse a enfermeira

-N-não precisa –disse uma voz fraca

Olhei para Luani e percebi que ela estava abrindo os olhos.

-Mas preciso saber o que você tem – disse a enfermeira

-Não é nada de importante – disse ela com um suspiro

-Você tem problema cardíaco? – perguntou a enfermeira

Luani apenas desviou o olhar.

-Fez alguma cirurgia cardíaca? – perguntou a enfermeira

Luani apenas afirmou com a cabeça.

-Sabe que com isso você não pode fazer esforços – disse a enfermeira

-Olha é a primeira vez que isso acontecesse – disse ela – Sempre participei
das aulas sem problema – disse ela
-Talvez algo tenha acontecido ali dentro –disse a enfermeira – Recomendo
que seus pais te levem a um médico – disse ela

-Que seja – disse ela se levantando.

-Aonde vai? – perguntou a enfermeira

-Pra sala – respondeu ela como se fosse obvio – Miki me acompanha – disse
ela

-C-claro – gaguejou ele

-Você deveria ir pra casa – disse a enfermeira

-Se eu morrer prometo não culpar a senhora – disse ela saindo com Miki
bem em sua cola.

-Nunca vi alguem não levar a serio os problemas de saúde – disse a


enfermeira

-Isso pode ser muito ruim? - perguntei

-Como ela fez uma cirurgia, pode ser sim, ainda mais se a cirurgia tiver
menos de 6 meses – disse ela

-Tem algo que possamos fazer? - perguntou Ollie

-Como ela é amiga de voces, cuidem pra que ela não passe por nenhum
estresse ou se esforce desnecessariamente – disse a enfermeira

-Pode deixar que faremos isso – falei

Agradecemos e saimos da sala

-Voces dois estão interessados na saude da novata – disse Thomas

-Isso não te lembrou uma pessoa Thomas – falei

-Lembrou, por isso temos que ter cuidado pra não misturar as coisas – disse
ele
-Corta essa, voce tambem estava preocupado com ela – falei com um
suspiro

-Chris – disse ele

-Eu sei – falei com um suspiro

-Desde que ele não saiba esta tudo bem – falei

-Voces se preocupam de mais ele nem estuda aqui – disse Ollie

-E isso alguma vez impediu ele de invadir nossa escola e procurar briga? -
perguntei

-Não - disse Ollie

-Por ora vamos ficar de olho nele – falei com um suspiro

PONT.LUANI

Ótimo era tudo o que eu queria que descobrissem sobre o meu problema,
mais foi estranho, Ollie , Christopher, Thomas e Miki ali preocupados comigo.

-Tem certeza que não quer ir pra casa – disse Miki depois que sai do vestiário

-Tenho sim – respondi – E depois ficar aqui ou sozinha e casa da no mesmo


– falei

-Posso te fazer companhia – disse ele vermelho

-Querendo matar aula é? – perguntei

-Talvez – disse ele sem jeito

-Esta bem – falei – É melhor ter companhia do que ficar sozinha la – falei

-O-Ok – disse ele


Estava indo em direção ao portão quando Miki me chamou.

-Aonde vai? – perguntou ele

-Pegar o ônibus – falei como se fosse obvio

-Eu estou de carro vamos – disse ele

-Ok – falei

Miki e eu entramos no seu carro (um lindo volvo...Sim eu entendo de carro),


ele deu partida no carro e eu lhe disse onde ficava minha casa.

-Sabe moro a algumas quadras daqui – disse ele parando o carro em frente
a minha casa.

-Puxa que coincidência – falei

-Verdade – disse ele com um sorriso

Descemos do carro e entramos.

-Quer alguma coisa? – perguntei indo pra cozinha

-Água, por favor – disse ele

Depois que peguei uma garrafinha com água e uma lata de refri voltei pra
sala e Miki segurava um porta-retrato.

-O porta-retrato custou 10 reais – falei chamando a atenção dele.

-Sua família? – perguntou ele

-Sim – respondi

-Voce tem uma família um pouco grande – disse ele

-Eu sei – falei lhe entregando a garrafinha com água

-Você se parece muito com a sua mãe – disse ele pegando a garrafinha

-É o que todos dizem – falei


-Esse garoto também se parece com você – disse ele

-É eu sei – falei

-Suas irmãs são modelos? – perguntou ele

-Não – falei me sentando no sofá

-Você não parece se ligar muito a eles – disse ele colocando o porta-retrato
no lugar

-Eu gosto assim – falei bebendo um gole do refri

-Por quê? – perguntou ele se sentando do meu lado

-Depois que quase morri ano passado por causa do meu coração preferi, me
manter afastada – falei

-E o que você tem exatamente? –perguntou ele

-Sofro de arritmia cardíaca pra começo de tudo – falei

-Mas eu pensei que arritmia cardíaca fosse aceleração no coração quando a


gente participa alguma atividade de esforços – disse ele

-Tem a ver com isso também – falei – Mais o meu problema vai além disso –
falei

-Além quanto? – perguntou ele serio


-Ano retrasado fui diagnosticada com arritmia, ou seja, meu coração não
funciona corretamente. Quando acontece, os sintomas incluem uma vibração
ou dor no peito, desmaios ou tontura – Falei – Mais ano passado sofri um infarto
por causa de uma coisa muito ruim que aconteceu comigo...E depois de quase
ter morrido, eu percebi como meus pais sofreram então prefiro me manter
afastada pra se por um acaso eu morrer eu não fazer tanta falta assim – falei

-Isso é triste – disse ele – Independentemente de você se manter afastada


ou não eles vão sentir a sua falta – disse ele

-Eu sei mas eles vão superar – falei

-Perder alguém nunca é realmente superado – disse ele


-De qualquer forma prefiro assim – falei terminando meu refri

-Seus pais trabalham com o que? – perguntou ele

-Minha mãe é medica e meu pai advogado – respondi

De repente a porta foi aberta Miki e eu olhamos na direção da mesma e vi


minha mãe entrado.

-Lu – disse ela surpresa

-Oi mãe – falei

-O que faz em casa? – perguntou ela olhando para Miki que se levantou.

-Ola senhora sou Dominic Smith e vim acompanhar a Luani até em casa –
disse ele

-Prazer Dominic – disse minha mãe – Por que teve que acompanhar a Luani
– perguntou ela com o olhar preocupado

-Não foi nada –falei

-Mesmo? – perguntou ela olhando para o Miki

-Bem senhora Jonnis a Luani desmaiou na aula de educação física, e ficou


bem pálida – disse Miki e ela me lançou novamente um olhar preocupado – E
depois que ela foi pra enfermaria liberaram ela do restante das aulas...e eu fiquei
preocupado e então a trouxe pra casa – disse Miki aquele fofoqueiro

-Obrigada Dominic – disse minha mãe

-Não foi nada – disse ele – E como a senhora esta em casa agora eu vou
embora– disse ele

-Obrigada por se preocupar com a Luani – disse minha mãe

-Sem problemas senhora – disse ele fazendo uma pequena reverencia –


Tchau Luani nos vemos amanha – disse ele

-Se eu sobreviver – falei sarcástica recebendo um olhar feio da minha mãe


Miki então saiu e comecei a caminhar em direção as escadas.

-Parada ai mocinha – disse minha mãe

-Mãe – falei

-Então teve um desmaio você sabe como isso pode ser perigoso – disse ela

-Não foi nada eu devo ter corrido demais – falei – Não precisa se preocupar
– falei

-Lu...esta tomando os remédios pelo menos? – perguntou ela

-Sim mãe – falei – Não precisa se preocupar –falei subindo as escadas

-Mais tarde levo algo pra você – disse ela

-Esta bem – falei

Entrei no meu quarto fechei a porta e me joguei na minha cama.

-Miki fofoqueiro por que tinha que falar – pensei alto

De repente meu celular começou a tocar, era um número desconhecido


então não atendi apenas ignorei, mass ele continuou a tocar 1,2...5 vezes.

-Alo – falei irritada

-Esta melhor – perguntou uma voz masculina do outro lado

-Quem é? – perguntei

-Sou eu Ollie– respondeu ele

-C-Como conseguiu o meu numero? – perguntei assustada

-Sou um garoto esperto – tive a sensação dele estar sorrindo do outro lado
– Mas se sente melhor? – perguntou ele

-Sim – respondi

-Que bom – disse ele – Vai pra escola amanhã?- perguntou ele
-Não sei – respondi – Acho que sim

-Que bom...Fiquei preocupado quando te vi cair na pista hoje – disse ele de


repente comecei a escutar uma música ao fundo

-Onde voce esta Ollie? – perguntei

-Desculpa...Tchau Luani a gente se fala amanha – disse ele e desligou

-Mais é um idiota mesmo – falei jogando meu celular sobre a cama.

Fui pro banheiro e tomei um longo e demorado banho quente, depois que
terminei meu banho vesti meu moletom e voltei pro meu quarto me jogando na
minha cama.

Não conseguia parar de pensar em Ollie e onde aquele nanico estaria (nem
tanto assim ja que ele era muito mais alto que eu, mas como era mais novo, era
nanico), bem ele me parecia muito novo para ir a uma boate ou algo do tipo.

-Luani – escutei meu pai bater na porta

-Pode entrar pai – falei

-Como esta – disse ele entrando com uma bandeja

-Affs, mamãe já te contou foi? – perguntei me sentando na cama

-Sabe que ela se preocupa com você assim como eu – disse ele se sentando
do eu lado

-Eu sei – falei

-Trouxe um lanche pra você – disse ele colocando a bandeja na cama

-Estou sem fome – respondi

-Você precisa se alimentar – disse ele

-Eu sei mais estou sem fome – falei – Talvez eu beba o suco – falei e meu pai
sorriu.
-Tudo bem – disse ele – Descansa um pouco – disse ele beijando minha testa
e se levantando

-Boa noite – falei

-Boa noite – respondeu ele da porta saindo do quarto logo em seguida.

Peguei aquele caderno e continuei de onde havia parado.

“O que aconteceu não vai trazer ele de volta... Hoje foi um dia relativo a
tudo, confesso que me surpreendi por ter desmaiado hoje durante a aula fazia
tempo que não acontecia isso, e fiquei mais surpresa por ter gente que mal me
conhece se preocupar comigo se bem que eu não intendo porque eles se
preocuparam comigo, afinal não conheço nenhum deles bem o suficiente. E eu
também não sou a rainha da simpatia.

3.ANJOS DO NORTE VERSUS BLACK DRAGONS

Mais uma manhã chata de aula se dava início, e mais um dia torturante, eu
sentia em meus ossos que algo de errado iria acontecer hoje e então a primeira
coisa que fiz foi deixar uma frase de efeito no caderno idiota.

17 de abril de 2013

Tenho certeza que hoje o dia será imperfeito e que o céu limpo se tornara
escuro e pessoas de bem serão vitimas do mau...isso é minha única certeza...

E depois dessa frase idiota tomei um banho e me aprontei pra escola, e


como era de se esperar todos já haviam saído, por estudarmos em escolas
diferentes meus irmãos saiam antes de mim afinal a escola deles era mais longe
que a minha, e mamãe por ser medica sempre acabava em algum turno mais
cedo pra sempre estar em casa quando chego da escola, e papai costumava
seguir essa mesma rotina, já que o problema era sempre no fim do dia, peguei
uma maça, e sai em direção ao ponto de ônibus e fiquei ali, esperando - o até que
escutei uma buzina e uma voz familiar logo em seguida.

-Bom dia Luani – disse ele

-Bom dia Miki– falei

-Que tal uma carona pra escola? – perguntou ele se aproximando

-Adoraria – falei era melhor do que ir de ônibus com o idiota do Christopher

-Vamos então – disse ele abrindo a porta do carro pra mim.

Eu apenas assenti e entrei no carro.

-Miki posso te fazer uma pergunta – falei enquanto ele dava partida no carro

-Se eu puder ajudar – disse ele

-O que pode me dizer sobre o Yongguk e o troglodita que te assustou – falei

-Nada de bom sobre eles –disse ele

-Por que? – perguntei

-A verdade é que todos eles são arruaceiros e delinquentes – disse ele

-Todos eles? – perguntei

-Bem Christopher ou Chris como é conhecido é o líder dos Black Dragons e


logo em seguida vem o Thomas , Henry, Ethan, Nathan e o caçula Ollie– disse ele
– Todos são protegidos pelo Christopher, como eles se conheceram não me
pergunte...A única coisa que posso dizer é que existem boatos sobre eles serem
perigosos – disse Miki

-Mesmo? – perguntei – Que tipo de boatos? – perguntei tentando disfarçar


a curiosidade

-Bem o mais conhecido sobre eles é que eles são gangsteres e que adoram
pegar menininhas indefesas e sabe – disse ele
-Oh– falei surpresa – Mas e o Ollie? Ele me parece fofo demais para ser uma
pessoa ruim – falei

-Geralmente ele é um garoto normal mais quando está perto dos mais
velhos sua personalidade muda completamente – respondeu Miki

-Sei bem como é isso – falei

-Ah? – perguntou Miki

-Deixa pra la – falei

Ele então estacionou o carro na frente da escola e descemos, e no portão


estava Christopher e sua “gangue”.

-Luani – disse Ollie vindo em nossa direção

-Me chame de Liu – falei e ele sorriu – Ollie esse é meu amigo Miki– falei

-Oi Miki – disse Ollie sorrindo

-O-Ola – disse Miki de forma simpática

-Liu – disse Ollie de forma infantil – Gostaria de saber se você...bem...quer


almoçar com a gente – disse ele um pouco vermelho, o que me fez sorrir

-Gente? – perguntei

-Sim, comigo e o pessoal – disse ele

-Você eu e aqueles caras – falei com certa duvida

-É – disse ele com certo receio

-Não, obrigada vou almoçar com o Miki– falei

-Ah – disse ele – Mais o Miki pode vir também – disse ele

-Sabe seria legal se fosse só você e o Miki – falei – Mas já notei que você não
gosta de se separar dos ma...digo seus amigos, então quem sabe uma próxima
vez – falei saindo e arrastando Miki comigo
-Com certeza você vai se tornar uma lenda por aqui – disse Miki enquanto
entravamos na escola

-Por quê? – perguntei

-Você foi a única pessoa que eu soube que foi convidada para almoçar com
eles e recusou – disse ele – Mas voce recusou o convite pelo que eu disse? –
perguntou ele

-Não – respondi – Só não gosto deles – falei

Assim que entramos na sala o sinal tocou e o professor não demorou muito
pra chegar e logo atrás dele estavam Thomas e Christopher.

Ambos me lançaram um olhar estranho, que me fez franzir o cenho e dar de


ombro.

Voltei minha atenção pra aula até ser acertada por um pequeno papel notei
que havia algo escrito nele.

“Ollie ficou muito triste por você

Ter recusado o pedido dele .

Ass:Christopher”

Rolei os olhos e respondi.

Se ele quiser pode almoçar comigo e Miki, mas

Eu não almoço com vocês

E devolvi o papel pra ele, e a resposta veio logo em seguida.

“Transmitirei sua resposta a ele,

E sabe ele ficou preocupado com você

Ontem...E se foi pelo que eu fiz no ônibus peço desculpas

Queria apenas me divertir um pouco”


Depois de ler soltei um longo suspiro e mandei a resposta.

Não desculpo nada...

Eu sei que ele se preocupou...

E me pergunto como ele

Conseguiu o meu número...de qualquer forma diga ele

Que agradeço a preocupação...mas

Não quero ficar perto de pessoas como vocês.

E la foi o papel novamente, depois de alguns segundos escutei sua risada.

E o papel voltou a minha mesa.

“O que andaram falando sobre nós pra você?

Aposto que foi o seu amigo loiro ele deve ser

Um cara...legal, mas posso

Provar pra você

Que não somos más pessoas”

Li e rolei os olhos pude até imaginar a ironia em algumas palavras.

Miki não me disse nada, mas posso perceber apenas

Observando as atitudes das

Pessoas...Assim como as suas e as do troglodita do Thomas,

Só não intendo como uma

Criança como o Ollie anda com idiotas

Como vocês”
E devolvi o papel de certa forma eles me pareciam garotos normais, mas
nem tudo é o que parece.

E novamente o bilhete voltou pra mim.

“As vezes me pergunto o mesmo...mas Ollie é muito apegado

Ao Thomas e a mim.

Você não deveria julgar as pessoas pelo

Que ve, isso pode te

Confundir as vezes”

Porque ele não desiste, olhei para a professora que estava passando alguns
exercícios no quadro e respondi o papel.

É muito difícil eu me enganar sobre alguém...


E depois quando Ollie me ligou ontem

Pude ouvir uma música ao fundo,

E quando perguntei sobre isso ele não me

Disse nada apenas desligou.

Mandei o papel de volta e assim que o fiz tocou o sinal para o intervalo,
guardei meu material e sai acompanhada de Miki, seguimos pra cantina, e la ele
me explicou sobre a comida eu peguei um pouco de cada queria experimentar
tudo, agora que já sabia o que era, seguimos pra fora do refeitório onde também
tinha algumas mesas vazias, nos sentamos numa e começamos nosso almoço,
algumas das comidas eram gostosas outras nem tanto, afinal eram bastante
temperadas e bem diferentes da comida do Brasil.

Miki apenas ria

-Qual é a graça? – perguntei bebendo um gole do refri


-Você – disse ele – Tente comer com isso – disse ele me mostrando uma
folha verde no prato

-O que é isso? – perguntei

- É acelga...vou te ensinar nosso truque. – ele piscou, levantando o dedo


indicado, como se fosse me contar um segredo. Então pegou uma folha de acelga
e, segurando-a com a ponta dos dedos, começou a colocar a carne condimentada
sobre ela. Depois, enrolou-a com destreza e habilidade e indicou para que eu me
aproximasse e abrisse a boca para provar. Com um pouco de medo eu fiz.
Mastiguei com cuidado e observei que o que antes era ardido, agora era quase
refrescante. O sabor da verdura aliviava o sabor picante.

-Hum... – falei balançando a cabeça em sinal de positivo –Muito melhor –


falei

-Imaginei – disse ele

-Oi –disse uma voz bastante familiar

Me virei e vi Ollie , com uma bandeja nas mãos, ele sorria feito uma criança.

-Oi – respondi – Sente –se – falei

-Obrigado – disse ele se sentando do lado do Miki que se afastou um pouco

-Queria pedir desculpas – falei um pouco sem jeito

-Por que? – perguntou ele confuso

-Me disseram que você ficou chateado pelo que eu falei – falei sem jeito

-Mais quem....Chis– disse ele visivelmente aborrecido – Não tem pelo que se
desculpar... eu não fiquei, o Chris que é exagerado mesmo – disse ele

-É bom saber – falei sorrindo e ele me acompanhou.

-Olha se não é o mascote dos Black Dragons – disse alguém atrás do Ollie e
do Miki
Olhei por entre os dois e notei 6 garotos nos olhando.

-Era o que eu precisava – disse Ollie se levantando

-Ollie– falei

-Não se preocupe – disse ele sorrindo – Vejo que continuam idiotas como
sempre – disse Ollie

-Ora seu pivete – disse o moreno avançando um passo – Hoje seus amigos
não estão aqui pra te defender – disse ele

-Como se eu precisasse deles – respondeu Ollie colocando as mãos no bolso


da calça de forma despreocupada

-Ora moleque não me provoque – disse o garoto segurando Ollie pelo


uniforme

-Tire suas mãos dele – intervi

-Liu – disseram Miki e Ollie ao mesmo tempo

-E você quem é? – perguntou ele me olhando de cima em baixo

-Amiga do Ollie e se não solta –lo te acerto um belo de um gancho –falei,


sentindo meu coração acelerar

-Liu – disse Miki ficando do meu lado

-Agora achou outra pessoa que te defenda – disse ele encarando Ollie

-Eu não preciso que ninguém me defenda – disse Ollie se soltando dele – É
bom ficar bem longe...ou já se esqueceu da noite passada John – disse Ollie com
um sorriso irônico

-Ora seu – disse ele fechando a mão em punho e partindo pra cima do Ollie,
mas num movimento rápido puxei Ollie pelo braço tirando - o do caminho
fazendo com que o outro garoto acertasse o nada.
-Liu – disse Ollie ficando na minha frente –Não se meta – disse ele em um
tom serio e preocupado

-Como se eu fosse deixar você brigar e ficar assistindo – falei sentindo meu
coração bater mais rápido a cada segundo

-É você tem uma defensora agora – disse o ruivo avançando um passo – E


devo acrescentar bonita também – disse ele

-Parece que estamos em desvantagem – disse Miki

-Eu não diria desvantagem – disse Ollie – Afinal sou eu que eles querem –
disse ele

-Qual é o problema com vocês – falei – Por que sempre tem que brigar – falei

-Liu, seu coração – disse Miki

-Que se dane ele – falei – Ninguém vai encostar um dedo no Ollie enquanto
eu estiver aqui – falei ficando na frente de Ollie e encarando o moreno, que me
encarava com um meio sorriso

-Eu concordo – disse alguém atrás deles, aquela voz era inconfundível.

-Chris– disse Ollie

-Todos os idiotas estão aqui– disse o ruivo

Notei que Thomas e os outros três garotos que eu não sabia quem eram
ainda também estavam ali.

-Só você mesmo John, pra lutar 6 contra um – disse Christopher – Acho que
ainda não aprendeu a lição – disse ele com um sorriso sarcástico

-Acha mesmo que é capaz de me vencer idiota? – perguntou John

-Não só acho como posso – respondeu Christopher

-Vamos ver se é tão valente assim – disse John caminhando na direção do


Christopher
-Miki tira a Liu daqui as coisas podem ficar feias – disse Ollie

-Liu vamos – disse Miki me segurando pelo braço

-Mais – falei – Ainda estamos na escola – falei

-Liu sem discutir – disse Miki me puxando

Meu olhar cruzou brevemente com o de Christopher e depois com o ruivo.

Miki me arrastou até a sala.

-Menina o que você tem na cabeça? – perguntou ele

-Por que? – perguntei sentindo meu coração voltar ao normal

-Por que fez aquilo não deveria ter se metido – disse ele

-Não vai me dizer que eles são gangsteres também – falei me sentando no
meu lugar

-Por mais que você não queira acreditar eles são sim Black Dragon e Anjos
do Norte, são rivais – disse Miki

-Affs por que meus pais não me colocaram em um colégio normal – falei
deitando minha cabeça na mesa – Tinha que ser uma escola onde todos pensam
que são gangster...por que vocês garotos se deixam levar pela testosterona – falei

-Ei – disse Miki parecendo ofendido – Nem todos aqui são idiotas – disse ele

-Mesmo? – perguntei levantando minha cabeça

-Claro – disse ele sorrindo – Eu pelo menos sou uma pessoa legal – disse ele

-Verdade – falei – Você não tem muitos amigos ou tem? – perguntei

-Tenho sim – disse ele – Mais todos já se formaram...e são músicos – disse
ele

-E você é musico também? – perguntei

-Digamos que sim – disse ele sem jeito


-Adoraria ouvi –lo cantar um dia – falei, fazendo -o sorrir

-Pode deixar vou combinar um dia com eles e te chamo – disse ele

-Certo – falei

Então o sinal tocou e a professora entrou junto de alguns alunos, mais


Christopher e Thomas não entraram provavelmente deveriam estar brigando
aindae por algum motivo aquilo me incomodou, talvez por imaginar Ollie cheio
de hematomas.

As duas últimas aulas passaram lentamente, e eu não conseguia parar de


pensar naqueles idiotas, por que eu estava me preocupando com eles? Eu mal os
conhecia, mais que droga, porque eu tinha de ter esse maldito senso humanista
ainda mais com pessoas como eles que não passavam de brigões.

A aula finalmente terminou, dei graças por isso, sai da sala acompanhada
de Miki que agora se tornou meu melhor amigo nesse País.

-Vem eu te levo de carro – disse ele assim que chegamos no estacionamento

-Não precisa não Miki– falei – Não quero te incomodar – falei

-Morramos no mesmo bairro não é incomodo algum – disse ele com o


sorriso mais fofo do universo.

-Esta bem – falei sorrindo, o que fez ele sorrir ainda mais.

Entrei no carro e ele deu e segundos depois ele deu partida no mesmo,
seguimos o caminho todo em silencio, e depois de um tempo paramos em frente
a minha casa.

-Liu – disse Miki

Eu apenas o olhei.

-Não precisa se preocupar com Christopher ou Ollie, eles com certeza


devem estar bem – disse ele
-Quem disse que eu estou preocupada – falei cruzando os braços, devo ter
deixado transparecer.

-Eu estou vendo que esta – disse ele me olhando fixamente, senti meu rosto
formigar no mesmo instante – Talvez seja uma ideia errada minha...mas se você
esta gostando de um deles deveria se preparar, pois tenho certeza de que você
vai sofrer – disse ele

-Eu não gosto de nenhum deles – falei – Talvez do Ollie por me lembrar meu
irmão caçula mais fora isso nada – falei

-É bom saber – disse ele sorrindo – Nos vemos amanhã então – disse ele
beijando minha bochecha

-C-claro – falei mais vermelha que um pimentão

Sai do carro e fique observando Miki sumir rua acima com seu volvo.

Quando estava perto da porta escutei um carro frear bruscamente, me virei


e vi um geep parar em frente a minha casa e um grupo de garotos saiu reconheci
ser os garotos que procuraram briga com o Ollie.

-Finalmente encontramos – disse o Ruivo

Tentei entrar mas o garoto de cabelos pretos me puxou antes disso.

-Não dessa vez – disse ele

-Me larga – falei me debatendo contra ele

-Por muito tempo tentei pegar o Christopher e finalmente encontrei seu


ponto fraco – disse John se aproximando

-Se engana se pensa que assim vai atingir aquele idiota, eu o detesto e visse
versa – falei tentando me soltar do moreno.

-Isso é o que veremos – disse John – Niel leva ela pro carro – disse ele

-Com toda certeza – disse ele me puxando pelo braço


-Me solta – falei tentando me livrar dele

-Claro – disse ele me empurrando pra dentro do carro.

Assim que entrei no geep dei de cara com o ruivo novamente.

-Ola – disse ele com um sorriso malicioso

Tentei sair do carro mais o moreno entrou impedindo minha saída.

-Me deixa sair – falei

-Ricky podemos ir – disse Jonh que agora estava sentado do lado do cara
que havia me empurrado pra dentro do carro

-Certo – disse ele arrancando com o carro.

-Me deixa... – levei a mão no peito sentindo meu coração acelerar sendo
seguida por uma tontura, “droga” pensei

-Voce esta bem? – perguntou o ruivo parecendo preocupado.

-E o que te importa – falei vendo tudo começar a girar.

-Jonh ela não parece bem – disse o ruivo – Ei, o que você tem? – perguntou
ele

-Meu...coração – falei sentindo tudo girar e o ar começando a sumir

-John ela esta pálida – disse ele –Acho que ela vai... – e tudo se apagou

4. UMA DECISÃO IMPORTANTE

Aos poucos fui recobrando a consciência, eu sentia meu corpo um pouco


formigado eu sentia meu coração batendo normal novamente oque de alguma
forma me parecia bom, senti que estava sobre algo macio, depois de alguns
segundos abri os olhos e percebi que estava deitada em um tipo de colchonete
olhei mais atentamente para onde eu estava, e não era um lugar que eu gostaria
de morar, as paredes todas riscadas, o chão estava um pouco sujo, mas não tinha
ninguém o que me assustou um pouco, me sentei no colchonete, e pude perceber
um sofá uma teve vídeo games e um pouco mais afastado uma porta, depois de
alguns minutos observando a porta ela foi aberta e o ruivo entrou trazendo uma
bandeja.

-Que bom que acordou – disse ele sorrindo

-O-Onde estou? –perguntei me encolhendo um pouco

-No nosso esconderijo – disse ele se aproximando com uma bandeja –


Ficamos preocupados quando você desmaiou sorte que o John sabia o que fazer
– disse ele colocando a bandeja no chão e sentando - se de frente para mim.

-Sabe Christopher não vira me salvar – falei

-Quem disse? – perguntou ele

-Eu – respondi – Desde que comecei a estudar deixei bem claro que
detestava ele – falei

-Mais a recíproca pode não ser a mesma... – disse ele

-Luani – falei

-Prazer, sou Eric– disse ele

-Gostaria de dizer o mesmo – falei

-Você toma algum tipo de medicamento pro seu problema? – perguntou ele

-Yes – respondi –Mais estão todos na minha casa – falei

-Entendo – disse ele – Aqui tem um pouco de comida pra você se tiver com
fome – disse ele se levantando

-Posso saber pelo menos por quanto tempo vou ser prisioneira aqui? –
perguntei

-Não se preocupe não vai ser muito – disse ele saindo


-Affs – falei

De repente senti meu celular vibrar no blazer do uniforme sorri por ainda te
–lo comigo, peguei e percebi que havia varias ligações dos meus pais e algumas
mensagens do Miki e do Ollie também.

Primeiro os meus Pais.

Mãe, to na casa de uma amiga fazendo um trabalho pra escola não

Precisam se preocupar, eu estou bem

E trouxe meus remédios.

E enviei pra minha mãe, era obvio que eu estava mentindo mais não queria
dizer pra ela a verdade, ela seria muito pior.

As de Miki eram bem especificas era como se ele soubesse.

S.O.S, com problemas

Fui raptada pelos Anjos do Norte não se preocupe e não

Chame a polícia, ou avise meus pais...Já cuidei

Disso.

As de Ollie eram tão especificas quanto as do Miki até parecia que eles
sabiam que algo não estava certo.

S.O.S, com problemas

Fui raptada pelos Anjos do Norte...

Eles querem me usar pra chegar ao Christopher

Não sei exatamente onde estou...

Ollie...não precisa se preocupar

Só não se meta em problemas.


E enviei também, guardei o celular novamente no bolso antes que algum
deles aparecesse, e me tirasse ele.

Olhei pra bandeja a minha frente, com algumas frutas e suco, mas eu não
sentia fome, eu estava assustada e preocupada com o que poderia acontecer
daqui para frente, e eu sentia em meus ossos que seja o que estivesse por vir não
seria nada bom.

PONT.OLLIE

-Como assim os Anjos do norte levaram a Luani – disse Christopher


tomando o celular da minha mão, eu entendia e sabia do que ele tinha medo –
Eu juro que dessa vez eu mato o John – disse ele

-Calma Chris – tentei argumentar – Nem sabemos pra onde eles a


levaram...e nem ela – falei com um suspiro

-Droga– disse ele passando as mãos nos cabelos –Será que ela está bem
pelo menos – disse ele

-Acho que sim – falei – Eles nem devem ter notado o celular dela – falei

-Henry pode rastrear o celular dela? – perguntou Christopher

-Acho que consigo –disse ele – Eu preciso só do numero – disse Henry

-Aqui – disse Christopher entregando meu celular pra ele

Henry se aproximou do computador e começou uma busca (estávamos no


nosso esconderijo).

-Então? – perguntei

-Bem – começou ele olhando para nós – Ela está em uma área abandonada
do beco norte, mas é difícil de dizer o local exato, mas tenho certeza que está
perto de onde brigamos com eles da ultima vez – disse ele
-Então vamos começar por la – disse Christopher– Esta quase
amanhecendo vai ser mais fácil de rastrear – disse ele

-Certo – respondemos

Saímos em direção á área dos becos do lado norte de Londres, que era onde
ficava a boate onde nós e os Anjos do Norte frequentávamos.

Eu caminhava pelos becos perto de la quando algo me chamou a atenção


era o Eric , ele parecia apreensivo e caminhava rápido.

Comecei a segui –lo com cuidado, enviei uma mensagem pro Chris dizendo
a ele onde eu estava, continuei seguindo ele quando de repente senti uma forte
dor na cabeça e apaguei.

PONT.LUANI

Eu já estava cansada de ficar aqui, as vezes eu olhava as horas, e com


certeza já era de manhã, eles não ficavam muito tempo aqui comigo, acho que
vinham para se certificar se eu ainda estava viva, Eric me trouxe comida duas
vezes.

De repente a porta foi aberta e os dois morenos entraram carregando um


loiro, arregalei os olhos quando percebi quem era.

-Ollie– falei me levantando – O que fizeram com ele? – perguntei me


aproximando

-Nada, ainda– respondeu o mais alto jogando Ollie no sofá

Aproximei-me de Ollie e ele estava com um galo enorme na cabeça.

-Oliver, Ollie – falei sacudindo ele de leve, depois de alguns minutos ele
começou a acordar.

-L-Liu – disse ele um pouco grogue


-Graças a Deus – falei abraçando –o – Você esta bem? – perguntei me
afastando um pouco e encarando –o

-Sim – disse ele – Mais e você? Fizeram alguma coisa contra você? –
perguntou ele preocupado

-Fora me sequestrar...não – respondi

-Precisamos sair daqui – disse ele ficando de pé

-Não tão rápido Ollie – disse John entrando acompanhado dos outros.

-Você é mesmo um bastardo não é John –disse Ollie – Sempre fazendo mal
a pessoas inocentes – disse Ollie

-Quem você pensa que é pra usar esse tom comigo em Oliver Windson? –
disse ele avançando um passo, e eu me coloquei entre Ollie e ele –Você esqueceu
o motivo de tudo isso – disse ele parando

-Não me venha com essa historia de novo eu não estava aqui, eu só sei que
eles me cotaram – respondeu Ollie , agora fiquei confusa – Você adora se prender
aos fantasmas não é – provocou Ollie (até eu percebi isso)

-Ora seu moleque – disse ele

-Você deve pensar que é o único que já sofreu não é John –Ollie
praticamente cuspiu a ultima parte – Mais está errado novamente, e a maior
prova disso é a garota a minha frente...Como você pode, ela tem problemas
cardíacos – disse ele

-Ollie eles sabem disso – falei abaixando a cabeça

-Como? – perguntou ele preocupado

-Eu tive uma crise quando eles me pegaram – falei constrangida

-Luani – disse ele me abraçando por trás – Esta vendo John, ela podia ter
morrido e a culpa seria sua e desses cães que te seguem – disse ele
-Claro – disse John sarcástico – Já estou acostumado a ser culpado por tudo
– disse ele

-John –disse Eric – Christopher e o resto deles logo estarão aqui, precisamos
agir –disse ele

-Certo – disse John – Vamos temos muito o que planejar – disse ele saindo
acompanhado pelos outros.

-Você me deve essa e eu vou cobrar – disse Eric , eu o olhei e ele piscou pra
mim e saiu, senti meu rosto formigar.

-Luani – disse Ollie me virando de forma que eu o encarasse, ele era alguns
centímetros mais alto que eu o que me fez olhar para cima para encara –lo – Por
que não me disse antes...Você realmente esta bem? – perguntou ele

-Sim Ollie– menti, mas a verdade era que meu peito doía um pouco, e eu
sabia quais eram as causas – Será que vamos ficar aqui por mais quanto tempo?
– perguntei

-Não sei – disse ele com um suspiro –Mais acho que o pessoal já esta a
caminho – disse ele

-Como você pode saber? – perguntei me afastando dele, aquele contato


todo estava me dando calafrios

-Mandei uma mensagem pro Christopher antes de me acertarem – disse ele


– mais como agora estou sem meu celular deve estar com um deles – disse ele
irritado

-Ah – falei

-Devo dizer que deu um trabalho, encontrar você – disse ele

-Como assim? – perguntei


-Só não se zangue mais, mas rastreamos o seu celular até essa região – disse
ele – E agora intendo porque foi difícil achar o lugar exato – disse ele observado
tudo.

-Nem vou perguntar como vocês conseguiram isso – falei me sentando no


sofá

-Você deve estar curiosa pra saber o que rola entre nós eles – disse Ollie se
sentando do meu lado

-Talvez – respondi encarando –o – Mas não é da minha conta tenho meus


próprios fantasmas para lidar...não preciso de mais – falei

-Como assim? – perguntou ele

-Nem esquenta com isso são problemas meus – falei

-Tudo bem – disse ele – Mais se precisar eu estou aqui – disse ele

-Você meus pais minha psicóloga e todo mundo – falei soltando um longo
suspiro

-Psicólogo? – perguntou ele surpreso

-Longa e dolorosa, história – falei cobrindo meus olhos com o braço

-Por que não me conta – disse ele

-Ai esta uma coisa que eu pretendo nunca contar pra ninguém...Já basta
aqueles que sabem e vivenciaram – falei

-Sabe não deveria guardar todo esse fardo só pra você – disse ele tirando o
braço do meu rosto – Todos devemos falar as vezes por mais doloroso que as
palavras possam ser – disse ele

-Entenda Ollie eu não sou como vocês...e nunca vou ser...a única coisa que
quero é que esse ano termine logo, pra mim poder voltar pro Brasil, por que eu
sei que quando fizer 18 anos meus pais não vão poder me segurar mais aqui –
falei
-Você não gosta daqui? – perguntou ele parecendo surpreso

-“Não gostar” seria elogio eu detesto esse lugar, e a cada dia que passa
descubro novos motivos para odiar – falei

-Gostaria de poder mudar isso pra voce – disse ele com um longo suspiro

Ficamos em silencio até escutarmos um estrondo do outro lado da porta,


olhei para Ollie e ele sorriu, eu apenas balancei a cabeça, era obvio o que estava
acontecendo.

Ollie ficou de pé e foi em direção a porta, e tentou abri –la mais era obvio
que estaria trancada.

-Mas que droga por que eu sempre perco toda a diversão – disse ele
socando a porta na tentativa de abri –la

-Posso tentar? – perguntei me aproximando

-Va em frete – disse ele dando de ombro

Abaixei-me e olhei para a fechadura.

-Fácil – falei pegando o clip que eu mantia preso no blazer do uniforme pra
segurar o fone e o grampo no meu cabelo, que mantia minha franja longe dos
meus olhos, depois de alguns segundos – E prontinho – falei abrindo a porta e me
levantando

-Como você conseguiu? – perguntou ele

-Você não é o único a ter truques – falei piscando pra ele, grei a maçaneta
dando de cara com Christopher.

-Chris– disse Ollie

-Vocês estão bem? – perguntou ele olhando pra mim

-Sim – respondi

- E os Anjos da noite? – perguntou Ollie


-Fugiram, bem eu acho – disse ele

-E os outros? – perguntou Ollie

-Vasculhando o lugar – respondeu Christopher – Acho que já esta mais do


que na hora de levarmos a Luani pra casa – disse Christopher me encarando

-Também acho – disse Ollie

-Então vamos – disse Christopher

Saímos daquela sala e passamos por um longo corredor pouco iluminado,


e depois de alguns minutos estávamos fora daquele lugar, e la dei de cara com o
resto dos Black Dragons.

-Vamos as apresentações – disse Christopher – Ethan, Nathan e Henry,


gente Luani – disse ele

-Ola –falei

-Prazer – disseram os três ao mesmo tempo

-Podemos ir pra casa – falei

-Claro – disse Christopher

Entramos em um geep e seguimos pra minha casa, o caminho foi silencioso


e não era um silencio bom, acho que eles entendiam como eu me sentia e que
não estava a fim de conversar.

Depois de quase duas horas finalmente chegamos na minha casa.

-Obrigada pela....deixa pra la – falei descendo do carro e indo em direção a


porta.

-Luani – escutei Christopher me chamar o que me fez suspirar

Quando me virei percebi que ele estava muito perto.

-O que foi? –perguntei secamente


-Eu queria me desculpar pelo que aconteceu ontem – disse ele

-Se realmente quer se desculpar – falei – Fiquem longe de mim, eu mal


conheço vocês e já fui sequestrada por uma gangue e de quebra tem vocês que
não me deixam em paz...só finja que não me conhece – falei entrando em casa
sem dar tempo pra ouvir a resposta dele.

Segui direto pro banheiro e tomei um longo e demorado banho quente a


única coisa que eu queria era esquecer tudo,depois do banho vesti meu moletom
e me joguei na cama, assim que puxei o travesseiro para poder abraça –lo e
dormir,vi o pequeno caderno rosa ali suspirei pegando –o e vendo minha frase
ali.

17 de abril de 2013

Tenho certeza que hoje o dia será imperfeito e que o céu limpo se tornara
escuro e pessoas de bem serão vitimas do mau...isso é minha única certeza...

E com toda a certeza eu estava certa o dia de ontem foi um completo


desastre, e com toda a certeza ser refém de uma gangue não é legal, e as crises
só tem aumentando desde que me mudei pra ca...não melhor dizendo tem
piorado desde que conheci Christopher e sua gangue...mais hoje dia 18 tomei a
importe decisão de que de agora em diante vou fingir que não conheço nenhum
deles...Ollie me desculpe mais sei que vou magoar seus sentimentos com isso é
o melhor a fazer, pelo menos pra mim.

5. NOITE DIFICIL... DIA DOLOROSO

Foi á noite mais difícil que passei sentia como se meu coração fosse explodir
a qualquer momento, fui obrigada a chamar meus pais, que me levaram pro
hospital, e acabei passando por uma bateria de exames, até que me internaram
e me sedaram para fazer um cateterismo de emergência.

Acordei sentindo meu corpo pesado olhei mais atentamente e percebi que
ainda estava no hospital, eu preferiria que fosse apenas um sonho.
O quarto estava um pouco escuro e me obriguei a chamar por alguém.

-Mãe – chamei e minha voz saiu estranha

-Lu que bom que acordou – disse Fernanda se aproximando

-E a mãe? – perguntei

-Saiu pra comer, ela passa a madrugada toda aqui – disse ela

-Eu queria um pouco de água – falei

-Claro – disse ela me alcançado o copo, bebi toda a água de uma vez só

-Pode me alcançar meu celular – pedi lhe entregando o copo de água.

-Claro – disse ela

-Então alguém disse o que causou essa minha crise? – perguntei

-Pelo que eu ouvi...você passou por algo que lhe causou um grande
estresse...digo você se incomodou com alguma coisa – disse ela, eu sabia que era
uma pergunta

-Não que eu saiba – menti, eu sabia bem que algo tinha me causado e sabia
bem o motivo – Meu celular – falei esticando a mão

-Aqui – disse ela me entregando o aparelho – Eu vou la chamar a mãe esta


bem – disse ela

-Ok – falei, e ela saiu do quarto.

Eu sabia que eles deveriam estar no meio da aula, mas eu precisava avisar
o Miki , eu nem sabia bem o motivo, mas eu queria falar com Miki .

Oi Miki :)

Eu não quero que se preocupe ainda mais

Do que esta, mas estou no hospital, tive

Uma crise durante a noite, e queria que você


Avisasse os professores sobre minha falta hj

E enviei a resposta não demorou muito.

“Ok, eu ia te ver assim que as

Aulas acabarem...agora estou mais preocupado que

Nunca, e aposto que isso tem a ver

Com os Anjos do norte e os Black Dragons...droga

Não intendo como eles foram capazes

De te meter nessa confusão”

Pude sentir toda a raiva e frustração do Miki naquela mensagem.

Miki não precisa se estressar,

Isso sempre acontece comigo, só

Que dessa vez foi um pouco mais serio

Afinal estou no hospital...aguardo você então

E enviei.

Troquei mais algumas mensagens com o Miki. Mais não queria atrapalhar
suas aulas.

Como sempre ficar em hospitais era chato, os médicos vieram me ver


algumas vezes, meu pai ficou uma hora comigo, minha mãe um pouco mais, eu
dormi um pouco também.

Já estava anoitecendo quando o loiro entrou no meu quarto.

-Liu – disse ele sorrindo

-Miki– falei

-Como você esta –disse ele entrando no quarto


-Entediada, e morrendo de vontade de ir pra casa – falei

-Imagino – disse ele se aproximando – Posso perguntar uma coisa –disse ele

-Até imagino sobre o que seja – falei com um suspiro

-Então tem a ver ou não tem? – perguntou ele cruzando os braços

-Tem sim – respondi abaixando a cabeça – E quero que me prometa que não
vai contar a ninguém – falei

-Mais Luani – disse Miki

-Me prometa – falei encarando –o

-Liu, isso pode ser perigoso – disse ele se sentando do meu lado –Olha você
ficou nas mãos de gan...

-Miki por favor nem termine isso – falei um pouco baixo – Eu não quero que
meus pais saibam – falei

-Saibam do que – disse minha mãe entrando no quarto

-Nada – dissemos Miki e eu ao mesmo tempo

-Olá Dominici – disse minha mãe

-Olá senhora Jonnis – disse ele se levantando

-O que estão escondendo de mim? – perguntou minha mãe

-Nada – respondemos junto, nos entreolhamos e ficamos sem jeito

-Oh – disse ela sorrindo – Já entendi – disse ela sorrindo

-Não é nada disso mãe – falei entendendo onde ela queria chegar

-É verdade senhora Jonnis não é nada disso – disse Miki completamente


sem jeito

-Ok – disse minha mãe – Vou deixa –lós a sós – disse ela saindo

-Desculpa por isso – falei sem jeito


-Sem problemas – disse ele – Minha mãe é do mesmo jeito – disse ele
levemente corado.

-Não intendo essa pressa dela em me ver com alguém – falei

-Por quê? Você não tem ninguém em mente? – perguntou ele me encarando
– Ou, não achou o cara certo? – perguntou ele

-N-Não – respondi desviando o olhar, droga com certeza eu estava vermelha


– Só não quero me envolver com alguém – falei

-Do que tem medo? – perguntou ele virando meu rosto com delicadeza me
fazendo encara –lo

-Miki eu tenho muitas cicatrizes que não se curaram ainda – falei – E não
quero sofrer mais com isso – falei

-Luani – escutei alguém falar da porta

Miki e eu nos afastamos e vi Ollie e Christopher na porta.

Ollie parecia muito preocupado.

-Por que estão aqui? – perguntei

-Soubemos que você estava aqui – disse Ollie

-Miki – falei

-Eu não contei nada – se defendeu ele

-Então como souberam? – perguntei

-Ainda temos o seu numero – disse Ollie

-Isso é crime sabia – falei

-Desculpa mais como você não foi hoje – disse Ollie

-Miki , Ollie podem me dar licença quero falar com a Luani a sós – disse
Christopher serio
-Mas eu não quero falar com você – respondi secamente

-Vamos Miki – disse Ollie puxando o loiro, que me lançou um olhar sério

-Ollie deixe o Miki – mas já era tarde eles já haviam saído –Ótimo – falei
irritada

-Poderia pelo menos ter deixado eu me explicar ontem – disse ele se


aproximando

-Sim claro e você ia dizer o que “Luani me desculpa” ou “Não não foi minha
intenção não queria que nada te acontecesse” ou... – mais ele colocou o
indicador em minha boca me impedindo de continuar

-Você fala demais – disse ele – Eu me preocupei com você...tive medo deles
fazer algo contra você – disse Christopher

-Sabe isso é um pouco tarde – falei – O fato de eu estar aqui no hospital já


indica que eles fizeram algo contra mim...Sabe, odiei a ideia dos meus pais se
mudarem pra esse País e ainda mais agora por culpa de vocês e suas brigas tive
duas crises serias a primeira quando fui levada pelos Anjos do norte, e essa que
me trouxe pra ca – falei, eu me sentia frustrada e magoada

-Luani, eu já disse que eu sinto muito e me preocupei com você não quero
que nada de mau aconteça com você – disse ele

-Me poupe Chris você só deve ter se preocupado se acabaria sendo culpado
pela minha morte e acabaria preso – falei

-O que foi que você disse? – perguntou ele serio

-Que você estava preocupado em ser preso ou não – falei

-Essa parte eu escutei – disse ele –Mais do que você me chamou? –


perguntou ele, arregalei os olhos ao lembrar que havia chamado ele de Chrisi
meu Deus por que eu o chamei assim não tínhamos intimidade para eu dar um
apelido a ele.
-Desculpa –pedi – Sei que não somos tão íntimos assim para mim te dar um
apelido – falei

-Não, sem problema se você me chamar assim – disse ele – É que é a


primeira vez que alguém...depois da minha mãe que me chamou de Chrisi– disse
ele

-Hum – falei

E o silencio se fez presente no quarto era um silencio constrangedor, até


que fomos interrompidos pelo médico e meus pais.

-Boa noite senhorita Jonnis – disse o médico

-Boa noite – respondemos Christopher e eu juntos.

-Você também é amigo da Liu? - perguntou minha mãe

-Christopher Williams – se apresentou ele

-É um amigo da escola – falei – Então quando poderei sair? – perguntei

-Hoje mesmo – disse o médico – Só precisa ter mais cuidado, nada de


estresses ou fortes emoções, e continue com os remédios – disse ele

-Certo – falei – Sinto que tem algo mais – falei

-Daqui um mês quero que volte aqui pra mim examina –la e ver como esta
seu coração – disse ele

-Ok – falei me levantando

-Nós vamos la assinar os papeis da sua alta – disse minha mãe saindo e
arrastando meu pai, e o médico logo atrás.

-Finalmente vou poder sair daqui – falei já de pé.

-Você tem belas pernas – disse ele

-O que – falei
-Essa camisola de hospital revela mais do que deveria –disse ele com um
sorriso

-Ei – falei tentando ajeitar aquele pedaço de pano – Vira pro outro lado –
falei

-E perder essa oportunidade nunca – disse ele sorrindo

-Idiota– falei pegando minha bolsa e indo pro banheiro

-Posso te perguntar algo – disse ele do outro lado da porta

-Pergunte– falei

-Você e o Miki estão...namorando? – perguntou ele

-Pra que quer saber? – perguntei saindo do banheiro

-Só curiosidade – disse ele enterrando as mãos no bolso

-Mesmo? – perguntei –E tem uma coisa que quero lhe pedir – falei

-E o que seria exatamente? – perguntou ele

-Que pare de rastrear meu celular, e de assustar o Miki – falei

-Só isso? – perguntou ele

-Se eu mandar você pular de um precipício faria? – perguntei cruzando os


braços

-Se você pra salvar você sim – disse ele

-Não é pra me salvar – falei

-Então não – disse ele

-Então não posso te pedir mais do que isso – falei

-É justo – disse ele

Quando saímos do quarto dei de cara com Miki , Ollie e minha família.
-Nossa quanta gente pra saber se eu ainda não morri – falei sarcástica

-Luani – disse minha mãe

-O que – falei – Sou a rainha do sarcasmo – falei com um pequeno sorriso.

-Por que não convida seus amigos pra jantarem la em casa – disse minha
mãe

-A senhora acabou de convida –los – falei – Mais tudo bem...Gostariam de


jantar la em casa? – perguntei

-Adoraria – disse Miki

-Podemos Christopher? – perguntou Ollie

-Se não formos incomodar – disse Christopher

-De forma alguma –disse minha mãe – Seria um prazer conhecer os amigos
da Luani – disse ele

-E que amigos – falei baixo, Christopher sorriu imagino que ele tenha ouvido

-Bem como eu conheço o caminho posso levar a Liu no meu carro – disse
Miki

-Gentil da sua parte – falei

-Ollie e eu pegaremos carona com vocês já que nossa carona nos deixou
aqui – disse Christopher – Tem algum problema com isso Miki? – perguntou
Christopher

-N-não sem problemas – disse Miki

Miki e Ollie seguiram na frente, me deixando sozinha com o Christopher.

-Você deveria parar de assustar o Miki – falei

-E que culpa eu tenho desse moleque ser tão medroso – disse ele dado de
ombro
-Ele só fica nervoso quando esta perto de você e o resto do seu bando – falei

-Você gosta dele? – perguntou Christopher

-Claro ele é meu amigo – falei

-Você é cega por um acaso –disse ele

-Como é? – perguntei surpresa

-Você não percebeu que ele gosta de você? – perguntou ele

-Claro que sim eu também gosto dele – falei

-Aish menina, não é desse jeito...é tipo homem mulher – disse ele como se
fosse obvio

-Pois se engana – falei – E depois mesmo que ele gostasse eu não poderia
retribuir – falei

-Por quê? Gosta de outro? – perguntou ele

-Não – respondi – Só acho que namorar é perda de tempo e sempre acaba


machucando a todos no final – falei

-Por que pensar assim? – perguntou ele

-Muuuitos – falei

-Com certeza seu ex-namorado deve ter te traído pra você pensar assim –
disse ele

-Não – falei sentindo meu peito apertar

-Ele terminou com você...ou foi você quem terminou com ele – disse
Christopher

-Nenhuma e nem outra – falei sentindo um nó se formar em minha garganta

-O que foi então? – perguntou ele


-Meu namorado, morreu a seis meses num acidente de carro – respondi
sentindo algumas lagrimas escorrer

-Eu sinto muito – disse ele – Não foi minha intenção – disse ele

-Nunca é mais todos sempre acham que sabem de tudo – falei enxugando
as lagrimas

Seguimos pro estacionamento, e entramos no carro com Miki que deu


partida no mesmo.

O caminho foi silencioso ninguém dizia nada era constrangedor.

-Liu – disse Miki quebrando o silencio

-O que foi? – perguntei

-Toma – disse ele me entregando um envelope.

-O que é isso? – perguntei

-Leia – disse ele sorrindo.

Abri o envelope e dentro tinha uma carta...na verdade um convite, escrito


com letras douradas.

Você esta sendo convidado (a) pra primeira apresentação do grupo XYZ
no dia 20 de abril de 2013 no Coffee Shop as 19 horas a sua presença seria muito
bem-vinda.

XYZ

E como capa de fundo tinha a foto de Miki junto de mais 4 garotos.

-XYZ? – perguntei assim que terminei de ler

-É – disse sorrindo – É o nome da banda que meus amigos e eu


formamos...você vai? – perguntou ele
-Claro – falei –Mais não sei onde fica esse lugar – falei

-Eu venho te pegar as 18 hrs – disse ele parando o carro em frente a minha
casa

-Ok vou esperar então – falei descendo do carro.

Segui pra porta dando passagem pro Miki que foi seguido por Ollie e por
Christopher que parecia irritado, confesso que por um momento esqueci que eles
estavam no carro com a gente.

-Ow, Liu que casa enorme – disse Olli

-Obrigada – falei – Querem algo? – perguntei

-Não obrigado – disseram Ollie e Miki ao mesmo tempo, já Christopher


resmungou algo que não entendi.

Fui pra cozinha adiantar alguma coisa enquanto meus pais não chegavam,
não sabia bem o que fazer, então coloquei uma panela com água no fogão, acho
que macarrão é bom em qualquer País e tenho certeza de que minha mãe vai
fazer algo bem brasileiro mesmo.

Depois de alguns minutos eles adentraram, minha mãe veio direto pra
cozinha acompanhada do meu pai.

-Luani vai la pra sala não deixe seus amigos sozinhos – disse ela

-Eu sei mãe só queria adiantar algo – falei

-Eu sei – disse ela –Mas não deixe eles sozinhos –disse ela

-E espero que nenhum deles seja seu namorado mocinha –disse meu pai

-Ai velho, até parece – falei saindo da cozinha, eu sei que meu pai falou
aquilo pra me animar mais não funcionou muito.

Quando cheguei na sala meus irmãos conversavam animadamente com os


meninos mais Christopher continuava emburrado qual é o problema com ele
num minuto ta animado no outro ta com uma cara amarrada, o menino
complicado em.

O jantar foi servido as 20hrs (eu sei um pouco tarde), mas todos pareceram
gostar Ollie e Miki elogiavam a todo o momento, Christopher agradeceu uma ou
duas vezes no maximo, depois do jantar ficamos conversando mais um pouco,
Miki foi o primeiro a ir embora ofereceu carona a Ollie e Christopher, que
recusaram no mesmo instante, Ollie foi embora minutos depois, e meus pais se
despediram de Christopher e foram se deitar, meus irmãos fizeram o mesmo
deixando Christopher e eu sozinhos.

-Christopher eu te fiz algo? – perguntei olhando para minhas mãos

-Não – disse ele secamente – Por quê?

-Não consigo te entender – falei

-Como assim? – perguntou ele

-Eu digo pra você ficar longe, mas você volta...num minuto você esta feliz
no outro esta com essa expressão zangada – falei – Simplesmente não consigo
entender – falei

-Eu não aguento mais ver o Miki dar em cima de você de forma tão
descarada e você não notar – disse ele levantando meu queixo de forma que eu
o olhasse e nesse momento sua expressão era seria.

-Eu já te disse eu não o vejo dessa forma...eu simplesmente não consigo ver
outro garoto como namorado não agora Christopher– falei

-Você disse isso a ele? – perguntou ele

-Não – respondi tentando desviar o olhar, que Christopher não permitiu

-Pois deveria – disse ele

-Como se fosse fácil pra mim falar sobre isso – falei

-Então por que está falando disso comigo? – perguntou ele


-Como se você não parasse de me fazer perguntas – falei tirando sua mão
do meu rosto – Não entendo como consigo falar de certas coisas com você – falei

-A cada dia que passa tenho mais curiosidade sobre você – disse ele –
Gostaria que você soubesse tudo sobre mim...mais assim como você também
tenho meus próprios demônios para lidar – disse ele

-E por que não fazemos uma troca – falei

-Como assim? – perguntou ele

-Eu te conto um segredo meu e você me conta um seu – falei

-É justo – disse ele selando seus lábios aos meus, fiquei sem reação com
aquilo, era um simples selar, mas ainda assim era um beijo ele mantia os olhos
fechados, e depois de alguns segundos ele os abriu e se afastou – E assim selamos
nosso trato – disse ele

-O-ok – falei eu tinha plena certeza que estava completamente vermelha.

-Posso te pedir mais uma coisa –disse ele ainda a centímetros do meu rosto

-A-acho que sim – falei, droga para de gaguejar

-Me chame de Chrisi– disse ele –Christopher é formal demais – disse ele

Eu apenas assenti.

-Bem eu vou indo afinal a gente ainda tem aula amanha – disse ele se
levantando

-Ok – falei acompanhando –o até a porta

-Nos vemos amanhã no ônibus? – perguntou ele

-Eu vou com o Miki amanhã – respondi

-Tsc – disse Christopher – É mais divertido ir com ele?

-Talvez – respondi
-Entendi – disse ele sorrindo de lado – De qualquer forma nos vemos
amanha – disse ele beijando minha bochecha

-Boa noite Chrise– falei

-Boa noite Liu – disse ele sorrindo

Fechei a porta e fui direto pro meu quarto, por mais que eu quisesse
disfarçar um sorriso bobo permanecia em meus lábios, mais que droga...acho
que essa era a palavra certa pra definir Christopher, ele estava começando a me
viciar nele.

Peguei meu diário e me pus a escrever.

18 de abril de 2013

Hoje foi o dia mais estranho que já tive desde que cheguei a esse País,
Christopher (Chrisi) se mostrou completamente diferente do que eu imaginei
que ele seria, mesmo depois de eu ter pedido pra ele se afastar ele insistiu em
voltar, e se preocupar comigo, e hoje ele me beijou não diria exatamente um
beijo mas sim um selar mas um selar que tenho certeza que significou muito
para ele...Antony por que eu não consigo acreditar que você me deixou, mas
Chrisi, consegue me fazer esquecer de tudo, como se nada mais importasse,
não sei o que fazer, não quero voltar a me apaixonar, mas aquele garoto está
se tornando uma droga pra mim, queria tanto que você estivesse aqui
comigo...estar em seus braços sempre me deixa feliz, por que Deus tinha que
te tirar de mim, meu amor?

E assim conclui o dia que começou no meio da madrugada com uma crise...
6. LOVING YOU

Acordei feliz por finalmente ser sexta – feira, tomei meu banho e vesti
aquele uniforme feio e por estar frio me agasalhei bem, peguei meu diário e
comecei a escrever, confesso que estava gostando e era melhor que ir a
psicóloga, o que me desanimou afinal hoje eu teria que ir la.

19 de abril de 2013

Caderno bobo.... confesso que hoje seria um dia perfeito se não tivesse
que ir a psicóloga depois da escola e se não estivesse tão frio...droga eu detesto
o frio e acho que também não deveria ser época de frio por aqui, mas dever ser
culpa do derretimento das calotas polares, e droga terei que levar esse diário
pra aquela maluca...digo psicóloga....

Deixei em aberto para o final da tarde como eu sempre fazia, depois do meu
café solitário (como sempre), terminei de me aprontar peguei minha mochila e
sai pra fora, e quase voltei pra dentro quando vi Chrisi parado em frente uma
Mercedes BMW preta com um sorriso cínico no rosto.

-Bom dia Liu – disse ele se aproximando

-Bom...o que faz aqui? – perguntei

-Vim te buscar pra ir pra escola – disse ele

-Eu não disse que ia com o Miki– falei

-Já resolvi isso – disse ele

-Você o ameaçou? – perguntei cruzando os braços

-Não – disse ele –Mais disse que hoje você era só minha – disse ele, senti um
duplo sentindo por trás dessas palavras.

-Serio Christopher – falei ele fez uma careta – O que foi?

-Já não disse pra me chamar de Chrisi– disse ele

-Certo Chrisi– falei


-Vamos então – disse ele – Ou nos atrasaremos – disse ele abrindo a porta
do carro pra mim

-Ok, senhor cavalheiro – falei entrando no carro

Segundos depois ele entrou no carro dando partida e saindo pelas


movimentas ruas de Londres.

-Então roubou de quem esse carro? – perguntei quebrando o silencio

-Eu não roubei – disse ele sorrindo – Ganhei de presente do meu pai – disse
ele

-E seu pai é um gangster também? – perguntei

-Não – disse ele sorrindo – Meu pai é um empresário muito famoso por aqui
– disse ele

-E ele sabe que o filho é um gangster? – perguntei

-Existe mais coisa entre o céu e o inferno do que sua vã compreensão – disse
ele

-Isso me parece Shakespeare, mais não seria “Existe mais coisas entre o céu
e a terra do que sonha a nossa vã filosofia”? – perguntei

-Que seja, o caso é que temos um trato você me conta um segredo seu e eu
te conto um meu – disse ele

-Certo – falei – E o que gostaria de saber? – perguntei

-Como era seu namorado antes de morrer e vocês já haviam sabe – disse
ele, correi no mesmo instante.

-Isso vai permanecer um segredo – falei aposto que estava mais vermelha
que um pimentão

-Mas vai me dizer como ele era? – perguntou Christopher


-Bem Antony foi o cara mais gentil, inteligente e meigo que conheci...sabe
era um amor puro, começou quando eu o salvei de ser atropelado por um carro
desgovernado quando tínhamos 14 anos eu acabava de me mudar pra São Paulo
– falei me lembrando do dia – Foi estranhamente divertido ver como ele ficou
surpreso por ser salvo por uma garota e ficou me seguindo depois dizendo que
precisava me compensar por ter salvado ele – respondi sorrindo

-E foi assim que começaram a namorar? – perguntou Chrisi

-Oficialmente começamos a namorar quando eu fiz 15 anos ele tinha 16


anos...ele foi meu primeiro namorado devo admitir – falei

-Nossa deve ter sido incrível – disse Christopher

-E foi – falei com um meio sorriso, me lembrar dele ainda doia – Mas como
a minha vida não é um conto de fadas com finais felizes...Antony acabou morto e
eu acabei aqui em Londres – respondi

-Então foi por isso que você acabou aqui? – perguntou ele

-Foi – respondi –E você pode me contar por que essas história de gangue? –
perguntei

-Te conto depois – disse ele estacionando o carro – Chegamos – disse ele

-Ok – falei – Eu vou cobrar – falei

-Eu sei que vai –disse ele descendo do carro

Eu o segui, e logo senti ser fuzilada por muitos olhares, perto do portão
avistei Ollie e o resto do Black Dragon.

-Liu – disse Ollie vindo em minha direção

-Bom dia – falei

-Como esta? – perguntou Thomas

-Bem – respondi
-Sentimos muito sobre o corrido com os Anjos do Norte –disse Ethan

-Sem problema isso acontece muito – disse sarcástica – Tenho a leve


impressão de que todos estão olhando pra mim – falei me encolhendo dentro do
casaco

-É só sua impressão não é Christopher – disse Thomas

-Tanto faz – disse ele – Vamos ainda temos aula – disse ele se movendo

Eu fiquei um pouco mais atrás, e vi uma coisa que me chamou a atenção um


cabelo vermelho, que pertencia a alguém que eu conhecia bem.

-Eric– sussurrei

Ele pareceu compreender e sorriu.

-Quero conversar cm você – fiz a leitura

-Intervalo –falei e ele sorriu

-Liu – escutei Chrisi falar

-Eu? – perguntei

-Vamos ou vai se atrasar – disse ele

-Ok – falei

Seguimos pra sala Miki já estava.

-Bom dia Miki– falei me aproximando

-Bom dia Liu – disse ele – Meus amigos querem muito te conhecer – disse
ele

-Eu também quero muito conhece –los – falei

-Vamos turma silencio – disse a professora entrando na sala


Eu tentei o máximo prestar atenção na aula mais estava entediada e sem
vontade, e por sorte o tempo passou voando levando embora as duas primeiras
aulas junto com ele.

Sai da sala sem esperar Christopher, Miki ou mesmo Thomas e assim que
sai da sala senti alguém segurar meu braço e percebi que era Eric quem me
puxava.

Deixei-o me levar pra sabe –se lá onde, ele subiu inúmeras escadas até
finalmente parar em frente a uma porta e abri –lá, ele me puxou pra la e percebi
que estávamos no telhado.

-Por que trouxe pra ca? – perguntei desconfiada

-Não queria que seus amigos nos interrompessem – disse ele

-Por que não queria que eles atrapalhassem? – perguntei – Vai tentar me
matar? - perguntei

-Claro que não – disse ele me olhando sério

-Ok – falei – O quer então? – perguntei cruzando os braços

-Soube que você ficou no hospital ontem – disse ele sem jeito

-Foi sim – respondi

-E a culpa foi nossa? – perguntou ele

-Se eu culpar só os Anjos do Norte pela crise que tive no meio da noite
estaria mentindo – falei

-Eu peço desculpa em nome de todos – disse ele baixando a cabeça

-A culpa não é sua – falei – Vocês não poderiam adivinhar – falei

-Escutei quando aquele loiro disse algo sobre o seu coração quando
encurralamos o Ollie – disse ele
-Poderia ser qualquer coisa – falei sentindo o vento gelado arrepiar a minha
pele, me fazendo encolher dentro do casaco – Eu queria entender por que os
Anjos do Norte e os Black Dragons se odeiam tanto – falei

-Eu posso dizer apenas que é uma rivalidade entre o Christopher e o John –
disse ele

-Isso não ajuda muito – falei

-Eu sei que não mais não posso falar sobre coisas que não me
pertencem...Mas tem haver com uma garota – disse ele

-Uma garota – repeti sentindo meu coração apertar

-Já falei de mais – disse ele se aproximando – Você parece um pouco pálida
tudo bem? – perguntou ele

-Sim – respondi –É só que esta um pouco frio – falei olhando para o céu e
vendo-o carregado de nuvens cinzas

-Verdade esse frio é incomum para essa época – disse ele – Você e
Christopher estão namorando? – perguntou ele

-Não – respondi encarando –o

-E é namorada daquele loiro com cara de menina? – perguntou ele

-Também não sou namorada do Miki – respondi – Por que esse interesse? –
perguntei

-Curiosidade – disse ele

-Por que todos parece interessados na minha vida amorosa – falei me


aproximando da grade do telhado

-Quem foi o outro? – perguntou Eric atrás de mim

-Chris – respondi – Ele acha que o Miki da em cima de mim descaradamente


e eu não percebo – falei olhando as pessoas la em baixo
-E você goste de algum deles? – perguntou ele

-Não do jeito que eles esperam – falei me virando para encara –lo e percebi
qual próximo ele estava

-Por que tem outro em mente? – perguntou ele a centímetros do meu rosto

-Talvez – respondi

-Posso saber o nome dele? – perguntou ele quase em um sussurro

-Não – respondi no mesmo tom observando qual linda era a boca do Eric

-Posso cobrar uma coisa que você esta me devendo? – perguntou ele mais
soou mais como uma afirmação

-E o que eu estou devendo? – perguntei encarando –o

-No momento...meu coração – disse ele

-Por que? – perguntei

-Porque você o roubou de mim – disse ele selando seus lábios aos meus,
arregalei os olhos com a atitude dele, no começo era só um selar, mais logo ele
pediu passagem, eu não concedi, mas ele insistia tanto que acabei cedendo, ele
envolveu minha cintura com os braços, eu apenas fechei os olhos deixando -o,
conduzir o beijo, até sentir ele ser separado de mim bruscamente.

Abri os olhos e vi Ollie.

-Seu bastardo como ousa encostar na Liu – disse ele dando um soco em Eric

-Esta com ciúmes Ollie? – perguntou Eric se levantando e limpando sangue


que escorria pelo canto da boca devido ao soco.

-Você vai ver o que ciúmes quando eu acabar com a sua vida – disse Ollie
um pouco alterado

Foi então que eu esbocei alguma reação corri até Ollie e o abracei por traz.

-Ollie chega de brigas – falei


-Mais Liu – disse ele, ele parecia lutar para se acalmar

-Ollie, por favor – pedi

-Esta bem Liu – disse ele me puxando – Mais saiba que isso não vai ficar
assim Eric – disse Ollie saindo comigo

Quando descemos o terceiro lance de escadas me soltei de Ollie eu


precisava respirar.

-Ollie ...eu...não sou atleta pra descer tudo isso sem respirar – falei me
sentando nas escadas.

-Como aquele idiota te agarra a força eu deveria mata –lo com minhas
próprias mãos quando o Christopher souber vai arrancar a garganta dele – disse
Ollie, ele parecia tão irritado

-Você não vai contar pro Chris – falei

-Mais Liu ele...

-Não Oliver me prometa – falei preocupada, eu sabia que se ele contasse pro
Chris isso geraria mais brigas – Se você contar pro Chris eu nunca mais falo com
você – falei

-Mais Liu, como quer que eu prometa isso e se ele tivesse outras intenções
com você – disse ele –E se ele tentasse – disse Ollie agora preocupado

-Oliver chega – falei irritada – Se ele tivesse tentado ou não eu é quem lidaria
com isso não você...e depois eu estou meio do fogo cruzado entre duas gangues
e nem sei por que – falei frustrada, eu estava tão cansada dessa situação, era
como se eu fosse uma desculpa pros conflitos deles

-E se soubesse o que faria? – perguntou ele

-Me manteria longe como tenho tentado – falei com um suspiro – Prometi
que nunca mais me aproximaria de vocês...mais aqui estou eu quebrando uma
promessa – falei
-Liu – disse Ollie

-Quer saber é isso que eu vou fazer – falei ficando de pé – A partir de agora
nenhum de vocês existe pra mim – falei descendo as escadas um pouco
apreçada.

Assim que cheguei ao corredor esbarrei em Thomas.

-Cuidado ai – disse ele

-Desculpa – falei

-O Chris estava te procurando – disse ele

-Mande -o pro inferno que eu não quero nada com ele – falei me afastando

-O que aconteceu? – perguntou ele segurando meu braço

-Vocês aconteceram – falei me soltando dele e seguindo direto pra sala

Sentei-me em meu lugar e deitei minha cabeça na mesa e fechei os olhos e


comecei a contar pra ver se me acalmava.

-Liu – chamou alguém

Levantei a cabeça me deparando com Miki

-Eu – falei entediada

-Você esta bem? – perguntou ele

-Estou cansada – respondi

-Se quiser posso te levar pra casa – disse ele

-Não precisa não – falei

-Tem certeza? – perguntou ele preocupado

-Tenho – respondi com um sorriso forçado

Então o sinal tocou, e o professor entrou acompanhado pelo resto da sala


como sempre Chris e Thomas foram os últimos a entrar.
Depois que a aula começou uma folha caiu sobre a minha mesa, eu apenas
mandei de volta a seu dono sem nem ao menos abrir, ele mandou 1,2,3...10 vezes,
até que eu simplesmente joguei o papel dentro da minha bolsa, ele mandou
outro e eu fiz o mesmo até que ele desistiu.

As duas aulas passaram rápido e quando finalmente terminaram guardei


meu material super rápido e sai da sala deixando todos os três para trás, sai
andando mesmo afinal eu tinha que ir a psicóloga ela ficava a poucas quadras da
escola.

Segui o caminho concentrada apenas nas músicas do meu celular, depois


de algum tempo andado finalmente cheguei ao consultório, desliguei as músicas
e me sentei em uma cadeira e esperei.

Depois de algum tempo que cheguei ela me chamou.

-Luani Jonnis – disse a doutora Lee

Eu me levantei e apenas a segui, depois de alguns metros já estávamos em


sua sala.

-Boa tarde – disse ela se sentando em seu lugar atrás daquela mesa enorme
e colorida.

-Quanto mais tempo eu tenho que vir aqui? – perguntei cruzando os braços

-Não sei isso você me diz – disse ela

-Por mim eu nunca viria aqui – falei com um suspiro – Mas meus pais devem
achar divertido que eu precise conversar com uma estranha sobre coisa que eu
não quero falar – respondi, me sentindo frustrada novamente, eu não estava
pronta pra falar sobre o que tinha acontecido, e nem em como me sentia sobre
isso.

-Seu temperamento parece não ter mudado nada – disse ela

-Vamos la uma hora e meia sem eu responder a nenhuma das suas


perguntas –falei
-E o diário? – perguntou ela

-Vai bem quer mandar um recado – respondi irônica

-Seus pais me disseram que você teve duas crises essa semana algo tem lhe
incomodado? – perguntou ela

-Fora suas perguntas – respondi secamente

-E o relacionamento com seus irmãos como esta? – perguntou ela

Eu apenas a encarei com tédio

-E com os seus pais? – perguntou ela

-Você sabe as respostas pra todas as perguntas – falei

-Mais gostaria que você me falasse com se sente em relação as coisas que
tem acontecido com você – disse ela

-Como ainda sou uma pessoa educada não lhe falo grosserias – falei com
um suspiro – Mas se eu não falo com os meus pais sobre isso...realmente acredita
que vou contar pra você – falei sarcástica

-O intuito de você está aqui é esse – disse ela – De colocar pra fora tudo o
que esta acontecendo, a mudança, a perda – disse ela me fazendo fechar as mãos
em punho

-Então pode esperar ai sentadinha que eu não vou dizer nada – respondi

Passamos o resto do tempo nos encarando, até que ela finalmente me


liberou, eu odiava aquele lugar, meus pais não viriam me buscar então teria que
ir a pé mesmo.

Peguei meus fones e segui ouvindo música.

-This ain't a song for the broken-heartedNo silent prayer for faith-departedI
ain'tgonna be just a face in the crowd – eu ia cantando animada adorava aquela
musica do Bon Jovi
De repente senti meu corpo ser virado bruscamente me assustando,
percebi então que era Christopher e ele não parecia nada feliz.

Ele começou a falar coisas que eu não intendia.

-Espera – falei tirando os fones – o que você disse? – perguntei

-Como assim você vai se afastar de nós...Por que não respondeu aos
bilhetes? – perguntou ele

-A primeira pergunta responde a segunda – falei

-O Ollie esta muito triste com isso ele gosta muito de você – disse ele serio

-Eu sei – falei dando as costas pra ele

-Pra onde vai? – perguntou ele

-Pra casa – respondi

-Mas eu não terminei – disse ele

-Azar, eu já – respondi

-Liu o que o Eric te disse quando estavam no telhado? – perguntou ele, e eu


parei no mesmo instante

“Eu mato o Ollie” – pensei

-Nada – respondi

-Não minta pra mim – disse ele um pouco mais alto, me assustando – O que
ele te disse?

-Nada – respondi me virando – E o Ollie por que tinha te contar – falei

-Ollie, só me disse por que ficou triste com você – disse ele serio – Por que
aconteceu algo mais? – perguntou ele

-N-não – respondi – E se o Ollie te falou isso pergunta pra ele – respondi


voltando a caminhar.
-Mais que droga menina – disse ele segurando meu braço o aperto não era
forte mais era firme –Liu, por favor não se afaste...por que não me conta – disse
ele

-Você me deve um segredo ainda – falei

-E o que isso tem a ver? – perguntou ele

-Quem era a garota por quem você e o John brigam? – perguntei

-Isso eu não digo –disse ele

-Ótimo – falei me soltando dele –Diga ao Ollie então por que eu me afastei
– respondi

-Esta com ciúmes? – perguntou ele

-Eu com ciúme de você – falei irônica – Isso nunca – respondi

-Então por que se importa em saber quem é a garota? – perguntou ele

-Eu só queria entender por que vocês idiotas querem tanto se matar – falei
com um suspiro – E quero entender como eu acabei no meio dessa confusão -
falei

-É complicado de falar – disse ele dando de ombros – Posso te contar


qualquer outra coisa menos isso – disse ele

-Então tchau Christopher – falei

-Você é uma pessoa determinada – disse ele

Eu apenas ignorei e continuei caminhando.

Escutei passos rápidos atrás de mim mais nem me dei ao trabalho de virar
e olhar pra ele, e aquele maluco me virou novamente, mais ao contrário da última
vez ele não disse nada, apenas selou seus lábios aos meus ele permaneceu assim
alguns segundos até que pediu passagem mais eu neguei, mas ele era insistente,
eu tentei afasta –lo de mim mais ele me prendeu em seus braços, e depois de
alguns segundos acabei desistindo e deixei ele me beijar, eu o correspondi, por
que eu o estava correspondendo se com o Eric eu não correspondi por que pra
ele eu correspondi?

Depois de alguns minutos nos separamos por falta de ar ele permaneceu


com a sua testa colada a minha e não me deixando se afastar.

-Diga que não gostou – disse ele me encarando

-Eu não gostei – respondi secamente

-Você quem pediu – disse ele

E ele voltou a me beijar desse vez o beijo não era calmo era urgente e
desesperado ele me puxou para mais perto dele, me impedindo de fugir, o que
mais me irritava era eu corresponder porque eu correspondia?

E novamente ele se afastou por falta de ar.

-Seus lábios tem gosto de cerejas – disse ele – Diga que não gostou – disse
ele

-Me solta Christopher – falei tentando afasta –ló

-Diga que não gostou.

-Eu odiei – falei – E depois do que eu te contei você faz isso –respondi
sentindo as lagrimas vindo

Pareceu que ele recobrou o pouco juízo que tinha e se afastou.

-Liu...eu...eu...me perdoa – disse ele

-Va pro inferno Christopher – falei – Você e suas malditas desculpas – falei
saindo correndo dali.

Cheguei em casa e corri pro meu quarto me trancado la.

A única coisa que eu sentia vontade era de chorar, porque ele me beijou ele
sabia como eu me sentia ele sabia, eu não o culpo eu fui idiota e cedi a ele.

Depois de quase uma hora eu finalmente me acalmei.


Tomei um longo e demorado banho quente, e depois do banho vesti meu
moletom e me joguei na minha cama, meu celular piscava sem parar, peguei ele
e vi umas dez mensagens provavelmente era Christopher, ignorei todas, peguei
minha mochila e tirei os dois bilhetes do Yongguk.

1° bilhete

“O que foi que eu te fiz? Por que me mandou ir

Pro inferno, segundo o Thomas, seja o que

For não foi de propósito...”

“Da pra parar de devolver essa folha e ler a

Droga do pedido de desculpas...

Ollie parece zangado o que

Aconteceu no intervalo?

E por que você sumiu?

Se escondeu onde?”

2°bilhete

“Qual é Liu não gosto de ser ignorado,

Você esta me provocando menina...

Por que ninguém nunca

Conta merda nenhuma pra mim?

O Ollie estava espumando...

Vou perguntar pra ele, o que


Aconteceu, responde dessa vez menina”

Droga eu havia sido grossa com ele, mesmo que não tenha sido intencional
tudo o que eu queria era entender o que acontecia entre eles e por que eu estava
no meio desse fogo cruzado, mesmo que agora Chris merecesse minha raiva ele
não era totalmente culpado eu também correspondi.

Peguei meu diário e colei os dois bilhetes embaixo do dia de hoje e coloque
apenas uma pequena anotação.

...Da pra adivinhar que essa sexta não terminou nada feliz, mas eu sei que
daqui para frente tudo pode piorar e muito...Por que eu deixei o Eric me
beijar...E por que correspondi ao beijo do Chris?

Antony preciso de um sinal amor.

E assim terminei a anotação do dia de hoje.

Bom assim pensei até escutar um barulho vindo da minha janela, me


levantei e fui até ela e assim a abri algo pesado me derrubou tentei gritar mas a
pessoa me impedia, abri os olhos e percebi que era Ollie.

-Não grita – pediu ele num sussurro

E eu assenti e ele tirou a mão da minha boca.

-Seu garoto louco o que pensa que ta fazendo entrando no meu quarto
desse jeito – falei e então me lembrei que meu quarto era no segundo andar – Seu
louco você poderia ter caído e se machucado – falei

-Desculpa – disse ele – Eu não queria te assustar...e você não respondia as


minhas mensagens – disse ele

-Eram suas? – perguntei

-Claro esperava que fosse quem? – perguntou ele

-Ninguém não – falei – Posso te pedir só mais uma coisa – falei


-Claro – disse ele

-Sai de cima de mim – falei

-Oh, sim desculpe – disse ele se levantando

-Por que invadiu a minha casa? – perguntei

-Preciso de ajuda – disse ele preocupado

-O que foi? – perguntei

-O Christopher esta num bar bebendo muito – disse Ollie

-Isso não é problema meu – falei me levantando

-Liu, se ele se meter novamente com o álcool o pai dele vai mandá-lo pra
uma clínica no exterior ou coisa pior – disse Ollie

-O que quer dizer com coisa pior? – perguntei

-Da última vez que ele bebeu assim quase morreu – disse Ollie

-Ok – falei – Me leva até ele – falei saindo porta a fora do quarto sem me
importar em fazer barulho ou não

Ollie estava com a moto ligada...Como ele desceu tão rápido?

Ele me alcançou o capacete, eu o coloquei e subi na moto, e ele saiu com


ela cantando pneu.

Não sei pra onde Ollie estava me levando mais estava com um mau
pressentimento com o que estava por vir.

7. RAIN SOUND

Depois de algum tempo na garupa daquela moto finalmente Ollie parou ela
em frente ao que me pareceu ser um bar.
Eu desci e ele logo em seguida.

-Me leva até ele – falei

Ollie apenas assentiu e me conduziu pra dentro do lugar que confesso ter
sentido um pouco de nojo, afinal era a primeira vez que estava em um lugar como
aquele, logo avistei Thomas e os outros perto do que me pareceu ser um bar de
bebidas, a música era alta e insuportável.

-TROUXE REFORÇOS – gritou Ollie chamando a atenção dos 3 garotos que


sorriram ao me ver.

-Ele é todo seu – disse Thomas assim que me aproximei do lugar.

Eu apenas assenti.

-Eu sou um idiota mesmo...por que eu fiz aquilo – disse ele virando um copo
cheio de Deus sabe se la o que.

-Com toda certeza você é um idiota – falei me sentando do lado dele

Ele virou a cabeça e arregalou os olhos quando me viu.

-L-Liu – disse ele de uma forma estranha, com certeza ele estava pra la de
Bagdá como diria meu irmão – Por..que esta aqui? – perguntou ele

-Me falaram que tinha um idiota aqui e que estava incomodando os outros
– falei tirando o copo das mãos dele

-Me...de-desculpa – pediu ele

-Claro assim que você estiver sóbrio e limpo – falei olhando o estado
deplorável que ele estava, camiseta amassada cabelo desgrenhado e cheirando
a álcool

-Eu...e-eu não posso ir pra casa...o velho me mataria – disse ele bagunçando
os cabelos

-Eu imaginei – falei – Vem vamos pra minha casa – falei me levantando
-E os...seus pais? – perguntou ele

-Já devem estar chamando o F.B.I por eu ter montando na garupa de uma
moto no meio da noite sem dizer pra onde ia – falei

-Eu sou...eu...você me odeia... primeiro ela e agora você – disse ele

-Chega de monólogos por hoje, vem eu te ajudo – falei apoiando o braço


dele no meu ombro, Thomas veio e apoio o outro braço dele e saímos de la
arrastando o Chris.

-Eu te amo Thommie você sempre este comigo –disse Chris

-Eu sei que você me ama Chris mais se me beijar te soco nos países baixos –
ameaçou Thomas

-Eu..b-beijei a Liu e...ela não fez isso ela d-deveria ter me acertado mesmo –
disse Chris e senti meu rosto formigar – Mas ela me acertou aqui dentro – disse
ele tentando apontar pro peito

-Chega Christopher– falei

-Você viu Thommie ela nem me chama mais de Chrisi– disse Christopher

-Aonde esta o carro de vocês? – perguntei

-Ali – apontou Thomas

Colocamos Christopher no banco de trás com ele murmurando alguma


coisa

-Obrigado por ter vindo não era sua obrigação – disse Thomas

-Em parte a culpa é minha também – falei com um suspiro

-Mesmo assim – disse Ethan – Você não tem responsabilidade sobre aquele
idiota – disse ele apontando em direção ao carro

-Ollie me disse sobre o pai do Chris – falei com um suspiro


-Ele é um homem bem rígido e o Chris é seu único filho e herdeiro e ele quer
o melhor pra ele – disse Nathan

-Eu entendo – falei – Mesmo assim não entendo esse lance de gangue – falei

-Se alguém for te contar essa historia direito esse alguém tem que ser o
Chris...só ele pode te contar por tudo que passou e o que realmente aconteceu –
disse Nathan

-Entendo que vocês o amem e querem o bem pra ele, mas deveriam parar
com essa idiotice de gangue alguém pode acabar se machucando de verdade –
falei

-A gente sabe – disse Ollie

-Então – falei – Alguém pode nos levar pra minha casa? – perguntei

-Sabe dirigir? – perguntou Thomas

-Sim - respondi

-Então você leva ele – disse Thomas me jogando as chaves

-Mas eu não sei o caminho – falei

-Ollie te acompanha com a moto – disse Ethan

-Mas e vocês? – perguntei

-É sexta a noite...melhor sábado vamos andar por ai – disse Nathan

-E se a gente for com voces, podemos causar mais confusão - disse Thomas

-Entendi – falei

-Desculpa por te tirar da cama – disse Henry

-Boa noite então – falei entrando no carro

-Boa noite – responderam eles


Ollie saiu primeiro e eu o segui, olhei pelo retrovisor algumas vezes e Chris
dormia no banco de trás, depois de um tempo chegamos na minha casa, e as
luzes estavam acesas era obvio que meus pais estariam acordados, e com toda
certeza eu levaria uma bronca e ficaria de castigo por isso.

Estacionei o carro e sai, Ollie já estava com a porta do carona aberta tirando
Chris de dentro do carro, e eu fui ajuda –ló

-Seus pais não vão brigar? – perguntou Ollie

-Agora você se preocupa com isso? – perguntei sarcástica

-Sorry – disse ele

Chris parecia meio grogue.

-O que aconteceu com ele? – perguntou minha mãe se aproximando

-Mãe só sinta o cheio – falei

-Ok – disse ela –E por que o trouxeram pra ca? – perguntou ela

-O pai dele o mataria – disse Ollie

-Ele não seria o único a morrer não é Luani – disse meu pai

-Eu sei pai foi uma emergência - falei com um suspiro

-Que lugar bonito – disse Chris meio grogue

-Coloquem ele debaixo do chuveiro com água quente – disse minha mãe

-Pensei que água fria era boa – disse Ollie

-Ele teria um choque térmico e poderia ficar doente – disse ela

-Ok – disse Ollie

-Pai da pra ajudar – falei

-Tudo bem – disse meu pai ficando no meu lugar

-Eu vou fazer um café pra ele – disse minha mãe indo pra cozinha
-O que ta acontecendo – disse meu irmão aparecendo

-Estamos carregando um bêbado – disse Ollie irônico

-Nossa, querem ajuda? – perguntou Arthur

-Liga o chuveiro – disse meu pai

Em alguns segundos Chris estava de baixo da água morna com Ollie e meu
irmão tentando mante –lo la dentro.

-Olha so – disse Arthur colocando o chuveiro no frio

-Ai que fria – gritou Chris parecendo mais acordado o que fez Ollie eu e
Arthur cairmos na risada.

-Aqui esta o café – disse minha mãe me entregando o copo com o líquido
quente – Arthur empresta uma muda de roupa sua pro Ollie que eu vou atrás de
uma do seu pai pro Chris – disse minha mãe saindo

-Minha cabeça vai explodir – disse Chris

-Aqui tem toalhas – falei alçando as toalhas pro Ollie – Vou deixar o café
perto da minha cama – falei saindo e indo pra sala.

-Pode começar a se explicar senhorita – disse meu pai

-Resumindo Ollie me pediu pra ir ajudar eles a tirarem o Christopher do bar


se não ele acabaria se dando mau...para não dizer outra coisa, e como o pai do
Christopher ia matar ele o trouxe pra ca – falei

-E a casa dos amigos do Christopher? – perguntou meu pai

-Eles não acharam seguros pro Christopher, e depois aqui temos a mamãe
– falei

-Certo mocinha – disse meu pai –Dessa vez passa...mais na próxima vai estar
de castigo até fazer 60 anos – disse ele

-Eu sei – falei me ajeitando no sofá


Não sei quanto tempo passou só sei que adormeci ali mesmo.

-LUANI ACORDA –alguém gritou

-Não fui eu – falei caindo de cara no chão – Ai – falei me levantando

Ollie e Arthur riam feito dois loucos.

-Muito engraçado – falei me espreguiçando –E o resto do batalhão? –


perguntei

-Julie e a Nanda estão dormindo o e os velhos foram trabalhar – disse Arthur

-Papai foi trabalhar num sábado? – perguntei

-Alguma emergência no escritório – disse ele

-Ok –falei em meio a um bocejo

-Liu – disse Ollie

-Eu – falei perto das escadas

-To com fome faz o meu café – disse ele

-Se vira moleque – falei subindo

-Aonde vai? – perguntou Arthur

-Pro meu quarto trocar de roupa e tomar um banho – falei

-Mais o Chris ainda ta dormindo la – disse Ollie

-Azar dele o quarto ainda é meu – falei

-Ela é sempre assim de manha? – perguntou Ollie

-Só quando levanta cedo – respondeu Arthur

-Ainda posso ouvir – respondi

Entrei no meu quarto e Chris dormia todo esparramado na minha cama


rolei os olhos e fui até o meu closet peguei uma roupa qualquer e uma toalha e
fui pro banheiro, tomei um longo e demorado banho quente, depois do banho e
devidamente vestida sai pra fora.

-Liu – disse Chris com a voz estranha

-Eu – falei

-O que ta fazendo no meu quarto – disse ele com apenas um olho aberto

-Desculpa – falei – Mais é você quem esta no meu quarto – falei

-O que – disse ele se levantando, ou melhor caindo da cama por que


tropeçou nas cobertas – Ai – disse ele com o rosto colado no chão

-Bem feito – falei

-Por que estou no seu quarto? – perguntou ele se levantando

-O que lembra de ontem? – perguntei

-Eu estava no bar e depois sonhei que você foi la e me chamou de idiota, e
o Ollie me deu banho – disse ele

-Não foi sonho – falei

Ele arregalou os olhos.

-A é o Thomas disse que se você tentasse beijar ele de novo acertaria seus
países baixos – falei

-Cara que vergonha – disse ele passando as mãos nervosamente nos


cabelos

-A é e da próxima vez que o Ollie me tirar da cama no meio da madrugada


por causa da sua irresponsabilidade eu que vou te acerto nos países baixos – falei

-O-ok – disse ele com os olhos arregalados

-Vamos descer você deve esta com fome – falei

-Você dormiu aqui? – perguntou ele


-No sofá da sala – respondi

-Seus pais devem me odiar – disse ele

-Por incrível que pareça eles não te odeiam – falei

-E você me odeia? – perguntou ele

-Isso vai depender se vai se repetir ou não – respondi descendo as escadas

-Mais já acordou – disse Ollie aparecendo com um copo de leite

-Você também passou a noite aqui? – perguntou Christopher

-Alguém precisava cuidar de você – disse ele

-Desculpa por causar tanto transtorno a vocês – disse Christopher

-É só não aparecer mais aqui em casa no meio da noite que a gente fica de
boa – disse Arthur

-Ok – disse Chris

-O Thomas trouxe algumas roupas pra você – disse Ollie – Está numa
mochila no quarto da Liu – disse ele

-Certo – disse Christopher a cada segundo que passava ele parecia mais
envergonhado

-Bom d...visita tão cedo – disse Nanda aparecendo

-Quem dera – disse Arthur indo pra cozinha

-Ah – disse ela

-Va chamar a Joe pra gente tomar café – falei

-Cheguei – disse a ultima loira que faltava

-Ok – falei

Arrumei café pra aquele povo todo já que Arthur e Ollie haviam feito mais
bagunça do que arrumado a mesa pro café.
Depois do café eles ajudaram com a louça mesmo eu insistindo que eles não
precisavam.

-Bem nós já vamos – disse Christopher já na porta

-Por que não ficam pro almoço –falei

-Já causamos problemas demais – disse Christopher sem jeito

-Não foi bem um problema – falei

-Eu vou te esperar no carro – disse Ollie - Tchau Liu

-Tchau – respondi enquanto ele se afastado.

-Liu, sobre ontem...

-Esquece esta bem – o interrompi

-Mas eu não tinha o direito – disse ele

-Esqueça esta bem – falei – E depois em parte a culpa também foi minha –
falei

-Como pode dizer isso se foi eu quem a agarrou – disse ele

-Depois de eu ter dito que não queria mais ver nenhum de vocês – falei – E
depois...Eu fiz o Ollie prometer uma coisa que eu sabia que era difícil pra ele –
respondi

-O que você fez ele prometer? –perguntou Christopher

-Que não contasse pra você que o Eric me beijou ontem no telhado – falei –
Eu não queria mais ver vocês brigando – falei

-Mais aquele moleque merece uma bela de uma surra por ter beijado você
antes de mim – disse Christopher

-Se esse for o problema Ollie bateu nele – falei – Eu só não quero mais
presenciar ou me envolver nas brigas de vocês – falei
-Eu entendo nunca foi minha intenção te envolver nisso – disse ele – Mas
agora que esta... – disse ele com um suspiro

-Não se preocupe ainda vou manter distancia de vocês – falei

-Vai deixar o Ollie triste – disse ele

-Ele é forte vai superar – falei

-Posso te fazer uma ultima pergunta – disse ele

-Se eu puder responder – falei

-Por que foi la...por que não deixou os meninos se virarem comigo? –
perguntou ele

-Acho que me senti um pouco culpada – falei – E depois Ollie parecia


desesperado – respondi

-Ele é sempre muito preocupado com a gente – disse ele

-Percebi – falei – Me prometa uma coisa – falei

-Que seria – disse ele

-Nunca mais beba na sua vida – falei

-Isso é fácil de prometer – disse ele – Então tchau – disse ele

-Tchau – respondi

-Liu por favor não se afaste... eu gosto muito de você – disse ele segurando
minhas mãos

-Chris– falei – Me dê um tempo pra pensar então – pedi

-Tudo bem – disse ele – Mais não se afaste – disse ele

-Tudo bem – falei

-E eu ainda te devo um segredo certo – disse ele

Eu assenti
-Tudo bem – disse ele –Nos vemos depois – disse ele beijando minha
bochecha

O que tenho certeza me deixou vermelha.

Vi Chris e Ollie desaparecerem rua acima com o carro, e entrei pra dentro e
fui direto pro meu quarto.

Meu final de semana não poderia ter começado de uma forma mais
estranha e a pior parte é que eu tinha gostado, acho que passar tanto tempo com
os garotos estava começando a me deixar estranha.

Joguei-me na minha cama, abraçando meu travesseiro, sentindo o cheiro


do Chris nele meu Deus e que perfume em.

Estiquei meus braços sentindo aquele caderno rosa ali, aquele caderno que
agora literalmente era com quem eu mais conversava mesmo achando de inicio
que seria uma total perda de tempo, passei a gostar e a me divertir escrevendo
nele.

20 de abril de 2013

Gostaria de dizer que meu sábado começou normal como o de todas as


pessoas mas não ele não começou, ele começou no meio da madrugada quando
Ollie invadiu meu quarto pedindo ajuda, e que ajuda, Chris precisava de mim,
ele estava completamente bêbado quando cheguei la com Ollie , e devo admitir
que foi engraçado, mas fiquei preocupada com aquele idiota, não sei bem o que
sinto por ele, mas talvez possa dizer que algo esta começando mas tenho medo
desse algo ser o que eu tenho evitado desde que Antony se foi...Hoje a noite
terei um compromisso com uma certa banda que estreara e confesso estou
curiosa pra saber como o Miki 6canta e se ele é bom nisso....
Grudei o convite embaixo da ultima frase e guardei o caderno, no seu lugar
me ajeitei melhor na cama e tentei dormir afinal depois de uma noite turbulenta
e mau dormida, uma soneca tudo que eu precisava.

Acordei com meu celular tocando.

Peguei-o ainda sonolenta.

-Alo – falei

-Estava dormindo? – perguntou ele

-Quem é – perguntei

-O Ollie – disse ele

-Ah, oi Ollie – falei mais atenta – O que foi? – perguntei olhando no relógio e
constatando a hora

-Eu queria saber se você quer sair com a gente hoje de noite? – perguntou
ele

-Desculpa, mas não posso tenho um compromisso em algumas horas – falei

-Ah – disse ele e pude notar a decepção em sua voz

-Eu prometi ao Miki que veria a estreia da banda dele – falei

-Verdade – pude imaginar ele fazendo bico

-Por que você não vai la sei que você e o Chris escutaram quando eu li o
convite – falei

-Mas ele não me convidou – disse Ollie com um suspiro

-Mas eu estou te convidando – falei

-Se der eu apareço por la – disse ele – Eu preciso desligar o Chris está muito
interessado em saber com quem eu estou falando – disse ele, tenho certeza de
que ele estava sorrindo
-Certo – falei – Tchau e não se meta em confusão

-Esta bem tchau princesa – disse ele desligando

Desliguei meu celular e fui tomar um banho afinal Miki logo estaria aqui.

Depois do banho escolhi uma roupa legal uma calça jeans escura com uma
camiseta da mesma cor, fiz minha maquiagem de sempre ou seja base lápis e
batom,estava terminando de alisar meu cabelo quando minha mãe entrou no
quarto.

-Nossa voce esta linda – disse ela

-Obrigada – falei – Só to odiando ter a boca rosada – falei

-Por que? – perguntou ela

-Toda vez que passo um batom vermelho ele fica rosa – falei

-Miki esta la embaixo te esperando e eu gostaria de saber pra que? –


perguntou minha mãe

-Hoje a banda dele vai tocar em um lugar e ele me convidou pra ir junto –
falei terminando de me aprontar

-Ok – disse minha mãe

Desci acompanhada da minha mãe meu pai conversava animadamente


com Miki que estava muito bonito por sinal, ele se levantou assim que me viu.

-Nossa – disse ele pude notar certa surpresa em sua voz – Você esta linda
Liu – disse com aquele sorriso fofo de sempre, senti minhas bochechas
formigarem.

-Obrigada – respondi sem graça – Você também esta muito bonito – falei

-Obrigado – disse ele levemente vermelho

-Muito bem – disse meu pai – Não chegue tarde, certo Luani, você ainda esta
sobre suspeita – disse ele
-Certo xerife – falei batendo continência

-Divirta –se – disse minha mãe beijando minha bochecha, acho que eles
estavam felizes por eu sair

-Vamos- disse Miki me estendendo a mão

-Claro – respondi

8. A ALMA DE UM MÚSICO, E OS BEIJOS DE UM GANGUESTER

Miki passou o caminho todo me falando sobre seus amigos e como eles
eram legais e as vezes o tratavam como um bebê, ele parecia gostar muito deles.

Chegamos no lugar um pouco antes do horário.

Era um lugar legal era um pouco americanizado mesmo assim era legal,
parecia uma cabana de inverno daqueles filmes antigos tinha grandes janelas de
vidro, perto das entradas, inúmeras mesas que estavam vazias acho que ainda
não estava na hora de abrir.

-Vem vou te apresentar pros caras – disse ele me puxando pra dentro do
lugar

Um pouco mais a frente pude avistar um palco e 4 garotos.

-Cheguei – disse Miki se aproximando

-Finalmente Dom- disse um loiro

-Quem é a sua amiga – disse um moreno se aproximando

-Essa é a Luani, David – disse Miki

-Pode me chamar de Liu – falei

-Prazer Liu, sou David – disse ele sorrindo

-Eu sou Harry– disse o loiro se aproximando


-Prazer – respondi

-Lucas – disse outro moreno

-Charles – disse o mais afastado – Como uma menina tão bonita anda com
alguém como o Miki– disse ele

-Ei– disse Miki sem graça

-Miki, é um cara legal – falei – E bonito também – completei

-Não é pra tanto – disse Miki um pouco corado

-Que gracinha o Miki ficou em graça – disse David

O que fez os outros rirem.

-Liu seu inglês é bom...mora aqui a quanto tempo? – perguntou Lucas

-Obrigada – falei – Pouco mais de um mês – respondi

-Nossa e já fala tão bem assim – disse Charles

Tive bastante tempo pra praticar enquanto fugia da escola – falei

Eles apenas riram.

-Mas agora vamos falar de algo um pouco mais sério – disse David mudando
o tom de voz –Todos sabem o que fazer certo?

-Sim não precisa se preocupar ensaiamos as músicas mais de um milhão de


vezes – disse Lucas

-Certo então vamos la pra cima esta quase na hora – disse Charles

-Nos vemos depois – disse Miki

-Certo – falei

Me sentei em uma mesa perto do palco, e em pouco tempo o lugar estava


cheio, acho que deveria ser um lugar bem conceituado por aqui.
-Boa noite – começou David– Nós somos o XYZ e essa é nossa primeira
apresentação – disse ele

E então a música começou ela era linda na minha opinião, olhei em volta e
todos pareciam apreciar.

Pedi algo pra mim, afinal ainda estava em um restaurante.

Eles já estavam na quarta música todos pareciam gostar bastante do XYZ.

De repente senti uma mão em meu ombro me virei para ver quem era e
percebi que era o John.

-Como vai – disse ele com um sorriso estranho

-V-você – falei sentindo o pânico crescer

-Que tal irmos dar uma volta – disse ele

-N-não obrigada – droga porque eu estou gaguejando

-Esta com medo – disse ele se sentando

-Não de você – respondi firme dessa vez – Por que não podem me deixar em
paz – falei duas oitavas mais alta

-Soube que você abrigou o Christopher em sua casa ontem – disse ele – Você
realmente sabe quem é ele? – perguntou John

-Eu não sei quem você realmente é, porque eu deveria saber quem
realmente é o Chris – falei – E depois descobri que esse briga entre vocês é por
uma garota, não sei dos detalhes e nem me importo, mas quero distancia de
vocês...E se abriguei o Chris ontem foi por um pedido do Ollie e de ninguém mais
– respondi

-Parece que você se apegou bastante aquele pirralho – disse ele com um
sorriso

-Ollie é um bom garoto – falei –E você pode ir embora por favor estou
tentando assistir a banda –falei
-Notei que aquele seu amigo estranho esta nela – disse ele –E eu não me
importo de acabar com esse show se você não vier comigo – disse ele

Olhei para Miki ele parecia feliz ali com os amigos, eu não podia estragar
esse momento deles, não por causa do idiota a minha frente.

-Então – disse ele

-Ok – falei colando o dinheiro sobre a mesa e me levantando

-Boa garota – disse ele

-Vocês só conseguem me dar mais motivos para odiar esse lugar – falei fora
do restaurante

-E você tornou a minha vida bem mais divertida – disse ele

-Sim claro atormentar garotas é muito divertido – falei sarcástica

Então notei algo que deveria ter notado assim que ele entrou no
restaurante.

-Cadê o resto da sua gangue? – perguntei

-Hoje seremos apenas nós dois – disse ele

-Como é que é? – perguntei parando e encarando –o

-Vamos ainda temos alguns lugares pra ir – disse ele

-Eu não vou a lugar algum com você – falei me impondo pela primeira vez,
eu não podia simplesmente ceder a ele

-Você vai sim – disse ele me puxando pelo braço obrigando –me a andar

-Me larga – falei tentando me soltar dele – Você ta me machucando – falei

-Você não sabe o que é dor – disse ele

-Como você pode saber se eu sinto ou não você não me conhece – falei
-Você é só mais uma garota boba que acabou cruzando o caminho da
pessoa errada – disse ele

-E você não passa de um idiota, que adora bancar o bad boy perto dos
outros mas que no fundo não passa de mais um covarde – falei, sentindo uma
pontada em meu peito, agora não, me ajude a ser forte.

-Você não deveria se estressar – disse ele

-Por que tem medo de ser culpado pela minha morte? – perguntei

-Claro que não – disse ele – Mas tem a ver com isso – disse ele

-Como?- perguntei

-Como eu disse temos alguns lugares pra ir – disse ele me colocando dentro
de um carro.

-Isso é sequestro – falei assim que ele entrou no carro

-Já passamos por isso certo – disse ele – Mas antes me passa seu celular –
disse ele me estendendo a mão

-Eu não – falei

-Tsc – disse ele vindo pra cima de mim

-Sai de perto – falei tento afasta –lo

-Só depois de pegar seu celular – disse ele começando a me apalpar

-Toma – falei entregando meu celular pra ele, tenho certeza que estava
vermelha

-Ótimo – disse ele dando partida no carro

-Pra que queria meu celular? – perguntei

-Pra nenhum dos seus amigos nos interromper – disse ele

-Era só pedir que eu desligava – falei


-Não confio em você – disse ele

-Saiba que a recíproca é verdadeira – falei frustrada

-Imaginei – disse ele

Seguimos o resto do caminho em silencio, eu tinha medo de onde ele podia


me levar, mas olhando assim ele não parecia um cara mau, tinha belos traços,
pele clarinha e olhos marcantes.

-Está olhando o que? – perguntou ele me olhando de canto

-Nada – falei desviando o olhar – Pra onde estamos indo mesmo? –


perguntei

-Estamos quase chegando – disse ele

-E onde é isso exatamente? – perguntei

-Ali – disse ele estacionando

Olhei pra frente e arregalei os olhos.

-Eu não vou entrar la – falei

-A vai sim – disse ele saindo carro

Ele deu a volta e abriu a porta.

-Vamos saia – disse ele

-Não – falei me agarrando ao banco

-Vamos logo não temos a noite toda – disse ele tentando me tirar do carro

-Eu não vou –falei me segurando mais no banco – Eu não gosto desse tipo
de lugar

-Tem uma coisa que quero que veja – disse ele

-Eu já vi e não gostei – falei

-Não seja infantil – disse ele me puxando pra fora do carro.


-Eu não gosto desse tipo de lugar ainda mais a noite – falei

-Tem medo de fantasmas? – perguntou ele

-Não tenho medo da fada do dente – falei sarcástica

-Eu te protejo – disse ele

-Mesmo assim não vou – falei cruzando os braços

-Você parece criança – disse ele – Não precisa ter medo – disse ele

-É.um.cemiterio.e.estamos.aqui.no.meio.da.noite – falei pausadamente


cada palavra – É assustador

-Não existe essa coisa de fantasma – disse ele me puxando, me agarrei no


braço do John como se minha vida dependesse daquilo.

Pode ser infantilidade da minha parte, não é que eu tenha medo de


fantasmas só sou como a maioria das pessoas normais que não acha divertido
entrar num cemitério no meio da noite.

-Assim vai arrancar meu braço – disse ele iluminando o caminho com uma
lanterna

-Sabe que eu não to nem ai pra isso – respondi.

-Chegamos – disse ele parando em frente a uma lapide.

- Alice Brown 15/02/1994 a 25/07/2012, irmã amada filha querida – li na


lapide –Quem era? – perguntei olhando para John que tinha uma expressão
indecifrável no rosto

-Minha irmã caçula – disse ele

-Sinto muito – falei – Como ela morreu? – perguntei

-Ela tinha insuficiência cardíaca – disse ele – Ela era uma boa garota,
estudiosa, meiga... – disse ele

-Você a amava muito certo? – perguntei


-Sim – disse ele –E quando você disse aquele dia no carro que tinha
problemas no coração pude jurar que era minha irmã– disse ele

-Então foi você quem me ajudou– falei

-Foi – disse ele

-Obrigada por aquilo – falei – Mas acabou só retardando o inevitável e eu


acabei ficando no hospital – falei

-Eu soube – disse ele – E sinto muito – disse ele

-Tudo bem – falei – Podemos sair daqui por favor – pedi

-Esta bem – disse ele começando a se mover.

-Sabe você poderia ter me trazido durante o dia – falei

-Como se Christopher fosse me deixar chegar perto de você – disse ele –


Mesmo o Eric acabou levando um soco do Ollie por chegar perto de você – disse
ele

-Foi isso que ele te disse? – perguntei

-Foi – disse ele

-Ele levou um soco por que me beijou – falei

-O que – disse ele parando de repente

-O que foi, não sabia? – perguntei

-Claro que não aquele pirralho mentiroso – disse ele

-Vai brigar com ele também? – perguntei

-Claro aquele garoto mentiroso disse que não ia se meter com você – disse
ele

-E por que? – perguntei

-Por que eu mandei – disse John


-E por que você pediria isso? – perguntei

-Por que...gosto de você – disse ele

-O que – falei me afastando “se isso for alguma piada não tem graça” pensei

-Por que o susto? – perguntou ele

-Só não esperava que alguém como você se apaixonasse – falei

-Alguém como eu? – perguntou ele

-Claro um sequestrador, pervertido e gangster – falei

-Você se engana muito sobre a gente – disse ele divertido

-Tem razão eu sempre me engano – falei com um suspiro

-Vamos tem mais um lugar que quero que veja – disse ele abrindo a porta
do carro pra mim.

-Não é outro cemitério é? – perguntei

-Não – disse ele

Entrei no carro e John logo em seguida dando partida.

Olhei no relógio e já estava perto da meia noite com toda a certeza eu


acabaria de castigo.

-Preocupada com o tempo? – perguntou ele

-Talvez – respondi

-Como assim? – perguntou ele

-Meus pais não permitem que eu passe do horário para chegar em casa –
disse ele

-Serio – disse ele incrédulo

-Sou uma menina de família – respondi com uma pontada de ironia


-Oh – disse ele – Primeira vez que escuto isso – disse ele

-Porque, acha que esse tipo de coisa não existe? – perguntei

-Na verdade é o conceito de família – disse ele

-Como assim? – perguntei

-Meus pais se divorciaram quando Alice nasceu e minha mãe praticamente


nos criou sozinha – disse ele com um suspiro

-E seu pai? – perguntei

-Morreu um ano antes da minha irmã – disse ele – Mas também não faz falta
– disse ele

-Você não gostava dele? – perguntei

-Meu pai nunca foi realmente um pai – respondeu ele – Ele sempre bebia e
pouco se importou com minha mãe e minha irmã, e eu acabei sendo o homem da
família e comecei a trabalhar pra ajudar minha mãe – disse ele prestando atenção
no caminho

-E como se tornou um cara mau? – perguntei

-Isso é segredo – disse ele com um sorriso malicioso

-Isso é maldade – falei

-Vai continuar sendo segredo – disse ele

-Ok – falei – Estamos chegando nesse lugar? – perguntei

-Quase – disse ele

Olhei pro velocímetro no painel e estávamos passando de 220 km.

-Ta tentando se matar? – perguntei

-Como? – perguntou ele

-A velocidade – falei
-Esta preocupada com uns míseros 220 km? – perguntou ele

-Claro, não quero ser esmagada pelo concreto quando batermos – falei

-Não se preocupe não vamos – disse ele

Depois de mais algum tempo começamos a entrar em um bairro com lindas


casa.

-Por que estamos aqui? –perguntei

-É daqui que o Christopher veio – disse ele

-Ele me disse que o pai dele era alguém do ramo empresarial – falei

-Ele também contou que tem fugido do pai a muito tempo? – perguntou ele

-Não – falei

-E sabe por que ele tem fugido? – perguntou ele

-Não e não quero saber – falei – Quando ele quiser pode me contar – falei

-Você quem sabe – disse ele dando a volta – Agora vou te levar pra casa –
disse ele

-Poderia me devolver meu celular? – perguntei

-Toma – disse ele

-Obrigada – falei ligando-o, e assim que o fiz ele começou a brilhar sem
parar, muitas mensagens do Miki, outras do Ollie.

-Acho que eles pensam que eu te matei – disse John rindo

-Muito engraçado mesmo – falei sarcástica, de repente ele começou a tocar


e eu atendi – Alo?

-AONDE VOCÊ ESTA – alguém gritou do outro lado

-Quem é? – perguntei
-Como assim quem é? - perguntou a voz irritada - É o Christopher–
respondeu ele

-Oi Chris– falei

-Como oi Chris – disse ele, ele parecia muito irritado – Fomos aquela droga
de lugar e o Miki disse que você saiu com John, COMO VOCÊ SAIU COM ELE – ele
aumentou o tom de voz de novo

Antes que eu pudesse respondeu meu celular foi tomado de mim.

-Oi Christopher– disse John na maior cara de pau, pude escutar a resposta
em gritos mais não entendi bem o que eram – Esta estressadinho por que eu saí
com a sua amiga é...e não me venha com ameaças Christopher Williams – disse
John parando o carro

E novamente os gritos do Chris

-Escuta isso – disse ele se aproximando de mim

-O que vai fazer? – perguntei assustada

-Isso – disse ele selando nossos lábios tentei protestar mais só fez ele
aprofundar o beijo que eu não correspondi, e ele se afastou segundos depois –
Escutou, esse foi o som deu tomando os lábios dela pra mim – disse ele com um
sorriso

-Seu idiota – gritei, eu ia insulta –lo mais mas ele tampou minha boca com
a mão eu tentei tira –la mais ele não deixou

– Se continuar assim eu só a devolvo na segunda...imagina só o que eu


posso fazer com ela...e se for rastrear a celular dela eu me livro dele agora – disse
ele

Parei de me debater e ele sussurrou um “Boa menina”.

-Escute aqui Christopher se ainda quer a sua amiga pare com essas suas
ameaças – disse John – Eu só a levei para dar um passeio
E novamente ouvi os gritos do Chris.

-Não me compare a você Christopher– disse John visivelmente irritado – Só


escuta – disse ele

E novamente ele me beijou mais eu não correspondi.

-Posso fazer isso a noite toda Christopher os lábios dela tem um gosto tão
bom – disse John – Por que não aceita essa você já perdeu – disse ele

-Chris estamos perto... – e novamente ele tampou minha boca – Não seja
uma menina má vai estragar a brincadeira –disse John

Depois de alguns segundos tirei a mão dele da minha boca.

-Você é um imbecil – gritei

-E você uma graça – disse ele – Christopher preciso desligar minha


companhia parece irritada – disse ele desligando o celular.

-Seu idiota – falei socando o braço dele – Por que fez isso – falei

-Vai dizer que não gostou? - perguntou ele – Da pra parar isso machuca -
disse ele

-Claro que não gostei detesto que me beijem a força – falei

-E quem disse que foi a força – disse ele se encostando no banco

-Eu estou dizendo – falei irritada – Você é um grande idiota – falei

-Então por que não me deixa te beijar de verdade – disse ele virando pra
mim

-Por que eu não quero – falei

-Se me deixar prometo te levar pra casa – disse ele – Mas você vai ter que
retribuir – disse ele

-Eu não vou fazer isso – falei


-Então vamos passar o resto da noite aqui – disse ele desligando o carro de
vez

-Mas eu tenho que estar em casa – olhei pro relógio – Em meia hora – falei

-O beijo e te levo la em quinze minutos – disse ele

-Tenho outra escolha? – perguntei

-Se tem eu não sei – disse ele – Mas no momento sou sua única opção – disse

-Ok então – falei – Vá em frente – falei

Ele sorriu, e começou a se aproximar assim que ele estava a centímetros do


meu rosto eu fechei os olhos e deixei acontecer, não sei quanto tempo durou
mais nos separamos por falta de ar, e eu então abri os olhos, John sorria feito um
pateta

-Podemos ir agora? – perguntei emburrada

-Depois dessa vou com você pra onde você quiser – disse ele dando partida
no carro.

E realmente depois de quinze minutos estávamos na frente da minha casa.

-Seu celular – disse ele me entregando o aparelho

-Obrigada – falei seca

-Esta zangada? – perguntou ele

-Você já sabe a resposta – falei saindo do carro

As luzes da minha casa estavam apagadas provavelmente meus pais


estavam dormindo.

Entrei em silencio e subi pro meu quarto , onde peguei meu pijama e uma
toalha e fui direto pro banho, tomei um longo banho e quente e fui pro meu
quarto me jogando na minha cama.

-Dia idiota – falei pegando o diário.


A noite terei um compromisso com uma certa banda que estreara e
confesso estou curiosa pra saber como o Miki canta e se ele é bom nisso....

Realmente a apresentação da banda do Miki foi incrível...mas minha


noite não foi tão boa assim já que fui tirada do meio da apresentação da banda
por John, que me levou ao cemitério e me mostrou o tumulo da irmã, nunca
imaginei que um cara como ele tivesse sofrido tanto tenho pena dele...mas por
outro lado também tenho raiva por ele ter me beijado...o beijo foi quase tão
bom quanto o do Chris...espera o que eu estou pensando...nenhum dos beijos
foi bom eles são dois idiotas que estão dando conta de bagunçara minha
cabeça.

E assim conclui o meu dia.

9. O PIOR MOMENTO DA MINHA VIDA

Meu domingo foi tedioso fora uma frase idiota que deixei na caderno rosa
idiota, fiquei no meu quarto praticamente o dia todo, só sai pra comer, e depois
voltava direto pra ele desliguei o celular pra não ver as mensagens que
provavelmente Ollie mandaria e Miki também só queria ficar sozinha minha
mente estava confusa Chris me beijou Eric também me beijou e até mesmo John
(mesmo tendo certeza que foi para irritar o Chris), e tem o Miki que o Chris vive
dizendo que gosta de mim affs eu não intendo mais nada minha cabeça esta uma
droga de confusão.

De rente escutei batidas na porta do quarto que acabaram me tirando de


meus devaneios.

-Entra – falei
-Lu a gente pode conversar – disse Nanda

-Claro – falei me sentando na cama – Venha – falei dando um tapa na cama


do meu lado

-Eu preciso de um conselho e de ajuda com os nossos pais – disse ela se


sentando do meu lado

-Sobre o que e pra que? – perguntei

-Bem é...eu..eu

-Você o que menina? – perguntei

-Bem eu estou começando...um...namoro com um garoto la da escola...e


não sei bem se o pai e a mãe vão aceitar ele – disse ela mais vermelha que um
tomate

-Oh que fofo – falei

-E eu queria a sua ajuda com eles – disse ela

-E por que precisa de mim pra isso? – perguntei

-É que ele vem aqui em casa hoje pra conhecer nossos pais – disse ela

-OQUEEE! – gritei – Tão rápido assim – falei

-Vai me ajudar – pediu ela

-Ok – falei –Que hora ele vem? – perguntei

-Deve estar quase chegando – disse ela

-Ai Nanda só você pra me arrumar essas coisas – falei

-Sorry – disse ela com um meio sorriso

-Ok só me deixa tomar um banho e ficar apresentável – falei – Vai la falar


com os velhos enquanto eu me arrumo – falei

-Assim pra eles me matarem – disse ela


-Eles não vão fazer nada, não se preocupe – falei indo em direção ao
banheiro

-Tem certeza? – perguntou ela

-Nanda vai logo – falei

Ela assentiu e saiu.

Eu segui pro banheiro e tomei um banho rápido afinal o pretendente da


Nanda estaria aqui logo, bem fiquei feliz por ela afinal, ela sempre vive em função
dos nossos pais já que eu nunca posso fazer isso, as vezes penso que ela é a irmã
mais velha e não eu.

Depois do banho e devidamente vestida desci e assim que cheguei ao


último degrau a campainha tocou e Nanda correu para abri –la lancei um olhar
pros meus pais que estavam com uma expressão indecifrável.

-Oi – escutei a voz dele

-Oi – disse Nanda – Pode entrar – disse ela dando passagem pra ele.

Quase cai pra traz quando ele atravessou a porta mais que merda.

Ele olhou pra mim e sorriu.

-Sua irmã? – perguntou ele

Fernanda olhou pra mim.

-Sim minha irmã mais velha – disse ela e eu sorri

-É um prazer em te conhecer... – disse ele, como podia ser tão fingido

-Luani – disse Fernanda antes de mim – Vem quero que conheça meus pais
– disse ela puxando-o pra sala.

Eu acompanhei ainda incrédula com tanto inglês nesse País porque tinha
que ser juntamente ele.

-Pai mãe esse é o Ahn Daniel...ou simplesmente Niel – apresentou ela


-É um prazer conhece –lós – disse ele

-O prazer é nosso – disse minha mãe

-Como se conheceram? – não pude evitar de perguntar

-Bem estudamos na mesma sala – disse Niel – E acabamos almoçando


juntos algumas vezes até virarmos amigos – disse ele

-Amigos? – perguntou meu pai

-Bem senhor e por isso que estou aqui – disse Niel – Eu queria pedir
oficialmente pra namorar a Fernanda – disse ele, senti meu sangue ferver no
mesmo instante

-Bem, é um namoro sério ou é o que vocês jovens chamam de “ficar” – disse


meu pai fazendo aspas com os dedos na palavra ficar

Vi N anda entrelaçar sua mão com a de Niel.

-É um namoro sério e prometo cuidar bem dela –disse ele sério

-O que acha querida? – perguntou meu pai

Fernanda me lançou um olhar de “ajuda por favor”.

-Bem ela é um pouco nova – disse minha mãe

-Mas vocês permitiram que eu namorasse com o Antony e tinha um ano a


menos que a Nanda tem agora – falei

-Verdade – disse minha mãe – Acho que podemos permitir – disse ela
sorrindo

-Mas você sabe Fernanda que vai ter o mesmo horário que a Luani tinha com
o Antony quando você e Niel saírem – disse meu pai

-Sim senhor – respondeu ela

-Obrigado senhor por permitir nosso namoro – disse Niel sorrindo


Sentia meu estomago embrulhar a cada palavra dele, mas se ela estava feliz
não seria eu a estragar tudo.

Dei as costas e caminhei em direção a porta.

-Aonde vai Lu? – perguntou Nanda

-Sair um pouco – respondi sem me virar e saindo porta a fora – Você é uma
grande idiota deixando-o namorar com ela – pensei

Sai caminhando sem rumo certo, e acabei chegando a praça, não havia
muitas pessoas ali, o que me deixou feliz odiava multidão.

Eu queria dizer não e que ele não era o cara certo pra ela, mas como dizer
isso sem contar a verdade sobre tudo.

Passei a mão em meus cabelos e abaixei a cabeça suspirando logo em


seguida.

-Liu – escutei uma voz familiar

Olhei para o alto e vi Thomas com uma roupa que mostrava mais do que
deveria

-Thomas – falei – O que faz por aqui?

-Eu moro aqui perto – disse ele – E costumo correr nesse horário e você o
que faz aqui, é a primeira vez que te vejo aqui – disse ele, isso explicava o fato
dele estar suado e com aquela roupa.

-Queria esfriar a cabeça – falei

-Brigou com o Chris de novo – disse ele se sentando do meu lado

-Quem dera – falei com um suspiro

-Se não é isso o que é então? – perguntou ele

-Minha irmã esta namorando – falei

-E o que isso tem de mais?


-Ela esta namorando o Niel – respondi sentindo a frustração tomar conta do
meu ser

-O QUE – ele praticamente gritou – Aquele bastado, eu vou dar uma surra
nele – disse ele

-Nem se dê ao trabalho – falei

-Por quê? – perguntou ele me encarando confuso

-Se ela gosta daquele imbecil o que eu posso fazer – falei

-Conta a verdade pra ela – disse ele

-Vou dizer pra ela que ela está namorando um gangster que sequestrou a
irmã dela pra atingir outro gangster – falei – Sabe isso vai ser como uma bola de
neve descendo uma montanha – falei

-Por que não os afasta? - Perguntou ele

-Ela merece ser feliz – falei encarando o céu por um momento

-Como assim?

-Ela sempre fez tudo o que nossos pais pediram sem questionar... ela
sempre foi a irmã mais velha – falei – Ela é mais irmã mais velha do que eu que só
sirvo pra atrapalhar e ser um peso pra todos – falei deixando uma lagrima escapar

-Você não é um peso pra ninguém – disse ele segurando minha mão – Seus
pais com certeza te amam – disse ele

-Eles são pais vão me amar independe do que eu for – falei – Eu me pergunto
o que ela viu naquele idiota será que ele sabia que ela era minha irmã e tudo não
passa de um plano do John? –perguntei

-Você vai ter que esperar pra ver – disse ele –E já que tocou no assunto...o
Chris estava furioso ontem por causa do que aconteceu e Ollie ficou preocupado
– disse ele
-Não sei por que vocês se preocupam tanto comigo, não nos conhecemos a
tanto tempo assim – falei

-Você é diferente Liu –disse ele segurando minha mão – E todos sabem
disso, você é forte e o fato de você ter enfrentado o Chris aquele dia no ônibus só
mostra isso – disse ele com o sorriso mais fofo que eu já havia visto, se bem que
é a primeira vez que o vejo sorrir.

-Mas isso não muda o fato de muitas coisas terem acontecido – falei – E a
maioria...se não dizer todas aconteceram por causa de vocês – falei

-Verdade – disse ele soltando minha mão – Mas também não muda o fato
do Christopher estar espumando pelo John ter beijado você ontem no carro –
disse ele

-Sério? – falei – Sabe você é uma ótima companhia pra conversar – falei

-Obrigado – disse ele – Mas isso não faz bem o meu estilo –disse ele

-Mesmo? E qual é o seu estilo? – perguntei

-Assustador – disse ele, nós dois rimos –Mais e você do que gosta, o que
costuma fazer quando não esta na escola seu sorvete favorito – disse ele

-Bem eu gosto de cantar...tocar e chocolate – falei

-Cantar – disse ele

-O que tem isso? – perguntei

-Deixa pra la – disse ele se levantando – Vem vou comprar um sorvete pra
você – disse ele

-Obrigada – falei

Andamos uma quadra até entrarmos em uma sorveteria...Thomas pediu um


sorvete de menta.

Estranho mais quem sou eu pra julgar ele.


-O que pode me falar sobre o Chris? – perguntei

-Isso vai depender muito do que você quer saber sobre ele – disse Thomas

-Por que ele...vocês estão em uma gangue...e quem era a garota por quem
Chris e John brigam até hoje? – perguntei

-Não posso responder a segunda mais a primeira...bem Chris, Ethan,


Nathan e eu nos conhecemos quando passamos um tempo no reformatório –
disse Thomas me fazendo arregalar os olhos – E nós unimos lá e bem...não é uma
coisa que eu goste de me lembrar – disse ele

-E quanto a Ollie e o Henry? – perguntei

-Bem Christopher e eu salvamos o Ollie de uma coisa ruim – disse ele – Até
hoje me pergunto o que seria do garoto se não tivéssemos chegado a tempo...e
quanto ao Henry ele se juntou a nós depois dele e ele e o Ethan se pegarem no
soco...foi uma briga incrível que acabou empatada – disse ele sorrindo

-E essa rivalidade com os Anjos do Norte? – perguntei

-Bem somos arruaceiros...ou gangster, ou seja, sempre haverá uma


rivalidade entre nós...mas entre o John e o Christopher é pessoal é algo que tenho
certeza de que só vai acabar quando um deles acabar morto...como muitas vezes
chegou bem perto de acontecer – disse ele

-Isso é triste, as pessoas não deveriam brigar por coisas que já passaram –
falei

-Eu sei – disse ele terminando o sorvete – Mas então você e o loirinho estão
mesmo namorando? – perguntou ele

Quase engasguei com o sorvete.

-Claro que não Miki e eu somo apenas amigos – falei

-Mesmo não é isso que parece – disse ele

-Por que todo mundo diz isso? – perguntei


-Você só pode ser míope pra não ver – disse Thomas

-Seu punk – falei socando o braço dele

-Você vai se enganar com aquele loirinho quando ele se declarar pra
você...por que bem a concorrência ta aumentando, e eu já tirei meu time de
campo dessa – disse ele

-Como é o negocio velhinho – falei incrédula

-Você é mesmo cega – disse ele – O Chris ta afim de você o John também, o
Eric e o Miki e eu mais acho que entre todos nós quem tem mais chance é o Chris–
disse ele

-Como pode saber quem tem a mais chance...e todos eles e mais você
gostam de mim? – perguntei

-O Eric te beijou no telhado da escola – disse ele

-Como sabe? – perguntei

-Ollie – respondeu ele divertido

-Aquele fofoqueiro – falei terminando o sorvete que já tinha derretido mais


da metade.

-Daí vem o Chris que também te beijou...e eu sei por que aquele dia que ele
bebeu contou – disse ele – E por último tem o John, mas acho que ele só fez isso
pra provocar o Chris– disse ele

-Mas voce e o Miki não me beijaram – falei – E depois um beijo não prova
nada – falei

-Claro que prova – disse ele – Tudo sempre começa com um beijo tenho
certeza que você tem duvidas quanto aos sentimentos do Christopher e o Eric já
o John, esse ai é mais complicado que um personagem de série americana– disse
ele

-E se você estiver errado – falei


-E se eu não estiver – disse ele

-E como pode saber? – perguntei

-Posso – disse ele

-O que? – perguntei

-Chris me perdoe por isso – disse Thomas

E antes que pudesse falar qualquer coisa ele selou seus lábios aos meus me
deixando completamente sem ação, ele pediu passagem, mas eu não cedi, ele
me puxou para mais junto de si, mas eu tentei afasta –lo inutilmente, depois de
alguns segundos acabei correspondendo ao beijo e nos afastamos por falta de ar.

-Então o que sentiu? – perguntou ele

-Vontade de te socar – falei

-Deixa que faço isso – disse alguém girando Thomas e acertando lhe um
belo soco que o fez ir ao chão, só então percebi que era o Chris

-Por que fez isso? – perguntei ajudando Thomas a se levantar

-Por que ele te beijou – disse ele irritado

-Nossa que belo amigo você em – falei com um suspiro – Sai batendo nos
amigos sem perguntar o que está acontecendo – falei olhando o rosto do Thomas
o canto da boca sangrava um pouco.

-Eu mereci esse – disse Thomas afastando minha mão e limpando o sangue
– Desculpa Chris – disse ele se curvando levemente para Christopher

-Por que a estava beijando Thommie? – perguntou Christopher ele parecia


frustrado

-Estávamos fazendo um teste – disse Thomas

-Teste? – perguntou Chris confuso

-Você não deve explicações e a ele Thomas– o interrompi


-Claro que devo eu beijei você mesmo sabendo que ele gosta de você – disse
ele calmamente – E isso é errado – disse ele

-Eu não sei o que é pior ter o Niel como cunhado ou vocês como amigos –
falei

-Como assim Niel como cunhado – disse Chris

-Longa historia depois de conto Chris – disse Thomas – Agora vou levar a Liu
pra casa conversamos depois – disse ele me puxando sem dar tempo pro Chris
falar qualquer coisa.

-Você não deveria ter se desculpado com ele – falei

-Por quê? – perguntou Thomas me soltando

-Ele te bateu ele deveria se desculpar – falei

-O Chris é um amigo muito valioso pra eu perder a amizade dele – disse


Thomas – E como eu disse já tirei meu time de campo – disse ele

-Tudo isso por um amigo? – perguntei

-Ele é como um irmão pra mim ele me ajudou bastante quando eu precisei
– disse Thomas

-Certo – falei

-Antes que eu me esqueça – disse ele – Ollie está bastante chateado,


converse com ele está bem ele gosta muito de você – disse ele

-Ok – falei

– O Christopher acabou se fechando pra tudo depois daquilo não seja tão
dura com ele...E quanto ao Niel não se preocupe estaremos de olho nele – disse
Thomas

-Obrigada – falei abraçando –o –Você é muito diferente do que eu pensei


que fosse – falei me afastando
-É-é...obrigado – disse ele sem jeito

-Tchau Thomas – falei

-Me chame apenas de Tommy– disse ele – Nos vemos amanha – disse ele
beijando minha bochecha

Eu penas assenti,e entrei pra dentro e pra minha infeliz sorte Niel e
Fernanda estavam quase se comendo pela boca no sofá.

-Paro a baixaria – falei assustando os dois que tentaram se ajeitar do jeito


que pudessem – Bonito nossos pais sabem que você anda comendo porcarias
depois do jantar – falei reprimindo o riso

-Lu –disse ela me arremessando uma almofada que eu desviei como uma
ninja

-Errou – falei devolvendo e acertando -a já que não tinha como ela desviar

-Bem esta ficando tarde e eu preciso ir – disse Niel se levantando

-Eu te acompanho – disse Nanda se pondo de pé

-Você vai é pro seu quarto – falei

-Ah Luani – disse ela fazendo bico

-Quer que eu chame o velho – ameacei

-Boa noite Niel – disse ela

-Boa noite princesa – respondeu ele voltando a beija -la

-O rasgação de seda vamos menina sobe logo – falei

Ela deu um selar rápido em Niel e correu escada acima.

-Então – começou Niel

-Você sabia que era é minha irmã seu imbecil – falei um pouco baixo pra que
ninguém acordasse
-Eu não sabia – disse ele com um suspiro – Quando ela me deu o endereço
eu tive a impressão de que conhecia o bairro, mas só quando entrei nesse bairro
eu tive certeza – disse ele

-Por que não consigo acreditar em você – falei

-Claro agora eu sou adivinho – disse ele sarcástico – Eu ia adivinhar que você
tem uma irmã que eu me aproximei dela por puro interesse....claro que não –
disse ele

-É bom mesmo, por que se você magoar ou machucar a minha irmã não vai
ter Anjos do Norte no mundo ou qualquer outra coisa que salve você de mim –
falei – Eu posso ter meu coração fraco, mas sei muito bem como matar alguém
lentamente – falei e ele arregalou os olhos

-Você não seria capaz – disse ele em um tom baixo e provocativo

-Aposte e descubra por si mesmo do que eu sou capaz – falei – Por que afinal
ainda temos contas a acertar não é – falei

-Claro – disse ele sarcástico –De qualquer forma eu já vou – disse ele saindo.

-Que seja –falei abrindo a porta pra ele

Depois que o Niel saiu tranquei a porta e subi pro meu quarto mais que dia
mais pirado o de hoje.

Tomei um banho me vesti e me joguei na cama ligando aquele celular pela


primeira vez no dia e como pensei havia inúmeras mensagens exclui todas sem
nem ao menos ler não estava afim disso.

Conclui meu dia deixando mais uma mensagem no caderno.

Quem pensa que a vida não pode piorar, nunca teve um ganster como
cunhado...mas o que eu posso fazer se aqueles dois realmente se amam.

E com certeza não serei eu quem contarei pra Nanda quem o Niel é, mas
se ele fizer algo que a magoe eu acabo com ele e não tem ninguém no mundo
que o salve de mim...a final ela é minha irmã caçula e mesmo não sendo assim
é meu dever cuidar dela e dos meus irmãos quando meus pais não puderem
mais.

10. I'll be There

Uma semana já havia se passado, Nanda estava sempre sorrindo por causa
de Niel, e confesso que estava começando a gostar dele (digo começando porque
ele começou a ficar aqui em casa depois da aula).

Na escola eu estava mantendo minha promessa havia me afastado dos


Black Dragons, mas Ollie e eu conversamos as vezes, algumas no intervalo e
outras pelo celular, Thomas e Chris também estavam estranhos o que não é
normal pra eles.

Perguntei um dia desses ao Ollie o que havia acontecido com eles e ele
simplesmente desviou do assunto (da forma mais descarada que se pode
imaginar), já Miki estava mais feliz do que nunca, mas depois de alguns dias
cheguei à conclusão que era pela estreia da banda, que realmente foi um
sucesso, Miki me contou que algum caça talento havia se interessado por eles.

Voltando a realidade aqui estou eu novamente esperando o ônibus pra ir


pra escola (sim parei de ir com o Miki isso começou a me incomodar depois do
John, esses caras estão começando a me dar fobias).

Eu me sentia em paz com isso sem confusões envolvendo gangues ou


qualquer outro problema.

E então o ônibus finalmente chegou subi nele e me sentei no terceiro banco


de trás para frente como sempre fazia, pode até parecer besteira, mas eu tinha
medo de sentar-se na frente as vezes me pergunto se não tem a ver com o
acidente só em pensar nisso sentia meu peito ser esmagado como naquela noite.

-Bom dia Liu – disse Ollie me tirando de meus devaneios.


-Bom... – olhei Ollie um pouco espantada – O que aconteceu com o seu
cabelo? – perguntei olhando aquela coloração estranha

-Gostou – perguntou ele com um sorriso

-É não sei bem o que dizer – respondi tentando achar as palavras certas

Ollie estava com o cabelo meio cinza meio preto ficou diferente para não
dizer estranho, mas combinava bem com Ollie e seu estilo.

-Você não gostou – disse ele fazendo bico

-Eu nunca disse isso – me defendi – Ficou bem em você combina com o Ollie
que conheço – falei

-Mesmo? – perguntou ele sorrindo

-Palavra – falei

E ele sorriu, fomos conversando o caminho todo.

-Liu, hoje você vai sair comigo – disse Ollie exigente

-Como é o negócio? – perguntei descendo do ônibus

-Que hoje eu vou te levar a um dos meus lugares favoritos da cidade – disse
ele

-Mais Ollie...

-Nada de mais – disse ele – La é legal tenho certeza de que você vai gostar –
disse ele

-Certo então – falei

Seguimos pra dentro da escola, onde Ollie seguiu pra sala dele e eu pra
minha.

-Desistiu de andar com o loirinho – disse Chris se aproximando

-Claro que não só criei fobia de ficar sozinha em carros com garotos – falei
-Por causa do John? – perguntou ele

-E teria outro motivo? – perguntei com um meio sorriso

-Me diga você – disse ele dando de ombro

-Como tem estado tudo? – perguntei

-Na mesma – disse ele

-E você e o Thomas por que não tem se falado? – perguntei – Ainda chateado
com a história do beijo? – perguntei

-Não muito – disse ele dando de ombro – Só não entendo por que todo
mundo parece querer você...puxa isso é injusto comigo – disse ele cruzando os
braços

-Tem medo de concorrência? – perguntei sorrindo

-Claro que não eu me garanto – disse ele convencido

-Então está preocupado com o que? – perguntei

-Com alguém que está sempre perto de você – disse ele

-O Ollie?

-Não – disse ele- Aquele idiota do Miki – disse ele se sentando

-Miki não é idiota é um bom amigo – falei

-Aish em menina você continua cega – disse ele – Todo mundo viu que ele
gosta de você menos você – disse ele

-E como eu disse, eu não o vejo dessa forma – falei – Além do mais meu
cunhado é o que mais me preocupa – falei

-É o Thomas me disse – disse Chris – Se quiser a gente pode bater nele –


disse ele com um pequeno sorriso
-Nem pensar nisso –falei – Ele deixa a minha irmã feliz então isso já basta
pra mim – falei

-Parece que você esta gostando dele – disse Chris

-Talvez – falei com um sorriso

-Como – disse Chris surpreso

-Affs, ele passa as tardes la em casa – falei – A presença dele é agradável


menos quando ele e minha irmã resolvem se comer pela boca – falei, ele riu.

Então o sinal tocou, e o professor entrou seguido pelo resto da turma.

-Bem pra começar o dia de vocês teremos um trabalho em grupo – disse o


professor que foi seguido por uma reclamação da turma – E antes de qualquer
coisa eu vou separar os grupos disse ele

-Ah não professor deixa a gente escolher – disse uma garota

-Não dessa vez – disse ele

E ele começou a dividir a sala muitos acabaram ficando em seus habituas


grupos, e eu acabei junto de Christopher, Thomas e Miki.

-Estava bom demais – disse Christopher atrás de mim

-Eu discordo – falei

-Não gosta da minha companhia – sussurrou ele perto do meu ouvido

-Vê se não amola seu punk –falei

Ele apenas riu.

Depois das duas primeiras aulas Miki me arrastou pra fora da sala, e
diferente dos dias anteriores ele não estava indo pra cantina.

-Pra onde vamos – perguntei enquanto ele me puxava

-Pra um lugar mais afastado – disse ele sem me olhar


Miki continuou me arrastando até chegarmos as escadas que levavam pro
telhado.

Subimos as escadas apressadamente Miki só me soltou quando chegamos


ao telhado.

-Por que me trouxe até aqui? – perguntei um pouco ofegante

-Por que você não vê – disse ele

-Como assim? – perguntei

-Por que você não vê que gosto de você Liu – disse Miki – Eu gosto de você
desde o primeiro dia em que eu te vi – disse ele se aproximando

-Miki... eu – falei recuando um passo

-Por que Liu...você prefere o Christopher a mim? – perguntou ele me


encurralando perto da parede – Eu tenho feito de tudo pra você olhar pra mim
mais você não olha por quê? – perguntou ele frustrado

-Miki não é assim que as coisas funcionam – falei

-Então me explica – disse ele

-Miki eu vejo você só como um amigo – falei – Desculpa se não é assim pra
você – falei

-Então você prefere o Christopher a mim? – perguntou ele entre dentes

-Eu nunca disse isso – falei

-O que é então? – perguntou ele se aproximando – Eu não sou bom o


bastante? – disse ele

-Miki...eu...eu – mas fui interrompida pelos lábios de Miki colado aos meus.

Ficamos assim por alguns segundos até ele finalmente pedir passagem eu
me recusei, ele puxou meu corpo para mais perto de si e eu coloquei minha mão
em seu peito tentando criar uma barreira, ele novamente pediu passagem, e eu
cedi.

O beijo do Miki tinha um gosto diferente...o que combinava bem com ele,
era um beijo calmo e doce, sim doce tinha sabor de morangos, era tão boa a
sensação dos lábios do Miki junto aos meus.

Espera eu estou correspondendo?

Foi então que percebi a merda que havia feito, afastei Miki bruscamente e
sai correndo dali sem dar chance pra ele dizer nada.

Assim que entrei no corredor trombei com alguém que me fez ir de encontro
o chão.

-Ai – falei

-Desculpa – escutei uma voz familiar

-Thomas – falei

-Você deveria prestar mais atenção no seu caminho – disse ele me


estendendo a mão

-Eu sei – falei pegando a mão dele e me levantando

-Você está com uma cara péssima o que aconteceu? – perguntou ele

-Liu – escutei a voz do Miki, e me escondi atrás do Thomas – A gente precisa


conversar – disse ele

-Eu não quero – respondi

-Eu queria... – começou ele

-Não quero ouvir – falei – Thomas avisa ao professor que eu não me senti
bem e fui pra casa – falei

-Se quiser eu posso te levar – disse Miki

-Eu não quero nada de você – falei


-Pera ai o que aconteceu não estou entendendo nada – disse Thomas– Da
pra alguém me explica – disse ele

-Fui – falei indo em direção ao pátio

Já estava perto do ponto de ônibus quando escutei a voz do Õllie.

-Liu me espera – disse ele, me virei e vi ele correndo em minha direção.

-Garoto você tem aula volta já pra escola – falei assim que ele já estava perto
o bastante

-Se você pode matar aula eu também posso – disse ele

-Ollie eu me formo esse ano – falei – Você não...você precisa estudar – falei

-Então você também deveria voltar – disse ele

-Eu não quero – falei com um suspiro

-Então vamos fazer o seguinte – disse Ollie – Eu te levo pro meu lugar
favorito e você me conta o que aconteceu – disse ele me estendendo a mão

-Certo – falei apertando a mão dele

Começamos a andar andamos por quase uma hora, quando finalmente


paramos ao que me parecia uma pista de skates, ela estava deserta.

-Bem chegamos – disse ele indo em direção ao lugar

-Uma pista de skate? – perguntei confusa

-É sim – disse ele subindo numa das rampas.

-Sabe é um pouco difícil pra mim subir ai com essa saia – falei

-Vem eu te ajudo – disse ele me estendendo a mão.

-Valeu – falei pegando a mão dele e depois de alguns segundos estava


sentada do lado dele – Aqui não deveria ter skatistas? – perguntei

-Essa pista foi abandonada a alguns anos – disse ele


-Entendo – falei – E por que gosta daqui? - perguntei

-É um lugar tranquilo, se bem que também me traz lembranças tristes –


disse ele

-Mesmo...Thomas me disse um dia desses que ele e o Chris salvaram você –


falei

-E foi devo muito a eles – disse Ollie –Você gostaria de saber? - perguntou
ele

-Eu não sei talvez seja doloroso pra você – falei

-É um pouco mais já superei – disse ele

-Então do que Chris e o Thomas te salvaram? – perguntei

-De ser violentado e quase morto - disse ele

-Como? – perguntei assustada

-Eu acabava de entrar na puberdade – começou ele – Eu sempre vinha pra


ca pra não escutar ou presenciar as brigas dos meus pais...foi quando eu tinha 13
anos...era tarde da noite, e meus pais estavam em uma discussão e eu sai de casa
pra não presenciar tudo aquilo de novo...Eu estava aqui andando como sempre
quando fui surpreendido, por um garoto mais velho, primeiro achei que ele só
estava dando um tempo por que só ficava la parado olhando...e de repente ele
apareceu no meio da rampa eu desviei dele mais fui ao chão me lembro das
palavras dele até hoje...

-Ollie para...eu...eu não preciso saber – falei

-Desculpa – disse ele com um suspiro – Eu sempre fui tratado diferente por
ser assim sabe...diferente, passei a maior parte da minha infância escondendo o
rosto sobre um lenço...e as vezes faço isso quando estou andando de skate –
disse ele

-São as diferenças que nos tornam especiais – falei


-E você por que está fugindo da escola? – perguntou ele

-Posso te contar um segredo Ollie? – perguntei olhando pra rampa a nossa


frente

-Pode – respondeu ele

-A quase 7 meses eu sofri um acidente de carro – falei – Meu namorado e eu


na verdade – falei

-Sinto muito – disse ele

-E essa não é a pior parte – falei

-Tem mais? – perguntou ele

-Tem mais do que gostaria de lembrar – falei com suspiro

-Quer desabafar? – perguntou ele

-Era uma noite qualquer, voltávamos da casa de um amigo nosso que


acabava de descobrir que seria pai e estava feliz assim como a futura mamãe –
falei – Antony dirigia tranquilamente como sempre pouco conversávamos, as
rodovias são sempre perigosas principalmente a noite...foi então que ele surgiu
da pista contraria, direto na nossa direção Antony não teve tempo de desviar,
escutei ele gritar o meu nome e depois o peso do metal sobre meu corpo – falei e
percebi que chorava.

-Sinto muito mesmo – disse Ollie me abraçando

-Quando abri os olhos estava no hospital a primeira coisa que fiz foi chamar
por Antony, foi então que os meus pais me contaram que ele havia morrido...por
que ele tinha que morrer e me deixar aqui...tínhamos tantos planos – falei
chorando ainda mais

-Tudo vai ficar bem – disse Ollie me abraçando fortemente

-Por que aquele caminhão invadiu a pista contraria...por que ele tinha que
morrer...eu é que deveria ter morrido não ele – falei
-Calma Liu tudo vai ficar bem – disse ele acariciando meus cabelos

-Ollie por que tudo de ruim tem que acontecer comigo? – perguntei
tentando controlar meu choro que agora eram apenas soluços

-As vezes as coisas acontecem simplesmente por que precisam acontecer –


respondeu ele – Esta melhor? – perguntou ele se afastando um pouco

-Acho que sim – falei secando algumas lagrimas que ainda caiam – Mas
parece que as coisas aqui estão piores do que quando Antony morreu – falei

-Você o amava muito não é? – perguntou Ollie

-Sim – respondi –Mas parece que aqui ninguém entende Chris sabe disso e
mesmo assim me beijou...Eric também me beijou e o John e até mesmo o Miki–
falei

-Miki te beijou ? – perguntou Ollie incrédulo

-Por que acha que fuji de la – falei

-Você tem que dizer a eles o sente – disse Ollie

-Mas eu já disse e você acha que isso resolveu? – perguntei frustrada – Miki
acha que gosto do Chris...Chris acha que gosto do Thomas e quanto ao John e ao
Eric não sei o que dizer – falei

-Pera ai onde o Thomas entra nisso? – perguntou ele

-Ele me disse algumas coisas que agora eu sei que são verdades – falei –
Sabe minha irmã agora namora o Niel – falei e Ollie arregalou os olhos.

-E você contou a ela? – perguntou ele

-Claro que não, nem ele mesmo sabia que éramos irmãs – falei – E se ela
está feliz não vou ser eu a estragar isso – falei

-Você quer vê –la feliz? – perguntou Ollie


-Claro que sim que tipo de irmã eu seria se quisesse o mau pra qualquer um
dos meus irmãos? – perguntei

-Verdade – disse ele – Vocês todos se parecem com seus pais – disse ele

-50% mãe e 50% pai – falei – Mesmo minha mãe dizendo que eu muitas
vezes pareço mais com meu pai do que com ela – falei

-Vocês são uma família feliz – disse Ollie

-Uma família feliz não, normal talvez –falei

De repente escutei uma música e olhei pra Ollie.

-Sorry – disse ele pegando o celular – Alo...não Chris...é sim estou na pista...a
Liu? – perguntou ele olhando pra mim

Fiz que não com a cabeça.

-Não, eu não a vi...liga pra ela...eu sei...eu tento...sim te aviso se a encontrar


– disse ele desligando – Tsc, que cara mau humorado – disse Ollie

-Quem era? – perguntei

-Christopher, ele está preocupado com você – disse ele

-Imaginei– falei

-Você gosta dele? – perguntou ele

-Quem? – perguntei

-Do Chris– disse Ollie

-Não sei, meus sentimentos andam confusos demais – falei – Ele e todo
mundo só faz tudo piorar –falei encarando o ceu por um momento

-Eu imagino – disse Ollie– Mas sabe o Chris é uma pessoa legal se você for
escolher o Chris é uma boa escolha, ele com toda a certeza te fará a garota mais
feliz do mundo – disse Zelo
-Como posso fazer isso se não sei nada sobre o passado dele e sobre ele
mesmo – falei

-Pergunte a ele – disse Ollie

-Como se eu não tivesse tentado – falei com suspiro

De repente ouvimos novamente a música do celular do Ollie parecia um rap.

-Diga a ele que eu estou com você aqui – falei

-Certo – disse ele atendendo o celular – Oi Chris...sim...ela esta aqui na pista


comigo...nesse mesmo...não, não precisa ela tinha prometido que sairia comigo,
e se você vier vou ficar chateado...sim levo ela pra casa em segurança...tchau
Chris– disse ele desligando o celular

-Então o que ele disse? – perguntei

-Que viria aqui te buscar – disse ele

-E pelo que eu ouvi você enrolou ele – falei com um pequeno sorriso

-Certamente senhorita – disse Ollie

-Mon senhor – falei e nós dois rimos.

-Vem te pago um sorvete – disse ele descendo

-Ok – falei fazendo o mesmo e segurando aquele pedaço de pano

Andamos alguns minutos até chegarmos a uma sorveteria.

-Do que vai querer? – perguntou Ollie

-Mora...- parei no meio da frase desde quando eu gostava de morangos? –


Menta – falei

Depois que pagamos os sorvetes (Zelo pagou ambos mesmos eu insistindo


pra pagar o meu), saímos pelas ruas conversando coisas aleatórias, Ollie era um
bom amigo sempre me fazia sorrir e as vezes me lembrava Antony quando nos
conhecemos.
-Sabe Ollie você é o garoto mais legal que já conheci – falei

-E você é a garota mais inclinada a se meter em confusões que conheci –


disse ele, nós dois rimos.

-Bem chegamos – disse ele parando na frente da minha casa

-Gostaria de entrar? – perguntei

-Não, obrigado tenho mais algumas coisas pra fazer – disse ele

-Certo – falei – E obrigada por hoje foi divertido – falei

-Também gostei – disse ele – Nós vemos amanhã na escola?

-Claro – falei

-Então até la – disse ele retornando ao caminho que percorremos.

Assim que entrei em casa me deparei com algo que embrulhou meu
estomago.

-Qual é de novo – falei assustando os dois – Por que não sobem e se comem
la no quarto – falei

-Luani – disse Fernanda constrangida

-Sorry – disse Niel

-Vocês fazem pra me irritar é? – perguntei

-Claro que não você é que sempre chega quando não deve – disse Fernanda

-Sei – falei – De qualquer forma estou subindo

-Luani – disse Niel

-Que foi? – perguntei

-John mandou lembranças – disse ele senti um arrepio percorrer por minha
espinha

-Diga a ele que ele é um grande imbecil – falei pisando forte.


Como eu detesto aquele idiota, tudo bem que fazia uma semana que eu não
o via mas ainda assim ele continuava a me perturbar.

Mas não era com o John ou os Anjos do Norte que eu estava preocupada.

Toquei meus lábios ainda lembrando do sabor de morangos.

Talvez eu deva dar uma chance pra ele se explicar se eu dei uma ao Chris,
Miki também tem uma certo?

Mas ele vai ter que esperar até amanhã.

Tomei um banho e vesti meu moletom e me joguei na cama.

A cada dia me sinto mais confusa com esses garotos, mas acho que talvez
Miki tenha mais chance entre todos afinal ele é uma boa pessoa certo?

Mas e o Chris ele não é uma boa pessoa também? Ele sempre tenta me
defender e me proteger, e até mesmo se preocupa comigo...ele é uma boa
pessoa certo?

Devo dar uma chance pra ele certo? Mas e o Miki, ele também merece uma
chance ele esteve ao meu lado desde o primeiro dia que cheguei naquela
escola, ele sempre foi legal e gentil comigo.

Ai meu Deus como eu estou confusa com aqueles dois o que devo fazer
preciso de uma luz.

E assim conclui as anotações do dia de hoje.

-Lu o jantar está pronto – disse minha mãe batendo na porta

-Já estou indo – falei fechando o caderno e saindo do quarto.

Quando cheguei a sala de jantar todos estavam a mesa, tomei meu lugar
que era no lado esquerdo do meu pai (minha mãe fica no direito e minhas irmãs
perto dela, e Arthur perto de mim).

O jantar estava silencioso o que era incomum aqui em casa, até que meu
pai quebrou o silencio.
-Tem algum compromisso pra amanhã Luani? – perguntou ele

-Não por quê? – perguntei

-Amanhã a noite tenho um jantar com um importante cliente da empresa e


gostaria que me acompanhasse – disse ele

-Por que eu? A mãe pode ir com o senhor – falei

-Bem ele vai levar o único filho dele, e ele sugeriu que eu levasse a minha
primogênita – disse ele

-Ah, pai – falei – Pede pra N anda ir no meu lugar – falei

-Ela não é minha primogênita – disse meu pai – E depois é você quem vai
assumir meu lugar na empresa – disse ele

-Como é que é o negócio aí? – perguntei olhando –a incrédula

-O que você achou que eu deixaria pra um estranho? – perguntou ele

-Claro que não mais tem o Arthur e minhas irmãs também – falei (meu pai é
dono de uma empresa de advocacia aqui em Londres e outra em São Paulo)

-Todos vão ficar com uma parte das ações, mas você é quem vai ficar com a
empresa – disse ele

-Pai isso não é justo – falei – O Arthur como seu único filho homem deveria
ficar com ela - falei

-Carlos ainda é muito jovem e você é a mais velha é sua responsabilidade –


disse ele

-Isso não é justo – falei me levantando da mesa – E não vou na droga de


jantar nenhum – falei saindo

-Luani Angeles Jonnis volte já aqui – disse meu pai de forma autoritária, mas
eu o ignorei
Subi e fui direto pro meu quarto batendo a porta com força e trancando –a
logo em seguida.

Isso não é injusto como ele pode decidir as coisas por mim, sem nem ao
menos perguntar se é isso que eu quero, droga.

11. UM JANTAR INESQUECIVEL

Eu odiava quando meu pai me obrigava a fazer as coisas...sim eu fui


obrigada a vir nesse jantar, e ainda mais usar a roupa que eu não gostava vestido
(eca, eca), nada contra eles, mas acho que eles não ficam bem em mim.

-Vamos Luani sorria – disse meu pai

-Quer que use de falsidade? –perguntei sarcástica

-Não seja infantil são apenas algumas horas – disse ele – Ali está o meu
cliente – disse meu pai fazendo um pequeno sinal com a cabeça.

Olhei na direção que ele apontou e vi um homem de meia idade usando um


terno bem alinhado, e de frente para ele (ou seja, de costa para nós), estava o
filho dele vestido presumo eu da mesma forma, a única coisa que pude identificar
do garoto foram seus cabelos pretos e os ombros largos.

-Desculpe - nos pelo atraso senhor Williams – disse meu pai assim que
estávamos próximos

-Sem problema senhor Jonnis acabamos de chegar também – disse o


homem ficando de pé – Vamos filho levante –se – disse ele

Assim que ele se levantou e virou para mim arregalei os olhos.


-Esse é meu filho Christopher Williams – disse o homem.

-Liu – disse Chris sorrindo

-Chris – respondi sorrindo

-Não sabia que já se conheciam – disse o pai do Chris

-Estudamos na mesma escola pai –disse Chris – Ela é a Luani uma grande
amiga – disse ele

-É um prazer conhece –lo senhor – falei fazendo uma pequena mensura

-Vejo que você é uma jovem muito educada – disse ele

-Obrigada – falei

Vi Chris amarrar a cara como sempre fazia quando algo não o agradava (ou
seja, quase sempre estava enfezado).

-Vamos nos sentar – disse o senhor Williams

E assim fizemos e Chris foi um cavalheiro puxando a cadeira para mim (algo
raro afinal ele sempre se comportava como um bad Boy).

-Obrigada – agradeci.

Os pedidos foram feitos e Chris e eu passamos uma boa parte do tempo nos
encarando enquanto nossos pais conversavam coisas sobre o trabalho.

Confesso que foi estranho ver o Chris ali vestido de maneira tão elegante
um blazer preto com uma camiseta braça.

-Vo...A senhorita esta muito bonita esta noite – disse Chris

-Obrigada – falei um pouco corada.

-Sabe Chris assim como você ela também herdara a empresa do pai – disse
o Senhor Williams
-Então a senhorita também pertence a alta sociedade – disse Chris
espantado

-Sim senhor – respondi (nunca disse que não pertencia a uma família rica,
meu pai sempre valorizou suas raízes simples por isso se casou com a minha mãe)

-Luani é minha primogênita apesar de não parecer – disse meu pai

-E um pouco infantil as vezes – disse Chris

Eu apenas o olhei incrédula, e nesse momento nosso jantar chegou.

Jantamos em silencio aproveitando apenas a companhia e depois do jantar


foi a vez da sobremesa.

-Perdoe –me a insolência – disse Christopher – Mais gostaria de levar a


senhorita Jonnis para um passeio – disse Chris

-No meio da sobremesa? – perguntou o pai do Chris

-Sei que é errado pai, mas acho que tanto eu como a senhorita não nos
sentimos bem em um jantar de negócios – disse ele – Já que o propósito desse
jantar foi alcançado mesmo – disse Chris

-Tudo bem então – disse o pai do Chris

-Luani te quero em casa antes do toque de recolher – disse meu pai

-Sim senhor – falei me levantando.

Segui Chris pra fora do restaurante e assim que estávamos a uma distância
considerável ele tirou o blazer o amarrando na cintura.

-Odeio esses malditos jantares – disse ele

-O que quis dizer com o propósito foi alcançado? – perguntei

-Nossos pais...melhor meu pai está querendo que eu case...e acho que
achou a mulher perfeita pra isso – disse ele me encarando

-Como é o negócio? – perguntei incrédula


-Exatamente negócios – disse Chris – Meu pai quer que eu me case com uma
moça de família uma boa garota...e acho que e você – disse ele

-Isso explica meu pai querer me trazer pra um jantar idiota – falei me
sentando no banco da pequena praça

-Sabe que ainda temos certos assuntos pra resolver – disse ele se sentando
do meu lado

-A que se refere? – perguntei

-A noite em que John te levou para dar uma volta – disse ele

-Ah, isso – falei abaixando a cabeça

-Pra onde ele te levou? – perguntou Chris

-Pra um lugar interessante – falei

-Que lugar? –perguntou ele

-Ele me levou pra conhecer a lapide da irmã dele – respondi – Foi por ela
que vocês brigam até hoje? – perguntei

-Não – disse Chris – A irmã do John era uma boa menina...A garota por quem
John e eu brigamos ainda está viva e é justamente o motivo por que tanto
brigamos – disse ele

-Como assim? – perguntei

-Isso não é assunto pra essa noite – disse ele

-Tem razão – falei – Sabe...nunca imaginei que um dia veria você assim –
falei

-Assim como? – perguntou ele

-Sendo educado e um perfeito cavalheiro – sorri

-E você está mais bonita que de costume – disse ele


-O-obrigada – falei um pouco vermelha

-Vai me contar por que tem evitado o Miki? – perguntou ele

-Não é assunto pra essa noite – falei

-Sabia que temos um trabalho pra fazermos e você não pode evita –lo pra
sempre – disse Chris

-Eu tenho praticado bastante com você – falei

-Eu tenho um segredo pra te contar certo – disse ele

-Certo – falei

-O que gostaria de saber?

-Por que você tem sempre evitado seu pai? – perguntei

-Não é bem um segredo – disse ele

-Tudo que pergunto você não me fala – respondi

-Verdade – disse ele com um meio sorriso

-Então vai me falar? – perguntei

-Bem depois que minha mãe morreu, meu pai se tornou mais obcecado com
o trabalho do que nunca, e eu acabei ficando de lado na vida dele, quando entrei
na adolescência acabei fazendo muitas coisas de errada e com 14 anos fui parar
no reformatório – disse ele

-Thomas havia me dito sobre isso – falei – Mas o que você fez pra ir parar la?
– perguntei

-Contrabando de drogas – disse ele com um meio sorriso – Não é uma coisa
que eu me orgulhe – disse ele

-Imagino – falei – E foi la que vocês se conheceram certo? – perguntei


-Certo – disse Chris– Apesar de ser novo eu assustava bastante os garotos
mais velhos, porque com 14 anos eu já era bem alto, agora imagina Thomas,
Ethan, Nathan e eu juntos num reformatório – disse ele

-Com toda a certeza deve ter sido um pesadelo pros outros garotos – falei –
Me pergunto o que eles fizeram para ir parar num reformatório – falei

-Somos maus desde muito cedo – disse ele divertido

-Menos o Ollie – falei – Ele me disse que você e o Thomas o salvaram – falei

-Ele é um bom garoto – disse Chris – Acho que ele está com a gente por pura
gratidão – disse ele

-Acho que sim – falei – Posso perguntar uma coisa?

-Se eu puder responder – disse ele

-Posso pelo menos saber o nome da garota? – perguntei

-Pode – disse ele –Helena d’Paulo

-O que aconteceu entre vocês três para vocês se odiarem tanto? – perguntei

-Não é assunto pra essa noite – disse ele

-Me pergunto o que se passa na mente do meu pai pra ele querer arranjar
um casamento pra mim – falei me encostando no banco

-Talvez ele ache que seja hora – disse Chris

-Eu nem terminei o ensino médio ainda – falei – Como ele pode achar que
eu vá querer me casar sem nem ao menos ter uma faculdade? – perguntei

-Esta incomodada com a ideia do casamento ou por ser eu o seu


pretendente? - perguntou ele

-As duas coisas – falei

-Eu não sou tão mal assim – disse ele – Principalmente com a garota que
gosto – disse ele se aproximando
-Chris...por favor – pedi

-Por que? A gente sabe onde isso vai acabar – disse ele a centímetros do meu
rosto

-Eu...eu...eu estou confusa – falei

-Com o que? – perguntou ele

-Com tudo...você...o Miki – falei

-A fala sério – disse ele irritado – Quando eu acho que ganhei sempre tem
que ter alguém no caminho – disse ele

-Por que eu? – perguntei – Com tantas garotas naquela maldita escola? –
perguntei frustrada

-Você é diferente e especial – disse ele

-E se eu morrer? – perguntei – Você sabe que isso pode acontecer – falei

-Não diga isso – disse Chris sério –Eu te protejo não deixarei nada de ruim
te acontecer – disse ele

-Mais Chris – falei em um tom baixo

-Não diga nada apenas deixe acontecer – disse ele selando nossos lábios

Confesso que eu não esperava, mas era bom como Chris disse apenas me
deixei levar pelo momento.

Começou com um simples toque e então ele foi mordiscando os cantos da


minha boca, depositando beijos vagarosos e suaves em meus lábios impassíveis.
Era tão difícil não corresponder a ele.

E, sentindo que estava ganhando, começou a me seduzir com ainda mais


habilidade. Apertou-me de encontro ao seu corpo e deslizou a mão até o meu
pescoço, passando a massageá-lo, instigando minha pele com a ponta dos
dedos. Nesse momento, me rendi e me decidi. Então me abri para o beijo e
correspondi com entusiasmo enrosquei meus braços em seu pescoço e deslizei
as mãos para seus cabelos. Puxei o corpo dele ainda mais para perto do meu e o
abracei com todo o ardor e o afeto que eu não me permitia expressar
verbalmente.

Ele fez uma pausa, desconcertado por um breve instante, e então ajustou
sua abordagem, chegando a um frenesi apaixonado. Eu surpreendi a mim mesma
respondendo à altura de seu vigor. Corri as mãos por seus braços e ombros e em
seguida pelo peito. Meus sentidos estavam tumultuados. Eu me sentia
arrebatada. Ávida. Agarrei-me à sua camisa. Nada era perto o bastante para mim.
Seu cheiro era delicioso.

Eu desisti e deixei que ele assumisse o controle dos meus sentidos. Meu
sangue queimava, meu coração batia acelerado, a necessidade que eu tinha dele
se intensificou e eu perdi a noção do tempo em seus braços. A única coisa de que
tinha consciência era Christopher. Seus lábios. Seu corpo. Sua alma. Eu queria
tudo dele.

Por fim, ele pôs as mãos nos meus ombros e delicadamente nos separou.
Fiquei surpresa que Chris tivesse a força de vontade de parar, porque eu não
estava nem perto de ser capaz disso. Abri os olhos, atordoada. Estávamos ambos
ofegantes.

-Por que acho isso tão errado? – perguntei encarando –o, mesmo que
aquelas palavras saíssem da minha boca eu sentia que algo estava diferente.

-Você passou por muitas coisas ainda é apegada a lembrança do Antony –


disse Chris – Me deixa te fazer feliz novamente – disse ele acariciando minha
bochecha.

-Eu não consigo não agora – falei me levantando

-Luani – disse Chris e pude notar algo diferente em sua voz, mas não
consegui identificar o sentimento por trás dele

-É difícil pra mim – falei de costas pra ele – Você tem os seus segredos e eu
tenho os meus isso não pode dar certo – falei
-Pelo menos uma vez me deixa tentar – disse ele me virando

-Chris eu não consigo...aqui dentro não está pronto ainda – falei apontando
pro meu coração

-Eu sou paciente – disse ele – Eu posso esperar – disse ele

-Mas por quanto tempo? – perguntei

-O tempo que for preciso – disse ele – Vem está ficando tarde vou te levar
pra casa – disse ele

Eu apenas assenti. Começamos a andar, mas logo fomos parados.

-Olha o que encontramos por aqui – disse um dos rapazes eu não conhecia
nenhum deles, mas estava com um mau pressentimento quanto a isso.

Chris me colocou atrás de si de forma protetora.

-O que querem? – perguntou ele sério

-Fora você morto – disse um deles

-E acha que realmente vai conseguir isso? – perguntou Chris

-Se acha esperto de mais não é Christopher mas dessa vez você esta
acompanhado – disse o garoto com um sorriso malicioso – O que a sua garota
acharia se você acabasse morto – disse ele

Senti as mãos do Chris me protegendo.

-Um covarde como sempre não é Ni, adora fazer isso – disse Chris, e pude
sentir a raiva e o desprezo em sua voz.

-E qual seria a graça – disse o garoto – E depois hoje estou aqui como um
favor a uma certa pessoa – disse ele

-Certa pessoa? – perguntou Chris

-Vai me dizer que já se esqueceu dela – disse o garoto com um sorriso


Senti Chris ficar rígido de repente.

-Deixa a gente passar Ni – disse Chris um pouco mais alto

-Não antes de te dar uma bela surra –disse Ni

-Acha mesmo que pode contra mim? – perguntou Chris e eu apertei a barra
de sua camisa.

-Será mesmo capaz de se defender e proteger ela de nós afinal um dos


motivos é ela – disse Ni

-Como assim? – dessa vez foi minha vez de perguntar

-Ela não está nada feliz em ver seus dois garotos se envolvendo com uma
brasileira – disse outro.

-Eu não pertenço a ela nunca pertenci – disse Chris

-Então te faremos lembrar – disse ele estralando uma mão contra a outra.

-Chris – falei preocupada

-Não se preocupa – disse Chris – Só se proteja as coisas vão ficar feias por
aqui – disse ele

Eu apenas assenti, e assim que o primeiro veio pra cima do Chris eu me


afastei e me escondi atras de uma lata de lixo em um beco próximo, não era um
esconderijo, mas era o que eu tinha no momento.

Foi então que me lembrei, peguei meu celular e disquei o número.

-Alo?

-Precisamos de ajuda – falei

12. HORA DA VERDADE


-Liu – disse ele

-Ollie , Chris está em apuros ele precisa de ajuda estamos no centro – falei

-Ai está você – disse um dos garotos vindo em minha direção

-Aliás nós precisamos de ajuda – falei

-Estamos a caminho – disse ele, desligando.

-Nossa você é uma gracinha adoraria vê –la implorando por mim – disse ele
com um sorriso malicioso

-Fica longe dela – disse Chris aparecendo e socando – o

-Parece que alguém precisa de ajuda – disse uma voz um tanto familiar

-John – falei

-Ora se não justamente quem queríamos ver – disse Ni

-Mais se não é o cãozinho da Helena– disse John

-Educado como sempre não é John Brown – disse Ni sarcástico

-O que fazem aqui? – perguntou Eric

-Viemos trazer um recado da Helena pra vocês e a garota – disse Ni

-Saibam que daqui pra frente vocês não terão mais paz – disse o outro
garoto – Vamos embora.

E assim os 6 garotos partiram.

-Chris – falei indo abraça –lo – Você está bem? – perguntei

-Um arranhado ali e aqui mais estou bem - disse ele

-Obrigada John – falei me afastando do Chris –Se não fosse por vocês – falei
com um suspiro
-Não se preocupe quanto a isso aqueles idiotas mereciam uma bela de uma
surra – disse ele

-Desculpa por te colocar no meio do fogo cruzado de novo – disse Chris

-Sem problema só preciso que me expliquem que droga esta acontecendo


– falei um pouco alto

-Calma a cavalaria chegou – disse Ollie aparecendo junto dos outros.

-Perderam a festa – disse Niel

-A gente nem demorou tanto assim – disse Henry

-Tudo bem Chris? – perguntou Thomas

-Sim parece que uma velha conhecida esta de volta – disse Chris com um
suspiro

-Quem? – perguntou Thomas

-Helena D’Paula – disse Chris com certo desprezo

-O QUEEEE! – disseram eles, e pude notar a surpresa no rosto dos garotos

-E o que ela quer por aqui? – perguntou John

-Segundo o Ni, ela está atrás de nós de novo – disse Chris olhando para John
– E a Luani esta no meio do fogo cruzado...e acho que ela seria capaz de machucar
a Liu para nos atingir – disse Chris

-E o que pretende fazer? – perguntou John

-Proteger a Liu – disse Chris – Me lembro bem de como ela era...e acho que
ela é capaz de coisas muito piores – disse ele

-Tempo – falei – Da pra alguém me explicar quem é essa garota – falei

-Uma velha amiga minha e do John – disse Chris– Aquela garota era
insuportável...tornou as nossas vidas um verdadeiro inferno e um dos motivos
pra nós nos odiarmos tanto é ela – disse ele
-E o que ela fez de tão ruim assim pra vocês? – perguntei

-Ela brincou com a gente usou de artimanhas pra conseguir o que queria da
gente – disse John com um suspiro – Ela é manipuladora, inescrupulosa e
chantagista – completou ele

-E mesmo assim se apaixonaram por ela? – perguntei

-Ela era dissimulada, na época bancava de boa moça e acabou se tornando


uma verdadeira víbora – disse Chris

-Imagino – falei – E por que não deixam essa briga idiota de lado e se unem
contra ela? – perguntei

-Ollie leve a Liu pra casa sim –pediu Chris

-Obrigada por me deixar no vaco – falei

-Tchau Liu – disse John beijando minha bochecha

-Sem provocações – falei

-E quem disse que eu to provocando – disse ele

-Tentem não se matar – falei

-Vamos – disse Ollie me entregando o capacete

-Garoto eu to de vestido – falei

-Não se preocupe eu não vou olhar – disse ele

-Affs você não entende mesmo – falei colocando o capacete, enquanto Ollie
já ligava a moto, me virei para Chris e tirei o capacete – Obrigada pelo jantar
senhor – falei fazendo uma pequena reverencia

-Espero que tenha sido do seu agrado senhorita – disse ele sorrindo

-Como sempre...estar perto de você sempre se torna emocionante –falei


colocando o capacete e subi na moto completamente vermelha,por aquele
maldito vestido ter subido mais do que deveria.
Ollie saiu cantando pneu enquanto eu me segurava nele e tentava manter
o vestido um pouco abaixado.

Depois de meia hora chegamos na minha casa, o carro do meu pai estava
estacionado na porta da garagem.

Desci e ajeitei o vestido rapidamente (ainda bem que ele era soltinho senão
teria me causado mais problemas).

-Obrigada pela carona – falei entregando o capacete pra Ollie

-Disponha – disse ele – Qualquer coisa que precisar é só me ligar – disse ele

-Eu sei – falei

-O que foi você não parece feliz – disse Ollie

-E como poderia estar – falei – Cada dia que passa tudo fica mais confuso e
o Chris não me diz nada só me esconde as coisas – falei eu me sentia frustrada,
irritada, magoada.

-As vezes é preciso, tem certas coisas que você não pode saber – disse Ollie

-Como sobre essa garota? – perguntei

-Principalmente sobre ela – disse Ollie

-Tudo bem então – falei – Mas amanha não quero ouvir nada de nenhum de
vocês – falei

-Liu – disse Ollie com um suspiro

-Boa noite Ollie– falei entrando em casa.

Fui direto pro meu quarto sem fazer barulho algum, e depois do banho
conclui meu dia.

Confesso que não espera que o jantar fosse com o pai do Chris e com ele
mesmo, mas confesso que adorei...mas como sempre estar perto do Chris
nunca é normal fomos surpreendidos por uma outra gangue cujo nome eu não
sei...mas sei que Chris não gostou muito de te –los visto...me pergunto quem é
essa Helena que tanto atormenta a mente do John e do Chris, ela deve ter
magoado muito eles para haver tanto ódio e rancor entre eles e contra
ela...confesso que gostaria de saber mais sobre essa menina e acho que é
exatamente isso que vou fazer vou sondar meu adorável cunhado e os amigos
do Chris quem sabe eles deixam algo escapar.

Me joguei na minha cama tentando dormir mais isso não aconteceu cochilei
algumas vezes mas nada alem disso.

Quando a manha finalmente chegou eu me sentia um pouco cansada nada


que eu não superasse, tomei meu banho, vesti meu uniforme, desci tomei meu
solitário café da manha, subi e terminei de me arrumar e sai pra escola.

Hoje eu iria a pé mesmo nada de ficar perto do Chris hoje e depois eu


também precisava conversar com o Miki eu prometi a ele.

Depois de uma longa caminhada finalmente estava na escola, e logo avistei


Miki perto do carro dele.

-Oi – falei assim que estava perto o bastante.

-Oi – disse ele desviando a atenção do celular

-Podemos conversar? – perguntei

-Claro – disse ele com um pequeno sorriso

-Eu queria me desculpar...eu devia ter deixado você se explicar – falei – Mas
eu fiquei tão nervosa e assustada...muitas coisas estão acontecendo – falei com
um suspiro

-A culpa não é sua eu é que não deveria ter te beijado sem permissão – disse
ele
-O problema é que perdi meu namorado recentemente em um acidente de
carro...e acho que não estou pronta pra outra –falei

-Eu sinto muito – disse Miki– Eu deveria ter percebido – disse ele

-Não é sua culpa – falei

-Ainda podemos ser amigos? – perguntou ele

-Claro – falei sorrindo

-E quem sabe o dia em que você estiver pronta eu estarei aqui – disse ele

-Eu sei que vai estar – falei – Mas não quero que sofra por mim Miki...tenho
certeza que existem muitas meninas que gostam de você – falei

-Gostaria de saber onde elas se escondem – disse ele rindo

-Elas vão aparecer – falei

-Como sabe? – perguntou ele

-Tenho um bom tato pra isso – falei – E depois quando elas perceberem que
você esta interessada em outra garota elas vão cair matando em cima – falei

-Se você diz – disse ele

-Agora vamos ou nos atrasaremos – falei puxando Miki pela mão

Chegamos na sala segundos ates do sinal tocar.

-Essa passou perto – disse ele se sentando no seu lugar

-Sim – falei

E então o professor entrou junto do resto dos alunos.

hristopher e Thomas entraram por ultimo como sempre.

A aula estava tranquila e normal, normal até demais pro meu gosto.
Quando finalmente chegou o intervalo, Miki e eu seguimos pro nosso lugar
de sempre no pátio conversando animados sobre coisas bobas. Miki sempre
tinha esse efeito sobre mim me fazia rir de tudo.

Almoçávamos tranquilamente quando Ollie se aproximou.

-Posso? – perguntou ele

-Sempre – falei e ele sorriu

-Oi Miki – disse Ollie

-Ola – disse Miki

-Então como terminou la? – perguntei

-Nada bom como sempre – disse Ollie com um suspiro – Pelo menos eles
não se mataram – disse ele

-Pelo menos isso – falei – E o que você pode me dizer sobre essa garota? –
perguntei

-Bem quando me uni aos Black Dragons isso já tinha acontecido – disse ele
– Então acho que fora eu e o Henry só os mais velhos sabem – disse Ollie

-Interessante – falei

-Por que a curiosidade? – perguntou ele

-Apenas isso – falei

-Mesmo?- perguntou ele desconfiado

-Sério mesmo Ollie– falei

Ele me lançou mais um olhar curioso mas deixei passar aposto que se ele
soubesse contaria ao Chris sobre minha idéia.

Depois do intervalo voltamos pra sala e as duas últimas aulas passaram


super rápidas, estranhei a indiferença do Chris mas vai la se saber o que passa no
celebro dele, ele era meio estranho as vezes e seu humor mudava com frequência
também.

Assim que o sinal tocou me despedi do Miki e sai da sala acho que começarei
pelo Ethan, já que o Thomas não me falaria nada, mais acho que ele também não
me fará nada...mais preciso tentar.

Sai pelos corredores e logo avistei Ethan perto de algumas garotas.

-Ethan – chamei quando estava próxima

-Oi – disse ele se virando –Liu – disse ele sorrindo

-Oi – falei sem jeito – Podemos conversar – pedi

-Claro – disse ele – Meninas nos dêem licença – disse ele

-Ah Ethan – disse uma das meninas

-Depois nos falamos – disse Ethan piscando pra elas

Elas saíram nos deixando a sós.

-Então senhorita o que gostaria de falar? – perguntou ele

-Espero que seja sincero com o que eu vou te perguntar – falei

-E o que quer saber? – perguntou ele

Olhei para os lados para ter certeza que não tinham ninguém dos Black
Dragons por perto e lancei a pergunta.

-Quem é Helena D’Paula? – perguntei

-Desculpa mais fiz voto de silencio – disse ele

-Como? – perguntei

-Chris sabia que perguntaria isso a um de nós então ele nos fez jurar nunca
falar sobre ela com você e pra você – disse ele
-A fala serio – falei cruzando os braços – Qual é eu prometo não contar pra
ele – falei

-Você não conta pra ele...eu não conto pra você – disse ele –Eu não quero
problemas com Chris –disse Ethan

-A qual é Ethan me conta – pedi

-A namorada do Chris – disse Nathan aparecendo

-Eu não sou namorada dele – falei

-Nathan me ajuda – disse Ethan

-Com o que? – perguntou Nathan

-Ela quer saber sobre a Helena – disse Ethan

-Voto de silencio – disse Nathan

-Ai, por que vocês não me ajudam – falei – Se fosse o Ollie aposto que me
falaria – falei

-Ollie não sabe de nada – disse Ethan

-Mais se soubesse me falaria – falei

-Ele também faria voto de silencio – disse Nathan

-Vocês até parecem freiras – falei saindo – Mais que droga la se foram meus
planos.

-Falando sozinha – disse a pessoa que eu menos gostaria de ver.

-E que te importa – falei seguindo meu caminho.

-A qual é Liu ta zangada pelo beijo? – perguntou ele

-Entre outras coisas Eric– falei

-A qual é menina podemos pelo menos ser amigos? – perguntou ele

-Com uma condição – falei me virando com um meio sorriso


-Esse sorriso me assusta – disse ele – Mais que condição?

-Você deve saber quem é essa misteriosa garota então me diga quem é a
Helena D Paula – falei

-Desculpa mais isso é segredo – disse ele

-Affs – falei irritada – Adeus – falei

-Ai, se zangou – disse ele me seguindo

-Se ninguém vai me contar nada...então vaza o chato – falei seguindo meu
caminho

-Você se importa tanto com isso? – perguntou ele

-Sim – falei

-Por que? – perguntou ele

-Quando alguém fala “Será mesmo capaz de se defender e proteger ela de


nós afinal um dos motivos é ela” ou “Ela não esta nada feliz em ver seus dois
garotos se envolvendo com uma brasileira” – falei me lembrando das palavras do
garoto – Sim isso me deixa muito curiosa – falei

-Então a rainha do gelo esta interessada em você é – disse Eric

-E eu que sei – falei cruzando os braços –Sabe vocês deveriam se acertar


pelo menos – falei

-Bem agora vamos ter –disse Eric enterrando as mãos nos bolsos

-Por que? – perguntei

-Bem Niel namora com a sua irmã e pelo que ele disse ela não sabe sobre
suas atividades extras – disse Eric com um sorriso – E você também não contou a
ela...Por que não contou a ela?

-Se ele a faz feliz quem sou pra estragar isso? – perguntei
-Tem razão mais e se ela descobrir por outro....digo algum inimigo nosso? –
perguntou ele

-Ela não tem o habito de levar boatos a serio...a menos que seja alguém que
ela confie muito – falei

-Ou seja você? – perguntou ele

-Exatamente – falei

-Você ainda tem raiva da gente pelo que fizemos? – perguntou ele

-Tenho sim – falei

-E o que eu posso fazer pra mudar isso? – perguntou ele

-Não existem muitas coisas que você possa fazer – falei

-Nem mesmo uma? – perguntou ele

-A única coisa que eu quero, você disse que não me contaria – falei

-Eu não posso falar sobre algo que não pertence a mim – disse ele

-Por que todos dizem a mesma coisa – falei irritada

-Liu – escutei alguém

Me virei e vi Thomas e Henry.

-O que esta fazendo com esse idiota? – perguntou Henry

-Quem é idiota seu imbecil? – perguntou Eric

-A da um tempo vocês – falei – Qual é estão com os hormônios aflorados é?


– perguntei

-Em respeito a você eu já vou – disse Eric – Até logo – disse ele beijando
minha bochecha

-Tsc – suspirou Henry

-Tchau – falei
-Até logo – disse ele indo pelo caminho oposto.

E eu segui pro meu.

-Vai nos ignorar? – perguntou Thomas

-Ninguém nunca me fala nada mesmo então não faz muita diferença – falei

-Isso importa tanto assim? – perguntou Thomas

-Quando alguém me ameaça sim – respondi

-Não se preocupe ela não fará nada contra você – disse Thomas

-Que seja – falei voltando a andar

-Sabe se precisar estaremos aqui – disse Henry

-E eu gostaria de nunca ter conhecido vocês – falei

Segui meu caminho, e quando cheguei em casa não tinha ninguém normal.

Subi pro meu quarto e tomei um banho e desci pra cozinha pra comer.

Estava terminando de preparar meu sanduíche quando escutei a


campainha, caminhei a passos largos até a porta, e assim que a abri tive uma
enorme surpresa.

13. CONHECENDO O INIMIGO

Segui meu caminho, e quando cheguei em casa não tinha ninguém, normal.

Subi pro meu quarto e tomei um banho e desci pra cozinha pra comer.
Estava terminando de preparar meu sanduíche quando escutei a
campainha, caminhei a passos largos até a porta, e assim que a abri tive uma
enorme surpresa.

Era o garoto da noite passada.

Tentei fechar a porta mas ele foi mais rápido e entrou, fechando aporta
atrás de si.

-Você tem uma bela casa – disse ele

-O-o que você quer? – perguntei devo acrescentar muito assustada

-Sabe foi muito difícil encontrar você – disse ele –Ainda mais com os Anjos
do Norte e os Black Dragons na sua cola – disse ele

-O que você quer? –perguntei firme

-Ui autoritária o Chris gosta disso é? - perguntou ele

-Não me compare as vadias com quem você sai – falei

-Ui se zangou é? – perguntou ele sarcástico

-Fora da minha casa – falei autoritária

-Por que, eu vim te visitar – disse ele

-Você não é meu amigo então fora – falei abrindo a porta pra ele

-Escute aqui garota você sabe com quem está falando – disse ele sério

-Se você for outro gangster já estou acostumada a lidar com idiotas como
você – falei

-Você só pode ser idiota mesmo – disse ele segurando meu braço com força

-Me solta – falei tentando me livrar dele

-Por que – disse ele – Nós vamos dar uma volta – disse ele

-Não mesmo eu não entro em carro de gangsteres – falei


-Por que tem medo? – perguntou ele

-Já tive experiências ruins de mais por entrar em carro com o seu tipo de
gente – falei

-Não me importo final tem alguém quer muito te conhecer – disse ele me
puxando pra fora.

-Me solta – falei me debatendo contra ele

Em um movimento rápido ele me jogou sobre o ombro e começou a se


mover.

-Me coloca no chão seu imbecil – falei socando as costas dele

-Não antes de darmos um passeio – disse ele

-Alguém me ajuda socorro – gritei

-Quieta – disse ele

-SOCORRO – gritei a pleno pulmões.

-Liu – escutei uma voz

Ao longe pude ver Thomas e Henry

-Thomas socorro – gritei

Mais já erra tarde eu já estava dentro do carro, com Ni dando partida no


veículo.

-Me deixa sair – falei batendo nele

-Para com isso – disse ele tentando prestar atenção no caminho

-Só quando me deixar sair – falei

-Helena quer conhecer você – disse ele

-Quem o que? – perguntei parando de espanca – lo

-Helena quer te conhecer – repetiu ele


-E por que ela não foi até a minha casa? – perguntei

-Eu disse que ela queria te conhecer – disse ele – E não que seriam amigas –
disse ele

-Isso é um sequestro? – perguntei

-Talvez – disse ele

-Já vou avisando se eu morrer a culpa é sua – falei

-Você não é a primeira a dizer isso – disse ele

-Mas aposto que as outras não tinham problemas cardíacos – falei

-Como? – perguntou ele franzido o cenho

-Se eu passar por algum tipo de estresse muito grande meu coração para –
falei

-Eu duvido muito – disse ele

-Então acredita nisso – falei levantando um pouco a minha blusa e


mostrando uma pequena parte da minha cicatriz

-Oh – disse ele e eu abaixei a blusa – De qualquer forma não é problema meu
se entenda com a Helena– disse ele

-E o que ela quer comigo? – perguntei

-Pergunte a ela – disse ele parando o carro.

Olhei para fora e percebi que estávamos em frente a um enorme e luxuoso


prédio.

Ni me arrastou pra fora do carro indo em direção ao prédio, entramos no


prédio direto pro elevador.

-Da pra me soltar – pedi

-Só quando estivermos no apartamento – disse ele


Fiquei olhando os números, e percebi que íamos para a cobertura

Quando finalmente ele parou, Ni me arrastou até uma enorme porta


dourada, entrando logo em seguida.

-Helena chegamos – disse ele me soltando

-Finalmente Ni pensei que não conseguiria – disse uma voz melodiosa

Então ela pareceu uma linda inglesa, suas roupas eram pretas e justas e
uma sandália gladiadora, ela tinha longos cabelos negros e em uma das mãos ela
segurava uma taça com um líquido de uma cor um pouco transparente.

-Então essa é a garota – disse ela se aproximando

-Sim – respondeu Ni

-Então Chrisi e Jonny estão apaixonados por essa coisinha – disse ela

-Coisinha – repeti incrédula –E você deve ser o ser que atormentou a vida
do Christopher e do John – falei cruzando os braços

-Ela tem coragem – disse ela bebendo um pouco do líquido – Vamos direto
ao ponto – disse ela se sentando no sofá

-Que seria? – perguntei

-Quero que fique longe dos meus meninos – disse ela enfatizando a palavra
meus

-1° Eu tentei e não funcionou e 2° Que eu saiba você não é dona de nenhum
deles – falei

-Jura – disse ela com sarcasmo – Se eu os chamar eles vêm como dois
cachorrinhos pedindo por atenção – disse ela

-Eu aposto que não – respondi no mesmo tom

-Como uma moleca como você pode saber mais sobre eles do que eu que
tive os dois na minha cama – disse ela
-Acha que com isso pode conhecer alguém? – perguntei

-Claro - disse ela - Você não passa de uma piralha insolente não sabe de
nada – disse ela

-E você de uma hipócrita narcisista –falei

-Vamos ver se você continua com esse tom arrogante quando eu acabar
com você – disse ela ficando de pé

-Acha mesmo que é capaz? –perguntei

-Helena ela tem problemas cardíacos – disse Ni pela primeira vez

-Mesmo – disse ela com um sorriso assustador

-Sim eu mesmo comprovei isso – disse ele

-Isso está saindo melhor do que o esperado – disse ela – Leve ela la pra
dentro tenho que dar alguns telefonemas – disse ela

-Eu não vou ficar aqui, eu vou pra casa – falei

-Claro que não – disse Helena– Você está no meu caminho e pretendo tira –
la dele – disse ela

Ni me arrastou corredores adentro.

-Me solta seu idiota eu vou pra casa – falei me debatendo contra ele

-Não seja mau criada – disse ele abrindo uma porta e me jogando pra dentro
trancando a mesma logo em seguida

-Me deixa sair – falei batendo na porta e forçando a maçaneta.

Mas era obvio que a porta estaria trancada.

-Droga –falei chutando a porta

Se eu pelo menos tivesse o meu celular, mas não, eu o havia deixado sobre
a mesa da cozinha junto com o meu sanduíche, e por falar nisso estou morrendo
de fome...só espero que o Thomas e o Henry tenham visto quem foi o idiota que
me trouxe pra ca.

PONT THOMAS

-Thomas socorro – foi o que escutamos antes da Liu ser colocada dentro do
carro por Ni

Henry e eu até que tentamos alcança -los mais era tarde.

-Tommy– disse Henry

-Já estou ligado – falei discando o número do Christopher, nunca pensei


que ela fosse agir tão rápido – Droga caixa postal – falei tentando novamente, e
todas as vezes caia na caixa de mensagens, deixei uma mensagem de voz e vários
sms.

-E agora? – perguntou Henry

-Vamos atrás deles – falei – Precisamos de todos nessa –falei

-Thomas– escutei uma voz

-Niel – falei me virando e vi ele acompanhado da irmã da Liu (bom presumo


eu)

-O que fazem aqui? – perguntou ele desconfiado

-Vieram visitar a Lu? – perguntou a loira

-Não – respondi –Eu moro aqui perto e resolvi sair com o Henry – falei

-Mesmo? –perguntou Niel

-Sim nós vamos la ver a Helena ela voltou e trouxe uma amiga – disse Henry

-Ok avisarei o John– disse Niel

-Bem nós já vamos – falei


-Boa noite – respondeu a loira

Henry e eu seguimos pro nosso lugar de encontro todos menos Chris


estavam la onde aquele idiota se meteu?

14.UM HEROI MISTERIOSO

O sol já estava nascendo e eu continuava presa aqui eu estava angustiada e


acho que não ter dormido bem ajudou um pouco, eu sentia que a situação era
bem ruim, ainda mais pelo que ouvi dos garotos, se eles estavam preocupados
com a Helena eu também deveria estar, eu podia ouvir a movimentação na casa
e isso me deixava ainda mais nervosa, de repente a porta foi aberta e Ni entrou
com uma bandeja.

-Seu café da manhã – disse ele

-Não estou com fome –respondi

-Pois deveria comer, terá um dia bem agitado aqui – disse ele com um
sorriso malicioso

-Se imbecil – falei jogando o travesseiro nele, e por ele estar com a bandeja
com o que seria meu café da manhã não conseguiu desviar e foi ao chão com tudo
me fazendo rir.

-Ora sua garota idiota – disse ele se levantando – Agora vai ficar sem comer
o resto do dia – disse ele

-Eu não ligo – falei

-Ni – disse Helena da porta

-O que foi? – perguntou ele se limpando

-Como foi que disse? – perguntou ela num tom serio


-Desculpa – pediu ele

-Prepare outro café pra ela afinal Jonny e Chrisi logo estarão aqui para
resgatar essa coisinha – disse ela

-Quer todos aqui? – perguntou Ni

-Certamente – disse ela – E quanto a você coisinha

-Meu nome é Luani e não coisinha – falei

-Tanto faz – disse ela – De qualquer forma eles viram te resgatar e caíram na
minha armadilha – disse ela

-O que tanto quer com eles? – perguntei

-Não é da sua conta – disse ela

-O rainha da simpatia – falei sarcástica

-Você tem muita coragem não é – disse ela – Me desafia dentro da minha
própria casa – disse ela

-Se ele não tivesse me trazido pra ca a essa hora eu estaria na escola – falei

-Perto do meu Chrisi – gritou ela

-Não – respondi – Eu não sou tão ligada a ele – falei

-Acho que as duas vezes que vocês se beijaram diz o contrário – disse ela

-C-como você sabe? – perguntei assustada

-Eu sempre fico de olho no que é meu – disse ela – E Ni trará logo um novo
café da manhã pra você – disse Helena

-Eu não quero nada feito por você – falei

Ela simplesmente virou as costas saindo com Ni logo atrás dela.

"Mais que droga" – pensei

Eu precisava dar um jeito de fugir daqui mais como?


Me joguei na cama e cobri meus olhos com o braço, eu havia passado a noite
em claro e agora o sono parecia pesar sobre mim, o que me fez acabar dormindo.

Não sei por quanto tempo dormi mais acordei depois de um pesadelo
horrível, mas não era um simples pesadelo e sim uma lembrança que eu sempre
tentava esquecer, era doloroso todas as vezes que eu a revivia em minha mente.

Olhei para o lado e vi uma pequena bandeja que o que seria meu café ou
almoço, olhei pela janela e já estava escurecendo, acho que acabei dormindo de
mais.

Levantei-me sentindo meu corpo um pouco dolorido por ter dormido de


mais, apenas bebi o que me pareceu ser um copo de suco, afinal eu estava
morrendo de sede.

A porta do quarto foi aberta bruscamente e Ni entrou com uma expressão


nada feliz.

-Vamos – disse ele me puxando

-Ei calma ai cara – falei

Assim que chegamos na sala vi Christopher, John e Helena.

-Liu – disseram eles

-É bom ver vocês também – falei

-Acha mesmo que nos chantageando vai conseguir algo? – perguntou Chris

-Claro afinal é assim que a vida funciona Chrisi– disse ela

-Você não tem o direito de me chamar assim – disse Chris um pouco mais
alto

-Você viu Jonny o Chrisi esta brigando comigo – disse ela olhando para John

-Você merece isso e muito mais – disse John – E não me chame de Jonny,
vadia – disse ele com um meio sorriso
-E vocês me trocaram por essa coisinha – disse Helena com um suspiro
irritado

-Cuidado com o que fala Helena– alertou Chris

-Por quê? O que vai fazer vocês estão em minoria aqui – disse ela e então
mais 5 garotos apareceram, os reconheci daquele dia

-Você sabe que seus brinquedinhos não são páreo para nós – disse Chris

-Mesmo – disse ela sarcástica – E se eu machucasse a sua linda amiguinha –


disse ela se aproximando de mim.

-Como se fosse tão fácil assim – falei no mesmo tom

-Acha mesmo que pode contra mim – disse ela

-Claro que sim – falei irritada – Você não passa de uma patricinha mimada
que acha que todos devem fazer o que você quer – falei

-Ora sua ....

-Nem tente – falei me soltando do Ni e segurando a mão dela no ar –Você se


acha melhor que todos por que tem quem faz o serviço sujo pra você é? –
perguntei soltando a mão dela

-Como você ousa falar assim comigo e na minha casa –disse ela em tom
furioso

-E você quem pensa que é pra manipular as pessoas? – perguntei num tom
calmo e ameaçador – Você acha que tem algum direito sobre alguém...sendo que
você não passa de uma covarde – falei

-Sua piralha insolente – disse ela avançando sobre mim, mas eu desviei e a
derrubei no chão

-Não deixe minha aparência te enganar – falei – Posso parecer fraca mais sei
me defender muito bem – falei

-Liu – disse Chris


-Garota você ousa mesmo me desafiar – disse ela se levantando com o
auxílio do Ni

-Eu não estou te desafiando pra nada apenas me defendendo de você – falei
e senti uma pontada no meu peito e um pouco de tontura “droga” pensei

-Liu não – disse Chris mais foi impedido por um dos garotos.

-Liu seu coração – disse John

-Eu sei me cuidar – falei

-Sabe mesmo? – perguntou Helena

E então as luzes do apartamento se apagaram.

-Mais que droga é essa – escutei Chris

Estava difícil de enxergar.

-Ni – gritou Helena

Mais não ouve resposta

Escutei um baque e depois outro o que me fez começar a me afastar


tentando achar algo pra me defender naquela escuridão.

-Mais o que está acontecendo aqui – falei

De repente senti mãos em volta da minha cintura

-Chris – falei

-Liu – disse ele longe

-John – chamei

-Aqui – disse ele longe

Então quem estava me segurando.

-Me solta – falei me debatendo


-Calma sou um amigo – sussurrou ele perto do meu ouvido

Ele (pela voz parecia um garoto), me levantou e me jogou sobre o ombro


indo pra sei la onde.

Ele saiu apressado, e quando ele fez um movimento com a mão percebi que
ele estava me tirando do apartamento da Helena.

Ele só me colocou no chão quando estávamos perto do elevador.

-Quem é você? – perguntei olhando para o garoto a minha frente. Ele trajava
roupas pretas, estava com um tipo de binóculo na cabeça e ele não me parecia
ser inglês o que me deixava ainda mais intrigada.

-Como eu disse um amigo – disse ele voltando para o apartamento

-Espera – falei

-Preciso resgatar seus amigos – disse ele

Fiquei encostada na parede perto do elevador olhando para o chão


esperando algum deles aparecer, o que me incomodava era não saber o que
aquela garota queria tanto com eles, mas nenhum deles foi capaz de me dizer
nada.

Talvez eu deva desistir dessa história de saber mais sobre eles e falar com
meus pais e pedir transferência pra outra escola talvez eu deva fazer isso vai ser
melhor assim ficar longe deles e esquecer que um dia nossos caminhos se
cruzaram.

-Liu – escutei a voz do Chris

Levantei a cabeça e vi ele John e o garoto misterioso se aproximando

-Você está bem? – perguntou ele se aproximando

-Acho que sim – respondi e meu estomago roncou e eu tenho certeza de que
minhas bochechas estavam vermelhas.

-Vem eu te levo pra casa – disse John


-Por que você acha que vai levar ela? –perguntou Chris

-Por que eu falei primeiro – disse John

-Não enquanto eu estiver aqui – disse Chris encarando John

Antes que eu pudesse interferir o garoto fez antes.

-Eu a levo pra casa – disse ele

-E quem é você? – perguntaram os dois.

-Carlos Blacker – disse ele

Arregalei os olhos no mesmo instante, não podia ser possível...ele...como


assim?

-Oi, Luani a quanto tempo – disse ele tirando a máscara

-Mais como? – perguntei

-Tenho meus contatos – disse ele

-Alguém dá pra explicar o que está rolando aqui – disse Chris

-Esse é o irmão mais velho do Antony – falei e por um minuto senti minhas
pernas fraquejarem e aposto que se não tivesse encostada na parede teria caído
– Quanto tempo faz mesmo? – perguntei

-Um ano – disse ele me abraçando – Sinto muito por tudo – disse ele

-Sinto falta dele – falei retribuindo o abraço e chorando

-Também sinto – disse se afastando – Sinto muito não ter vindo quando
você ligou – disse ele secando as lagrimas do meu rosto com o indicador

-Eu sei era complicado – falei – Mas como me achou aqui? – perguntei

-Eu estou hospedado aqui e vi quando o troglodita te trouxe ontem então


armei tudo e te resgatei – disse ele – Me diga o que aconteceu pra você ser trazida
aqui, e aparentemente contra sua vontade? – perguntou ele
Olhei para John e Chris que abaixaram a cabeça

-Longa história – falei

-Tenho tempo – disse ele – E vocês vamos temos que deixar a senhorita
Jonnis em casa – disse ele

Entramos no elevador, o caminho foi silencioso era estranho e eu sabia que


Carlos perguntaria, ele sempre perguntava...desde que conheci Antony ele
sempre perguntava...ele acabou indo pro exército um ano antes da morte do
Antony.

Saímos do elevador e ele me guiou até a garagem onde o seu carro estava,
era um lindo jipe branco.

-Nos vemos amanhã Liu? – perguntou Chris

-Acho que sim – falei

-Sinto muito pelo que aconteceu – disse John – Prometo compensar – disse
ele

-Obrigada – falei

-Vamos seus pais devem estar preocupados – disse ele abrindo a porta do
carro pra mim.

E minutos depois estávamos rodando pelas ruas de Londres, dei a ele o


endereço.

-Vai me contar o que aconteceu? – perguntou ele

-Você guarda segredo? – perguntei

-Claro – disse ele dando de ombros.

-Bem desde que comecei a estudar conheci duas gangues – falei

-Gangues – repetiu ele incrédulo


-E acabei sendo sequestrada pelo garoto do cabelo escuro com os lados
raspados...então ele se apaixonou por mim...e ele e o outro garoto também e
agora os dois me disputam – falei – E também tem a garota que me sequestrou
ontem que tem raiva de mim por que tanto o Chris quanto o John a desprezam
por que ela fez algo a eles que os deixou muito irritado e fora que eles também
são inimigos – falei

-Tudo isso aconteceu em pouco mais de um mês que você está aqui? –
perguntou Carlos

-Fazer o que sempre tive o dom pra confusão – falei

-Fora isso fez amigos? – perguntou ele

-Sim – falei

-São legais? – perguntou ele

-Sim – falei

-Bem chegamos – disse ele estacionando o jipe na entrada de casa.

Assim que sai fui surpreendida por um abraço da minha mãe.

-Onde se meteu menina? – perguntou ela se afastando – Quase chamamos


a polícia – disse ela

-Desculpa mãe – falei

-Onde esteve? – perguntou ela

-Desculpa senhora Jonnis – disse Carlos aparecendo

-Carlos – disse ela abraçando-o

-É bom ver a senhora também – disse ele retribuindo o abraço “te dou
cobertura” sussurrou ele

E eu assenti

-Por onde andou? – perguntou minha mãe se afastando


-Exército – disse ele – Voltei ontem e acabei roubando a Luani...e peço
desculpas – disse ele

-Poderiam pelo menos ter ligado – disse minha mãe

-Desculpa – pediu ele – Mais acabamos conversando sobre o Antony e bem-


disse ele

-Eu entendo – disse ela – Venha vamos entrar – disse ela puxando-o

Eu apenas os segui.

Minha família sempre foi muito chegada à família do Antony e Carlos


sempre esteve por perto e confesso que as vezes penso que minha mãe o adotou
como filho, mas como não gostar do Carlos? Ele é inteligente educado, atlético e
muito bonito.

Ele e Antony sempre foram muito parecidos mesmo Antony sendo 4 anos
mais novo que ele, ambos tinham o cabelo negro a pele clara e os olhos azuis, e
donos de belos corpos, Antony era campeão de natação quando estudávamos, e
não era difícil ver as garotas dando em cima dele, e quando ele morreu...a escola
toda pareceu ter se cobrido de cinza...eu mesma nunca voltei, não tive coragem
de voltar pra lá depois que sai do hospital.

15. E TUDO SÓ PIORA

Meus pais me deram a puta de uma bronca por ter sumido (como se a culpa
fosse minha), e acabei ficando de castigo por isso.

Quanto a Carlos meu país obrigaram –no a ficar aqui em casa.

Estava terminando meu café quando Carlos desceu.

-Bom dia – disse ele


-Bom dia – respondi

-E o pessoal?

-Saíram cedo – respondi

-Você sempre fica sozinha? –perguntou ele

-Só durante a semana – respondi

-E não é solitário? – perguntou ele

-Já me acostumei – falei

-Se quiser te dou uma carona até a escola – disse ele

-Claro – falei terminado meu café e subindo.

Depois de pronta peguei minha bolsa e desci Carlos estava encostado perto
da soleira da porta.

-Vamos – falei

-Ok – disse ele saindo

-O que vai fazer hoje? – perguntei, enquanto entravamos no jipe

-Como assim? – perguntou ele

-Você vai passar o dia sozinho – falei

-Ah – disse ele dando partida no carro – Na verdade depois de te deixar na


escola vou pra base naval aqui em Londres– disse ele

-Base naval? – perguntei

-Sou fuzileiro – disse ele

-Meus parabéns – falei

-Obrigado – disse ele parando o carro – E Liu tente se manter fora de


confusões – disse ele
-Sim senhor – falei descendo do carro

-E diga pra sua mãe que vou ficar fora por uma semana – disse ele

-Certo – falei – Tchau – falei fechando a porta.

Quando me virei para entrar na escola vi muitos alunos me olhando, por eu


estavam me olhando?

Segui direto pra sala e novamente todos pareciam me olhar, mais o que a
meu rosto está sujo por um acaso?

-Liu – disse Miki me abraçando com força

-Miki...não...consigo...respirar – falei

-Desculpa – disse ele se afastando

-Por que esse abraço repentino? – perguntei indo pro meu lugar

-Soubemos que você estava doente, e ficou no hospital – disse ele

-E quem foi...Chris – falei – Eu não estava doente – falei irritada

-Então por que...? – perguntou ele

-Onde está o Christopher? – perguntei

-No pátio – disse ele

-Obrigada – falei indo em direção a porta.

-Mais Liu... – disse Miki

Não terminei de escutar a sua frase apenas sai a passos largos em direção
ao pátio, com todos me olhando eu sabia que isso iria acontecer...afinal como ele
saberia se não tivesse la?

Quando cheguei la encontrei ele com o resto do pessoal.

-Oi Liu – disse Ollie sorrindo

-Por que fica se metendo na minha vida – falei encarando Christopher


-Como? – perguntou Chris arqueando uma sobrancelha

-Por que espalhou pra todo mundo que tinha ficado doente? – perguntei

-Queria que eu contasse a verdade? – perguntou ele se levantando

-Claro que não – falei com um suspiro – Mas não precisava inventar uma
mentira...pessoas faltam o tempo todo...não apenas por estarem doente – falei

-Liu – disse ele

-Eu não terminei – falei levantando a mão– Por que tem que se meter em
tudo – falei me sentindo frustrada

-Quem disse que eu me meto – disse ele com um suspiro

-Devo citar o incidente de ontem e as palavras da Helena pra mim quando


você e o Jonh não estavam la? – perguntei cruzando os braços

-E o que ela disse? – perguntou ele serio

-Esse não é o ponto – falei

-Claro – disse ele sarcástico – E falando em ponto como seu ex-cunhado


apareceu lá ontem pra te salvar? – perguntou ele cruzando os braços

-Ele me disse que estava hospedado no hotel e viu o Ni me levar pra quele
apartamento – falei

-Claro e ele esperou todo aquele tempo pra te resgatar – disse ele

-Disse o cara responsável por eu ter sido sequestrada – falei

Chris abaixou a cabeça e percebi a merda que tinha falado.

-Chris...eu...desculpa não queria falar isso – me desculpei rapidamente

-Você tem razão a culpa é minha mesmo – disse ele olhando de uma forma
assustadora – E prometo que não vai se repetir.

-Chris...
-Esqueça – me interrompeu ele

-Ótimo então – falei séria – Só uma coisa...ela tem vigiado você e o John
desde que vocês se afastaram dela – falei, virei as costas e voltei pra sala.

Assim que me sentei em meu lugar o sinal tocou, e o professor entrou, eu


sabia que Chris e nem Thomas apareceriam na sala.

Um arrepio percorreu meu corpo seguido por um pressentimento ruim mas


deveria ser coisa da minha cabeça. Eu estava passando por muita coisa.

Mas agora não era hora para isso tínhamos um trabalho pra fazer, e como
amanhã era sábado, poderíamos fazer la em casa.

As duas últimas aulas passaram super rápidos o que pra mim foi ótimo
afinal eu odeio matemática.

-Miki a gente pode fazer esse bendito trabalho la em casa amanhã – falei
enquanto saiamos da sala.

-Parece legal – disse ele – Mais e quanto ao Christopher e o Thomas? –


perguntou ele

-Eu falo com eles – falei

-Certo – disse ele – Mais a que horas? – perguntou

-La pelas três da tarde – falei

-Pra mim esta bom – disse ele

-Então estamos combinados – falei

-Quer carona?- perguntou ele

-Não obrigada – falei

-Tem certeza? – perguntou ele

-Sim – falei
-Então até amanha – disse ele

-Até – respondi, Miki entrou no carro e foi embora.

Quando comecei a me afastar da escola fui abordada por uma garota devo
admitir muito fofa.

-Com licença – disse ela

-Sim – falei

-Você é namorada do Miki? – perguntou ela

-Não sou amiga dele...e você quem é? – perguntei

-Sou Mia – disse ela um pouco baixo

-E no que posso te ajudar? – perguntei

-Bem – começou ela brincando com as mãos –Eu gosto do Miki a bastante
tempo mais acho que nunca olhou pra nenhuma garota...bem até você chegar –
disse ela com a cabeça baixa, sorri com isso, eu sabia que havia alguém aqui
nessa escola que gostava do Miki

-Quer minha ajuda pra conquista –lo? – perguntei

-Faria isso? – perguntou ela sorrindo

-Claro – falei – Amanha a noite a banda do Miki vai tocar no coffeer shop
aparece por la, umas oito da noite – falei

-Obrigada – disse ela

-E aparece na segunda pra almoçar com a gente – falei

-A-almoçar? – perguntou ela assustada

-Sim por que algum problema? – perguntei

-N-não – disse ela

-Liu – escutei uma voz irritante e Mia ficou assustada.


Me virei dando de cara com Eric

-O que você quer? – perguntei seria

-E-eu já vou, até segunda – disse Mia

-Até – falei

-Eu vim te buscar pra te levar pra casa – disse ele

-Eu não quero a sua companhia – falei começando a andar ( mesmo sendo
sexta eu não iria pra psicóloga não hoje)

-O John me pediu pra ficar de olho em você já que a Helena começou a agir
– disse ele me seguindo

-Acredito – falei sarcástica –Por que você e não um dos outros?

-Tsc– disse ele

-Esta preocupado se algo acontecer? – perguntei

-Todos estão –disse ele

-Se todos estão por que você esta aqui ao invés do John? – perguntei (nota:
provocando)

-Ele está ocupado com algumas coisas – disse ele

-Hum – falei

Seguimos o resto do caminho em silencio.

-CHAGA EU NÃO QUERO OUVIR MAIS - escutei alguém gritar assim que
estava em frente de casa

-Mais o que ta acontecendo? – perguntei entrando

Assim que entrei vi Nanda aos prantos brigando com Niel que não estava
muito diferente.

-Nanda não foi minha culpa foi ela que...


-EU NÃO QUERO MAIS OUVIR AS SUAS DESCULPAS NIEL, VA EMBORA – gritou
ela

-Mais que droga esta acontecendo aqui? – perguntei

-Nada – disse Nanda secando as lagrimas

-Como nada da pra escutar essa gritaria la da esquina – falei

-Eu já disse não é nada – disse ela subindo as escadas.

-Niel? – perguntei cruzando os braços

-Desculpa – disse ele se sentando no sofá.

-O que você fez pra ela cara? – perguntou Eric do meu lado

-Ela viu quando a Suzy avançou sobre mim me beijando – disse Niel
passando as mãos nos cabelos

-Como assim a Suzy – disse Eric– Aquela vadia – disse ele

-Da pra alguém me explicar – pedi

-Suzy é a vadia da nossa escola e é a fim do Niel mesmo ele dando o fora
nela tipo umas mil vezes por dia e ela não desiste – disse Eric

-Isso foi a causa da briga de vocês? – perguntei

-Sim –disse Niel com um suspiro – Você pode me ajudar a fazer as pazes com
ela? – perguntou Niel

-Posso sim – falei

-Obrigada Liu – disse ele

-Amanha a noite no Coffeer Shop – falei

-A que horas? – perguntou ele

-As sete e meia – falei

-Vou ficar te devendo essa – disse ele


-E eu vou cobrar – falei

Ele sorriu.

-Bem eu já vou eu sei que ela não vai me escutar mesmo – disse ele

-E faz o favor de levar o Eric com você – falei

-Pode deixar – disse ele

Os dois saíram, eu poderia falar com a Nanda mas ela não me ouvirá não
sem estar calma então era melhor deixar ela se acalmar.

Subi pro meu quarto tomei um banho e me joguei na minha cama, sentindo
o caderno embaixo do travesseiro, o peguei e comecei a escrever.

Bem devo dizer que o dia de hoje foi muito barulhento e confuso...sem
dizer que se as coisas estão ruins elas sempre têm tendências a piorar, mas eu
ajudaria Niel com a Nanda mesmo sendo contra...mas se eles se amam eu vou
dar todo o meu apoio para eles.

16. CASAIS NADA NORMAIS

Depois que acordei tomei meu banho, vesti uma roupa qualquer e fiz a
primeira anotação.

04 de maio de 2013

Já faz bastante tempo que estou em Londres e muitas coisas aconteceram


e agora tenho muitas coisas para contar quando for uma pessoa velha...e hoje
será do dia “D” afinal tenho muitas coisas planejadas para hoje e muitas delas
tenho certeza de que não serão legais...
Deixei em aberto como sempre faço peguei meu celular e liguei.

-Alo – disse uma voz um pouco sonolenta do outro lado

-Bom dia Ollie...desculpa se estou te acordando – falei – Mas poderia me


passar o número do Thomas e do Christopher preciso falar com eles – falei

-Bom dia Liu, não, você não me acordou – disse ele – Vou te enviar os
números por mensagem – disse ele

-Obrigada Ollie– falei

-Por que quer falar com eles? Eles brigaram de novo – perguntou ele

-Não, não, apenas trabalho da escola – falei

-A entendi – disse Ollie– Bom estudo pra vocês – disse ele

-Estudar nunca é divertido – falei

-Verdade – disse ele – Vou te mandar os números – disse ele

-Até mais Ollie– falei desligando

Minutos depois ele me enviou o número e mandei uma mensagem dupla


pros dois.

“Trabalho de casa, hoje aqui em casa

As 15 horas, e tragam os livros.

Liu.”

A resposta do Thomas foi mais rápida.

Ok, estarei ali

Tommy

Desci pra tomar café e encontrei com Nanda, ela estava com enormes
olheiras e uma cara nada feliz.
-Bom dia – falei

-Não tão bom assim – disse ela

-Não fica assim –falei – Vamos sair hoje a noite – falei

-Onde? – perguntou ela

-Bem a banda do Miki vai tocar em um restaurante hoje de noite – falei

-Vamos sim, vou adorar – disse ela – Vai ser bom tirar o Niel da cabeça

“Se ela soubesse o que eu estou planejando” pensei

Depois do café lavamos a louça e arrumamos a casa.

Depois de todo pronto subi pro meu quarto, então recebi a mensagem do
Christopher.

Estarei ali as 15 horas,

O Tommy e o Miki vão também?

Mandei a resposta.

“Sim vão vir...e sobre ontem sinto muito, não deveria ter falado aquilo”

E enviei, a resposta veio logo em seguida

Tudo bem, você nem deveria se desculpar, já que a culpa não é sua.

Resposta

“De certa forma me sinto culpada, eu sempre acabo te magoando, com as


minhas palavras duras”

E enviei, a resposta dele veio logo em seguida.

Tudo bem, e que tal sairmos hoje a noite?

Eu mandei a resposta.
“Hoje não vai dar prometi levar a Nanda no Coffeer Shop, hoje pra se
encontrar com o Niel”

E enviei, a resposta dele foi certeira

Então eu levo vocês la, um encontro duplo

E minha resposta não ficou atrás.

“Tudo bem tenho certeza que você vai achar divertido mesmo”

Depois disso o resto do dia foi chato, meus irmãos caçulas me


importunaram bastante, e meus pais pra variar trabalharam quase o dia todo.

-O Liu isso é assim mesmo – disse Thomas me entregando o rascunho.

-Bem – comecei lendo o papel – A data está errada e o nome do duque


também – falei

-Mais não foi em 1924? –perguntou Thomas

-Não, foi em 1945 – falei

-Não sei pra que precisamos saber disso – disse Chris se jogando na minha
cama (sim estávamos fazendo o trabalho no meu quarto)

-Sai da minha cama Chris– falei

-Por que aqui é tão bom – disse ele

-Chris vem ajudar – disse Thomas

-Eu não quero – disse ele

-Então não coloco o seu nome no trabalho – falei

-Tsc– disse ele

-Miki digita isso aqui – falei passando a folha pra ele

-Ok – disse ele digitando rapidamente no notebook


-Trouxe um lanche pra vocês – disse minha mãe entrando no quarto com
uma bandeja

-Eu ajudo – disse Chris pegando a bandeja das mãos da minha mãe

-Obrigada – disse minha mãe sorrindo

-Ah, mãe – falei

-Sim – disse ela

-Hoje a noite a Nanda e eu sairemos – falei

-E pra onde vocês vão? – perguntou ela

-Vamos ver a banda do Miki tocar – falei

-Você sabe que ainda está de castigo, não é? – perguntou ela

-Exigo minha condicional por bom comportamento – falei

-Senhora Jonnis – disse Chris– Eu estarei la e Miki também – disse


Christopher fazendo Miki eu nos encararmos e depois encararmos Chris

-Tudo bem então – disse minha mãe – Mais sabe o horário de estar em casa
– disse ela saindo

-O que foi isso? – perguntou Thomas antes de mim

-Isso o que? – perguntou Chris desentendido

-Você me apoiando e ainda usando o Miki como desculpa – falei

-Isso não foi nada – disse ele – Já acabamos? – perguntou ele começando a
comer

-Só falta eu terminar de digitar – disse Miki

-E vai demorar? – perguntou Chris

-Não muito – respondeu Miki concentrado no que fazia no notebook


Quando os meninos foram embora era quase umas cinco e meia da tarde, e
eu subi pra começar a me aprontar.

Eram umas seis e meia quando Fernanda e eu terminamos de nos aprontar.

Chris chegou as sete e meia como havíamos combinado.

-Em casa à meia noite – disse meu pai

-Sim senhor – respondemos.

Quando chegamos no restaurante eram quase oito da noite, e a banda de


Miki já havia começado, escolhemos uma mesa um pouco no fundo e fizemos
nossos pedidos.

-Eu não quero segurar vela não – disse Nanda

-Por que diz isso? – perguntou Chris

-Vocês dois – disse ela apontando para nós – Vocês são um casal e eu estou
sobrando – disse ela com um suspiro

-Não somos um casal – falei – E depois esse encontro não é pra mim ou pro
Chris – falei avistando Niel na entrada do restaurante

-É pra quem então? – perguntou ela

-Pra vocês – falei sinalizando pra Niel

Nanda virou olhando pra ver pra quem eu acenava.

-Eu não vou ficar aqui – disse ela fazendo menção em se levantar

-Se não deixar ele se explicar conto pra todo mundo o que você fez no dia
natal – ameacei

-Você não seria capaz – disse ela

-Se sair daqui quando chegar em casa papai e mamãe já estarão sabendo –
falei
-É um blefe – disse ela

-Quer aposta? – perguntei pegando meu celular.

-Com você é má – disse ela com um suspiro

-Eu sei – respondi divertida

-Boa noite – disse Niel se aproximando

-Boa noite – respondi

-Nanda trouxe isso pra você – disse ele estendendo um buque de rosas
vermelhas pra ela

-Obrigada – disse ela pegando as flores

-Gentil da sua parte Niel – falei – Bem Christopher e eu vamos deixar vocês
conversando – falei

-Obrigada Luani – disse Niel

-Pode me chamar de Liu – falei e ele sorriu ainda mais – E Niel ela tem que
estar em casa a meia noite – falei

-Não vai ficar? – perguntou ele

-Tenho mais um casal pra juntar essa noite – respondi – E Nanda comporte
–se – falei me levantando.

Me levantei e fui seguida por Christopher que estava com a típica cara de ‘O
que”, logo avistei minha segunda vítima.

-Oi Mia– falei me aproximado

-Luani – disse ela –Christopher – disse ela com uma cara assustada

-Não se preocupe ele é inofensivo – falei apontando para Chris

-Ei – disse ele

-Sentem – se – disse ela


-Obrigada – falei me sentando

-Puxa o Miki tem uma voz incrível – disse ela

-Sim – falei

-Será que ele vai gostar de mim? – perguntou ela temerosa

-Vai sim Mikié um garoto legal – falei

A banda encerrou sua apresentação la pelas onze e meia e Miki veio aonde
estávamos.

-Liu –disse ele – Que bom que veio – disse ele

-Da última vez não pude ver sua apresentação até o final –falei – Miki quero
que conheça minha amiga Mia, ela é uma grande fã sua – falei

-Ola – disse ela timidamente

-Prazer sou Dominic mais pode me chamar de Miki ou Dom– disse ele

-Você canta muito bem Miki– disse ela

-Bem Chris e eu já vamos – falei – Até segunda – falei me levantando

-Tchau – disseram os dois, e ambos ficaram levemente rosados.

Achei muito fofo aquilo, deixei o dinheiro sobre a mesa, olhei na direção da
mesa onde Nanda e Niel estavam e ambos estavam no maior Love, sorri com
aquilo.

-Então é cupido agora? – perguntou Chris assim que estávamos fora do


restaurante

-As vezes – falei

-E quanto a você quando vai ser seu próprio cupido? – perguntou ele

-Não tão cedo – respondi

-Ah – disse Chris decepcionado


-Ei não fica triste posso arrumar uma garota pra você – falei

-Mas eu quero você – disse ele

Fiquei vermelha no mesmo instante.

-Você adora me deixar sem graça – falei

-Isso só te deixa mais bonita – disse ele

-É...obrigada – falei sem graça

-Mudando de assunto o que pode me dizer sobre seu amigo “super-herói”?


– perguntou ele fazendo aspas com as mãos na palavra super-herói.

-O que gostaria de saber? – perguntei

-Tudo – respondeu ele

-Bem ele tem 20 anos é fuzileiro, é inteligente é irmão mais velho do Antony
– falei

-Vocês parecem bem próximos – disse Chris

-Claro que somos eu era namorada do irmão dele –falei

-Ele parece gostar muito de você – disse Chris

-Também gosto dele – respondi

-Como assim gosta dele? – perguntou Chris

Sorri ao perceber ao que Chris se referia e acho que deixa –lo um pouco
frustrado ia ser divertido.

-Sei lá, ele é forte tem belos olhos e nos conhecemos bastante – falei

-E ele salvou você – acrescentou Chris abaixando a cabeça

-Que fofo Christopher Williams esta com ciúmes – falei apertando as


bochechas deles

-Affs menina – disse ele – Você falou isso pra me provocar? – perguntou ele
-Dããã – falei

-Tsc, só você mesmo e depois diz que não sente nada por mim – disse ele

-Eu nunca disse isso – falei, e ele sorriu – Me leva pra casa...eu estou de
castigo e não quero passar da hora – falei

-Por que está de castigo? – perguntou Chris abrindo a porta do carro pra
mim

-Por que fui sequestrada – respondi entrando no carro.

-Tadinha de você – disse Chris dando partida no carro

-Nem me diga – falei

-E durante a tarde você pode sair? – perguntou Chris

-Eu não deveria nem sair durante a noite – falei – Meu castigo é da escola
pra casa, de casa pra escola – falei

-E sua mãe só te deixou sair por que eu pedi? – perguntou Chris

-Basicamente – respondi

-Então amanhã vou te buscar pra gente sair de tarde – disse Chris

-Como assim me buscar? – perguntei – Você nem pediu se eu queria sair –


falei

-Mais você vai gostar de passear comigo – disse ele

-Tipo um encontro? – perguntei

-Corrigindo, nosso primeiro encontro – disse ele dando ênfase na palavra


nosso

-Como assim nosso primeiro encontro – falei assustada – Pra termos um


primeiro encontro precisamos ser namorados coisa que não somos – falei dando
ênfase na palavra namorados e não.
-Não por muito tempo – disse ele

-Que quer dizer com isso? – perguntei

-Seu pai e meu pai, andam conversando muito sobre o “nosso futuro” –
disse ele fazendo aspa na palavra “nosso futuro” com uma mão enquanto mantia
a outra no volante.

-E como sabe disso? – perguntei

-Meu pai vive perguntando sobre você quanto estou em casa – disse ele

-Meu pai não fala muito sobre você – falei – Se bem que ele não fica muito
em casa, e nem sempre eu estou em casa – falei

-Fique um tempo com ele pra você ver – disse Chris

-Eu não é capaz de ser verdade mesmo – falei

-Tem medo de ouvir coisas boas a meu respeito – disse ele parando o carro
em frente a minha casa

-Como se tivesse algo de bom pra ser dito sobre você – falei

-Como não tem – disse ele – Sou rico, bonito, atlético e inteligente – disse
ele

-Que você é rico isso é obvio – falei – Já os outros três não tenho tanta
certeza – falei

-Ei menina – disse ele me encarando– Eu sou tudo isso sim – disse ele

-Duvido muito – falei

-Sabe posso dizer o mesmo sobre você – disse ele

-Não sou atlética e nem bonita fico na média, ou seja, não sou muito
inteligente...e bem meu pai é rico eu não, eu apenas aproveito um pouco do
dinheiro dele – falei
-Você é bonita, inteligente atlética também – disse ele – Mas é diferente de
muitas garotas ricas que conheço – disse ele

-Mas é errado eu dizer que sou rica se o dinheiro é dos meus pais afinal quem
trabalhou para consegui –lós foram eles e não eu – falei

-Você é bastante realista – disse ele

-Sei disso – respondi – E por falar nisso preciso entrar está ficando tarde –
falei

-Boa noite – disse ele

-Boa noite – respondi saindo do carro e entrando pra dentro.

Subi pro meu quarto, tomei um banho rápido, vesti meu confortável pijama
e me joguei na minha cama.

Bom acho que consegui juntar Niel e Fernanda novamente, e talvez


arrumado uma namorada pro Miki...e isso me deixa feliz talvez assim ele pare
de sofrer por mim...Chris parece enciumado com a presença de Carlos por
aqui...o que significa que ele realmente gosta de mim...mas acho que com
Carlos por aqui, será mais difícil pra mim, realmente decidir meus sentimentos
pelo Chris, toda vez que eu vejo Carlos uma pequena parte do meu celebro
lembram de Antony, afinal Carlos e Antony tinham os mesmos olhos e a mesma
maneira de sorrir, o que me deixa com medo de pensar em criar algum laço
afetivo com Chris, ou qualquer outro garoto.

17. O RAPTO DOS HERDEIROS


Domingo o dia mais preguiçoso da semana e sabe por que? Por que
sabemos que depois dele vem a segunda o dia mais detestado por todos, fato
concreto.

Meu domingo seria baseado em apenas ficar deitada na minha cama


assistindo teve e nada além disso.

-Luani Angeles Jonnis – disse o furacão Fernanda entrando no meu quarto

-O que foi? – perguntei

-Por que fez aquilo ontem – disse ela me sacudindo – Eu deveria te matar –
disse ela

-E vai conseguir se não parar de me chacoalhar – falei

-Obrigada – disse ela me abraçando

-Bateu a cabeça na pia do banheiro foi? – perguntei

-Não sua idiota– disse ela se afastando – Obrigada por juntar Niel e eu
novamente – disse ela se afastando

-Disponha – falei me jogando na minha cama

-Então você e o Christopher? – perguntou ela sugestiva

-Não – falei – E não vai acontecer tão cedo – falei abraçando o travesseiro

-A Lu – disse ela se sentando do meu lado – Você tem que seguir em frente
eu sei como você o amava mais precisa dar uma chance...abrir seu coração
novamente – disse ela

-Eu não estou desesperada pra arrumar um namorado – falei

-Por que não? você precisa de companhia – disse ela

-Claro – falei irônica – E quando eu voltar pro Brasil ano que vem? –
perguntei

-Você vai voltar pro Brasil? – perguntou ela incrédula


-Claro – respondi – Eu odeio esse País eu nunca quis vir pra ca – falei com
um suspiro

-Mas você parece feliz quando o Miki ou o Christopher estão por perto –
disse ela

-E fico – respondi – Mas não significa que gosto daqui – falei

-Mas por que, aqui é tão e bem melhor que o Brasil...claro em algumas
partes – disse ela

-Muitas coisas aconteceram comigo desde que cheguei aqui – falei

-Por que não me conta – disse ela

-Não sei se você acreditaria – falei com um suspiro – E depois tem coisas que
você não deveria saber – falei

-Lu – começou ela – Eu tenho basicamente cuidado de você mesmo você


sendo a mais velha e você deveria me dar um voto de confiança – disse ela

Não era fácil convencer aquela loira a deixar algo de lado ela se importava
demais comigo principalmente por termos um ano de diferença.

-Não sei se devo te contar – falei mordendo o lábio

-Vai logo men9ina conta de uma vez – disse ela impaciente

-Esta certo – falei me rendendo – Sabe as duas vezes que desapareci? –


perguntei

-Sim – disse ela

-Então a primeira vez...foi por que eu fui sequestrada por um gangster e a


segunda vez, foi a ex desses gangsteres que me sequestrou – falei

-COMO ASSIM GANSTER? – ela praticamente gritou

-Cala boca – falei tampando a boca dela


-Sua maluca – disse ela afastando a minha mão – Quem são esses
gangsteres? E imagino que nossos pais não saibam – disse ela

-Não, eles não sabem – falei com um suspiro – Até porque se soubessem não
estaríamos tendo essa conversa. E bem um deles você conhece – falei (eu não
vou falar sobre o Niel, pelo menos não agora)

-Quem é? – perguntou ela eu a olhei sugestiva – Não – disse ela percebendo


o recado

-Sim – falei

-Como o Christopher pode ser de uma gangue? – perguntou ela – Ele me


parece um bom garoto – disse ela

-Pois é as aparências enganam – falei

-Espera se o Christopher é então o garoto com cabelo de miojo e o outro la


o Thomi também são? – perguntou ela

-Sim – respondi – Ollie e o Thomas - corrigi

-Espera você disse gangsteres, ou seja, são duas? – perguntou ela e eu


afirmei com a cabeça – Quem são os outros?

-Luani – minha mãe chamou da porta antes que eu pudesse responder

-O que foi mãe? – perguntei

-Christopher está aqui pra te ver – disse ela

-Já vou – respondi – Se contar pra alguém eu te mato – falei

-Prometo guardar segredo – disse ela – Mas avise ao Christopher se algo de


ruim acontecer com você ele já era – disse ela batendo uma mão contra a outra

-Ok – falei, me lembrando do que havia dito a Niel quando ele veio aqui
pedir a mão da Nanda em namoro. Se bem que Fernanda não precisa que eu a
defenda afinal ela luta muito bem.
-Vamos – disse ela – Aquela mula está te esperando lá em baixo – disse ela

-Não fala assim dele – falei

-Está bem – disse ela com um pequeno sorriso que eu apenas ignorei

Assim que descemos Christopher estava em uma conversa animada com


meu pai, senti um calafrio percorrer minha espinha.

-Bom dia – cumprimentei

-Bom dia – responderam eles

-Por que não disse que tinha marcado de sair com o Christopher hoje? –
perguntou meu pai

-Eu o que? – perguntei espantada

-Lembra que a gente combinou no dia do jantar em sair – disse Chris – Mas
quando toquei no assunto, você me disse que estava de castigo – disse ele

-E por que veio aqui então? – perguntei

-Vim pedir pros seus pais se poderíamos sair hoje de tarde – disse ele

-E pra isso precisava vir de manhã? – perguntei

-Luani olha os modos – disse meu pai – E sim vocês podem sair hoje –
acrescentou meu pai

Chris sorriu satisfeito com resposta, e todos os palavrões possíveis


passaram por minha mente.

-Bem então eu já vou – disse Chris se levantando

-Por que não fica pro almoço – disse minha mãe

-Prometi almoçar com alguns amigos – respondeu Christopher

-Então combinaremos um próximo dia para você vir aqui em casa almoçar
– disse minha mãe
-Desde que não esteja bêbado e não me acorde – brincou meu irmão

O que fez a Julie eu rirmos.

-Carlos Arthur– repreendeu meu pai

-Alguém me chamou – disse o outro Carlos adentrando a casa

-Carlos – falei sorrindo

-Oi – disse ele – Juro que ouvi alguém chamar meu nome – disse ele vindo
me abraçar

-Era o meu irmão – falei retribuindo o abraço – Pensei que ficaria fora por
mais alguns dias – falei me afastando

-Eu ficaria mais meu comandante disse que era melhor eu assumir minhas
férias ou estaria encrencado – disse ele

Ouvi Christopher pigarrear para chamar nossa atenção.

-Carlos esse é Christopher Willkiams – falei – Chris esse é Carlos Blacker –


apresentei descaradamente

-É um prazer – disse Carlos estendendo a mão

-Digo o mesmo – disse Chris apertando a mão de Carlos mais logo em


seguida a soltou – Bem eu já vou ou me atrasarei – disse Chris

-Claro – disse meu pai

-Eu te acompanho – falei seguindo pra porta.

-Você e o Carlos parecem bem íntimos –disse Chris quando estávamos fora
de casa

-Não precisa ficar com ciúmes ele é apenas meu amigo – falei

-Está bem – disse ele – Venho te buscar as três – disse ele

-E pra onde pretende me levar? – perguntei


-Primeiro ao parque e depois...bem depois veremos para onde vamos –
disse ele

-Está bem – falei – Até as três – falei

-Até – disse ele

Fiquei observando Chris entrar em seu carro e sair cantando pneu.

Assim que entrei pra dentro, os três homens ali presente me encaravam.

-O que foi? –perguntei

-Você e o Christopher – disse meu irmão

-Nem começa – falei

-Eu não disse nada – disse ele

-Você não mais o pai tem planos pro meu futuro – falei subindo as escadas.

-Luani eu já falei com você sobre isso – disse meu pai

-Arthur é seu único filho homem ele deveria ficar com a empresa – falei do
alto das escadas.

Entrei no meu quarto e me joguei na minha cama era frustrante,


principalmente por meu pai querer decidir meu futuro por mim.

Ouvi algumas batidas na porta.

-Vai embora – falei cobrindo meu rosto como travesseiro.

De repente o travesseiro foi retirado do meu rosto, e vi quem era o ser que
estava me importunando.

-Então ele é seu namorado? – perguntou Carlos se sentando na beirada da


cama.

-Não – respondi

-Mas ele gosta de você – disse Carlos


-Não posso fazer nada – respondi

-Luani se for por causa do Antony – começou ele – Ele gostaria que você
fosse feliz, ele te amava e eu tenho certeza que ele não ia gostar de te ver triste –
disse Carlos

-Carlos não faz tanto tempo assim que o Antony partiu – falei, era doloroso
pensar nele morto.

-Você acha que ele, onde quer que esteja está feliz em te ver
assim...sofrendo por ele? – perguntou Carlos, eu não respondi apenas o encarei
– Aquele garoto...o Chris parece gostar muito de você de uma chance a ele, e se
não for ele dê uma chance a qualquer outro garoto – disse ele

-Mas...Carlos eu não consigo – falei

-Claro que consegue – disse ele – Eu sei que é difícil...veja, meus pais
também estão sofrendo com a morte dele, mais tenho certeza que se a minha
mãe visse você agora ela diria a mesma coisa....de uma chance seja feliz todos
merecem – disse ele

-Eu não sei – falei incerta

-Me prometa que vai tentar – disse ele

-Não posso prometer uma coisa que sei que não vou cumprir – falei

-Você vai sim, nem que pra isso eu tenha que ficar aqui pra sempre – disse
ele

-Affs em Carlos – falei – De qualquer forma meu pai e o pai do Chris querem
nos juntar mesmo – falei

-Você gosta do garoto isso está escrito na sua cara – disse ele

-Afs você em, é pior que o Ollie– falei

-Ollie? – perguntou ele confuso

-Um amigo –respondi


-Seu amigo parece esperto– disse ele

-Ele é - falei

Depois dessa conversa com Carlos o resto da minha manhã foi normal, mais
quando a tarde chegou me desesperei eu não queria sair com o Chris e pra
completar eu estava com uma sensação ruim como se algo de ruim fosse
acontecer.

Como iríamos a um parque decidi uma roupa normal e não algo sofisticado
de mais, optei por um short jeans curto e uma regata preta comprida e o bom e
velho allstar.

Estava sentada no sofá com cara de poucos amigos Fernanda estava


sentada comigo.

-Desamarra esse bico – disse ela

-Como se eu quisesse sair com ele – falei

-Vai ser legal – disse ela

Lancei - lhe meu olhar mortal e ela riu

-Sorria – disse Carlos aparecendo de sei la onde e apertando minhas


bochechas.

-Sai daqui – falei jogando –lhe uma almofada

-Ai que mau humor – disse ele

De repente a campainha tocou.

-Eu atendo – disse ele indo em direção a porta

-Seja legal – disse Fernanda e eu lhe mostrei a língua.

-Luani é pra você – disse Carlos.

-Já estou indo – falei


-Eu te acompanho – disse Fernanda

Seguimos pra porta, Chris não estava tão diferente de seu habitual visual
calça jeans escura e regata branca.

-Oi – disse ele com um sorriso gengival

-Oi –respondi com um pequeno sorriso

-Olha só Christopher – disse Fernanda me surpreendendo com seu tom


ameaçador- Ela me contou tudo...então se algum coisa ruim acontecer com a
minha irmã você vai conhecer o lado mau da família Jonnis – disse ela

-Fernada– falei

-O que? – perguntou ela seria

-Tenho que falar mesmo? – perguntei

-Eu estou te defendendo e você sabe que sou melhor em Silat e WingChun
que você – disse ela

-Sim e não é por isso que você vai sair por ai espancando as pessoas – falei

-Só to avisando o Christopher que se algo como o seu sumiço se repetir ele
é um homem morto – disse ela

-Eu prometo cuidar bem da Liu – disse Chris

-Bom encontro pra vocês – disse ela voltando ao normal

-Tchau –falei saindo com Chris a meu lado

-Sua irmã é assustadora – disse ele

-Você ainda não viu nada – falei com um suspiro

Entramos no carro do Chris e seguimos em direção ao parque

Chegamos la depois um bom tempo.

-É a primeira vez que venho aqui – falei descendo do carro


-Mesmo? – perguntou ele

-Sim – respondi – Não sou muito de ir em parques de diversão – falei

-Por que não gosta? – perguntou ele enquanto adentrávamos o lugar

-Exatamente – falei

-Esta certo – disse ele – Então eu vou escolher os brinquedos – disse ele

-Nada que envolva alturas – falei

-Tem medo de altura? - pergunto ele

-Sim – falei

E ele sorriu travesso.

-A não Chris – falei

-Exatamente roda-gigante – disse ele

-Eu não vou – falei cruzando os braços

-Eu te arrasto se for preciso – disse ele

-Chris – falei

-Vem eu vou estar la com você não se preocupe – disse ele

-Está bem – falei

Christopher comprou os ingressos e seguimos pra fila da roda –gigante, que


não estava tão grande assim.

-Vamos Liu abra os olhos – disse Chris

-Não –respondi baixo

-Não se preocupe você está segura – disse ele, então senti seus braços
envoltos da minha cintura.

Abri os olhos e percebi como estávamos perto, perto até demais.


-Eu disse que ia te proteger – disse ele

-Esta bem mas não precisa ficar tão perto – falei me afastando um pouco

E pra piorar meu medo aquela porcaria parou bem no alto.

-Aqui em cima tem uma bela vista – disse Chris

-Verdade – falei, mesmo com muito medo ele tinha razão, aqui tinha uma
bela vista do parque e até mesmo da praia – Podemos ir a praia depois? –
perguntei

-Claro – respondeu Chris – Sabe depois do que você passou nunca imaginei
que tivesse medo de altura – disse Chris

-Eu sei – falei – Mas não é da altura é sim da queda – falei

-Isso faz sentido – disse Chris

-E você do que tem medo? – perguntei

-Do passado – disse ele

-Helena? – perguntei

-Também – disse ele

Depois de mais duas voltas fiquei aliviada por poder estar no chão.

Ficamos andando pelo parque por algum tempo, depois fomos em mais
alguns brinquedos, e depois fomos fazer um lanche.

O sol já estava se pondo quando decidimos ir à praia.

-Nossa – falei tirando meu calçado e indo pra beira da praia pra poder sentir
o contato da água do mar com os meus pés.

-Você parece uma criança – disse Christopher mais afastado

-Isso me traz boas lembranças – respondi

-Mesmo? – perguntou ele


-Sim, me faz lembrar de casa e quando me mudei pra São Paulo – respondi

-Morava no litoral? – perguntou ele

-Sim – respondi voltando pra perto dele – O Guarujá era incrível, eu sempre
i la – falei

-Você gosta bastante de la? – perguntou ele

-Sim – respondi com um meio sorriso – Só vou esperar fazer 18 e voltar pra
la – falei

-E quando vai ser isso? – perguntou ele

-Segredo – respondi

-Ah – disse ele um pouco decepcionado – Não vai me dizer quando é seu
aniversário? – perguntou ele

-Não é importante – falei – De qualquer forma só vou poder voltar pra la


depois que esse ano acabar – falei

-Então seu aniversário é no final do ano? – perguntou ele

-Sim – falei

-Mais não vai me contar o dia? – perguntou ele

-Não vou contar é segredo – falei divertida

-Você sabe que se eu perguntar pro seu pai ele me diz? – perguntou Chris

-Sei – falei – Mas também sei que se você perguntar a ele te ignoro
novamente – falei

-Então não pergunto – falei

-Muito bem – falei

Continuamos andando pela orla até que percebi uma movimentação


estranha perto de nós.
-Chris – falei – Acho que estamos sendo seguidos – falei

-Também percebi isso – disse ele

-Temos algum plano de fuga? – perguntei

-Ainda não – disse ele serio

-Os herdeiros do império de advocacia Luani Jonnis e do empresário mais


rico do País Christopher Williams– disse um homem

Eles estavam em 4 e eram completamente assustadores, me segurei no


braço de Chris que estava serio.

-Quem são vocês? – perguntou Chris

-Ninguém que importa pra você – disse o mesmo homem

-O que querem? – perguntou Chris

De repente senti ser arrancada de perto do Chris e percebi mais dois


homens.

-Liu – disse ele se virando e avançando um passo

-Se der mais um passo eu a mato – disse o homem que me segurava.

Senti algo em minha cabeça só então percebi que se tratava de uma arma.

-Não a machuquem – pediu Christopher pude notar uma ponta de


desespero em sua voz

-Isso só depende dos pais de vocês – disse o outro homem.

-Como? – perguntou Chris se virando

Mas ele foi atingido por uma coronhada e caiu desacordado.

-Chris –gritei

Então senti um pano sobre meu rosto, ele tinha um cheiro estranho, tentei
me debater, mais aos poucos meu corpo foi cedendo e eu apaguei
18. ONE SHOT

Um tiro, deixe-me te contar algo que você já sabe

Você me agita

Sabe o que eu quero dizer?

Eu sentia meu corpo um pouco dormente, e aos poucos minha mente


trouxe de volta a lembrança de Chris sendo atingido e alguém me dopando,
tentei abri os olhos mais sentia alguma coisa impedindo minha visão era um tipo
de venda sobre os meus olhos, tentei movimentar meus braços mais senti algo
frio preso a eles e ao que parecia eu estava presa em uma cadeira, senti uma onda
de pavor tomar conta do meu ser, me pergunto se Christopher estaria bem, tentei
prestar atenção aos sons a minha volta mais tudo estava quieto demais.

-Tem alguém ai? – perguntei

-Liu? – era a voz do Chris parecia perto

-Chris cadê você? – perguntei

-Eu não sei, eu posso te ouvir mais não vejo –respondeu ele

-Estou na mesma – respondi

-Você esta bem? – perguntou ele

-Sim – respondi – E você? – perguntei

-Também – respondeu ele

De repente escutei um barulho parecia uma porta sendo aberta.

-Então nossos convidados finalmente acordaram – disse uma voz


masculina.
-Eu juro que quando sair daqui acabo com cada um de vocês – disse Chris
de forma assustadora.

-Eu duvido – disse o homem

Senti uma mão em minha perna e automaticamente recuei o máximo que


pude.

Então o pano foi tirado dos meus olhos, pisquei algumas vezes tentando me
acostumar com a luz que era pouco naquele lugar, percebi então que o lugar
onde estávamos parecia um galpão, pude ver uma mesa com um monte de
equipamento, olhei então para o lado e vi um homem...bem mais parecia um
garoto, ele então fez um movimento virei o máximo que meu pescoço permitia e
percebi que Christopher estava de costas para mim preso em uma cadeira.

-Chris– falei deitando minha cabeça um pouco pra trás.

-Liu – disse ele fazendo o mesmo – O que querem da gente? – perguntou


Chris

-De vocês nada, mais do seus pais um bom dinheiro – respondeu o garoto

-Vocês são uns idiotas mesmo – disse Chris

-Cala boca – disse o garoto acertando um soco em Chris

-Chris– falei

-É seu melhor? – perguntou Chris, cuspindo um pouco de sangue

-Vamos ver se você acha graça quando eu ficar com a sua linda amiguinha –
disse ele

-Imbecil ela tem problemas cardíacos se ela sofrer algum estresse o coração
dela para – disse Chris tres oitavas mais altas

-Eu sei disso – disse o garoto – Sei tudo sobre vocês e suas famílias –
respondeu ele

-Então sabe o que eu vou fazer com você quando sair daqui – disse Chris
-Você pode até pensar que é um gangster mais duvido que teria coragem de
matar alguém de verdade – disse o garoto

-Me solta e veremos do que eu tenho coragem ou não – disse Chris se


debatendo contra as algemas

-Thiago traga a câmera – disse o garoto

-O que vai fazer? – perguntei

-Mandar um recado pros seus pais – respondeu o garoto

O tal de Thiago se aproximou com uma filmadora, primeiro focou em mim


e depois em Chris.

-Vocês têm 24 horas ou os dois morreram – disse o garoto – Cem mim por
cada um caso contrário, primeiro a garota e uma hora depois o garoto – disse o
garoto

E o garoto com a câmera focou em Chris e depois em mim, e voltou pro


garoto.

-Se a polícia aparecer os dois morrem e uma pequena prova do que está por
vir – disse ele estralando os dedos, e mais três garotos apareceram dois deles
ficaram perto do Chris e começaram a bater nele eu simplesmente abaixei a
cabeça fixando meu olhar pra minhas pernas. Mesmo assim eu podia ouvir os
sons eles pararam alguns minutos depois, o terceiro garoto então levantou meu
rosto obrigando –me a encara –lo.

-Não se preocupe não vamos te machucar muito – disse ele com um sorriso

-Não encostem nela – disse Chris eu podia notar o desespero em sua voz

Ele então tirou uma faca do bolso e eu arregalei os olhos, e logo meu
coração sentiu os efeitos, batendo desesperado no meu peito, ele percorreu meu
rosto todo com a faca sem realmente encosta –la em mim.

Ele então a pousou em minhas pernas.


-Vai doer – disse ele fazendo um corte na minha coxa logo o liquido
vermelho estava escorrendo pela abertura mordi os labios com força tentando
conter o grito, mais um gemido de dor acabou escapando junto com algumas
lagrimas.

-Vocês têm 24 horas antes que eles acabem mortos – disse o garoto e a
câmera foi desligada – Thiago você sabe o que fazer – disse o garoto se
aproximando de mim

-Liu – disse Chris – Você...esta bem? – perguntou ele deitando a cabeça pra
trás pude ver um corte em sua sobrancelha e alguns hematomas espalhado pelo
rosto e um pouco de sangue no seu lábio.

Abaixei a cabeça focando o ferimento em minha coxa.

-Sim – respondi ainda chorando

-Eu juro que vou acabar com vocês – disse Chris

O garoto que era o líder deles se abaixou e tentou secar as lagrimas mais eu
desviei meu rosto.

-Não me toque – falei

-Preciso limpar o ferimento antes que infeccione – disse ele

-Não precisa – falei –Deixe assim, se eu morrer vocês pegam prisão perpetua
– falei

-Não conte com isso – disse ele passando um pano úmido sobre o corte,
senti uma ardência que me fez soltar outro gemido de dor, depois de alguns
minutos limpando ele amarrou um pano limpo sobre a ferida, e a essa altura meu
choro já tinha parado, mas meu coração continuava a bater em um ritmo
estranho que estava começando a me preocupar.

-Por...que nós? – perguntei

-Seus pais são poderosos podem pagar nossa exigência – disse ele
-Chefe esta pronto – disse Thiago se aproximando

-Envie os dois pros endereços junto do bilhete – disse o líder deles

Há somente uma chance enquanto você caminha nesse caminho escuro

Acenda sua luz como Martin Luther King

Tire sua mente da sarjeta

É cedo demais para falhas, você ainda é jovem demais

Um tiro, uma chance

Não há uma segunda chance, não perca, prepare-se agora

Sim vamos nessa! Desafie a si mesmo, espalhe sua personalidade, faça


isso!

PONT. THOMAS

Chris e Liu haviam sido raptados não era possível como isso foi acontecer
com eles, Chris era esperto como ele deixou isso acontecer, todos estávamos
muito preocupados a mãe da Liu chorava constantemente desde que viu o vídeo
Liu parecia assustada, mas se mantia firme mesmo depois daquilo.

Estávamos na casa dela e quando digo estávamos todos mesmos, nós Anjos
do Norte, Miki e a namorada, a mãe da Liu estava no quarto sobre efeito de
calmantes o pai do Christopher e da Liu se mantiam firmes tentando buscar uma
solução a polícia já tinha se envolvido era obvio que isso aconteceria
principalmente sabendo quem são os pais deles.

-Precisamos fazer algo – disse Ollie andando de um lado para o outro na


calçada
-Mas o que? – perguntou Ricky – A única coisa que podemos perceber
naquela filmagem era que eles estavam em um galpão – disse ele

-Bem a Lu me disse que todos os amigos do Christopher são gângster – disse


Fernanda saindo pra fora acompanhada do Niel – E pelo que percebi meu
namorado também é – disse ela

-E onde quer chegar? – perguntou John

-Ou vocês me ajudam a encontrar a minha irmã ou nunca mais apareçam


perto dessa casa ou da Lu – disse ela de forma autoritária

-E você acha que pode nos proibir de algo? – perguntou John se


aproximando dela, isso vai dar merda

-Não só acho como posso – disse ela encarando John de frente


(definitivamente ela é irmã da Liu)

-E o que você vai fazer – desafiou John

-Jonh não faça isso – pediu Niel

-Não se meta – disse John –Então garota o que você vai fazer?

Vi a loira sorrir de uma forma assustadora, e em um movimento rápido John


estava no chão com ela imobilizando -o.

-Imbecil acha que por que sou garota pode me subjugar é? – perguntou ela

-Definitivamente irmã da Liu – disse Ollie

-Então os panacas aí vão ajudar ou não? –perguntou a loira soltando Ollie

-O celular – falei

-O que – disse Ethan

-Lembra quando o John levou a Liu como os localizamos podemos fazer o


mesmo agora se eles estiverem com os celulares – falei
-Isso mesmo – disse Ollie – Nathan consegue encontra –los? – perguntou
Ollie animado

-Se estiverem com os celulares – disse Nathan – Preciso de um notebook –


disse ele

-Niel pega meu note la na cozinha – disse Fernanda

Ele apenas assentiu e entrou.

-Acha que isso tem a ver com vocês? – perguntou a loira

-Não – respondeu Ethan

-E porque não? – perguntou ela

-Se tivesse a ver com a gente estaríamos recebendo o corpo deles e não um
pedido de resgate – falei

-Então isso é realmente um sequestro? – perguntou ela

-Acho que sim – respondi

-Amor o note – disse Niel aparecendo

-Obrigada – disse ela pegando o notebook – Espero que ajude – disse ela me
entregando o mesmo

-Nathan é com você – falei entregando – lhe o note

-Pode deixar – disse ele

-Temos quanto tempo? – perguntou John

-9 horas – respondi – Se o Nate os encontrar nós faremos essa droga de


resgate e acabaremos com eles – falei

-E isso não pode ser perigoso pra segurança deles? – perguntou Miki
-Tudo pode ser perigo – respondeu Ethan– Eles podem ser ou não
experientes em sequestro qualquer coisa que eles achem fora do normal pode
causar a morte do Chris e da Liu – disse ele com um suspiro

-Eu acho que eles já têm experiência nisso – disse Henry – É so ver como eles
se comportavam com eles – disse ele

-Eu estou preocupado com a Liu – disse Ollie – Tenho medo de algo
acontecer e o coração dela....

-OLLIE CALA BOCA – gritou Eric – Nem pense numa merda dessas – disse ele

-Ollie tem razão – disse Fernanda – O coração da Liu pode não aguentar.

-Acho que encontrei alguma coisa – disse Nathan

-Onde? – perguntei

-É perto das docas mais não sei se são eles – disse ele – Eles podem ter se
livrado dos celulares pra despistar – disse Nathan

-Vamos investigar e descobri se são eles ou não – falei

-Eu vou com vocês – disse Fernanda

-Você vai ficar aqui – falei

-Você não manda em mim – disse ela

-Você vai ficar a polícia pode desconfiar – falei

-Mas ela é minha irmã – disse Fernanda, e pude notar a raiva em sua voz

-E nossa amiga – falei

-Eu seguro ela aqui – disse Niel

-Ok – falei

Um tiro!
Você vai ceder? Você será pego pelas armadilhas que te cercam?

Um único tiro!

Não fuja, vire-se e encare seu rosto

Mesmo se o mundo te der as costas

Se proteja, essa é a atitude certa

Todos já sabem?

Ei grite para o mundo?

PONT.LIU

Minha perna ainda latejava um pouco e tenho certeza que meus pulsos
estavam completamente vermelhos e com certeza deveriam estar cortados, meu
coração continuava batendo em um ritmo estranho e isso começava a me
preocupar, Chris e eu havíamos ganhado apenas um pouco de água, Chris estava
cochilando, eu não o culpo fazia muito tempo que estávamos aqui eu até que
tentei dormir um pouco mais toda vez que tentava sentia o ar faltar em meus
pulmões então desisti, e passei a observar nossos raptores e seus movimentos,
eles estavam inquietos.

-Quanto tempo já se passou? – perguntei

-Mais da metade – respondeu um deles

-Eu estou com fome – falei

-Não é problema nosso – disse outro


-Claro que é vocês só deram água e já faz bastante tempo – falei

-Alguém da alguma coisa pra ela ficar quieta – disse o líder

-Tsc– disse o que parecia o mais novo entre eles se aproximando – Toma –
disse ele colocando um pedaço de chocolate na minha boca

-Obrigada – falei

-Você me parece uma boa menina como foi ficar a amiga de alguém como o
Christopher? – perguntou ele

-Longa historia – falei

-Temos algum tempo – disse ele

-Bem ele tentou me agarrar a força eu acertei um lugar muito delicado para
um homem – falei – Ai ele começou me infernizar e...

-Paul você não é pago pra falar com os reféns – interrompeu o líder

-Desculpa chefe – disse ele se afastando

-Sente falta daquela época? – perguntou Chris se escorando no meu ombro

-Que tempo? – perguntei

-De quando nos conhecemos e as coisas eram mais fáceis? – perguntou ele

-Sinto – falei – Mas estar perto de você sempre é emocionante – falei

-Significa que gosta de mim? – perguntou ele

-Sei que o momento não é adequado para isso – falei – Mas gosto sim...gosto
mais do que gostaria de admitir – falei

-Eu sabia – disse ele beijando meu pescoço

Era estranho estar dizendo uma coisa assim na situação que estávamos
mais talvez eu não tivesse uma próxima chance, não sabíamos o que aconteceria
mesmo se entregassem o resgate.
-O que acha que vai acontecer depois que pagarem o resgate? – perguntei
me escorando no ombro dele

-Espero que possamos voltar pra casa – disse ele

-E se algo der errado? – perguntei

-Eu vou estar aqui pra te proteger – disse ele

De repente escutei um barulho.

-O que foi isso? – perguntou o líder deles

-Não sei – disse Paul

-Vão lá ver o que é – disse o líder

Dois deles saíram e novamente o barulho, eles voltaram pra dentro.

-O que está havendo? – perguntou o líder

-Chefe tem um bando de adolescente armados atirado no lugar – disse um


dos garotos

-O QUE? – gritou o líder

-Pessoal – disse Chris e pude notar o alivio em sua voz

-Você e você fiquem com os reféns – disse o líder apontando para os seus
capangas – O resto de vocês vem comigo vamos dar um jeito nessas crianças –
disse ele

-Sim senhor – responderam eles.

-Acha mesmo que são os meninos? – perguntei

-Tenho certeza –disse Chris

-Como nos acharam? – perguntei

-Rastrearam nossos celulares – respondeu Chris – Me pergunto quanto


tempo eles levaram pra nos encontrar – disse ele com um suspiro
Eu me sentia estranhamente preocupada se fosse mesmo os Black Dragons
eles poderiam se machucar e eu não queria isso.

Ouvi os barulhos ficarem mais altos e perto só então percebi que eram tiros,
eu torcia para que nenhum deles se machucasse e só de imaginar Ollie
empunhando uma arma era assustador, não que eu não me preocupava com os
outros mais Ollie sempre seria uma criança diante dos meus olhos.

-Liu – disse Chris tirando – me dos meus pensamentos.

-E-eu? – perguntei só então percebi que estava ofegante.

-Você esta bem? –perguntou ele e pude notar a preocupação em sua voz

-Sim – respondi, mas era obvio que eu não estava eu me sentia péssima,
meu coração batia descompassado e respirar começava a se tornar cada vez mais
difícil, não sei se era um ataque de pânico ou se era a doença.

-Luani – escutei uma voz familiar

-Carlos – falei

Então nossos opressores entraram novamente no galpão.

-Como esses fedelhos nos encontraram? – perguntou Paul

-Vocês estão em menor número – escutei Thomas

-Mais somos nós que temos eles – respondeu o líder – Acho que não vou
esperar o resgate e vou matar eles...começando pela garota – disse ele vindo na
minha direção com a arma engatilhada.

-Se encostar um dedo nela eu juro que te mato – disse Chris

-Vamos ver se vai ser capaz mesmo – disse ele colocando a arma na minha
cabeça.

-P-por favor – pedi começando a chorar


-Nós vamos sair e se fizerem alguma gracinha matamos os dois – disse o
líder –Soltem eles nós vamos para o ponto de entrega – disse o líder ainda perto
de mim.

-Certo – responderam os capangas.

Minutos depois estávamos saindo do galpão então eu vi todos Black Dragns


e Anjos do Norte juntos

-Vocês estão em minoria – disse Thomas

-Entreguem os reféns ou matamos vocês – disse Carlos

-Não – disse o líder que me mantia na mira da arma – Saiam do nosso


caminho ou eu a mato – disse ele

Eu continuava chorando e sentindo o ar faltar em meus pulmões, e se ele


não tivesse me segurando eu teria desabado.

-Liu – disse Carlos sua voz parecia estar ficando longe, eu não podia não
agora, eu não podia desmaiar.

Ouvi um barulho alto seguido por um zumbido alto virei minha cabeça pro
lado e vi Chris empunhando a arma.

-Solta a Liu ou eu atiro em você – disse Chris

-Você atirar em mim – zombou ele – Eu posso atirar nela antes de você
pensar nisso – disse ele

-Vamos ver quem é mais rápido – disse Chris engatilhando a arma

19. I REMEMBER
Eu não sei porque eu ainda me lembro,

Era como um inferno...Todas as nossas memórias...

Vou me lembrar do nosso passado. Você estava brincando comigo.

Graças a você, tudo mudou para mim.

O lado de mim que costumava ser capaz de rir, não existe mais.

O meu raptor caiu do lado esquerdo do meu corpo e eu do direito, mais


antes que pudesse tocar o chão Chris me segurou.

-Me perdoa Liu não fui rápido o bastante – disse ele com o rosto banhado
em lagrimas

-N-não...foi...sua...culpa – falei com dificuldade, e respirar estava se


tornando mais difícil devido ao ferimento em minhas costas, sim eu havia levado
um tiro por trás, eu sentia tanta dor eu sentia que logo perderia meus sentindos
– E-eu...te...amo Chris– falei sentindo uma estranha dormência tomar conta do
meu corpo.

-Shii – disse ele – Vamos pra um hospital – disse ele

-É tarde – falei fechando os olhos e antes de apagar completamente ouvi o


barulho de sirenes.

Graças a você, tudo mudou para mim.

O lado de mim que costumava ser capaz de rir, não existe mais.

O amor é uma piada para mim agora, meu coração está esmagado.
Abri meus olhos lentamente eu estava em um campo...por que eu estava
em um campo eu havia morrido?

-Garoto o carro – escutei a mim mesma falando, eu havia dito isso quando
salvei Antony pela primeira vez.

Então todo o cenário mudou, eu estava assistindo a mim mesma, sobre


Antony a centímetros do carro que antes iria atropela –lo.

-O-obrigado – disse ele assustado

-Dinada – respondi saindo de cima dele

-Vocês estão bem? – perguntou o motorista

-Sim senhor – respondi

-Que bom – disse ele

Então ele saiu pedindo mil desculpas.

-Você é a aluna nova da minha sala? – perguntou ele

-Luani Jonnis – me apresente

-Prazer sou Antony Blaick – disse ele me estendendo a mão

-Prazer – falei apertando a mão dele – Bem eu já vou – falei me afastando


dele

-Posso te acompanhar? – perguntou ele

-Se não for desviar do seu caminho – falei

-Não vai – disse ele sorrindo

Seguimos todo o caminho conversado sobre coisas aleatórias.

Eu tentei de tudo para te esquecer,


Tornei-me o melhor antes de qualquer outra pessoa.

Eu esperava que você iria se arrepender de tudo quando você me viu.

-Luani você é a melhor garota que já conheci...por favor seja minha


namorada – dizia Antony

E novamente o cenário mudou, estávamos agora no dia em que ele me


pediu em namoro, o sol estava se pondo e estávamos na praia.

-Antony...eu...eu...não sei o que dizer – respondia gaguejando

-Diga que sim – pediu ele segurando minhas mãos

-Antony – falei mordendo os lábios levemente – Sim eu aceito – falei

E ele sorriu selando seus lábios aos meus, começou com um selar mais se
tornou um beijo calmo e romântico.

Sim, todas as minhas músicas que você ignorou,

Estão estourando nas ruas. (Rock on)

Nossos velhos hábitos estão mantidos em nós,

Você está muitas vezes inconscientemente, caindo em um mundo de


pesadelo semelhante.

Mas ainda assim, porque eu era apaixonada por você,

Eu não vou esquecer de ti. Sim, eu me lembro.

Estávamos no carro chovia muito, Antony não conversava muito, prestava


atenção na rodovia, eu sentia o carro derrapar levemente algumas vezes, liguei o
rádio pra quebrar o silencio e tocava “Its My Life”.
-É estranho pensar no Markus como pai – disse Antony de repente

-Também acho difícil – respondi – Mas a Rebecca estava muito feliz com a
idéia – falei

-E os pais dele não aceitaram muito bem isso – disse Antony

-Mas eles terão que superar – respondi

-E você pretende se casar com alguém algum dia? – perguntou Antony e eu


corei

-Se for com você sim – falei – Não me imagino sem você – falei

-Mesmo? –pergunto ele com um sorriso

-Com toda a certeza – respondi

Ele sorriu com isso.

Seguimos o resto do caminho em silencio poderia dizer que a noite acabou


bem...mais não foi isso que aconteceu, la estava aquele maldito caminhão vindo
em nossa direção e segundos depois o peso do metal sobre meu corpo.

-Liu – a última coisa que ouvi de Antony antes de tudo desaparecer diante
dos meus olhos.

Mesmo se eu fechar meus olhos, ainda vejo nós dois.

Há ainda uma luz lá.

Vou profundamente valorizar os momentos que tivemos juntos.

Mesmo se a dor vier ao longo do tempo.

A promessa que eu fiz para o resto da minha vida,

Eu não vou esquecer daquele momento, nunca.

Eu me lembro.
Aos poucos o céu cinza se fez presente na minha frente, eu sentia frio muito
frio mesmo assim me levantei, comecei a andar não tinha nada onde que eu
estava, apenas um vento frio que parecia aumentar a cada segundo, logo vi uma
coisa que me chamou atenção era uma cerejeira era a única coisa colorida
naquele lugar cinza, aos poucos me aproximei dela, e logo avistei uma figura que
a muito eu desejava ver.

-Antony – sussurre

Ele pareceu ter ouvido pois sorriu.

Corri e o abracei o mais forte que pude.

-Como senti sua falta – falei enquanto ele retribua o abraço – Eu nuca mais
vou sair de perto de você

-Você não pode – disse ele se afastando – Você não pode ficar precisa lutar
– disse ele sério

-Lutar? – perguntei confusa

-Sim Liu – disse ele – Não chegou sua hora o Christopher te espera – disse
ele

-Mas eu quero ficar com você – falei baixo

-Eu sei que quer – disse ele – Mas você não pode...você precisa
lutar...precisa dar uma chance pro seu coração – disse ele acariciando meu rosto

-Mas eu te amo – falei

-Eu também te amo – disse ele – E é por esse amor que sinto por você que
você precisa ser feliz deixar que os outros se aproximem...ele te ama tanto
quanto eu – disse Antony

-Sinto sua falta – falei sentindo as lagrimas


-Eu sei que sente – disse ele enxugando minhas lagrimas com delicadeza–
Eu sempre estarei com você te protegendo te cuidando – disse ele me dando um
rápido beijo, que eu retribui.

-Promete que sempre vai estar comigo? – perguntei

-Por toda a eternidade – disse ele – Mas agora você precisa voltar...você é
forte vai superar tudo o que lhe for imposto – disse ele

-Eu te amo – falei

-Eu sei – disse ele – Me prometa que será feliz...que prometo que logo
poderemos nos ver novamente – disse ele

-Eu prometo – falei

-Tenha uma vida feliz meu pequeno anjo – disse ele depositando um beijo
em minha testa.

Eu não sei o que você fez para mim.

Assim mesmo.

Esqueça isso. Eu não vou lutar contra o amor. Eu voltei, sim.

Jogue tudo fora. Eu não preciso mais.

Agora, eu posso finalmente dormir sem você por perto.

20.TUDO ESTA SEMPRE MUDANDO


PONT.CHRISTOPHER

Eu não ia esperar pela ambulância ela estava morrendo em meus braços.

-Liu aguenta firme – falei me levantando com ela, podia sentir o sangue dela
em meus braços.

-Christopher o carro esta por aqui – disse Thomas me guiando.

Eu não me importava com nada, eu queria apenas salvar a Liu.

Minutos depois Thomas dirigia rápido pelas ruas de Londres indo em


direção ao hospital, acho que ele quebrou seu próprio recorde de velocidade.

Chegamos no hospital em menos de 30minutos.

-Alguém pode me ajudar – falei entrando com a Liu no hospital.

Então uma enfermeira apareceu com uma maca.

-O que aconteceu? –perguntou ela

-Ela levou um tiro – falei colocando a Liu na maca – Por favor salvem ela –
pedi

-Faremos o possível – disse ela

Logo outros enfermeiros e médicos apareceram e a levaram por um longo


corredor.

-Você não pode passar daqui – disse a enfermeira.

-Ela é minha namorada – falei

-Desculpa, mas mesmo assim você não pode – disse ela

-Chris eles vão salvar ela – disse Thomas

-Ela não pode morrer – falei sentindo as lagrimas, droga eu me sentia tão
inútil
-Ela não vai morrer – disse Thomas me abraçando - Eles vão salva -la

Depois de meia hora os pais da Liu e todo o pessoal chegaram.

-Filho – disse meu pai me abraçando – Você esta bem? – perguntou ele me
analisando

-Sim senhor – respondi

-Christopher como ela esta? – perguntou a mãe da Liu se aproximando

-Eu não sei, eles estão com ela a bastante tempo – respondi abaixando a
cabeça.

Só então percebi que minhas roupas estavam manchadas de sangue o


sangue da Liu, e isso só me fez chorar novamente.

-Calma ela vai ficar bem – disse a irmã dela me abraçando.

-Foi minha culpa – falei

-Não foi sua culpa – disse ela – Niel traga água pra ele – disse ela

-Mas foi – falei me afastando – Se eu fosse mais rápido – falei

-Christopher você a protegeu e isso já é o bastante pra mim – disse


Fernanda– Os únicos culpados são aqueles malditos sequestradores...fico feliz
que dois deles tenham morrido...a Liu é forte ela vai sobreviver – disse ela

Uma hora e meia já haviam se passado e nada de alguém aparecer e dar


alguma notícia.

Depois de quase tres horas finalmente um médico apareceu.

-Como ela está – perguntei antes de todos.

Ele observou a sala toda e depois de um longo suspiro falou.

-Os pais da paciente – disse ele


-Pode dizer todos queremos saber – disse o pai da Liu

-Bem ela perdeu muito sangue, mas vocês a trouxeram a tempo – disse ele
– Ela teve duas paradas enquanto tentávamos retirar a bala que ficou muito
próxima ao coração - disse ele

-Conseguiram? – perguntei

-Sim – respondeu ele

–Ela ficara bem? – perguntou Miki

-Sim –respondeu o médico

-Podemos vê –la? – perguntou Ollie

-Sim – disse ele – Ela está na unidade de terapia intensiva e só um por vez –
disse o médico

-Christopher quer ir primeiro – disse a mae dela

-Vocês são os pais dela devem ir primeiro – falei

-Obrigada por cuidar dela Christopher – disse a mãe da Liu beijando minha
testa e seguindo o médico

-Chris você precisa trocar de roupa – disse Ollie

-Eu não quero sair daqui – falei

-Vai logo Christopher– disse Fernanda – A Lu ficaria assustada se te ver


assim quando acordar

-Esta bem – falei

-Eu te do uma carona – disse John

-Você? – perguntei incrédulo

-Preciso conversar com você e não vejo oportunidade melhor – disse John

-Está bem então – respondi


Seguimos pro estacionamento em silencio, era estranho estar do lado John
depois de tudo que passamos.

-Então sobre o que quer conversar? – perguntei enquanto ele dava partida
no carro.

-Ganhei uma bolsa de estudos nos EUA – disse ele sério

-Eu te parabenizo por isso – falei – Mas você não parece feliz, porque? -
perguntei

-Eu aceitei e vou deixar o País em duas semanas – disse ele – Nem eu mesmo
acredito no que vou pedir mais lá vai...quero que cuide dos meninos por mim –
disse ele

-Eu cuido – respondi

-E tem mais uma coisa – disse ele – O rapto de vocês foi armação da Helena
– disse ele

-Como sabe? – perguntei

-Eu investiguei – disse ele – Todos trabalhavam pra ela...independente do


resgate ser pago ou não eles matariam a Liu a mando dela – disse ele

-Eu juro que mato ela – falei

-Não será preciso – disse John

-Por que? – perguntei

-A essa altura ela deve estar sendo presa por tentativa de homicídio e rapto
– disse ele

-Você a denunciou? – perguntei

-Eu seria incapaz disso – disse ele com um meio sorriso – Mas a polícia
recebeu provas o suficiente pra indicia –la – disse ele

-Devo agradecer? – perguntei


-Só cuide bem da Liu – disse John

-Sinto muito que nossa amizade tenha se tornado isso – falei

-Eu também – disse ele com um suspiro – Falarei com o pessoal sobre isso –
disse ele

-Você vai fazer falta – falei

-Sei que vou – disse ele com um meio sorriso – Você vai achar alguém novo
pra odiar – disse John

-Talvez – falei

-Bem chegamos – disse ele

-Obrigado – falei – E boa sorte com os estudos – falei descendo do carro

PONT.LIU

Esse maldito apito começava a me incomodar, ele parecia se aproximar a


medida que eu acordava, ele parecia sincronizado com alguma coisa.

Abri os olhos lentamente e tive que piscar algumas vezes pra me acostumar
com aquele lugar branco, olhei para os lados e percebi alguns aparelhos e todos
estavam ligados a mim junto com o soro e uma bolsa de sangue, eu sentia um
pouco de dor no meu peito, então me lembrei que havia levado um tiro.

Olhei em volta e vi Miki sentado em uma cadeira, ele estava com os olhos
fechados, tentei falar, mais não consegui o tubo em minha boca me impedia.

Miki abriu os olhos e olhou em minha direção sorrindo.

-Que bom que acordou – disse ele se levantando – Vou chamar alguém –
disse ele saindo do quarto.
Segundos depois Chris entrou com uma expressão seria que se suavizou
assim que me viu, minha mente foi direta na lembrança dele segurando aquela
arma, e eu me assustei por vê lo.

Ele se aproximou e meu corpo recuou automaticamente, ele pareceu


confuso com a minha atitude eu mesma não entendo por que eu havia feito
aquilo.

-Que bom que finalmente acordou – disse ele pegando minha mão e eu a
puxei rapidamente – Está com medo de mim? –perguntou ele

E eu neguei com a cabeça. Devia ser algum reflexo.

Miki então adentrou o quarto com uma enfermeira.

-Vamos tirar esse tubo pra que você possa falar – disse ela se aproximando
e eu afirmei com a cabeça

Minutos depois eu já não tinha mais aquilo preso a minha boca.

-Como se sente? – perguntou a enfermeira.

Eu tentei falar mais não saiu som algum por que eu não conseguia
responder?

-Não se preocupe logo você melhora ficou muito tempo desacordada –


disse ela saindo

-Eu vou la avisar o resto do pessoal – disse Miki saindo

-Tudo bem? – perguntou Chris

Eu apenas afirmei com a cabeça.

-Bem eu vou sair também – disse ele

Mas eu não permiti, segurei a mão dele.

-Quer que eu fique? – perguntou ele, e eu afirmei com a cabeça.

Afastei-me um pouco dando espaço pra ele se sentar ao meu lado.


-Pensei que iria morrer – disse ele se sentando do meu lado –Mas que bom
que está bem – disse ele

Sorri em resposta.

PONT.CHRISTOPHER

Já haviam se passado duas semanas desde que tudo havia acontecido John
havia viajado pros E.U.A e seus amigos entraram pro nosso grupo...se bem que
eles passavam, mas tempo com a Fernanda do que com os Black Dragons XYZ
havia se tornado uma banda seu primeiro MV foi uma música chamada Face, Miki
se recusou a gravar até a Liu sair do hospital e pudesse ir ver ele, ou seja só agora
o MV finalmente saiu.

Helena havia fugido da polícia, ou seja, agora é uma foragida o que


preocupou muito os pais da Liu e até mesmo a mim, nós agora namoramos.

Liu se recusava a falar, ficava a maior parte do tempo trancada no quarto,


já que não havia voltado pra escola por causa do ferimento que não havia nem
começado a cicatrizar, Ollie e Miki passavam bastante tempo com ela, Miki trazia
as atividades da escola pra ela, ela conversava apenas com Ollie, com o resto de
nós ela se mantia em silencio e isso estava preocupando os pais dela que
tentaram levar ela a um psicólogo mais foi em vão ela fugiu de casa e ficou dois
dias com Ollie se recusando a voltar pra casa.

Bem aqui estou eu sentado na cama dela com ela deitada nas minhas
pernas vendo um programa idiota na teve.

-Liu – falei, ela apenas se mexeu nas minhas pernas.

-Não vai falar comigo? – perguntei, ela negou com a cabeça – Sinto saudade
da sua voz – falei
Ela se sentou na cama e pegou um pedaço de papel e uma caneta, e minutos
depois me entregou o papel.

Eu tento mais não consigo, Ollie é o único que me entende desculpa se não
é como você esperava...mas ainda tenho medo e muitos pesadelos durante a
noite.

-Amor eu sei que é ruim – falei – Você passou por uma situação ruim...eu
estou aqui pra te proteger – falei

Ela me encarou e suspirou.

-Por favor Liu – pedi – Só volte a falar é tão triste pra mim te ver assim – falei

Ela se encolheu um pouco.

-Vem aqui – falei puxando –a para meu peito e abraçando –a

Depois de alguns segundos senti minha camisa ficar molhada, ela estava
chorando.

-Tudo bem – falei abraçando –a mais forte – Tudo vai ficar bem – falei

O choro da Liu era silencioso eram apenas lagrimas e isso estava me


desesperando, eu queria ouvi –la nem que fosse pra brigar comigo, mas eu queria
a minha Liu de volta.

E acho que sei como trazer minha pequena de volta.

Aos poucos ela foi parando, e logo adormeceu em meus braços como ela
tem sempre feito nas últimas duas semanas acho que ela se sente mais segura
não sei se é isso, mas se for fico feliz por ela se sentir segura comigo.

Ajeitei ela na cama depois que tive plena certeza que ela estava dormindo,
então sai do quarto.

Assim que desci as escadas encontrei com a mãe da Liu.

-A Lu dormiu? – perguntou a senhora Jonnis


-Sim – respondi me sentando nos degraus

-Sinto falta dela e suas maluquices – disse a senhora Jonnis se sentando do


meu lado

-Também sinto – falei – E gostaria de fazer algo por ela – falei com um
suspiro

-Como o que? – perguntou a senhora Jonnis

-Eu quero leva –la para o Brasil pelo menos até a Helena ser encontrada –
falei

-Sabe que ela não concordaria com isso – disse a Sra.Jonnis

-Eu preciso apenas da permissão de vocês – falei – Eu quero a Liu de volta


principalmente falando – falei

-Também quero e nós já viemos pra ca por causa do Antony – disse ela – Não
sei se a Lu te contou sobre ele

-Falou sim – falei com um suspiro – Quem sabe se ela ficasse por lá ela se
sentiria melhor...eu sei que pra ela está sendo difícil superar tudo isso – falei com
um suspiro

-Ela também sofreu bastante lá no Brasil e não sei se é uma boa ideia ela
voltar – disse a Sra.Jonnis

-Você não intende não é mãe – disse Fernanda aparecendo – Ela odeia
aqui...ela me disse que quando completasse 18 voltaria pro Brasil ela odeia
aqui... o Chris esta mais do que certo ela precisa sair daqui – disse ela

-Você acha mesmo que ela vai ser feliz voltando pra la? – perguntou a
Sra.Jonnis se levantando

-Claro né mãe e aqui ela esta muito feliz – disse Fernanda com sarcasmo –
Ela esta infeliz não come direito a semanas e pra piorar ela parou de falar... Chris
se você a levar eu te apoio – disse ela
-Você acha o que em mocinha seu pai e eu que tomamos as decisões por
aqui – disse a Sra. Jonnis visivelmente irritada

-Sim e tomaram todas as decisões erradas todas elas fizeram a Lu sofrer


ainda mais e se machucar...vocês não percebem ela não está feliz – disse
Fernanda

-Ela está certa amor – disse o Sr.Jonnis aparecendo – A Lu não está feliz e
acho que o que ela precisa é de paz longe de tudo isso e não só ela o Christopher
também...a vida deles virou uma notícia eles precisam deixar de ser o foco desses
urubus – disse o Sr.Jonnis

-Mais Fernando ela precisa de cuidados – disse o Sr.Jonnis

-O Christopher pode fazer isso ele tem feito melhor que nós – disse ele –
Amanhã à noite vocês embarcam pode ser? –perguntou o Sr.Jonnis

-Sim senhor – respondi

-Va pra casa e arrume suas coisas que nós ajeitamos a Liu – disse ele – Não
contaremos a ela ok – disse ele

Eu apenas assenti.

Segui pra minha casa onde conversei com o meu pai que deu o maior apoio
ele gostava muito da Liu.

Subi direto pro meu quarto e assim que entrei dei de cara com Ollie.

-O que...esquece o que foi? – perguntei

-Vim te visitar – disse ele

-Mesmo? – perguntei procurando minhas malas dentro do guarda – roupa

-O que está fazendo Chris? – perguntou ele

-Estou indo viajar – falei colocando a mala do lado dele

-Vai deixar a Liu? – perguntou ele preocupado


-Claro que não – respondi – Nós vamos juntos – falei

-Vão pra onde? – perguntou ele

-Pro Brasil – respondi começando a arrumar minhas roupas.

-Por que? – perguntou ele

-A Liu não está feliz aqui – falei – E pior continua recusando a falar – falei
soltando um longo suspiro

-Não se preocupa Chris isso vai passar – disse Ollie

-Eu gostaria de acreditar nisso – falei me sentando do outro lado de Ollie–


Mais perdi a esperança – falei

-Ela tem medo – disse Ollie me encarando

-Medo? – perguntei – Medo do que? – perguntei

-De tudo – disse Ollie triste – Ela disse que sente arrepios só em pensar em
você empunhado uma arma novamente...Chris ela é diferente precisa de carinho
e cuidado principalmente agora – disse ele

-Ollie não sei o que fazer, ela só conversa com você e isso me assusta – falei
frustrado – Gostaria que ela falasse nem que fosse pra brigar comigo – falei

-Sei como ela se sente – disse Ollie me fazendo encara -la –É o mesmo
sentimento que eu tive quando aquilo aconteceu comigo...sabe Chris ela é uma
boa menina e gosta muito de você cuide bem dela – disse Ollie

-Eu farei isso – respondi

-Mais chega de coisas serias – disse ele se levantando – Eu te ajudo com isso
– disse ele apontando pra mala.

Ollie e eu passamos o resto da noite conversando e arrumando as minhas


coisas só espero que a Liu fique bem com isso e possa voltar a ser a minha Liu
sorridente e briguenta.
21. VOLTANDO PRO BRASIL

PONT.CHRISTOPHER

Estamos no aeroporto Liu ainda parecia confusa com tudo, a única coisa
que ela sabia era que iriamos sair do País em um avião particular.

-Se cuide esta bem – disse Miki abraçando a Liu – Vou sentir saudades –
disse ele se afastando

Liu deu um pequeno sorriso em resposta.

-Chris cuide bem dela e traga ela pra nos visitar – disse Ollie

-Eu farei isso – respondi

-Cuide bem da minha filha Christopher – disse o Sr.Jonnis

-Eu vou cuidar – falei

-Prometo que vou te visitar assim que possível – disse Fernanda abraçando
a Liu e sussurrando algo em seu ouvido que a fez sorrir – Chris você sabe o que eu
vou fazer se você não cuidar da minha irmã – disse ela seria

-Nada vai acontecer a ela eu prometo – falei

-Chris vamos sentir sua falta – disse Thomas

-Eu sei que vão e você cuide dessas crianças – falei

-Pode deixar – respondeu Thomas –Qualquer coisa ligue – disse ele e eu


assenti

-Vamos Liu? – perguntei pegando as malas

Ela apenas assentiu.


-Mando notícias quando chegarmos – falei

-Se cuidem – disse a Sra. Jonnis

Liu me olhou sugestiva como se pedisse pra onde estávamos indo.

-Só digo quando chegarmos – respondi

Ela bateu o pé e parou cruzando os braços.

-Vamos – falei e ela negou com a cabeça parecia uma criança fazendo birra
–Está bem nós vamos pros EUA – menti

Ela me olhou com uma expressão nada feliz.

-O que, agora vai dizer que estou mentindo? – perguntei e ela confirmou
com a cabeça – Se quer saber pra onde vamos entra no avião – falei

Eu sabia que Liu era curiosa e o único jeito dela saber pra onde iria seria
entrar no avião.

Ela bufou e seguiu marchando pro avião e eu sorri.

Foram cerca de 36 horas de voo, Liu tentou se manter acordada mais era
obvio que acabaria dormindo e claro eu também,

Chegamos em São Paulo de manhã, quando Liu viu onde estávamos seus
lindos olhinhos brilharam como uma criança na manhã de natal.

Ela olhou pra mim como se buscasse uma resposta de que aquilo não
passava de um sonho.

-Sim Liu estamos no Brasil – falei

Ela sorriu e me abraçou.

-Vamos temos que chegar em casa – falei e aproveitei pra responder a


pergunta silenciosa que ela fazia – Um pequeno apartamento e prometo que
você vai ter seu próprio quarto – falei
Confesso que essa parte me incomodou um pouco, mais é obvio que eu
mais a Liu em um quarto ia dar em alguma coisa.

Seguimos de taxi para nosso apartamento que seria perto da praia a pedido
meu é claro.

Liu parecia ansiosa o que me deixou feliz afinal ela deveria estar adorando
a ideia de estar novamente no Brasil.

-Chegamos – falei assim que o taxi parou.

O edifício era luxuoso de uns 30 andares mais ou menos o nosso seria na


cobertura, depois que peguei as malas(obvio que eu não deixaria a Liu fazer isso),
entramos no prédio cumprimentei o porteiro e pegamos o elevador e apertei
nosso andar não demorou muito para chegarmos a cobertura e assim que as
portas do elevador se abriram tive uma pequena ideia de como seria o
apartamento, já de cara me deparei com uma ampla entrada e assim adentramos
o lugar e assim que caminhamos alguns passos pude ver que a sala ela era
enorme com dois sofás de couro branco um de dois e o outro de três lugares, uma
teve enorme colada na parede uma mesa de centro um tapete felpudo branco as
paredes eram brancas havia também uma pequena estante com um home tewter
e outras coisas.

-Vem vou te mostrar seu quarto – falei pegando na mão da Liu e a


conduzindo pelo corredor, ele era branco e sem nenhuma decoração isso eu
deixaria pra fazer mais tarde afinal muitas das nossas coisas ainda não haviam
chegado.

-Bem esse é seu quarto – falei abrindo a porta lilás no corredor.

Liu adentrou o quarto um pouco temerosa, eu adentrei junto com ela e abri
as cortinas para deixar o lugar mais claro e ventilado, e confesso que até eu
mesmo acabei achando cool o quarto dela, as paredes eram lilás a cama de casal
já me causou pensamentos impuros, os foros da mesma cor todos rosa bebe
muito lindos havia o criado mudo com um abajur sobre ele e uma estante uma
teve sobre ela e um som.

Também haviam duas portas que uma eu presumi ser do closet e a outra do
banheiro.

-Bem eu vou buscar as malas que ficaram no corredor fique à vontade pra
explorar o apartamento e se for sair me avisa – falei me dirigindo a porta mais Liu
me impediu segurando meu pulso –O que foi? – perguntei ela então me abraçou.

Por um momento fiquei sem reação com aquele abraço, era um abraço
diferente dos outros que ela já havia me dado, era um abraço de alivio e até
mesmo felicidade. eu não esperava que ela fosse me abraçar daquela forma, mas
acabei retribuído o abraço,

-Eu sei que você quer falar e também sei que algo te impede – falei e ela me
abraçou mais forte enterrando sua cabeça em meu peito – Eu quero te ajudar
mais não posso fazer isso sozinho...preciso que me ajude –falei

Ela me olhou com os olhos já marejados, eu sabia que ela queria falar, mais
tinha medo como se algo de ruim fosse acontecer por ela falar.

-Não precisa ter medo de nada eu vou sempre estar aqui pra te proteger –
falei e ela assentiu – Vem vamos trazer suas coisas pra cá e depois vamos
descansar e mais tarde sair pra comer você vai me mostrar os lugares está bem?
– perguntei e ela assentiu.

Passamos o resto do dia arrumando as coisas no apartamento e não eram


muitas, o resto das coisas chegariam no dia seguinte.

E pra jantar Liu me levou a um pequeno restaurante perto da orla, a comida


do lugar era muito boa, e depois do jantar demos um passeio na praia e voltamos
pro apartamento, e eu fiz a Liu dormir como eu tenho feito desde que ela saiu do
hospital ela parecia gostar de ouvir eu cantar pra ela.
22.VOLTANDO PRA ESCOLA

PONT.LIU

03.06. 2013

Querido...bem nem sei mais, faz pouco mais de uma semana que
chegamos no Brasil e eu continuo na mesma...se bem que eu estou tentando
voltar a falar mais não sai nada, mas tenho certeza que se eu continuar
tentando eu vou conseguir.

Não é como se eu estivesse esquecido como se fala, apenas tem muitas


coisas que não me permitem falar, mesmo todos falando que é apenas um
trauma pelo que aconteceu comigo e o Chris, eu acho que não seja bem isso,
mas sei que vou superar isso pelo Chris e voltar a falar e faze – ló feliz...

-Liu, vamos – disse Chris entrando no meu quarto – Você quer se atrasar? –
perguntou ele

Levantei o caderno mostrando a ele o que eu fazia.

-Então termine e vamos – disse ele

...Bem hoje voltamos pra escola mesmo estando perto das


férias...precisamos recuperar as matérias se não quisermos repetir e esse ano.
Chris andou treinando seu português, vamos ver como ele se sai...

Guardei o caderno de baixo do travesseiro, peguei minha bolsa e sai sendo


seguida pelo Chris.

Seguimos pro elevador até a entrada do edifício e assim que cruzamos a


porta minhas narinas foram invadidas pelo cheiro da maresia.

Entramos no carro e seguimos pra escola que pra falar a verdade eu não
sabia bem onde ficava, mas Chris parecia conhecer o caminho, ele cantou o
caminho todo acho que estava nervoso, coloquei a mão na perna dele e ele olhou
pra mim por um breve momento, e eu sorri tentando passar confiança pra ele.

-Chegamos – disse ele parando o carro em frente a um muro bem alto.

Descemos do carro e percebi que não haviam muitos carros naquela escola
haviam muitas bicicletas e ônibus escolares estacionados.

Chris entrelaçou seus dedos aos meus e seguimos pra secretaria, percebi
alguns olhares sobre nós mais diferente de Londres aqui todo mundo olha
mesmo fazer o que.

Quando chegamos la percebi que todos estavam com dificuldade em


entender o português do Chris, suspirei tomei coragem e rezei pra ver se algo
saia.

-Terceiro ano Christopher Williams e Luani Angeles Jonnis – falei (Yes


consegui)

-Sim claro – disse a mulher revirando alguns papeis.

Chris olhou pra mim todo sorridente, e eu apenas dei de ombro.

-Aqui está – disse a mulher me entregando algumas folhas – Sala 4, terceiro


andar...precisa que alguém mostre o lugar a vocês? – perguntou ela

-Não, o-obrigada...a gente se vira – falei pegando as folhas e saindo da sala


acompanhada por Chris.

-Quando? – perguntou ele enquanto nos dirigíamos a sala

-Desde que nos mudamos tenho praticado – admiti – E acho que vê –lo falar
esse português me deu forças – falei

-Ah – disse ele com um meio sorriso

-E também suas músicas – falei – Adoro ouvir você cantar – com um meio
sorriso

-Isso é bom – disse ele animado


-Bem chegamos – falei parando em frente a porta

Chris bateu na porta e minutos depois o professor saiu.

-Posso ajuda –los? – perguntou ele

-Somos os novos alunos – disse Chris

-Desculpa pelo atraso – completei

-Vou perdoar apenas dessa vez por ser seu primeiro dia de aula – respondeu
o professor – Vamos entrem – disse ele nos dando passagem eu entrei primeiro
com Chris logo atrás de mim.

Logo os murmúrios começaram, entrelacei meus dedos nos de Chris e


esperamos o professor se pronunciar.

-Turma esse são Luani Jonnis e Chris...Cristofer – se perdeu ele

-Christopher Williams – falei

-Isso eles serão seus novos colegas – disse o professor – Escolham qualquer
lugar – disse ele

Observei a sala por alguns segundos e encontrei duas carteiras vagas no


final da sala e sai arrastando Chris pra la, nos sentamos e o professor deu início a
aula.

Chris ficou bem confuso, afinal seu português ainda era péssimo e ao
contrário de mim que tive facilidade em aprender sua língua ele não teve a
mesma sorte com o português, então passei a aula explicando em inglês pro Chris
as coisas que ele não intendia recebendo alguns olhares curiosos dos outros
alunos.

Pergunto-me como ele faria se eu não voltasse a falar nunca mais?

As primeiras aulas passaram bem rápido pro meu gosto.

-Obrigado Liu acho que não sobreviveria sem você – disse ele
-Me pergunto o que você faria se eu não tivesse voltado a falar – falei, e nós
dois rimos.

-Com licença –disse um garoto se aproximando

-Sim? – perguntei em português

-Você é a Luani Jonnis? –perguntou ele

-Sim – respondi estranhando a pergunta

Ele sorriu e continuou.

-Sou eu o Markus – disse ele

-Markus – repeti abraçando –o –A quanto tempo?

-Digo o mesmo – disse ele retribuindo o abraço – Você mudou bastante –


disse ele se afastando

-Eu sei muitas coisas acontecerem – respondi analisando –o, ele também
parecia diferente.

-Eu soube acompanhei tudo pela teve – disse ele – E ele é o Christopher? –
perguntou ele meio na duvida

-É sim – falei – Chris esse é Markus um amigo a longa data – falei em coreano

-Prazer – disse Chris em português

-Ele ainda está aprendendo – falei

-Notei – disse Markus

-E a Rebecca? – perguntei

-Enorme – respondeu ele sinalizando com as mãos

-Imagino – falei com um meio sorriso

-Gostariam de comer comigo quero contar as novidades – disse ele

-Chris, vamos almoçar com ele hoje – falei e Chris assentiu


Seguimos Markus pelos corredores.

-Por que mudou de escola? - perguntei (afinal quando sai do Brasil Markus
continuava em nossa antiga escola)

-Todos mudamos – disse Markus – Não aguentamos as lembranças – disse


ele cabisbaixo

-Todos estão aqui? – perguntei

-Não – respondeu ele – Apenas eu e o Lipe – disse ele

-Entendo – falei

Assim que adentramos a cantina senti os olhos de todos sobre nós e Chris
passou seu braço por sobre meu ombro de forma protetora, e eu sorri.

Pegamos nosso lanche e nos sentamos em uma mesa qualquer.

O silencio estava insuportável então resolvi cortar por que pelos meus
cálculos a Bekka deveria estar no 5 ou 6 meses de gravidez.

-E então qual é o sexo do bebe? – perguntei

-É um menino – disse ele orgulhoso

-Já tem nome? – perguntei

-LUUUUUUUU!!!!! – escutei uma voz familiar gritar e assim que me virei


Felipe praticamente pulou em meu pescoço me abraçando e me beijando

-Sai Lipe – falei rindo

-Que saudades – disse ele segurando minhas mãos – Que bom que está
bem, você volta pra ca e nem nos avisa está aqui a quanto tempo? – perguntou
ele

-Pouco mais de uma semana – falei

-Sua chata deveria pelo menos ter ligado ou mandado um e-mail ou feito
sinal de fumaça – disse Lipe dando seus chiliques
-Lipe deixa ela responder – disse Markus acertando um tapa na cabeça de
Lipe.

Bem Felipe era um grande amigo e bem alegre se é que me entendem.

Olhei para Chris que estava com os olhos arregalados, é esqueci que ele não
estava acostumado a tanta demonstração de afeto.

-Felipe esse é meu namorado Christopher Williams – apresentei

-Ai que fofo – disse Lipe – Muito prazer Christopher você é um cara de sorte
– disse Lipe

-Felipe fala de vagar o português do menino não é como o nosso – disse


Markus

-Sorry – disse Lipe

-Pelo o que ele ta se desculpando? – perguntou Chris confuso

-Por ter falado rápido demais com você – respondi com um sorriso

-Ele é estranho – disse Chris o que me fez rir

-Depois te explicou sobre eles – falei – Chris o garoto doido é Felipe meu
amigo também – apresentei

-Você não tem amigas não? – perguntou Chris emburrado

-Esta com ciúmes? – perguntei

-Algum problema Lu? – perguntou Markus

-Ele não esta acostumado a tanta demonstração de afeto assim, sabe em


Londres é diferente – falei

-Serio? – perguntou Markus

-Sim – falei – Ele tem muito ciúmes principalmente quando eu abraçava o


Carlos – falei
-O irmão do Tony? – perguntou Lipe

-Yes – falei

-Eu prometo não te abraçar mais – disse Lipe

-Ele precisa se acostumar com as coisas por aqui – falei – Da mesma forma
que me acostumei a cultura dele - falei

-E por falar nisso – começou Lipe – Como foi se adaptar por la...eu sei que
não foi fácil ainda mais depois do que você e ele passaram– disse ele

-Prefiro não tocar no assunto – respondi

- Liu –disse Chris segurando minha mão

-Não foi nada – falei

-Que tal depois da escola vocês irem la pra casa a Bekka vai adorar ver voce
– disse Markus

-Chris? –perguntei

Ele apenas assentiu.

Depois do intervalo voltamos pra sala, e por sorte ou azar teríamos aula de
educação física.

-Você ainda não pode participar das aulas – disse Chris

-Por que? - perguntei fazendo bico

-Voce não está totalmente recuperada, e só vou deixar você se esforçar


depois que um médico permitir – disse ele

-Affs viu – falei cruzando os braços

-O que foi Lu? – perguntou Markus se aproximando

-Chris acha que ainda é perigoso eu fazer aula de educação física – falei com
um suspiro
-E ele está certo – disse Markus

-Até tu brutos – falei fazendo drama

-Custa esperar pra ter certeza – disse Markus – E depois já falei com o
professor – disse ele

-Vocês dois só me dão dor de cabeça – falei irritada

-Por que nos preocupamos com você – disse Markus.

No final acabei não participando da aula, mas o que mais me irritava era ver
as meninas babar em cima do meu namorado, mas a culpa nem era tanto assim
delas, mais por ele tinha que ficar no time dos sem camisa pra jogar futebol só
para as meninas pirar e eu ir a loucura, affs viu em.

As duas aulas passaram rápido e quando saímos do colégio tive a


impressão de estarmos sendo observados.

-Algum problema Liu? –perguntou Chris

-Não nada – respondi

-Na verdade tem um sim – disse ele

-Mesmo qual? – perguntei

-Esse – disse ele selando seus lábios aos meus, começou como um selar
mais aos poucos Chris o aprofundou tornando o selar em um beijo apaixonado,
ele puxou meu corpo para mais perto do dele segurando minha cintura com
firmeza, nos separamos por falta de ar.

-De onde veio isso? – perguntei ofegante

-Pra todos saberem que você é so minha e que ninguém mais pode te beijar
além de mim – disse ele

-Isso vale pra você também– falei selando seus lábios rapidamente

E ele sorriu satisfeito.


-Ai estão vocês – disse Markus aparecendo – Vamos pra minha casa? –
perguntou ele

-Claro – falei quer uma carona? – perguntei

-Não, obrigado estou com o meu carro – disse ele

-Certo – falei – Chris eu dirijo agora – falei

-Por que? – perguntou ele

-Você não sabe onde é a casa do Markus – falei – E não estamos mais em
Londres – falei piscando pra ele

-Si,sim – disse ele me entregando as chaves

-Vamos então – disse Markus

-Você vai na frente e nós te seguimos – falei

Ele assentiu.

Entramos no carro, mas dessa vez eu estava como motorista eu ainda tinha
um pouco de medo de dirigir pelo que aconteceu, mas acho que estava mais do
que na hora de eu enfrentar meus medos.

23. AMIGOS VERSUS INIMIGOS

-Aqueles dois meninos são amigos seus a muito tempo? –perguntou Chris
enquanto seguíamos pra casa de Markus

-Sim – respondi – Markus era nadador junto com Antony, e Felipe...bem ele
é meu amigo de infância –falei

-E amigas você tem alguma? –perguntou ele

-Sim mais não muitas – falei

-Hum – disse ele


-Chris não precisa ter ciúmes – falei

-E quem disse que eu estou – disse ele desviando o olhar

-Tudo bem então – falei – Chegamos – falei estacionando o carro.

Chris desceu antes de mim e ele parecia meio emburrado, e isso estava
começando a me divertir, vê – lo com ciúmes era muito engraçado, mesmo que
nunca tivesse tido nada entre mim e o Markus ou até mesmo o Filipe, era
divertido ver esse ciúme dele, talvez ele tivesse medo por eu estar em casa, mas
ele precisava entender que eu o amava e que isso nunca iria mudar.

Markus nos esperava na porta.

-Vamos entrem – disse ele

-Obrigada –falei

-Rebecca amor temos visitas – disse Markus

-Visitas, quem? – disse uma garota com uma barriga enorme aparecendo –
Luani – disse ela

-Bekka – falei correndo até ela e a abraçando desajeitada por causa da


barriga

-Lu como senti saudades –disse ela me abraçando forte

-Você esta enorme – falei me afastando

-Ei – disse ela

-Sorry – falei – Ei garotão como você esta?- falei me abaixando e olhando


pra barriga da Bekka

-Como sabe que é um menino? – perguntou ela

-Markus me disse – respondi – Posso? – perguntei

-Va em frente – disse ela levantando a blusa e eu encostei o ouvido na


barriga dela.
-Então bebe espero que você seja tão bonito quanto a sua mãe por que se
puxar pro pai vai ser feio –falei

-Luani – disse Markus

-Mas é, se ele for so um pouco parecido com você coitado dele – falei me
afastando – Rebecca esse é Christopher Williams meu namorado – falei me
aproximando de Chris

-Prazer – disse Bekka

-Oi – disse Chris

-Vamos sentem – se – disse Bekka indicando os sofás.

-Obrigada – falei puxando Chris para se sentar comigo

-Aceitam alguma coisa? – perguntou Markus

-Água seria uma boa pedida – falei

-Certo – disse ele saindo

-Então como você esta Lu? – perguntou Bekka se sentando na poltrona de


frente para nós

-Bem – falei

-Mesmo? – perguntou Bekka – Eu sei que você passou por muita coisa por
la quase infartei quando noticiaram seu sequestro – disse ela com um suspiro – E
voce nunca foi muito boa em se abrir com as pessoas.

-Eu não quero falar sobre isso – falei desviando o olhar

-Mas a gente precisa conversar você não pode guardar isso só pra você –
disse ela seria

-Como se fosse fácil falar – respondi

-Affs em Luani – disse Bekka com um suspiro– Então ta...mais me conta


como você o seu namorado se conheceram? – perguntou ela
-Essa eu conto – disse Chris

-Quero saber os mínimos detalhes – disse Markus aparecendo com uma


bandeja com água suco e refri, ele a colocou sobre a mesa de centro e se sentou
no sofá do meu lado –Pode começar – disse ele

-Bem Liu era a menina mais bonita entre todas no ônibus...quando a vi pela
primeira vez quis me divertir com ela...mas ela era dura na queda e me encarou
de frente diferente dos outros alunos que tinham medo de mim – disse Chris

-E por que os outros alunos tinham medo de você? – perguntou Markus

-Chris fazia parte de uma gangue denominada Black Dragons – respondi e


os dois arregalaram os olhos – Mas eu não sabia até o Miki me falar sobre eles –
respondi

-E a partir daí tudo mudou, quanto mais eu perturbava a Liu mais ela me
odiava – disse Chris – O único de nós que ela aceitou ficar perto foi o Ollie– disse
ele

-E pra provocar o Chris e os amigos dele a gangue rival dos Black Dragons
os Anjos do Norte me sequestrou – falei lembrando do dia – Meu coração quase
parou naquela vez – falei

-Só você mesmo em Lu pra se meter com pessoas assim – disse Markus

-Ei – falei – E fora que eu tinha 3 chatos me paquerando e me beijando sem


permissão – falei

-Como assim 3? – perguntou Chris

-Você o John e o Eric – falei

-E o Miki? – perguntou ele

-Miki não era chato – falei

-Eita Lu arrasando corações do outro lado do mundo – disse Bekka – Mas


como escolheu o Christopher?
-Foi difícil – admiti –Ollie e Thomas me falaram muito sobre o Chris...e que
debaixo da cara de poderoso chefão tinha um bom garoto...mas foi só depois do
rapto que realmente escolhi ele – falei

-E por que? – perguntou Markus

-Eu morreria para ver a Liu feliz – disse Chris

-Isso é tão fofo – disse Bekka

-Foi uma longa batalha até conseguir entrar no coração dessa menina –
disse Chris

-E você esperava o que? – perguntei – Que eu caísse de amores pelo bad boy
da escola?

-Claro – disse ele

-Até parece – falei, fazendo –os rir

-Já que estamos falando sobre isso – disse Bekka – Queríamos a sua
permissão Lu – disse ela

-Permissão pra que? – perguntei

-Queríamos dar o nome do Antony ao nosso bebe para homenagear –lo e só


podemos fazer isso se você nós dermos permissão – disse ela

-Não precisava nem pedir é claro que eu permito – falei –Tenho certeza que
Antony ficara feliz com isso – falei

-Obrigada – disse Bekka

-E tem mais – disse Markus – Vamos nos casar em julho...e como ainda não
temos uma madrinha gostaria de ser minha madrinha? – perguntou Markus

-Claro que sim – falei

-E você também Chris...mais como padrinho – disse Bekka

-Sem problema – disse Chris


Passamos o resto da noite falando sobre coisas bobas e acabamos ficando
pra janta e eu ajudei a Bekka com a comida, fazia tempo que eu não me sentia
tão bem, e normal e por um momento foi como se não existisse nenhum
problema e que tudo estava se tornando normal.

Foi uma noite bem divertida como a tempo que não tinha, depois de um
tempo voltamos pra casa.

-Eu vou tomar um banho e ir pra cama – disse Chris assim que entramos em
casa

-Não vai ficar comigo? – perguntei fazendo bico

-Você ainda quer minha companhia pra dormir? - perguntou ele

-Claro – falei

-Está bem – disse ele - Depois do banho vai pra la – disse Chris

-Esta bem –falei

Assim que abri a porta do meu quarto arregalei os olhos e voltei pra trás.

-C-Chris– chamei completamente assustada

-O que foi? – perguntou ele parando do meu lado

Eu não sabia bem o que falar então apenas apontei, ele olhou na direção e
viu o a que eu me referia.

-Mais que merda – disse ele me abraçando – Não se preocupe nada vai
acontecer com você – disse ele

-Chris...eu estou...com medo – falei escondendo meu rosto em seu peito

-Eu estou aqui – disse ele me abraçando mais forte.

Meu quarto havia sido completamente destruído e na parede uma


mensagem.

“Adivinha só que voltou...”


Não ela, não agora que tudo estava ficando bem.

Então me lembrei de algo muito importante pra mim, me separei de Chris e


adentrei meu quarto, tropeçando nas coisas que estavam espalhadas pelo chão.

-Liu – disse Chris

Mas eu o ignorei eu precisava encontrar, procurei por entre toda aquela


bagunça mais não o encontrei.

-Liu o que foi? – perguntou Chris me fazendo encara -lo

-Ele sumiu – falei caindo sobre meus próprios joelhos.

-O que sumiu? – perguntou Chris se abaixando do meu lado

-Meu diário – falei

-A gente compra outro – disse ele

-Você não intende – falei segurando as lagrimas – Esta tudo la dentro meus
pontos fracos os fortes tudo que aconteceu esse tempo todo – falei

-Vamos recupera –lo – disse Chris me abraçando forte – Eu juro que vou
acabar com a raça daquela vadia – disse ele

-Mas como ela entrou aqui? –perguntei

-Eu também gostaria de saber – disse ele – Eu vou te proteger dela – disse
ele

-Você já faz isso – falei

-Mas não é o bastante – disse ele e pude sentir a raiva em sua voz– Vem
vamos sair daqui – disse ele me levantando.

Todos os outros cômodos da casa estavam intactos apenas o meu quarto


havia sido destruído.
E pra piorar não consegui dormir direito a noite, tive muitos pesadelos com
a Helena e isso me deixava mais angustiada eu tinha medo dela fazer algum mal
ao Chris.

Eram 05 da manhã quando a campainha tocou, olhei pro Chris que dormia
tranquilamente, eu não deveria acorda –lo ou deveria?

A campainha tocou novamente, eu me levantei tendo todo o cuidado do


mundo para não acorda –lo.

Assim que me aproximei da entrada a porta estava aberta, agora era tarde
quem estivesse tocado a campainha já havia invadido a casa, e eu não ia voltar
atrás e chamar o Chris eu enfrentaria quem quer que fosse, mas agora vem a
pergunta mais idiota da história, que tipo de bandido toca a campainha antes de
invadir uma casa?

O corredor estava vazio o meu quarto e a sala também estavam vazios, só


me restava a cozinha.

Assim que adentrei o cômodo tive uma enorme surpresa.

-Seu punk o que faz aqui? – perguntei – Quer me matar de susto? – perguntei

-Eu toquei a campainha – respondeu ele enquanto mastigava um sanduíche

-E ainda esta roubando minha comida – falei cruzando os braços – O que


esta fazendo aqui?

-A escola entrou em férias e o Niel me disse que você estava aqui com o
Chris– respondeu ele

-E precisava invadir a minha casa John? – perguntei

-Se eu tivesse invadido não teria tocado a campainha – disse ele – E eu


estava com fome –disse ele terminando de comer o sanduíche.

-Liu o que esta acontecendo – disse um Chris com cara de sono aparecendo

-Bom dia – disse John


-Bom...John? – perguntou ele parecendo acordar – O que faz aqui e essa
hora da manhã?

-Vim visitar vocês – respondeu ele

-Digamos que o momento não poderia ser mais propicio – disse Chris

-Algo de errado? – perguntou ele

-Sempre tem algo de errado quando Helena esta por perto – respondeu
Chris

-Ela esta aqui? – perguntou John confuso

-Infelizmente, e ela invadiu aqui ontem – disse Chris

-E o que ela fez? –perguntou John

-Destruiu o quarto da Liu – respondeu Chris

-Eu vou acabar com ela – disse John

-Entra na fila – disse Chris

-Eu vou trocar de roupa enquanto vocês conversam – falei saindo da


cozinha.

Quanto mais queremos que os problemas desapareçam mais somos


atormentados pelos fantasmas do passado.

Eu sabia que Chris e John uniriam força para pegar a Helena como eles
fizeram a tempos atrás e isso me deixava feliz eu odiava vê –lós brigando.

Mas um inimigo em comum poderia uni –lós.

Se houver um único propósito no mundo que faça com que eles parem de
brigar isso me deixa feliz.

Depois que me vesti percebi que havia uma mensagem no meu celular.

“o que achou da decoração que


Fiz em seu quarto?

H”

Não poderia ser ela poderia?

Como ela conseguiu meu número?

Como conseguiu meu número?

Eu precisava saber, ter certeza se era ela mesmo.

“Isso não importa, apenas

Quero o que é meu de

Volta ou você sofrera todas

As consequências, por

Ter tirado o Chris de mim...”

Era obvio ela queria me atingir, em um ato impensado arremessei o celular


contra a parede fazendo - o se quebrar em vários pedaços e provocar um barulho
alto.

-Liu – disse Chris adentrando o meu quarto acompanhado de John

-O que? – perguntei

-Que barulho foi esse? – perguntou John

-Meu celular se partindo – respondi

-Por que o quebrou? – perguntou Chris

-Helena– respondi

24. BATALHA PSICOLOGICA


-Por que o quebrou? – perguntou Chris preocupado

-Helena– respondi

-Ela ligou? – perguntou Chris me abraçando

-Ela o quer – falei encarando – o com os olhos marejados

-Ela nunca vai nos separar – disse Chris

-Ela pode e vai – falei – E tenho certeza que ela vai conseguir.

-Liu ela não vai – disse John – Nós podemos contra ela – disse ele

-Vocês não entendem – falei com um suspiro – Ela vai tirar tudo de mim...e
ela já começou – falei me separando do Chris

-O que quer dizer? – perguntou Chris

-Ela chegou muito perto de conseguir me matar lá em Londres e aqui tenho


certeza que ela vai – falei

-Ela não vai Liu – disse Chris – Eu estou aqui eu sempre vou estar – disse ele

-Não é o bastante – falei, eu me sentia assustada, frustrada era como se tudo


estivesse desmoronando outra vez – Isso só vai acabar quando uma de nós
morrer – falei sentindo as lagrimas banharem meu rosto

-Liu não diga isso – disse Chris

-Mais é verdade – respondi

-Eu não deixarei você chegar perto dela – disse Chris

-Se ela foi capaz de entrar aqui imagina o que ela pode fazer – respondi

-Ei calma aí vocês dois – interferiu John – Eu cuido da Helena, vocês não se
preocupem com ela – disse ele

-Você realmente não veio nos visitar não foi? – perguntei


-Exato – disse John – Depois que fui pros E.U.A não consegui me concentrar
nos estudos...conversei com o diretor e minhas notas colaboraram muito, mas
no fim consegui, estou fazendo as matérias por vídeo aulas – disse ele

-Você está caçando a Helena? – perguntou Chris

-Eu não podia deixa –la sair em pune – disse ele

-Obrigada – falei

-Não me agradeça ainda – disse John – Temos que pega –lá e coloca –lá na
prisão – disse ele

-E como vamos fazer isso? – perguntei

-Ela vai vim atrás de você – disse John – E essa é a nossa vantagem – disse
ele

-Como assim vantagem? – perguntou Chris

-Ela vai vir pra cima com tudo...a prova esta nesse quarto...Christopher nós
a conhecemos melhor do que qualquer um...sabemos que ela odeia ser
ignorada...e agora ela vai tentar uma briga emocional contra a Liu –disse John

-Por isso ela pegou o diário – disse Chris pensativo – O que exatamente tinha
la dentro Liu? – perguntou ele

-Tudo – falei – Desde o dia que nos conhecemos até o as anotações sobre
nosso primeiro dia de aula aqui – respondi

-Então ela tem muita coisa sobre você basicamente sua personalidade toda
– disse John – Mesmo assim ela desconhece você...ela vai desenvolver um perfil
sobre você uma coisa pré designada por causa das anotações – disse ele

-Desde quando é psicólogo? – perguntei

-Por mais difícil que pareça aprendi muito com a Helena – respondeu John

-Então qual vai ser nosso plano de ataque? – perguntou Chris


-Liu – disse John com um meio sorriso

-Eu? – perguntei

-Ela vai te torturar psicologicamente – disse John – Pra depois te atacar –


disse ele

-E ela está conseguindo me assustar de verdade – falei

-Nunca deixe seu medo transparecer pra ela – disse John

De repente a campainha tocou, nos entre olhamos, e ela voltou a tocar.

-Já vai –gritei, olhei no relógio eram umas seis e quinze da manhã.

Sai do quarto com os dois garotos na minha cola, assim que abri a porta
havia apenas uma caixa branca com um laço vermelho, fiz menção de pegar mais
Chris foi mais rápido.

-O que será? – perguntei

-Vamos abrir e descobrir – disse Chris levando a caixa pra cozinha.

Ele colocou a caixa sobre a mesa e nos entreolhamos.

-Eu abro – falei desfazendo o nó do laço, assim que tire a tampa recuei
automaticamente.

-Mais que merda – disse Chris

Dentro da caixa havia uma cobra, eu conhecia bem aquela espécie ela não
era venenosa.

-Liu o que vai fazer? – perguntou Chris assim que enfiei a mão dentro da
caixa

-É so um filhote não vai me machucar – falei e ela automaticamente se


enrolou em meu braço, como presumi ela não fez nada – Tem um bilhete aqui –
falei pegando o papel com a minha mão livre

-Me deixa ver – disse Chris tirando o papel branco das minhas mãos
Aproveitei e desenrolei o filhote do meu braço, ele simplesmente começou
a subir pelo meu ombro.

-Deveria –mós matar esse bicho – disse John

-Vamos devolve –lá – falei – O que diz o bilhete? – perguntei

-Strike um no terceiro você já era – leu Chris – Espera tem mais PS espero
que goste do meu presente Helena – disse Chris

-Se ela achou que me assustaria com uma cobra se enganou – falei

-Percebi isso – disse John

-Arrumem uma caixa maior vamos leva –la um pet shop – falei

-Eu vou buscar a caixa – disse Chris saindo da cozinha

-Por que gosta de cobras? – perguntou John

-Eu não gosto apenas a respeito – falei – São animais incompreendidos –


falei com um suspiro – E os pais do Antony são donos de um pet shop então eu
conheço um pouco de animais e sei até onde posso ir - falei

-Animais incompreendidos? – perguntou John com um suspiro – Voce


conhece bem – disse John

-Claro – respondi segurando a cobra em minhas mãos

-Como? – perguntou ele

-O que quis fazer com ela? – perguntei

-Matar – respondeu ele

-E por que? – perguntei

-É um animal peçonhento que pica as pessoas – disse ele

-E ela faz isso pra se defender – falei – O mesmo que um cão faz para
defender seu filhote – falei
-Liu é uma cobra e não um cão –disse John com um suspiro

-Por isso ela me fascinam – falei olhando fixamente para os olhos da cobra
– Sabe conheço muitas histórias e lendas sobre elas, por isso me intrigam – falei

-Aqui esta a caixa – disse Chris aparecendo

-Obrigada – falei – Agora vamos te colocar aqui e te levar pra outro lugar já
que esses meninos tem medo de você – falei colocando a cobra dentro da caixa

-Quem disse que tenho medo dela – disseram os dois

-Quem foi que a pegou com a mão? – perguntei

-Esta bem senhorita corajosa – disse Chris – Vamos levar essa coisa pra um
pet shop – disse ele

-Não antes do John tirar as coisas dele da sala e você vestir uma camisa –
falei

-Sim senhora – disseram os dois

-Onde eu vou dormir? – perguntou John – Se estiver faltando espaço posso


dormir com a Liu – disse ele

-Até parece – disse Chris

-Chris mostra o quarto pra ele – pedi

-Esta bem – respondeu Chris – Anda o sem noção é por aqui – disse Chris
indicando o caminho pra John

-Tsc, seu punk – disse John seguindo Chris

Se Helena realmente quer tirar o Chris ou até mesmo o John de mim ela terá
uma longa batalha pela frente, agora eu estou em casa e longe dos meus pais e
vou lutar pelo que é meu e ela não vai sair livre dessa, principalmente agora que
sei que a responsável pelo meu sequestro foi ela.

Se meu coração tiver que parar de bater que pare mais pare lutando.
25. STRIKE 2

Duas semanas e eu não recebi mais nada da Helena, mas eu pressentia que
o fim estava próximo ela iria agir o mais rápido possível, Chris e John,
trabalhavam duro pra encontra –la mas não conseguiam toda vez que se
aproximavam de uma pista dela o rastro desaparecia, eu tinha certeza que ela
estava brincando com eles.

Hoje era sábado, e na quinta recebi um e-mail do Miki ele não dizia nada
muito sério apenas que conversaríamos pelo skype as oito da manha horário de
la.

Recebi então a chamada.

-Oi Liu – disse o loiro do outro lado

-Oi Miki– falei – A quanto tempo estava morrendo de saudades – falei

-Também estou – disse ele – Como estão as coisas por ai? – perguntou ele

-Normal – falei – E o grupo? – perguntei

-Um show atrás do outro – disse ele com o sorriso mais fofo do mundo –
Queremos nos apresentar no Brasil – disse ele

-Serei a primeira a comprar o ingresso – falei, e ele sorriu novamente

-Miki cada você? – perguntou alguém

-Aqui no quarto – respondeu ele


-Você não está em casa? – perguntei confusa

-Moro num dormitório com os meninos– disse ele

Então o loiro tanto conhecido por mim entrou no quarto.

-Miki vendo sites pornôs é – disse ele

-Idiota – respondeu Miki vermelho – Estou conversando com a Liu –


respondeu ele

-A sua amiga brasileira? – perguntou Harry

-Ei eu estou aqui – falei

-Sai pra la Miki– disse Harry empurrando Miki da cama, e provocando um


barulho auto

-Mi...? – falei

-Eu estou bem – disse ele se levantando

-Ei, como você esta? – perguntou Harry

-Bem – disse Miki

-Não foi pra você que eu perguntei – disse ele

-Bem – falei – Vocês podiam ser mais legais com o Miki sabia – falei

-O Miki é legal é por isso que é legal brincar com ele – disse Harry rindo

-O que vocês tão fazendo aí – disse David entrando no quarto – Assistindo


pornô de novo – disse ele

-Miki o que aconteceu com você? – perguntei, e ele ficou vermelho

-A amiga bonita do Dom – disse ele se aproximando – Oi Liu – disse ele

-Oi, David? – perguntei

-Que bom que se lembra – disse ele sorrindo


-Vocês são má influência pro Miki– falei

-Por que? – perguntaram eles

-Ficam deixando-o assistir pornô – falei

-E quem disse que eu assisto – disse Miki mais vermelho que um tomate

-Eles – falei

- Eu não sou uma má influência – disse Harry

-Vou fingir que acredito – falei – Adorei a música de vocês – acrescentei

-Obrigado – disseram os três

-E cadê o resto? – perguntei

-Por ai – disse Miki – Andamos muito ocupados esses dias – disse ele

-Percebi – falei – E a escola? –perguntei

-Chata sem os gângsteres – disse ele piscando pra mim

-E o resto do Black Dragons? – perguntei

-Estão tranquilos – disse Miki – Thomas botou eles tudo na linha – disse ele

-Esta dizendo que o Chris era a má influência? – perguntei, Miki inflou as


bochechas e pareceu ficar sem graça – Estou brincando menino –falei

-Como estão as coisas por ai? – perguntou ele

-Legais – falei – John está aqui com a gente – falei, não vou contar sobre a
aparição da Helena

-O que ele está fazendo aí? – perguntou Miki

-A escola dele está de férias e Niel contou que estávamos aqui – falei

-O que se espera deles – disse Miki

-E quando você vem me visitar? – perguntei


-Não sei – disse ele – As coisas estão indo muito bem com o grupo e é
complicado sair – disse ele

-Entendo – falei – Então eu irei te visitar – falei

-Eu ia adorar – disse ele com um sorriso

-Sinto sua falta Miki – falei

-Também sinto – disse ele

-Ainda estamos aqui – disse David

-Me fazem um favor – pedi

-Depende – disse Harry

-Chamem os meninos que faltam também quero parabeniza –lós – falei

-Está bem - disseram eles saindo

-Liu...- começou Miki – Eu sei que o motivo do John estar ai não é


simplesmente férias da escola...o que está acontecendo? – perguntou ele

-Miki...- comecei eu não queria contar a ele

-Liu somos amigos preciso que me conte – disse ele

-Esta bem – falei com um suspiro– Bem você sabe quem foi a responsável
pelo meu sequestro e do Chris– falei

-Sei – disse ele

-Bem ela está aqui no Brasil – falei

-COMO ASSIM ELA ESTA AI - ele gritou

-Calma – falei

-COMO CALMA LIU ELA PODE...

-Miki ela já esteve aqui – o interrompi –E John está aqui por que a está
procurando – falei
-Você precisa ter cuidado – disse ele mais calmo

-Sabe Chris praticamente me prende dentro de casa – falei – É só casa


escola, escola casa –falei

-E ele está certo – disse Miki

-Vai ficar do lado dele? –perguntei com um suspiro

-Nunca disse isso – respondeu ele – Apenas disse que ele está certo em te
manter a salvo dessa louca – disse ele

-Eu posso me cuidar –falei

-Claro – disse ele – E você conhece o Christopher bem o bastante pra saber
que ele não vai deixar nada acontecer com você, ele cuidou muito de você
quando você se recusou a falar...E eu fiquei feliz quando recebi um e-mail dele
dizendo que você havia voltado a falar – disse ele

-Desde quando vocês são amigos? –perguntei

-Pedi a ele que me contasse como você estava indo aí...assim que ele me fez
prometer ficar de olho nas coisas por aqui – disse ele

-Miki – falei com um suspiro

-Peço que me perdoe por isso, mas todos estávamos muito preocupados
com você – disse ele

-Tudo bem então - falei

-Voltamos – disse Harry adentrando o quarto

-Oi Liu – disseram Lucas e Charles

-Oi – respondi

-É bom ver que esta bem – disse Lucas – Você deu um belo susto no pessoal
– disse ele

-Desculpa por isso – falei


-Sem problema – disse ele

-Parabéns pela estreia – falei – Parabéns vocês merecem lutaram bastante


por isso – falei com um sorriso

-Vindo de você é muito importante pra nós –disse Charles

-Agora fiquei sem graça – falei e eles riram – As meninas devem pirar aí...vi
um live de vocês pela teve – falei

-Não é tanto assim – disse Harry

-Seu mentiroso as meninas pira com você – disse Miki, fazendo os outros
rirem

-Claro e o Miki passa despercebido com essas bochechas fofas – rebateu


Harry

-Tsc – disse Miki

-Eu quero que vocês venham visitar meu País um dia desses – falei

-Estamos quase confirmando uma ida ai final desse ano – disse Lucas

-Que bom – falei – E quero que venham conhecer as praias daqui aposto que
as brasileiras vão adorar ver vocês de roupa de banho ao vivo – falei divertida

-Se tiver gatinha estou dentro – disse David

-Verdade é chato perder pro Miki – disse Harry

-Verdade o Miki é o único de nós que tem namorada – disse Charles

-Aposto que ela tem muito ciúmes do Miki– falei

-Na verdade não – disse Miki– Ela e compreensiva – completou ele

-Meninos? – perguntei

-Verdade – disseram eles


- Ela vai a todos os shows com o Miki, e aceita bem o euforismo das fãs pra
cima dele – disse Lucas

-Mas elas sabem que o Miki é comprometido? – perguntei – Vi um matéria


um dia desses que todos estavam solteiro – falei

-Bem é isso que todos pensam – disse Harry

-E a Mia é bem compreensiva nessa parte – disse Miki

-Claro a menina é tímida – disse David –Aquele dia que o Harry voltou pro
camarim sem camisa a menina quase infartou – disse ele

-Tadinha dela – falei

Fiquei conversando com os meninos o maior tempo até que eles tiveram
que ir dormir, afinal teriam um compromisso amanhã.

Eu estava na cozinha fazendo o almoço quando a campainha tocou. Chris


disse pra nunca atender quando ele não estivesse em casa, mais justo hoje ele o
John teve que sair juntos pra fazer não sei o que.

A campainha continuava a tocar.

Desliguei tudo e fui em direção a sala.

Eu via uma sombra de baixo da porta, de repente a campainha parou.

Mais a sombra permanecia ali.

Aproximei-me da porta e vi através do olho mágico, mas não havia ninguém


ali o que achei estranho, pois a sombra continuava ali.

Respirei fundo e tomei coragem, assim que abri a porta algo pulou sobre
mim, e antes que eu pudesse fazer qualquer coisa senti alguma coisa me
lambendo.

Abri os olhos e vi um focinho? Percebi então que era um cão, mais não um
cão qualquer um pitbull, imaginei que aquilo não seria um presente dos meninos.
Percebi que ele usava uma coleira, e nela tinha um bilhete.

-Acho que você não fez um trabalho direito – falei tirando o bilhete da
coleira dele, e ele me olhou com uma cara estranha.

“Espero que a essa altura seu rosto esteja desfigurado, peguei o cão mais
bravo que encontrei.

E se for você que estiver lendo Chris...saiba que logo você e John voltaram
a ser meus...sei que ele também está aqui com você e aquela coisinha...desista
dela, strike 2, no terceiro ela já era.

H”

Acho que ela não tem muita sorte com os animais.

-Então o que farei com você agora – falei olhando para o cão, ele se deitou
e me olhou com aquela carinha do cachorrinho abandonado que foi muito fofa.

Pelo tamanho ele não deveria ser um adulto e sim um filhote.

-Vamos comer – falei, e ele latiu em resposta, fechei a porta e fui pra cozinha
com ele em meu em calço, arrumei água e um pouco de comida pra ele (eu não
tinha ração em casa, mais sim um bife), ele comeu tudo e bebeu toda a água –
Você estava faminto em – falei

-Liu chegamos – disse Chris adentrando a cozinha, e o cão latiu pra ele –
Mais que merda – disse Chris enquanto o cão ainda rosnava pra ele

-Quietinho ele é amigo – falei ele parou de latir

-Tem um cão aqui – disse John aparecendo, e o cão fez o mesmo pra ele –
Isso não é um cachorro – disse ele

-Fido quietinho – falei

E ele se deitou perto dos meus pés.

-Quando você saiu pra comprar um cão? – perguntou Chris alternando o


olhar entre o cão e eu
-Eu não comprei – falei – Foi um presente – falei jogando o papel pro Chris.

-Que pacto que você fez pros animais gostarem de você, primeiro a cobra e
agora isso – disse John apontando pro cachorro

-Eu não faço nada ela é que tem azar – falei

-Isso é sério – disse Chris – Tenho medo do que ela pode fazer na próxima
vez – disse ele amassando o papel

-Não se preocupa Chris ela não pode fazer nada –falei

-Ela comprou um cão pra te atacar – disse ele

-Mas ele não fez – falei

-E se tivesse? – perguntou ele

-Deixa isso pra lá – falei –Não precisa se preocupar tanto – falei

-Como ela conseguiu entrar com um cão? – perguntou John

-Ela entrou aqui? – perguntou Chris preocupado

-A campainha tocou eu fui atender e ele pulou em mim e começou a me


lamber – falei

-Não pedi pra você não abrir a porta enquanto eu não estiver em casa – disse
Chris com um suspiro

-Eu não mandei vocês dois saírem – falei cruzando os braços – E depois eu
posso me cuidar...Chris você precisa entender que não vai conseguir me proteger
pra sempre – falei

-Eu posso tentar – disse ele

-Tudo bem então – falei com um suspiro cansado

-Nós não vamos ficar com ele – disse Chris apontando pro cachorro

-O que por que? – perguntei irritada


-Ele é perigoso – disse John

-Ele gosta de mim – falei

-Mas e nós? – perguntou Chris

-Só até ele se acostumar – falei – E depois já dei um nome pra ele – falei

-Que nome? – perguntaram eles

-Fido – falei – Ele pode ser uma boa campainha quando vocês não estiverem
por perto – falei

-Esta bem – disse Chris

-Eba – falei – Agora você tem uma nova casa – falei fazendo carinho nele ele
pulou em cima de mim me lambendo.

-Aish – disse Chris bagunçando os cabelos

-Pelo menos ela vai ter campainha quando não estivermos – disse John

26. O CASAMENTO

Muitas coisas haviam acontecido por aqui, desde a volta de Helena que vem
tentando de todas as formas acabar comigo e claro fido nosso cachorro que
acabou se tornando um grande companheiro e um morador em nossa casa, mas
hoje era um dia especial, Bekka e Markus se casariam.

Todos estávamos agitados de mais com isso a recepção seria no salão de


bailes do nosso prédio.

-Vamos Liu – disse Chris me apresando

-Calma é difícil fechar essa coisa – falei com um suspiro


-Eu te ajudo – disse ele entrando no meu quarto, Fido apenas o olhou – Você
está linda – disse ele

-Obrigada –falei – Mas me ajuda aqui – falei apontando pro feixe do vestido.

-Achei esse vestido um pouco curto não quero ninguém olhando para as
suas pernas – disse Chris puxando zíper pra cima

-Reclama com a noiva ela que escolheu – falei

-Vou mesmo – disse ele beijando meu pescoço

-Chris– falei sentindo minha pele se arrepiar

-Uh? – perguntou ele beijando meu pescoço novamente

-Você esta muito saidinho hoje – falei

- Casamentos me deixam assim – sussurrou ele me fazendo arrepiar


novamente – Por que não ficamos aqui e – disse ele me fazendo corar

-N-não posso – gaguejei – Sou a madrinha – falei

-Não é por isso que você não quer ficar – disse ele me virando, e me
encarando – Você é né? – perguntou ele com um sorriso malicioso

-Não te importa – falei, aposto que estava mais vermelha que nunca

-Ow minha pequena ainda é virgem – disse ele com um sorriso

-Affs em Chris – falei desviando olhar e tocando meu rosto algumas vezes

-Não precisa ficar assim – disse ele divertido – Temos tempo – disse ele
sugestivo

-Seu punk – falei

-Ei vamos logo – disse John entrando no quarto

-Certo – falei

-Ainda não terminamos nossa conversa dona Luani – disse ele, e eu corei.
Antes de sairmos arrumei comida e água pro Fido e partimos pro
casamento.

Quando chegamos ao lugar (o salão de bailes do nosso prédio), pude ver a


decoração era tudo muito lindo, havia balões, e cortinas de cetim em rosa branco
e azul, na entrada um pôster enorme dos noivos, já haviam muitos convidados,
eu entrei com Chris no lado direito enroscado em meu braço e John enroscado
no meu braço esquerdo os dois estavam lindos, Chris com um smolk preto e John
estava com smolk pela metade seu blazer era uma jaqueta de couro preta.

-Lu -gritou Lipe vindo em minha direção e me abrando logo em seguida –


Você está linda – disse ele

-Obrigada – falei retribuindo o abraço – Aposto que você ajudou na escolha


dos vestidos – falei me afastando um pouco dele

-Claro né baby – disse ele – E consegui deixar a Bekka sexy com o volume
extra – disse ele sinalizando pra barriga

-Não fala assim do Antony – falei

-Antony? – perguntou Lipe confuso

-O nome do bebe é Antony – falei

-Affs e a Bekka disse que ainda não haviam escolhido o nome do meu
afilhado – disse Lipe com um bico

-Vai ser o padrinho? – perguntei surpresa

-O Markus me convidou – disse ele

-Dessa eu não sabia – falei

-Quem é o seu amigo de cabelo azul? – perguntou Lipe

-Lipe esse é o John Brown – falei –John esse é meu amigo Felipe

-Prazer – disse Lipe


C.A.P apenas acenou.

-Ele o Christopher são parentes? – perguntou Lipe

-Nunca – respondeu Chris

-Onde a Bekka esta? – perguntei

-La atrás –disse Lipe – Christopher você pode ir também – disse ele

-Ok – respondemos

-E eu? – perguntou John, em ingles

-Lipe pode cuidar dele pra mim? – perguntei apontando pro John

-Claro – disse Lipe

-John você vai ficar com o Lipe por um tempo nós já voltamos – falei

-Ok - disse respondeu John

Seguimos pra onde Bekka estava e quando chegamos la ela parecia


desesperada.

-Bekka o que foi? – perguntei

-Não tenho ninguém pra entrar comigo – disse ela reprimindo as lagrimas –
Meus pais disseram que seu casasse com o Markus eu poderia esquecer que tinha
uma família – disse ela

-Oh, amiga – falei abraçando –a com força

-O que eu faço Lu? – perguntou ela

-Eu entro com você – disse Chris

-Como? – perguntou Bekka se afastando

-Eu entro com você...isso deve ser importante pra você então eu faço – disse
Chris
-Obrigada Chris – disse Bekka o abraçando – Você é o melhor – disse ela
beijando a bochecha dele, e ele pareceu surpreso com o ato dela eu apenas deixei
um meio sorriso surgir em meus labios

-D-Dinada – disse Chris sem graça

-E quem vai entrar com a você Lu? – perguntou Bekka

-Um amigo não se preocupe – falei, e Chris me lançou o olhar sugestivo e eu


acenei

-Bem eu já vou não precisa se preocupar – falei – E parabéns pelo seu dia –
falei beijando a bochecha dela e saindo.

Tirei John de onde ele estava e ficamos na fila, seriamos os primeiros a


entrar, depois que a música começou entramos, a passos lentos e assumimos
nosso lugar.

-E o Christopher? – perguntou ele assim que chegamos no nosso lugar.

-Vai entrar com noiva – falei

-Hum – disse John

E depois de alguns minutos eles entraram, só agora percebi o qual linda


Bekka estava, vestido branco longo tomara que caia, justo nos seios e solto da
barriga pra baixo, imagino que pra disfarçar o baby.

Chris entregou Bekka a Markus e tomou o seu lugar ao meu lado, era um
pouco estranho eu era a única com dois acompanhantes.

Depois da cerimônia da união deles, seguimos pra festa, eles pareciam


felizes e isso me deixou feliz era bom ver que alguém tinha tido um final feliz,
depois de tudo que eles passaram mereciam que coisas boas acontecessem com
eles.
Notei que John havia sumido, esquadrinhei o salão todo e o vi flertando
com uma menina, ela parecia entender o que ele falava.

-Vamos dançar Liu – disse Chris me puxando pra pista

-Ah não Chris – falei

-Tarde demais – disse ele me arrastando pra pista

Então uma música começou, ela era animada, e o ritmo era ditado por ela
mesmo, eu conhecia aquela música, era tema de um dos meus filmes favoritos, a
música era do Don Omar, Chris parecia ter entendido o ritmo da música pois
dançava sincronizado comigo.

Quando a música acabou eu pude ouvir aplausos e percebi que Chris e eu


havíamos dominado a pista.

-Você...dança muito bem – disse Chris

-Obrigada – falei saindo da pista.

-Como sempre arrasando não é – disse Bekka me abraçando

-Shii – falei

-Chris você sabia que a Liu foi campeã de dança na nossa escola – disse
Bekka

-Não – disse Chris surpreso – Ela nunca foi muito de falar sobre a sua vida –
disse ele

-Pois é a Lu era a melhor ganhou uma bolsa pra escola de dança quando se
formasse no ensino médio – disse Bekka

-Parece que estou sempre me surpreendendo com voce – disse Chris com
um meio sorriso

-Não vamos falar sobre isso – falei

-Tudo bem – disse Bekka


Sim eu ganhei uma bolsa mais não disse que a usaria.

-Desculpa ter chamado atenção – falei

-Você sempre faz isso por onde passa – disse Bekka

-Claro que não – falei

-Claro que sim – disse Chris – Você chamou atenção da metade da escola
quando me enfrentou e recusou o convite do Ollie – disse ele

-Até hoje não entendo muito bem por que vocês gostaram de mim – falei

-Você é especial – disse Bekka

-Acho que o John ganhou a noite – disse Chris

-Por que? – perguntei

-Olha ele se pegando com uma menina la no canto – disse ele

-Será que o português dele é bom? – perguntei

-Aquela é minha prima – disse Markus – O inglês dela que é bom – disse ele

-Deixa ele ser feliz – falei

-Ele também merece uma namorada – disse Chris me abraçando pela


cintura e me beijando

-Acho que o próximo casamento vai ser o da Liu – disse Markus

-Mas vai demorar – disse Bekka

-Nem tanto – disse Chris – Eu preciso apenas fazer o pedido – disse ele

-E quando vai ser? – perguntou Markus

-Depois de um certo assunto ser resolvido – disse Chris

-Que assunto? – perguntou Markus


-Uma certa pessoa que precisa pagar um crime que cometeu – disse Chris
entredentes

-A garota acusada como mandante do rapto de vocês? – perguntou Bekka

-Exatamente – disse Chris

-Vamos parar com essa conversa e voltar a festa – falei – Markus dança uma
comigo? – perguntei

-Com muito prazer – disse ele

A música que estava tocando tinha uma batida boa e dançante.

-Como está tudo entre você e o Chris? – perguntou Markus

-Bem – respondi

-Eu não deveria ser a pessoa mais indicada a lhe aconselhar – disse Markus
me fazendo encara –lo por um momento – Mais se seu relacionamento com o
Chris esta tão sério assim você precisa se proteger caso...

-Markus nem termine - falei sentindo minhas bochechas queimarem – Eu sei


disso e não pretendo fazer tão cedo – falei

-Sabe eu pensava assim também – disse ele – E olha onde estou...estou


casando...eu não me arrependo disso,mas sinto pela Bekka os pais dela a
abandonaram – disse ele

-Mas ela tem a nós – falei – E a você também – falei

-Verdade – disse ele com um meio sorriso

-E tenho certeza que seu filho vai ser muito amado por todos nós – falei

-Você é a melhor amiga que já tive Lu – disse ele me abraçando

-Obrigada – falei retribuindo o abraço

E nesse momento a música acabou.


-Chega de monopolizar o noivo – falei

-Minha vez – disse John me puxando pra próxima música que acabava de
começar

-E a sua amiga? – perguntei

-Esta por ai – disse ele dando de ombro

-Você parecia muito envolvido com ela – falei

-Já que perdi você pro Chris tenho que jogar minha rede – disse ele me
rodopiando

-Ela tem nome? – perguntei

-Mia – disse ele – Ela beija bem-disse ele com um sorriso malicioso

-Pegou o número dela? – perguntei

-Claro – disse ele

-Então está com uma quase namorada nova? – perguntei

-Talvez – disse ele sorrindo

-Entendo – falei

E a música acabou novamente.

-John quero minha namorada de volta – disse Chris

-Sim eu te devolvo ela – disse John, e senti um significado por trás daquelas
palavras

-Você anda muito saidinha dançando com esses meninos – disse Chris

-Com ciúmes? – perguntei

-Ciúmes você vai ver quando chegarmos em casa – disse ele


E nesse momento uma música romântica começou a tocar eu conhecia essa
ela era coreana era uma música do Shinee uma das muitas que escutei com Ollie
quando fugi de casa.

E assim foi a noite toda dançando e me divertindo com os meus amigos, a


muito tempo eu não fazia algo assim e confesso que amei.

27.ANGEL

Minha mente estava conturbada com todos os pesadelos que eu havia


tendo, eu sempre tive pesadelos principalmente depois da morte do Antony, mas
esses começavam a perturbavam minha sanidade, os pesadelos eram diferentes,
mas sempre com o mesmo final, Chris e John mortos pela Helena, eu começava
a pensar que esses pesadelos eram um sinal de que algo de muito ruim fosse
acontecer com os meninos, e isso me assustava...eu não queria que eles se
machucassem e menos ainda que morressem.

-Liu,Liu – dizia alguém ao longe

Quando abri os olhos vi Chris me olhando preocupado.

-O que foi? – perguntei sonolenta, eu sentia meu coração descompassado,


provavelmente outro pesadelo

-Você estava gritando enquanto dormia – disse Chris – Outro pesadelo?

-Acho que sim – falei, dessa vez eu não lembrava muito bem sobre o que
era, mas pelo ritmo do meu coração não deveria ter sido agradável

-Estou preocupado com esses seus sonhos – disse Chris suspirando


-Não se preocupa são só sonhos –falei me sentando na cama

-Sonhos que não te deixam dormir e nem a mim também – disse Chris

-Desculpa – pedi

-A culpa não é sua – disse ele

-A culpa é minha por não te deixar dormir – falei

-Eu só queria entender por que anda tendo tantos pesadelos – disse ele

-Você não é o único – falei com um suspiro

-Bem eu vou preparar o café pra nós – disse Chris se levantando

-E o John? – perguntei

-Passou a noite fora com a Mia – respondeu ele

-Acho que esse lance dele está ficando sério – falei

-É bom pra ele assim ele relaxa um pouco com essa história da Helena–
disse Chris

-Como assim? – perguntei

-Deixa pra la – disse ele percebendo que disse algo que não deveria

-Chris? – perguntei

-Não é nada – disse ele saindo do quarto

Chris estava me escondendo algo mais o que?

Toda vez que o nome de Helena era tocado aqui tanto ele quanto John
ficavam tenso, será que ela havia mandado alguma nova ameaça e eu não fiquei
sabendo?

Rumei pro banheiro onde tomei um longo banho quente, vesti uma roupa
normal afinal estávamos de férias da escola, quando sai do banheiro Fido me
esperava com guia para leva –ló passear.
-Você é pontual em garoto – falei pegando a guia e ele latiu.

Segui pra cozinha e la tinha um cheiro tão bom.

-O que você esta preparando? – perguntei abraçando –o por trás

-Suco e ovos com bacon – disse ele

-Parece bom – falei

-Obrigado – agradeceu ele

-Eu vou levar o Fido passear – falei

-Sem café? – perguntou ele

-Eu tomo na volta – falei

-Toma café comigo e nós dois passearemos com ele – disse Chris

-Está bem – falei

Arrumei a comida do Fido e me sentei a mesa esperando o café da manhã


do Chris as vezes ele fazia o típico café dos ingleses e hoje era um desses dias,
acho que ele deve estar sentindo falta de casa.

-Sabe é tão bom ter paz por aqui – falei distraída

-Também acho – disse Chris

-Acha que a Helena desistiu? – perguntei como quem não quer nada, vi Chris
ficar tenso e respondeu no mesmo tom despreocupado.

-Acho que sim – disse ele

-Então posso sair sozinha? – perguntei

-Não – respondeu ele rapidamente.

-Por que? – perguntei inquisitiva

-Nada – disse ele


-Christopher Williams o que você está escondendo de mim? – perguntei
cruzando os braços

-Eu? – perguntou ele

-Não o papa – falei irônica

De repente Fido correu até a porta e começou a latir pra ela enquanto a
arranhava.

Chris e eu fomos até ela e quando a abri quase voltei pra traz, John estava
caída no corredor todo machucado.

-John – falei correndo até ele

Ele parecia inconsciente.

-Chris ajuda aqui – falei

Chris pareceu ter acordado do choque me ajudou a levar John para dentro,
colocamos ele na cama.

-Chris traz uma vasilha com água toalhas e curativos – pedi

-Num minuto – disse ele saindo do quarto.

Tirei a jaqueta dele havia mais sangue em seu peito.

-John o que aconteceu com você? – perguntei

-L-Liu – disse ele com a voz tremula, com os olhos ainda fechados

-Estou aqui – respondi, ver o John naquele estado me preocupou muito ele
sempre foi forte e enfrentava a tudo como algo assim foi acontecer com ele?

-Cadê a Mia? – perguntou ele

-Eu não sei nós te achamos assim no corredor aqui na frente – respondi

-E-Eles a pegaram – disse John

-Quem? – perguntei já imaginando a resposta


-Os cachorrinhos dela – disse ele apagando novamente.

Não, não podia ser verdade ela pegou a Mia, a Mia é uma garota tão boa e
gentil.

De repente o celular do John começou a tocar no bolso da jaqueta, eu


peguei e era um número desconhecido.

Assim que atendi a voz tão familiar do outro lado começou.

-John perdoe – me pelo que eles fizeram a você...mais foi preciso, eu quero
você só pra mim...e aquela garota o estava tirando de mim...assim como aquela
coisa fez com o Chris...

-Onde está a Mia? – perguntei furiosa

-Então ele conseguiu chegar aí coisinha – disse Helena do outro lado

-Onde está a MIA – gritei à última parte

-Viva por enquanto – respondeu ela

-Devolva –a, ela não tem nada a ver com isso – falei

-Ela se aproximou do meu homem e o estava tirando de mim – disse ela com
uma falsa tristeza

-Helena eu juro que se algo acontecer a ela eu mesma acabo com você –
ameacei

-Você não pode fazer nada é uma piralha que se sofrer um estresse muito
grande morre –disse ela – E isso me agrada muito...tirei muitas coisas úteis do
seu diário – disse ela

-Você acha que me assusta? – perguntei –Assim que eu por minhas mãos em
você acabo com a sua raça – ameacei

-Será mesmo – disse ela

-Tenho que retribuir a cicatriz no meu peito – falei


-Aquele imbecil nem pra ter acertado o seu coração – disse ela
decepcionada

-Se você realmente amasse o Chris ou John como diz, não mandaria
ninguém machucar eles – falei

-Você não sabe o que é amor, não passa de uma piralha que sente remorso
por ter sobrevivido enquanto o namorado morreu – disse Helena me fazendo
fechar as mãos em punho – E sabe se sinta culpada, ele era saudável e você uma
garota doente – disse ela

-Tem razão – falei – Posso ser doente mais te arrebentei na primeira


oportunidade que tive...e faria novamente se tivesse oportunidade – falei

-Você só teve sorte – disse ela – Então por que não fazemos assim eu liberto
a garota em troca de você se entregar – disse ela

-Isso é um blefe você não vai fazer isso – falei

-Faria sim, é você que eu quero e não essa idiota – disse ela

-Quando e onde? – perguntei

-Tem um carro na frente do seu prédio você tem 5 minutos pra entrar antes
que eu mate essa garota – disse ela

-Estarei ai em três – falei desligando o celular

E assim que o fiz Chris entrou no quarto com as coisas que pedi.

-Desculpa a demora – disse ele

-Sem problema – falei – Eu vou sair e comprar alguns analgezicos cuide dele
esta bem? – perguntei

-Eu posso ir – disse Chris

-A farmácia fica a poucos metros daqui volto bem rápido – falei

-Esta bem – disse ele


-Te amo – falei dando um rápido selar nele

-Também te amo – disse ele

Sai o mais rápido que pude do apartamento e segui pro elevador, levei três
minutos até sair do mesmo, e corri pra fora do prédio e assim que o fiz vi a porta
de uma BMW preta se abrir, suspirei e caminhei até la, vi um homem e a Mia que
chorava.

-Trato é trato - escutei a voz de Helena provavelmente no banco da frente.

Mia saiu pra fora e me abraçou forte.

-Pronto passou – falei retribuindo o abraço

-Lu...o John...ele – disse ela

-No meu apartamento vai pra la, Chris esta com ele – falei

-Mais e você? – perguntou ela se afastando

-Tenho assuntos a resolver – falei – Não se preocupe – falei e entrei no carro

Assim que o fiz a porta foi fechada e o carro saiu cantando pneu.

-É bom te ver Luani – disse Helena no banco da frente

-Pena que não posso dizer o mesmo – falei seca

-A princesinha herdeira esta zangada? – perguntou irônica

-Se vai me matar anda logo por que prefiro morrer a olhar pra essa sua cara
de vaca – falei

-Ora sua coisinha – disse ela – E quer saber eu ia te matar


rapidamente....mais agora vai ser lenta e dolorosamente – disse ela

-Se conseguir – falei

-Seu coração vai parar antes de eu realmente começar – disse ela


-Você é uma covarde...se aproveita dos sentimentos dos outros...agora
entendo por que o Chris e o John te odeiam tanto – falei

-Da pra fazer essa idiota calar a boca – disse ela

O cara do meu lado colocou um lenço no meu rosto ele tinha o mesmo
cheiro do da primeira vez, eu até tentei lutar mais era inútil eu havia escolhido
esse destino, tudo a minha volta se escureceu e eu apaguei.

_______________________________xxx_________________________________

Acordei com algo gelado batendo contra meu corpo.

Eu tentei me mover mais percebi que minhas mãos estavam presa acima da
minha cabeça por grossas correntes que estavam em volta de um cano grosso e
enferrujado olhei pra baixo e notei que meus pés não tocavam o chão, olhei em
volta assustada e percebi que estava em uma sala não havia janelas, apenas a
porta, e a minha frente estava Helena e um outro cara.

-Que bom que acordou princesa – disse o cara

-Imbecil – falei cuspindo um pouco de agua

-Seja educada, Edward pode ser tão cruel quanto eu – disse ela

-Queria ver você tentar – desafiei

-Você não tem noção do perigo que corre e mesmo assim me desafia – disse
Helena

-Você é loca não existe outra explicação pra isso...alem de louca é narcisista
– falei
-Eu louca – disse ela com desdém – Você roubou o Chris e o John de mim –
disse ela

-Eu não roubei nada – falei – Você os afastou de você – falei

-Posso ter a honra? – perguntou o cara com o nome de Edward

-Va em frente – disse Helena

-Então ele é seu novo brinquedinho é? – falei

-Idiota – disse ela

Edward veio pra cima de mim.

-Vamos ver se vai se continuar assim quando eu terminar com você – disse
ele

-Vamos ver se você consegue – falei

-Eu sou um cara muito persuasivo, você não vai aguentar nem 5 minutos
comigo – disse ele

-Se você diz – falei sarcástica

Ele caminhou a passos lentos em mina direção e eu observei Helena sorrir


brevemente, eu sabia que o que estava por vir não era agradável, eu precisava
lutar pelo menos até a ajuda chegar.

PONT.CHRISTOPHER

Não entendi muito bem o por que da Liu ter me beijado e ter me olhado
daquele jeito enquanto dizia que me amava, aquilo apertou meu peito.

-L-Liu – disse John me despertando dos meus pensamentos

-Que bom que acordou – falei me aproximando


-Onde...a...Liu..ta? – perguntou ele com dificuldade

-Ela saiu pra comprar remédios – respondi

-Nãoo – disse John – Ela foi atrás da Mia – disse ele se sentando

-Por que ela iria atrás da Mia... – e a ficha caiu – Não me diga que...?

-Helena– disse ele

-Droga – falei saindo correndo porta a fora,assim que abri a porta da frente
dei de cara com a Mia – Mia – falei

-Chris eles a pegaram – disse ela chorando e se jogando nos meus braços

-Quem pegou quem? – perguntei ja imaginando a resposta

-A Liu, eles a levaram – disse ela me encarando

-Helena– falei afastando a Mia

-Onde o John esta? – perguntou ela

-Segunda porta a direita – falei – Mia cuide dele eu preciso sair – falei

-Aonde vai? – perguntou ela um pouco mais calma

-Acabar com isso de uma vez por todas – falei

-Chris eles são perigosos – disse Mia

-Eles não são nada perto do que eu vou fazer se algo acontecer a Liu – falei
saindo porta a fora.

Se Helena queria guerra ela teria estava na hora do armamento pesado.

28.TUDO DE SI
PONT.LIU

Aquilo estava começando a doer e muito, meus sentidos começavam a


falhar, e a maior prova disso era o meu sangue escorrendo pelos cortes em meu
corpo, eles não estavam em uma única região mais sim espalhados por todo o
meu corpo minhas pernas,braços abdome costas e até mesmo no rosto.

Mas eu não deixei barato, mesmo presa e ferida consegui acertar dois
chutes em Edward, o que o deixou mais furioso ainda.

-Pronta pra morrer – disse Helena com um sorriso malicioso

-É...só...isso? – perguntei com dificuldade

-Ainda aguenta mais – disse ela se aproximando

-Isso...não é nada – falei juntando minhas forças

-Estamos aqui a umas 48 horas e você ainda se mantém consciente depois


de tudo – disse ela –E mesmo ferida dessa forma não gritou ou chorou uma única
vez – disse ela

-Jamais te darei esse gosto – falei cuspindo um pouco de sangue – Prefiro


morrer em silencio a deixa –la ver meu sofrimento – falei

-Vamos ver quanto tempo mais você aguenta – disse ela saindo, e Edward a
segui.

Assim que eles o fizeram eu suspire.

O simples ato de puxar o ar para meus pulmões doía, meu corpo estava
doendo e algumas partes até adormecidas, tentei manter minhas pálpebras
abertas mais não consegui e acabei apagando.
PONT.CHRISTOPHER

Eu sabia que tudo o que eu fosse fazer agora poderia salvar ou acabar
matando a Liu, então chamei reforços, e quando digo reforços digo Black
Dragons e aos Anjos do Norte, sim todos estavam aqui no Brasil e estávamos
planejando o que fazer.

-Quanto tempo ja faz? – perguntou Ollie

-72 horas – falei

-Acha que ela...? – Thomas não conseguiu terminar a frase

-Se ela estivesse o corpo já teria aparecido – falei

-Eu vou junto – disse John aparecendo

-Você esta fraco de mais John – falei

-Eu do conta – disse ele – Quero acabar com os idiotas também – disse ele

-Ok – falei com um suspiro – Mas não fique no meu caminho a Helena é
minha – falei

-Quero ela morta tanto quanto você – respondeu ele

-Acho que nós dois não podemos matar ela só um de nós – falei

-Decidimos isso quando encontrarmos ela – disse John me encarando

-Pra mim esta bom – fale – Henry encontrou alguma coisa?

-Nada, é como se tivessem evaporado da face da terra – disse Henry


concentrado nos monitores
-Mais isso é impossível – falei frustrado – Tem que ter alguma coisa em
algum lugar – falei, isso me deixava mais preocupado ainda a Luani precisava
estar em algum lugar a Helena não pode simplesmente ter sumido com ela.

-Chris – disse Nathan

-O que foi? – perguntei

-Vem da uma olhada nisso – disse Ricky

Me aproximei de onde eles estavam com o notebook ligado,e sinceramente


preferia nunca ter visto.

Liu estava amarada com o corpo coberto de sangue e com os olhos


fechados senti um aperto em meu peito, era como se ela estivesse...morta, mas
ela não podia estar não a minha Liu.

-Quando essa foto chegou? – perguntei

-A uns 10minutos – disse Ricky – Não sabíamos bem o que era até a imagem
ficar nítida – disse ele

-E tem mais – disse Nathan

-O que? – perguntei sentindo o panico crescer

-Ela é mais forte do que pensei....mas tenho certeza que não vai sobreviver
por mais que algumas horas, Chris, John, saibam que a morte dela será culpa de
vocês por terem me deixado, H – disse Nathan

-Eu juro que vou acabar com ela com as minhas próprias mãos – falei
socando a mesa com força

-Chris, pelo menos ela ainda esta viva – disse Ollie colocando a mão em meu
ombro

-Mas por quanto tempo? – perguntei passando as mãos nervosamente


pelos meus cabelo

-Precisamos encontra –las – disse John


De repete Fido correu até a porta e começou a latir, como ele havia feito
quando encontramos o John, corri até a porta e a abri mais Liu não estava la, Fido
saiu correndo porta a fora.

-Fido volte aqui – falei, mais ele continuou correndo.

E eu fiz o mesmo sai atrás daquele cachorro.

-Chris– escutei os meninos

-Eu preciso pegar o cachorro –gritei, Fido correu até a saída de emergência
aquela porta estava aberta, tentei pegar ele mais ele foi mais rápido, e conseguiu
escapar – Cachorro idiota – falei

Desci as escadas atrás daquele cão, era minha responsabilidade pega –lo
antes que destruísse o prédio, ou assustasse alguém.

Fido correu pra rua, e eu fui atrás dele.

-Chris me espera – escutei Ollie

Quando me virei vi todos atrás de mim.

-O que vocês estão fazendo? – perguntei

-Vamos te ajudar a pegar o cão – disse John

-Vocês vão continuar a procurar pela Liu eu pego o Fido – falei

-Não – disse John – Ele é da Liu vamos todos atrás desse cachorro – disse
ele

-Esta bem – falei com um suspiro

Perseguir aquele cão estava me deixando irritado, ele estava tirando toda
atenção da Liu e da Helena.

Quanto mais o perseguíamos, mais percebia que nos afastávamos do


centro da cidade e por um momento tive uma estranha sensação, era como se
ele estivesse tentando nos mostrar algo.
De repente ele parou.

-Onde estamos? – perguntou Eric um pouco ofegante

-Gostaria de saber – falei

-Chris – disse Thomas

-O que foi? – perguntei

-Olha la – disse ele

Olhei pra direção que Thomas estava apontando e vi Helena e um cara.

-Helena– falei entre dentes.

-Espera – disse John colocando a mão em meu ombro.

-Por que? –perguntei – Ela pode estar la – falei

-Chris não sabemos – disse John

-E se ela estiver – falei

-Vai se arriscar e ir la? – perguntou John– E se ela não estiver e Helena


descobrir que estamos no rastro dela ela pode matar a Liu – disse ele

-Eu sei mais eu...

-O cão – interrompeu Ollie

Quando vi Fido estava correndo na direção do prédio aonde Helena havia


entrado com o rapaz.

-Tarde de mais – falei, e sai correndo atrás dele.

Se essa era a hora pra tudo acabar que acabasse.

Assim que entrei pude escutar a voz da Helena.

-Chris – disse ela – Que bom que resolveu se juntar a festa – disse ela

-Onde a Liu esta? – perguntei


-Por que ela é tão importante – disse ela aparecendo

-Por que ela me faz bem...assim como a Mia faz bem ao John...você não
entende isso não sabe o que é o amor verdadeiro – falei

-Claro que sei o que eu sinto por você é amor – disse ela

-Isso não é amor – falei – É obsessão...isso nunca vai poder ser chamado de
amor – falei

-Como pode dizer isso Chris, eu te amo – disse ela se jogando em meus
braços

-Mas eu não – falei afastando –a

-Que seja então – disse ela –Sua preciosa Luani morrerá – disse ela

-Você não seria capaz – falei fechando as mãos em punho

-Ela já esta praticamente morta mesmo – disse Helena dando de ombro

Meu corpo tremeu como ela podia dizer aquilo, apenas senti o estralo de
minha mão em seu rosto.

-Por que fez isso – disse ela massageando o lugar, eu podia ver filete de
sangue escorrer de seus lábios

-Se ela morrer saiba que voce não sobrevivera nem 2 minutos depois que
ela parar de respirar – falei

-Então se você não será meu não será dela também – disse ela apontando
uma arma para mim.

-Você esta louca – falei

-Sim louca por você – disse ela

-Christopher – disse John

-Aqui – respondi
-Então o John também esta aqui – disse ela

-Ele também quer garantir que a Mia possa ficar segura – falei

-O que essas garotas tem pra deixar vocês assim? –perguntou ela furiosa

-Elas nos amam, elas não são como você, você só nos usava éramos
brinquedos nas suas mãos – falei

-Eu sempre amei vocês – disse ela

-Você nunca nos amou – falei

-Helena– disse John aparecendo

-Então resolveu se juntar a nós – disse ela

-Abaixa essa arma – disse John

-Não – disse ela

-Helena acabou você não tem pra onde ir – disse John

-Tem razão – disse ela abaixado a arma – Mais ela vai comigo – disse Helena

-Não machuque a Liu – pedi

-Tarde de mais –disse ela apontando a arma contra a própria cabeça – Amo
vocês – disse ela.

Eu corri impedindo que ela puxasse o gatilho contra a própria cabeça, mais
arma disparou duas vezes, atingindo minha coxa e a barriga dela.

-Chris – disse John e pude ouvir a preocupação em sua voz

-Eu...to bem – falei – Helena, onde esta a Liu? – perguntei enquanto ela caia
lentamente até o chão

-Ela...ela...esta...morta – disse ela com a mão no abdome

-Helena por favor – pedi

-É tarde – disse ela e pude ver as lagrimas em seus olhos


-Onde Helena? – perguntei uma oitava mais alta

-Siga em frente haverá uma porta – disse ela fechado os olhos.

-John leve –a para um medico – falei

-Chris e você? – perguntou ele

-Eu vou trazer a Liu de volta - falei

-Tudo bem a gente se vê depois – disse ele levantando Helena

Comecei a caminhar por aquele corredor, o ferimento doia muito e eu podia


sentir o sangue escorrer por minha perna mas eu não podia deixa –la, ela não
podia morrer não agora que eu finalmente conheci a felicidade e o amor.

Eu escutava Fido latindo, ele deveria ter encontrado o lugar onde a Liu
estava, tentei ir o mais rápido que podia e isso só fez a dor em minha perna
aumentar.

Assim que alcancei onde Fido estava abri a porta com tudo e vi Liu suspensa
com os braços presos acima da cabeça, o cheiro de sangue era insuportável, e ela
estava com os olhos fechados.

-Liu –sussurrei

-Então o cavaleiro na armadura brilhante veio salvar a donzela em perigo –


disse o rapaz do lado da Liu

-Não tenho tempo pros lacaios da Helena – falei

-Se você esta aqui Helena esta morta – disse ele sacando uma arma – Isso
quer dizer que eu devo mata –la – disse ele

-Não precisa terminar assim – falei

-Precisa sim – disse ele

Fido pulou no rapaz fazendo com que o mesmo soltasse a arma.

-Tire esse animal estúpido de cima de mim – dizia ele


Peguei a arma que estava no chão.

-Fido sai – falei e ele me obedeceu,atirei na perna do garoto assim ele não
me seguiria mais seria preso pelo crime.

Caminhei até Liu que permanecia com os olhos fechados, me aproximei e


chequei a respiração dela,estava fraca mais ainda respirava.

Apoie o corpo da Liu em meu braço esquerdo e atirei contra as correntes


partindo -as e segurei o corpo da Liu com mais firmeza impedindo -a de cair.

-Minha pequena –falei pegando a em meus braços.

-Chris – sussurrou ela

-To aqui meu amor – falei

Levantei-me e sai com Liu em meus braços.

Finalmente tinha acabado, agora poderíamos ter uma vida.

29. FINALMENTE A FELICIDADE

PONT.LIU

Eu podia ouvir vozes ao longe, eles conversavam sobre mim?

Meu corpo estava dormente, eu ouvia um zumbido irritante perto da minha


cabeça.

Eu tinha medo de abrir os olhos e perceber que ainda estava naquele lugar
sendo torturada, mas acho que não estava, às vozes que eu escutava eram
calmas e até mesmo preocupadas.
Respirei fundo e isso fez meu corpo doer, abri os olhos lentamente e quando
eles se acostumaram com a claridade a primeira coisa que vi foi a figura
sorridente de Chris.

-Que bom que acordou – disse ele

-Onde eu estou? – perguntei e minha voz saiu num sussurro estranho

-Você esta num hospital – disse ele, ele deve ter percebido a confusão em
meu rosto e continuou – Nós te encontramos graças ao Fido, não sabemos como,
mais ele captou seu cheiro e te achou naquele prédio abandonado – disse ele

Pigarreei pra ver se minha voz voltava ao normal mais não funcionou.

-Quanto tempo eu to aqui?

-Duas semanas – disse ele – Os médicos disseram que você é uma garota
forte por ter agüentado tudo e se manter viva mesmo com o coração quase tendo
desistido de funcionar – disse ele

-Tudo dói – falei

-E deveria mesmo – disse ele – Você sofreu muitos cortes alguns muitos
profundos – disse ele acariciando meu rosto

-E a Helena? – perguntei

-Presa – sorriu ele – Tem mais gente que querem te ver – disse ele

-Quem? – perguntei

-Luani – disse minha mãe entrando no quarto acompanhada do meu pai –


Que bom que acordou – disse ela se aproximando

-Você nos deu um belo susto – disse meu pai

-Desculpa – pedi baixo

-A culpa não é sua – disse minha mãe beijando minha testa – Graças a Deus
você esta bem – disse ela
-Tive sorte mesmo – falei

-Você foi imprudente se jogando aos leões daquela forma – disse Chris

-Não poderia deixar outro sofrer no meu lugar – falei

-É por isso que você é tão especial – disse meu pai – Você sempre se sacrifica
pelos outros – disse ele

-E isso é ruim? – perguntei

-É um grande dom – disse minha mãe

-Bem vamos chamar uma enfermeira – disse meu pai

-Que bom que esta bem – disse minha mãe saindo também

-Chris – falei

-Sim – disse ele

-Tudo realmente acabou? – perguntei

-Sim – disse ele – Finalmente poderemos ter paz – disse ele

E eu sorri.

_______________________________xxx_____________________________

DOIS MESES DEPOIS


Eu não havia ficado com muitas cicatrizes a maioria delas ficavam
escondidas sobre a roupa, fiquei feliz por não ter ficado nenhuma em meu rosto
como qualquer mulher meu rosto é importante para mim.

-Liu – disse Chris

-Eu? – perguntei

-O filme já começou – disse ele

-Já to indo – falei

Peguei as pipocas e corri pra sala.

-Cheguei – falei

-O cheiro ta bom – disse ele

-É pipoca amanteigada – falei

-Minhas favoritas – disse ele

-Tudo o que eu faço é seu favorito – falei me aninhando em seus braços.

-Falta uma coisa – disse ele

-O que? – perguntei

-Uma coisa que você ainda não fez pra mim – disse ele

-O que eu ainda não fiz? – perguntei confusa

-Ai pequena – disse ele selando nossos lábios – Quer mesmo que eu diga? –
sussurrou ele em meu ouvido mordiscando meu lobulo levemente.

-Chris– falei completamente corada

-Você não sabe a quanto tempo espero por isso – disse ele me deitando no
sofá e ficando por cima de mim –Por duas vezes pensei que ia te perder...não
quero mais sentir essa sensação – disse ele

-Mas você não vai me perder – falei completamente corada


-Quem garante – disse ele selando seus lábios aos meus o beijo era calmo e
terno eu lhe dei passagem e ele continuou com o ritmo calmo, me puxando mais
para si –Me deixe faze –la minha – disse ele separando o beijo, e me encarando
com ternura

-Chris– falei baixo

-Prometo ser gentil – disse ele

-Tudo bem então – falei

Chris retomou o beijo mas dessa vez ele era selvagem e cheio de desejo,
enquanto me beijava eu podia sentir suas mãos percorrerem meu corpo.

Entrelacei minhas mãos em seus cabelos enquanto ele me fazia sentar em


seu colo, e começava a subir minha blusa, ele a tirou em um movimento rápido,
voltando a me beijar, suas mãos foram direto pro fecho do meu sutiã, ele se
desfez da peça com muita facilidade.

Ele ficou de pé eu entrelacei minhas pernas em sua cintura enquanto ele


caminhava sem separar nosso lábios.

Quando finalmente nos separamos por falta de ar senti minhas costas bater
contra algo macio.

-Só eu vou perder a roupa nessa brincadeira – perguntei completamente


vermelha

-Você fica mais linda vermelha – disse ele

-Você não respondeu a minha pergunta – falei

Ele tirou a camisa e se deitou por cima de mim voltando a me beijar, deslizei
minha mão por seu abdome até o cós da calça desabotoando-a, ele fez o favor de
se livrar do resto sozinho.

-Você é tão linda – disse ele

-Você também – falei


Comecei a beija – ló desesperadamente explorando toda a sua boca com a
minha língua ele entrelaçou minhas pernas em sua cintura fazendo com que
nossos corpos ficassem ainda mais juntos continuei a beija – lo
desesperadamente enquanto sua mão esquerda subia e descia em minhas costas
enquanto a direita tentava unir ainda mais nossos corpos. Ele então começou a
beijar meu pescoço e eu entrelacei minhas mãos em seus cabelos fazendo – o
gemer baixinho senti suas mãos agarrando minhas coxas com força me fazendo
gemer a essa altura eu ja não tinha mais controle sobre meu corpo, eu queria
sertir o Chris, mais e mais dele , ele deitou nossos corpos delicadamente na cama
novamente ele afastou minhas pernas delicadamente ficando entre elas e
começou a beijar minha barriga meus seios ele então se ajeito entre minhas
pernas se posicionando.

-Posso? – perguntou ele

-Sim - respondi sentindo uma estranha onda de calor crescer por meu
corpo, me fazendo deseja -lo a cada segundo

Ele invadiu meu interior senti uma dor e enquanto esperava eu me


acostumar beijou os rastros deixados pelas lagrimas, então ele começou com os
movimento nós dois acabamos gemendo, os nossos corpos faziam barulho se
chocando um contra o outro misturados com nossos gemidos logo chegamos ao
clímax e ficamos um tempo olhando um nos olhos do outro.

-Foi incrível – falei

-Foi perfeito – disse ele selando seus lábios aos meus.

E assim adormecemos ali.

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10 anos depois....

Minha vida tem sido tranquila em todo esses anos e confesso que sinto falta
da agitação de antes,Chris e eu nos casamos e temos dois filhos Chriatopher John
(homenagem aos dois homens que salvaram a minha vida) e Antony Williams,e
claro tem o terceiro acaminho é uma menina ainda não tem nome mais será
amada também.

John se casou com Mia, eles tem uma filhinha muito linda chamada Alice
Brown( homenagem a irmã do John)

XYZ se tornou um grande grupo.

Fernanda e Niel estão noivos.

Minha irmã Julie e Ollie também estão juntos (Deus mais um loco pra
família)

Thomas e Ricky se tornaram professores de musica.

Ricky, se tornaram músicos.

Eric se tornou produtor artístico dos amigos músicos e parece que deu
certo.

Ethan,Nathan e Henry entraram no ramo de computação alguma coisa


relacionada a criação de sites e sofweres a cara deles mesmo.

Chris e John se tornaram policiais e trabalham juntos é meio irônico


levando em conta que eles eram criminosos quando jovens.

E quanto a mim?

Bem minha vida acabou se tornando um livro com o titulo “QUERIDO


CADERNO...DIARIO IDIOTA” meio irônico não? Ele é um dos livros mais vendidos,
eu me tornei uma escritora renomada graças a esse livro, muitos esperam uma
sequência, bem acho que não haverá uma seqüência afinal, só vivi uma grande
aventura na minha juventude.

E você viveu uma grande aventura que queira escrever em um diário?

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