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DEVOCIONAL | A SOBERANIA E SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

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DEVOCIONAL | A SOBERANIA E SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

Introdução

Intro-
dução

Algumas histórias da Bíblia são ouvidas há


tanto tempo que caímos no erro de achar que
não temos mais nada a aprender com elas.
O livro de Ester é uma dessas histórias. Mas,
será que realmente aprendemos tudo o que o
livro tem a nos oferecer? Entendemos
realmente o que estes personagens tem a
ensinar sobre o que fizeram, porque fizeram,
ou porque deixaram de fazer algo?

Nestas 10 devocionais, a proposta é trazer um


olhar mais atento aos detalhes do livro de
Ester e ver a mão soberana de Deus.

Ana, May e Érika

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DIA
01 DEVOCIONAL | A SOBERANIA E SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

DEVOCIONAL | A SOBERANIA E
SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

Coragem em Tempos de Medo


POR ÉRICA VERÍSSIMO

Porque, se de todo te calares agora, de outra parte se


levantará para os judeus socorro e livramento, mas tu e a
casa de teu pai perecereis; e quem sabe se para conjuntura
como esta é que foste elevada a rainha? Então, disse Ester
que respondessem a Mordecai:
Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e
jejuai por mim, e não comais, nem bebais por três dias, nem
de noite nem de dia; eu e as minhas servas também
jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que é contra a
lei; se perecer, pereci.
Então, se foi Mordecai e tudo fez segundo Ester lhe havia
ordenado. (Ester 4:14-17)

Ao ler o livro de Ester, o versículo que mais me chamou a


atenção foi: “...se eu tiver de morrer, morrerei” (Ester 4.16b).
Ester deveria chegar até o pátio interno do rei Xerxes, lugar
onde nenhuma pessoa que entrou sem ter sido convidada
saiu viva, para pedir a salvação dos judeus que viviam
naquele Império. Além disso, ela deveria revelar sua
nacionalidade, até então escondida de todos, possibilitando
que o rei a destronasse rapidamente. Alguns de sua nação
viviam em exílio, mas, ela deixou de lado um dos sentimentos
mais comuns em quem vive em exílio: a conformidade.
Pensemos em nossa época de escola, ou, se você ainda
está nela, pense em como essa época seria possivelmente
menos desafiadora se você não precisasse dizer que é crente.
Ninguém te julgaria por coisas como ser contra
homossexualidade, ou por acordar bem cedo no domingo
para ir ao culto. Uma outra situação bem comum seria a do
isolamento. Ester poderia ter se fechado dentro da cultura
da Pérsia e deixado a sua cultura escapar. Não foi assim que
ela agiu e não é assim que devemos agir. Saiba que nenhuma
dessas duas situações são fáceis, nem isolar-se e nem se
conformar. Entretanto, uma coisa é certa, é necessário

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bastante coragem para enfrentá-las. Escolher entre uma


delas não será fácil. Mas valerá a pena, mesmo que elas te
joguem em uma cova cheia de leões.
Falando nisso, Ester e Mordecai demonstraram muita
coragem. Principalmente da parte de Mordecai. Embora o
nome de Deus não apareça no livro de Ester, ele tinha muita
convicção de que eu povo teria livramento, mesmo se Ester
não tivesse tido coragem de pedir por isso ao rei. Sempre ao
ler essas passagens do antigo testamento, tanto a de Daniel,
como a de Ester fico imaginando como eu me comportaria
em uma situação parecida. Teria eu a mesma coragem de
Ester? Ou a mesma coragem de Daniel? Ou a de Mordecai
quando não se curvou para Hamã? Ah, não sei. Acho que eu
agiria mais como Mordecai ao esconder por um tempo minha
identidade, pelo menos para ver como seriam as coisas.
A história de Ester nos ensina valiosas lições sobre
coragem e uma delas é o reconhecimento do medo. Ester
não ignorou o medo, mas o confrontou. Ela reconheceu a
gravidade da situação e a ameaça que pairava sobre seu
povo, assim, nos inspirando a fazer o mesmo. Enfrentar o
medo diante das adversidades.
Viver na Pérsia sendo judeu naqueles dias não é tão
diferente de viver neste mundo de hoje. É preciso ter coragem,
minhas irmãs! Viver uma vida de coragem não significa
arriscar, buscar aventuras e adrenalina. Significa continuar
vivendo a vida com suas dores e tragédias. Continuar
andando mesmo com os pés cansados e cheios de bolhas
ou com a alma ansiosa e triste.
Muitas vezes, os altos e baixos que vivemos nos fazem
crer erroneamente que ter coragem não vale a pena. Mas
então, devemos nos lembrar das promessas do nosso
Senhor, e uma delas está no Salmo 27.14: “Espere no Senhor.
Seja forte! Coragem. Espere no Senhor”. As promessas de
Deus devem nos levar a crer que estamos sempre no lugar
certo. Que estamos no lugar exato que ele desejou para nós
para que seu propósito fosse cumprido. Por isso, Ele estará
pronto para nos ajudar a servir à sua causa.
É preciso muita coragem para viver a vida sendo povo
escolhido de Deus. Ester e Mordecai, de alguma maneira,
Outubro
sabiam disso. Eles ouviram de seus antepassados que havia
esperança nas promessas do Deus de Israel. E nós, que já
temos as promessas concretizadas em nosso Senhor Jesus
Cristo, precisamos dessa mesma coragem de Ester para

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manter nossos olhos e corações nele. Ele deve ser nossa


esperança.

O que aprendi sobre Deus hoje?


O que aprendi sobre mim mesma hoje?

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DIA
02 DEVOCIONAL | A SOBERANIA E SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

DEVOCIONAL | A SOBERANIA E
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A Providência Divina nas Entrelinhas


P O R M AYA R A H E NR I Q U E S

“[Mordecai] Mandou dizer-lhe: Não pense que pelo fato


de estar no palácio do rei, você será a única entre os judeus
que escapará, pois, se você ficar calada nesta hora, socorro
e livramento surgirão de outra parte para os judeus, mas
você e a família do seu pai morrerão. Quem sabe não foi
para um momento como este que você chegou à posição de
rainha?” (Ester 4.13:14 NVI)

A história de Ester nos faz refletir sobre como Deus está


presente nas entrelinhas dessa narrativa. Chega a ser
intrigante ter um livro na Bíblia que não menciona o nome
divino. Mas, ainda que o nome de Deus não seja dito, sabemos
que Ele estava lá, agindo no meio do seu povo, conduzindo
a história a um final de festa! Apesar de não encontrarmos
Deus na descrição de templos ou no anúncio dos profetas,
nós O vemos no comportamento de Ester, na fé de Mordecai,
na sabedoria da resposta da rainha e na perseverança do
povo judeu.

No momento da aflição, ao descobrir o decreto de Hamã


contra os judeus, Mordecai entendeu que mais do que
recorrer à rainha Ester e seu poder no palácio, ele estava
clamando a Deus, pois ainda que ela nada fizesse, Mordecai
tinha fé de que o socorro e livramento surgiriam de outra
parte. Ele confiava em Deus e deixava claro a Ester que se
não fosse através dela, Deus usaria outros meios, porque
Mordecai sabia Quem estava no controle de tudo.

A resposta de Mordecai mudou a resposta inicial de Ester


que antes era cheia de medo (se alguém chegasse ao rei sem
por ele ser chamado e o rei não estendesse o seu cetro, tal
pessoa morreria, cf. Est. 4:10) e por sua insistência todo o
povo foi convocado ao jejum. A fé de Mordecai moveu os
atos de Ester.

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Que resposta damos a nós mesmos ou aos nossos quando


nos encontramos em meio ao caos e nos sentimos sozinhas?
É provável que você se pergunte: onde estava Deus que não
impediu o decreto de Hamã contra os judeus? O Senhor
estava agindo! Deus não é pego de surpresa. Desde o
momento em que Ester foi levada ao palácio, o Senhor já
tinha um propósito para ela de participar da Sua providência
que salvaria o povo de Israel.

E esse mesmo Deus que agiu nos bastidores da história


de Ester é o Deus que age em nosso ordinário. Ele é soberano
e, mesmo sem nos darmos conta, Ele tem nos colocado nas
posições, no tempo e no lugar certos. Ouça a resposta de
Mordecai a Ester e reflita consigo mesma: Quem sabe não
foi para um momento como este em que você está passando
que Deus te colocou na posição de mãe, filha, estudante, tia,
esposa… mulher.

Te convido a, junto comigo, perceber Deus em nosso dia a


dia, ainda que não seja explícito, vamos encontrá-Lo nas
entrelinhas.

O que aprendi sobre Deus hoje?

O que aprendi sobre mim mesma hoje?

Outubro

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DIA
03 DEVOCIONAL | A SOBERANIA E SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

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Examinando a intercessão de Ester


POR ANA CAROLINA CAIRES LOPES

“Então, disse Ester que respondessem a Mordecai: Vai,


ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e jejuai
por mim, e não comais, nem bebais por três dias, nem de
noite nem de dia; eu e as minhas servas também jejuaremos.
Depois, irei ter com o rei, ainda que seja contra a lei; se
perecer, pereci.” Ester 4:15 e 16

Ao olharmos para o Holocausto causado por Hitler*, nos


horrorizamos e lamentamos profundamente, bem como as
tantas vezes em que o povo escolhido de Deus foi marcado
para a extinção, por assassinos fanáticos. A mesma atitude
repulsiva foi vista em Hamã, um desses extremistas, que
manipulou uma situação para aprovar um genocídio contra
os judeus que viviam sob o domínio do Rei Assuero.

À sombra de algo terrível que aconteceria anos depois


nos campos de concentração, Hamã vislumbra um reinado
“limpo” do sangue judeu, simplesmente porque Mordecai se
recusou a dobrar-se aos seus pés (Ester 3:6). Graças à
intervenção de Deus, por meio de um plano orquestrado por
Mordecai e Ester, acontece o livramento do povo, mas,
infelizmente, por meio do derramamento de sangue; afinal,
um dos efeitos da queda é que até mesmo a justiça legítima
leva à morte de seres humanos.

Quando lemos sobre a postura de Ester diante do perigo


iminente da extinção de seu povo, encontramos retratos do
que Deus espera de seus filhos em momentos de opressão:
humildade, intercessão e fé. Ao jejuar e convocar seu povo
ao jejum, Ester demonstra obediência a um estatuto de seu
Deus e os aponta para uma postura de humilde contrição
diante do risco de vida.

A prática do jejum era muito frequente no Antigo


Testamento, especialmente em situações de calamidade,
luto e pecado, como podemos aprender no artigo “Anunciando

*Curiosidade: Hitler baniu a leitura do livro de Ester e os nazistas matavam no ato


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proibido a comercialização do mesmo. Providence: The Gospel According to Esther, de Bryan R. Gregory).

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a Saudade do Noivo (Sobre Jejum)” de minha amiga Isabella


Oliveira, no site do Graça em Flor. “O jejum era instituído como
uma prática punitiva muitas vezes, com a finalidade de afligir
o corpo, privando-o de alimentos. A palavra aramaica para
‘jejuar’ tem o sentido de ‘estar de luto’. Havia até mesmo um
dia determinado para o jejum obrigatório, o Dia da Expiação
(Levítico 23.27)”.

O jejum é um tempo de privação do pão que alimenta o


corpo perecível, para alimentar-se do Pão da Vida, que
alimenta a alma. Ele é uma oferta pessoal para o Senhor, um
tempo de deleitar-se em Sua presença e buscá-lO no secreto
por meio de orações, súplicas e adoração. O autor Max
Lucado me marcou muito com a seguinte declaração: “O
poder da oração não depende de quem a faz, mas de quem
a ouve.” É evidente que o resultado do jejum do povo judeu
não é mérito deles, mas do Senhor que os viu e que em todos
os momentos esteve ciente do que estava acontecendo.

Consideremos que o povo judeu estava há tempos fora


de sua terra natal, misturado com outras culturas e correndo
o risco de esquecer do único e verdadeiro Deus, como muitas
vezes ocorreu em tempos de exílio. Ester e Mordecai, no
entanto, preservam uma fé notável, ensinando-nos a
direcionar nosso temor a quem realmente tem poder de
nutrir a alma. Em seu livro “Fome por Deus”, John Piper
reforça esse conceito ao afirmar que o jejum não é uma
negação da excelência do alimento ou da generosidade de
Deus em fornecê-lo. “Ao contrário, é uma maneira de dizer,
de tempos em tempos, que ter mais do Doador é mais valioso
do que ter a dádiva.”

Por meio do jejum, os judeus da Pérsia declaram sua fé


em Deus e sua confiança no Altíssimo; com isso aprendemos
que não há exílio que possa nos separar de Deus, não há
genocídio poderoso o suficiente para calar a fé e não existem
reis acima do domínio do Soberano Rei. Que tenhamos a
mesma ousadia de confiar em Deus em nossos momentos
difíceis.

O que aprendi sobre Deus hoje?


Outubro
O que aprendi sobre mim mesma hoje?

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DIA
04 DEVOCIONAL | A SOBERANIA E SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

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Identidade em meio à adversidade


POR ANA CAROLINA CAIRES LOPES

“Ester não havia declarado o seu povo nem a sua


parentela, pois Mordecai lhe havia ordenado que não
dissesse nada a respeito disso.” Ester 2:10

Mordecai vivia na cidadela de Susã, e era parte de um


grupo da segunda ou terceira geração de exilados. Sendo
assim, ele não conhecia nada além da vida na Pérsia sob o
império de Assuero. De acordo com Iain Duguid, especialista
em texto e cultura hebraica e autor de “Estudos bíblicos
expositivos em Ester e Rute - A graça de Deus em favor dos
marginalizados e indignos”, o exílio definia a sua existência.
“Por um lado, ele é identificado como ‘judeu’, com uma
genealogia kosher que remonta aos dias de ouro de Israel.
Mais de 100 anos de exílio haviam se passado desde a
destruição de sua terra natal em 586 a.C., mas ele ainda não
havia sido assimilado. Susã era sua residência, mas não seu
lar. Por outro lado, porém, seu nome é Mordecai, uma forma
hebraizada do nome babilônico marduka, que inclui o nome
do deus babilônico Marduk.” Duguid ressalta que o nome não
significava que Mordecai fosse um adorador de um deus
pagão, pois muitos dos exilados tinham tanto um nome
hebraico quanto um babilônico (como Daniel e seus amigos).
Ester era sua prima, de quem ele cuidava desde que seus
pais morreram. Assim como Mordecai, ela tinha descendência
hebraica (filha de Abiail), e dois nomes; um em hebraico,
“Hadassa”, que quer dizer “murta”. “O império, contudo, a
conhecia pelo seu nome persa Ester, ou ‘estrela’ (talvez
também com uma alusão à deusa pagã Istar). Ela também,
como todos os exilados, tinha de viver em dois mundos. À
medida que a vida dela se desdobrava, porém, viria o dia em
que ela teria de decidir qual dos dois mundos a definia”,
explica Iain Duguid.
No texto bíblico de hoje, vemos Mordecai aconselhando
Ester a omitir um fator muito importante: sua identidade. O

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império Persa não era antissemita, mas, ainda sim era um


império. Iain Duguid diz que “na opinião dele [Mordecai],
nunca se poderia ser cuidadoso o suficiente num lugar como
Susã. Ele sabia como o império funcionava. As paredes
tinham ouvidos e informação é poder.”
Embora todo o enredo tenha aparência de providência
divina, não podemos omitir os fatos: Ester se casou com um
pagão incircunciso e passou um bom tempo fingindo não ser
uma filha do Deus vivo e verdadeiro. “Seu invejável progresso
num mundo, o do império de Assuero, aconteceu à custa da
total supressão da sua identidade como uma cidadã do reino
de Deus”, como conclui Duguid. Quem tem coragem de julgá-
la? Estamos todas sujeitas a ocultar nossa fé em diferentes
momentos da vida, além de não sabermos quanto de poder
de decisão ela realmente tinha naquela situação. Emílio
Garofalo diz, em seu livro “Ester na casa da Pérsia” que
“devemos servir a Deus no contexto em que estamos,
cuidando para não comprometemos nosso testemunho.”
Apesar do erro, vemos Deus transformando o fruto
amargo da desobediência de Ester e Mordecai em frutos que
O glorificam e produzem o bem para seu povo. Iain Duguid
entende que “ainda assim, a mão de Deus paira sobre cada
detalhe, movendo as peças para os lugares que ele havia
determinado – apesar do pecado e do comprometimento
delas – para que ele cumprisse seus bons propósitos”.
Diante de adversidades, Deus espera de nós boas escolhas.
Ester não foi jogada na cova dos leões ao confessar sua
identidade, mas Daniel foi. Não sabemos que tipo de
consequências nosso posicionamento trará, mas o fato é
que a condescendência desqualifica nossa busca por
santidade. Preservar nossa identidade custa caro, mas nosso
Deus é digno de qualquer sacrifício, não é? Estamos no
mundo, mas não somos do mundo.
“Talvez para avançar aqui na Pérsia Secular, você tenha
afogado a Hadassa e alimentado e embelezado
tremendamente Ester. Talvez você esteja num ponto crucial
hoje mesmo. Ainda há tempo de evitar entrar por caminhos

Outubro
ruins. Esperar com serenidade no Senhor, seguir a palavra
dele, acalmar o coração, sabendo que ele é seu Senhor e
mesmo as escolhas custosas que você terá de fazer em
nome de sua fé serão cuidadas e honradas por Jesus Cristo.
Coragem. Resista. Vale a pena. Mesmo que resulte em cova
dos leões ou coisa que o valha.” Fiquemos com este

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encorajamento de Emílio Garofalo e consideremos avaliar


nosso modus operandi. Talvez haja reajustes a serem feitos
em nossa rota.

O que aprendi sobre Deus hoje?


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DIA
05 DEVOCIONAL | A SOBERANIA E SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

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Reconhecendo a Ação de Deus nas Reviravoltas


POR ANA CAROLINA CAIRES LOPES

“Naquele mesmo dia, o rei Assuero deu à rainha Ester a


casa de Hamã, inimigo dos judeus. E Mordecai foi trazido à
presença do rei, porque Ester revelou que ele era seu
parente. O rei pegou o seu anel-sinete, que havia tomado
de Hamã, e o deu a Mordecai. E Ester pôs Mordecai por
administrador da casa de Hamã” Ester 8: 1 e 2

Analisando as reviravoltas surpreendentes na história de


Ester e Mordecai, percebemos que Deus age de maneiras
imprevisíveis. O autor Bryan R. Gregory diz em “Inconspicuous
Providence: The Gospel According to Esther”: “Na superfície,
o mundo pode parecer um desenrolar sem sentido de
injustiça e destino, mas abaixo da superfície está a mão
providencial de Deus, orquestrando todas as coisas para
atingir seus propósitos.”

Isso não acontece apenas na história de Ester, mas em


toda a história da humanidade. Nosso Deus é criativo em
providenciar livramento, sustento, consolo e salvação. Do
maná diário no deserto ao admirável carpinteiro que se
entregou para nos salvar há evidências escandalosas da
graça.

Sendo assim, estão postas diante de nós duas opções:


viver com os olhos centrados em Deus, ou com os olhos
centrados nas circunstâncias. A escolha parece óbvia, mas
a prática é terrivelmente desafiadora. É fácil sorrir quando
a geladeira está cheia, a empresa paga o salário e as crianças
estão saudáveis. E se o dinheiro ficar curto, uma tempestade
interromper a eletricidade do bairro ou uma doença abater
alguém da família? Não é nada fácil dizer “amém” quando
Deus nos diz “não” ou fica em silêncio. Porém, nossa fé não
está baseada no que Deus dá, e sim no que Ele é.

Gosto muito da música “Deus Forte”, do Kleber Lucas.

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Foi um marco poderoso em minha vida, quando precisei


estabelecer alicerces para suportar alguns impactos da vida.
Percebi que a fome da minha alma é alimentada pelo caráter
inabalável de um Deus que se importa, se mostra presente
e sempre supera expectativas.

Aqui está a letra, e te convido a marcar os nomes que mais


suprem as necessidades de sua alma hoje:

Ó Deus, tu és o meu Deus forte


O Grande El-Shaddai
Todo Poderoso, Adonai
Teu nome é Maravilhoso
Conselheiro, Príncipe da Paz
Yeshua Hamashia, Deus Emanuel

O Pastor de Israel, o Guarda de Sião


A Brilhante Estrela da Manhã
Jesus, Teu nome é precioso
Meu Senhor e Cristo
O nome sobre todos pelo qual existo

Jireh, o Deus da minha provisão


Shalom, o Senhor é a minha paz
Shamah, Deus presente sempre está
El-Elyon, outro igual não há, não há

Jeovah Rafah, meu Senhor


Que cura toda dor
Tsidkenu-Yaveh, minha justiça é
Elohim, Elohim Deus
No controle está meu Deus

Tudo governa Outubro


Tal como Assuero tirou o anel da mão de Hamã e o deu a
Mordecai para livrar o povo judeu, Deus pode proporcionar

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uma reviravolta nas situações que vivemos. Diante de


problemas, meu pastor costuma dizer “Deus já deu um jeito,
só preciso descobrir qual é”. Muitas vezes, a situação exige
um passo de fé de nossa parte, como se fosse um botão que
abre a porta de onde vem o socorro. Outras vezes, no entanto,
nossa única possibilidade é confiar e esperar. Em ambas, Ele
é Jireh e Elohim, o Deus que provê e que controla tudo.

O que aprendi sobre Deus hoje?


O que aprendi sobre mim mesma hoje?

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DIA
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Lidando com injustiças


POR ANA CAROLINA CAIRES LOPES

“Quando Hamã viu que Mordecai não se inclinava nem


se prostrava diante dele, encheu-se de furor. Porém julgou
que era pouco, nos seus propósitos, atentar apenas contra
Mordecai, porque lhe haviam declarado de que povo era
Mordecai. Por isso, Hamã procurou destruir todos os judeus,
povo de Mordecai, que havia em todo o reino de Assuero.”
Ester 3:5 e 6

“Você tem todas as condições de ser uma coordenadora,


mas sua postura tímida é o que me impede de te promover.
Você precisa se soltar mais, parar de ser tão certinha e usar
roupas tão sérias. Nem palavrão você fala!” Esse absurdo
foi o final da conversa de feedback que tive com uma chefe
antiga. Na época, eu era uma assistente e estava pleiteando
a vaga de coordenadora, mas ela não aprovou por estes
motivos bizarros que listei acima. Eu realmente procurava
me conter diante dos colegas, pois era um ambiente de
muitas brincadeiras maldosas e sujas. Mas, quando ela falou
sobre as roupas eu fiquei sem palavras, ainda que o ambiente
abrisse precedentes para saias curtas e decotes. A velha
calça jeans com camiseta e tênis allstar nunca foi tão
rebaixada. Acho que não vou me esquecer daquele
constrangimento ao sair da sala de reuniões, com a impressão
de que ser como sou era o que me impedia de crescer
profissionalmente.
Foi um exemplo bobo, comparado à situação de Ester.
Mas, todas nós vivemos injustiças em nossos contextos
diversos de vida. Seja algo pequeno ou grande, sempre dói
e provoca desejo de vingança ou sentimento de inferioridade.
E o que vemos na história de Ester, senão uma injustiça
motivada por ego ferido? Hamã se permitiu ser dominado
pela ira e, por não temer a Deus, orquestrou um genocídio
completamente sem fundamentos.
Quando nos deparamos com situações injustas, a resposta

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que Deus espera de nós não é nada menos do que a de José


para seus irmãos, na passagem de Gênesis 50:20: “Vós, na
verdade, intentastes o mal contra mim; porém Deus o tornou
em bem”. Ainda que não saibamos como a história vai se
desenrolar, confiamos em um Deus chamado de Tsidkenu-
Yaveh, que significa “nossa justiça”. Você e eu não precisamos
arquitetar vingança, pois o Senhor mesmo se encarrega
dessa parte (Romanos 12:19).
Porém, convém fazer uma ressalva: nossa visão acerca
da vida é turva. Somos tendenciosas a enxergarmos as
situações por lentes que nos elevam ou nos rebaixam, sem
as devidas nuances. Para isso, Paulo nos adverte como aos
Romanos: “Porque, pela graça que me foi dada, digo a cada
um dentre vós que não pense de si mesmo além do que
convém; antes, pense com moderação, segundo a medida
da fé que Deus repartiu a cada um” (Romanos 12:3). Talvez o
que enxergamos como injustiça é, na verdade, a consequência
de nossas próprias ações, ainda que tenha sido algo não
intencional de nossa parte. Não é porque não tivemos a
intenção de errar que o erro é invalidado, afinal nossa régua
espiritual diz que não devemos viver de boas intenções. Ao
nos depararmos com uma situação desconfortável e
aparentemente injusta, precisamos ir a Deus com humildade,
buscando discernimento acerca de nosso testemunho e
intenções. Ele, como bom e perfeito juiz, abrirá nossos olhos
e conduzirá ao entendimento necessário sobre a situação e
a nossa responsabilidade perante ela.
Tal como foi com Ester e Mordecai, podemos sim nos
deparar com situações de real injustiça. O mal parece triunfar
nestes momentos, não é? Mas, não se engane com as
aparências. O justo juiz não é nada desatento e, por ser
completamente confiável, podemos buscá-lO tanto para
pacificar a guerra dentro de nós, como para iluminar os
passos para seguirmos em retidão e firmeza. Haverá justiça,
ainda que o Senhor não nos permita ver. Importa que
confiemos que Ele é capaz de tornar todo o mal em bem,
inclusive o mal que cometemos.

Outubro
O que aprendi sobre Deus hoje?
O que aprendi sobre mim mesma hoje?

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DIA
07 DEVOCIONAL | A SOBERANIA E SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

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Fé ativa em ação
POR ANA CAROLINA CAIRES LOPES

“Então Mordecai pediu que respondessem a Ester: ‘Não


pense que, por estar no palácio real, você será a única, entre
todos os judeus, que conseguirá escapar. Porque, se você
ficar calada agora, de outro lugar virá socorro e livramento
para os judeus, mas você e a casa de seu pai perecerão. Mas
quem sabe se não foi para uma conjuntura como esta que
você foi elevada à condição de rainha?” Ester 4:13 e 14

Fico imaginando como Ester se sentiu no momento em


que Mordecai lhe colocou diante de uma necessidade urgente
de ação. Ela poderia estar pensando coisas como: “será que
eu sou capaz de comunicar algo tão sério ao rei, sendo ele
quem é?” ou “será que Deus ainda pode me usar, depois do
que eu fiz?”. Iain Duguid, em “Estudos bíblicos expositivos
em Ester e Rute”, afirma que “a providência de Deus opera
por meio de todos os tipos de pecadores (afinal de contas,
é o único material que ele tem disponível).”

Diante da decisão que mudaria sua vida, seja para livrar


seu povo da morte ou para se colocar junto a eles na
condenação, ela precisava escolher se continuaria vivendo
entre as sombras obscuras de dois mundos, duas identidades.
E ela faz a escolha correta e reativa sua fé ao colocá-la em
ação.

Quando pensamos em vida cristã, temos de pensar em


prática. Cristo não foi um filósofo ou sábio que nasceu para
proclamar frases de impacto e provocar uma comunidade
legalista. O Deus encarnado veio para mostrar que amor é
uma decisão, uma ação direta. Qualquer outra forma de
demonstrar amor é incompleta, quando comparada à
redenção. O imaculado Cordeiro de Deus tomou sobre si as
nossas dores para que não precisássemos viver a eternidade

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separados do Pai. Este amor deve nos motivar a deixar o


conforto de nossos bancos acolchoados e nossos templos
com ar condicionado para levar o Evangelho ao mundo
perdido. Fé em Deus só é provada quando o amor entra em
ação.

Ester precisou deixar o conforto do palácio, o melhor spa


que o mundo já conheceu e as maravilhosas iguarias Persas
para ficar em jejum por três dias. Ao contrário de Moisés no
deserto, não houve sarça ardente para convencê-la ou
qualquer outro sinal milagroso que confirmasse o chamado
de Deus. Ela estava sozinha nessa batalha e sem garantias
de sucesso.

“Mas, Deus…” Ah, como eu amo essa expressão!


Independente dos registros de nosso passado e da
escandalosa negação da nossa fidelidade a Deus, Ele
continua fielmente imutável. Foi assim com Pedro, lembra?
Apesar de tê-lO negado três vezes, Pedro teve uma nova
chance, bem como Ester. Somos péssimas em obedecer, mas
Deus… Somos fracas em permanecermos santas, mas
Deus… Somos alvos fáceis de engano e omissão, mas Deus…
Ah, que Deus bondoso!

Ao assumir sua identidade, Ester poderia glorificar a Deus


tanto morrendo com seu povo, como convencendo o rei a
mudar a lei. Quando ativamos nossa fé ao agir em obediência
a Deus, Ele é glorificado de um jeito ou de outro. Iain Duguid
diz que o mesmo acontece conosco quando damos um passo
de fé, ainda que com fraqueza e tremor. “Não sabemos com
antecedência como Deus vai nos usar. Ele pode curar nossa
doença, transformar nosso casamento falido e estabelecer
ministérios bem-sucedidos por nosso intermédio. Ou ele
pode nos sustentar em submissão obediente a ele à medida
que nossas esperanças terrenas são frustradas e nossa vida
é derramada, aparentemente sem propósito. De qualquer
modo, porém, temos a garantia de que ele vai usar até
mesmo a nossa tímida fé como meio de trazer glória para si Outubro
mesmo. Com essa certeza podemos acrescentar ao choro
de Ester: ‘Se perecer, pereci – simplesmente deixe-me
perecer de uma maneira que traga glória a Deus’.”

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A vida deste lado da eternidade sempre terá riscos. Vamos


encará-los com omissão ou com uma fé ativa e dinâmica?

O que aprendi sobre Deus hoje?


O que aprendi sobre mim mesma hoje?

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DIA
08 DEVOCIONAL | A SOBERANIA E SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

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Desenvolvendo Paciência e Espera


POR ÉRICA VERÍSSIMO

“Então, disse Ester que respondessem a Mordecai:


Vai, ajunta a todos os judeus que se acharem em Susã, e
jejuai por mim, e não comais, nem bebais por três dias, nem
de noite nem de dia; eu e as minhas servas também
jejuaremos. Depois, irei ter com o rei, ainda que é contra a
lei; se perecer, pereci.
Então, se foi Mordecai e tudo fez segundo Ester lhe havia
ordenado.” Ester 4:15-17

Já dizia Dietrich Bonhoeffer, “esperar é uma arte que nossa


era impaciente esqueceu. Queremos arrancar o fruto antes
que ele tenha tido tempo de amadurecer.”

A verdade é que ninguém gosta de esperar, e esperar


parece mesmo que até dói. Acontece que viver como cristão
é viver uma vida de espera. E nós não sabemos esperar, por
isso que tantas vezes viver parece doloroso.

O livro de Ester nos ensina, através da vida da rainha judia


que salvou seu povo, que esperar é um passo de fé — uma
fé fundamentada na ação de Deus e no que ele faz através
de suas promessas. Ester nos ensina que ter fé é, também,
esperar. Esperar é um processo, mas, ao contrário do que
sempre imaginamos, não é um processo passivo. É um
movimento ativo. E é aí que entra a paciência.

Ser paciente para o cristão significa ter vontade de


permanecer onde estamos e vivenciar uma experiência de
forma plena, crendo que Deus ouvirá nosso clamor no tempo
determinado por ele. Ester esperou em Deus. Ela jejuou por
três dias, evidenciando sua sabedoria e coragem.
Refletidamente, e com aparente calma, ela convidou o rei
Xerxes para um banquete antes de ir pedir sua ajuda.

Outro exemplo que a Bíblia nos traz sobre ser paciente é

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do próprio Jesus Cristo. O Filho de Deus viveu na plenitude


dos tempos e esperou, pacientemente, o cumprimento da
vontade do Pai através de suas ações e, também, de sua
morte e ressurreição. Ele foi obediente e nunca agiu
precipitadamente, nem quando sua dor se tornou insuportável
na cruz.

Concordo com Vanessa Belmonte em seu livro “O Lugar


de Espera na Vida Cristã” que diz que Jesus nos ensina a unir
a fé com a paciência ao almejarmos algo de maior valor. A
graça da fé e a virtude da paciência se juntam,
simultaneamente, para suportarmos o sofrimento e o mal
enquanto vivemos o já e o ainda não.

Por isso, não devemos ser impacientes. Estamos em um


relacionamento diário com Deus, firmados nas promessas,
olhando para a ressurreição e esperando a volta do Messias.
Precisamos crer que esperar é o método que Deus escolheu
para nos ensinar e nos moldar para que fiquemos cada vez
mais parecidos com o Filho.

Ester não correu para o rei imediatamente com sua


petição. Ela esperou o momento certo e foi até ele com
sabedoria. Sua paciência foi recompensada quando o rei a
ouviu. A história de Ester nos mostra como agir com sabedoria
pode mudar qualquer circunstância. Paciência é uma virtude
e não uma fraqueza.

O que aprendi sobre Deus hoje?


O que aprendi sobre mim mesma hoje?

Outubro

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DIA
09 DEVOCIONAL | A SOBERANIA E SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

DEVOCIONAL | A SOBERANIA E
SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

Confiança nas Promessas de Deus


P O R M AYA R A H E NR I Q U E S

“Três dias depois, Ester vestiu seus trajes de rainha e


colocou-se no pátio interno do palácio, em frente do salão
do rei. O rei estava no trono, de frente para a entrada.
Quando viu a rainha Ester ali no pátio, teve misericórdia
dela e estendeu-lhe o cetro de ouro que tinha na mão. Ester
aproximou-se e tocou a ponta do cetro.” (Ester 5. 1-2 NVI)

Talvez a história de Ester seja tão conhecida por você que


alguns detalhes passem despercebidos, assim como
aconteceu comigo. Na passagem acima podemos ver o
primeiro encontro do plano da rainha para conseguir o favor
do rei e nós percebemos alguns passos de confiança que lhe
conduziram em sabedoria por todo o curso desta narrativa.

Ester jejua

Após o medo bater-lhe à porta ao receber a notícia do


plano de extermínio dos judeus de Hamã através de seu
primo, e tutor, Mordecai, Ester guia o seu povo a junto com
ela, fazerem um jejum por três dias em seu favor. Ester não
jejuou sozinha, mas fez isso em comunidade. O jejum, apesar
de ser da cultura dos judeus, hoje para nós é também uma
disciplina espiritual a fim de buscarmos intimidade e
comunhão com o Senhor.

Ester se coloca na posição de jejuar custe o que custar,


ainda que seu fim seja a morte (cf. Est. 4:16) Não temos a
necessidade de chegar a este ponto, mas isso nos ensina a
usar desta disciplina, não como barganha com o Senhor, mas
como um exercício de amadurecimento e lapidação da nossa
espiritualidade.

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Ester espera

Ester vive uma espera pela libertação junto com o seu


povo há mais tempo do que podemos imaginar. Não foi uma
simples espera de três dias de jejum, mas sim de uma vida
de exílio e longe de casa. Motivos mais do que suficientes
para que o desespero e o medo tomassem conta, mas a
escolha de Ester foi simples e puramente: esperar enquanto
confia no livramento do Senhor.

Ester se posiciona

Quando buscamos a Deus e esperamos nEle pelo


livramento, é preciso nos posicionarmos diante do nosso
desafio. Ester vestiu seus trajes de rainha e foi ter com o rei
certa de que sua confiança estava depositada no Deus a
quem servia e a quem buscava em jejum. Nós aprendemos
com ela que devemos nos vestir da nossa identidade todos
os dias. Somos filhas de Deus, amadas do Pai, logo, nos
posicionamos como tal e confiamos em Sua forte mão que
nos estende à misericórdia.

Ester persevera na promessa de Deus

A sabedoria de Ester a conduziu até este momento de


vitória para Israel e o tempo foi seu grande aliado. O tempo
de ser chamada pelo nome, o tempo de jejuar, o tempo de
obter favor e misericórdia do rei, o tempo do banquete, o
tempo de falar a coisa certa na hora certa.

Observe bem que na história de Ester três vezes ela ouve


a pergunta do rei: “Que há, rainha Ester? Qual é o seu pedido?
Mesmo que seja a metade do reino, lhe será dado”. E é na
terceira pergunta que ela rasga o seu coração e levanta um
Outubro
clamor não só para a sua família, mas agora para todo povo
judeu que estava setenciado à morte. O rei que disse: “faça
com o povo o que você achar melhor” a Hamã e sua ideia de

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DEVOCIONAL | A SOBERANIA E SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

aniquilação foi o mesmo que declarou diante da persistência


de sua rainha: “Escrevam agora outro decreto, em nome do
rei, em favor dos judeus, como melhor lhes parecer…”

Ester não apenas sabia da promessa de Deus para o seu


povo, como também participou deste momento! Também
somos chamadas a provar a bondade de Deus enquanto
confiamos nEle.

O que aprendi sobre Deus hoje?


O que aprendi sobre mim mesma hoje?

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DIA
10 DEVOCIONAL | A SOBERANIA E SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

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SILÊNCIO DE DEUS EM ESTER

O impacto duradouro de uma pessoa


POR ANA CAROLINA CAIRES LOPES

“E que estes dias seriam lembrados e comemorados


geração após geração, por todas as famílias, em todas as
províncias e em todas as cidades, e que estes dias de Purim
jamais iriam desaparecer entre os judeus, e que a memória
deles jamais se extinguiria entre os seus descendentes.”
Ester 9:28

Teríamos muito a refletir sobre os impactos da vida de


Ester e de Mordecai. Sobre o tempo de omissão, sobre o fato
de não mencionarem o nome de Deus por medo de repressão.
Sobre a coragem em finalmente assumir a identidade judaica
e partir em defesa do povo de Deus.

Poderíamos também falar sobre o impacto de Hamã na


história dos judeus e sobre como ainda pelejamos com os
“Hamãs” deste mundo, que odeiam o povo de Deus e querem
encontrar inúmeras justificativas para nos perseguir.

Ou poderíamos refletir sobre o impacto poderoso do


exemplo da rainha Vasti que se recusou a ser um objeto de
deleite ao público cativo (e embriagado) do Rei Assuero, e foi
contra todos os preceitos sociais que as mulheres deveriam
seguir. Porém, quero lhe convidar a refletir sobre o impacto
de alguém ainda mais relevante.

A Festa de Purim, narrada em Ester 9 e praticada até os


dias de hoje, é mais do que um mero lembrete ao povo de
Deus de que Ele sempre intervém na história de seus amados
para os libertar e curar — ela aponta para uma libertação
necessária e ainda maior do que as que o povo de Deus já
desfrutou, afinal o perigo continua ao redor, bem como os
inúmeros inimigos.

Iain Duguid traz-nos um interessante ponto de vista:

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“O que não vimos nos dias de Ester, então, foi o cumprimento


total da antiga profecia: ‘[…] a paz, paz para os que estão
longe e para os que estão perto, diz o Senhor, e eu o sararei.
Mas os perversos são como o mar agitado, que não se pode
aquietar, cujas águas lançam de si lama e lodo. Para os
perversos, diz o meu Deus, não há paz’ (Is 57.19–21). No livro
de Ester vemos o mar agitado temporariamente acalmado
pela graça e providência de Deus, mas não definitivamente
sossegado. Isso ainda aguarda a vinda de alguém que é maior
do que Mordecai, alguém que seria o Príncipe da Paz, para
quem Isaías olhava. Esse que viria acalmaria o feroz mar de
maldade de uma vez por todas, e proclamaria a paz total e
definitiva para aqueles que estavam longe e para aqueles
que estavam perto”.

Erraremos todas as vezes que nos apoiarmos em humanos


como norteadores de nossa fé e de nosso viver. Cristo é o
único que realmente nos liberta de nossas amarras, feitas
por nossos próprios pecados ou pelo pecado dos outros
contra nós. Mas, ao invés de vir até nós como um guerreiro
poderoso, ele vem como Príncipe da Paz. Porque, no final das
contas, o que precisamos não é de vingança, mas de paz.
Uma paz que custou uma guerra santa entre o Pai e o Filho,
pois ali na cruz Jesus Cristo estava carregando a culpa de
todos os nossos pecados, tornando-se inimigo de Deus e
alvo de Sua ira. “Aquele que não conheceu pecado, Deus o
fez pecado por nós, para que, nele, fôssemos feitos justiça
de Deus” (2 Co. 5:21).

Ali no Monte Calvário, pregado na cruz, nosso Cristo


suportou totalmente a maldição de Deus sobre o nosso
pecado, com o único objetivo de nos trazer paz por meio de
Sua justiça. Ele tirou toda a nossa culpa e pecado e nos
reconstitui o acesso à presença do Eterno. Iain Duguid
escreve que nossa paz transcende qualquer paz que este
mundo tem a oferecer, “porque ela se baseia não em um
Mordecai para defender nossa causa diante de um rei como
Assuero. A nossa paz depende de Jesus, que nos leva
Outubro
constantemente à presença do Rei dos reis.”

Nenhum personagem bíblico causa este impacto em


nossas vidas (pelo menos não deveria causar). Suas histórias

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de vitória e redenção são apenas uma sombra do que Cristo


fez em sua morte e ressurreição, e o que ainda há de fazer
no final da história.

E o nosso legado, qual será? Estamos semeando uma vida


de identidade firmada em Cristo e em Sua obra graciosa de
redenção? Meu desejo é que nossas marcas não se misturem
ao pó da terra, mas sejam setas vivas apontando ao Rei dos
reis.

O que aprendi sobre Deus hoje?


O que aprendi sobre mim mesma hoje?

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