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REDAÇÃO
Editor
Neon] Goncalves dos Reis
Redatora-Chefe
Valdir dos Santos
Redator Principal
Gilberto Penha de Araúlo Ano 30 - n? 345 - Janeiro/Fevereiro de 1993
Redatora
Carmen Ligia Torres
ISSN n? 0103-1058 - Cr$ 80 000,00
Colunista
José Luis Vita do Carmo
SUMÁRIO
Fotógrafo
Paulo igarashi
Chefe de Arte
Alexandre Henrique Batista
Assistente de Arte/Produção
eiv Micori Taaaka
Jornalista Responsável
%adio 1koncalves dos Reis IMTh 8 5381
Impressão e Acabamento
Cu Lahographiea Ypiranga
o Frotista encomenda conjunto sob medida
duo Cadete, 200
une 1/111 921 3255 São Pardo SP
PARCERIA Mercedes faz caminhão especial para a BM
DEPARTAMENTO TÉCNICO
Gerente
Economista Jorge Migrei dos Santos
e, Conheça o navio mais automatizado do mundo
Assistente
fig'' Amaino [atiro V. Neto
MARÍTIMO Ditlev Luaritzen é operado por seis pessoas
DEPARTAMENTO COMERCIAL
Diretor
Ryfluii igarashi
iA Novo Volvo ganha mais cavalos e mais conforto
Gerente
Marcas Anime 8 Mara=9,
CAMINHÕES A cabina ficou 13% maior e a cama é mais larga
Representantes
• Carlo, A 8 LrrfuU!, iiiuí i Nuirr
Representantes
Paraná e Santa Catarina As atrações do estratégico Salão de Bruxelas
Símia Marketing e Rearesernacaes INTERNACIONAL 151 Montadores exibem armas para vencerem recessão
Gilberto A Partiu
Hila Conselheiro Laurindo, 825 • coniunto /114
ELP 801ilill 11111 Fone 111411 272 1/56
Curitiba AH
Rio Grande do Sul
C,isaGrande RepreserilanUrrn
PNEUS
2n Introdução do single pode ser um retrocesso
Danos dos 'solteiros' aos pavimentos são maiores
lvd110
lua Goricalcas ledo, 118
Fones: 111191 224 9/411 224 bflbh
01111ffi 250 Porta Alegre AS
DEPTO. ADMINISTRATIVO-FINANCEIRO
Rodotrem barateia frete, mas aumenta viagem
Gerente
M■iugi (1
FERROVIÁRIO Rede reativa o sistema entre Rio e São Paulo
DEPARTAMENTO DE CIRCULAÇÃO
Gerente
Liáudio Alves de illiveira
Distribuição MANUTENÇÃO
2K Como três transportadoras reduzem custos
LIBRA Mola ()Dela, Inlorrnatica e Distribua:1'c 1 tila
Terceirizar e informatizar, duas das receitas
Assinaturas
Anual 1(107e Priiriürro) Cr$ 850 000,110
Pedidos cora cheque ou valo postal
em favor da Editara 1M Lida
fornolar avirinill Cr$ 90 111111,110
astaque apenas as últimas edições CONGRESSO
2,4 TRC procura norte, a bordo do Eugenio C
Dispansada aossaão de daCUMOr11800 lrscrrl, corilorrne ‘" Setor declara guerra aos ônibus e ao correio
HL Proa 3H1 1 n • 14 491118b de [19/12/11b.
wL
Cartas - 4 Neuto Escreve - 5 Atualidades - 6 Rumos
e Rumores - 38 Produtos - 39 Última Parada - 48
Filiado à ANATEC e à ABEMD SEÇÕES
Insbtuto Capa - Foto Divultjact-ío
Vedo,
de Gr.laçáo
Gibson e Bezerra se pretendeu estar ocorrendo na enti- Assim sendo, TM não vê na no- I
desmentem divergências dade. Mesmo porque tenho tido o tícia nada de "desrespeitoso", "in-
discernimento de impor limites éticos delicado" ou "aético".
Folheando a revista Transporte às nossas participações, em função
Moderno n? 343, edição de novem- do respeito e considerações mútuas.
bro de 1992, na página seis deparei- Faço questão de ressaltar que Conferencista
me com matéria alusiva à minha mantenho com o companheiro New- pede retificação
pessoa, no "Destaque", onde o re- ton Gibson as mais cordiais rela-
dator afirma: ções, nunca tendo havido qualquer Solicitamos a fineza de retificar
"A composição colocou lado a divergência que pudesse comprome- a seguinte citação da matéria
lado adversários como Areli Teixeira ter a sólida amizade que nos une, "Pneus", veiculada na TM n? 344,
de Lara e Valmor Weiss, presidente e especialmente quando estão em jo- página 29: "Roberti contra-ataca
ex-presidente do sindicato paranaen- go os interesses do setor de trans- ironizando: 'Aqui no Brasil esta-
se, e Newton Gibson e Adalberto Be- porte, que tem tido nele um gran- mos acostumados a desprezar 2%
zerra Filho, presidente e ex-presiden- de e permanente defensor. da economia."'
te da federação do Nordeste, respec- Estranho, ainda mais, a citação Nada foi citado por nós com rela
tivamente. 'Na primeira divergên- desrespeitosa como o nosso nome ção ao assunto e, absolutamente,
cia, ponho qualquer um deles fo- foi colocado, visto que nunca plei- não fizemos nenhuma referência so-
ra da diretoria', ameaça Sebastião." teei do companheiro Sebastião fa- bre "desprezar 2% da economia".
Solicito retificar a citada maté- zer parte de sua diretoria. Simples- Penso que, atualmente, em função
ria, por ser improcedente e irreal mente aceitei a indicação com o do fato de os lucros operacionais no
qualquer divergência com o preza- propósito de poder servir a classe setor de transporte serem baixos,
do amigo e companheiro Adalber- mais uma vez com o mesmo despren- qualquer valor é muito bem-vindo.
to Bezerra de Mello Filho, por dimento e sem qualquer ambição Além do mais, o que apresenta
quem tenho respeito e admiração. ou propósito menor. mos durante o seminário, e ressalta-
Quanto ao cargo que exerço na Por isso, não posso aceitar a mos, é que estudos feitos por com-
NTC, estou apenas diretor, pois forma de tratamento indelicado e panhias de pneus e órgãos indepen-
este cargo pertence ao presiden- aético que nos foi dispensado. Ade- dentes comprovam que "quanto me-
te Sebastião Ubson Ribeiro Car- mais, os cargos da Diretoria são de nor for a temperatura da reforma,
neiro, a quem compete direcionar livre e exclusiva escolha do presi- maior será a longevidade da carca-
sua administração. dente e a ele pertencem, cabendo- ça", principalmente quando se exe-
lhe a liberdade de deles dispor, no cuta a reforma a 99° C, que é a
NEWTON GIBSON momento que lhe parecer necessário. mesma temperatura que os pneus
Setcepe
atingem quando em serviço.
Presidente
Recife-PE ADALBERTO BEZERRA FILHO
Transportadora Cardeal Ltda. ANÉSIO M. ROBERTI
Matéria inserida na página seis, Recife-PE Bandag do Brasil Ltda.
na Seção "Atualidades", põe em Supervisor Técnico
destaque a recente eleição de Sebas- LIITM limitou-se a informar que a Campinas-SP
tião Ribeiro para a NTC, sob o tí- eleição de Ribeiro colocou lado a
tulo "Sebastião na NTC: Mais Ra- lado "conhecidos adversários". O ETM reafirma que o Sr. Roberti
cha do que Consenso". título "Mais Racha do que Consen- realmente fez, durante o seminário
Gostaria de desfazer o sentido so"resultou da declaração de A nt- sobre pneus, referência ao valor
desabonador que se pretende dar, ao nio Pereira de Siqueira classificando de 2% (como, aliás, poderão con-
incluir-me dentro de "conhecidos a indicação de Ribeiro como "uma firmar participantes do evento).
adversários", o que não reflete a terceira chapa, não um consenso". Comentou, ainda (como declara
verdade. Durante todo o tempo Portanto, em nenhum momen- em sua carta e a reportagem regis-
em que participei de entidades de to TM afirmou que Bezerra e Gib- tra), que economia de tal ordem
classe, nunca disputei cargos e nem son são "inimigos", ou que hou- não é desprezível.
me coloquei em posições que repre- ve "racha" especificamente na Fe- A matéria também reproduz as
sentassem desserviço à nossa classe. tracan. Como não afirmou também seguintes afirmações do Sr. Roberti:
Valé salientar que deixei a Fetra- que Bezerra tenha se colocado "em "após a primeira vida, quanto
can sob protestos de quatro sindica- posições que representassem desser- maior a temperatura(de recape), me-
tos que compunham a sua base, e viço à nossa classe", ou que tenha nora sobrevida(da carcaça)", e que
apenas esse fato serviria para ilus- pleiteado o cargo de diretor da o sistema Bandag "submete o pneu a
trar minhas posições em defesa da NTC. Todas essas afirmaçõesforam uma temperatura de cerca de 100°
unidade da nossa classe. Portanto levantadas e negadas exclusivamen- C". Também nesses casos, portan-
não procede esse suposto 'racha' que te pelo sr. Bezerra. to, não há o que retificar.
Eixo autodirigível
chega da Alemanha
cru paralelo com o Seminário
Pneus Recupere e Lucre, foi pal-
co para o acerto, entre a Bandag
e a Firestone, da garantia da pri-
A BPW, de Wiehl, na Alema- meira vida da carcaça para os
nha, está querendo trazer ao mer- pneus Bridgstone Firestone de
oNímo
cado nacional de semi-reboques banda hp 2000, 226 mm de largu-
um eixo direcional autodirigivel, ra, 1000/1100 r 22, lançado no
com pneus extralargos e suspensão evento. O frotista que recuperar
IngIé - Português
a ar, a serem produzidos em parce- uni pneu desse modelo com o Português - Ingiés
ci
•Com 15 mil toneladas, 166 m de se envolveu desde o início no proje- manejar o navio, os equipamentos
comprimento e capacidade para to do Ditlev Lauritzen. são ligados por meio de um siste-
21 657 metros cúbicos de carga (su- Outro detalhe que torna esse pro- ma integrado de controle, chama-
ficiente para engolir sete mil paletes jeto, em certa medida, bastante espe- do ISC, que conjuga, num único
estândardes de frutas), o navio Di- cial foi a rapidez com que se passou programa, a navegação com o con-
tlev Lauritzen é o maior cargueiro da idéia à realidade. O conceito foi trole de máquinas e de sistemas com-
refrigerado do mundo. Mas o que apresentado oficialmente em janei- putadorizados. O sistema de navega-
torna esse navio realmente especial ro de 1987 (sob o nome de Project ção faz ajuste automático de curso
é o fato de ele ser a mais sofistica- Ship); em 1990, o Ditlev Lauritzen e de velocidade de acordo com a fro-
da embarcação comercial hoje em já estava sendo lançado ao mar. ta. O oficial informa ao computa-
operação nos sete mares; é totalmen- Um ano depois, três outros navios dor o destino, dá os parâmetros de
te computadorizado e exige tripula- semelhantes já haviam sido construí- navegação e indica o tempo deseja-
ção de apenas seis pessoas. Na pon- dos (também para a J. Lauritzen do para a chegada; o computador
te de comando, um único oficial A/S). No total, o projeto custou faz o restante, contando com a aju-
controla toda a navegação. cerca de US$ 8,6 milhões(descontan- da de sinais de rádio e de informa-
Projetado e construído na Dina- do-se o valor dos navios), sendo ções via satélite.
marca, numa parceria entre o gover- que 50% desse montante foi banca- Sua entrada em portos e sua saí-
no(Ministério da Indústria)e empre- do pelo governo. da desses portos são comandadas
sas privadas do país,o cargueiro com- manualmente. Em caso de emergên-
putadorizado é fruto de uma visão Comando centralizado — O grau cia (rota de colisão, por exemplo),
de longo prazo. "Se a Dinamarca de computadorização do Ditlev Lau- o comando manual pode ser aciona-
pretende manter sua indústria naval, ritzen pode ser imediatamente cons- do por meio de um botão. As opera-
com navios construídos e operados tatado na ponte de comando do na- ções manuais tornam-se mais segu-
por dinamarqueses, precisamos criar vio, cujo painel de controle é domi- ras com a ajuda do computador,
vantagens competitivas sobre outras nado por equipamentos eletrônicos. que fornece ao oficial informações
nações. Navios baratos e tripulação No centro fica o leme eletrônico, flan- precisas sobre o avanço e sobre a
com baixos salários seria uma solu- queado por telas de radar. À esquer- manobrabilidade do navio nas con-
ção de curto prazo. Mas, lançando da, o comando computadorizado dições do momento(velocidade, ven-
mão da alta tecnologia e de uma tri- de carga e descarga (com três telas to, e assim por diante); uma vez ter-
pulação altamente especializada, po- VDU); e, à direita, o módulo de co- minada a situação de emergência,
demos construir a base para o futu- municações, que inclui rádio, telex outro botão recoloca o navio no au-
ro desenvolvimento de uma indústria e fax. Em cada uma das extremida- tomático e o curso é retomado. A
estável", explica Torben Munk, dire- des da ponte situam-se as posições velocidade máxima é de 19 nós.
tor técnico da J. Lauritzen A/S, de manobra (em porto) do navio. O sistema também efetua ações
uma das maiores operadoras de car- Para tornar possível o fato de corretivas. Em caso de falha no sis-
gueiros refrigerados do mundo, que que apenas um oficial é capaz de tema de energia elétrica (cuja fonte
•Quase três anos depois do seu lan- disso, também acomoda os comandos
çamento, a linha Volvo NL sofre a do acelerador manual, a parada do
sua primeira reformulação. Marcou- motor e o freio de estacionamento.
se para 28 de janeiro a data a partir Todos os modelos da linha, ex-
da qual todos os caminhões da mar- ceto os mais leves, agora com 310
ca começariam a sair da fábrica de cv, sairão de fábrica com aparelhos
Curitiba com cabinas mais amplas, de ar condicionado idênticos aos
motores mais potentes e incontáveis dos caminhões exportados para o
modificações no trem-de-força e Oriente Médio.
nos sistemas de suspensão. Os veículos possuem ainda isola-
Pesquisas da Cummins (veja mento termoacústico, que limita os Hidráulica e progressiva, a caixa de
TM rz )328, de junho de 1991) reve- ruídos a um máximo de 77 decibéis direção diminui o número de voltas
lam que os usuários não estão satis- a 28,3 rps e mantém agradável a tem- e reduzo esforço para girar o volante.
feitos com a maioria das cabinas peratura ambiente. Janelas mais lar-
dos caminhões brasileiros — o úni- gas, associadas a escotilhas no teto, Grade branca — Externamente, os
co veículo a ostentar o posto de tra- facilitam a troca térmica no interior veículos também mudaram bastan-
balho do motorista como ponto al- da cabina e aumentam a visibilida- te. A alteração mais visível está na
to é o Scania. Com a linha NL 93, de — o motorista fica com 1/3 do grade frontal, que trocou o preto
a Volvo procura diminuir a distância vidro às suas costas. tradicional pelo branco. Os veículos
que a separa de seu concorrente O interior da cabina possui ago- também ganharam novas faixas late-
mais direto quanto ao conforto do ra teto frontal integral pré-molda- rais (nas combinações grafite/roxo
condutor. A versão leito ganhou do e novo rádio toca-fitas AM/FM. /lilás/beje e grafite/roxo/azul/beje),
25 cm adicionais. O acréscimo per- Também mudaram as luzes de corte- spoiler integrado ao pára-choque e
mitiu à fábrica aumentar o espaço sia e as cores dos estofamentos, das pára-sol integrado ao conjunto.
interno de 5,2 m3 para 5,9 m3, e ins- cortinas e das forrações. Agora, portas mais largas, alia-
talar uma cama de 1,90 m x 0,90 A suspensão da cabina ganhou das a um rebaixo na parte central,
m, que pode ser armada sem neces- novos amortecedores, de curso 20 a pegadores mais baixos e a,degraus
sidade de se deslocar os bancos. cm mais longo, e molas independen- reposicionados, facilitam o acesso
Cortinas instaladas num trilho inte- tes, que reduzem o nível das vibra- ao veículo. A fechadura e a mano-
gral que contorna a parte superior ções. Também contribuíram para au- pla de acionamento dos vidros tam-
do pára-brisa aumentam o espaço mentar o conforto um novo siste- bém sofreram modificações. O ca-
privativo do motorista. ma de travas, o acionamento elétri- pô ganhou um sistema de levanta-
O painel conta agora com todos os co da janela do motorista e um des- mento mais leve, acionado por bar-
indicadores operando no sentido ho- cansa-braços maior. Para reduzir o ras de torção e equipado com trava
rário, com tacógrafo eletrônico e curso da alavanca, a caixa de câm- de segurança. A lanterna traseira
com iluminação translúcida; além bio ganhou um novo trambulhador. já incorpora a luz de ré. O acesso
•Uma locomotiva a dísel arrasta va- usuários contatam, por telefone, a Apesar da proibição imposta às
garosamente dez vagões-plataforma Gerência Comercial da Rede pela cargas perigosas, perecíveis e ani-
pelos trilhos da velha estação ferro- manhã, acertam o embarque de veí- mais, e também a baús (exceto ao
viária do Pari, em São Paulo. Lota- culos e se comprometem a colocá- bauzinho) e a tanques, os autôno-
dos com seis caminhões e duas carre- los dentro do terminal até duas ho- mos responderam por 40% do movi-
tas, os vagões esperam a liberação, ras antes da partida do rodotrem. mento diário de cargas na fase expe-
às 20h, da linha de subúrbio da Essa antecedência facilita o trabalho rimental. Em abril, os produtos pe-
CBTU, para começarem a percorrer de amarração das cargas, o ajusta- rigosos, com intenso tráfego na Du-
verdadeiros labirintos, até chegarem mento de calços nos vagões e as ma- tra, deverão ser liberados, pois a
à pitoresca estação de Arará, no Rio nobras no pátio. Rede está disposta a praticar um fre-
de Janeiro, às 8h da manhã seguinte. No período gratuito, de 12 a 26 te mais competitivo que o rodoviá-
Antes de margear grande parte de janeiro, o rodotrem da Rede dei- rio, nesse segmento."Há transporta-
dos 475 km da saturada Via Dutra, xou o Pari com lotação completa doras que sinalizam o interesse em
a composição, denominada rodo- quase todos os dias, e muitos cami- manter, por exemplo, dois vagões
trem, que começou a rodar em 12 nhoneiros ficaram na reserva, aguar- cativos", diz o engenheiro Luis Fer-
de janeiro, corta o subúrbio Leste dando eventual desistência de trans- nando Oliveira do Vabo, gerente
paulistano enquanto seguranças ar- portadoras como, por exemplo, a do Departamento Comercial da
mados de escopetas se posicionam Aga, a Ajofer e a Celene. Cerca de SR-2(Regional Rio de Janeiro), jus-
ao longo das plataformas. trezentos veículos foram embarca- tificando a necessidade empresarial
O transporte de cargas deve estar dos em trinta viagens, com saída si- de operar sem reserva de lugar.
imune a surpresas, principalmente multânea, à noite, das estações do Um número ínfimo de caminhões
no subúrbio fluminense, entremea- Pari e de Arará, perfazendo 12h de pesados deixou de circular na Dutra
do por favelas, que se alinham a percurso, em ambos os sentidos. por causa do rodotrem, mas os téc-
um metro das laterais do trem, obri- Embora o horário de saída fosse nicos consideram válida a experiên-
gando-o a trafegar em baixa veloci- cumprido pontualmente, diversos cia, sendo favoráveis à implantação
dade. A marginalidade cresce a olhos usuários criticaram os seguidos atra- definitiva do serviço, com base num
vistos nesse bolsão de miséria brasi- sos na chegada dos trens nos termi- follow-up de clientes preferenciais.
leira e a ameaça a bens de valor é nais (veja boxe). "Ouvimos muitas
uma constante. Entretanto, em quin- reclamações sobre furto de cargas, O `autotrem' — "Se a demanda cres-
ze dias de operação experimental e sobre acidentes pavorosos", reba- cer, vamos rodar com trens forma-
do rodotrem, nenhum roubo de car- te o engenheiro José de Resende Fi- dos por vinte vagões", assegura o
ga foi registrado. lho, gerente comercial da SR-3 (Re- engenheiro José Nelson Rodrigues,
A partir de uma operação inter- gional Juiz de Fora), referindo-se gerente intermodal da SR-4 (Regio-
modal bastante simples, o ganho aos perigos da Dutra, que têm leva- nal São Paulo), confiante no aumen-
de tempo do rodotrem, na contrata- do muitos autônomos a buscar fre- to da freqüência de trens. Os estu-
ção do serviço, é considerável. Os te na BR-40 e noutras estradas. dos indicam que, uma vez duplica-
•Trilhar a via da modernização e do, é melhor que o obtido em qual- Fim dos problemas — As negocia-
reduzir a equipe foram as saídas en- quer oficina própria. ções entre a Vocal e a Etsul para a
contradas por algumas empresas de Com frota de 156 caminhões, transferência dos serviços de manu-
transporte rodoviário de cargas pa- dos quais 75 são da marca Volvo, a tenção duraram mais de um ano,
ra continuar fazendo a manutenção Etsul consegue tratamento de clien- conta Joinicil Cornelsen."O contra-
da frota. Entre elas, TM encontrou te preferencial com desconto no pre- to detalha nossos direitos e os deve-
urna que fechou a oficina e terceiri-
Toda a frota da Etsul, em São Paulo,
zou o serviço, outra que buscou na
passou a ser reparada na oficina
informatização o maior controle dos
da Vocal desde outubro passado, o que,
custos, e uma terceira que ampliou na opinião de Joinicil Comelsen,
as instalações para atender clientes encarregado da Manutenção,
externos. Nos três casos, houve uma representou o fim das reclamações
redução de pessoal, combinada ou
não com uma renovação da frota.
Teoricamente, a transferência dos
serviços para terceiros é considera-
da a melhor opção, mas os que re-
sistem a essa idéia utilizam os mes-
mos argumentos que os fornecedo-
res consideram virtudes na hora de
vender os serviços.
Carlos Alberto Panzan, diretor
da Expresso Jundiaí, de Jundiaí
(SP), por exemplo, informatizou a
manutenção, apesar da queda na
demanda de carga nos últimos dois
anos, e diz que nenhuma oficina
prestaria o serviço com a mesma
qualidade e com a mesma preste-
za de sua equipe.
Por outro lado, Joinicil Cornel-
sen, encarregado de manutenção
da Etsul, na filial São Paulo, ga-
rante que o atendimento que está
obtendo da Vocal (concessionária
Volvo), desde outubro do ano passa-
CHASSI.
DIREÇÃO.
MOTOR.
SUSPENSÃO.
FREIOS.
O CHASSI FORD DISPENSA ADAPTAÇÕES.
VEM PRONTO PARA SER ENCARROÇADO.
ror
• •
ARREFECIMENTO. TRANSMISSÃO. COMBUSTÍVEL.
OMBUSTjVEL
R. R DE AGUA
1 EIXO TRASEIRO.
EMBREAGEM. ESCAPAMENTO.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS.
Marca /modelo MWM 6.10 Turbo
Serviço(tipo) A ar tipo 'S-CAM".com duplo circuito
Nt de cilindros.'disposição cilindrada( litros ) 6linha /6,45
com sistema de ajuste autornatico (opc )
Diárn dos cilindros, cursados pistões(mm) 103/129
15,91 Estacionamento(tipo) A ar,com molas acumuladoras e válvulas
Relação de compressão
Pot mai< liqoida(NBR-cv/ kW /rpm) 184,0/135/2.500 de ação progressiva atuando nas rodas
Torgue máximo liquido(NBR-mkg1/ Nrn /rpm) 62.0/608.0/1.500 traseiras,comando pneumatico no painel
Marca Albarus/Spicer
Tipo A seco, diafragma.cerâmico
Diâmetro do disco(mm) 350 Distancia entre eixo dianteiro e eixo motriz 5.170/5 940
Acionamento Hdraulicoassist do a ar
Balanço traseiro 3330/2560
Modelo ROCKWELL-23-145
Relaçoes de reduçao 5.86:1 e 4,88:1
Óleo do motor
Alternador(V /A) 28f 75
Com filtro 20,2
Bateria(quantidade t V . Ah) 35 conectadas em série
Sem filtro 17,0
Transinissao 8,5
•A bordo do navio Eugenio Cos- ção Brasileira do Transporte Interna- —, e que, depois de muitas críticas,
ta, os transportadores rodoviários cional, Betina Lenci, e a do coorde- decidiu apoiar o evento, fez algu-
de carga navegaram, de 8 a 15 de nador da Comissão de Transporte mas restrições aos resultados. "Na
dezembro passado, pela rota Rio- Internacional da NTC, José Rober- somatória, foi bom, por causa dos
-Buenos Aires—Santos, à procura to de Sampaio Campos, inviabiliza- debates, mas a situação das empre-
de rumos para o setor, durante o ram qualquer encontro com empre- sas mostra que há uma crise geren-
polêmico 13° Congresso da classe. sários argentinos, embora o navio cial que precisa ser superada." Seu
As inúmeras críticas que antecede- tivesse ficado ancorado por 36 ho- movimento, por exemplo, não entrou
ram a sua realização, e que aponta- ras no Porto de Buenos Aires. na pauta dos debates, e acabou sen-
vam a "inconveniência do evento A ausência de Sebastião Ribeiro do discutido em reuniões paralelas.
em tempos de crise econômica", ce- não foi justificada. Procurado por A análise de Oswaldo Dias de
deram lugar a elogios pela volta aos TM, Ribeiro informou, pela sua As- Castro, ex-presidente da NTC, se
debates dos temas que dificultam a sessoria de Imprensa, que não fala- mostra mais preocupante: "Temos
atividade (substituídos, nos últimos ria sobre o assunto. Entre as lideran- de rever a organização das nossas
anos, por palestras). Mas, por outro ças presentes no Congresso, a justifi- entidades. A criação de sindicatos
lado, o cruzeiro marítimo revelou cativa foi uma só: medo. "O Sebas- e de federações regionais provocou
a falta de consenso entre os diferen- tião não entra em navio nem amarra- o esvaziamento da NTC."
tes grupos de lideranças empresariais do", disse, por exemplo, o empresá- Segundo Castro, com sindicatos e
presentes e ausentes no evento e a rio Oswaldo Dias de Castro, da Trans- federações, o setor buscava o fortale-
necessidade de uma discussão mais portadora Araçatuba. Mas houve cimento e a conquista da Confedera-
profunda sobre os rumos da classe. quem dissesse que ele não compare- ção Nacional dos Transportes Terres-
Apesar de Domingos Fonseca, ceu para não prestigiar Domingos tres, hoje CNT. "Nós a obtivemos,
presidente da NTC, ter considerado Fonseca, e também por discordar mas já a perdemos. O novo estatu-
o Congresso NTC'92 como a chave de da realização do Congresso a bor- to da CNT, que criou o rodízio de
ouro com que encerrou seu mandato do. Segundo Fonseca, Ribeiro reser- presidentes por modalidade, pode
à frente da entidade, o baixo número vou uma cabina no navio e garantiu- ser bonito, mas não funciona. Com
de inscrições(em torno de duzentas) lhe que estaria presente, mas, na úl- a ascenção do modal de passageiros,
e a ausência de seu sucessor, Sebas- tima hora, mandou o gerente da o TRC perdeu o controle", explicou.
tião Ubson Ribeiro Carneiro — que, Dom Vital, José de Souza, no lugar. Castro diz não ter opinião forma-
na ocasião, já era presidente eleito, Moacir Ferro, coordenador do da sobre o rumo que a organização
e que nem sequer enviou um repre- Movimento de Conscientização Em- do setor deve tomar, mas se mostra
sentante —, são os exemplos mais presarial — criado em novembro de convencido de que, do modo como
evidentes de que a iniciativa não con- 1992 com o objetivo de buscar a capi- está, não pode continuar.
seguiu unir os transportadores. talização das empresas castigadas fi-
Outras ausências notadas, como nanceiramente pela prática indiscrimi- Sem padrinho — O calor dos deba-
a da presidente da ABTI — Associa- nada de descontos nas tabelas de frete tes, algumas contradições entre as
falas de Domingos Fonseca e de Para o ex-presidente da CNT, as cia da carga em veículos de passa-
Thiers Fattori Costa, presidente da empresas devem apoiar quem tem geiros é tão flagrante que hoje é fá-
CNT, ambos em fim de mandato, voto, o que não é o caso dos trans- cil encontrar ônibus de linhas regula-
por exemplo sobre os números do portadores, com exceção de Denisar res e de turismo fazendo coleta de
setor, e a apresentação de trabalhos Arneiro, que decidiu encerrar a car- mercadorias nas zonas atacadistas
isolados, sem a coordenação da reira de deputado. de São Paulo e passando longe das
NTC, pelas federações estaduais, A verdade é que falta um padri- balanças e das barreiras de ICMS.
contribuem para reforçar as ponde- nho para o setor, que recebeu pou- O avanço da ECT — Empresa
rações de Castro. cos dividendos da ajuda que prestou Brasileira de Correios e Telégrafos
Além disso, o que mais se ouviu à campanha de Fernando Collor de na concorrência com as empresas
das principais lideranças foram quei- Mello e muita frustração com sua de transporte comercial, por outro
xas sobre a falta de apoio do Con- queda da Presidência da República. lado, contribuiu para aumentar a
gresso Nacional aos pleitos do setor, A atual orfandade, aliada à reces- apreensão das lideranças reunidas
por falta de uma bancada na Câma- são econômica, enfraqueceu as em- no Eugenio Costa. A ECT pratica
ra. "O TRC tem apenas uns poucos presas e possibilitou o avanço de dumping ao subsidiar, com a tarifa
amigos", confessa Costa. pressões contra o setor: a concorrên- das correspondências, o transporte
não pouparam
dólares no navio Reivindicações ao Governo
vinho e no cassino, enquanto as mu- Eis as principaissugestões, que a NTC [ lliberar o setor das taxas de importação
lheres se divertiam nas butiques do deverá encaminhar aos órgãos oficiais: de veículos e de peças;
transatlântico. Foi a maior gastan- LIinvestir na construção, na reformulação
Para o transporte de produtos perigosos: e na conservação da malha rodoviária;
ça do final do ano".
Hpadronizar a legislação relativa ao
meio ambiente; Reivindicações ao Sistema Tributário
Justificativas — Apesar de o setor Liimpedir que estados e municípios Nacional:
se vangloriar por exercer uma ativi- legislem supletivamente sobre o assunto; Oformar um grupo para auxiliar no
dade onde impera a plena concorrên- ilisolicitar ao Inmetro que não proponha aprimoramento do projeto de reforma;
cia, as conclusões do Congresso ao Ministério dos Transportes a Elcondicionar a aprovação da reforma
mostraram que a proteção do gover- obrigatoriedade do uso de equipamentos tributária a: I) antecipação da revisão
no ainda é indispensável. Mesmo acessórios; constitucional para maio de 1993, e início
assim, não faltaram declarações de criar grupo de trabalho para fazer da vigência para 1994; 2) alargamento
revisão e consolidação das normas da da base tributária; 3) instituição de
reconhecimento "ao heroísmo e à
ABNT pertinentes ao setor; impostos não-declaratórios; 4)
obstinação dos empresários na luta Elreduzir o número de itens que compõem desoneração dos salários; e 5) vinculação
pela sobrevivência". João de Simo- a listagem de produtos perigosos. de eventual imposto sobre combustível
ne, diretor da De Simone & Associa- à construção, à reparação e à reconstrução
dos, chamou a classe de heróica por Para veículos e peças de reposição: da i-tfra-estrutura de transportes;
ter sobrevivido a nove pacotes eco- fiefetuar abertura de linhas Li]moratória fiscal, com alongamento
nômicos durante os últimos dez de crédito para renovação e para dos prazos de parcelamento e
anos. E Domingos Fonseca compa- ampliação da frota, e para formação compromisso das empresas inadimplentes
rou a obstinação do setor às andan- de capital de giro; de pagar os tributos com correção
ças quixotescas de Ulisses Guima- Oelevar a participação do Finame de monetária e juro fiscal, e elitninação
40% para 80% do valor do caminhão; da multa moratória;
rães, a quem dedicou o cruzeiro pe-
Opermitir ao transportador autônomo LIreuniões periódicas entre sindicatos e
lo Atlântico Sul. acesso às operações do Finame; associações do setor com representantes
Àqueles que criticaram o evento, nreduzir o IPI dos principais de órgãos de trânsito, para acerto dos
respondeu: "Depois de mais de um componentes do veículo para a problemas da atividade de coleta e de
ano de luta, de teimosia e de muita alíquota de 5%; entrega nos grandes centros urbanos.
incompreensão, estamos aqui, pro-
via-se o flagrante de um ônibus da pos, de onde as mercadorias seguem se, defendeu o financiamento de cam-
Viação Itapemirim, transformado de avião para Manaus, e vice-versa. panhas de deputados federais e de
em veículo de carga, passando, na senadores para formar uma banca-
Via dos Bandeirantes (SP-348), pe- da que defenda os interesses do TRC
la pista ao lado da balança, sem pa- A falta de fiscalização no Congresso Nacional. Reinaldo
rar para pesagem. Parreiras, diretor da Minas-Goiás,
Olímpio Bueno Morato, diretor
facilita aos ônibus pediu uma ação judicial contra a
da Transportadora Itapemirim, ga- o serviço de coleta Brasil Total, empresa de transporte
rantiu que esses veículos passam pe- de cargas com capital das compa-
la balança e que aquilo que foi foto-
e entrega de carga nhias de ônibus; Guillermo ,Lam-
grafado seria uma exceção. brechts, diretor da Atlas Transportes,
O presidente do grupo, o empre- Roteiro de luta — Na defesa do se- cobrou da NTC uma posição da Ita-
sário Camilo Cola, foi questionado tor, foram feitas propostas para pemirim sobre o transporte irregular
sobre o assunto por jornalistas, du- uma operação de guerrilha contra de carga em ônibus; e Osw . aldo Dias
rante o Congresso. Contrariado, os ônibus: expedição de telex para de Castro pregou a exclusão dos em-
Cola negou as acusações, que achou as Secretarias da Fazenda de todos presários de ônibus da NTC.
da maior gravidade, e disse que os os estados, denunciando o transpor- Adalberto Pansan, presidente da
transportadores de carga "têm de te de mercadorias sem notas; envio Fet„cesp, propôs a elaboração de um
ficar de olho nos ônibus piratas que de mensagens dos sindicatos empre- dossiê sobre as irregularidades prati-
fazem esse serviço irregular". Dis- sariais aos postos de pesagem, e pre- cadas pelos ônibus, como, por exem-
se ter todo o interesse em encontrar sença de empregados dos sindicatos plo, o excesso de peso e o transporte
uma solução para o problema e, para pressionar os funcionários das de produtos perigosos, que colocam
"se depender de mim, até ofereceria balanças a pesarem os ônibus; e dis- em risco a vida dos passageiros, e
apoio financeiro para combater os tribuição de fotos e de material pa- sua ampla divulgação pela imprensa.
piratas". Lembrou que a Itapemirim ra a imprensa denunciando o trans- Ivo Dietrich, presidente da TNT Bra-
foi a primeira empresa a se preocu- porte ilegal de carga pelos ônibus. sil, quer maior articulação dos sindi-
par com a lei da balança, ao introdu- Mesmo que fossem aprovadas, catos na defesa dos direitos das em-
zir os ônibus de três eixos no mercado. essas medidas, segundo Thiers Cos- presas do setor e na exigência das
Segundo Cola, os ônibus "podem ta, seriam insuficientes. "Se os em- obrigações das empresas de ônibus.
transportar 1% de sua capacidade em presários de ônibus podem ter trans- Por fim, foi aprovada a luta em
encomendas, o que resulta em 2% da portadoras de carga, por que nós favor da desregulamentação, a su-
receita". Ele esclareceu que a Trans- não podeos comprar ônibus?", inda- gestão ao governo da criação da ca-
portadora Itapemirim possui, além de gou, para propor aos empresários tegoria do ônibus misto, com identi-
mil caminhões pequenos, sessenta que se empenhem na luta em favor ficação, para que o passageiro sai-
ônibus transformados em baús de da desregulamentação do transpor- ba que está viajando, com carga,
carga, que fazem o transporte de te de passageiros. além da formação de uma comissão
mercadorias entre seu terminal de Por sua vez, Areli Teixeira de La- remunerada, dentro da NTC, para
Guarulhos e o Aeroporto de Viraco- ra, presidente do sindicato paranaen- executar essas medidas.
Dessa vez a Volvo passou das Nova no conforto, nova no desempenho e com
LL— medidas: cabine mais espaçosa, portas a mesma qualidade de sempre. Os veículos
maiores,cama mais larga e 4 novas faixas de Volvo continuam rodando mais,
potência. O NL 10 com 310e 340cv e o NL 12 transportando mais e ficando mais tempo
com 360 e 410cv. Todos com motor intercooler. disponíveis para o trabalho.
É a nova linha Volvo NL. Só que agora com muito mais conforto.
A Volvo fez de tudo para o motorista se sentir aumentar a produtividade do motorista e,
em casa durante as 24 horas do dia. Ou seja: na conseqüentemente,da sua empresa. Nova linha
hora de dirigir, a Volvo respeitou a lei do menor Volvo NL. Aqui, potência,conforto e
esforço. E na hora de descansar,não mediu rentabilidade rodam juntos.
esforços para proporcionar maior conforto.
Afinal, nada como uma boa noite de sono para
"VOLVO
VOLVO DO BRASIL N,E1(1 OS
A I INo kl BI IS( 1-1Lk DL 01 IVIARA,2h00 2.60-D■K■ I I.L (0,41)271-SI I 1 CURITIBA - PARANA - BRASIL
RUMOS & RUMORES José Luiz Vitú do Carmo
Um ruído na cidade
No início de janeiro, um automóvel atual lei municipal sobre o assunto,
que se dirigia para o interior de uma em 1987. Até hoje, porém, o texto ain-
garagem automática, na rua Florêncio da carece da necessária regulamentação.
de Abreu, centro de São Paulo, entrou Um dos itens mais importantes, na ex-
por uma porta errada, desprovida de pectativa dos técnicos, será o disciplina-
sinalização, e mergulhou no poço do mento das atividades das empresas que
elevador. O motorista e um segundo cuidam da manutenção dos elevadores.
ocupante do veículo morreram ao des- As 'conservadoras', como são chama-
pencar de uma altura de 12 metros. O das, têm responsabilidade perante a
caso acendeu imediatamente um holofo- prefeitura, mas, pelo menos em São
te sobre as possíveis deficiências desse Paulo, constituem uma assustadora ba-
tipo de garagem, e acrescentou mais bel. A primeira blitz encontrou muitas
um dado à crônica da insegurança do delas instaladas em fundos de quintais,
trânsito nas grandes cidades. e até mesmo uma que funcionava num
Até que ponto seriam confiáveis as banheiro. No extremo oposto, umas
garagens automáticas? Em busca de dade dos elevadores que transportam poucas dessas firmas são exemplos de
resposta, uma blitz realizada logo após veículos: de tão minoritários, torna- competência e de idoneidade. A regula-
o acidente desnudou um cenário preo- ram-se pontos quase invisíveis no ma- mentação também poderá tornar obri-
cupante. De pavimentos mal-ilumina- pa da cidade verticalizada. Distribuí- gatória a comunicação de quaisquer
dos a máquinas vazando óleo, de extin- dos pelas 38 garagens, somam apenas acidentes ao órgão fiscalizador.
tores vencidos a plataformas destituí- 116 unidades em toda a capital. En- Contudo, aos otimistas que hoje ali-
das de faixas de segurança, um comple- quanto isso, os elevadores comuns, mentam essas esperanças, opõem-se
to inventário de abusos materializou- aqueles que conduzem, basicamente, as reticências de alguns céticos. Segun-
se diante das autoridades. Essas defici- pessoas, em prédios residenciais ou co- do estes, a regulamentação em nada
ências, ressalte-se, não costumam che- merciais, chegam a 36 mil. mudará a 'situação dos estacionamen-
gar aos olhos dos usuários dos estacio- tos automáticos, em face de arraiga-
namentos, uma vez que o acesso aos Cada um por si — O Contru-32 dispõe dos usos e costumes de seus operado-
nichos onde ficam os veículos é privati- de dez engenheiros, que passam boa res. Tal visão prevalece numa firma
vo dos manobristas. parte do tempo vistoriando elevadores. conservadora que faz parte do rol das
O resultado imediato da investida A pequena equipe tem seu roteiro mon- bem-conceituadas. Após o rebuliço pro-
oficial foi um número elevado de san- tado essencialmente a partir de denún- vocado pela blitz recente, seus dirigen-
ções, considerando-se o universo rela- cias, e mal consegue atender a todas tes refugaram um pedido de assesso-
tivamente restrito dos estacionamen- as solicitações. É que, quando está ria de um desses estacionamentos, sem
tos automáticos — apenas 38 no mu- em jogo o transporte do próprio usuá- mesmo abrir espaço para a discussão
nicípio de São Paulo. rio, em carne e osso, o instinto de so- de um orçamento."Não importa quan-
Foram interditados quatro elevado- brevivência faz crescer o rigor ante fa- to paguem, seria um mau negócio",
res, lavradas dez multas e expedidas 34 lhas e riscos. Quanto às garagens, além garante um dos donos. "Esse tipo de
intimações para providências urgentes. do desconhecimento do que se passa coisa não pode funcionar hem." Sua
A responsabilidade sobre essas gara- em áreas recônditas, o motorista con- tese é a de que as garagens automá-
gens paulistanas não está afeta a um frontado com deficiências opta, em ge- ticas desenvolveram tal cultura de
órgão de trânsito, mas à Secretaria ral, pela saída individualista: safa-se improvisação, que qualquer supervi-
Municipal que cuida dos problemas do perigo simplesmente buscando ou- são resultaria inútil. Exagero? Talvez.
de Habitação. O Departamento de Con- tro lugar para estacionar. Mas, se pode haver um fundo de ver-
trole do Uso de Imóveis dessa Secre- Assim, só o ruído de uma tragédia dade na advertência, convém, no mí-
taria possui um setor — o Contru-32 como a da Florênck) de Abreu conse- nimo, consigná-la, na esperança de
— ao qual compete fiscalizar tais es- gue atrair atenção para o problema. que as autoridades, os usuários e os
tabelecimentos. Na verdade, o Con- Como ação preventiva, sabe-se apenas próprios donos das garagens reflitam
tru-32 fiscaliza elevadores — de todos de uma blitz, realizada há cerca de se- sobre a questão e a encarem com a ne-
os tipos. A conseqüência é certa orfan- te anos, e que resultou na criação da cessária seriedade.
A parelho simula
resistência ohmica
O Simulador DR 11, da SSE
Sentinela Sistemas Eletrônicos
afere a bóia e o medidor de com-
bustível, o sensor da temperatu-
ra e o medidor da pressão do
óleo. Esse aparelho simula a resis-
tência ohmica (elétrica) com 9907o
de precisão.
NZ
A Chevrolet oferece, além da Bonanza e Veraneio, a versão superluxo El Camino
Foto: Divulgação
disposição da bancada do PT é cio Canhedo-VOE.
resolver o problema e impedir
que o povo paulistano pague
Aí entra uma discussão sobre
a conta da negociata três pareceres diferentes da Pro-
curadoria do Estado, responden-
do a consultas sobre formas de
bre a situação da empresa nos emissão de novas ações preferen- pagamento da Vasp pelos dois in-
anos de 1988, 1989 e 1990. Quan- ciais para transferência ao com- teressados.
do a Comissão teve acesso aos prador. Assim, a participação Na CPI, o comandante Rolim
números da empresa de consulto- do acionista majoritário diminuiu Amaro, presidente da TAM, afir-
ria norte-americana, em 1992, sem que ele recebesse recursos. mou que não teve acesso a parecer
foi possível saber das ressalvas Por esse método, o dinheiro pa- favorável sobre seu interesse de
feitas para a conclusão da avalia- ra a privatização foi posto na em- pagar a Vasp com TDA — Títulos
ção. "Além de a direção da Vasp presa adquirida, e não no bolso da Dívida Agrária. Garantiu que
selecionar os documentos envia- do antigo dono. não sairia do páreo se soubesse
dos para análise econômica-finan- O critério para definição do disso e se soubesse, também, que
ceira, não foram computados, preço das ações,segundo dossiê do a Procuradoria autorizava a rene-
na avaliação, importantes itens, PT, registra a renúncia à receita, gociação da dívida com o Banco
como ativos não-operacionais, por parte do vendedor da empresa. do Brasil, com base na lei 7 976.
valor do ponto — que inclui flu- "Foram desprezados o exercício A saída da Aerosystem deixou
xo de passagens, carteira de clien- do controle e o poder de mando Canhedo sozinho. Foi, então, fei-
tes e concessão da marca —, e da Vasp para fixação do preço das to um aporte de recursos pelo
crédito de IR, entre outros", afir- ações, feita na base de 5% do pa- Banespa, no valor de US$ 53 mi-
ma Tânia Mendes. Por isso, a trimônio líquido apurado, no ca- lhões, para quitar o patrimônio
Consultora registra que poderia so negativo". A rotineira venda líquido negativo da Vasp. Aque-
haver 'desvios de avaliação', sem de 51% de ações de qualquer em- la dívida, motivo do parecer da
análise dos faltantes. presa em Bolsa de Valores é sem- procuradoria, foi rolada, com ar-
pre de importância maior do que gumentações falaciosas da Comis-
Decisão irredutível — Presidida a cessão de 49% dessas mesmas são de Privatização.
pelo então secretário da Fazenda ações, registra o documento. A lei 7 976 autoriza apenas em-
do governo do estado, José Ma- O fato de Canhedo ter sido o presas públicas,a rolarem dívidas
chado de Campos Filho, a Comis- único interessado final na com- em vinte anos. Quando a Vasp
são de Privatização decidiu que pra da Vasp também vem cerca- obteve o refinanciamento do Ban-
a Vasp precisava trocar de mãos, do de atos duvidosos. Depois das co do Brasil, de US$ 276 milhões,
e elaborou o modelo de privati- peneiradas iniciais, sobraram o não era mais estatal, pois o leilão
zação: saneamento da empresa e Consórcio Aerosystems (Grupo já tinha ocorrido. O argumento
0CONGRESSO
9 NACIONAL
DE TRANSPORTES
PÚBLICOS
FLORIANÓPOLIS - Hotel Castelmar
26 a 30 de abril
Este é o momento em que a comunidade brasileira de transportes se encontra para
troca de experiências e análise de temas como planejamento e gestão em transporte
urbano, política energética e meio ambiente, fontes de financiamento, modernização e
expansão dos sistemas, inovações tecnológicas, etc.
Você não pode estar fora dessa discussão,justamente agora quando se iniciam as
novas administrações municipais!
INFORMAÇÕES:
AN P
ASSOCIKKO NACIONAL DE TRANSPORTES PÚBLICOS ANTP
CATRACA
•A Secretaria Municipal dos transporte da cidade", preconceituosas e por onde o patrimônio das Empresas
Transportes de São Paulo editou o ex-secretário Lucio Gregori trafegam as posições Nossa Senhora da Conceição
um livro sobre o processo afirmou que o objetivo da meramente grupais". Ltda. e parte do patrimônio
de municipalização do sistema publicação foi o de "fornecer da viação Cidade do Sol. Sob
de transporte por ônibus no dados para o'entendimento •A empresa Riomar o mesmo grupo empresarial,
município. Considerando o do processo (...) a fim Transportes Ltda., de Natal atuam, agora, 62 ônibus,
sistema como "a maior de eliminar erros interpretativos, (RN), operadora de ônibus operando doze linhas urbanas
intervenção já realizada no dos quais nascem as visões urbanos, absorveu totalmente e três intermunicipais.
lo, estão utilizando, atual- tou trezentas vezes mais do possibilitaram a venda de
mente, menos de 500-o da que o biarticulado", disse 38 carros de passageiros,
sua capacidade total de pas- Lerner, ressaltando, na com- já entregues, para a NVTC REVENDA
sageiros. A primeira linha paração com o sistema bra- — Northern Virginia Trans- AUTORIZADA
servida pelos biarticulados sileiro, que seus veículos portation Commission, no
DE PEÇAS E é na
cumpre trajeto de 11 km de 25 metros de comprimen- valor de US$ 27 milhões.
em 35 minutos, atendendo to atendem a um número As companhias responsá- MOTORES
demanda de 10 mil passagei- de passageiros quatro vezes veis pelos metrôs de Chica- RUCKER
ros 'hora por direção. A ca- maior do que o Metrô do go e de Nova York, nos
pacidade desses veículos é Rio de Janeiro (RJ). O cus- EUA, também são clientes
de 22 mil passageiros/hora, to de implantação da pri- da Mafersa, que, segundo
numa mesma direção. meira linha foi de US$ 20 Doll, continua ampliando TRII7 INSTALAÇAO
Apesar da grande ociosi- milhões, dos quais apenas sua base de parceiros nor- DE DIREÇÕES
dade, os biarticulados, se- 1007o foram investimentos te-americanos. "Hoje, te- é na
HIDRÁULICAS E
gundo o mentor do projeto da administração pública, mos US$ 80 milhões em car-
e ex-prefeito de Curitiba, disse Lerner. teira", orgulha-se. RUCKER HIDROSTÁTICAS
CATRACA
•O Congresso Mundial de físicos, prioridade de VLTs nas faz parte do "Programa de TRW - A DIREÇÃO CERTA E
Transportes Públicos, em sua vias, transporte regional Capacitação Gerencial", da
edição, será realizado
em .Sidney, na Austrália,
e experiências de
diferentes continentes.
ANTP, para apoio às
prefeituras das cidades de
I"ILICKIEIT
EOIJIP'FftlENTIOS INOLISTITIFOIS L.TOR
Suspenso sistema de
rastreamento de Recife Belda deixa secretaria
executiva da ANTP
Foi adiada, por prazo in- Vilaça (chefe de gabinete),
definido, a implantação do foram demitidos em dezem- participar do Conselho Dire-
sistema eletrônico de rastre- bro, pelo governador Joa- tor da entidade, composto
amento de veículos pela EM- quim Francisco, sob suspei- atualmente de quinze mem-
TU para fiscalização do sis- ta de corrupção, uma vez bros e mais dois ex-presiden-
tema de ônibus urbanos, que viajaram para a Suécia tes. Funcionário da Compa-
em Recife (PE). A empresa às custas da Saab-Scania, nhia do Metropolitano, Bel-
vencedora da concorrência mesmo sem a solução da da garante que sua saída foi
para fornecimento dos equi- concorrência. Os equipa- motivada por motivos estri-
pamentos e de assessoria téc- mentos e a prestação de ser- tamente pessoais. "Apren-
nica, a sueca Combnitech, viços pela Combnitech fo- di muito durante todo esse
do grupo Saab Scania, foi ram orçados em US$ 1 mi- tempo, mas chegou o mo-
acusada de superfaturamen- lhão. A previsão de prazo mento da renovação", diz
to por outra concorrente, a para instalação do sistema ele, ressaltando que conti-
Seguell, e, a partir disso, a era maio de 1993. nuará ligado à entidade em
licitação foi posta sul)judi- Segundo a Assessoria de atividades de planejamento
ce para apuração das irregu- Imprensa da EMTU, foram e de orientação. Em abril,
Rogério Balda: bom aprendizado
laridades. Os diretores da abertos alguns inquéritos será escolhida uma nova di-
EMTU envolvidos na nego- administrativos para provar Depois de quinze anos retoria, pelo Conselho Dire-
ciação, Paulo Murilo (dire- a culpa dos diretores. A no- como secretário executivo da tor. Até lá, o lugar de Bel-
tor-presidente), Cezar Ca- va diretoria é, agora, lidera- ANTP — Associação Nacio- da deverá ser preenchido
valcanti (diretor técnico), da por Roldão Torres, ex- nal dos Transportes Públi- por um nome indicado pe-
Alfredo Bandeira (diretor presidente do Instituto de cos, Rogério Belda está se lo atual presidente, e aprova-
de operações) e Ana Maria Tecnologia de Pernambuco. afastando da função para do pelo Conselho Diretor.
Zta2