Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PROJETO DE ECONOMIA
SOLIDÁRIA PLANIFICADA
2023
INSTITUTO JOSEFINO
I - Introdução
2
economia é cuidado, administração da casa, zelo por um bem que é de
todos, comum, de modo justo, adequado, respeitoso e sustentável. 1
As comunidades constituem a presença da Congregação em rede.
“A rede de solidariedade não se sustenta somente pela qualificação da
oferta, mas sobretudo pela confiabilidade. Esta é um patrimônio de
valores que se conjugam: credibilidade, coesão e coerência de projeto
e gestão; profissionalidade, atenta e aberta à aprendizagem e não
somente à eficácia-eficiência; experiência, ligada também à
continuidade temporal, mas sobretudo na inovação e na criatividade”
(Doc. 48, p. 48). A regra de ouro da economia é nunca gastar mais do
que se ganha.
O Papa Francisco nos diz que “o repensar a economia deve
acontecer através de um atento discernimento: escuta da Palavra de
Deus e da história. Os Institutos de Vida consagrada e as Sociedades
de Vida Apostólica são convidados a buscar novos “modos de entender
a economia e o desenvolvimento”. A fraternidade, a solidariedade, a
rejeição da indiferença, a gratuidade são o mais basilar remédio aos
conflitos, também econômicos, e o ponto de partida para construir uma
sociedade equitativa, visando refletir enquanto possível a pátria
definitiva, onde existirão “novos céus e uma nova terra onde habitará a
justiça” ( 2 Pd,3,13). (Cf. Doc. 48, n.15 e 16)
Buscando construir relações mais justas e fraternas entre nós e
em nossas comunidades, o Projeto de Economia Solidária Planificada
será pautado pelos princípios da comunhão, participação,
transparência, equidade, corresponsabilidade, solidariedade,
simplicidade e corresponsabilidade.
1
Almeida. Douglas Felipe Gonçalves p. 101. Rumo a uma economia dos Sentidos. Realmar a Economia. Ed Paulus 2023
3
II - Princípios para uma Estruturação Organizacional Financeira
do Instituto Josefino
Comunhão Participação
Simplicidade
Corresponsabilidade
Solidariedade
Transparência
Equidade
Comunhão
Comunhão, comum união, em grego “Koinonia”. A melhor
expressão de “Koinonia” está em At. 2, 42-47. Trata das várias
dimensões exercitadas pelas pessoas que vivem em Cristo. Colocar-se
em comum, cultivar a mútua pertença, a corresponsabilidade, a
participação e a partilha, de modo a prevalecer o “nosso e o nós” sobre
o “meu e o eu”. Segundo Atos dos Apóstolos isso é de toda a pessoa
batizada, de toda pessoa que se faz cristã. A nós, que professamos os
Conselhos Evangélicos, em Congregação, cabe a vivência radical da
comunhão, o mais profundamente possível. Radical, significa que tem
raiz, onde se nutre para garantir frutos abundantes.
Comungar é colocar em comum o “dom pessoal” com todo o seu
poder na criatividade e vigor na realização, colocar também os dons
herdados, adquiridos e criados, enfim, colocar em comum o “ser de
cada pessoa”, de modo que todos sejam um com o Pai, o Filho e o
Espírito Santo (cf. Jo 17,11 e 21).
De nada vale instituir CAIXA COMUM se não se cultiva
diariamente o espírito de mútua pertença. O fundamento bíblico é claro
4
e indiscutível. O testemunho expresso em At 4,32-35 e o
contratestemunho em At 4,36-5,11.
Evidentemente estamos falando de necessidades básicas,
fundamentais para uma vida humana digna. A partilha e a participação
solidárias, levam a comunhão irmanada em Jesus, ao Pai. Aqui a
distribuição dos bens fica por conta dos apóstolos. Por que os
apóstolos? São eles que zelam pelo Espírito de Cristo na comunidade.
Pela convivência com Jesus, pela experiência de comunidade feita com
Jesus. Os apóstolos com suas virtudes e vícios tem uma vivência
prática única.
A unidade de coração se expressa na comunhão de dons e de
bens. Tudo o que Deus criou, criou para todas as criaturas, segundo
suas necessidades. Deste modo, o pessoal torna-se então comunitário,
colocado à disposição de todos, de modo a não haver necessitados
entre eles (cf. At, 4,32).
Quando existe a partilha existe a comunhão na comunidade.
Precisamos criar a cultura da partilha. Quando existe a partilha dons e
bens é Cristo que age na comunidade. O ponto de partida é a conversão
pessoal. Por isso, se faz necessário, promover relações fundadas sobre
o Princípio da comunhão, que se baseia na fraternidade e sobre o fazer
juntos (Cf. Doc. 48. Nº 30).
“A Josefina evite toda competição, ciúme, inveja e indiferença e
auxilie a outra com generosidade e alegria, pondo o bem comum acima
dos seus próprios interesses, acolhendo as iniciativas e alegrando-se
com o êxito umas das outras” (Const. Art. 48). Sem comunhão, partilha
e participação não há salvação.
Simplicidade
“Pela profissão Religiosa, a Josefina torna-se Membro do Instituto,
manifesta sua vontade livre e consciente de viver em comunidade, uma
vida casta, pobre e obediente, como Jesus, na observância destas
Constituições, perante a Autoridade que a acolhe em nome da Igreja”
(Const. Art. 7).
5
Nosso voto de pobreza é, na verdade, um exercício constante de
auto despojamento em favor do bem comum e assim, colocar todos os
demais, especialmente os menos favorecidos, em nossa conta. Sim,
eles e elas fazem parte do nosso/meu ser, do nosso/meu agir, do
nosso/meu viver.
Quando o apóstolo Paulo diz: “Vivo, mas já não eu. É Cristo que
vive em mim” (cf. Gl 2,20), expressa essa realidade. Em Filipenses 3,8
ele continua: “Tudo (o que conquistou até aqui) considero perda, pela
excelência do conhecimento de Cristo, meu Senhor. Por ele perdi tudo
e tudo tenho como esterco, para ganhar a Cristo e ser achado nele”.
A riqueza da vida em Cristo torna relativo tudo o mais. Paulo
despojou-se de si mesmo de tal forma que Cristo prevalece em sua
pessoa. Agora tornou-se “corpo coletivo”, comunitário, irmanado
universalmente.
O dinheiro e outros bens que constroem a irmandade, na sua
verdadeira dignidade, funcionam com instrumentos de salvação. O
dinheiro e os bens que destroem a irmandade universal são
instrumentos de perdição.
“O Voto de Pobreza, além de uma vida pobre na realidade e no
espírito, implica a dependência e a limitação no uso e na disposição dos
bens” (Const. Art. 12: Parágrafo Único). Sem o cumprimento desta
disposição não há como fazer Caixa Comum.
Por intuição fundacional, a Josefina não usa hábito religioso, mas
deve vestir-se de maneira simples, digna, modesta, apropriada, sinal de
sua Consagração Religiosa (Const. Art. 50 § 2).
“Haja sempre cuidado para não ferir a modéstia ou dar impressão
de luxo. Evite o uso de adereços desnecessários, porém, haja respeito
e acolhimento à diversidade cultural. Não use joias e nem maquiagem,
evitando o que é supérfluo e vaidoso” (Cf. Dir. Art. 60).
Participação e Corresponsabilidade
As irmãs e a Congregação se pertencem mutuamente. São elas
que constituem a Congregação. Do esforço conjunto delas depende o
6
aprimoramento da Congregação, depende o cumprimento de sua
missão. Por outro lado, a falta de entendimento e comunhão entre elas
decreta a decadência e morte do conjunto.
Preparar bem as irmãs com um apurado sentido de pertença para
participar e partilhar seus dons e bens é fundamental para a saúde e a
prosperidade da Congregação e para o testemunho do carisma
missionário ao povo de Deus.
A Congregação não é somente a soma das partes, mas a coesão
de cada membro em função do corpo inteiro. Segundo o evangelista
João, Jesus adverte: “Se o ramo não permanecer no tronco será
cortado, lançado fora, secará e será queimado” (cf. Jo 15,5...).
”No exercício da autoridade é necessário levar em conta a
participação, descentralização e subsidiariedade; todas as Josefinas
sejam corresponsáveis neste exercício, empenhando-se na busca da
vontade de Deus na observância das Constituições, com fidelidade”
(Const. Art. 102).
Todas somos responsáveis. Mas se não houver participação, como
exigirmos corresponsabilidade?
“Irmanadas no Espírito que nos une, como família, vivamos a plena
comunhão na disponibilidade de colaborar generosamente nas
estruturas de governo; portanto, empenhe-se a Josefina pela oração,
amizade e respeito em colaborar com as Josefinas constituídas em
autoridade (cf. Hb 13, 17), e com elas constitua um só corpo e um só
espírito” (Const. Art. 118). Isso é perfeitamente possível segundo
Efésios 4, 1-6.
Equidade
Segundo o dicionário Michaelis, a palavra equidade é definida
como uma disposição para reconhecer imparcialmente o direito de cada
um. Isto é, o significado de equidade revela um senso de justiça em que
o tratamento ou modo de agir em relação à determinada pessoa deve
se dar com base no reconhecimento das características individuais e
necessidades específicas dessa pessoa.
7
É possível perceber que, em determinadas situações, o tratamento
igual pode colaborar para que a desigualdade e a diferença entre as
comunidades sejam mantidas ou, até aprofundadas, principalmente em
relação às comunidades maiores ou de irmãs idosas e doentes, que
necessitam de cuidados e atenção especializada, adequada às suas
condições e especificidades.
Equidade é oferecer a cada um o necessário para ser e viver com
dignidade na condição, no lugar e na situação em que se encontra e
para a qual foi designada. Equidade exige que a comunidade e o
Instituto tenham a capacidade de responder às necessidades de cada
religioso em particular, na medida do ambiente e do contexto onde vive
e atua. Equidade não significa privilégios, pois não há comunhão
quando existem privilégios, mas equidade tem a ver com justiça.
O maior bem do Instituto são as irmãs. Portanto, a manutenção
dos membros precisa ser garantida pelo Instituto Josefino, com
equidade, buscando o bem comum. “A comunidade Josefina
identificada pelo Carisma constitui uma família, unida pelo laço da
caridade com absoluto espírito de fraternidade, tendo todas, acesso aos
mesmo direitos e deveres, não admitindo privilégios, discriminações ou
exclusões”. (Const. Art. 45)
De fato, uma economia solidária precisa garantir a justiça, que não
haja privilégio entre nós. A equidade supõe bom senso para diferenciar
necessidade, vontade e desejo. Ela deve ajudar, para que cada
Josefina, de maneira justa, tenha tudo o que é necessário para suas
necessidades de trabalho e vida. Por outro lado, equidade não é
igualitarismo. O igualitarismo prega que todos tenham os mesmos
deveres, direitos e responsabilidades.
Transparência
A transparência exige e gera confiança, que por sua vez, favorece
a comunhão. A transparência garante a honestidade, a
responsabilidade e os princípios éticos da Administração. Ela é uma
forte crítica à corrupção, desonestidade, à manipulação e ao desvio de
8
recursos. A observância da pobreza deve ser vivida de maneira especial
na transparência da economia. “Na consciência de que não é
proprietária, mas administradora dos bens temporais do Instituto, a
Josefina administre com competência, honestidade, responsabilidade e
transparência como convém à pobreza evangélica” (Const. Art. 187).
Para assegurar o princípio da equidade se requer a transparência,
isto é, que a irmã cumpra com o dever de entregar tudo o que recebe:
salário, aposentadoria, contribuições, doações, etc. Não há
transparência quando uma irmã pede à comunidade o que precisa, mas
não entrega o que recebe, pois tudo é da comunidade. A comunidade é
que deverá prover as necessidades da irmã e é a comunidade quem
recebe o que a irmã ganha com o seu trabalho ou aposentadorias. Este
é o significado da partilha fraterna. Da mesma forma, a comunidade
deverá entregar todos os rendimentos para o Caixa Comum do Instituto
e de lá serão retirados os recursos para a manutenção das
comunidades e de cada irmã.
A verdade e a fraude. Atos 4,36-37 mostra a verdade da vida em
comum, mas logo em seguida, em Atos 5,1-11, vemos a imitação
mentirosa. A ação de Pedro desmascarando a mentira é dura, mas
absolutamente necessária, porque a mentira alimenta a desconfiança,
falsifica a partilha e destrói a comunhão. A mentira é um gravíssimo
atentado à humanidade, pois, subtrai os bens da verdadeira comunhão,
lesiona a irmandade levando-a perigosamente à morte. A mentira
produz a morte, alimenta a desconfiança e a transparência gera
confiança e liberdade. Ser verdadeira com a própria consciência é uma
ótica espiritual que dá sentido à vida.
A vida fraterna exige transparência em todos os níveis da
administração, individual, fraterna e Institucional. Esta transparência
inicia na irmã em particular e continua na comunidade local e tem o seu
ápice no Instituto. A transparência expressa e facilita a fraternidade e a
solidariedade.
9
Solidariedade/fraternidade
2
LS, n. 228
3
Ibidem, n. 229
10
A verdadeira fraternidade fundamenta-se no reconhecimento da
dignidade do irmão ou da irmã, realizando-se através da atenção
prestada ao outro e às suas necessidades. Da capacidade de alegrar-
se pelos seus dons e pelas suas realizações, do colocar à sua
disposição o próprio tempo para escutar e deixar-se iluminar.
IV – Normas e Procedimentos
2. Prestação de contas
a) Individual
Todas as irmãs prestarão contas individuais na reunião mensal
da comunidade de acordo com o modelo enviado pela equipe econômica.
4
CIC, cân.638,§2.
15
Na prestação de contas a irmã deve anexar os comprovantes e
documentos legais das entradas e saídas para que haja transparência e
evite desconfiança na comunidade.
Ao usar o dinheiro diretamente da Instituição, o documento fiscal
(nota Fiscal ou cupom fiscal) deverá sempre conter o CNPJ e o
endereço completo da sede geral do Instituto Josefino, acompanhado
de um recibo de pagamento.
b) Comunidade
c) Congregação
d) Obras
17
Entende-se aqui como obras relevantes: As escolas, A casa de
Encontros e retiros e os Projetos Sociais desenvolvidos pelo Instituto
Josefino.
18
Todas as comunidades e Josefinas deverão enviar para a conta
do Economato Geral no intervalo do dia 25 até o dia 15 do mês seguinte
os valores de aposentadorias, salários, pensões e outras fontes de
renda. Ao fazer o depósito enviar a cópia do comprovante junto com o
extrato bancário, não sendo permitido nenhuma dedução dos valores.
Os valores das aposentadorias e salários das Josefinas
referidos no parágrafo anterior deverão ser obrigatoriamente
depositados na conta bancária a seguir:
4. Contas bancárias
b) Contas individuais
Em razão do trabalho, a fim de receber salários ou aposentadorias
faz-se necessário que a Josefina tenha uma conta bancária.
19
Antes de abrir qualquer conta bancária comunique a comunidade
local e equipe econômica do Instituto.
As senhas das contas individuais deverão ser repassadas para o
setor do economato, dessa forma facilita-se o saque em caso de
doenças ou ausências da comunidade;
Para que haja transparência recomenda-se entregar mensalmente
o extrato bancário individual junto à prestação de contas da
comunidade;
O uso do cartão de crédito será permitido nas seguintes
circunstâncias:
• Passagens aéreas; móveis e eletrodomésticos em que a
comunidade não tenha condições de comprar à vista.
Nesses casos deverão em acordo com a comunidade solicitar a
autorização a equipe econômica.
Não se é permitido que as contas bancárias individuais sejam
administradas por familiares ou terceiros que não pertençam ao
Instituto Josefino.
5. Recurso ao crédito
20
previsível evolução evidenciem uma situação crítica, avalie e assuma
providências imediatas.
Em conformidade com a norma do cânone 639, § 1, a pessoa
jurídica que contraiu débitos e ônus, mesmo com licença dos seus
superiores, é obrigada a responder por conta própria. Se um religioso
com licença do superior contraiu débitos e ônus sobre os próprios bens,
deve responder pessoalmente; se, ao invés, por mandato do superior
concluiu negócios do Instituto, é o Instituto que deve responder.5 Se o
religioso contrai débitos sem nenhuma licença do superior, será ele
mesmo, e não a pessoa jurídica, que deverá responder 6 (Doc. 48,
nº87).
6. Côngruas
As côngruas são um valor destinado para o uso individual da irmã que
deve ser utilizada para aquisição de objetos de sua higiene pessoal e
outras necessidades de seu interesse. O valor mensal das côngruas
deve ser definido junto à comunidade. Os itens como, vestuário,
remédios, gastos com saúde, INSS, viagens e transporte deverão ser
custeados pela comunidade.
Toda Josefina deve ter cuidado com a sua saúde que é um dom
de Deus. As Josefinas doentes tenham um tratamento com solicitude e
atenção (Cf. Const. Art. 53; 54).
As consultas e exames serão assumidos pela comunidade, exceto
o que exceder o teto de R$ 700,00.
5
CIC, cân. 639, §2.
6
Ibidem, cân. 639, § 3.
21
Os Planos de Saúde atuais serão custeados pelo Instituto, sendo
repassado os respectivos valores no orçamento das comunidades. Os
novos planos serão avaliados de acordo com as comorbidades da irmã.
9. Viagens e férias
10. Vestuário
22
Sejam avaliados com grande atenção a oportunidade de adquirir
imóveis, considerando cada aspecto conexo à decisão que será
assumida. A aquisição se cumpra e se regulariza exclusivamente com
modalidades conformes às locais disposições civis e fiscais, em
coerência com o plano carismático (Cf. Doc. 48. Nº73).
Os bens do Instituto são absolutamente necessários para a
preservação da história e conquista dos seus fins próprios. Todos os
investimentos devem ser pensados dentro das necessidades e
prioridades do Instituto.
O Instituto, de acordo com as Constituições, tem o direito de
possuir tudo o que lhes é necessário para seu sustento e suas obras,
todavia é preciso evitar toda aparência de luxo, de lucro excessivo e de
acúmulo de bens (Cf. D. Antônio Lustosa, p.193, Livro 6, Col. Carisma).
Na consciência de que não é proprietária, mas administradora dos
bens temporais do Instituto, a josefina administre com competência,
honestidade, responsabilidade e transparência. Não lhes é permitido
alienar, modificar, doar, vender ou adquirir bens móveis e imóveis sem
a avaliação e consentimento do Conselho geral e equipe econômica
(Cf. Const. Art,184 §3).
As coisas sagradas que pertencem a uma pessoa jurídica
eclesiástica pública podem ser adquiridas somente por uma outra
pessoa jurídica pública.7
12. Reformas
O projeto e a edificação de novas estruturas sejam iniciados onde
for necessário, observando quanto anteriormente recordado sobre as
aquisições, tendo especial cuidado na fase de análise e na formulação
de indicações precisas aos projetistas.
Tudo o que se vai realizando tenha características de sobriedade
e funcionalidade: seja de fácil gestão; preveja um nível de manutenção
mínimo, na componente estrutural e na das instalações, seja em
7
CIC. Cân. 1269.
23
momentos de dificuldades administrativas e vocacionais, facilmente
transferíveis a terceiros ou reconvertidos para usos para usos diversos
(Ibidem. 48. Nº 75).
A casa, os móveis e utensílios da comunidade são bens coletivos
e devem ser de responsabilidade de todas. A comunidade procure
realizar a manutenção periódica, nos prédios, a fim de evitar avarias e
grandes despesas futuras (Cf. Dir. Art. 45).
Procurem zelar pelo bom funcionamento e estado de
equipamentos; realizar consertos de móveis e equipamentos em tempo
hábil; fazer manutenção em máquinas de ar-condicionado evitando o
degaste por má conservação; procurem comprar lâmpadas econômicas
(Led), pois o consumo é inferior aos outros tipos disponíveis no
mercado.
Precisamos cultivar o sentido de pertença e sentirmo-nos
responsáveis pelo cuidado, conservação e melhoria das casas, bens,
terrenos, móveis. Todas, não somente a superiora local, devem se
sentir corresponsáveis, pois tudo pertence a todas e deve servir a todas,
sem exclusividade. Quando estragar alguma coisa, todas deverão se
empenhar em consertar e fazer a manutenção para não causar danos
maiores.
As Reformas e manutenções nos prédios do Instituto deverão ser
pensadas na comunidade local, previstas no orçamento anual e
apresentadas ao Governo Geral para aprovação.
8
CIC. Cân. 612; Cân. 678, § 3.
25
atividades de acordo com o Carisma e obedecer às atividades que o
Instituto Josefino propõe para a sua vida espiritual missionária.
Os valores recebidos das Dioceses e Paróquias serão depositados
diretamente na conta do Instituto Josefino que providenciará a devida
documentação para a prestação de contas.
9
CIC, cân. 671
10
Ibidem, cân.1267,§1.
11
Ibidem.cân.670
26
Josefinas deixadas pelo nosso fundador Monsenhor Luís Rocha, a
Josefina deve “ter ocupação que garanta a vida”.
“Cada comunidade esforce-se para dar um testemunho como
que coletivo de caridade e pobreza, e cultivar o espírito de justiça e
partilha de bens”. (Const. 183 Parágrafo Único)
Sabendo que a Congregação precisa fazer um plano
previdenciário, se faz necessário algumas atitudes:
• assinar a carteira das irmãs que atuam diretamente nas
escolas e obras;
• pagar o INSS das irmãs a partir da Primeira Profissão;
• as irmãs que possuem uma formação profissional possam
assumir outros serviços remunerados que não venham a comprometer
a vida comunitária e a missão pastoral;
• as irmãs usem da criatividade e da partilha dos dons para
confecção de trabalhos manuais a fim de contribuir com a economia
solidária.
17. carros, seguros e manutenção dos veículos;
Todos os veículos do Instituto devem possuir o seguro. Sendo
seguro total para os veículos com até no máximo 10 anos de uso e,
após esse tempo, de acordo com as circunstâncias seja adquirido um
novo veículo. Caso alguma comunidade, por algum motivo especial,
queira proceder de outra maneira, deverá consultar a Ecônoma Geral.
Para evitar desperdícios, recomenda-se que todos os seguros dos
carros do Instituto sejam feitos pelo setor do Economato que possui um
poder maior de negociação junto a seguradora.
Recomenda-se, também, que seja feito seguro para as casas
maiores e obras do Instituto. O seguro será sempre realizado com o
setor do Economato do Instituto.
A revisão anual e manutenção dos veículos deverá ser colocada
no orçamento anual da comunidade. Os concertos menores que não
ultrapassem o teto de $700,00 serão assumidos pela comunidade.
27
18. Controle interno
“Através de normas de controle próprio, sejam estabelecidas
formas de controle interno, que mediante um equilibrado sistema de
autorização preventiva, prestações de contas e exames sucessivos,
consintam aos sujeitos e, especialmente, ao superior com o seu
conselho, vigiar a atividade do ecônomo, do representante legal e dos
profissionais encarregados” (Doc.48.67).
“Todos aqueles que a título legítimo têm parte na administração
dos bens eclesiásticos, são obrigados a cumprir as suas tarefas em
nome da Igreja, em conformidade com a norma do direito” (Doc.48.67).
Equipe econômica e Governo Geral tenham clareza dos
orçamentos de cada comunidade, assim como o que cada irmã recebe
de salários ou aposentadorias, como também do orçamento individual
de cada irmã;
Manter o equilíbrio financeiro a partir dos gastos fixos e variáveis
de cada irmã, de cada comunidade e do Instituto de forma geral.
Procurar ter um equilíbrio entre o que se recebe e o que se gasta
durante o mês. Fazer um controle mensal das entradas, saídas e
saldo.
Acompanhar e revisar mensalmente, os orçamentos das
comunidades. A organização não é para controlar, mas para cuidar da
vida das irmãs;
29
• Evitar manter colaboradores que demonstrem não ter
condições seja por problemas familiares, doenças ou outros
motivos;
• Cumprir com todas as obrigações trabalhistas;
• Nunca falar nada do colaborador, a não ser com ele próprio
e no ambiente de trabalho;
• Nunca confiar ao trabalhador mais do que as tarefas
inerentes ao seu trabalho;
• Pagar em dia todo o trabalho, conforme manda a legislação
trabalhista;
• Nunca contratar alguém só porque participa da comunidade,
porque é de família boa ou da Religião A ou B. Isso tudo pode
ajudar, mas não deve ser o critério. Ele tem que demonstrar
que tem condições de atender as necessidades da
Instituição;
• Seguir o Manual de Procedimentos na contratação de
colaboradores;
• Nunca dar referências de colaboradores por telefone;
• Os colaboradores não devem residir em nossas casas;
• Fora dos compromissos do horário de trabalho, os
colaboradores não devem receber nenhuma tarefa
profissional.
• As faltas injustificadas podem gerar demissão por justa
causa. São exemplos de faltas justificadas:
➢ Até 2 (dois) dias consecutivos em caso de falecimento
do cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou
pessoa que, declarada em sua Carteira de Trabalho e
Previdência Social, viva sob sua dependência
econômica;
➢ Até 3 (três) dias consecutivos em virtude de
casamento;
➢ Pelo período de 120 (cento e vinte) dias de licença-
maternidade;
30
➢ Por 2 (duas) semanas em caso de aborto não
criminoso;
➢ Pelo período de 15 (quinze) dias no caso de
afastamento por motivo de doença ou acidente de
trabalho, mediante atestado médico e observada a
legislação previdenciária;
➢ Por 1 (um) dia, em cada 12 (doze) meses de trabalho,
em caso de doação voluntária de sangue devidamente
comprovada;
➢ Até 2 (dois) dias consecutivos ou não, para o fim de se
alistar eleitor, nos termos da lei respectiva;
➢ Até 2 (dois) dias para acompanhar consultas médicas
e exames complementares durante o período de
gravidez de sua esposa ou companheira;
➢ Por 1 (um) dia por ano para acompanhar filho de até 6
(seis) anos em consulta médica.
• Não alterar horários de trabalho, ou trocas de expediente,
sem seguir as devidas regras para alteração de contratos,
caso precise fazer alguma alteração deverá consultar o setor
do Economato;
• Em caso de faltas ou afastamento por problemas de saúde,
o atestado médico deve ser encaminhado ao setor do
economato.
Considerações finais
O presente documento foi submetido e aprovado em suas linhas
gerais ao XII Capítulo Geral e delegado à comissão para fazer as
31
alterações e os encaminhamentos necessários para a sua
implementação a partir de 2024.
Consideramos que necessita de uma sólida Fundamentação
bíblica inicial com relação à nossa vida de Pobreza. Temos consciência
de que não podemos realizar esse Projeto de Economia Solidária em
nosso Instituto se não mudarmos também as nossas atitudes com
relação ao nosso modo de viver a pobreza.
“Toda renovação da Igreja consiste essencialmente na acrescida
fidelidade à sua vocação”.12 No cumprimento da sua missão, o Instituto
Josefino é, portanto, chamado à uma constante conversão, que é
também uma conversão pessoal e comunitária, a qual consiste em uma
renovação da mentalidade, de atitudes, de práticas e de estruturas,
para sermos sempre mais fiéis à nossa vocação.13
O Capítulo Geral é um momento de exercício da comunhão, da
participação e de sinodalidade. É na escuta da vontade de Deus,
através de um profundo discernimento à luz da Palavra que podemos
romper com alguns paradigmas existentes que nos impedem de acolher
o novo em nosso Instituto que brota da Comunhão, da Participação e
da Partilha de dons e de bens. E assim, possamos como os primeiros
cristãos afirmar, tudo entre eles era comum. (Cf. At. 4,32)
Que São José, nosso modelo de vida simples e humilde nos ajude
a voltar as fontes e que possamos aprender de novo com os nossos
amados fundadores a confiar na providência d’Aquele que nunca nos
deixou de valer.
Redação do texto:
Maria Eliane Maia Sousa
Patrícia Alexandre de Souza
Colaboradoras:
Maria Soares Franco
Francisca Ivani Ferreira Brito
12
UR, n.6
13
Cf. A Sinodalidade na Vida e na Missão da Igreja. n,104.
32
Anexo 01
Orçamento Individual
Orçamento Individual
Nome:
DISCRIÇÃO Valor Mensal
Entradas
Aposentadorias
Salários
Vendas (Artesanatos)
Doações
Assessorias
Terapias
Despesas Pessoais
Higiene Pessoal
Plano de Saúde
Medicamentos
Consultas / Exames
Dentista
Óculos
Cabelereiro / Manicure
Telefone Celular
INSS
Vestuário
Graduação, Pós-graduação
Cursos Diversos
Orçamento Comunitário
Comunidade:
Mês:
DISCRIÇÃO VALOR
Entradas
Aposentadorias / Pensões
Salários
Outras Entradas (Especificar)
Saídas
Alimentação
Material de Limpeza
Material de Higiene
Vestuário
Côngruas
INSS
Energia
Companhia de Água e Esgoto
Água Mineral
Gás
Telefones / Celular
Internet
Combustível
Despesas com Veículos (Seguros, Consertos)
Presentes (Aniversário, Pascoa, Natal ...)
Retiros
Eventos / Congressos
Jardinagem
Transporte (Uber, Taxi, Ônibus)
Viagens e Estadias
Móveis e Utensílios Domésticos
Consertos e Reparos na Casa
Consertos Eletrodomésticos
Serviços Prestados Pessoa Física
Ajuda aos Pobres
Doações
Dízimo
34
Terapias
Material Litúrgico
Vigia
Saúde
Planos de Saúde (Especificar o tipo de plano)
Plano: Irmã:
Plano: Irmã:
Plano: Irmã:
Plano: Irmã:
Consultas / Exames
Farmácia
Óculos
Dentistas
Próteses
35
Anexo 03
Planilha Prestação de Contas
NOME DA COMUNIDADE:
ENDEREÇO COMPLETO:
SUPERIORA LOCAL:
RECEITAS VALORES
RESERVA
SALDO ANTERIOR -
ENTRADA
DESPESAS VALORES
MANUTENÇÃO GERAL
Alimentação
Material de Limpeza
Gás
Internet
Água Mineral
Energia
Combustível
36
Jardinagem
Côngruas
Material de Higiene
Retiros/Férias
Viagens e Estadias
INSS
Vestuário
Telefones Celular
MANUTENÇÃO DAS IRMÃS
Curso:
Curso:
Curso:
Serviços Gráficos
Cursos Diversos
Saúde
Plano: Irmã:
37
Plano: Irmã:
Plano: Irmã:
Consultas / Exames
Farmácia
Óculos
Dentistas
Próteses
OUTRAS DESPESAS
Dízimo
Material Litúrgico
Consertos Eletrodomésticos
Doações
Terapias
SALDO DISPONÍVEL -
38
ANEXO 4
Modelos de Documentos Fiscais:
Instituto Josefino
Rua J. da Penha, 55 – Centro, 60110-120 - Fortaleza – CE
CNPJ: 07.371.156/0001-28- www.institutojosefino.org.br
E-mail: institutojosefino@hotmail.com
Valor R$ __________
_________________________________
Assinatura da responsável pela comunidade
RG:
CPF:
39
Recibo de Côngruas
RECIBO DE CÔNGRUAS
_____________________________________
Nome
CPF:
End.:
40
Nota Fiscal 1
41
Nota Fiscal 2
RECEBEMOS DE SOARES MOURAO COMERCIO DE TINTAS LTDA OS PRODUTOS / SERVIÇOS CONSTANTES DA NOTA FISCAL
INDICADO AO LADO NF-e
EMISSÃO: 06/10/2023 - DEST. / REM.: SOCIEDADE EDUCACIONAL E BENEFICENTE SAO JOSE - VALOR TOTAL: R$ 114,00 Nº
DATA DE RECEBIMENTO IDENTIFICAÇÃO E ASSINATURA DO RECEBEDOR
000254051
SÉRIE 001
IDENTIFICAÇAO DO EMITENTE
069935661 41.468.596/0002-17
DESTINATÁRIO / REMETENTE
NOME / RAZÃO SOCIAL CNPJ / CPF DATA DA EMISSÃO
0 - REMETENTE
ENDEREÇO MUNICÍPIO UF INSCRIÇÃO ESTADUAL
42
Cupom Fiscal
07.371.156/0001-28
43
Recibo
INSTITUTO JOSEFINO
44